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Cenofisco - Metodo de Equivalencia Patrimonial

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Resumo: Método de equivalência patrimonial é o modo de contabilização dos resultados e quaisquer variações
patrimoniais da investida na investidora por ocasião de sua geração, independentemente de qualquer
distribuição por esta última.
Origem: FEDERAL
Qualificações: Contabilidade
Número: 19/2013
Avaliação de Investimentos Pelo Método da Equivalência Patrimonial ­ Aspectos Gerais
Data de publicação: 22/04/2013
SUMÁRIO
1. Considerações Iniciais
2. Investimentos que Devem ser Avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial
2.1. Ajustes de avaliação patrimonial
3. Definição de Coligadas e Controladas
3.1. Sociedades coligadas
3.2. Sociedades controladas
3.3. Participação direta ou indireta
4. Influência Significativa
5. Quadro­Resumo para Identificação da Aplicação do Método da Equivalência
6. Data das Demonstrações
7. Determinação do Valor da Equivalência
8. Perdas por Redução ao Valor Recuperável (Impairment)
9. Mais­Valia, Ágio ou Deságio na Aquisição de Investimento Avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial
9.1. Amortização do ágio ou deságio
10. Apropriação do Resultado da Equivalência Patrimonial
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Método de equivalência patrimonial é o modo de contabilização dos resultados e quaisquer variações patrimoniais da investida na
investidora por ocasião de sua geração, independentemente de qualquer distribuição por esta última.
O método de equivalência patrimonial surgiu no Brasil por intermédio da previsão de sua utilização pelo art. 248 da Lei nº 6.404/76,
tendo sido também previsto pelo Decreto­Lei nº 1.598/77, cujos arts. 20 a 26 tratam do investimento em sociedades coligadas ou controladas,
avaliado pelo valor de patrimônio líquido.
Além das regras estabelecidas pela legislação societária e fiscal, também a Comissão de Valores Mobiliários, por meio da Instrução CVM
nº 247/96 (alterada pelas Instruções CVM nºs 269/97, 285/98, 464/08 e 469/08) e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), por meio do
CPC 18 ­ Investimento em Coligada e em Controlada, estabeleceram regras a serem observadas, respectivamente, pelas companhias abertas e
pelas instituições financeiras e equiparadas.
A avaliação dos investimentos em outras empresas, proporcionalmente à participação no capital social da sociedade, oferece às
demonstrações contábeis um maior grau de clareza e confiabilidade, pois faz com que os resultados da coligada ou controlada sejam
registrados no mesmo exercício em que foram gerados.
Nota Editorial
Esclarecemos que na matéria Equivalência Patrimonial ­ Contabilização apresentamos os lançamentos contábeis de investimentos em
coligadas e/ou controladas avaliados pelo método  de  equivalência patrimonial, que consiste no reconhecimento da "valorização" ou
"desvalorização" destes investimentos, em um momento específico.
2. INVESTIMENTOS QUE DEVEM SER AVALIADOS PELO MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
De acordo com o art. 248 da Lei das S.A., os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de
um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial. Tal determinação também está
prevista no art. 387 do RIR/99 e deve ser observada pelas pessoas jurídicas tributadas pelo Imposto de Renda (IR) com base no lucro real.
O art. 5º da Instrução CVM nº 247/96 dispõe que deverão ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial:
a) o investimento em cada controlada, direta ou indireta;
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b) o investimento em cada coligada ou sua equiparada, quando a investidora tenha influência significativa na
administração ou quando a porcentagem de participação, direta ou indireta, da investidora representar 20% ou mais do
capital votante; e
c) o investimento em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), por meio do item 11 do CPC 18, prescreve que o investimento em coligada e em
controlada, deve ser avaliado pelo método  d a  equivalência  patrimonial, e ainda que a equivalência patrimonial corresponda ao
reconhecimento inicial do investimento pelo custo ou seu valor contábil, valor esse sujeito à alteração de acordo com a participação do
investidor nos luvros ou prejuízos do período.
A parte do investidor no lucro ou prejuízo do período da investida é reconhecida no lucro ou prejuízo do período do investidor. As
distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do investimento.
Deverá deixar de ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial:
a) o investimento classificado como mantido para venda;
b) quando a controladora que também tenha participação em entidade controlada conjuntamente não apresentar
demonstrações contábeis consolidadas; ou
c) todas as condições a seguir forem aplicáveis, respeitada a legislação vigente:
c ­ 1) o investidor é ele próprio uma controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a qual, em conjunto com os
demais acionistas ou sócios, incluindo aqueles sem direito a voto, foram consultados e não fizeram objeção quanto a não
aplicação do método de equivalência patrimonial pelo investidor;
c ­ 2) os instrumentos de dívida ou patrimoniais do investidor não são negociados em mercado aberto (bolsas de
valores domésticas ou estrangeiras ou mercado de balcão­mercado descentralizado de títulos não listados em bolsa de valores
ou cujas negociações correm diretamente entre as partes, incluindo mercados locais e regionais);
c ­ 3) o investidor não registrou e não está em processo de registro de suas demonstrações contábeis na Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) ou outro órgão regulador, visando à emissão de qualquer tipo ou classe de instrumento no mercado
aberto; e
c ­ 4) a controladora final (ou intermediária) do investidor disponibiliza ao público suas demonstrações contábeis
consolidadas em conformidade com os Pronunciamentos Técnicos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
Continuará sendo avaliado pelo método da equivalência patrimonial o investimento:
a) previamente classificado como mantido para venda, quando não mais atender a esses critérios, desde a data em que
tiver sido inicialmente classificado como mantido para venda. As demonstrações contábeis do investidor, correspondentes aos
períodos desde a classificação do investimento em coligada e em controlada, como mantido para venda devem ser
adequadamente ajustadas;
b) quando a coligada passar a ser sua controlada ou então um empreendimento sob controle conjunto tal como definido
pelo Pronunciamento Técnico CPC 19 ­ Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture).
2.1. Ajustes De Avaliação Patrimonial
Com o advento da Lei nº 11.638/07, muitas alterações foram introduzidas à Lei das S/A. Dentro da temática abordada no presente estudo,
destaca­se a criação da conta "Ajustes de Avaliação Patrimonial".
Referida conta não deverá ser tratada pela entidade como uma conta de reserva, uma vez que apenas transitará pelo resultado do
exercício em data futura.
E qual seria a finalidade da conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial?
Como primordial função, destaca­se o registro de valores que, embora pertencentes ao patrimônio líquido, ainda não transitaram por ele.
Exemplos de valores a serem registrados como ajustes de avaliação patrimonial são muitos, dentre os quais destacamos: ajustes de ativos
e passivos a valor de mercado na reorganização societária e variações cambiais de investimentos em entidades no exterior.
Embora não haja ainda em nosso ordenamento jurídico qualquer normativa que indique o tratamento a ser conferido aos investimentos
societários sujeitos ao método da equivalência patrimonial, temos como válida a criação da conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reflexa no Patrimônio Líquido da Investidora.
Do procedimento supramencionado incorremos no reconhecimento contábil da variação patrimonial do investimento por meio da aplicação
do percentual de participação no capital da investidana conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial, o que resulta na criação, na controladora, de
uma conta específica de Ajustes de Avaliação Patrimonial em Investidas, dentro do Patrimônio Líquido.
Em contrapartida, as variações cambiais de investimento no exterior (ou em outra moeda funcional que não seja o real) já recepcionam a
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tratativa aqui descrita por intermédio do inciso V do art. 16 da Instrução CVM nº 247/96, incluído pela Instrução CVM nº 464/08, o qual
transcrevemos a seguir:
"Art. 16 ­ A diferença verificada, ao final de cada período, no valor do investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial,
deverá ser apropriada pela investidora como:
(...)
V ­ na conta de Ajuste Acumulado de Conversão, diretamente no seu patrimônio líquido, quando corresponder a ajuste da mesma
natureza no patrimônio líquido da controlada ou coligada com investimento no exterior, em função das variações cambiais de que trata a
regulamentação da CVM em vigor".
3. DEFINIÇÃO DE COLIGADAS E CONTROLADAS
As participações em outras sociedades, de acordo com o percentual sobre o capital social e a capacidade de controle das operações,
poderão ser classificadas como sociedades coligadas ou controladas, que formam os grupos de empresas e conglomerados.
3.1. Sociedades Coligadas
De acordo com os arts. 1º e 2º da Instrução CVM nº 247/96, consideram­se coligadas as sociedades quando uma participa com 10% ou
mais do capital social da outra, sem controlá­la.
Equiparam­se a coligadas as sociedades quando:
a) uma participa indiretamente com 10% ou mais do capital votante da outra, sem controlá­la;
b) uma participa diretamente com 10% ou mais do capital votante da outra, sem controlá­la, independentemente do
percentual da participação no capital total.
Já na esfera da Lei das S/A, o art. 243, § 1º, da Lei nº 6.404/76 define coligada a sociedade na qual a investidora tenha influência
significativa.
O Pronunciamento Técnico CPC 18 define, em seu item 2, coligada como sendo a entidade, incluindo aquela não constituída sob a forma
de sociedade tal como uma parceria, sobre a qual o investidor tem influência significativa e que não se configura como controlada ou
participação em empreendimento sob controle conjunto (joint venture).
3.2. Sociedades Controladas
De acordo com o art. 3º da Instrução CVM nº 247/96, considera­se controlada:
a) a sociedade na qual a investidora, diretamente ou indiretamente, seja titular de direitos de sócio que lhe assegurem,
de modo permanente:
a.1) preponderância nas deliberações sociais; e
a.2) poder de eleger ou destituir a maioria dos administradores;
b) filial, agência, sucursal, dependência ou escritório de representação no exterior, sempre que os respectivos ativos e
passivos não estejam incluídos na contabilidade da investidora, por força de normatização específica;
c) a sociedade na qual os direitos permanentes de sócio, previstos nas letras "a.1" e "a.2", estejam sob controle comum
ou sejam exercidos mediante a existência de acordo de votos, independentemente do seu percentual de participação no
capital votante;
d) a subsidiária integral, tendo a investidora como única acionista.
Observe que as relações de controle vão além do percentual de detenção do capital votante, muito embora a detenção da maioria do
capital votante seja a condição que assegura de maneira irrefutável a preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos
administradores.
Nas definições da Norma Internacional de Contabilidade IAS 28 ­ Contabilidade para Investimento em Associadas, "controle" é o poder de
gerir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade, de forma a obter benefícios das suas atividades.
O art. 243, § 2º, da Lei nº 6.404/76 define sociedade controlada na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é
titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores.
Ressalta­se que as informações adicionais sobre coligadas e controladas eventualmente exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários
(CVM) deverão ser divulgadas pelas companhias abertas.
No tocante ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis, o item 2 do CPC 18 define controlada como sendo a entidade, incluindo aquela não
constituída sob a forma de sociedade tal como uma parceria, na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de
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direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores.
Nota Editorial
Para as sociedades coligadas e controladas trouxemos as definições abarcadas pela CVM e pela Lei das S/A. A observância de uma ou
de outra norma, para fins de adoção do método da equivalência patrimonial, dependerá da natureza e limitações de cada entidade, isto é,
a que norma esta entidade será obrigada a atender.
3.3. Participação Direta Ou Indireta
A participação direta ou indireta, essa última exercida por meio de controladas, está relacionada à presunção de influência significativa
manifestada por específico percentual de poder de voto do investidor na investida.
A participação direta corresponde ao percentual de ações ou quotas do capital social que uma sociedade considerada isoladamente detém
da outra.
Por exemplo, a empresa "A" detém 20% do capital social de "B". Essa participação de 20% é direta.
Por sua vez, admitamos que a empresa "A" detém 100% do capital da empresa "C" e que a empresa "C" detém 30% de participação no
capital social da empresa "B".
Assim, a empresa "A" participa diretamente com 20% do capital de "B" e indiretamente, por intermédio de sua participação no capital de
"C", com mais 30%.
Então, o total de participação direta e indireta é de 50%.
Veja o modelo
4. INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA
Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por exemplo, por meio de controladas), 20% ou mais do poder de voto da investida,
presume­se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor
detém, direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de 20% do poder de voto da investida, presume­se que ele não
tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da
investida por outro investidor não necessariamente impede que o investidor minoritário tenha influência significativa.
A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por uma ou mais das seguintes formas:
a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida;
b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras distri­buições;
c) operações materiais entre o investidor e a investida;
d) intercâmbio de diretores ou gerentes; ou
e) fornecimento de informação técnica essencial.
A entidade pode ter em seu poder direitos de subscrição, warrants de compras de ações, opções de compra de ações, instrumentos de
dívida ou patrimoniais conversíveis em ações ordinárias ou outros instrumentos semelhantes com potencial de, se executados ou convertidos,
conferir à entidade poder de voto adicional ou reduzir o poder de voto de outra parte sobre as políticas financeiras e operacionais da investida
(isto é, potenciais direitos de voto). A existência e a efetivação dos potenciais direitos de voto prontamente exercíveis ou conversíveis, incluindo
os potenciais direitos de voto detidos por outras entidades, são consideradas na avaliação de a entidade possuir ou não influência significativa
ou controle. Os potenciais direitos de voto não são exercíveis ou conversíveis quando, por exemplo, não podem ser exercidos ou convertidos
até uma data futura ou até a ocorrência de evento futuro.
Ao avaliarse os potenciais direitos de voto contribuem para a influência significativa ou para o controle, a entidade deve reexaminar todos
os fatos e circunstâncias (inclusive os termos do exercício dos potenciais direitos de voto e quaisquer outros ajustes contratuais considerados
individualmente ou em conjunto) que possam afetar os direitos potenciais, exceto pela intenção da administração e a capacidade financeira em
exercê­los ou convertê­los.
A entidade perde a influência significativa sobre a investida quando ela perde o poder de participar nas decisões sobre as políticas
financeiras e operacionais daquela investida. A perda da influência significativa pode ocorrer com ou sem uma mudança no nível de participação
acionária absoluta ou relativa. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando uma coligada torna­se sujeita ao controle de governo, tribunal, órgão
administrador ou entidade reguladora. Isso pode ocorrer também como resultado de acordo contratual.
São considerados exemplos de evidências de influência na administração da coligada:
a) participação nas suas deliberações sociais, inclusive com a existência de administradores comuns;
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b) poder de eleger ou destituir um ou mais de seus administradores;
c) volume relevante de transações, inclusive com o fornecimento de assistência técnica ou informações técnicas
essenciais para as atividades da investidora;
d) significativa dependência tecnológica e/ou econômico­financeira;
e) recebimento permanente de informações contábeis detalhadas, bem como de planos de investimento; ou
f) uso comum de recursos materiais, tecnológicos ou humanos.
5. QUADRO­RESUMO PARA IDENTIFICAÇÃO DA APLICAÇÃO DO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA
A seguir ,  vamos apresentar um quadro­resumo para or ientação da necessidade ou não da apl icação do método  d a
equivalência patrimonial para a avaliação do investimento.
Veja o modelo
6. DATA DAS DEMONSTRAÇÕES
As coligadas e controladas, cujo investimento esteja sujeito ao cálculo do método da equivalência patrimonial, elaborarão de acordo
com o art. 250, § 4º, da Lei nº 6.404/76, demonstrações financeiras extraordinárias em data compreendida no prazo de 60 dias antes do
encerramento do exercício da companhia.
O item 22 do CPC 36 determina que seja observado o mesmo prazo supramencionado para elaboração das demonstrações financeiras
pela controladora e suas controladas. Todavia, quando referido procedimento tornar­se impraticável, devem ser feitos os ajustes necessários
em razão dos efeitos de eventos ou transações relevantes que ocorrerem entre aquela data e a data das demonstrações contábeis da
controladora.
Independentemente disso, a defasagem máxima entre as datas de encerramento das demonstrações da controlada e da controladora é de
até dois meses. A duração dos períodos abrangidos nas demonstrações contábeis e qualquer diferença entre as respectivas datas de
encerramento deve ser igual de um período para outro.
7. DETERMINAÇÃO DO VALOR DA EQUIVALÊNCIA
Para a determinação do valor da equivalência patrimonial, a investidora deverá:
a) eliminar os efeitos decorrentes da diversidade de critérios contábeis, em especial, referindo­se a investimentos no
exterior;
b) excluir o montante correspondente às participações recíprocas;
c) reconhecer os efeitos decorrentes de:
c ­ 1) eventos relevantes ocorridos no período intermediário, no caso de demonstrações contábeis levantadas em datas
diversas; e
c ­ 2) classes de ações com direito preferencial de dividendo fixo, dividendo cumulativo e com diferenciação na
participação de lucros.
O valor do investimento, pelo método da equivalência patrimonial, será obtido mediante o seguinte cálculo:
a) aplicando­se a percentagem de participação no capital social da coligada e da controlada sobre o valor de seus
patrimônios líquidos, ajustado conforme descrito;
b) subtraindo­se do montante obtido no primeiro passo, os lucros não realizados, assim considerados aqueles
decorrentes de negócios com a investidora ou com outras coligadas e controladas, quando o lucro estiver incluído no resultado
de uma coligada e controlada e correspondido por inclusão no custo de aquisição de ativos de qualquer natureza no balanço
patrimonial da investidora ou de outras coligadas e controladas.
Os prejuízos decorrentes de transações com a investidora, coligadas e controladas não devem ser eliminados no cálculo da equivalência
patrimonial.
Os lucros e os prejuízos, assim como as receitas e as despesas decorrentes de negócios que tenham gerado, simultânea e integralmente,
efeitos opostos nas contas de resultado das coligadas e controladas, não serão excluídos para fins de cálculo do valor do investimento.
8. PERDAS POR REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL (IMPAIRMENT)
Após a aplicação do método de equivalência patrimonial, incluindo o reconhecimento dos prejuízos da coligada, o investidor deve
aplicar os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 38 ­ Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração para determinar a
necessidade de reconhecer alguma perda adicional por redução ao valor recuperável do investimento líquido total desse investidor na coligada.
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Arquivo gerado em 16/02/2020 Página 5 de 7
O investidor, em decorrência de sua participação na coligada, também deve aplicar os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 38 ­
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração para determinar a existência de alguma perda adicional por redução ao valor
recuperável (impairment) em itens que não fazem parte do investimento líquido nessa coligada e o valor dessa perda.
No caso do balanço individual da controladora, o reconhecimento de perdas por redução ao valor recuperável (impairment) com relação ao
investimento em controlada deve ser feito a partir das demonstrações contábeis consolidadas do grupo econômico para atendimento ao
requerido quanto aos atributos de relevância, representação adequada, primazia da essência sobre a forma e outros conforme o
Pronunciamento Conceitual Básico Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis e o Pronunciamento
Técnico CPC 26 ­ Apresentação das Demonstrações Contábeis.
São consideradas perdas potenciais aquelas estimadas em virtude de:
a) tendência de perecimento do investimento;
b) elevado risco de paralisação de operações de coligadas e controladas;
c) eventos que possam prever perda parcial ou total do valor contábil do investimento ou do montante de créditos contra
as coligadas e controladas; ou
d) cobertura de garantias, avais, fianças, hipotecas ou penhores concedidos em favor de coligadas e controladas,
referentes a obrigações vencidas ou vincendas, quando caracterizada a incapacidade de pagamentos pela controlada ou
coligada.
9.  MAIS­VALIA,  ÁGIO OU DESÁGIO NA AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTO AVALIADO PELO MÉTODO  D E
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Para determinação e qualificação da mais­valia, do ágio ou deságio, a entidade, na data­base de aquisição das ações, deverá determinar o
valor justo dos ativos líquidos da coligada e o valor contábil de seu patrimônio líquido.
Nas demonstrações contábeis individuais da controladora, a determinação desses valores será feita com base nos procedimentos
descritos no CPC 15, e adicionalmente, no caso de aquisição de participação em coligada, será determinado o valor justo da participação na
empresa controlada e aquele relativo à participação dos não controladores.
Em função de a mais­valia por diferença de valor justo dos ativos líquidos quanto o ágio por rentabilidade futura (goodwill) integrar o valor
contábil do investimento na coligada (não é reconhecido separadamente), ele não é testado separadamente em relação ao seu valor
recuperável. Em vez disso, o valor contábil total do investimento é que é testado como um único ativo pela comparação de seu valor contábil
com seu valor recuperável (valor de venda líquido dos custos para vender ou valor em uso, dos dois o maior), sempre que os requisitos do
Pronunciamento Técnico CPC38 ­ Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração indicarem que o investimento possa estar
afetado, ou seja, que indicarem alguma perda por redução ao seu valor recuperável.
A perda por redução ao valor recuperável reconhecida nessas circunstâncias não é alocada para algum ativo que constitui parte do valor
contábil do investimento na coligada, incluindo o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill). Consequentemente, a reversão dessas
perdas é reconhecida na medida do aumento subsequente no valor recuperável do investimento. Na determinação do valor em uso do
investimento, a entidade deve estimar:
a) sua parte no valor presente dos fluxos de caixa futuros que se espera sejam gerados pela coligada, incluindo os fluxos
de caixa das operações da coligada e o valor residual esperado com a alienação do investimento; ou
b) o valor presente dos fluxos de caixa futuros esperados em função do recebimento de dividendos provenientes do
investimento e o valor residual esperado com a alienação do investimento.
Sob premissas adequadas, os métodos anteriores devem gerar o mesmo resultado.
O valor recuperável de investimento em coligada é determinado para cada coligada, a menos que ela não gere entradas de caixa de forma
independente de outros ativos da entidade.
O ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill) também integra o valor contábil do investimento na controlada (não é reconhecido
separadamente) na apresentação das demonstrações contábeis individuais da controladora. Mas, nesse caso, esse ágio, no balanço individual
da controladora, deve receber o mesmo tratamento contábil que é dado a ele nas demonstrações consolidadas.
9.1. Amortização Do Ágio Ou Deságio
O ágio ou deságio deverá ser amortizado quando decorrente:
a) da diferença entre o valor de mercado de parte ou de todos os bens do ativo da coligada e controlada e o respectivo
valor contábil: na proporção em que o ativo for sendo realizado na coligada e controlada, por depreciação, amortização,
exaustão ou baixa em decorrência de alienação ou perecimento desses bens ou do investimento;
b) da diferença entre o valor pago na aquisição do investimento e o valor de mercado dos ativos e passivos da coligada
ou controlada:
b.1) ágio ou o deságio decorrente de expectativa de resultado futuro: no prazo, extensão e proporção dos resultados
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projetados ou pela baixa por alienação ou perecimento do investimento, devendo os resultados projetados serem objeto de
verificação anual, a fim de que sejam revisados os critérios utilizados para amortização ou registrada a baixa integral do ágio;
b.2) ágio decorrente da aquisição do direito de exploração, concessão ou permissão delegadas pelo Poder Público: no
prazo estimado ou contratado de utilização, de vigência ou de perda de substância econômica, ou pela baixa por alienação ou
perecimento do investimento.
Quando houver deságio não justificado pelos fundamentos econômicos previstos nas letras "a" e "b", a sua amortização somente poderá
ser contabilizada em caso de baixa por alienação ou perecimento do investimento.
O ágio não justificado pelos fundamentos econômicos deve ser reconhecido imediatamente como perda no resultado do exercício,
esclarecendo­se em nota explicativa as razões da sua existência.
10. APROPRIAÇÃO DO RESULTADO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
A diferença verificada ao final de cada período, no valor do investimento avaliado pelo método da equivalência patrimonial, deverá ser
apropriada pela investidora como:
a) receita ou despesa operacional, quando corresponder a aumento ou diminuição do patrimônio líquido da coligada e
controlada, em decorrência da apuração de lucro líquido ou prejuízo no período ou que corresponder a ganhos ou perdas
efetivos em decorrência da existência de reservas de capital ou de ajustes de exercícios anteriores;
b) receita ou despesa não operacional, quando corresponder a eventos que resultem na variação da porcentagem de
participação no capital social da coligada e controlada;
c) aplicação na amortização do ágio em decorrência do aumento ocorrido no patrimônio líquido por reavaliação dos
ativos que lhe deram origem; e
d) na conta de Ajuste Acumulado de Conversão, diretamente no seu patrimônio líquido, quando corresponder ao ajuste
da mesma natureza no patrimônio líquido da controlada ou coligada com investimento no exterior, em função das variações
cambiais de que trata a regulamentação da CVM em vigor.
É importante lembrar que o resultado negativo da equivalência patrimonial terá como limite o valor contábil do investimento, que
compreende o custo de aquisição mais a equivalência patrimonial, o ágio e o deságio não amortizados e a provisão para perdas.
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