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Thiago Lopes - Prof. Arthur Lima Aula 00 1 de 100| www.direcaoconcursos.com.br Nome do curso Aula 12 – CPC 18. CPC 15. Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Prof. Igor Cintra Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 1 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Sumário AULA 12 ....................................................................................................................................................2 CPC 18 – INVESTIMENTO EM COLIGADA, EM CONTROLADA E EM EMPREENDIMENTO CONTROLADO EM CONJUNTO ........................................................................................................................................................ 3 DEFINIÇÕES ........................................................................................................................................................... 3 INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA ...................................................................................................................................... 5 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (MEP)..................................................................................................... 10 EXCEÇÕES À APLICAÇÃO DO MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ....................................................................... 19 CLASSIFICAÇÃO COMO MANTIDO PARA VENDA ......................................................................................................... 20 DESCONTINUIDADE DO USO DO MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL .................................................................. 20 MUDANÇA NA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA ............................................................................................................... 22 TRANSAÇÕES “INTRAGRUPO” – LUCRO NÃO REALIZADO ............................................................................................ 25 ÁGIO NA AQUISIÇÃO DE INVESTIMENTOS AVALIADOS PELO MEP ................................................................................. 33 CPC 15 – COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS .....................................................................................................46 DEFINIÇÕES ..................................................................................................................................................... 46 ALCANCE ......................................................................................................................................................... 47 IDENTIFICAÇÃO DE COMBINAÇÃO DE NEGÓCIOS .......................................................................................... 48 MÉTODO DE AQUISIÇÃO (PURCHASE METHOD) ............................................................................................. 48 RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO ............................................................................................................. 49 QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS ..................................................................................................... 58 LISTA DE QUESTÕES...............................................................................................................................84 GABARITO ..............................................................................................................................................94 RESUMO DIRECIONADO ......................................................................................................................... 95 Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 2 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Aula 12 E aí manada, como foram os estudos em relação à Estrutura Conceitual Básica? Trata-se de um Pronunciamento Técnico fundamental para qualquer prova de Contabilidade Avançada, principalmente organizada pelo CESPE! Desta forma, não deixe dúvidas para trás! Qualquer dúvida é só gritar no fórum do site. Além disso, sinta-se à vontade para me procurar através das redes sociais. Esta semana analisaremos o Pronunciamento Técnico CPC 18 – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto, que despenca em provas de Contabilidade Avançada! Para finalizar a aula analisaremos os principais tópicos do Pronunciamento Técnico CPC 15 – Combinação de Negócios. Então vamos ao que interessa! Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 3 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ CPC 18 – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto O objetivo do CPC 18 é estabelecer a contabilização de investimentos em coligadas e em controladas e definir os requisitos para a aplicação do método da equivalência patrimonial quando da contabilização de investimentos em coligadas, em controladas e em empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures). Deve ser aplicado por todas as entidades que sejam investidoras com o controle individual ou conjunto de investida ou com influência significativa sobre ela. Como de costume vamos analisar algumas das definições deste Pronunciamento Técnico, mas antes disso vamos iniciar a aula com a resolução de um exercício! Definições Os termos a seguir são utilizados no Pronunciamento Técnico CPC 18 com os seguintes significados: Coligada Coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa. Influência Significativa Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas. Demonstrações Consolidadas Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um grupo econômico, em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica. Método de Equivalência Patrimonial Método da equivalência patrimonial é o método de contabilização por meio do qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor sobre os ativos líquidos da investida. As receitas ou as despesas do investidor incluem sua participação nos lucros ou prejuízos da investida, e os outros resultados abrangentes do investidor incluem a sua participação em outros resultados abrangentes da investida. Negócio em Conjunto Negócio em conjunto é um negócio do qual duas ou mais partes têm controle conjunto. Controle Conjunto Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 4 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Controle conjunto é o compartilhamento, contratualmente convencionado, do controle de negócio, que existe somente quando decisões sobre as atividades relevantes exigem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle. Empreendimento Controlado em Conjunto Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um acordo conjunto por meio do qual as partes, que detêm o controle em conjunto do acordo contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos desse acordo. Investidor Conjunto Investidor conjunto (joint venture) é uma parte de um empreendimento controlado em conjunto (joint venture) que tem o controle conjunto desse empreendimento. Controlada Apesar do CPC 18 não definir o que são controladas, considera-se a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lheassegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores. O controle é adquirido se a investidora tem, direta ou indiretamente, mais de 50% das ações com direito a voto da investida. Segundo o CPC 36 o investidor controla a investida quando está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida e tem a capacidade de afetar esses retornos por meio de seu poder sobre a investida. Assim, o investidor controla a investida se, e somente se, o investidor possuir todos os atributos seguintes: (a) poder sobre a investida; (b) exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida; e (c) a capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos. Vamos fazer algumas questões! (CS UFG – Analista – SANEAGO – 2018) O poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais em uma empresa investida, sem que haja o controle individual ou o conjunto dessas políticas, é denominado: a) negócio em conjunto. b) influência significativa. c) participação direta. d) empreendimento indireto. RESOLUÇÃO: Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas. Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 5 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Com isso, correta a alternativa B. GABARITO: B Vamos analisar o conceito de influência significativa, que é muito cobrado em provas de concursos públicos. Influência Significativa Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor detém, direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se que ele não tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não necessariamente impede que um investidor tenha influência significativa sobre ela. Segundo o CPC 18, a existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por uma ou mais das seguintes formas: (a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida; (b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras distribuições; (c) operações materiais entre o investidor e a investida; (d) intercâmbio de diretores ou gerentes; (e) fornecimento de informação técnica essencial. Isso é muito cobrado em concursos! Tenha atenção! INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA 20% OU MAIS DO CAPITAL VOTANTE PRESUNÇÃO INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA REPRESENTAÇÃO NO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO OU DIRETORIA PARTICIPAÇÃO NOS PROCESSOS DE ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS, INCLUSIVE DIVIDENDOS E OUTRAS DISTRIBUIÇÕES OPERAÇÕES MATERIAIS INTERCÂMBIO DE DIRETORES OU GERENTES FORNECIMENTO DE INFORMAÇÃO TÉCNICA ESSENCIAL Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 6 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ (FUNDATEC – Controlador – CIGA/SC – 2018) A empresa “A” possui pouco mais de trinta por cento do capital da empresa “B”, mas possui significativa influência na sua administração. Essa participação é mantida em caráter permanente, ou seja, sem a intenção de vender a terceiros, mas como uma fonte permanente de renda. Considerando essas informações, assinale a alternativa correta. a) Os valores aplicados na empresa “B” são classificados no Ativo Realizável a Longo Prazo na empresa “A”. b) A empresa ”A” deve classificar o valor referido como Investimento em Coligada, no Ativo Permanente. c) A empresa ”A” deve classificar o valor referido como Investimento em Controlada, no Ativo Permanente. d) A empresa ”A” deve classificar o valor referido como Investimento em Controlada, no Ativo Realizável a Longo Prazo. e) Os valores aplicados na empresa “B” são classificados no Ativo Intangível da empresa “A”. RESOLUÇÃO: Segundo o enunciado a investidora (A) possui influência significativa na investida (B). Assim, conclui-se que se trata de sua coligada. Visto que o investimento possui caráter permanente a investidora deverá classificar o item em seu Ativo Não Circulante Investimentos. Interessante que não há alternativa mencionando o Ativo Não Circulante. Muitas vezes você terá que assinalar a alternativa “menos incorreta”. Neste caso é a alternativa B, que cita o antigo Ativo Permanente, existente até a edição da Lei n° 11.941/09. Antes da citada lei o ativo permanente era composto pelo imobilizado, investimentos, diferido e intangível. GABARITO: B (IADES – Profissional – CFM – 2018) De acordo com a Lei das Sociedades por Ações (Lei n° 6.404/1976), as participações permanentes no capital de outras sociedades registradas nas contas Ações de Coligadas e Ações de Controlada serão classificadas no ativo, no subgrupo a) Circulante. b) Realizável a longo prazo. c) Imobilizado. d) Intangível. e) Investimentos. RESOLUÇÃO: Segundo o art. 179 da Lei n° 6.404/76, serão classificadas no Ativo Não Circulante Investimentos as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. Com isso, correta a alternativa E. GABARITO: E Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 7 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ (FGV – Contador – Paulínia-SP – 2016) A Cia Alfa possui participação de 12% no capital social da Cia Beta. O presidente da Cia Alfa integra o conselho de administração da Cia Beta. Com base nas informações acima e de acordo com a Lei nº 11.638/2007 e com os pronunciamentos técnicos do CPC, assinale a opção que indica como a participação societária da Cia Alfa na Cia Beta deve ser considerada. (A) Associada (B) Coligada (C) Controlada (D) Conjugada (E) Subsidiária RESOLUÇÃO: O Pronunciamento Técnico CPC 18 – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto define Coligada como a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa. Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas. Se o investidor mantém direta ou indiretamente, vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor detém, direta ou indiretamente, menos de vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se que ele não tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não necessariamente impede que um investidor tenha influência significativa sobre ela. A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por uma ou mais das seguintes formas: (a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida; (b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras distribuições; (c) operações materiais entre o investidore a investida; (d) intercâmbio de diretores ou gerentes; (e) fornecimento de informação técnica essencial. Assim, apesar ada Cia. Alfa possuir apenas 12% do Capital Social de Beta, o que indicaria falta de influência significativa, esta é evidenciada pela representação do Presidente da Cia. Alfa no Conselho de Administração de Beta. Desta maneira, a influência significativa fica evidenciada. Beta, portanto, é considerada uma Coligada de Alfa. GABARITO: B Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 8 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ (FGV – ISS Cuiabá – 2016) A Cia. A possui participação societária na Cia B, investida com participação de 18% do capital social. O diretor financeiro da Cia. A é membro do conselho de administração da Cia B. De acordo com a Lei nº 6.404/76, o investimento na Cia. B deve ser avaliado no balanço patrimonial da Cia. A, pelo (A) valor justo. (B) valor de saída. (C) método do custo. (D) método da reavaliação. (E) método da equivalência patrimonial. RESOLUÇÃO: O Método da equivalência patrimonial é aplicado ao investimento em coligada, em empreendimento controlado em conjunto e em controlada. Coligada é a entidade sobre a qual o investidor tem influência significativa. Influência significativa é o poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou conjunto dessas políticas. Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor detém, direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se que ele não tenha influência significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não necessariamente impede que um investidor tenha influência significativa sobre ela. A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por uma ou mais das seguintes formas: (a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida; (b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras distribuições; (c) operações materiais entre o investidor e a investida; (d) intercâmbio de diretores ou gerentes; (e) fornecimento de informação técnica essencial. Perceba, portanto, que aparentemente não se trata de uma coligada, pois a influência significativa não é presumida pela participação ser inferior a 20%. No entanto, o enunciado diz que o diretor financeiro da Cia. A é membro do conselho de administração da Cia B. Com isso, a influência significativa fica evidenciada e este investimento deve ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial. Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 9 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Assim, correta a alternativa E. GABARITO: E O Pronunciamento Técnico CPC 18 diz em seu item 7 que a entidade pode ter em seu poder direitos de subscrição, opções não padronizadas de compras de ações (warrants), opções de compra de ações, instrumentos de dívida ou patrimoniais conversíveis em ações ordinárias ou outros instrumentos semelhantes com potencial de, se exercidos ou convertidos, conferir à entidade poder de voto adicional ou reduzir o poder de voto de outra parte sobre as políticas financeiras e operacionais da investida (isto é, potenciais direitos de voto). A existência e a efetivação dos potenciais direitos de voto prontamente exercíveis ou conversíveis, incluindo os potenciais direitos de voto detidos por outras entidades, devem ser consideradas na avaliação de a entidade possuir ou não influência significativa ou controle. Os potenciais direitos de voto não são exercíveis ou conversíveis quando, por exemplo, não podem ser exercidos ou convertidos até uma data futura ou até a ocorrência de evento futuro. Ao avaliar se os potenciais direitos de voto contribuem para a influência significativa ou para o controle, a entidade deve examinar todos os fatos e circunstâncias (inclusive os termos do exercício dos potenciais direitos de voto e quaisquer outros acordos contratuais considerados individualmente ou em conjunto) que possam afetar os direitos potenciais, exceto a intenção da administração e a capacidade financeira de exercê-los ou convertê-los. Então veja que interessante! A existência destes direitos com potencial de conferir à investidora poder de voto adicional devem ser considerados na análise da influência significativa ou do controle. A entidade perde a influência significativa sobre a investida quando ela perde o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais daquela investida. A perda da influência significativa pode ocorrer com ou sem mudança no nível de participação acionária absoluta ou relativa. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando uma coligada torna-se sujeita ao controle de governo, tribunal, órgão administrador ou entidade reguladora. Isso pode ocorrer também como resultado de acordo contratual. Vamos ver questões que exploram exatamente estes pontos? (CESPE – Analista – Contabilidade – SE/DF – 2017) A posse de instrumento que conceda potencial direito de voto prontamente exercível ou conversível deve ser considerada para fins de avaliação de influência significativa de uma entidade em outra e, em decorrência, de consolidação de demonstrações contábeis. ( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO: Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 18 – Investimentos em Controladas, em Coligadas e em Empreendimento Controlado em Conjunto, a entidade pode ter em seu poder direitos de subscrição, opções não padronizadas de compras de ações (warrants), opções de compra de ações, instrumentos de dívida ou patrimoniais conversíveis em ações ordinárias ou outros instrumentos semelhantes com potencial de, se exercidos ou convertidos, conferir à entidade poder de voto adicional ou reduzir o poder de voto de outra parte sobre as políticas financeiras e operacionais da investida (isto é, potenciais direitos de voto). A existência e a efetivação dos potenciais direitos de voto prontamente exercíveis ou conversíveis, incluindo os potenciais direitos de voto detidos por outras entidades, devem ser consideradas na avaliação de a entidade possuir ou não influência significativa ou controle. Os potenciais direitos de voto não são exercíveis ou conversíveis Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 10 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ quando, por exemplo, não podem ser exercidos ou convertidos até uma data futura ou até a ocorrência de evento futuro. Ao avaliar se os potenciais direitos de voto contribuem para a influência significativa ou para o controle, a entidade deve examinar todos os fatos e circunstâncias (inclusive os termos do exercício dos potenciais direitos de voto e quaisquer outros acordos contratuais considerados individualmente ou em conjunto) que possam afetar os direitos potenciais, exceto a intenção da administração e a capacidade financeira de exercê-los ou convertê-los. Assim, correta a afirmativa. GABARITO: C Vamos analisar os aspectos do Método de Equivalência Patrimonial dispostos no CPC 18. Método de Equivalência Patrimonial (MEP) Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em coligada, em empreendimento controlado em conjunto e em controlada (neste caso, no balanço individual)deve ser inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor contábil será aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação do investidor nos lucros ou prejuízos do período, gerados pela investida após a aquisição. A participação do investidor no lucro ou prejuízo do período da investida deve ser reconhecida no resultado do período do investidor. As distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do investimento. Ajustes no valor contábil do investimento também são necessários pelo reconhecimento da participação proporcional do investidor nas variações de saldo dos componentes dos outros resultados abrangentes da investida, reconhecidos diretamente em seu patrimônio líquido. Tais variações incluem aquelas decorrentes da reavaliação de ativos imobilizados, quando permitida legalmente, e das diferenças de conversão em moeda estrangeira, quando aplicável. A participação do investidor nessas mudanças deve ser reconhecida de forma reflexa, ou seja, em outros resultados abrangentes diretamente no patrimônio líquido do investidor, e não no seu resultado. Zé Curioso: “Professor, tem como mastigar o parágrafo acima pra mim? Estou um tanto quanto confuso!” Zé, o que o CPC 18 diz é que o inicialmente um Investimento (em coligada, empreendimento controlado em conjunto e em controlada) deve ser avaliado pelo custo (veremos mais a frente que há uma exceção). Perceba que neste momento inicial o valor reconhecido pela Investidora no Ativo Não Circulante – Investimentos está coerente com o valor do patrimônio líquido da Investida. No entanto, a Investida irá apurar lucros (ou prejuízos) futuramente, e isso faria com que o valor reconhecido pela Investidora já não seja mais coerente com o valor do patrimônio líquido da Investida. É aí que entra a figura do Método de Equivalência Patrimonial! É este instituto que faz este ajuste! Vimos no parágrafo acima que a base de cálculo do Método de Equivalência Patrimonial (MEP) é o lucro (ou prejuízo) do exercício apurado pela Investida. Assim: EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL = LUCROINVESTIDA x % de Participação Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 11 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Com este ajuste o valor do investimento (no Balanço Patrimonial da Investidora) estará consistente com o valor do patrimônio líquido da investida, que sofreu uma variação em decorrência deste lucro apurado no exercício. O lançamento do Método de Equivalência Patrimonial na Investidora será o seguinte: D – Investimentos em Coligadas ou Controladas (ANC – Investimentos) C – Resultado de Equivalência Patrimonial (Resultado) Além disso, vimos que “as distribuições recebidas da investida reduzem o valor contábil do investimento”. Um caso clássico disso, e que despenca em concursos públicos, é a distribuição de dividendos pela investida. Esta distribuição provocará uma redução no patrimônio líquido da investida, não é? Temos, portanto, que realizar o ajuste, assim como fizemos no Método de Equivalência Patrimonial! Quando houver uma distribuição de dividendos pela Investida o seguinte lançamento deverá ser realizado pela Investidora: D – Dividendos a Receber (Ativo Circulante) C – Investimentos em Coligadas ou Controladas (ANC – Investimentos) Perceba que o lançamento provoca uma redução no valor contabilizado deste investimento. Isso é totalmente lógico, afinal a distribuição de dividendos provoca uma variação negativa no patrimônio líquido da Investida. Não está visualizando? Lembre-se que lançamento que a Investida realiza quando distribui dividendos diminui seu patrimônio líquido, veja: D – Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) C – Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) Por fim, vimos que as variações de saldo dos componentes dos outros resultados abrangentes da investida são reconhecidas diretamente em seu patrimônio líquido a participação do investidor nessas mudanças deve ser reconhecida de forma reflexa, ou seja, em outros resultados abrangentes diretamente no patrimônio líquido do investidor, e não no seu resultado. Este é o caso dos lançamentos realizados pela Investida em seu patrimônio líquido a título de Ajustes de Avaliação Patrimonial e Ajustes Acumulados de Conversão. Tais lançamentos não são apropriados ao resultado do exercício pela Investida. Com isso, perceba que o Método de Equivalência Patrimonial não é capaz de realizar o ajuste destas variações ocorridas. Com isso, a Investidora deve realizar tal ajuste de forma reflexa, diretamente em seu Patrimônio Líquido (este lançamento tem como contrapartida o próprio valor do investimento no ANC – Investimentos). Fique tranquilo que iremos analisar vários exercícios com calma na sequência e tudo ficará mais claro! Aliás, posso afirmar com tranquilidade que 80% dos exercícios sobre o Pronunciamento Técnico CPC 18 cobram os conceitos vistos até aqui! É de extrema importância que não haja dúvidas! (VUNESP – Controlador – PAULIPREV – 2018) As participações societárias permanentes, classificadas no subgrupo Investimentos do Ativo Não Circulante, são avaliadas pelo método da equivalência patrimonial quando efetuadas a) em quaisquer tipos de sociedades. b) em todas as coligadas e controladas. c) nas controladas e nas coligadas em que a sociedade investidora tenha pelo menos 10% do capital social. Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 12 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ d) em sociedades controladas, apenas. e) somente em controladas e coligadas domiciliadas no exterior. RESOLUÇÃO: Segundo o art. 248 da Lei n° 6.404/76 no balanço patrimonial da companhia os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial. Com isso, correta a alternativa B. GABARITO: B (FCC – Técnico – SEGEP-MA – 2016) A empresa Nordestina S.A. possui 40% de participação da empresa Maranhense S.A. e exerce influência significativa na administração desta empresa investida. Durante o exercício de 2015, ocorreram as seguintes movimentações na empresa Maranhense S.A.: − Lucro Líquido do Exercício: R$ 300.000,00 − Distribuição de Dividendos: R$ 90.000,00 As movimentações no Patrimônio Líquido da Maranhense S.A. geraram o seguinte lançamento na empresa Nordestina S.A.: (A) Débito – Resultado de Equivalência Patrimonial Crédito – Investimentos R$ 90.000,00 (B) Débito – Investimentos Crédito – Receita de Dividendos R$ 36.000,00 (C) Débito – Investimentos Crédito – Resultado de Equivalência Patrimonial R$ 120.000,00 (D) Débito – Dividendos a Receber Crédito – Resultado de Equivalência Patrimonial R$ 36.000,00 (E) Débito – Investimentos Crédito – Resultado de Equivalência Patrimonial R$ 84.000,00 RESOLUÇÃO: Considerando que há influência significativa na administração desta empresa investida conclui-se que tal investimento será avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial. Assim o Lucro Líquido apurado pela investida será reconhecido pela investidora de acordo com seu percentual de participação. 𝑀𝐸𝑃 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑎 × 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 𝑴𝑬𝑷 = 𝑅$ 300.000,00 × 40% = 𝑹$ 𝟏𝟐𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Assim: Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 13 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ D – Investimentos em Coligadas R$ 120.000,00 (ANC – Investimento) C – Resultado de Equiv. Patrimonial R$ 120.000,00 (Resultado) Com isso, correta a alternativa C. Salienta-se que, de forma semelhante, a investidora reconhece a distribuiçãode dividendos realizada pela coligada de acordo com seu percentual de participação. D – Dividendos a Receber R$ 36.000,00 (Ativo Circulante) C – Investimentos em Coligadas R$ 36.000,00 (ANC – Investimento) Com isso, correta a alternativa C. GABARITO: C (FCC – Contador – ELETROSUL – 2016) A empresa Controla S.A. detém 20% da empresa Controlada S.A. e possui um acordo de acionistas que permite a investidora eleger diretores e membros do Conselho de Administração da Controlada S.A. Considere as informações contábeis fornecidas pela empresa investida, com vistas ao encerramento do exercício social de 2015 da empresa Controla S.A. abaixo. Pode-se afirmar que o valor do (A) resultado de equivalência patrimonial, apurado em 2014 é de R$ 9.316,80. (B) investimento avaliado por equivalência patrimonial, em 2015 é de R$ 9.361,80. (C) resultado de equivalência patrimonial, em 2015 é de R$ 13.320,20. (D) investimento avaliado por equivalência patrimonial é de R$ 6.803,20. (E) resultado de equivalência patrimonial é de R$ 4.003,20. RESOLUÇÃO: Vamos aproveitar esta questão para relembrar alguns conceitos do Pronunciamento Técnico CPC 18 sobre Influência Significativa. Influência significativa 5. Se o investidor mantém direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), vinte por cento ou mais do poder de voto da investida, presume-se que ele tenha influência significativa, a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário. Por outro lado, se o investidor detém, direta ou indiretamente (por meio de controladas, por exemplo), menos de vinte por cento do poder de voto da investida, presume-se que ele não tenha influência Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 14 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ significativa, a menos que essa influência possa ser claramente demonstrada. A propriedade substancial ou majoritária da investida por outro investidor não necessariamente impede que um investidor tenha influência significativa sobre ela. 6. A existência de influência significativa por investidor geralmente é evidenciada por uma ou mais das seguintes formas: (a) representação no conselho de administração ou na diretoria da investida; (b) participação nos processos de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras distribuições; (c) operações materiais entre o investidor e a investida; (d) intercâmbio de diretores ou gerentes; (e) fornecimento de informação técnica essencial. Considerando que a Investidora possui 20% do Capital Social da Investida, conclui-se que há influência significativa e tal investimento será avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial. Assim: 𝑀𝐸𝑃 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑎 × % 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 𝑴𝑬𝑷 = 𝑅$ 20.016,00 × 20% = 𝑹$ 𝟒. 𝟎𝟎𝟑, 𝟐𝟎 Com isso, correta a alternativa E. GABARITO: E (FCC – ISS Teresina – 2016) No dia 30/04/2015, a empresa Sempre Comprando S.A. adquiriu 80% das ações da empresa Perspectiva S.A. por R$ 80.000.000,00 e passou a deter controle sobre esta. O valor pago corresponde a 80% do valor justo líquido dos ativos e passivos adquiridos pela empresa Sempre Comprando S.A. No ano de 2015, a empresa Perspectiva S.A. apurou um lucro líquido de R$ 24.000.000,00. Os valores evidenciados no Balanço Patrimonial de 31/12/2015 e na Demonstração do Resultado do ano de 2015, nas demonstrações contábeis individuais da empresa Sempre Comprando S.A., foram, respectivamente, em reais, (A) Investimentos = 80.000.000,00 e Resultado de Participação Societária = 0. (B) Dividendos a Receber = 19.200.000,00 e Resultado de Participação Societária = 19.200.000,00. (C) Investimentos = 99.200.000,00 e Resultado de Participação Societária = 19.200.000,00. (D) Dividendos a Receber = 24.000.000,00 e Resultado de Participação Societária = 24.000.000,00. (E) Investimentos = 104.000.000,00 e Resultado de Participação Societária = 24.000.000,00. RESOLUÇÃO: Inicialmente o investimento será reconhecido no ativo da empresa Sempre Comprando S.A. pelo custo de aquisição, pois o valor pago foi igual ao valor justo líquido dos ativos e passivos adquiridos (ou seja, não há goodwill nem ganho por compra mais vantajosa). Assim, na data da aquisição a investidora lançará: D – Investimentos em Controladas R$ 80.000.000,00 (ANC) C – Caixa R$ 80.000.000,00 (AC) Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 15 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Como se trata de controlada, a investidora deverá aplicar o método de equivalência patrimonial sobre o lucro apurado pela investida. Assim: 𝑀𝐸𝑃 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑎 × 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 𝑴𝑬𝑷 = 𝑅$ 24 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠 × 80% = 𝑹$ 𝟏𝟗. 𝟐𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Deste modo, a investidora realizará o seguinte lançamento: D – Investimentos em Controladas R$ 19.200.000,00 (ANC) C – Resultado de Equiv. Patrimonial R$ 19.200.000,00 (AC) Com isso, correta a alternativa C. GABARITO: C (FCC – Auditor Fiscal – SEFAZ-PE – 2014) A empresa Integral Holding S.A. adquiriu em 31/08/2012 uma participação societária na empresa Start-Up S.A. O Patrimônio Líquido contábil da empresa Start-Up S.A. era R$ 150.000.000,00 e foram adquiridas 40% das suas ações pelo valor de R$ 80.000.000,00, valor este correspondente ao percentual de participação sobre o valor justo líquido dos ativos e passivos adquiridos. Com este percentual adquirido, a empresa Integral Holding S.A. passou a deter o controle da empresa Start-Up S.A. e, no período entre a compra e o final de 2012, a empresa Start-Up S.A. apurou um lucro líquido de R$ 30.000.000,00. Com relação ao investimento efetuado, nas demonstrações contábeis individuais da empresa Integral Holding S.A., deverão ser apresentados os seguintes valores na Demonstração do Resultado do ano de 2012 e no Balanço Patrimonial de 31/12/2012, em reais: (A) Resultado de Equivalência Patrimonial = 12.000.000,00; Investimentos = 72.000.000,00. (B) Resultado de Equivalência Patrimonial = 12.000.000,00; Investimentos = 92.000.000,00. (C) Resultado de Equivalência Patrimonial = 30.000.000,00; Dividendos a Receber = 30.000.000,00. (D) Resultado de Equivalência Patrimonial = 30.000.000,00; Investimentos = 110.000.000,00. (E) Resultado de Equivalência Patrimonial = 0; Investimentos = 60.000.000,00. RESOLUÇÃO: O enunciado diz que com o percentual adquirido a empresa Integral Holding S.A. passou a ter controle sobre a empresa Start-Up S.A.. Tal investimento, portanto, será avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial. Inicialmente o investimento será avaliado pelo Custo de aquisição das ações, ou seja, por R$ 80.000.000,00. Não precisamos disso para resolver a questão mas saiba que parte deste valor é representado pelo ágio mais- valia (R$ 20 milhões). A contabilização na empresa Integral Holding S.A. do Lucro apurado pela sua controlada será realizado proporcionalmente à sua participação. Assim: D – Investimentos em Controladas R$ 12 milhões (40% de R$ 30 milhões) C – Resultado de Equivalência Patrimonial R$ 12 milhões Conclui-se, portanto, que após a contabilização do Resultado de Equivalência Patrimonial de R$ 12 milhões a conta “Investimentos em Controladas” apresentará um saldo de R$ 92 milhões. Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 16 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ GABARITO: B (FGV – Contador – SEFIN/RO – 2018) A Cia. XYZ, que atua no ramo de alimentos, possui 60% do capital votante e total da Cia. M, sobre a qual exerce controle, e 5% do capital da Cia. P, na qual exerce influência significativa. Ela tem a intençãode vender as ações da Cia. P, quando o preço de mercado atingir um valor que gere lucro. Em 31/12/2015, os patrimônios líquidos da Cia. M e da Cia. P eram de R$ 50.000. No ano de 2016, a Cia. M apresentou lucro de R$ 10.000 e distribuiu R$ 2.000 em dividendos. Já a Cia. P apresentou lucro de R$ 20.000 e distribuiu R$ 4.000 em dividendos. Assinale a opção que indica o valor reconhecido como Resultado por Equivalência Patrimonial na Demonstração do Resultado do Exercício da Cia. XYZ, em 31/12/2016, referente às suas participações acionárias. (A) R$ 4.800. (B) R$ 5.600. (C) R$ 6.000. (D) R$ 7.000. (E) R$ 10.000. RESOLUÇÃO: A grande sacada desta questão era perceber que o investimento da Cia. XYZ na Cia. P não tem intenção de permanência. Com isso, sobre tal investimento não será aplicado o Método de Equivalência Patrimonial (trata- se, pois, de mero instrumento financeiro). Assim, apenas o investimento na Cia. M será avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial. Como tal entidade apurou um lucro de R$ 10.000, a investidora reconhecerá: 𝑀𝐸𝑃 = 𝐿𝐿𝐸 × % 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 𝑴𝑬𝑷 = 𝑅$ 10.000 × 60% = 𝑹$ 𝟔. 𝟎𝟎𝟎 Com isso, o valor reconhecido como Resultado de Equivalência Patrimonial será de R$ 6 mil, o que torna correta a alternativa C. GABARITO: C Zé Curioso: “Professor, todos os exercícios que resolvemos envolveram lucro na investida. E se houver prejuízo, a investidora irá contabilizar uma Perda por Equivalência Patrimonial?” Isso Zé! Perfeito. No exercício anterior, por exemplo, se a investida tivesse um Prejuízo de R$ 100,00, a investidora iria contabilizar uma redução no seu Ativo – Investimentos com o registro: D – Perda de Equivalência Patrimonial R$ 90,00 (Despesa) C – Investimentos em Controladas R$ 90,00 (Ativo) Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 17 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Zé Curioso: “Professor, e se houver um Prejuízo na investida, superior a própria participação da investidora na investida, de R$ 900,00? Muda alguma coisa?” Ótima pergunta Zé! Isso caiu na prova de Auditor da Receita Federal em 2012! Neste caso o prejuízo irá reduzir o valor do investimento até seu valor contábil zerar. A parte excedente será apresentada em conta específica do passivo. Veja o que diz o CPC 18 sobre o tema: “Quando a participação do investidor nos prejuízos do período da coligada ou do empreendimento controlado em conjunto se igualar ou exceder o saldo contábil de sua participação na investida, o investidor deve descontinuar o reconhecimento de sua participação em perdas futuras. (...) Após reduzir, até zero, o saldo contábil da participação do investidor, perdas adicionais devem ser consideradas, e um passivo deve ser reconhecido, somente na extensão em que o investidor tiver incorrido em obrigações legais ou construtivas (não formalizadas) ou tiver feito pagamentos em nome da investida. Se a investida subsequentemente apurar lucros, o investidor deve retomar o reconhecimento de sua participação nesses lucros somente após o ponto em que a parte que lhe cabe nesses lucros posteriores se igualar à sua participação nas perdas não reconhecidas. O disposto acima não é aplicável a investimento em controlada no balanço individual da controladora, devendo ser observada a prática contábil que produzir o mesmo resultado líquido e o mesmo patrimônio líquido para a controladora que são obtidos a partir das demonstrações consolidadas do grupo econômico, para atendimento ao requerido quanto aos atributos de relevância e de representação fidedigna” Vamos ver como isso foi cobrado em prova recente! (VUNESP – Contador – PAULIPREV – 2018) A empresa Investe em Tudo S/A (Investidora) participa em 100% do capital social de uma investida denominada ABCD Ltda. (Investida). Tal investimento é considerado como relevante e está avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Em 31 de dezembro de 2017, a Investidora recebeu as seguintes informações para a referida contabilização da equivalência do exercício: • Saldo da conta do Patrimônio Líquido da Investida em 31.12.2016: R$ 158.000,00 • Prejuízo apurado no exercício de 2017, pela Investida: R$ 210.000,00 • Durante o exercício de 2017, não ocorreram transações entre as empresas. • No exercício de 2017, a Investida perdeu diversos clientes, ocasionando um prejuízo de R$ 150.000,00. • No exercício de 2017, a Investidora adquiriu várias outras empresas do mesmo porte da referida Investida, com detalhe de que todas são do mesmo segmento dessa empresa. • A Investidora responde legal e civilmente pela Investida em todas as suas obrigações. Com base nessas informações, assinale a alternativa que demonstra a correta contabilização da variação de equivalência ocorrida no exercício de 2017 com a Investida ABCD Ltda. a) Débito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 210.000,00 Crédito: Investimentos – R$ 158.000,00 Crédito: Passivo – R$ 52.000,00. b) Débito: Investimentos – R$ 52.000,00 Crédito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 52.000,00. Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 18 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ c) Débito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 210.000,00 Crédito: Investimentos – R$ 210.000,00. d) Débito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 158.000,00 Crédito: Investimentos – R$ 158.000,00. e) Débito: DRE – Resultado de Equivalência – R$ 210.000,00 Crédito: Investimentos – R$ 158.000,00 Crédito: Perdas Prováveis – R$ 52.000,00. RESOLUÇÃO: Inicialmente vamos aplicar o Método de Equivalência Patrimonial, visto que se trata de Controlada. 𝑀𝐸𝑃 = 𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑎 × 𝑃𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜 𝑴𝑬𝑷 = −210.000 × 100% = (𝑹$ 𝟐𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎) Sendo assim, em tese o seguinte lançamento deveria ter sido realizado pela investidora. D – Resultado de Equivalência Patrimonial R$ 210.000 ( ↓ Resultado) C – Investimentos em Controladas R$ 210.000 ( ↓ ANC Investimentos) Perceba que se a investida realizasse tal lançamento o valor de seu investimento, contabilizado no ANC Investimentos, ficaria negativo! Não existe Ativo negativo. No máximo poderá existir uma conta retificadora de um ativo, mas não com saldo total negativo (conta principal deduzida da conta retificadora). Para resolver este “problema” o CPC 18 menciona se a participação do investidor nos prejuízos do período da coligada ou do empreendimento controlado em conjunto se igualar ou exceder o saldo contábil de sua participação na investida, o investidor deve descontinuar o reconhecimento de sua participação em perdas futuras. (...) Após reduzir, até zero, o saldo contábil da participação do investidor, perdas adicionais devem ser consideradas, e um passivo deve ser reconhecido, somente na extensão em que o investidor tiver incorrido em obrigações legais ou construtivas (não formalizadas) ou tiver feito pagamentos em nome da investida. Se a investida subsequentemente apurar lucros, o investidor deve retomar o reconhecimento de sua participação nesses lucros somente após o ponto em que a parte que lhe cabe nesses lucros posteriores se igualar à sua participação nas perdas não reconhecidas. O enunciado menciona que a Investidora responde legal e civilmente pela Investida em todas as suas obrigações. Sendo assim, um Passivo deve ser constituído e o seguinte lançamento será realizado: D – Resultado de Equivalência Patrimonial R$ 210.000 ( ↓ Resultado) C – Investimentos em Controladas R$ 158.000 ( ↓ ANC Investimentos) C – Obrigações a Pagar R$ 52.000 ( ↑ Passivo Exigível) Com isso, correta a alternativa A. GABARITO: A 158.000 210.000 52.000 Investimentos em Controladas Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 1219 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Exceções à Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 18, a entidade não precisa aplicar o método da equivalência patrimonial aos investimentos em que detenha o controle individual ou conjunto (compartilhado), ou exerça influência significativa, se a entidade for uma controladora, que, se permitido legalmente, estiver dispensada de elaborar demonstrações consolidadas, ou se todos os seguintes itens forem observados: (a) a entidade é controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a qual, em conjunto com os demais acionistas ou sócios, incluindo aqueles sem direito a voto, foram informados a respeito e não fizeram objeção quanto à não aplicação do método da equivalência patrimonial; (b) os instrumentos de dívida ou patrimoniais da entidade não são negociados publicamente (bolsas de valores domésticas ou estrangeiras ou mercado de balcão, incluindo mercados locais e regionais); (c) a entidade não arquivou e não está em processo de arquivamento de suas demonstrações contábeis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou outro órgão regulador, visando à emissão e/ou distribuição pública de qualquer tipo ou classe de instrumentos no mercado de capitais; e (d) a controladora final ou qualquer controladora intermediária da entidade disponibiliza ao público suas demonstrações contábeis consolidadas, elaboradas em conformidade com os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações do CPC. (CESPE – Contador – TELEBRAS – 2013) O método da equivalência patrimonial deve ser aplicado quando a entidade possuir investimentos com controle individual ou compartilhado, ou exercer influência significativa sobre uma controlada que esteja dispensada de elaborar demonstrações. ( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO: Vamos aproveitar para analisar alguns aspectos do CPC 18, iniciando pelo item 16 que trata da aplicação do método de equivalência patrimonial. 16. A entidade com o controle individual ou conjunto (compartilhado), ou com influência significativa sobre uma investida, deve contabilizar esse investimento utilizando o método da equivalência patrimonial, a menos que o investimento se enquadre nas exceções previstas nos itens 17 a 19 deste Pronunciamento. Logo em seguida, nos itens 17 a 19, o CPC 18 dispõe acerca das exceções à aplicação do método ode equivalência patrimonial. 17. A entidade não precisa aplicar o método da equivalência patrimonial aos investimentos em que detenha o controle individual ou conjunto (compartilhado), ou exerça influência significativa, se a entidade for uma controladora, que, se permitido legalmente, estiver dispensada de elaborar demonstrações consolidadas por seu enquadramento na exceção de alcance do item 4 (a) do CPC 36, ou se todos os seguintes itens forem observados: (a) a entidade é controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a qual, em conjunto com os demais acionistas ou sócios, incluindo aqueles sem direito a voto, foram informados a respeito e não fizeram objeção quanto à não aplicação do método da equivalência patrimonial; (b) os instrumentos de dívida ou patrimoniais da entidade não são negociados publicamente (bolsas de valores domésticas ou estrangeiras ou mercado de balcão, incluindo mercados locais e regionais); Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 20 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ (c) a entidade não arquivou e não está em processo de arquivamento de suas demonstrações contábeis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou outro órgão regulador, visando à emissão e/ou distribuição pública de qualquer tipo ou classe de instrumentos no mercado de capitais; e (d) a controladora final ou qualquer controladora intermediária da entidade disponibiliza ao público suas demonstrações contábeis consolidadas, elaboradas em conformidade com os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações do CPC. Com isso, incorreta a afirmativa, pois no caso em tela a entidade não precisa aplicar o método de equivalência patrimonial. GABARITO: E Classificação como Mantido para Venda Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 18, a entidade deve aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 31 em investimento, ou parcela de investimento, em coligada ou em controlada, ou em empreendimento controlado em conjunto que se enquadre nos critérios requeridos para sua classificação como “mantido para venda”. Qualquer parcela retida de investimento em coligada ou em controlada, ou em empreendimento controlado em conjunto, que não tenha sido classificada como “mantido para venda”, deve ser contabilizada por meio do uso do método da equivalência patrimonial até o momento da baixa efetiva da parcela classificada como mantido para venda. Após a baixa efetiva, a entidade deve contabilizar qualquer interesse remanescente no investimento em coligada, em controlada, ou em empreendimento controlado em conjunto, em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC 48, a menos que o interesse remanescente qualifique-se para a aplicação do método da equivalência patrimonial, o qual deverá ser adotado nesse caso. Quando o investimento, ou parcela de investimento, em coligada, em controlada ou em empreendimento controlado em conjunto, previamente classificado como “mantido para venda”, não mais se enquadrar nas condições requeridas para ser classificado como tal, a ele deve ser aplicado o método da equivalência patrimonial de modo retrospectivo, a partir da data de sua classificação como “mantido para venda”. As demonstrações contábeis para os períodos abrangidos desde a classificação do investimento como “mantido para venda” deverão ser ajustadas de modo a refletir essa informação. Descontinuidade do Uso do Método de Equivalência Patrimonial A entidade deve descontinuar o uso do método da equivalência patrimonial a partir da data em que o investimento deixar de se qualificar como coligada, controlada, ou como empreendimento controlado em conjunto, conforme a seguir orientado: (a) (Eliminado). (b) Se o interesse remanescente no investimento, antes qualificado como coligada, controlada, ou empreendimento controlado em conjunto, for um ativo financeiro, a entidade deve mensurá-lo ao valor justo. O valor justo do interesse remanescente deve ser considerado como seu valor justo no reconhecimento inicial tal qual um ativo financeiro, em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 21 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ 38. A entidade deve reconhecer na demonstração do resultado do período, como receita ou despesa, qualquer diferença entre: (i) o valor justo de qualquer interesse remanescente e qualquer contraprestação advinda da alienação de parte do interesse no investimento; e (ii) o valor contábil líquido de todo o investimento na data em que houve a descontinuidade do uso do método da equivalência patrimonial. (c) Quando a entidade descontinuar o uso do método da equivalência patrimonial, deve contabilizar todos os montantes previamente reconhecidos em seu patrimônio líquido em rubrica de outros resultados abrangentes, e que estejam relacionados com o investimento objeto da mudança de mensuração contábil, na mesma base que seria requerido caso a investida tivesse diretamente se desfeito dos ativos e passivos relacionados. Desse modo, assim como a receita ou a despesa previamente reconhecida em outros resultados abrangentes pela investida seria reclassificada para a demonstração do resultado do período como receita ou despesa quando da baixa e da liquidação de ativos e passivos relacionados, a entidade deve reclassificar a receita ou a despesa reconhecidano seu patrimônio líquido para a demonstração do resultado (como um ajuste de reclassificação) quando o método da equivalência patrimonial for descontinuado. Por exemplo, se a coligada, controlada, ou o empreendimento controlado em conjunto tiver diferenças de conversão acumuladas relacionadas à entidade no exterior e a investidora decidir descontinuar o uso do método da equivalência patrimonial, a investidora deve reclassificar para a demonstração do resultado do período, como receita ou despesa, a receita ou despesa previamente reconhecida de forma reflexa em outros resultados abrangentes relacionada à entidade no exterior. Se o investimento em coligada tornar-se investimento em controlada ou em controlada em conjunto (de modo compartilhado), a entidade deve continuar adotando o método da equivalência patrimonial e não proceder à remensuração do interesse retido. (FCC – ICMS/RJ – 2014) Em 31/12/2012, a Cia. Paulista possuía influência significativa na administração da Cia. Mineira por possuir 30% das ações desta empresa. O saldo contábil referente a esta investida, em 31/12/2012, era R$ 2.100.000,00. Em 31/12/2012, a Cia. Paulista vendeu 2/3 (dois terços) de sua participação na Cia. Mineira por R$ 2.600.000,00 à vista e a participação remanescente nesta Cia., ou seja, 1/3 (um terço), passou a ser considerada um ativo financeiro, uma vez que a Cia. Paulista perdeu a influência significativa na investida. O valor justo avaliado da participação remanescente na data da venda foi R$ 1.300.000,00. Com base nestas informações, o resultado que a Cia. Paulista reconheceu em sua Demonstração de Resultados, com a alienação de parte do investimento e a perda de influência significativa sobre o saldo remanescente, consideradas em conjunto, foi (A) R$ 1.800.000,00. (B) R$ 500.000,00. (C) R$ 1.200.000,00. (D) R$ 1.300.000,00. (E) R$ 600.000,00. Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 22 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ RESOLUÇÃO: A Cia. Paulista vendeu, em 31/12/2012, dois terços do seu investimento por R$ 2,6 milhões. Nesta data o valor contábil do investimento era de R$ 2,1 milhões. Dois terços deste valor, portanto, valem R$ 1,4 milhão. Assim, conclui-se que houve um Lucro nesta alienação de R$ 1.200.000,00 (R$ 2.600.000,00 – R$ 1.400.000,00). O enunciado diz que o restante do investimento, cujo valor contabilizado é de R$ 700.000,00, passou a ser considerado como um ativo financeiro, devendo, portanto, ser avaliado pelo valor justo. Como o valor justo na data da venda é de R$ 1.300.000,00, a empresa deverá reconhecer a diferença, de R$ 600.000,00, da seguinte forma: D – Ativo Financeiro R$ 600.000,00 C – Receita Financeira R$ 600.000,00 Tais fatos contábeis geram, portanto, uma Receita de R$ 1.800.000,00 (R$ 1.200.000,00 do Lucro na alienação + R$ 600.000,00 de ajuste a valor justo). GABARITO: A Mudança na Participação Societária Se a participação societária de entidade em coligada, controlada, ou empreendimento controlado em conjunto for reduzida, porém a investidora continuar a aplicar o método da equivalência patrimonial, a investidora deve reclassificar para a demonstração do resultado, como receita ou despesa, a proporção da receita ou despesa previamente reconhecida em outros resultados abrangentes que esteja relacionada com a redução na participação societária, caso referido ganho ou perda tivesse que ser reclassificado para a demonstração do resultado, como receita ou despesa, na eventual baixa e liquidação dos ativos e passivos relacionados. (FGV – Analista Judiciário – Contador – TJ-GO – 2014) A Cia Brasil possui 50% das ações da Cia Americana e avalia esse investimento por equivalência patrimonial. O Patrimônio Líquido da Cia Americana em 1º/01/2013 era composto por: Capital = $6.000 (6.000 ações) Reservas de capital = $2.000 Reservas de lucro = $2.000 Tendo por base apenas tais informações, sabe-se que em seu Balanço Patrimonial final de 2012 a Cia Brasil reconheceu um total de $5.000 em relação aos seus investimentos na Cia Americana. Durante 2013 a Cia Americana não registrou nenhuma transação em suas atividades, exceto o aporte de mais $6.000 de capital, sendo emitidas 6.000 novas ações de $1,00 cada. Sabe-se que a Cia Brasil permaneceu com a participação demonstrada no Balanço Patrimonial final de 2012, dado que não dispunha de caixa para novos investimentos em 2013. Destarte, em decorrência exclusivamente dos eventos narrados sobre sua participação acionária na Cia Americana, ao final de 2013 a Cia Brasil: (A) contabilizou $1.000 a crédito em outros resultados abrangentes; (B) evidenciou um passivo continente de $3.000; Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 23 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ (C) contabilizou $1.000 a débito em outros resultados abrangentes; (D) evidenciou $5.000 de investimentos na Cia Americana; (E) contabilizou um passivo não circulante de $3.000. RESOLUÇÃO: O ganho ou a perda decorrente da variação do percentual de participação da Investidora sobre a Investida deve ser contabilizado diretamente no Patrimônio Líquido, na conta Ajustes de Avaliação Patrimonial. Perceba que a Cia. Brasil possui 3.000 ações da Cia. Americana, o que em 2012 representava 50% do total de ações. Assim, seu investimento é reconhecido por: 𝑰𝒏𝒗𝒆𝒔𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 = 𝟓𝟎% × 𝑃𝐿𝐼𝑁𝑉𝐸𝑆𝑇𝐼𝐷𝐴 = 50% × $ 10.000 = $ 𝟓. 𝟎𝟎𝟎 Ocorre que durante 2013 a Cia. Americana registrou o aporte de mais 6.000 ações a $ 1,00 cada, totalizando, portanto, 12 mil ações. Assim, conclui-se que o novo percentual de participação da Cia. Brasil será de: % 𝒅𝒆 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒊𝒑𝒂çã𝒐 = 3.000 𝑎çõ𝑒𝑠 12.000 𝑎çõ𝑒𝑠 = 𝟐𝟓% Após este aporte, o Patrimônio Líquido da Cia. Americana passou a ser de $ 16.000 (saldo inicial de $ 10.000 + aporte de novas ações no valor de $ 6.000). Assim, o valor do Investimento passará a ser de: 𝑰𝒏𝒗𝒆𝒔𝒕𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 = 𝟐𝟓% × 𝑃𝐿𝐼𝑁𝑉𝐸𝑆𝑇𝐼𝐷𝐴 = 25% × $ 16.000 = $ 𝟒. 𝟎𝟎𝟎 Ou seja, houve uma perda de $ 1.000 decorrente da variação do percentual de participação da Cia. Brasil na Cia. Americana, e o registro contábil será: D – Ajustes de Avaliação Patrimonial $ 1.000 (PL) C – Investimentos $ 1.000 (ANC Investimentos) Lembre-se que tais valores serão considerados na Demonstração do Resultado Abrangente como Outros Resultados Abrangentes, que são itens de receita e despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na demonstração do resultado do exercício. Assim, correta a alternativa C. GABARITO: C (CESGRANRIO – Auditor – PETROBRAS – 2018) A companhia V, que adquiriu uma participação acionária no capital votante da companhia G, apresentou as seguintes informações referentes a esse investimento, em reais: 2015: aquisição inicial da participação na companhia G Aquisição de 8% do capital votante da companhia G 135.000,00 Dados da investida: companhia G Patrimônio líquido na data da operação 1.687.500 Lucro em 2015 37.500,00 Dividendos em 2015 15.000,00 2016: aumento da participação na companhia G Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 24 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Aquisição: mais 52% do capital votante da companhia G 889.200,00 Lucro em 2016 67.500,00 Dividendos 2016 52.500,00 Considerando-se as informações apresentadas pela companhia V sobre seu investimento na companhia G; considerando-se que o investimento avaliado pelo método de custo em 2015 passoua ser avaliado pelo método de equivalência patrimonial em 2016 e considerando-se, ainda, que a participação no capital votante da companhia G passou de 8% para 60%, verifica-se que o valor do ajuste do investimento a ser contabilizado no patrimônio líquido da companhia V, em 2016, em reais, é de a) 1.800,00 b) 7.800,00 c) 9.000,00 d) 10.800,00 e) 15.000,00 RESOLUÇÃO: Perceba que em 2015 o Investimento era avaliado pelo custo de aquisição, visto que o percentual de participação era de 8%. Sendo assim, ao final de 2015 o razonete “Investimentos na Cia. G” era o seguinte: Posteriormente, em 2016, com a aquisição de mais 52% das ações com direito a voto, o investimento passou a ser avaliado pelo método de equivalência patrimonial, visto que a participação da investidora na investida passou a ser de 60%. Desta forma, vamos analisar qual era o valor do Patrimônio Líquido da investida no momento da aquisição. Patrimônio líquido (início de 2015) 1.687.500 ( + ) Lucro em 2015 37.500,00 ( – ) Dividendos em 2015 (15.000,00) ( = ) Patrimônio Líquido (final de 2015) 1.710.000 Desta forma, conclui-se que o investidor deve ter seu investimento mensurado ao valor de R$ 1.026.000 (60% de R$ 1.710.000). Veja este valor no razonete: Veja que falta um ajuste para “transformar” o valor de R$ 1.024.200 (135.000 + 889.200) em R$ 1.026.000. É exatamente o Ajuste que a questão se refere! D – Investimento na Cia. G R$ 1.800 ( ↑ ANC Investimentos) C – Ajuste de Avaliação Patrimonial R$ 1.800 ( ↑ PL) 135.000 Investimentos na Cia. G Valor Pago em 2015 135.000 Valor Pago em 2016 889.200 Valor Final do Investimento 1.026.000 Investimentos na Cia. G Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 25 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Com isso, correta a alternativa A. Os dados a respeito do lucro apurado em 2016, bem como os dividendos distribuídos em 2016, não influenciam tal ajuste. A partir daqui basta aplicar o Método de Equivalência Patrimonial sobre os resultados futuros, bem como considerar eventuais dividendos distribuídos. GABARITO: A Transações “Intragrupo” – Lucro Não Realizado Inicialmente vamos analisar a redação do inciso I do artigo 248 da Lei 6.404/76 diz sobre os investimentos em coligadas e controladas: Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, de acordo com as seguintes normas: I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação levantado, com observância das normas desta Lei, na mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data do balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido não serão computados os resultados não realizados decorrentes de negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas à companhia, ou por ela controladas; Desta maneira, o resultado não realizado é decorrente, por exemplo, de venda de ativo envolvendo uma investidora e uma investida (controlada, coligada ou empreendimento controlado em conjunto). O Lucro será realizado quando tais ativos forem revendidos para terceiros. Segundo o CPC 18, os resultados decorrentes de transações ascendentes (upstream) e descendentes (downstream) entre o investidor (incluindo suas controladas consolidadas) e a coligada ou o empreendimento controlado em conjunto devem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis do investidor somente na extensão da participação de outros investidores sobre essa coligada ou empreendimento controlado em conjunto, desde que esses outros investidores sejam partes independentes do grupo econômico a que pertence a investidora. As transações ascendentes são, por exemplo, vendas de ativos da coligada ou do empreendimento controlado em conjunto para o investidor. As transações descendentes são, por exemplo, vendas de ativos do investidor para a coligada ou para o empreendimento controlado em conjunto. A participação do investidor nos resultados resultantes dessas transações deve ser eliminada. Os resultados decorrentes de transações descendentes (downstream) entre a controladora e a controlada não devem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis individuais da controladora enquanto os ativos transacionados estiverem no balanço de adquirente pertencente ao mesmo grupo econômico. O disposto Valor Pago em 2015 135.000 Valor Pago em 2016 889.200 Ajuste de Aval. Patrimonial 1.800 Valor Final do Investimento 1.026.000 Investimentos na Cia. G Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 26 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ neste item deve ser aplicado inclusive quando a controladora for, por sua vez, controlada de outra entidade do mesmo grupo econômico. Os resultados decorrentes de transações ascendentes (upstream) entre a controlada e a controladora e de transações entre as controladas do mesmo grupo econômico devem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis da vendedora, mas não devem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis individuais da controladora enquanto os ativos transacionados estiverem no balanço de adquirente pertencente ao grupo econômico. Para entender melhor as transações ascendentes (upstream) e descendentes (downstream) veja o quadro abaixo. Em outras palavras: a investidora deve eliminar, quando da aplicação do método de equivalência patrimonial, os resultados não realizados em operações com coligadas. Zé Curioso: “Professor, mas todo o Resultado Não Realizado será eliminado? Não! Será eliminado na proporção da participação da investidora na investida (coligada). Vamos analisar alguns exemplos para que fique mais claro! Exemplo 1: No exercício de 2015 a Investida “Coligada Chimarrão S/A” apurou um Lucro Líquido de R$ 100.000,00. Sabe-se que a “Investidora Picanha S/A” possui 20% das ações daquela, que é sua coligada. Assim, qual é o valor do Resultado de Equivalência Patrimonial apurado pela “Investidora Picanha S/A”? Até aqui não há novidades! Você já sabe apurar o Resultado de Equivalência Patrimonial, não é? Vamos lá! O Resultado de Equivalência Patrimonial será calculado pelo percentual de participação sobre o Lucro apurado na investida (coligada). Assim: 𝑮𝑬𝑷 = 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝒅𝒂 𝑪𝒐𝒍𝒊𝒈𝒂𝒅𝒂 × % 𝒅𝒆 𝑷𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒊𝒑𝒂çã𝒐 𝑮𝒂𝒏𝒉𝒐 𝒅𝒆 𝑬𝒒𝒖𝒊𝒗𝒂𝒍ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝑷𝒂𝒕𝒓𝒊𝒎𝒐𝒏𝒊𝒂𝒍 = 𝑅$ 100 𝑚𝑖𝑙 × 20% = 𝑹$ 𝟐𝟎 𝒎𝒊𝒍 O lançamento contábil na “Investidora Picanha S/A” será: D – Investimentos em Coligadas R$ 20 mil (Ativo) C – Ganho de Equivalência Patrimonial R$ 20 mil (Resultado) downstream upstream Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 27 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Agora vamos analisar a mesma situação, mas considerando que tenha havido no exercício de 2013 vendas de ativos entre as empresas! Exemplo 2: No exercício de 2015 a Investida “Coligada Chimarrão S/A” apurou um Lucro Líquido de R$ 100.000,00. Sabe-se que a “Investidora Picanha S/A” possui 20% das ações daquela, que é sua coligada. Além disso, verificou-se que a “Coligada Chimarrão S/A” vendeu mercadorias no valor de R$ 10.000,00 à “Investidora Picanha S/A”, obtendo um lucro nesta operação de 30% sobre o valor de venda. Toda a mercadoria comprada pela “Investidora Picanha S/A” permanece em seu estoque. Assim, qual é o valor do Resultado de Equivalência Patrimonial apurado pela “Investidora PicanhaS/A”? Perceba que agora teremos que ajustar o Resultado de Equivalência Patrimonial, pois a investidora deve eliminar os resultados não realizados em operações com coligadas. Como é realizado o ajuste do lucro não realizado? Mediante a aplicação do percentual do estoque que permanece na entidade compradora. Simples assim! Vamos desenhar a situação do enunciado para ficar bacana! Perceba que houve lucro de 30% sobre o valor de venda. No entanto, todas as mercadorias compradas continuam estocadas na Investidora. Neste caso, 100% do Lucro desta venda, de R$ 3.000,00, não foram realizados! Vimos que a investidora deve eliminar os resultados não realizados em operações com coligadas. Guarde que: 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐 = 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝒏𝒂 𝑽𝒆𝒏𝒅𝒂 × % 𝒅𝒆 𝑴𝒆𝒓𝒄𝒂𝒅𝒐𝒓𝒊𝒂𝒔 𝒆𝒎 𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐 = 𝑅$ 3 𝑚𝑖𝑙 × 100% = 𝑹$ 𝟑. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Assim, o Ganho de Equivalência Patrimonial (GEP) será de: 𝑮𝑬𝑷 = (𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝒅𝒂 𝑪𝒐𝒍𝒊𝒈𝒂𝒅𝒂 – 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐) × (% 𝒅𝒆 𝑷𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒊𝒑𝒂çã𝒐) 𝐺𝐸𝑃 = (𝑅$ 100 𝑚𝑖𝑙 – 𝑅$ 3 𝑚𝑖𝑙) × 20% 𝑮𝑬𝑷 = 𝑅$ 97.000,00 × 20% = 𝑹$ 𝟏𝟗. 𝟒𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Percebeu a diferença? O Lucro Não Realizado, de R$ 3.000,00, foi eliminado somente na proporção da participação da investidora na investida (coligada). Vejamos agora um terceiro exemplo! Exemplo 3: No exercício de 2015 a Investida “Coligada Chimarrão S/A” apurou um Lucro Líquido de R$ 100.000,00. Sabe-se que a “Investidora Picanha S/A” possui 20% das ações daquela, que é sua coligada. Além disso, verificou-se que a “Coligada Chimarrão S/A” vendeu mercadorias no valor de R$ 10.000,00 à Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 28 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ “Investidora Picanha S/A”, obtendo um lucro nesta operação de 30% sobre o valor de venda. Metade das mercadorias compradas pela “Investidora Picanha S/A” permanece em seu estoque, a outra metade foi vendida a terceiros por R$ 7.000,00. Assim, qual é o valor do Resultado de Equivalência Patrimonial apurado pela “Investidora Picanha S/A”? A diferença aqui é que metade das mercadorias já foi vendida a terceiros! Veja o esquema: Neste caso, qual é o Lucro Não Realizado? Vamos lá! 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐 = 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝒏𝒂 𝑽𝒆𝒏𝒅𝒂 × % 𝒅𝒆 𝑴𝒆𝒓𝒄𝒂𝒅𝒐𝒓𝒊𝒂𝒔 𝒆𝒎 𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐 = 𝑅$ 3 𝑚𝑖𝑙 × 50% = 𝑹$ 𝟏. 𝟓𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Assim, o Ganho de Equivalência Patrimonial (GEP) será de: 𝑮𝑬𝑷 = (𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝒅𝒂 𝑪𝒐𝒍𝒊𝒈𝒂𝒅𝒂 – 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐) × (% 𝒅𝒆 𝑷𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒊𝒑𝒂çã𝒐) 𝐺𝐸𝑃 = (𝑅$ 100 𝑚𝑖𝑙 – 𝑅$ 1,5 𝑚𝑖𝑙) × 20% 𝑮𝑬𝑷 = 𝑅$ 98.500,00 × 20% = 𝑹$ 𝟏𝟗. 𝟕𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Zé Curioso: “Professor, e se tratar de uma operação com controlada?” Zé, neste caso os Lucros Não Realizados são totalmente eliminados, e não proporcionalmente à participação, como visto no caso das Coligadas. Isso ocorre tanto nas vendas ascendentes e descendentes. Assim, os resultados decorrentes destas transações entre a controladora e a controlada não devem ser reconhecidos nas demonstrações contábeis individuais da controladora enquanto os ativos transacionados estiverem no balanço de adquirente pertencente ao mesmo grupo econômico. A eliminação é realizada deduzindo-se 100% do lucro contido no ativo ainda em poder do grupo econômico. Assim: 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐 = 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝒏𝒂 𝑽𝒆𝒏𝒅𝒂 × % 𝒅𝒆 𝑴𝒆𝒓𝒄𝒂𝒅𝒐𝒓𝒊𝒂𝒔 𝒆𝒎 𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆 𝑮𝑬𝑷 = (𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝒅𝒂 𝑪𝒐𝒏𝒕𝒓𝒐𝒍𝒂𝒅𝒂 × % 𝒅𝒆 𝑷𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒊𝒑𝒂çã𝒐) – 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐 Perceba que houve uma mudança sutil na fórmula de Cálculo do GEP! Vamos a outro exemplo? Exemplo 4: No exercício de 2015 a Investida “Controlada Farroupilha S/A” apurou um Lucro Líquido de R$ 200.000,00. Sabe-se que a “Investidora Fogo de Chão S/A” possui 70% das ações daquela, que é sua controlada. Além disso, verificou-se que a “Controlada Farroupilha S/A” vendeu mercadorias no valor de R$ 10.000,00 à “Investidora Fogo de Chão S/A”, obtendo um lucro nesta operação de 30% sobre o valor de venda. Sabe-se que 70% das mercadorias compradas pela “Investidora Fogo de Chão S/A” permanecem em seu estoque, sendo o restante foi vendida a terceiros por R$ 5.500,00. Assim, qual é o valor do Resultado de Equivalência Patrimonial apurado pela “Investidora Fogo de Chão S/A”? Para facilitar veja o esquema: Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 29 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Neste caso, qual é o Lucro Não Realizado? Vamos lá! 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐 = 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝒏𝒂 𝑽𝒆𝒏𝒅𝒂 × % 𝒅𝒆 𝑴𝒆𝒓𝒄𝒂𝒅𝒐𝒓𝒊𝒂𝒔 𝒆𝒎 𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐 = 𝑅$ 3 𝑚𝑖𝑙 × 70% = 𝑹$ 𝟐. 𝟏𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Assim, o Ganho de Equivalência Patrimonial (GEP) será de: 𝑮𝑬𝑷 = (𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝒅𝒂 𝑪𝒐𝒏𝒕𝒓𝒐𝒍𝒂𝒅𝒂 × % 𝒅𝒆 𝑷𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒊𝒑𝒂çã𝒐) – 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑵ã𝒐 𝑹𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐 𝐺𝐸𝑃 = (𝑅$ 200 𝑚𝑖𝑙 × 70%) – 𝑅$ 2.100,00 𝑮𝑬𝑷 = 𝑅$ 140 𝑚𝑖𝑙 – 𝑅$ 2.100,00 = 𝑹$ 𝟏𝟑𝟕. 𝟗𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Antes de partirmos para os exercícios vamos comparar as fórmulas de cálculo do Ganho de Equivalência Patrimonial (o cálculo do Lucro Não Realizado é sempre igual)! Em outras palavras, o que as fórmulas acima estão dizendo é que 100% do Lucro Não Realizado serão eliminados nas operações entre investidoras e controladas. No caso de operações entre investidora e coligada a eliminação será apenas proporcional. Antes dos exercícios lá vai uma dica em relação às fórmulas acima, que são bem parecidas, semelhante àquelas utilizadas por professores de cursinho (ensino médio). Para não ter nenhuma dúvida e não se confundir na hora da prova faça a pergunta: Na comparação entre as fórmulas, onde o Lucro Não Realizado aparece primeiro? Agora faça a comparação abaixo e veja onde a letra “L” aparece primeiro: COLIGADA X CONTROLADA Percebeu? Agora você nunca mais esquece! Na fórmula de cálculo do Ganho de Equivalência Patrimonial envolvendo operações com coligadas o Lucro Não Realizado aparece primeiro! OPERAÇÃO COM COLIGADA MEP = (Lucro da Coligada – Lucro Não Realizado) x (% de Participação) OPERAÇÃO COM CONTROLADA MEP = (Lucro da Controlada x % de Participação) – Lucro Não Realizado Thiago Lopes - Prof. Igor Cintra Aula 12 30 de 97| www.direcaoconcursos.com.br Contabilidade Geral para Analista - Ciências Contábeis e Controle Externo do TCE RJ Vamos, enfim, praticar! (FGV – Agente de Fiscalização – TCM-SP – 2015) A Cia. Industrial Iota tem uma participação de 25% no capital social da Comercial Kapa S.A., que é composto exclusivamente por ações ordinárias. Os demais investidores da Comercial Kapa S.A. são independentes do grupo econômico ao qual a Cia. Industrial Iota pertence. Em 30/11/x1, a Cia. Industrial Iota vendeu produtos à Comercial Kapa S.A. por um total de R$1.000.000. Esses produtos tiveram um custo para a Cia. Industrial Iota de R$800.000. Até 31/12/x1, a Comercial Kapa S.A. havia vendido metade desses produtos a clientes que não eram partes relacionadas nem dela nem da Cia. Industrial Iota. Sabendo que essas transações não são tributadas, que não houve outras operações entre ambas as companhias durante x1, e que ao final desse exercício a Comercial Kapa S.A. obteve um lucro líquido de R$1.200.000, o efeito líquido no resultado da Cia. Industrial Iota de sua participação nos resultados de x1 da Comercial Kapa S.A. será de: (A) R$100.000; (B) R$200.000; (C) R$250.000; (D) R$275.000; (E) R$300.000. RESOLUÇÃO: Pelo enunciado percebe-se que a Cia. Kapa é uma coligada da Cia. Iota, pois a influência significativa é
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