Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CADERNO DE ARTISTA FCA 2019 - 1o. Semestre Para registros coletivos Traços Resgates Achados Perdidos Dispersos e outras anotações. Olás, Este é o nosso caderno de registro. Regra geral - complete, contradiga, concorde… mas não apague! COLOQUE ABAIXO SEU NOME, COR E LETRA USADOS PARA OS REGISTROS: Zuleide Maria da Silva Olá grupo ● Berenice Camargo escreve em Verdana laranja Fernanda da Silva Lucia Romano escreve ASSIM (em avenir black) Bruna escreve em comforta azul petróleo ● Lipeloberto escreve em pacífico azul-guarujá Tulio costa escreve em Courier new em rosa-gabriel ● Ana Borro escreve em times new roman azul ● Thalita escreve em comic san preto Maitê Maiara escreve de cambria pink Mauro Rosa escreve com Spectral purple ● Angelo Cuissi escreve em Calibri azul-Calypso ● Daniela Cordeiro escreve em Verdana vermelho Clarissa Mendes escreve em courier new laranja Eli escreve em caveat vermelho Adélia escreve em Impact amarelo queimado Wanderson Gomes escreve em comic sans azul último tom Ruth dos Santos escreve em Merriweather azul ● Ricardo Gomes escreve em Consolas bullet vermelho Anna escreve em georgia preto Camila Oliveira escreve em Cambria roxo escuro 2 Márcia Lima Chibueze B. Obi escreve com Avenir marrom Vivian escreve com Oswald Dark Green 2 Ágatha escreve em Ubuntu Verde Milene Ornelas escreve em Pacifico cor tomate/vermelho/vermelho escuro 1 /depende do ponto de vista. >:) Camila Alvarenga escreve em Viga Salmão Gerson de Almeida escreve em Quicksand (cinza) Amanda Cuesta escreve em Verdana (roxo) Jéssica Santos de Barros escreve em Spectral azul Eloiza Helena dos Reis Penna (escreve de lobster azul sei lá) Júlia Módolo Zuliani escreve em Avenir cor rosa milkshake Priscila Alves de Andrade ( escreve de lobster roxo) OBS: representante do grupo - Angelo - cuissi@gmail.com “Para a arte, não ser de nenhum partido significa apenas ser do partido dominante” Bertolt Brecht Plano de Aulas - Fundamentos da Cultura e da Arte - 2019 Resumo das aulas Aula - dia Conteúdo I - 18/05 Apresentação do grupo. Apresentação do curso - objetivos gerais, temas de trabalho, forma de avaliação e materiais necessários Teatralidade – fundamentos da arte teatral – considerações da teoria estética: tripé texto/ator/público, e sua tradução “iconoclasta”: textualidades / atuação & relação/ espaço (introdução ) mailto:cuissi@gmail.com II - 25/05 Teatralidade – considerações da prática cênica Jogo, ritual e convivialidade - outra visada para o fenômeno teatral III - 01/06 Do texto para a cena – a revolução da encenação. Novas teatralidades e a “laboratoriedade” nos mestres do século XX: Stanislavski, Meyerhold, Brecht O advento do encenador e o surgimento do “teatro moderno” - mutações do contexto, da dramaturgia e da arte atoral ( introdução) IV - 08/06 Da cena para o texto Da encenação moderna à dramaturgia atoral Outros mestres do século XX: Artaud, Grotowski, Brook, Boal V - 15/06 Outras textualidades na teatralidades contemporânea: sentido de “texto” nas formas híbridas (teatro físico visual; teatro-dança) = novas dramaturgias do corpo e do espaço A centralidade do corpo – o eterno retorno a Artaud. Dramaturgia da cena e textualidades do corpo Treinamento e partitura 22/06 feriado VI - 29/06 Arte da performance e a cena performativa (introdução) Expositiva - histórico da arte da performance ( assemblages , happening , body art e arte da performance) Campo dos estudos da performance (performatividade e transformações do termo) ● Experimentações com a performance - preparação VII - 06/07 Arte da performance e a cena performativa (introdução) Experimentações com a performance - apresentações VIII - 13/07 AULA FINAL Arte da performance e a cena performativa (continuação): teatralidades do real Formas disruptivas: do teatro performativo ao engajamento da performance e políticas de identidade - gênero; raça/etnia; sexualidade etc. Avaliação do curso. OBS: IDA AO TEATRO - ROTEIRO REFERÊNCIAS Aula/ dia Referências I - o fenômeno teatral GUINSBURG, Jacó. 3 - Diálogos sobre a natureza do teatro. In: ________. Da cena em cena – ensaios de teatro. São Paulo: Perspectiva. 2001. p. 13- 29. BOND, Edward. Considerações sobre o teatro atual. In: Carvalho, Sérgio de (org.) O teatro e a cidade – Lições de história do teatro. Trad. Cléo Tibiriçá. São Paulo: SMC. 2004. P. 235- BULHÕES, Ana Maria. Sobre a teatralidade. Curso Teatro: Conexões Contemporâneas. Vila das Artes. Minutagem : 3:45 - Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AS6C5I9yM9Y FÉRAL, Josette. Del texto a la escena. In: ___________. Teatro, teoría y práctica: más allá de las fronteras. Buenos Aires: Galerna, 2004. p. 87-105. RYNGAERT, Jean- Pierre. Teatralidade. In: _______. Ler o teatro contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes. Trad. Andréa Stahel da Silva. 1998. p. 229. Vídeos: DV8 - The Cost of living - https://www.youtube.com/watch?v=o4UjWlfPFoc https://www.youtube.com/watch?v=QgUT0Ufmkbk Florence Tensile Alwin Nikolais - https://www.youtube.com/watch?v=a8AHGH2z4FM Hamlet 1 ) Ostermeier - https://www.youtube.com/watch?v=XSoya_bsWw0&t=255s 2) Peter Brook - https://www.youtube.com/watch?v=qT5rLk40fnM 3) JP Stevens Theatre Company https://www.youtube.com/watch?v=_0iBJ1k6PF8 https://www.youtube.com/watch?v=AS6C5I9yM9Y https://www.youtube.com/watch?v=AS6C5I9yM9Y https://www.youtube.com/watch?v=o4UjWlfPFoc https://www.youtube.com/watch?v=QgUT0Ufmkbk https://www.youtube.com/watch?v=a8AHGH2z4FM https://www.youtube.com/watch?v=XSoya_bsWw0&t=255s https://www.youtube.com/watch?v=qT5rLk40fnM https://www.youtube.com/watch?v=_0iBJ1k6PF8 II - teatro, jogo, convivialidade BOAL, Augusto. Prefácio - A belíssima fábula de Xuá-Xuá, a fêmea pré-humana que descobriu o teatro. In: __________. Jogos para atores e não-atores . Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 2002. p. xiii-xx. BROOK, Peter. A Porta Aberta . Rio de Janeiro: Civ. Brasileira, 1999. P. 67-72. DUBATTI, Jorge. Teatro como acontecimento convival. Revista Urdimento , no. v e, no. 23. Dezembro 2014. Florianópolis: UDESC. p. 251-261. Disponível em: http://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/d ownload/1414573102232014251/4049. CAVALCANTI. Maria Laura Viveiros de Castro. Ritual e teatro na cultura popular. In: Textos escolhidos de cultura e arte populares. Rio de Janeiro, v.12, n.1, p. 7-22, mai. 2015. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/tecap/article/ download/16354/12371 http://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/download/1414573102232014251/4049 http://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/download/1414573102232014251/4049 http://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/download/1414573102232014251/4049 https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/tecap/article/download/16354/12371 https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/tecap/article/download/16354/12371 outras referências - o fenômeno teatral Guénoun, Denis. Cap I. In: ______. O teatro é necessário?, Trad. Fátima Saad. São Paulo: Perspectiva. 2012. p. 17-39. Rosenfeld, Anatol. Noções Gerais. In: ____. A arte do teatro . São Paulo: PubliFolha. 2009. p. 10 – 40. - O TEXTO Roubine, Jean-Jacques. Cap. II – A questão do texto. In: ____. A linguagem da encenação teatral [1880-1980] . Trad. e apres. Yan Michalski. Rio de Janeiro: Zahar Editores. 1980. p. 43 a 72. Szondi, Peter. O drama. In: ________. Teoria do Drama Moderno [1880-1950]. Trad. Raquel I. Rodrigues. São Paulo: CosacNaify. S.d. p. 23-28. Sarrazac, Jean-Pierre. Devir cênico. In: _______ (org.) Léxico do drama moderno e contemporâneo.Trad. André Telles. São Paulo: CosacNaify. S.d. p. 66-69. - O ATOR/ ATRIZ Guénoun, Denis. Cap II. In: ______. O teatro é necessário?, Trad. Fátima Saad. São Paulo: Perspectiva. 2012. p. 56-61. - O PÚBLICO Guénoun, Denis. Cap II. In: _______. O teatro é necessário? , Trad. Fátima Saad. São Paulo: Perspectiva. 2012. p. 41-61 Guénoun, Denis. CAP. III In: ______. O teatro é necessário?, Trad. Fátima Saad. São Paulo: Perspectiva. 2012. p. 77-88 RANCIÉRE, Jacques. O espectador emancipado. In: ______. O espectador emancipado . São Paulo: Martins Fontes. 2012. p. 7-27. III - encenação; os mestres encenadores do séc. XX DORT, B., & Uhiara, R. (2013). A representação emancipada. Sala Preta , 13 (1), p. 47-55. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v13i1p47-55 GRÉSILLON, Almuth. Nos limites da Gênese: da escritura do texto de teatro à encenação. Revista de estudos avançados v. 9, no. 23, 1995, p. 269-285. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ea/v9n23/v9n23a18.pdf PICON-VALLIN, Béatrice. A encenação: história e técnica de uma arte em movimento. Trad. Érico José Souza de Oliveira. In OuvirOuver: Revista do Departamento de Música e Artes Cênicas, Uberlândia: EDUFU. 2008. p. 158- 186. (obs – trecho até 175 fala da encenação em geral. A partir daí, de Meyerhold) RYNGAERT, Jean- Pierre. A evolução da representação. In: ________. Ler o teatro contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes. Trad. Andréa Stahel da Silva. 1998. p. 61-70 SCHINO, Mirella. Prefácio. In: ______. Alquimistas do palco. São Paulo: Perspectiva. Outras referências PAVIS, Patrice. De onde vem e para onde vai a encenação?. Estudos Aplicados. Sinais de cena 2. 2004, p. 59-68. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/sdc/article/view/12368/9481 SARRAZAC, Jean-Pierre. A invenção da teatralidade. Revista da USP, vol. 13, n. 1, jun 2013, p. 56-70. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/salapreta/article/download/575 31/60565/ https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v13i1p47-55 https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v13i1p47-55 http://www.scielo.br/pdf/ea/v9n23/v9n23a18.pdf http://www.scielo.br/pdf/ea/v9n23/v9n23a18.pdf https://revistas.rcaap.pt/sdc/article/view/12368/9481 https://revistas.rcaap.pt/sdc/article/view/12368/9481 https://www.revistas.usp.br/salapreta/article/download/57531/60565/ https://www.revistas.usp.br/salapreta/article/download/57531/60565/ https://www.revistas.usp.br/salapreta/article/download/57531/60565/ IV - corpo; Artaud; os mestres encenadores do séc. XX; treinamento ALSCHITZ, Jurij. O exercício como caminho para o conhecimento – 1o. encontro – 07 de julho de 2014. In: Carbone, Roberta (org.) Caderno de registro Macu , no. 6, 1 o. semestre, São Paulo: Teatro Escola Macunaíma, 2015. P. 12- 19. DE MARINIS, Marco. Corpo e corporeidade no teatro: da semiótica às neurociências - Pequeno glossário interdisciplinar. In Revista Brasileira de Estudos da Presença, v. 2, n. 1, jan./jun. 2012. Porto Alegre: UFRGS. p. 42 -61. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/presenca/article/viewFile/24243/18213 ESSLIN, Martin. O Teatro artaudiano – teoria e prática. In: _______. Artaud . São Paulo: Edusp, Ed Cultrix. Trad. James Amado. 1978. P. 72-89. NASCIMENTO, J., & Silva, H. A. da. (2015). Da trama ao ato: por uma dramaturgia do ator. Pitágoras 500, 5 (1), 111-134. https://doi.org/10.20396/pita.v5i1.8641809 REIS, Demian. A ação física e a composição do ator de Grotowski. Mimus: revista de teatro físico , no. 1, ano 1. p. 31-52. Disponível em: http://www.mimus.com.br/demian2.pdf Outras referências QUILICI, Cassiano Sydow. Cap. 7 – Antonin Artaud e Marina Abramovic. . In: ______. O ator-performer e as poéticas de transformação de si. São Paulo: Annablume. 2015. p. 101-106. ROUBINE, Jean-Jacques. Trechos escolhidos – Artaud e Grotowski. In _____ . Introdução às grandes teorias do teatro . Trad. André Telles. Rio de Janeiro: Zahar. 2003. p. 164-182. SANCHEZ, J. A. Dramaturgias de la Imagen. Cuenca: Ediciones de la Universidad de Castilla/La Mancha, 2002. http://seer.ufrgs.br/presenca/article/viewFile/24243/18213 http://seer.ufrgs.br/presenca/article/viewFile/24243/18213 https://doi.org/10.20396/pita.v5i1.8641809 https://doi.org/10.20396/pita.v5i1.8641809 http://www.mimus.com.br/demian2.pdf http://www.mimus.com.br/demian2.pdf V - Novas textualidades e dramaturgias da cena e do ator/atriz CARRERI, Roberta. 21. Judith. In:____. Rastros: história de uma atriz do Odin teatret. São Paulo: Perspectiva, 2011. p. 145-151. FABIÃO, Eleonora. Corpo cênico, estado cênico. In: Revista Contrapontos, V.3. no. 10. Programa de Pós-Graduação da Univali. Itajaí - SC: Univali, 2010. Disponível em: http://www6.univali.br/seer/index.php/rc/article/view/2256/ 1721 PAVIS, Patrice. O ator. In: ____. A análise dos espetáculos . Trad. Sérgio Sálvia Coelho. São Paulo: Perspectiva. 2003. p. 49-120. ROMANO, Lúcia R. V. Corporeidade e textualidade: os novos conceitos de dramaturgia no teatro físico. In ______. O teatro do corpo manifesto: teatro físico . São Paulo: Perspectiva. 2005. P. 203-225. VARLEY, Julia. 2011: o nascimento de Nikita. In: ___. Uma atriz e suas personagens: histórias submersas do Odin Teatret. São Paulo: 2016. p. 173-194. VI - Arte da Performance BERNSTEIN, Ana. A performance solo e o sujeito autobiográfico. Sala Preta , v. 1, p. 91-103, sep. 2001. Disponível em: < https://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/57010/6 0007 >. Acesso em: 23 aug. 2017. FERNANDES, Silvia. Experiências do real no teatro. Sala Preta, v. 13, n. 2, p. 3-13, dec. 2013. Disponível em: < http://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/69072>. Acesso em: 25 july 2018. SCHECHNER, Richard. O que é performance?. In: http://www6.univali.br/seer/index.php/rc/article/view/2256/1721 http://www6.univali.br/seer/index.php/rc/article/view/2256/1721 http://www6.univali.br/seer/index.php/rc/article/view/2256/1721 https://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/57010/60007 https://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/57010/60007 http://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/69072 Performance studies: an introduction. New York & London: Routledge, 2006. p. 28-51. Trad. R. L. Almeida. Disponível em: https://ppgipc.cienciassociais.ufg.br/up/378/o/O_QUE_EH_ PERF_SCHECHNER.pdf TAYLOR, Diana. Traduzindo performance [prefácio]. In: Dawsey, John C., Müller, Regina P. et alli. Antropologia e performance - Ensaios na Pedra . São Paulo: Terceiro Nome. 2013. p. 9-16. VII - Teatro performativo e performatividade FÉRAL, Josette. Por uma poética da performatividade: o teatro performativo. Sala Preta , Revista de Artes Cênicas. , nº 8, São Paulo: Departamento de Artes Cênicas, ECA/USP, 2008. p. 197-210. Disponível em: < http://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/57370> FERNANDES, Silvia. Teatralidades contemporâneas. In: _______. Teatralidades contemporâneas . São Paulo: Perspectiva. 2010. P. 113-129. GLUSBERG, Jorge. Trechos escolhidos de A arte da performance. Trad. Renato Cohen. São Paulo: Perspectiva. 1997. P. 100-103 QUILICI, Cassiano Sydow. Cap. 2 – Vanguardas e tradições. In _______. O ator-performer e as poéticas de transformação de si. São Paulo: Annablume. 2015. P. 43-49 TONEZZI, José. Território da performance. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=UO9rsq0U9IU https://ppgipc.cienciassociais.ufg.br/up/378/o/O_QUE_EH_PERF_SCHECHNER.pdf https://ppgipc.cienciassociais.ufg.br/up/378/o/O_QUE_EH_PERF_SCHECHNER.pdf http://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/57370 https://www.youtube.com/watch?v=UO9rsq0U9IU https://www.youtube.com/watch?v=UO9rsq0U9IU VIII - Performance e sociedade ARSEM, Marilyn. Some Thoughts on teaching - Performance Art in Five Parts (Algumas reflexões sobre ensino - Arteda Performance em Cinco Partes). Disponível em: http://totalartjournal.com/archives/638/some-thoughts-on-t eaching-performance-art-in-five-parts/. Tradução para uso em sala. GLUSBERG, Jorge. 5. Signos e códigos abertos. In: _____. A arte da performance . Trad. Renato Cohen. São Paulo: Perspectiva, 1997. p. 71 – 88. GOLDBERG, RoseLee. 7. A arte de ideias e a geração da mídia: 1968 a 2000. In: _______. A arte da performance: do futurismo ao presente. Trad. Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2006. P. 142-217. GÓMEZ-PEÑA, Guillermo. En defesa da arte da performance. In: Dawsey, John C., Müller, Regina P. et alli. Antropologia e performance - Ensaios na Pedra. São Paulo: Terceiro Nome, 2013. p. 441-465. OBS: VOU MARCAR em amarelo os textos que trabalharemos mais diretamente. As demais indicações serão para ampliação das referências. ENCONTRO 1 - 18/05/2019 Apresentação dos estudantes e do Curso (....) Trabalho final http://totalartjournal.com/archives/638/some-thoughts-on-teaching-performance-art-in-five-parts/ http://totalartjournal.com/archives/638/some-thoughts-on-teaching-performance-art-in-five-parts/ http://totalartjournal.com/archives/638/some-thoughts-on-teaching-performance-art-in-five-parts/ Seguem as orientações para a realização do trabalho final da matéria: 1. Estudo de caso: análise de um espetáculo, performance ou intervenção urbana, a ser entregue até final de setembro de 2019. 2. Opcional - evento cênico performativo, a ser apresentado presencialmente em AGOSTO ou gravado. Precisamos conversar para combinar essa apresentação, se for do desejo do grupo. 3. Caderno de artista. DETALHAMENTO das propostas: 1) DETALHAMENTO do Estudo de caso: análise de um espetáculo, performance ou intervenção urbana (...). Individualmente, será realizada um ensaio por escrito de análise de um evento performativo (englobando um espetáculo teatral, performance ou intervenção, etc), a fim de desenvolver brevemente uma teorização da relação entre teatralidade e performatividade, tomando por base o evento escolhido. A escrita será individual; sendo que o texto produzido poderá ser acompanhado de proposição cênica (ao vivo ou gravada), não obrigatória. A produção textual deverá ter de 5 a 10 páginas, letra times new roman 12, espaçamento 1,5. Se a opção gráfica for outra, a dimensão deverá ser equivalente. Deverão ser observadas as regras de escrita acadêmica. O trabalho deve ser entregue por e-mail (romanolu2008@gmail.com) e na Secretaria de Pós-graduação. Sugestões de obras para análise, na lista abaixo: 1. Societás Raffaelo Sanzio – Sobre o conceito da face no filho de Deus ou outra obra. - RAMOS, Luiz Fernando. 5- Barney e Castelucci – invenções de cenas sem teatro. In ______, Mimesis Performativa: a margem da invenção possível . São Paulo: Annablume. 2015. P. 168-186. 2. La fura dels baus – obra a escolher VILLAR, Fernando. O pós-dramático em cena. In Guinsburg, Jacó e Fernandes, Silvia (orgs) O pós-dramático. São Paulo: Perspectiva. 2009. p. 199-220. 3. Cia dos Atores. - Ensaio. Hamlet ou outra obra. – ISAACSON, Marta - Intermedialidade na criação cênica. In Mundim, Ana Carolina et alli (org.) Mapas e percursos, estudos de cena . Belo Horizonte: Abrace. 2014. P. 219-229. 4. Teatro da Vertigem – BR3 ou outra obra. - FERNANDES, Silvia. 5. Poética da cena contemporânea. In _________, Teatralidades contemporâneas . São Paulo: Perspectiva. 2010. P. 95-100. 5. Kaprow, Beuys, Fluxus - obra a escolher - GLUSBERG, Jorge. 8. Kaprow, Beuys, Fluxus: hoje. In Glusberg, Jorge. A arte da performance . Trad. Renato Cohen. São Paulo: Perspectiva. 1997. p. 127-136 6. Cia. Desvio Coletivo - Intervenção Cegos 7. Cia. São Jorge de Variedades 8. Grupo XIX – obras Arrufos ; Orgia ; Hysteria, ou Hygiene 9. Violeta Luna 10. Christiane Jatahy - E se elas fossem para Moscou?. Ver em http://christianejatahy.com.br/project/moscou#press (...) 2) DETALHAMENTO do Evento cênico performativo (OPCIONAL) Individualmente, será proposto um evento cênico performativo (englobando uma cena teatral, coreografia, performance ou intervenção), a ser “atuado” em grupo ou individualmente. A apresentação deve trabalhar sobre os temas que o curso encaminhou sobre a relação entre teatralidade e performatividade. Juntamente ao evento, apresentar um brevíssimo memorial do processo e da realização cênica. Nesse caso, o texto é um apoio orgânico do evento performativo, que pode ser acompanhado ainda por outras modalidades de registro (por exemplo, a gravação do evento performativo, caso ocorra em outro local, ou das etapas do processo, se for relevante no projeto). O trabalho deve ser entregue por e-mail (se possível) e na Secretaria de Pós-graduação. 3) DETALHAMENTO do Caderno de artista Individualmente, será apresentado um Caderno de artista, acompanhado de breve texto explicativo. http://christianejatahy.com.br/project/moscou#press O caderno é “residual”, ou seja, não tematiza apenas as aulas, ou o trabalho final, mas o que você relacionar, da sua experiência integral, aos temas “teatralidade e performatividade”. PROPOSTA: Elaboração de Roteiro de espetáculos Indique um espetáculo, evento performativo ou intervenção que considere interessante para assistirmos. Procure as informações nos Guias publicados na internet ou em revistas e jornais de circulação. 02 peças teatrais que gostaria de assistir, por Márcia Lima 01) Amar, Verbo Intransitivo Escrito em 1927 e considerado o primeiro romance do escritor modernista Mário de Andrade (1893-1945), Amar, Verbo Intransitivo ganha uma adaptação teatral com dramaturgia de Luciana Carnieli e direção de Dagoberto Feliz. O espetáculo estreia no dia 9 de maio na Oficina Cultural Oswald de Andrade e segue em cartaz até 29 de junho, com ingressos grátis. A trama narra a história da governanta Fräulein Elza (interpretada pela própria Luciana Carnieli), que é contratada por uma família tradicional paulista nos anos de 1920 para fazer a iniciação amorosa e sexual de Carlos (vivido por Pedro Daher), o primogênito herdeiro. A partir desse encontro, os personagens vivem uma relação amorosa, revelando críticas sociais e comportamentais. Leitor da alma feminina, Mário de Andrade constrói uma protagonista que se destaca por sua multiplicidade. A governanta, professora de línguas, de piano e de amor deixa a terra onde nasceu, a Alemanha, e torna-se sujeito de seu próprio destino em território brasileiro. Uma prostituta alemã inserida na sociedade aristocrática de disfarces. A protagonista, apesar de estar colocada no contexto histórico do início do século XX, é ideal para discutir o constante papel de subordinação da mulher na sociedade burguesa e patriarcal. “Escolhi esse romance porque gosto muito da literatura de Mário de Andrade. Ele construiu uma personagem muito complexa, fascinante, redonda e vertical e eu tive muita curiosidade de me lançar nesse trabalho. Apesar de se passarnos anos de 1920, o romance espelha muito a nossa sociedade atual, na qual a mulher é subordinada ao homem o tempo todo. Por mais que Fräulein tenha sua dignidade e seja intelectualmente e culturalmente superior àquela família, é tratada como um ser inferior – não só pelo fato de ela ser prostituta, mas por ser mulher. Na história, vemos claramente que a sociedade paulistana, a aristocracia e a burguesia não mudaram nada”, revela a atriz Luciana Carnieli, que idealizou a montagem. A encenação tem como foco central o jogo cênico entre os dois atores, que narram a história e simultaneamente interpretam os personagens. Assim, a linguagem cênica se alterna entre narração e dramatização. A ação transcorrerá em um cenário que simula um estúdio cinematográfico. As partes dramatizadas acontecerão como se estivessem sendo filmadas, acrescentando mais um degrau à história e à linguagem do espetáculo. Literatura, teatro e cinema se intercalam nessa transposição do romance para o palco. A criação dos figurinos conta com elementos essenciais e necessários para a construção desse universo. A música e a iluminação também darão suporte para retratar o ambiente de aparências e a sociedade patriarcal em que estão inseridos os personagens. Sobre Dagoberto Feliz – direção Diretor, ator e diretor musical. Entre seus trabalhos como Diretor Teatral, estão “Godspell”, “Single Singers Bar”, “Chiquita Bacana no Reino das Bananas”, “Avental Todo Sujo de Ovo”, “Folias D’Arc”, “The Pillowman”, “Folias Galileu” e “Hamlet ao Molho Picante”. Como ator, esteve em espetáculos como “Cantando na Chuva”, “Roque Santeiro, o Musical”, “Peer Gynt”, “Palhaços”, “L’Ilustre Molière”, “El Dia Que Me Quieras” e “Otelo”. É vencedor de dois Prêmios APCA com os espetáculos “Chiquita Bacana no Reino das Bananas” (melhor espetáculo infantil) e “Folias Galileu” (melhor direção) e de um Prêmio Shell de Melhor Direção Musical pelo espetáculo “El Dia Que Me Quieras”. Sobre Luciana Carnieli – dramaturgia Atriz formada pela Escola de Arte Dramática/ ECA/ USP. Em teatro, atuou em espetáculos como “Roque Santeiro, o Musical”, dirigido por Débora Dubois; “Rainhas do Orinoco”, por Gabriel Villela; “Lampião e Lancelote”, por Débora Dubois (vencedora do Prêmio Femsa de Melhor Atriz Coadjuvante por seu trabalho neste espetáculo); “O Libertino”, por Jô Soares; “Absinto”, por Cássio Scapin; “Estranho Casal”, por Celso Nunes; e “Simpatia”, por Renata Melo. FICHA TÉCNICA Autor: Mário de Andrade Adaptação: Luciana Carnieli Direção: Dagoberto Feliz Elenco: Luciana Carnieli e Pedro Daher Música: Dan Maia Figurino: Kleber Montanheiro Cenário : Marcela Donato Iluminação: Túlio Pezzoni Assessoria de imprensa: Pombo Correio Produção: Luminária Produções Artísticas SERVIÇO Amar, Verbo Intransitivo, a partir da obra de Mário de Andrade Oficina Cultural Oswald de Andrade – Rua Três Rios, 363, Bom Retiro Temporada: 9 de maio a 29 de junho Às quintas e sextas, às 20h; e aos sábados, às 18h Ingressos: grátis, distribuídos uma hora antes da peça Telefone: (11) 3222-2662 Classificação: 12 anos Duração: 70 minutos 02) Baixa Terapia http://www.teatrotuca.com.br/espetaculos/baixa-terapia.html Baixa Terapia é uma debochada comédia com um final que pega todos de surpresa. Três casais que não se conhecem, se encontram inesperadamente em um consultório para sua sessão habitual de terapia, mas dessa vez descobrem que a psicóloga não estará presente. Gênero:Comédia Sex às 21h30, Sab às 20h00 e Dom às 18h00 De 19 de janeiro a 28 de julho Clarissa: 1) Kintsugi, 100 memórias, no Sesc Avenida Paulista (até 23/6) com o Grupo Lume Teatro. A peça escrita por Pedro Kosovski leva ao palco reflexões sobre lembranças, histórias e falta de memória, tanto do ponto de http://www.teatrotuca.com.br/espetaculos/baixa-terapia.html http://www.teatrotuca.com.br/espetaculos.html http://www.teatrotuca.com.br/espetaculos.html http://www.teatrotuca.com.br/espetaculos.html http://www.teatrotuca.com.br/espetaculos.html vista pessoal quanto social. O título do espetáculo faz referência a “kintsugi”, uma técnica japonesa de restauração de cerâmica, que utiliza uma mistura de laca e pó de ouro. As peças que passaram pelo processo costumam ser mais valorizadas que as que nunca sofreram rupturas. A direção do espetáculo é do argentino Emilio García Wehbi. 2)A cidade dos rios invisiveis, do Coletivo Estopô Balaio. O espetáculo começa na estação Brás, na linha 12 - Safira da CPTM, e segue pelas ruas do bairro Jardim Romano, na zona leste. Na trama, o Coletivo Estopô Balaio conta histórias e desejos do cotidiano de quem atravessa a cidade por meio de trens. De sex.a dom. 14-18h. Ate 9/6. Vivian : 1) Mãe Coragem e Seus Filhos Texto: Bertolt Brecht Direção: Daniela Thomas Traduzido diretamente do alemão para a peça, o texto de Bertolt Brecht foi escrito no início da Segunda Guerra Mundial, e propõe uma reflexão pungente sobre o lugar da moral em tempos de barbárie. A trama é protagonizada pela vendedora ambulante Anna Fierling —papel de Bete Coelho, idealizadora desta montagem ao lado do figurinista Cássio Brasil—, determinada a lucrar com o desespero dos soldados que lutavam na Guerra dos Trinta Anos, na Europa do século 17. O conflito que lhe serve de fonte de renda acaba, no entanto, vitimando seus três filhos, Eilif, Queijinho e Kattrin. Sesc Pompeia - R. Clélia, 93, Água Branca, região oeste, tel. 3871-7700. Ter. a dom.: 20h30. Estreia ter. (11). Até 21/7. 150 min. 16 anos. Ingr.: R$ 12 a R$ 40. Ingr. p/ sescsp.org.br 3) RODA VIVA 2018 Sinopse A dramaturgia de Roda Viva é a ascensão e queda de Benedito Silva (Roderick Himeros), cantor e compositor de sucesso inventado e fabricado pela mídia. A trama se desenvolve pelas intervenções do Anjo da Guarda (Gui Calzavara) e do Capeta (Joana Medeiros), que fazem de Benedito o cantor de grande sucesso popular Ben Silver. Mané (Marcelo Drummond), amigo de juventude do protagonista, durante todo o espetáculo fica na mesa de bar, como um fio terra de Benedito que tem sua genialidade fabricada e ininterruptamente monitorada e redirigida pelos índices de popularidade. Assim, Ben Silver, o herói pop é transformado em Benedito Lampião, cantor “bem brasileiro, bem violento, cantando baião e marcando o ritmo na queixada”. Quando ele enfim é devorado pelo coro, sua esposa, Juliana (Camila Mota), o substitui como novo ícone da cultura, liberta da formatação, com um acordo cosmopolítico de produção. Da dramaturgia original, canções que depois tornaram-se famosas no repertório do autor, como Roda Viva e Sem fantasia. Na montagem de 2018 foram incorporadas a obra prima de 2017 Caravanas e a bossa nova Cordão. FICHA TÉCNICA Texto: Chico Buarque Versão 2018: Zé Celso e Coro Teatro Oficina 2018 Diretor: Zé Celso Assistente de direção: Beto Eiras Conselheira Poeta: Catherine Hirsch Benedito Silva: Roderick Himeros Juliana: Camila Mota Anjo: Tulio Starling Capeta: JoanaMedeiros Mané: Marcelo Drummond Local: TEATRO OFICINA UZYNA UZONA- Rua Jaceguai, 520 – Bixiga, São Paulo, SP Duração: 4h (com intervalo de 15 minutos) Indicação etária: 14 anos Ingressos: R$5 - R$60 De sexta-feira domingo até 30/06/2019 _______________________________ Ana Laura Borro: 1) ESTADO DE SÍTIO A peça retrata a chegada da Peste, acompanhada de sua secretária a Morte no povoado espanhol de Cádiz, onde instaura um regime totalitário e um jovem casal de namorados lidera uma revolta contra eles. Ficha técnica: Livro: Albert Camus Adaptação: Gabriel Villela Local: Sesc Guarulhos - teatro R. Guilherme Lino dos Santos 2) TERRENAL Adaptação de uma história bíblica: Os irmãos Caim e Abel, obrigados a dividir um terreno vivem em conflito constante. Enquanto o primeiro é um acumulador de bens o outro é um nômade sem muitas ambições. Livro: Maurício Kartun Local:Teatro Raul Cortez Aluna : Fernanda da Silva BiLLy ELLIOT Letras e Libreto Lee Hall Músicas Elton John Orig2inalmente dirigido por Stephen Daldry Direção Geral John Stefaniuk Versão Brasileira Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler Diretor associado Floriano Nogueira Diretor Musical Daniel Rocha Coreógrafo Peter Darling Coreógrafos Internacionais Associados Barnaby Meredith e Nikki Belsher Sexta a domingo no Teatro Alfa Fenômeno teatral raro que arrebata público e crítica por onde passa, com coreografias impressionantes, história poderosa e a inesquecível trilha sonora de Elton John, Billy Elliot o musical já foi assistido por mais de oito milhões de pessoas em todo o mundo e ganha montagem inédita no Brasil Recordista de premiações em teatro musical, vencedor de 10 Tony Award e 5 Olivier Award, Billy Elliot chega ao Brasil em nova superprodução assinada pelo Atelier de Cultura (A Noviça Rebelde, O Homem de La Mancha, Annie), apresentada pela Brasilprev, uma empresa BB Seguros, com estreia marcada para 15 de março no Teatro Alfa, em São Paulo. Baseado no filme dos anos 2000, dirigido por Stephen Daldry, o espetáculo traz o consagrado ator Carmo Dalla Vecchia como Jack, o pai de Billy, acompanhado por 49 atores no elenco, além de 17 músicos e mais de 80 técnicos. Billy Elliot foi licenciado para o Brasil pela MTI (Music Theatre Internacional) de Nova Iorque. Com músicas de Elton John, o enredo gira em torno de Billy, um menino que descobre querer ser bailarino, contra a vontade do pai. A inspiradora história de um garoto que luta para tornar realidade seu sonho, em meio ao conflito de sua família e comunidade, causado pela greve dos mineiros britânicos (1984-1985), em County Durham, no nordeste da Inglaterra. O roteiro do espetáculo foi inspirado no romance de A. J. Cronin, de 1035. A canção The Stars Look Down, na abertura do musical, presta homenagem ao livro. O enredo é uma celebração inspiradora da jornada de um menino que troca suas luvas de boxe pelas sapatilhas de balé, em incansável busca por superar obstáculos. Em cartaz com grande sucesso na Broadway por mais de 10 anos, um dos mais aclamados e premiados musicais da atualidade, chega ao palco do majestoso Teatro Alfa, com cinco apresentações semanais, de sexta a domingo. A produção apresenta os atores Pedro Sousa (10), Richard Marques (14) e Tiago Fernandes (12) no papel título. Estreantes em suas carreiras, os atores-mirins serão responsáveis por dar vida ao icônico personagem. Ensaiando desde dezembro de 2018, os atores devem dominar as técnicas de movimento (acrobacia, ballet, dança contemporânea e sapateado), interpretação de texto e músicas, e canto. O papel de Billy Elliot demanda na dança quatro números de sapateado, dois números de balé e dois de dança contemporânea, além de movimentos acrobáticos. No canto, o pequeno Billy tem quatro solos e quase nunca sai de cena. O ator Carmo Dalla Vecchia é responsável por dar vida a Jack Elliot, o pai de Billy Elliot: “Trata-se do contraponto na busca pelo sonho de Billy”, comenta o ator. “É quase que um antagonista, que faz parte da família do garoto, mas que vai se enternecendo ao longo do espetáculo”. Dirigido por John Stefaniuk, canadense responsável pela direção de O Rei Leão, da Disney, mundo afora, o musical traz projeto cênico inédito que potencializa ainda mais o texto e músicas, concebidas por Lee Hall e Elton John: “É um sonho poder dirigir Billy Elliot no Brasil. A pluralidade deste país é encantadora, e faz com que a história do pequeno Billy seja ainda mais relevante”, diz o diretor. A coreografia do musical, mundialmente assinada por Peter Darling, e especialmente licenciada para a produção brasileira, é o coração do espetáculo. Vencedor dos prêmios Olivier Award e Tony Award de Melhor Coreografia, Peter indicou pessoalmente dois coreógrafos associados que participaram das montagens originais da Broadway e West End para a montagem brasileira: os ingleses Nikki Belsher e Barnaby Meredith. O ballet, a dança contemporânea, o sapateado e movimentos acrobáticos se fundem em movimentos expressivos de todo o elenco. O espetáculo traz um arrojado projeto de cenografia desenvolvido especialmente para o Brasil, concebido pelo americano Michael Carnahan, responsável por grandes produções na Broadway. Diversas pontes automatizadas, de 13 metros de comprimento, e uma parede de Backstage, que remete ao interior de uma mina de carvão, em boca de cena de 12 metros de altura, indicam a grandiosidade da produção. A icônica cena do voo do Billy Elliot no número Electricity também se fará presente na montagem brasileira. O diretor de voo R.J. Scala, americano envolvido nas produções de O Rei Leão, Mary Poppins, Wicked, entre tantos outros espetáculos musicais da Broadway, virá ao Brasil para ensinar os três Billy’s a voar no sistema automatizado importado da produção original de Billy Elliot, junto à empresa Fly By Foy. Os figurinos criados por Ligia Rocha e Marco Pacheco remetem à década de 1980 com modelagens, estamparias, sobreposições e envelhecimento artístico, com pintura de tecido feita a mão, para trazer a pobreza e decadência da comunidade mineira que batalha contra as ações do governo Thatcher. A orquestra e direção musical são comandadas pelo Maestro Daniel Rocha, responsável pela direção musical de Annie, do Atelier de Cultura. Composta por 17 músicos, as músicas de Elton John serão reproduzidas na formação original de orquestra, como realizado em Londres e em Nova Iorque. Destaca-se, ainda, o poder vocal dos números de coro e dos solistas. O desenho de luz fica a cargo do premiado inglês Mike Robertson, vencedor do prêmio Olivier Award, entre outros tantos prêmios ao redor do mundo, um dos maiores nomes para iluminação de teatro musical da atualidade. Seu projeto é criado em conexão com a composição das músicas, do cenário e das movimentações do elenco, no texto e nas coreografias, construindo momentos emocionantes. A versão para o português, das letras das músicas e do texto, é de autoria de Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler (Wicked, A Pequena Sereia, Cantando na Chuva) e revelam singular aderência à poesia originaldas letras de Elton John e ao texto de Lee Hall. “Apresentar Billy Elliot no Brasil é motivo de muito orgulho para a Brasilprev, que tem como diretriz apoiar projetos culturais e esportivos voltados ao entretenimento de toda a família. O enredo traz um personagem com uma trajetória que vai do sonho à superação, atitude que nos inspira a enfrentar desafios e atingir grandes projetos”, afirma Ângela Beatriz de Assis, diretora Comercial e de Marketing da Brasilprev, empresa patrocinadora do espetáculo. Não perca a única oportunidade de assistir no Brasil a grandiosa produção de Billy Elliot, a maior obra do teatro musical da atualidade. Uma experiência teatral tão forte e emocionante, que ficará para sempre em sua memória. Sobre o Atelier de Cultura Com experiência na gestão de mais de R$ 100 milhões em patrocínio, suas últimas realizações incluem a temporada do musical Annie (2018/2019), A Noviça Rebelde (2018), O Homem de La Mancha (2013/2014, 2017 e 2018), espetáculos que garantiram mais de 15 premiações ao Atelier, realizando 951 sessões de teatro musical e atingindo mais de 500 mil espectadores. Além das produções de entretenimento ao vivo, foi responsável por implantar o primeiro curso profissional e Formação de Atores em Teatro Musical reconhecido pelo MEC do Brasil em parceria com o SESISP, tendo recebido a Medalha Arthur de Azevedo (2013) por serviços prestados a indústria do Teatro Musical. Ainda em 2019 realizará a temporada do inédito A Escola do Rock, de Andrew Lloyd Webber. Sobre a Brasilprev Com 25 anos de atuação, a Brasilprev Seguros e Previdência S.A tem como acionistas a BB Seguros, braço de seguros, capitalização e previdência privada do Banco do Brasil, e a Principal, uma das principais instituições financeiras dos Estados Unidos. Líder do setor, a companhia encerrou novembro de 2018 com mais de R$ 250 bilhões em ativos sob gestão e uma carteira de 1,9 milhão de clientes. Especialista no negócio de previdência privada, com produtos acessíveis e serviços diferenciados, a Brasilprev conta com a rede de agências do Banco do Brasil como seu principal canal de distribuição. Todos os anos a Brasilprev apoia diversos projetos culturais visando proporcionar às famílias brasileiras momentos de arte e diversão. Dentre algumas das ações patrocinadas pela companhia se destacam as exposições “The Art of the Brick”, “A Era dos Games” e “Frida&Eu”, bem como os musicais “A Noviça Rebelde”, “Castelo Rá-Tim Bum” e “Circo Turma da Mônica – O Primeiro Circo do Novo Mundo”. Sobre a Vivo e a cultura A Vivo acredita que o teatro vai além do espetáculo e investe na cultura como elemento de transformação. Há 14 anos, por meio do Teatro Vivo, em São Paulo e de espetáculos com circulação nacional, a empresa busca proporcionar novas experiências culturais e ampliar nossa conexão com o público. Esse compromisso com as artes cênicas valoriza tanto atores consagrados como novos artistas em espetáculos por todo país. Ficha Técnica Músicas de Elton John Letras e Libreto de Lee Hall Originalmente dirigido por Stephen Daldry Direção Geral: John Stefaniuk Versão Brasileira: Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler Diretor associado: Floriano Nogueira Diretor Musical: Daniel Rocha Coreógrafo: Peter Darling Coreógrafos Internacionais Associados: Barnaby Meredith e Nikki Belsher Coreógrafa Residente: Anelita Gallo Cenógrafo: Michael Carnahan Figurinista: Ligia Rocha e Marco Pacheco Designer de Luz: Mike Robertson Camila Oliveira: 1) “O Pirotécnico Zacarias - Murilo Rubião 100 anos”, Companhia Giramundo Teatro de Bonecos. De 19/04 a 24/06 - R$30,00 - Centro Cultural Banco do Brasil (SP) A nova montagem do grupo teatral mineiro Giramundo aproxima o teatro de bonecos do cinema e da animação, integrando imagens reais e imagens pré-gravadas. Marionetes, máscaras, sombras e filmes, imersos no realismo mágico de Murilo Rubião, questionam a possibilidade de compreensão da realidade e comemoram 100 anos de nascimento do autor. Sexta, sabado e segunda = 20h Domingo = 18h 2) “Kintsugi, 100 memórias”, Lume Teatro De 25/05 a 23/06 - R$ 30,00 - SESC Avenida Paulista A peça escrita por Pedro Kosovski leva ao palco reflexões sobre lembranças, histórias e falta de memória, tanto do ponto de vista pessoal quanto social. O título do espetáculo faz referência a “kintsugi”, uma técnica japonesa de restauração de cerâmica, que utiliza uma mistura de laca e pó de ouro. As peças que passaram pelo processo costumam ser mais valorizadas que as que nunca sofreram rupturas. A direção do espetáculo é do argentino Emilio García Wehbi. Quinta, sexta e sabado = 21h Domingo = 18h Amanda Cuesta 1) Gota D’água Preta é um espetáculo de Chico Buarque e Paulo Pontes revisitado por Jé Oliveira, que assina a idealização deste projeto e sua direção. O espetáculo fez temporadas no Itaú Cultural (8 a 17 de fevereiro de 2019) e no Centro Cultural São Paulo (8 a 24 de março) e iniciará uma nova temporada no mês de Julho, no SESC Santo André. Segundo crítica recente, a atuação, direção e produção de Jé Oliveira e atuação da atriz Aysha Nascimento foram grandes destaques da primeira temporada. Nascimento além de cantora e pesquisadora musical, fundadora do Coletivo Negro (2008) junto com Jé Oliveira, que é ator, dramaturgo, diretor e professor de teatro, com pesquisas acerca de aspectos cênico-poético-raciais. O jornalista Valmir Santos conversou com os atores e produziu uma matéria para a seção “Leituras em cena, do site do telejornal.com: https://teatrojornal.com.br/2019/03/raizes-e-nervos-expostos/?fbclid=IwAR1qfvUxo WvHjpvPW2PE-ZkQazbJ6N2egKqkmuMhmhGD6KXwEUSwZYXXoZM Ficha Técnica [extraída da matéria e Valmir Santos]: Texto e dramaturgia: Chico Buarque e Paulo Pontes Direção geral, concepção e idealização: Jé Oliveira Com: Aysha Nascimento, Dani Nega, Ícaro Rodrigues, Jé Oliveira, Juçara Marçal, Marina Esteves, Mateus Sousa, Rodrigo Mercadante e Salloma Salomão Banda: DJ Tano (pickups e bases), Fernando Alabê (percussão), Gabriel Longhitano (guitarra, violão, cavaco e voz), Jé Oliveira (cavaco), Salloma Salomão (flauta transversal) e Suka Figueiredo (sax) Assistência de direção e figurinos: Éder Lopes Direção musical: Jé Oliveira e William Guedes Preparação vocal: William Guedes Concepção musical e seleção de citações: Jé Oliveira Cenário: Julio Dojcsar https://teatrojornal.com.br/2019/03/raizes-e-nervos-expostos/?fbclid=IwAR1qfvUxoWvHjpvPW2PE-ZkQazbJ6N2egKqkmuMhmhGD6KXwEUSwZYXXoZM https://teatrojornal.com.br/2019/03/raizes-e-nervos-expostos/?fbclid=IwAR1qfvUxoWvHjpvPW2PE-ZkQazbJ6N2egKqkmuMhmhGD6KXwEUSwZYXXoZM Light design e operação de luz: Camilo Bonfanti Técnico de som e operação: Marcos Maurício Coordenação de estudos teóricos: Juçara Marçal, Jé Oliveira, Salloma Salomão e Walter Garcia Produção executiva: Janaína Grasso Produção geral: Jé Oliveira Vídeo e edição: Marília Lino Jéssica Santos de Barros 1) 1984 É uma adaptação do livro de distopia de George Orwell (1903-1950) sobre uma sociedade sem qualquer tipo de privacidade, vigiada pelo Grande irmão. Escrito por Robert Icke e Duncan Macmillan. Dirigido por ZéHenrique de Paula. Local: Núcleo Experimental Ingresso: 40 reais (inteira) 2) Acorda Januário É um espetáculo de circo e teatro que conta a história de Januário, que com suas habilidades tem fé em revelar-se um exímio circense para seu estimado público. Cia Beira Serra Eloiza Helena dos Reis Penna A Comédia dos Erros A Cia. Nefanda atualiza a comédia de Shakespeare neste espetáculo para discutir questões de identidade e representatividade. Na trama, dois pares de irmãos gêmeos são separados ainda na infância durante um naufrágio e acabam se encontrando por coincidência muitos anos mais tarde. PREÇO R$ 30 HORÁRIOS EM CARTAZ ● Sex.: 21h às 22h25 ● Até 12/07 O grito Inspirada no quadro homônimo do pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944), a performance de Marcos Abranches encenada pela primeira vez há quatro anos e reapresentada em nova versão faz um paralelo entre a vida do bailarino e de Munch. Na quinta-feira da estreia (27), a instalação de Jeff Celophane que serve de cenário para a coreografia será aberta ao público. PREÇO GRÁTIS HORÁRIOS ESTREIA EM 27/6 ● Qui.: 20h às 21h ● Sex.: 20h às 21h ● Sab.: 18h às 19h ● Até 13/07 Fábula e Roda dos Três Amigos A peça mistura fato e ficção ao revisitar a amizade entre três artistas espanhóis na juventude: o poeta e dramaturgo Federico García Lorca, o pintor Salvador Dalí e o cineasta Luis Buñuel. PREÇO R$ 7,50 ATÉ R$ 25 HORÁRIOS ESTREIA ● Qui.: 20h30 às 21h30 ● Sex.: 20h30 às 21h30 ● Sab.: 20h30 às 21h30 ● Até 20/07 Chibueze Brito Obi B.E.C.O - Grupo Zumb Boys Sesc Osasco - 25/06 - Grátis Espetáculo de danças urbanas, baseado em conceitos de estudos contemporâneos, que trabalha um olhar de ocupação da cidade, pesquisando movimentos do cotidiano e os trabalhando com a técnica b.boy. O espetáculo não descaracteriza as danças urbanas, e mesmo assim, narra uma história, criando uma identidade, e utilizando o artístico da dança, sem necessidade de elementos que não sejam o próprio corpo. Eu Amarelo: Carolina Maria de Jesus COM CYDA MORENO E DIREÇÃO DE ISAAC BERNAT Sesc Ipiranga - 22 a 29/06 - R$ 6,00 e R$20 A peça apresenta um retrato contundente da ex-catadora de papel que se transformou em uma das maiores escritoras negras do país. Carolina Maria de Jesus devotava a sua vida a um propósito: seu amor à literatura que a fez tirar do lixo as palavras e, das palavras, uma forma de combater as desigualdades do mundo. Com Cyda Moreno Dramaturgia: Elissandro de Aquino Direção: Isaac Bernat Assistentes de Direção: Bebel Ribeiro e Camila Monteiro Iluminação: Aurélio de Simoni Trilha Sonora: Isaac Bernat Preparador Vocal: Jorge Maya Operador de Luz: Paulo Emydgdio Fotografia: Edu Monteiro Assistente de Fotografia: Neto Oliveira Design: Claudio Partes Produção São Paulo: Gabrielle Araújo (Caboclas Produções) Produção: Viramundo --------------------------------=---------------------------------------------=------------------------------------ Anna C.Madrid LOLOUCAS A peça que encara a passagem do tempo e celebra a amizade de 30 anos das atrizes Heloísa Périssé e Maria Clara Gueiros. A história inicia-se com duas senhoras que chegam atrasadas a uma sessão de teatro. A peça escolhida por elas começou faz pouco e, sem que percebam, ambas invadem o palco, aproveitando-se de um problema técnico. Iolanda (papel de Heloísa) e Ieda (representada por Maria Clara) são amigas desde os tempos de escola, enfrentaram a adolescência como dois patinhos feios, riram e choraram juntas nas décadas seguintes. Nunca se casaram, passam o tempo inteiro implicando uma com a outra e, hoje, bebem e jogam cartas, além de, lógico, ir ao teatro. O espetáculo se torna a narrativa dessa relação, cheia de passagens divertidas para o grande público, mas repletas de situações comuns para a maioria dos mortais às quais só o carisma da dupla é capaz de dar alguma credibilidade. O bonito desfecho, que remete ao companheirismo de Heloísa e Maria Clara nos últimos trinta anos, é a parte mais tocante da montagem. Nessa cena final, aparece uma delicadeza que faz falta no restante, e talvez o diretor não tenha percebido que naquele diálogo poderia estar o começo de tudo. Dirigida por Otávio Muller, a peça tem classificação de 12 anos, duração aproximada de 70 minutos e fica em cartaz até 30 de junho, às sextas, às 21h30; aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 18h. Às sextas-feiras, a atriz Márcia Manfredini substitui Maria Clara Gueiros. Serviço Temporada: até 30 de junho. Sextas, às 21h30; sábados, às 21h; domingos, às 18h. Meia Entrada R$ 45,00 Inteira R$ 90,00 FECOMÉRCIO Teatro Raul Cortez – Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista, São Paulo (SP). Júlia M. ENCONTRO 2 - 25/05/2019 O encontro que ocorreu no dia 25/05 foi destinado a prática teatral. No início do encontro, a professora deixou a responsabilidade do Ângelo de distribuir alguns textos referências que deverão ser lidos para a próxima aula. Em seguida, começamos a experenciar alguns exercícios. O primeiro deles, a proposta foi que andássemos pelo espaço. Tiramos os sapatos e nos pusemos a caminhar para o reconhecimento do espaço e para a ativação do corpo. Tocamos nossos próprios corpos, nos alongamos e experimentamos diferentes formas de andar. Depois, começamos uma sequência de exercícios de relação com o outro nesse espaço, dentro de uma lógica de níveis de contato. Num primeiro momento experimentamos andar sem nenhum tipo de contato visual, ignorando a todos no espaço. No segundo nível, andávamos estabelecendo contato visual. Depois passamos para um aceno de cabeça, o próximo foi um sorriso, depois um aperto de mãos. Os níveis de contato iam aumentando a cada nova comanda. Falamos ainda nossos nomes como nos apresentando, o nome da pessoa como se já fossemos conhecidos, depois um abraço, beijo no rosto e por fim um tapa na bunda. Experimentamos essas sequências de diferentes formas, tempos e conotações. Ao final, dramatizamos em duplas uma sequência desses cumprimentos. O próximo exercício: ficamos em roda e a ideia central era de transmitir um sinal que percorreria toda a roda. A exemplo, a professora apertou o ombro de um dos alunos, que fez o mesmo com a do seu lado, que passou a mesma ação para o do lado e assim por diante até retornar o sinal para a professora. Foram experimentados diversos sinais e variações de movimentos e direções que esse sinal percorria. Indo, voltando ou cruzando de um lado para o outro da roda. Os níveis de experimentação da proposta também foi crescendo, de forma que ao final do trabalho estávamos experimentando diferentes formas de passar o sinal utilizando nossos corpos. Uma evolução da proposta, falávamos o nome de uma das pessoas da roda e nos dirigíamos em direção a ela. A pessoa que estava na roda falava o nome de outra pessoa (antes que a anterior chegasse até ela) e assim a “brincadeira” prosseguia. Foi ainda acrescentado à dinâmica um terceiro elemento dramático que era a visão do herói, o assassinoe a vítima. O assassino falava o nome da pessoa e ia em direção a ela, a vítima chamava então um herói que a defendia chamando outro que seria seu herói. Este por sua vez, caminhava em direção ao assassino (que neste momento tornava-se vítima) chamando um novo herói para deter o ataque e assim prosseguia herói, assassino, vítima… Na última parte da aula, foi proposto uma atividade em duplas onde, cada dupla deveria contar um pouco da história de vida (principais pontos como uma espécie de mini currículo) dos dois participantes. Nas regras, os dois deveriam contar um pouco de suas histórias um para o outro e depois partilhar essas informações de forma dramática. A pessoa não poderia apresentar a si mesma e deveria interpretar um personagem para fazer essa apresentação. Como resultado, cada dupla pensou em uma dinâmica diferente para a apresentação. Foram inúmeras as ideias, não vou me ater a relatar todas, mas as ideias foram de um consultório terapêutico, onde um aluno interpretou o outro (como troca de papéis) a ideia de um tribunal, onde os acusados eram os alunos artistas. Cada dupla pensou em uma forma diferente de fazer as apresentações que contassem um pouco de cada um da dupla. Ao final, fizemos uma grande roda para análise das apresentações, destacando pontos positivos e negativos de cada uma dentro da linguagem teatral. O jogo é ser o outro e não você. Notação dos jogos e dos atores 1. Felipe e Chibueze Uso de uma cadeira e de uma mochila para criar níveis diferentes, um deitado e o outro sentado. O paciente e o psicólogo. A atuação segue até a mistura das personalidades acontecer, ambos terminam deitados, em questionamento que suscita mais a autoanálise que a análise. 2. Bruna e Camila As duas estavam sentadas em posições diferentes, com o perfil para a plateia, simulando uso com celular. As duas falavam em velocidade rápida, pareciam que não estavam se ouvido já que não havia pausa entre uma e outra. Mas os assuntos batiam e havia uma continuidade do diálogo. Duas adolescentes em confissão, com uso recorrente de gírias, fumando escondida e em frenesi para não serem descobertas por suas mães. 3. Ruth e Wantherson Usaram informações sobre horóscopo, gostos pessoais, recursos como gagueira, ficaram de pé de perfil e de frente para o público, trocaram de posições, pareciam até estarem em uma cal center pelo uso de gerúndios e linguagens mais coloquiais, também era um diálogo de pessoas com muita afinidade. 4. Clarice e Ricardo Vindos de sentidos opostos do palco, falaram de forma vaga, suscitando ocasiões que fizeram parecer antigas, mataram a saudade rememorando dados que pareciam um quebra cabeça, há o contato com o abraço, expressão de euforia por um encontro improvável misturado com a surpresa. 5. Adelia, Mauro , Jerson Dão a objetos inanimados suas características de artistas, em um júri de uma sociedade em que a arte é uma coisa perigosa, os balões fazem seus papéis, e eles fazem os papéis de juiz, promotor de acusação e advogados de defesa. Usam o palco invertido como forma de fazer os níveis da lei. A Adélia que é uma moça delicada, ficou em uma posição de imponência como juíza sentada no último degrau da arquibancada, a lei veio de cima para baixo com seu julgamento. Houveram momentos em que o advogado de defesa fez os personagens balões saírem de seus papéis. Como recursos de que os balões eram gente, lhes deram cadeiras para sentar, e em uma ditadura convenientemente os acusados nada puderam falar. 6. Eloiza(eu) e Milene/ Paola e Paulina- A usurpadora Houve a mistura de dados pessoais com o das personagens de novelas mexicanas, que foram os elementos mais comuns entre as duas que tem perfis diferentes já que tanto na ficção como na vida real uma é soturna e a outra mais solar. Atuaram de pé. 7. Túlio e Camila Também usaram o recurso de trocas de papéis entre dados reais e a ficção, usaram de entrevistas em um telejornal para descreverem suas personalidades e opiniões, então cada um interpretou dois personagens, entrevistados e entrevistadores. Os diálogos foram controlados e sem afetação, como se fossem pessoas do cotidiano pegas de maneira fortuita para dizerem suas opiniões principalmente sobre seus trabalhos. Atuaram de pé e sentados. 8. Ângelo, Maitê, Júlia Usaram de mímica e de um ambiente circense. As informações eram intimistas, as situações aconteciam em dois planos, duas pessoas sentadas e uma de pé passando lentamente atrás como equilibrista. Mímica de duas pessoas tocando violão, uma delas não tocava bem enquanto a outra seguia tocando de maneira continua. O silêncio da cena era contrastante com a situação de se haver música nela. A falta de sons também alterava nossa percepção de tempo da cena, já que ela era feita com movimentos vagarosos. 9. Marcia e Fernanda Marcia atua como Fernanda- Também sem falas, com mímicas e expressões esbaforidas, ela mostra o cotidiano corrido de uma professora que vai de uma escola para outra sem pausa, em situações de estresse, pegando transporte público, se dividindo entre vida pessoal e trabalho. Usa as escadas na parede do palco para se dependurar em um ônibus lotado. Fernanda atua como Xuxa. Usa seu biótipo loiro para fazer uma paródia da apresentadora de tv. Usa também um penteado que remete a apresentadora nos anos oitenta, além de falar com muita alegria e de gesticular com agitação. 10. Zuleide e Ana Troca de posturas, uma formal e outra informal, as duas ficam sentadas de frente para a plateia, só que as mesmas posições ressaltam as diferenças de personalidades. As duas são agitadas, gesticulam e nem por isso se parecem. Elas se interpretam exagerando nas características das personalidades com o contraste entre a autoridade de uma e da distração de outra. ENCONTRO 3 - 1/6/2019 A aula foi realizada na sala 506. Roda, gente bonita e salada cesar marcaram o início do terceiro encontro. De tríade em tríade, a aula sobre teatralidades se desenvolve com o texto do professor Jacó Guinsburg. Dividido em grupos de 5 alunos, cada grupo ficou responsável a ler e comentar sobre um trecho do capítulo 3 do texto: “Diálogos sobre a Natureza do Teatro”. Os grupos, juntamente com a professora Lúcia, debateram sobre o conceito datríade: texto, ator e público na qual o autor se refere como elementos essenciais para que a produção do teatro dramático aconteça. Com relação ao texto, é importante que ele fique consistente com a proposta teatral. Se a ideia é direcionar o conteúdo para uma abrangência textual nova, as formas da linguagem e estrutura de composição não podem descaracterizar os termos já existentes da dramaturgia convencional. Além disso, há outras linguagens artísticas que compartilham do texto da dramaturgia como base do processo criativo. Entre os exemplos em sala, foi citado a performance e o happening, que utilizam elementos, independentes do seu conteúdo plástico e expressivo, estrutura e organização típicos da formação textual dramatúrgica. E as diferentes linguagens acabam por forçar uma revitalização da teatralidade, pois leva a uma ruptura do código ou do ritmo, e alarga os limites do possível, mesmo porque o próprio conceito de teatralidade autoriza a ampliação e abertura desses limites. Neste campo está a morado do jogo, e nele impera a Lei da Reversibilidade (poder jogar de novo, porque a morte está ausente). Com relação ao papel do ator/agente diante do espaço, Jacob expressa que corpo necessita obrigatoriamente de algum espaço para atuar, e este espaço não precisa ser necessariamente um espaço específico. O espaço não precisa conter elementos decorativos para que arte cênica ocorra. O cenário adaptado para a peça ajuda aos propósitos da ação dramática mas não significa que ela é decisiva na execução cênica. A importância está na intencionalidade do agente em dar significado cênico ao espaço. O exemplo comentado na aula foi como se uma pessoa entrasse na sala e começasse a atuar, sem a necessidade de um palco ou a transformação do lugar. Embora a prática teatral não precise, necessariamente, de uma teoria que a fundamente, é importante notar que nela há uma indicação sobre o fazer artístico, a produção. Do mesmo modo que quando falamos sobre a “A Poética” de Aristóteles, temos em conta que o termo Poiesis carrega em si uma produção; como algo que se constitui no fazer, a poesia, ao mesmo tempo que se mantém íntegra, é um sair de si. Assim, em sua Poiesis, a atriz/o ator precisa estar dentro e fora ao mesmo tempo, porque aquilo que gera em cena não é ela/ele. E caso ocorra uma total identificação entre personagem e atriz/ator, o pacto ficcional é quebrado. Neste aspecto, há uma precariedade, que indica à atriz/ao ator que não é possível uma compreensão total de sua atuação. O último item da tríade se refere ao público. Em termos gerais, o público se conecta com o ação teatral e afirma a presença do ator. A intensidade de conexão do público com a peça muda quando há um público que consegue discernir e compreender os elementos teatrais daqueles que adotam a posição de observadores. Contudo, o que é ser espectador? Para responder a essa questão, é preciso ter clareza de que a recepção nunca é passiva, pois o espectador age sobre o que está exposto, como nos esclarece Jorge Dubatti, que fala de uma crítica teatral a partir dos resquícios da recepção do espectador (Teoria da Recepção). E para dilatar ainda mais os limites, a professora sugeriu algumas referências capitais sobre os aspectos levantados na aula, tais como: - DV8 Physical Theater (para tratar do drama dos movimentos - o corpo determina a dança, pois cada corpo mostra um tipo de potencialidade). https://www.youtube.com/watch?v=NShJJr1ztkM&t=63s https://www.youtube.com/watch?v=Jj6DpLjBpbs - Teatro Noh (A partir da menção a este teatro, começamos a nos perguntar como lidar com fenômenos de natureza sobrenatural face ao drama teatral? A professora Lúcia citou aspectos de determinadas culturas ameríndias, em que não há noção de teatralidade ou ficcionalidade, e sim vários níveis de realidade, em que uma pessoa possui vários “eus”, uma multiplicidade de duplos. Sendo assim, criar um teatro a partir de uma outra ontologia, será um teatro totalmente distinto, o qual alarga a própria noção de drama e de teatralidade). https://www.youtube.com/watch?v=NShJJr1ztkM&t=63s - Odin Teatret (sobre Teatro Ritual). https://www.youtube.com/user/odinteatretarchives1 * No final da aula, falamos sobre o teatro dentro do teatro, a partir de vídeos com trechos do Hamlet, na cena em que ele desmascara a mãe e o tio através de uma encenação teatral apresentada à corte. Não sei o nome dos grupos teatrais exibidos nos vídeos :/ Encontro IV Dia 08/06/2019- aula teórica e prática Jogos teatrais envolvendo elementos de simultaneidade de atenção e foco na cena, dinâmicas sustentadas com justificativas nas ações de Viola Spolin. 1. Moldar uma bola 2. Imaginar a densidade do material da bola e leva-la pelo palco 3. Jogo com bolinhas vindos em sentidos diferentes 4. Simulação de um jogo em grupo onde a bola devesse ser aparente para os espectadores 5. O que é mostrado e não contado e vice/versa: · Comer · Ouvir · Ver · Interagir no improviso (situação do ônibus/velório com amantes dissimulados) Citada Margot Bertold, estudiosa do teatro ocidental. · Teatro do circo https://www.youtube.com/user/odinteatretarchives1 · Teatro de revista · A hierarquia do teatro ocidental em relação as outras formas de apresentação (orientais, étnicas, folclóricas e ritualísticas) Citado Antonin Artaud sobre o teatro ritual (1896-1948) Remontado em apresentação de slide a história do teatro ocidental a partir das estruturas de montagem do teatro grego da antiguidade clássica. Foram apresentadas as estruturas dos rituais Órficos (tragédia/comédia, convívio/possessão, relações na coletividade). Alguns dos papéis estruturais comuns mitologia grega também foram explicados e objetos com simbolismos que remontam do teatro do século seis antes de cristo. Segue abaixo a lista de itens, autores ou papéis presentes nas constituições do teatro grego: · Dionísio- Deus do teatro nascido da coxa de Zeus, associado a sexualidade e violência, representado por uvas, comum do passado agrário da Grécia; · Sátiros ; · Menestréis; · Heródoto de Sícion (autor); · Arión de Lesbos, escritor (autor) de ditirambo; · Pesístrato (um hypocrités) aristocrata e chefe de estado; · Téspis –Diretor de coro/ Orquestra- espaço no teatro/ Carro- barca/ HYPOCRITÉS – respondedor; · Mimésis (representação verossímil ao real); · Tragédia arcaica: prólogo- cântico de entrada/ relato dos mensageiros (virada do destino),mais o lamento das vítimas dos acontecimentos; · Peças satíricas somam a tragédia com zombaria (Peloponeso- guerra de gregos contra gregos); · Frínico de Atenas (autor), segundo respondedor de coro. · Estrutura da comédia (com quatro autores), estrutura da tragédia (com três autores), eram as máscaras que definiam o feminino e o masculino; · A materialidade das máscaras constituía-se de linho, couro ou argila; · Etnologia- theatron (plateia)- orchestra( miolo de palco); · Sófocles, Eurípedes e Ésquilo (autores); · Aristóteles filosofo estudioso inclusive das estruturas teatrais Como a aula seguiu como uma discussão sobre a hierarquia da estrutura do teatro ocidental fortemente influenciado pelas estruturas gregas, foram apresentados os teatros Bharata com shastra/natuza (indiano) e teatro Nô (japonês) baseado no zen budista como comparativo oriental, além de ritos nórdicos , de candomblé e indígenas, numa discussão entre os limites canônicos da representação versus incorporação. Citados : · Zeami Motokiyo (1364-1443) estudioso (dramaturgo no amplo espectro do sentido) de textos japoneses que questionam o real no representado; · Maffei, 2005; · Gide e Dubuffet (arte bruta francesa); · Maurice Saillet; · Breton; · Luis Guillaume. ENCONTRO V- Data de referência: 15/06 Além das explicações sobre os vanguardistas russos, foram elaboradas sessões de leitura em voz alta por parte dos colegas de classe, enquanto a regente de turma fazia interferência na intensidade dos discursos. Ajuste na locução, para equalizar a leitura ao atuar, também foram citados os narradores tradicionais “Griôs” . Leram respectivamente: Felipe (teve boa postura e se apropriou do texto) , Adélia (depois que interpretou , surgiu o comentário “ experiência individual desorganizada é um caos”), Eliana (“a experiência de organização não é o mesmo que opressão”- leitura sobre liberdade e disciplina, Clarice (Fez a leitura sobre a analogia entre o teatro e a pesca, questões em forma de paradoxos da cultura zen sobre a arte de capturar com a rede). Até a última leitura alguns assuntos entraram em pauta: · Surgimento do Islavismo, movimento russo de retorno às suas raízes; · A internacionalização do Teatro livre (França, Alemanha); · Artes irmãs (usado o exemplo das óperas de Wagner para discutir os limites das linguagens cênicas) · O espectador como quarto criador · Sobre a comédia de la arte (teatro tradicional de convenções explícitas) · Sobre investigadores da linguagem teatral (exemplos: Henrique Buona Ventura, Mirela Schino e Antunes Filho); · Dimensão laboratorial –arte- relação atelier- vida Última leitura feita por Ana Laura/PAVIS (análise crítica sobre a fidelidade de recursos e de pensamentos nos jogos teatrais, repleto de questionamentos políticos, traduzido simultaneamente para o português- do espanhol). Não há no meu registro de classe anotação expressiva sobre 22/06 ENCONTRO VI E VII- PERMUTA DE AULA COM O PROFESSOR PALMA Textos de Shakespeare ensaiados em 29/06, as descrições das incorporações feitas pelos colegas de classe seguem após os textos na sua integralidade(antes de serem estudados pelo coletivo). DO TEXTO PARA A CENA POSSIBILIDADE DE EXPLORAÇÃO DO MATERIAL TEXTUAL Do texto para a cena - A personagem dramática e o ator-criador Objetivo: trabalho sobre cenas de Shakespeare; pequenos monólogos (abaixo transcritas). Exercitar o lugar do “ator-criador” (ou, da atriz-criadora); ● Leia os trechos e escolha um deles. ● Leia novamente, anotando impressões, palavras que se destacam, imagens que lhe ocorram etc. ● Faça uma análise da cena escolhida - QUEM fala, ONDE PODE estar acontecendo, PARA QUEM ou COM QUEM a personagem fala. Qual a situação da cena? O que teria vindo antes? O que poderia sucedê-la? Você pode recorrer ao texto original, ou pode inventar o contexto, ou ainda trabalhar apenas com as impressões do trecho que já possui, como um fragmento. ● Observe a personagem presente na cena. Imagine e descreva suas características físicas (corporais; de gênero; raça; idade, etc), psicológicas (caráter; comportamento; aptidões intelectuais; “energia”; sonhos que costuma ter; suas comidas e bebidas prediletas etc) e biográficas (nacionalidade; relações familiares; profissão; escolaridade etc). ● Tente defini-la também levantando suposições e relações (se fosse uma cor; se fosse um animal etc). ● Escreva em primeira pessoa uma apresentação da personagem, como se você fosse ela, inventando dados sobre sua história. Considere, se puder, o texto de onde foi extraído o trecho e informações complementares sobre a época. Acrescente também dados “imaginados”, se achar necessário. ● Imagine paralelos para essa personagem com personalidades no Brasil de hoje ou outras personagens ficcionais que conheça. ● Reescreva a cena como essa personagem “falaria” esse texto.Você pode alterar construções e jeitos de falar, mas procure manter o sentido geral da cena. ● Procure formas de enunciar o texto, de torná-lo presente aqui e agora, em qualquer modo que queira experimentar. ● Organize o material numa pequena cena a ser apresentada. Veja do que necessita para que as ideias que reuniu possam ser comunicadas. ● Busque elementos materiais para essa (a)presentação (vale tudo!). ● Você pode fazer sozinho(a) ou pedir ajuda de alguém. Cenas de Shakespeare. Romeu e Julieta – Ato 1, cena IV Mercúcio - Oh! Já vejo, pois, que esteve contigo a rainha Mab! É a parteira das ilusões e chega em tamanho que não é maior do que a pedra de ágata que brilha no dedo indicador de um conselheiro municipal, arrastada por uma parelha de minúsculos corcéis, a passear pelos narizes dos homens enquanto estão dormindo. Os raios das rodas de seu carro são feitos de longas patas de aranha; a capota, de asas de gafanhotos; as rédeas, de finíssima teia de aranha; os arneses, de úmidos raios de lua; o cabo do chicote, de osso de grilo; seu carro é uma casca de avelã, confeccionado por um esquilo marceneiro ou por uma velha lagarta, desde tempos imemoriais artífices dos carros das fadas. E, nesta equipagem, galopa, noite após noite, pelos cérebros dos apaixonados que, então, sonham com amores; sobre os joelhos dos nobres, que logo sonham com reverências; pelos dedos dos advogados que imediatamente sonham com honorários; sobre os lábios das damas que, em seguida, sonham com beijos. Algumas vezes, cavalga sobre o nariz de um cortesão, e, então, sonha que fareja uma promoção; e, outras, com um rabo do porco do dízimo, faz cócegas no nariz de um pároco adormecido e instantaneamente sonha ele com uma nova prebenda. Às vezes, passeia pelo pescoço de um soldado e, então, sonha que está degolando inimigos, com brechas, emboscadas, lâminas espanholas, brindes e tragos de cinco braças de altura. É ainda ela… Romeu – Silêncio, Mercúcio, silêncio! Estás falando ninharias. Mercúcio – É verdade, falo de sonhos que são os filhos de uma mente ociosa, engendrados unicamente pela vã fantasia, e tão finos de substância quanto o ar e mais inconstantes que o vento que agora acaricia o seio gelado do Norte e, que, depois de irritado, sopra para bem longe de lá, virando a cara para o Sul, coberto de orvalho. Romeu e Julieta – Ato 3, cena
Compartilhar