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INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS DIRETORIA DE RECURSOS NATURAIS DEPARTAMENTO DE RECURSOS FLORESTAIS Situação atual dos Planos de Manejo Florestal Sustentável na Amazônia Legal Brasília, DF 2 Agosto de 1.998 3 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS HÍDRICOS E DA AMAZÔNIA LEGAL Ministro: Gustavo Krause Gonçalves Sobrinho INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS Presidente: Eduardo de Souza Martins DIRETORIA DE RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS Paulo Benincá de Salles DEPARTAMENTO DE RECURSOS FLORESTAIS José de Arimatéa Silva COORDENADORIA DE MANEJO FLORESTAL Paulo José Prudente de Fontes 4 Equipe Executora Coordenação do Projeto Nome Profissão Lotação Paulo José Prudente de Fontes Eng. Florestal DIREN/DEREF/COMAF Elaboração do Projeto de Controle Ambiental da Amazônia Nome Profissão Lotação Ademar Takeo Matsunaga Eng. Florestal DIREN/DECOM/DIMAD Alzemar das Graças Neria Correia Eng. Florestal DITEC/SUPES/AP Antônio Bezerra Furtado Neto Eng. Florestal DIREN/DEREF/DIMAF Antônio Carlos Hummel Eng. Florestal Assessor/SUPES/AM Azemar Marques Ag. Def. Flor. POCOF/SUPES/RR Celso R. Crocomo Eng. Agrônomo Moderador Manoel Adalberto Dourado Gomes Ag. Def. Flor. DICOF/SUPES/AC Edilton Rodrigues Nóbrega Téc. Agropec. DITEC/SUPES/AC Edivaldo Pereira da Silva Eng. Florestal DITEC/SUPES/PA Alfredo Hiroshi Abe Ag. Def. Flor. DICOF/SUPES/MT João Borges Eng. Pesca DICOF/SUPES/MA Joel Alves Gomes Téc. Agropec. DICOF/SUPES/TO Joel dos Santos Gomes Eng. Florestal DITEC/SUPES/PA Josamar Gomes da Silva Eng. Florestal DITEC/SUPES/MT José de Arimatéa Silva Eng. Florestal DIREN/DEREF José Lelande Zootecnista DICOF/SUPES/AM José Luis Fleishmann Administrador Consultor José Ricardo de Araujo Lima Eng. Florestal DITEC/SUPES/AM Josenir Silva Vilhena Eng. Agrônomo DITEC/SUPES/RR Luis Cláudio Haas Eng. Florestal Assessor/SUPES/MA Luis Fernando da Cruz Eng. Florestal DIRCOF/DICOF Marco Polo dos Santos Barbosa Eng. Florestal DIREN/DEREF/DIMAF Nilson Souza Eng. Florestal DICOF/SUPES/PA Paulo Benincá de Salles Eng. Florestal DIREN Paulo Alceu Grieger Eng. Florestal DIREN/DECOM Pedro Vargas Pádua Eng. Florestal DICOF/SUPES/AM Raimundo Nonato Téc. Administr. DICOF/SUPES/TO Randolf Zachow Eng. Florestal DIREN/DEREF/DIMAF Valdemiro Gonçalo de Aquino Eng. Agrônomo DITEC/SUPES/RO Wilson Menescau de Souza Eng. Florestal DITEC/SUPES/AP 5 Definição dos Critérios de Avaliação Nome Profissão Lotação Ademar Takeo Matsunaga Eng. Florestal DIREN/DECOM/DIMAD Edivaldo Pereira da Silva Eng. Florestal DITEC/SUPES/PA José de Arimatéa Silva Eng. Florestal DIREN/DEREF José Ricardo de Araujo Lima Eng. Florestal DITEC/SUPES/AM Luis Cláudio Haas Eng. Florestal Assessor/SUPES/MA Marco Polo dos Santos Barbosa Eng. Florestal DIREN/DEREF/DIMAF Paulo José Prudente Fontes Eng. Florestal DIREN/DEREF Sidney Carlos Sabbag Eng. Florestal DIREN/DEREF/DIFLONA Valdemiro Gonçalo de Aquino Eng. Agrônomo DITEC/SUPES/RO Análise e Triagem dos PMFS SUPES do Amapá Auzemar das Graças Neria Correia Eng. Florestal Sebastião Ednaldo Gonçalves Rodrigues Eng. Florestal Leonardo de Lima Melo Eng. Florestal Nazir de Melo Salmam Eng. Florestal Tereza Cristina Albuqerque G. Dias Eng. Florestal SUPES do Amazonas Lúcio Flávio Negreiros Couto Eng. Florestal Enilma Souza Medeiros Eng. Florestal Raimundo Gerson Souza da Costa Eng. Florestal José Maria Lira de Oliveira Eng. Florestal José Ricardo de Araujo Lima Eng. Florestal João do Carmo Oliveira de Jesus Eng. Florestal Malvino Salvador Eng. Agrônomo Adilson Coelho Cordeiro Eng. Florestal DIREN/DEREF José Maurício Souza Eng. Florestal Cirineu Jorge Lorenzi Eng. Florestal Paulo José Prudente Fontes Eng. Florestal Paulo Cézar Mendes Ramos Eng. Florestal Marco Polo Barbosa Eng. Florestal Maria da Graça Rebelo da Gama Eng. Agrônoma Sônia Maria Azevedo Dantas Eng. Florestal Jorge Henrique Moritzen Eng. Florestal Ana Lúcia Maria Alcantara de Medeiros Eng. Agrônomo Jorge Henrique Moritzen Eng. Florestal 6 Análise e Triagem dos PMFS (continuação) SUPES do Pará Antônio de Pádua Lima Redig Eng. Agrônomo Antônio Jorge dos Passos Balderramas Eng. Florestal Edivaldo Pereira da Silva Eng. Florestal José de Ribamar dos Santos Costa Eng. Florestal Nadja Maria dos Santos Guimarães Eng. Florestal Paulo Miranda Queiroz Eng. Agrônomo Ronaldo José Rodrigues da Silva Eng. Florestal Sérgio dos Passos Lira Eng. Agrônomo Vicente Raimundo C. G. de Azevedo Eng. Florestal Walter de Souza Brito Eng. Florestal Joel dos Santos Gomes Eng. Florestal Maria de Nazare Gama de Oliveira Eng. Florestal Kazuhiro Motizuki Eng. Florestal Raimundo Nonato Russo Filho Eng. Florestal Evandro Angelo Menezes Eng. Florestal SUPES do Maranhão Raimundo José Rodrigues Souza Eng. Florestal Luiz Cláudio Haas Eng. Florestal Floralin fonseca Coelho Eng. Florestal Adolfo Pedra Fonseca Eng. Florestal SUPES do Acre Edilton Rodrigues Nóbrega Téc. Agropecuária Luis Alves Gobira Eng. Agrônomo Hermínia Maria Pamplona Ribeiro Eng. Florestal SUPES de Rondônia José Lauro da Silva Gonçales Eng. Florestal Benjamim dos Santos Eng. Agrônomo Eurico Artiaga Santiago Eng. Florestal Luis Alberto Lima Cantanhede Eng. Florestal Sebastiana Socorro Almeida Eng. Florestal Ney Alencar Coelho Eng. Florestal Maria Lúcia Durval Eng. Florestal Gilson Scatanburgo Eng. Florestal SUPES do Tocantins Raimundo da Cruz Noleto Eng. Agrônomo Raimundo Nonato Gomes Téc. Agropecuária 7 Análise e Triagem dos PMFS (continuação) SUPES do Mato Grosso Sonize Alcedina Figueiredo Oliveira Eng. Florestal Josamar Gomes da Silva Eng. Florestal Izael Gonçalo da Costa Eng. Florestal Vilmar Ramos de Meira Eng. Florestal Jurandir Lisboa Eng. Florestal Humberto Carmo Vaez Eng. Florestal Digitação dos Formulários IBAMA SEDE Ana Maria Pinho Prado Cardoso Secretária DIREN/DEREF/COMAF Emília Ribas Andrade Secretária DIREN/DEREF/COMAF Planejamento e Concepção do Relatório DIREN/DEREF José de Arimatéa Silva Eng. Florestal, Ph.D. DIREN/DEREF Francisco J. de Barros Cavalcanti Eng. Florestal, M.Sc. IBAMA/DEREF/PNUD Paulo José Prudente de Fontes Eng. Florestal, M.Sc. DIREN/DEREF/COMAF Processamento, Análise e Redação DIREN/DEREF Francisco J. de Barros Cavalcanti Eng. Florestal, M.Sc. IBAMA/DEREF/PNUD José de Arimatéa Silva Eng. Florestal, Ph.D. DIREN/DEREF Paulo José Prudente de Fontes Eng. Florestal, M.Sc. DIREN/DEREF/COMAF Revisão Final DIREN/DEREF José de Arimatéa Silva Eng. Florestal, Ph.D DIREN/DEREF 8 Introdução Em 1.996 o IBAMA realizou uma triagem em todos os Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS), em cada uma das suas nove Superintendências (SUPES) da Amazônia Legal. Desde então, este Instituto vem publicando regularmente informações atualizadas e cada vez mais completas, sobre o assunto. Hoje o resumo dessas informações podem ser acessadas na sua Home Page (http:\\www.ibama.gov.br). A presente publicação tem o objetivo de divulgar ainda mais o resultado desse dinâmico processo de acompanhamento dos PMFS. Processo esse que é apenas uma parte de todo um Programa Florestal, que está sendo desenvolvido pela instituição. A importância da divulgação destes resultados, isto é, do monitoramento que tem sido realizado, está vinculada à importância estratégica da floresta Amazônica, e esta não precisa ser salientada. As maiores dificuldades do processo estão sempre associadas às particularidades regionais, que lhe conferem invariavelmente, grandes distâncias e dificuldades de acesso, quase sempre associadas à precária infra- estrutura viária. Noentanto, graças as informações obtidas nestas vistorias, foi desenvolvido um sistema de amostragem para avaliação periódica de PMFS. Dessa forma, num sistema de amostragem estratificado – que pondera a classe de tamanho da área e a situação atual do plano de manejo – são aleatoriamente selecionados vários PMFS, para serem analisados em dois níveis diferentes. O primeiro, numa intensidade amostral entre 10 e 20% - dependendo a situação do plano – no qual é avaliado o documento do inventário florestal e do plano de manejo e a prática desenvolvida no campo. O segundo, também por amostragem estratificada e numa intensidade amostral bem menor – denominada "Pente Fino" – novo inventário florestal é realizado na área, a fim de avaliar a qualidade do inventário original do PMFS. Desta forma, enquanto esta publicação estiver sendo impressa e distribuída, vistorias de campo estarão sendo realizadas em toda a Amazônia, fornecendo dados ainda mais completos sobre a situação dos PMFS nela instalados. Paralelamente, como parte integrante desse processo, estão sendo realizados cursos e treinamentos para os técnicos do Instituto, responsáveis pela avaliação dos PMFS. A complexidade da questão do manejo florestal na Amazônia é tão grande quanto as suas dimensões geográficas. Esta publicação registra mais um importante passo, no sentido do desenvolvimento racional da Região que, pela primeira vez na história da instituição, desenvolve-se sob a égide de um PROGRAMA estabelecido para este fim. 9 O Processo de triagem Primeira fase de todo o sistema atual de monitoramento, a triagem realizada nos PMFS classificou-os, conforme a situação em que se encontravam. Aqueles planos que não apresentaram problemas foram considerados "Aptos". Os outros, conforme a gravidade dos problemas apresentados, foram "Suspensos", a espera de providências do detentor do mesmo ou "Cancelados", quando os problemas foram considerados graves o suficiente. Além dessas três classificações, planos cuja área já foi totalmente explorada, isto é, já encerraram o primeiro ciclo de corte, foram denominados "Em Manutenção". Neste caso a floresta encontra-se em fase de reposição do volume explorado. "Em Análise", refere-se a planos recém protocolados no instituto, cuja análise técnica ainda não havia sido concluída na ocasião da vistoria e, finalmente, "Indeferido", refere-se ao PMFS que não chegou a ser aprovado. Os motivos que levaram os PMFS a serem suspensos ou cancelados foram os seguintes: Motivos que levaram à Suspensão do PMFS: Falta de responsável técnico. Falta apresentação de relatório de exploração ou justificativa técnica. Detentor com débito consolidado. Área com problemas fundiários decorrentes de invasão. Inventário florestal contínuo c/ número insuficiente de parcelas permanentes ou não apresentado ou ausência de parcelas permanentes (não marcadas e levantadas). Falta averbação da área de Reserva Legal. Falta apresentar o Termo de Averbação da área manejada. Com pendência não cumprida, apontada em laudo de vistoria. PMFS paralisado sem justificativa técnica. PMFS localizado em áreas do entorno de unidades de Conservação. PMFS com Ação Civil Pública. Falta a demarcação da área de Reserva Legal. Não foram realizadas as atividades constantes do Plano (planejamento de estradas, ramais de arraste e outros). Falta de manutenção da divisão (limites) dos talhões e de sua identificação. Falta identificar as árvores matrizes ou porta-sementes. Não implantação de tratos silviculturais previstos no PMFS. Não observância do diâmetro mínimo de corte Exploração da área de Reserva Legal e/ou da Preservação Permanente. Extração de árvores não previstas na Autorização de Exploração. 10 Extração sem identificação das árvores a serem exploradas. Exploração florestal mal executada, onde não foram tomados os devidos cuidados com as árvores remanescentes. Ausência de placas de identificação do PMFS e talhões anuais. Desperdício de material lenhoso na floresta, galhadas, altura de corte acima de 0,30 cm sem justificativa técnica. Motivos que levaram ao Cancelamento do PMFS: PMFS localizado em área imprópria para manejo Intervenção com a retirada de volume acima do previsto de um grupo de árvores num mesmo local causando a presença de grandes clareiras. Áreas do PMFS convertidas em pecuária e agricultura. PMFS de empresa falida e sem transferência do empreendimento. PMFS paralisado a mais de cinco anos, sem justificativa técnica. Extração de árvores de espécies proibidas de corte. Extração ou derrubadas de árvores matrizes ou porta-sementes. Não cumprimento do que foi previsto no PMFS, causando com a atividade de extração grandes impactos ambientais. Área do PMFS com mais de 50% de queima. 11 Amazônia Número de PMFS O primeiro Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) protocolado na Amazônia foi em 1977, no Estado do Pará. Hoje entre os considerados Aptos, Suspensos e nas demais categorias, somam-se 1.806 planos. De 1977 até 1986 poucos planos foram protocolados. Em 1987 foram 389 planos, quase todos do Mato Grosso, número este não mais atingido posteriormente. Antes de ser o Estado mais importante na atividade em termos de área e volume envolvidos, o Pará começou timidamente em 1977 e só em 1990 obteve expressão, com 136 PMFS. Atualmente há muitas diferenças com relação aos PMFS entre um Estado e outro na região. Tanto no que diz respeito ao número quanto à situação em que se encontram. Também há diferenças quanto a concentração dessa atividade de um Estado para Outro. Em alguns, como no Mato Grosso e no Pará, determinados municípios concentram grande parte dos PMFS. Esta tendência não é observada em outros Estados, como será visto posteriormente, na análise isolada de cada um. Desde que foi realizada a primeira triagem padronizada, que teve início em 1.996, a quantidade de PMFS aptos é muito menor do que deveria se esperar. Na Amazônia, uma porcentagem de 30,9% é muito baixa e atesta a qualidade precária dos PMFS atualmente existentes. Esta situação poderá melhorar, na medida em que forem resolvidas as pendências dos planos Suspensos, que representam 40,2% do total. Variação do número de PMFS protocolados por ano em cada Estado da Amazônia 0 50 100 150 200 250 300 350 77 79 80 82 84 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 Ano N ú m e ro d e P M F S AC AM AP MA MT PA RO TO TOTAL 12 Ao mesmo tempo, a quantidade de PMFS cancelados foi alta, isto é, 22,6%. Há muito pouco planos Em Manutenção, isto é, apenas 0,2% do total já teve sua área totalmente explorada e está aguardando a recomposição da floresta para possibilitar nova exploração. Situação do número de PMFS na Amazônia, em cada Estado. UF A p to s % 1 E m M a n u te n ç ã o % 1 S u s p e n s o s % 1 C a n c e la d o s % 1 In d e fe ri d o s % 1 E m A n á li s e % 1 T o ta l (1 0 0 % ) % 2 Acre 5 14,7 1 2,9 6 17,6 5 14,7 10 29,4 7 20,6 34 1,21 Amazonas 57 47,5 - - 26 21,7 31 25,8 - - 6 5,0 120 4,28 Amapá 23 45,1 - - 28 54,9 - - - - - - 51 1,82 Maranhão 81 59,1 - - 51 37,2 5 3,6 - - - - 137 4,88 Mato Grosso 187 12,7 - - 646 43,8 491 33,3 139 9,4 11 0,7 1474 52,53 Pará 462 52,5 3 0,3 334 38,0 81 9,2 - - - - 880 31,36 Rondônia 46 48,9 1 1,1 27 28,7 20 21,3 - - - - 94 3,35 Tocantins 5 31,3 1 6,3 10 62,5 - - - - - - 16 0,57 Total 866 30,9 6 0,2 1128 40,2 633 22,6 149 5,3 24 0,9 2806 100 1: A porcentagem desta coluna refere-se ao peso da situação no Estado; 2: A porcentagem desta coluna refere-se ao peso do Estado na Região Amazônica.Analisando a tabela referente ao número de planos por situação e por Estado, nota-se a importância do Mato Grosso e do Pará em relação aos demais. Juntos, eles são responsáveis por mais de 83% do total. AMAZÔNIA: Número de PMFS por Situação Em Análise 0,9%Indeferidos 5,3% Cancelados 22,6% Suspensos 40,2% Em Manutenção 0,2% Aptos 30,9% 13 Curiosamente, o Estado com maior número de PMFS, depois do MT e PA é o Maranhão, com 137 planos que representam 4,9% do total. Embora grande parte de seus planos refiram-se ao manejo de palmeiras, o esperado seria que pelo menos o Amazonas, o Acre e Rondônia apresentassem importância superior a ele. Os Estados que apresentam atualmente o maior índice de planos aptos é o Maranhão, com 59,1%, e o Pará, com 52,5%. No outro extremo, o Mato Grosso apresenta a menor proporção de aptos, 12,7%. O Estado do Tocantins, por sua vez, apresenta a maior proporção de PMFS suspensos (62,5%). Área envolvida em PMFS Atualmente, excluídos os PMFS que foram indeferidos, mais de 4 milhões de hectares de florestas nativas estão ou estiveram sob planos de manejo protocolados no IBAMA. Deles, a área sob os aptos é semelhante a que está sob planos suspensos, isto é, pouco mais de um 1,7 milhão de hectares cada uma. São apenas 6,7 mil hectares sob planos em Manutenção, confirmando a pequena expressão desta categoria. Uma vez que todos os planos suspensos são passíveis de terem os motivos que os levaram à suspensão resolvidos, a área sob planos aptos pode dobrar. Comparando-se os estados entre si, percebe-se uma mudança de posição do Pará e do Mato Grosso. No que diz respeito ao número de PMFS, 0 200.000 400.000 600.000 800.000 1.000.000 1.200.000 1.400.000 1.600.000 1.800.000 Á re a ( e m h a ) A p to s E m M a n u te n ç ã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e AMAZÔNIA: Área total envolvida em PMFS 14 o Mato Grosso era o principal Estado com maioria absoluta de Registros. Com relação à área envolvida, por sua vez, o Pará passa a ser o mais importante, com 37,3% do total, seguido pelo Mato Grosso, com 36,5%. Área envolvida em PMFS na Amazônia, por Estado. Valores em ha UF A p to s % 1 E m M a n u te n ç ã o % 1 S u s p e n s o s % 1 C a n c e la d o s % 1 E m A n á li s e % 1 T o ta l % 2 AC 45.685 26,1 5.000 2,9 76.999 44,1 8.114 4,6 38.990 22,3 174.788 4,34 AM 246.499 55,2 - - 199.856 44,8 - - - - 446.355 11,09 AP 13.109 53,5 - - 11.389 46,5 - - - - 24.498 0,61 MA 124.339 64,6 - - 49.550 25,7 18.593 9,7 - - 192.481 4,78 MT 246.053 16,7 - - 891.822 60,6 305.174 20,8 27.559 1,9 1.470.608 36,53 PA 941.477 62,7 1.200 0,1 448.841 29,9 110.987 7,4 - - 1.502.505 37,32 RO 147.336 70,2 481 0,2 26.791 12,8 35.311 16,8 - - 209.919 5,21 TO 1.484 30,4 40 0,8 3.351 68,7 - - - - 4.875 0,12 Total 1.765.981 43,9 6.721 0,2 1.708.600 42,4 478.179 11,9 66.549 1,7 4.026.030 100 1: A porcentagem desta coluna refere-se ao peso da situação no Estado; 2: A porcentagem desta coluna refere-se ao peso do Estado na Região Amazônica. O Estado do Amazonas e do Acre, aumentaram sua participação relativa no parâmetro área abrangida, quando comparado ao de número de PMFS. No caso da área, o Amazonas passa a responder por mais de 11% do total da Região. No entanto, esta participação ainda deve ser considerada baixa, em função do grande potencial daquele Estado. O Acre, por sua vez, passa a ter uma participação proporcionalmente alta, em relação ao seu tamanho na região. Em relação ao parâmetro área, a proporção dos planos aptos (43,9%) é maior do que a relativa ao número de planos e a mudança de posição relativa também é observada nos Estados isoladamente. Rondônia é o Estado que apresenta maior porcentagem de área sob PMFS aptos (70,2%), seguido do Maranhão, que era o mais importante em quantidade de planos. Mato Grosso, por sua vez, que é o estado de maior número de PMFS, é também aquele que apresenta a menor proporção de área sob PMFS aptos, apenas 16,7%. A importância semelhante do Pará e do Mato Grosso, em relação a área abrangida por PMFS, em contraposição a diferença observada em favor do Mato Grosso, no que se refere ao número de PMFS, indica que no Mato Grosso, a área média dos PMFS é menor. 15 Volume contemplado em PMFS Com relação ao volume de madeira comercial envolvido nos PMFS, a situação dos suspensos volta a ser a maioria, com 47,2% para 39,7% para o volume dos PMFS aptos. Com relação ao volume, a importância dos planos cancelados aumenta um pouco, passando a ser de 12,7% do total. No caso do volume, os Estados do Pará e Mato Grosso apresentam semelhança de importância praticamente idêntica. Ambos com pouco menos que 40%. Volume contemplado em PMFS na Amazônia, por Estado. Valores em m3 UF A p to s % 1 E m M a n u te n ç ã o % 1 S u s p e n s o s % 1 C a n c e la d o s % 1 E m A n á li s e % 1 T o ta l % 2 AC 2.155.952 45,2 158.281 3,3 2.352.462 49,3 100.939 2,1 - - 4.767.634 2,11 AM 16.735.694 59,2 - - 11.515.988 40,8 - - - - 28.251.682 12,53 AP 26.832 8,6 - - 286.829 91,4 - - - - 313.661 0,14 MA 5.980.619 61,7 - - 2.422.340 25,0 1.293.140 13,3 - - 9.696.099 4,30 MT 9.837.397 11,0 - - 59.602.881 66,7 19.297.218 21,6 609.014 0,7 89.346.509 39,62 PA 53.668.650 59,9 72.305 0,1 29.326.060 32,8 6.468.154 7,2 - - 89.535.169 39,70 RO 1.066.849 30,0 14.971 0,4 908.256 25,6 1.563.118 44,0 - - 3.553.194 1,58 TO - - 919 1,5 60.507 98,5 - - - - 61.426 0,03 Total 89.471.993 39,7 246.476 0,1 106.475.323 47,2 28.722.569 12,7 609.014 0,3 225.525.375 100 1: A porcentagem desta coluna refere-se ao peso da situação no Estado; 2: A porcentagem desta coluna refere-se ao peso do Estado na Região Amazônica. 0 20.000.000 40.000.000 60.000.000 80.000.000 100.000.000 120.000.000 V o lu m e ( e m m 3 ) A p to s E m M a n u te n ç ã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e AMAZÔNIA: Volume total de madeira comercial contemplado em PMFS 16 A diferença entre os dois Estados aparece é com a relação a proporção de volume de madeira de planos aptos. Enquanto no Pará, observa-se uma porcentagem de 59,9% para o volume de planos aptos, no Mato Grosso a porcentagem ainda é menor do que a observada em relação a área, isto é, apenas 11% do volume comercial estão em planos aptos. O Estado do Maranhão, dentre todos, é novamente o que apresenta maior taxa de volume de madeira em planos aptos (61,7%). O Estado de Rondônia e Amapá são os menos importantes, sem contar com Roraima, onde não existem PMFS protocolados. Em toda a região são 225,5 milhões de m3 de madeira comercial envolvidos em PMFS. A situação particular de cada Estado, bem como de seus respectivos municípios, serão apresentadas a seguir. Situação por Estado 1. ACRE Em relação à quantidade de planos, o estado do Acre é o que apresenta a distribuição mais eqüitativa entre as situações apto, suspenso, cancelados etc. Com exceção dos PMFS em manutenção, as porcentagens giram em torno dos 20%. A situação que apresentou maior Importância relativa foi a dos planos indeferidos, com mais de 29%. A maioria relativa (29,2%) dos planos do Acre está no município de Rio Branco, que juntamente com o município de Sena Madureira, totaliza 50% dos PMFS daquele estado. ACRE: Número de PMFS por Situação Aptos 14,7% Em Manutenção 2,9% Suspensos 17,6% Cancelados 14,7% Indeferidos29,4% Em Análise 20,6% 17 Em relação a área envolvida em PMFS, no Acre 44,1% encontra-se sob planos suspensos. Também é bastante expressiva a quantidade de área envolvida por planos novos, que ainda estão em análise naquela superintendência (22,3%). No total, o Acre possui 174.788 há em planos de manejo (excluída a área dos indeferidos). Com relação a este parâmetro só no município de Sena Madureira estão 65,5% de toda a área sob PMFS do Estado. Uma vez que em termos de número de planos, o município representa apenas 20,8% do total, conclui-se que seus planos possuem uma área média bem superior aos demais. Em relação ao volume de madeira comercial, 45,2% e 49,3% estão sob planos aptos e suspensos, respectivamente. 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 80.000 Á re a ( e m h a ) A p to s E m M a n u te n çã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e ACRE: Área total envolvida em PMFS 0 500.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000 2.500.000 V o lu m e ( e m m 3 ) A p to s E m M a n u te n çã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e ACRE: Volume total de madeira comercial contemplado em PMFS 18 O segundo município mais importante é Feijó, que é responsável por 19% da área e 24,5% da madeira envolvida em PMFS. Se o município de Rio Branco possui a maior quantidade de PMFS, com relação ao volume e área passa para o terceiro lugar em importância. O município de Feijó assume o segundo lugar e o primeiro, como no caso da área, continua sendo Sena Madureira. Rio Branco, por sua vez, o mais importante em número de PMFS, com 29% do total, tem nos seus 7 planos, apenas 6,2% da área e 3,9% do volume. Importância do Manejo Florestal por Município do Acre, em termos de número de PMFS, área e volume de madeira comercial. Município N % Área (em ha) % Volume (em m3) % Diversos 2 8,3 - - - - Acrelândia 2 8,3 399,0 0,2 - - Brasiléia 1 4,2 1.320,0 0,8 20.141,0 0,4 Feijó 2 8,3 33.227,0 19,0 1.167.031,0 24,5 Plácido de Castro 2 8,3 1.060,0 0,6 33.130,0 0,7 Porto Valter 1 4,2 5.000,0 2,9 158.281,0 3,3 Rio Branco 7 29,2 10.879,0 6,2 185.824,0 3,9 Sena Madureira 5 20,8 114.526,0 65,5 2.995.916,0 62,8 Tarauacá 2 8,3 8.377,0 4,8 207.311,0 4,3 Total 24 100,0 174.788,0 100,0 4.767.634,0 100,0 Como pode ser observado, os municípios de Sena Madureira e Feijó detém 87,3% do volume de madeira comercial contemplado em PMFS no Estado do Acre. 2. AMAPÁ O Estado do Amapá possui apenas 1,8% dos PMFS protocolados na Amazônia. Com os seus 51 planos, em número tem maior quantidade que o Acre e o Tocantins. Só há planos em duas situações no Amapá. Aptos estão 45,1% deles e Suspensos estão 54,9%. 19 No Estado do Amapá há apenas duas situações bem divididas. Os planos Aptos e os Suspensos, este último com um pouco mais da metade do número de PMFS. Com relação a área, a maior parte encontra-se sob PMFS aptos, no entanto, quando se analisa sob o aspecto do volume, a situação inverte-se novamente, estando a grande maioria em PMFS suspensos. Esta aparente incoerência deve-se ao fato de que no Amapá, um número quase a metade dos PMFS não visam a exploração da madeira, e sim do palmito. AMAPÁ: Número de PMFS por Situação Aptos 45,1% Suspensos 54,9% 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 Á re a ( e m h a ) A p to s E m M a n u te n çã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e AMAPÁ: Área total envolvida em PMFS 20 Na tabela a seguir, são apresentadas informações a cerca dos PMFS por município. Importância do Manejo Florestal por Município do Amapá, em termos de número de PMFS, área e volume de madeira comercial. Município N % Área (em ha) % Volume (em m3) % Afuá 12 23,5 9.473,0 38,7 - - Amapari 1 2,0 160,0 0,7 13.718,0 4,4 Bailique 4 7,8 2.578,0 10,5 - - Calçoene 1 2,0 300,0 1,2 - - Chaves 3 5,9 2.530,0 10,3 - - Gurupá 2 3,9 1.025,0 4,2 - - Itaub. Piririm 2 3,9 650,0 2,7 - - Itaubal 2 3,9 636,0 2,6 8.093,0 2,6 Jari 1 2,0 180,0 0,7 - - Macapá 4 7,8 770,0 3,1 29.875,0 9,5 Mazagão 9 17,6 3.876,5 15,8 239.528,0 76,4 Porto Grande 7 13,7 860,0 3,5 22.447,0 7,2 Santana 3 5,9 1.460,0 6,0 - - Total 51 100,0 24.498,4 100,0 313.661,0 100,0 Observa-se que dos 13 municípios onde há PMFS, apenas 5 apresentam planos com objetivos de exploração madeireira: Amapari, Itaubal, Macapá, Mazagão e Porto Grande. O município de Mazagão é sem dúvida o mais importante, sendo responsável por mais de 76% de todo o volume de madeira comercial envolvido em PMFS. 0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 V o lu m e ( e m m 3 ) A p to s E m M a n u te n ç ã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e AMAPÁ: Volume total de madeira comercial contemplado em PMFS 21 3. AMAZONAS No estado do Amazonas, um em cada quatro planos foi cancelado e quase a metade (54,5%) dos PMFS está na situação de apto. Do total de planos, 21,67% estão suspensos. Com relação a área, os planos aptos são também a maioria e os suspensos, os segundos em importância. Uma situação semelhante à questão da madeira comercial envolvida nos PMFS, como demonstra o gráfico referente ao volume. Com relação a distribuição da atividade nos municípios, o Amazonas é um dos Estados em que a atividade é mais bem distribuída. O município que concentra o maior volume é o de Atalaia do Norte, com 14,6% do total. São 18 municípios onde a atividade é desenvolvida. AMAZONAS: Número de PMFS por Situação Cancelados 25,83% Suspensos 21,67% Aptos 47,50% Em Análise 5,00% 0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 Á re a ( e m h a ) A p to s E m M a n u te n ç ã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e AMAZONAS: Área total envolvida em PMFS 22 Importância do Manejo Florestal por Município do Amazonas, em termos de número de PMFS, área e volume de madeira comercial. Município N % Área (em ha) % Volume (em m3) % Diversos 37 30,8 - - - - Anori 2 1,7 3.400,0 0,8 82.116,0 0,3 Atalaia do Norte 3 2,5 35.000,0 7,8 4.124.790,0 14,6 Barreirinha 1 0,8 1.690,0 0,4 182.574,00,6 Beruri 2 1,7 35.500,0 8,0 1.333.225,0 4,7 Boca do Acre 2 1,7 15.200,0 3,4 685.516,0 2,4 Canutama 2 1,7 30.200,0 6,8 3.576.368,0 12,7 Carauari 6 5,0 92.080,0 20,6 3.555.140,0 12,6 Coari 2 1,7 4.008,0 0,9 381.993,0 1,4 Codajas 1 0,8 4.100,0 0,9 88.806,0 0,3 Eirunepé 2 1,7 - - - - Envira 1 0,8 - - - - Fonte Boa 3 2,5 5.204,0 1,2 411.625,0 1,5 Humaita 5 4,2 20.000,0 4,5 1.234.852,0 4,4 Ipixuna 3 2,5 24.700,0 5,5 810.760,0 2,9 Itacoatiara 3 2,5 50.000,0 11,2 3.691.000,0 13,1 Itamarati 1 0,8 27.000,0 6,0 1.124.820,0 4,0 Jutai 8 6,7 11.770,0 2,6 852.993,0 3,0 Lábrea 13 10,8 20.011,0 4,5 1.345.354,0 4,8 Manicoré 5 4,2 11.816,0 2,6 360.443,0 1,3 Maraã 1 0,8 840,0 0,2 59.517,0 0,2 Parintins 1 0,8 2.000,0 0,4 230.446,0 0,8 Pauini 1 0,8 5.400,0 1,2 214.315,0 0,8 Santo Antônio do Içá 1 0,8 4.900,0 1,1 528.645,0 1,9 São Paulo de Olivença 1 0,8 940,0 0,2 80.986,0 0,3 Tapauáh 5 4,2 18.268,0 4,1 1.142.099,0 4,0 Tapurah 1 0,8 - - - - Tarauacá 1 0,8 - - - - Tefe 6 5,0 22.328,0 5,0 2.153.299,0 7,6 Total 120 100,0 446.355,0 100,0 28.251.682,0 100,0 0 2.000.000 4.000.000 6.000.000 8.000.000 10.000.000 12.000.000 14.000.000 16.000.000 18.000.000 V o lu m e ( e m m 3 ) A p to s E m M a n u te n ç ã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e AMAZONAS: Volume total de madeira comercial contemplado em PMFS 23 O município de Lábrea, com 10,8% dos PMFS é o mais importante, mas possui apenas 4,5% e 4,8% da área e do volume de madeira comercial dos PMFS do Estado. Sob o aspecto da área envolvida em planos, o município de maior porcentagem é Carauarí, com 20,6% e, sob o aspecto do volume de madeira comercial, é o município de Itacoatiara, com 13,1% de peso relativo. 4. MARANHÃO No Estado do Maranhão, a maioria (59,1%) dos PMFS estão aptos. Seu peso relativo na região é semelhante, tanto no que diz respeito ao número de planos (4,9%), como à área (4,8%) e ao volume de madeira comercial (4,3%). Dos seus 137 PMFS originais, o Maranhão teve 5 cancelados e está com 51 suspensos. Muitos de seus planos não contemplam a exploração de madeira, atendo-se à questão do manejo para exploração de palmito. No que diz respeito à área envolvida em PMFS, dois municípios do Maranhão concentram quase a metade do total daquele Estado, os municípios de Carutapera (com 25,3%) e o município de Santa Luzia (com 20,8%). Se MARANHÃO: Número de PMFS por Situação Cancelados 3,6% Suspensos 37,2% Aptos 59,1% 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 Á re a ( e m h a ) A p to s E m M a n u te n ç ã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e MARANHÃO: Área total envolvida em PMFS 24 somadas essas proporções ao município de Bom Jardim (com 10,8%), a importância dos três com relação aos outros 21 soma 56,9%. Com relação ao volume, as proporções são semelhantes com mais concentração para os municípios mencionados, que totalizam 68,9% do total. Importância do Manejo Florestal por Município do Maranhão, em termos de número de PMFS, área e volume de madeira comercial. Município N % Área (em ha) % Volume (em m3) % Açailândia 12 8,8 5.522,7 2,9 287.770,9 3,0 Afonso Cunha 2 1,5 3.174,0 1,6 - - Arame 1 0,7 2.000,0 1,0 14.804,0 0,2 Bom Jardim 11 8,0 20.814,0 10,8 1.613.268,6 16,6 Buriti 2 1,5 600,0 0,3 - - Buriticupú 5 3,6 11.537,0 6,0 467.480,9 4,8 Cândido Mendes 3 2,2 4.967,0 2,6 303.532,0 3,1 Carutapera 36 26,3 48.688,6 25,3 2.464.467,5 25,4 Caxias 9 6,6 5.078,0 2,6 - - Chapadinha 4 2,9 5.394,2 2,8 - - Codó 5 3,6 1.508,2 0,8 - - Coelho Neto 1 0,7 17.545,2 9,1 - - Godofredo Via. 1 0,7 1.327,5 0,7 86.066,5 0,9 Imperatriz 1 0,7 110,0 0,1 7.123,0 0,1 João Lisboa 1 0,7 712,6 0,4 138.529,4 1,4 Loreto 1 0,7 1.042,8 0,5 18.896,4 0,2 Matões 1 0,7 237,0 0,1 - - Monção 1 0,7 100,0 0,1 6.000,0 0,1 Pirapemas 1 0,7 300,0 0,2 - - Santa Luzia 20 14,6 40.021,6 20,8 2.295.815,9 23,7 Timom 15 10,9 5.965,0 3,1 - - Turiaçú 2 1,5 1.362,0 0,7 74.837,0 0,8 Vargem Grande 1 0,7 180,0 0,1 2.084,4 0,0 Zedoca 1 0,7 14.294,0 7,4 1.915.423,0 19,8 Total 137 100,0 192.481,3 100,0 9.696.099,4 100,0 0 1.000.000 2.000.000 3.000.000 4.000.000 5.000.000 6.000.000 V o lu m e ( e m m 3 ) A p to s E m M a n u te n ç ã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e MARANHÃO: Volume total de madeira comercial contemplado em PMFS 25 5. MATO GROSSO No Mato Grosso quase a metade dos PMFS estão suspensos. Assumindo os extremos em relação aos demais, o Estado é o que apresentou maior porcentagem de planos cancelados (33,3%) e menor de planos aptos (12,7%). Se o número de planos suspensos representam quase a metade do total, em relação à área envolvida em PMFS, a proporção é mais superior, representando 60,6% do total. Esta proporção representa mais de 891 mil ha de floresta cujos PMFS estão suspensos. A situação do volume é semelhante, chegando a 66,7% do total, o que representam mais de 59 milhões de m3 de madeira comercial. Com 59 municípios que detém PMFS, o Mato Grosso tem em Aripuanã a maior importância da atividade. São apenas5,8% dos planos, mas estes representam 10,7% da área e 39,6% do volume de madeira comercial. Este único município, só não é mais importante que o próprio estado do Mato Grosso e que o Pará. Com seus mais de 35 milhões de m3 de madeira comercial envolvida em planos de manejo, Aripuanã tem mais madeira do que MATO GROSSO: Número de PMFS por Situação Indeferidos 9,4% Cancelados 33,3% Suspensos 43,8% Aptos 12,7% Em Análise 0,7% 0 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000 700.000 800.000 900.000 Á re a ( e m h a ) A p to s E m M a n u te n ç ã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e MATO GROSSO: Área total envolvida em PMFS 26 todo o Estado do Amazonas, que é o terceiro estado em importância na atividade de toda a Região. Outros municípios com importância relativa ao volume de madeira no Mato Grosso, embora que muito menor que Aripuanã, são os municípios de Cláudia (6,7%); Marcelândia (6,1%); Sinop (7,5%) e Vera (9,9%). Importância do Manejo Florestal por Município do Mato Grosso, em termos de número de PMFS, área e volume de madeira comercial. Município N % Área (em ha) % Volume (em m3) % Diversos 2 0,1 17.363,8 1,2 1.620,2 0,0 Alta Floresta 6 0,4 10.556,1 0,7 328.200,6 0,4 Aripuanã 77 5,8 157.390,9 10,7 35.349.941,4 39,6 Barão do Melgaço 1 0,1 5.200,0 0,4 37.165,0 0,0 Barra do Bugres 3 0,2 1.703,3 0,1 46.666,2 0,1 Brasnorte 32 2,4 26.476,6 1,8 1.142.343,4 1,3 C.dos Guimarães 3 0,2 1.034,3 0,1 42.161,4 0,0 Cáceres 5 0,4 1.577,8 0,1 60.781,4 0,1 Carmem 2 0,1 484,0 0,0 24.039,4 0,0 Cláudia 116 8,7 154.548,6 10,5 5.981.001,6 6,7 Colider 9 0,7 10.087,6 0,7 573.510,9 0,6 Comodoro 3 0,2 2.976,6 0,2 116.253,4 0,1 Cotriguaçu 12 0,9 13.757,1 0,9 469.458,1 0,5 Cuiabá 1 0,1 90,0 0,0 4.657,5 0,0 Diamantino 15 1,1 10.152,9 0,7 380.740,2 0,4 Feliz Natal 17 1,3 15.829,5 1,1 655.309,1 0,7 Figueirópolis do Oeste 1 0,1 193,6 0,0 2.387,4 0,0 Guarantã do Norte 26 1,9 24.687,2 1,7 1.052.386,9 1,2 Itaúba 66 4,9 84.478,9 5,7 2.977.454,7 3,3 Jauru 1 0,1 977,0 0,1 15.563,2 0,0 Juara 31 2,3 35.107,6 2,4 1.435.054,5 1,6 Juína 81 6,1 35.777,5 2,4 1.754.829,3 2,0 0 10.000.000 20.000.000 30.000.000 40.000.000 50.000.000 60.000.000 V o lu m e ( e m m 3 ) A p to s E m M a n u te n ç ã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e MATO GROSSO: Volume total de madeira comercial contemplado em PMFS 27 Município N % Área (em ha) % Volume (em m3) % Juruena 4 0,3 35.598,5 2,4 1.488.637,4 1,7 Marcelândia 128 9,6 142.270,4 9,7 5.486.131,4 6,1 Matupá 1 0,1 9.530,0 0,6 417.713,3 0,5 N.Canaã do Norte 1 0,1 291,5 0,0 29.770,1 0,0 N.Horizonte do Norte 1 0,1 825,0 0,1 34.810,8 0,0 Nobres 1 0,1 900,0 0,1 38.875,9 0,0 Nova Bandeirante 1 0,1 4.773,6 0,3 203.872,5 0,2 Nova Canaã 1 0,1 1.146,0 0,1 18.831,2 0,0 Nova Maringá 38 2,8 61.293,8 4,2 2.762.085,4 3,1 Nova Monte Verde 1 0,1 624,8 0,0 33.381,8 0,0 Nova Mutum 1 0,1 3.957,6 0,3 166.842,1 0,2 Nova Ubiratã 4 0,3 10.114,6 0,7 346.888,5 0,4 Novo Mundo 4 0,3 2.733,8 0,2 99.342,3 0,1 Paranaiba 1 0,1 1.070,0 0,1 25.712,7 0,0 Paranaíta 2 0,1 481,5 0,0 16.009,8 0,0 Paranatinga 8 0,6 9.401,4 0,6 369.436,0 0,4 Paratininga 1 0,1 242,0 0,0 9.697,5 0,0 Peixoto de Azevedo 5 0,4 8.404,0 0,6 304.479,2 0,3 Poconé 2 0,1 350,0 0,0 9.676,5 0,0 Pontes e Lacerda 4 0,3 4.169,0 0,3 115.276,5 0,1 Porto dos Gaúchos 59 4,4 50.138,1 3,4 2.242.558,6 2,5 Porto Espiridião 1 0,1 1.213,7 0,1 3.296,1 0,0 Querência 4 0,3 3.359,9 0,2 90.361,1 0,1 S. Antonio de Leverger 2 0,1 340,0 0,0 4.850,8 0,0 S.J.do Rio Claro 34 2,5 27.290,9 1,9 1.325.503,8 1,5 Santa Carmem 21 1,6 37.911,2 2,6 1.552.096,1 1,7 Sinop 204 15,3 145.164,4 9,9 6.722.307,9 7,5 Sorriso 9 0,7 3.236,0 0,2 209.878,9 0,2 Tabajorã 11 0,8 10.197,7 0,7 435.325,9 0,5 Tabaporã 4 0,3 5.883,6 0,4 153.312,3 0,2 Tangará da Serra 2 0,1 1.000,0 0,1 31.378,5 0,0 Tapurah 31 2,3 40.390,0 2,7 1.386.148,1 1,6 União do Sul 7 0,5 8.816,4 0,6 350.745,1 0,4 V.B.Ss.Trindade 12 0,9 22.584,9 1,5 1.561.706,6 1,7 Vera 214 16,0 203.205,5 13,8 8.802.339,8 9,9 Vila Rica 1 0,1 1.248,0 0,1 45.702,9 0,1 Total 1.335 100,0 1.470.608,1 100,0 89.346.509,5 100,0 28 6. PARÁ Depois do Maranhão, o Estado do Pará apresenta a maior porcentagem de planos aptos (52,5%), o que significa 462 PMFS, muito acima da média da Região, que é de 30,9%. Quanto aos planos cancelados, o Pará apresentou uma porcentagem bem diferente da média regional, 9,2% no Estado e 22,6 na Região. A proporção de PMFS suspensos (38,0%), por sua vez, tem semelhança com a regional (40,2%), assim como a porcentagem de planos em manutenção, que é muito baixa, não só em termos de número de PMFS, mas também de área envolvida e volume de madeira. Seus 61 municípios que possuem PMFS são responsáveis por uma área total de mais de 1,5 milhões de hectares. Deles, 62,7% estão sob planos considerados aptos e 29,9% estão sob planos suspensos. O município deParagominas destoa dos demais em importância da atividade. Enquanto existem apenas 5 municípios que apresentam porcentagens de planos maiores que 3% (Dom Elizeu; Mojú; Potel; São PARÁ: Número de PMFS por Situação Cancelados 9,2% Suspensos 38,0% Em Manutenção 0,3% Aptos 52,5% 0 200.000 400.000 600.000 800.000 1.000.000 Á re a ( e m h a ) A p to s E m M a n u te n çã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e PARÁ: Área total envolvida em PMFS 29 Domingos do Capim e Tomé-Açú), cujo de maior expressão é Portel, com 5,6% dos PMFS, o município de Paragominas detém 20,8% de todos os planos de manejo do Estado, isto é, 183 PMFS. Em Paragominas há quase 256 mil hectares de florestas sob manejo, que dispõe de mais de 16 milhões de m3 de madeira comercial. Depois de Paragominas, o município mais importante em volume de madeira comercial é São Félix do Xingu, no qual existem mais de 7 milhões de metros cúbicos de madeira comercial em PMFS. No Estado do Pará, há 89,5 milhões de m3 de madeira comercial. Destes 53,6 milhões de m3 estão sob PMFS aptos. Importância do Manejo Florestal por Município do Pará, em termos de número de PMFS, área e volume de madeira comercial. Município N % Área (em ha) % Volume (em m3) % Diversos 154 17,5 - - - - Abel Figueiredo 5 0,6 3.800,0 0,3 285.349,0 0,3 Acará 16 1,8 20.422,0 1,4 1.415.518,0 1,6 Afuá 8 0,9 5.150,0 0,3 322.469,0 0,4 Altamira 16 1,8 124.273,0 8,3 5.713.078,0 6,4 Anajás 7 0,8 21.050,0 1,4 1.085.233,0 1,2 Aveiro 1 0,1 457,0 0,0 19.952,0 0,0 Bagre 4 0,5 17.592,0 1,2 897.666,0 1,0 Baião 6 0,7 15.830,0 1,1 1.109.617,0 1,2 Bom Jesus do Tocantins 1 0,1 750,0 0,0 59.100,0 0,1 Breves 14 1,6 24.586,0 1,6 1.544.284,0 1,7 Capitão Poço 1 0,1 990,0 0,1 126.914,0 0,1 Chaves 5 0,6 6.900,0 0,5 489.730,0 0,5 Conceição do Araguaia 3 0,3 8.000,0 0,5 378.780,0 0,4 Curralinho 5 0,6 15.643,0 1,0 925.841,0 1,0 Dom Elizeu 29 3,3 20.070,0 1,3 1.551.792,0 1,7 Garrafão do Norte 4 0,5 3.130,0 0,2 202.384,0 0,2 Goianésia 6 0,7 10.300,0 0,7 1.088.407,0 1,2 0 10.000.000 20.000.000 30.000.000 40.000.000 50.000.000 60.000.000 V o lu m e ( e m m 3 ) A p to s E m M a n u te n çã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e PARÁ: Volume total de madeira comercial contemplado em PMFS 30 Município N % Área (em ha) % Volume (em m3) % Gurupá 7 0,8 10.485,0 0,7 711.146,0 0,8 Irituia 3 0,3 7.872,0 0,5 307.594,0 0,3 Itaituba 1 0,1 863,0 0,1 42.052,0 0,0 Itupiranga 14 1,6 8.283,0 0,6 514.841,0 0,6 Jacundá 9 1,0 15.020,0 1,0 1.174.094,0 1,3 Juriti 1 0,1 984,0 0,1 97.362,0 0,1 Marabá 23 2,6 26.285,0 1,7 1.590.552,0 1,8 Melgaço 1 0,1 2.400,0 0,2 88.872,0 0,1 Mojú 44 5,0 77.849,0 5,2 5.186.573,0 5,8 Muaná 1 0,1 2.024,0 0,1 102.860,0 0,1 Nova Ipixuna 3 0,3 2.250,0 0,1 163.630,0 0,2 Novo Repartimento 1 0,1 5.000,0 0,3 207.150,0 0,2 Oeiras do Pará 1 0,1 2.000,0 0,1 116.820,0 0,1 Oriximiná 1 0,1 1.800,0 0,1 73.481,0 0,1 Ourém 3 0,3 3.000,0 0,2 262.213,0 0,3 Ourilândia do Norte 2 0,2 6.200,0 0,4 523.809,0 0,6 Pacajá 7 0,8 12.451,0 0,8 648.867,0 0,7 Paragominas 183 20,8 255.965,0 17,0 16.176.959,0 18,1 Paraupebas 5 0,6 4.850,0 0,3 287.977,0 0,3 Piria 1 0,1 4.910,0 0,3 508.946,0 0,6 Portel 49 5,6 164.269,0 10,9 9.964.041,0 11,1 Porto de Moz 4 0,5 15.240,0 1,0 930.249,0 1,0 Prainha 6 0,7 9.047,0 0,6 712.710,0 0,8 Redenção 7 0,8 23.358,0 1,6 1.098.907,0 1,2 Rio Maria 2 0,2 14.756,0 1,0 585.573,0 0,7 Rondon do Pará 23 2,6 26.026,0 1,7 1.595.587,0 1,8 Rurópolis 1 0,1 1.966,0 0,1 84.753,0 0,1 S. Madeiras do Guamá 4 0,5 4.037,0 0,3 237.363,0 0,3 Santa M. das Barreiras 3 0,3 6.751,0 0,4 316.956,0 0,4 Santana do Araguaia 10 1,1 80.500,0 5,4 3.245.467,0 3,6 Santarém 7 0,8 16.017,0 1,1 1.113.092,0 1,2 São Domingos do Capim 30 3,4 34.830,0 2,3 2.440.447,0 2,7 São Félix do Araguaia 1 0,1 900,0 0,1 38.641,0 0,0 São Félix do Xingu 29 3,3 144.519,0 9,6 7.229.706,0 8,1 Senador José Porfírio 3 0,3 12.602,0 0,8 681.142,0 0,8 Tailândia 24 2,7 45.733,0 3,0 3.369.263,0 3,8 Tomé-Açú 32 3,6 47.910,0 3,2 2.436.005,0 2,7 Trairão 1 0,1 1.950,0 0,1 83.362,0 0,1 Tucumã 4 0,5 11.481,0 0,8 633.743,0 0,7 Tucuruí 19 2,2 43.589,0 2,9 3.455.838,0 3,9 Ulianópolis 10 1,1 11.761,0 0,8 863.932,0 1,0 Uruará 7 0,8 17.355,0 1,2 1.204.485,0 1,3 Viseu 7 0,8 17.754,0 1,2 1.163.830,0 1,3 Xinguara 1 0,1 720,0 0,0 48.165,0 0,1 Total 880 100,0 1.502.505,0 100,0 89.535.169,0 100,0 31 7. RONDÔNIA Rondônia é um estado pouco expressivo na atividade. Ele é responsável por 3,3% dos PMFS da Amazônia. Destes, que totalizam 94 planos, 46 estão aptos, 27 estão suspensos, 20 estão cancelados e há um em manutenção. Os planos aptos, que perfazem 48,9% do total, são responsáveis por mais de 70% da área total de PMFS do Estado. A maior porcentagemde área sob PMFS aptos da Amazônia. Da mesma forma, a porcentagem da área sob planos suspensos, em Rondônia (12,8%), é a mais baixa de toda a região. Inclusive, em termos de área, os planos cancelados tem mais expressão que os suspensos. RONDÔNIA: Número de PMFS por Situação Cancelados 21,3% Suspensos 28,7% Em Manutenção 1,1% Aptos 48,9% 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 140.000 160.000 Á re a ( e m h a ) A p to s E m M a n u te n ç ã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e RONDÔNIA: Área total envolvida em PMFS 32 Já com relação ao volume de madeira comercial, a situação novamente se inverte, e a categoria que se destaca e a referente aos planos cancelados. Ela representa 44% do volume total de madeira comercial e outro destaque para o Estado em relação aos demais. Estes dados fazem constatar que os planos cancelados em Rondônia tinham uma média de volume de madeira comercial muito maior do que os que foram considerados aptos. Comparando-se os gráficos de volume, área e número de PMFS, percebe-se que os suspensos também possuem volume médio semelhante aos que foram cancelados. Ambas as categorias não apresentam a mesma proporção com relação aos aptos. Dos 24 municípios que possuem PMFS, Ariquemes é responsável por um em cada 4 planos. Outros municípios importantes são Ji-Paraná (9,6%); Pimenta Bueno (8,5%) e Cujubim (6,4%). Importância do Manejo Florestal por Município do Rondônia, em termos de número de PMFS, área e volume de madeira comercial. Município N % Área (em ha) % Volume em (m3) % Alta Floresta 2 2,1 1.898,0 0,9 2.015,0 0,1 Alto Paraíso 1 1,1 212,0 0,1 - - Ariquemes 23 24,5 28.107,0 13,4 1.455.384,0 41,0 Cacaulândia 3 3,2 439,0 0,2 - - Cacoal 3 3,2 2.234,0 1,1 53.211,0 1,5 Cerejeiras 1 1,1 1.000,0 0,5 24.355,0 0,7 Costa Marques 1 1,1 500,0 0,2 14.756,0 0,4 Cujubim 6 6,4 78.281,0 37,3 - - Espigão D'oeste 4 4,3 3.955,0 1,9 90.859,0 2,6 Jaru 4 4,3 3.281,0 1,6 137.147,0 3,9 Ji-Paraná 9 9,6 12.674,0 6,0 523.964,0 14,7 Machadinho 5 5,3 2.520,0 1,2 76.663,0 2,2 Madeiras da Serra 1 1,1 482,0 0,2 9.913,0 0,3 0 200.000 400.000 600.000 800.000 1.000.000 1.200.000 1.400.000 1.600.000 V o lu m e ( e m m 3 ) A p to s E m M a n u te n çã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e RONDÔNIA: Volume total de madeira comercial contemplado em PMFS 33 Município N % Área (em ha) % Volume em (m3) % Mirante da Serra 1 1,1 580,0 0,3 - - Monte Negro 2 2,1 10.246,0 4,9 - - Ouro Preto 3 3,2 21.773,0 10,4 221.204,0 6,2 Pimenta Bueno 8 8,5 11.130,0 5,3 240.811,0 6,8 Porto Velho 1 1,1 15.366,0 7,3 466.753,0 13,1 Presidente Médici 1 1,1 544,0 0,3 53.598,0 1,5 Rio Crespo 5 5,3 4.259,0 2,0 17.509,0 0,5 São Francisco 1 1,1 388,0 0,2 - - Tarilândia 1 1,1 242,0 0,1 2.452,0 0,1 Theobroma 4 4,3 6.047,0 2,9 84.437,0 2,4 Vilhena 4 4,3 3.761,0 1,8 78.163,0 2,2 Total 94 100,0 209.919,0 100,0 3.553.194,0 100,0 8. RORAIMA No Estado de Roraima não existem Planos de Manejo Florestal protocolados no IBAMA. 9. TOCANTINS No Tocantins, a porcentagem de planos suspensos é a maior da Região (62,5%). O Estado é o menos importante na atividade de manejo florestal de toda a Amazônia, com menos de 0,1% do total da Região. Em relação à área sob PMFS, aquelas sob os planos suspensos tem uma proporção ainda maior (68,7%), ficando apenas 30,4% sob os planos aptos. TOCANTINS: Número de PMFS por Situação Suspensos 62,5% Em Manutenção 6,3% Aptos 31,3% 34 Com relação ao volume de madeira comercial, a proporção dos planos suspensos no Tocantins fica ainda maior, ou quase absoluta, com 98,5% do total. Considerando que os 1,5 restantes do volume de madeira pertencem a planos já em manutenção, conclui-se que não há planos aptos que exploram madeira naquele Estado, sendo a área sob planos aptos corresponde àqueles de manejo para exploração de palmito. O número de planos de manejo em cada um dos 13 municípios que exercem a atividade florestal, atesta a pouca expressão da atividade no Estado. Apenas 3 municípios tem 2 PMFS, os demais, quando tem, possuem apenas um. 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 Á re a ( e m h a ) A p to s E m M a n u te n çã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e TOCANTINS: Área total envolvida em PMFS 0 10.000 20.000 30.000 40.000 50.000 60.000 70.000 V o lu m e ( e m m 3 ) A p to s E m M a n u te n çã o S u s p e n s o s C a n c e la d o s E m A n á lis e TOCANTINS: Volume total de madeira comercial contemplado em PMFS 35 Importância do Manejo Florestal por Município do Tocantins, em termos de número de PMFS, área e volume de madeira comercial. Município N % Área (em ha) % Volume (em m3) % Ananás 2 12,5 1.091,0 22,4 23.038,0 37,5 Araguacema 2 12,5 104,0 2,1 2.443,0 4,0 Araguaina 2 12,5 609,0 12,5 16.709,0 27,2 Araguatins 1 6,3 80,0 1,6 5.094,0 8,3 Arraias 1 6,3 1.000,0 20,5 2.784,0 4,5 Aurora 1 6,3 100,0 2,1 1.331,0 2,2 Aurora do Tocantins 1 6,3 70,0 1,4 - - Buriti do Tocantins 1 6,3 200,0 4,1 3.126,0 5,1 Dueré 1 6,3 832,4 17,1 - - Palmeirante 1 6,3 50,0 1,0 - - Pedro Afonso 1 6,3 100,0 2,1 4.241,0 6,9 Santa Fé do Araguaia 1 6,3 488,7 10,0 - - Taguatinga 1 6,3 150,0 3,1 2.660,0 4,3 Total 16 100,0 4.875,1 100,0 61.426,0 100,0 36 Importância relativa de cada motivo de Suspensão e Cancelamento de PMFS O gráfico a seguir permite uma avaliação da importância relativa dos motivos que levaram à suspensão e ao cancelamento dos PMFS. 1 = Falta de responsáveltécnico 2 = Falta de apresentação de relatório de exploração ou justificativa técnica 3 = Detentor com débito consolidado no IBAMA 4 = Áreas com problemas fundiários decorrentes de invasão. 5 = Inventário florestal contínuo com número insuficiente de parcelas permanentes ou não apresentado 6 = Falta de Termo de Manutenção de Floresta Manejada averbado 7 = Com pendência não cumprida, apontada em laudo de vistoria 8 = Aprovado em desacordo com a legislação vigente 9 = PMFS de empresa falida e sem transferência do empreendimento 10 = PMFS paralisado há mais de cinco anos, sem justificativa 11 = Sem medição das parcelas permanentes 12 = PMFS localizado em área do entorno de Unidades de Conservação 13 = PMFS com Ação Pública 14 = Falta de relatório do Inventário Contínuo 15 = Falta de demarcação da área de Reserva Legal 16 = Não foram realizadas atividades do PMFS 17 = Falta de manutenção de divisão (limites) dos talhões e de sua identificação 18 = Falta de identificação e marcação das árvores matrizes ou porta-sementes 19 = Ñão realização dos tratos silviculturais previstos no PMFS 20 = Extração sem identificação e marcação das árvores a serem exploradas 21 = Ausência de placas de identificação do PMFS e talhões anuais 22 = Falta de averbação da área de Reserva Legal. 24 = Extração ou derrubada de árvores matrizes ou porta-sementes 26 = Extração de árvores de espécies não previstas na Autorização de Exploração Florestal 27 = Extração de volume acima do autorizado para exploração florestal 28 = Extração na área de Reserva Legal, desde que não seja contemplado no Projeto 30 = Área do PMFS queimada em mais de 50% 31 = Área do PMFS convertida em pastagem ou agricultura 33 = PMFS não encontrado 34 = PMFS em área indígena Observa-se uma variedade grande de motivos. Eles, numa distribuição gradativa decrescente de ocorrência, que variou de 18%, para a “Falta de apresentação do relatório de exploração”, o mais freqüente, até ao “Área do PMFS convertida em pastagem ou agricultura”, com 0,03%, equivalente a uma ocorrência. Os motivos mais freqüentes foram, depois do já mencionado, a paralisação do plano por mais de 5 anos; inventário florestal contínuo não 1 7% 2 18% 3 2% 4 0% 5 8% 6 6%7 2% 8 5% 9 0% 10 16% 11 5% 12 0% 13 1% 14 4% 15 7% 16 1% 17 1% 18 2% 19 1% 20 1% 21 2% 22 8% 24 0% 26 0% 27 0% 28 0% 30 0% 31 0% 33 0% 34 0% 37 apresentado ou com número insuficiente de parcelas permanentes e a falta de demarcação da área de reserva legal. Agrupando-se os motivos por assunto, ou afinidade, conforme a característica de cada um, obteve-se uma visão melhor da importância relativa dos problemas. Os motivos de ordem técnica foram superiores a todos os outros juntos. Com 61% eles não deixam dúvidas de qual o principal problema que aflige o estabelecimento do manejo florestal, como atividade econômica e sustentável na região. Considerações Finais Dentre outros usos, os resultados desta importante avaliação permitiram a racionalização da segunda fase que está atualmente em curso, a vistoria de campo do PMFS. Através dela pode-se planejar as vistorias dando-se prioridade as áreas mais importantes, ou mais críticas. A situação atual da classificação dos PMFS, que coloca entre os suspensos e cancelados 62,8% de planos irregulares, pode sugerir para o desavisado, interessado na preservação da floresta, que o nível de reprovação de PMFS pode ser considerado favorável à mesma. Ledo engano. Se a floresta não produz recursos econômicos, outras atividades ocupam os seus espaços. Além disso, há que se considerar a questão social envolvida, em termos de empregos diretos e indiretos mantidos pelo setor florestal. 62% 21% 17% 0% Importância Relativa dos Motivos de Suspensão e Cancelamento de PMFS por Assunto Técnico Legal Outros Fundiário 38 A Tarjeta 2.000, as ISO 9.000 e 14.000, ou qualquer outro mecanismo de certificação, certamente serão extremamente mais rigorosos do que a presente avaliação. O que leva à conclusão de que a situação encontrada não é um problema do setor, trata-se de um setor problema. A responsabilidade passa a ser dos órgãos encarregados pelo fomento de atividades coerentes com as características sócio-ambientais da região, que devem promover o seu desenvolvimento econômico. A atividade madeireira em regime de manejo na Amazônia está longe de ser suficiente. SILVA (1.996), trabalhando com dados da produção de madeira da Região, estimou em 1,3 milhão de hectares a área a ser manejada anualmente, para viabilizar a produção anual corrente. A área total sob manejo autorizada nos últimos vinte anos atinge sequer a um milhão de hectares, insuficiente, portanto, para suprir a demanda de um único ano. A área total dos PMFS presentemente avaliada, com dados acumulados desde 1.977, é de 3,2 milhões de hectares, e, nesta fase inicial de levantamento, aproximadamente 70% dela já está com seus respectivos planos suspensos ou cancelados. A necessidade de área manejada para atender a produção atual de madeira em toras na região é da ordem de 40 milhões de hectares; esse número revela que um longo caminho ainda está por ser percorrido para se atingir a sustentabilidade. Os resultados deste relatório, sugerem que o setor madeireiro está hoje mau representado, ou melhor, pessimamente representado em função do que se esperaria do mesmo. Nas vésperas da virada do século, com tudo que a expressão significa, se a prática comum ainda é tratar a última grande reserva de floresta tropical como algo descartável, seria lógico supor que a sociedade considerasse coerente, a simples e radical exclusão do setor desajustado. O perigo deste tipo de conclusão é o seu viés. Haveria que se analisar com a mesma rigidez, órgãos responsáveis pela pesquisa, pela extensão e principalmente pelo fomento. A legislação deve ser feita para controlar a atividade e punir os infratores da mesma. Contudo, a postura deve ser de fomento, de estímulo a uma das únicas atividades que poderia justificar economicamente a manutenção da floresta em pé. Admitida a conclusão de que 70% do setor é inadequado e, por isso, eliminada a parcela perniciosa, ainda assim estará longe de ser resolvida a questão do uso racional. A floresta continuará sucumbindo. A legislação atualmente existente, por maiores críticas que possa receber, há que ser reconhecida como a mais evoluída para a conservação do patrimônio florestal do país. Há que adequá-la às particularidades regionais. Falta ainda encaminhar soluções para o manejo voltado para os pequenos produtores florestais - individualmente ou através de suas associações - vocação natural dos antigos extrativistas da borracha e da castanha, bem como a dos ribeirinhos, na exploração das florestas de várzea - modalidade de manejo tão pouco tratada nos meios científicos e acadêmicos. É necessário também aprofundar a legislação, no que se refere ao manejo de recursos não madeireiros. Este também, a exemplo do manejo 39 madeireiro das florestas de várzea, com regras pouco definidas em função da própria carência de informações científicas sobre os mesmos, que possam orientar a decisão do que é ou não adequado para os mesmos. Faltam muitos degraus a serem galgados, no caminho que leva ao aproveitamento econômico racional, ou manejo sustentado do patrimônio natural amazônico. Alguns deles, talvez mais importantes do que a legislação, como aqueles apontados no último parágrafo dos Prolegômenos. Finalmente, falta resolver, ainda, o mais importante de todos os problemas, que está relacionado com a mudança do paradigma de desenvolvimento do setor primário tradicional, no qual a floresta é considerada como empecilho ao desenvolvimento econômico, ou como algo a ser mantido longe do ser humano. Depois dessa mudança, aí sim, a Hylaea Amazonica poderá entardecer tranqüilamente.
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