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Exercícios de verificação de aprendizagem PLANO DE AULA 1 Situação-problema: na atualidade, não se cuida de buscar a demarcação dos espaços distintos e até contrapostos. Antes havia uma disjunção: hoje, a unidade hermenêutica, tendo a Constituição como ápice conformador da elaboração e aplicação da legislação civil. A mudança de atitude é substancial: deve o jurista interpretar o Código Civil segundo a Constituição e não a Constituição segundo o Código, como ocorria com frequência (e ainda ocorre). A mudança de atitude também envolve certa dose de humildade epistemológica? (LÔBO, Paulo. Teoria geral das obrigações. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 2). Perguntar à turma: como é possível harmonizar a interpretação das normas cíveis à luz das normas constitucionais? Seria possível, por exemplo, exigir que um plano de saúde concedesse cobertura de determinado tratamento médico com fulcro no princípio constitucional da dignidade da pessoa humana? Resposta individual e fundamentada. R: A dignidade da pessoa humana, enquanto um dos princípios fundantes da República Federativa do Brasil e do Estado Democrático de Direito, deve, sempre que possível, ser levada em linha de conta quando da interpretação de um contrato de prestação de serviços de saúde pelo operador do Direito, diante de um caso concreto. Colocada essa premissa, tem o presente estudo como objetivo primordial, efetuar a análise das diversas modalidades de contratos de prestação de serviços de saúde existentes no Brasil, fornecendo assim parâmetros razoáveis e seguros de interpretação desses contratos, à luz dos princípios e normas constitucionais, assim como da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, visando o equilíbrio econômico e a busca da justiça contratual. Vez que o artigo XXV da Declaração Universal dos Direitos do Homem assegura a toda pessoa o direito a uma prestação sanitária ampla e digna. Palavras-chave: dignidade da pessoa humana. contrato. prestação de serviços de saúde. Exercício 1: (Procurador do Município de Diadema. 2008) Quanto à teoria da aplicação horizontal dos direitos fundamentais, analise os itens: I A teoria da aplicação horizontal dos direitos fundamentais analisa a possibilidade do particular, não somente o Poder Público, ser o destinatário direto das obrigações decorrentes desses direitos fundamentais; II O Brasil adotou, como discurso majoritário e influenciado pelo direito constitucional português, a não incidência dos direitos fundamentais no âmbito das relações privadas; III O indivíduo que é expulso de cooperativa sem a observância da ampla defesa, visto que esse direito não está garantido pelo estatuto, sendo respeitado todo o normativo interno da entidade, não pode pleitear a anulação do ato perante o Poder Judiciário, visto que o indivíduo pactuou com o estatuto quando se filiou à cooperativa, sabendo que esse direito fundamental não era garantido; IV Aplicação direta e imediata do efeito externo dos direitos fundamentais tem por objetivo impedir que o indivíduo saia de uma condição de liberdades frente ao Estado e caia em uma relação de servidão com os entes privados. Está(ão) correta(s) apenas a(s) assertiva(s): (A) I e II; (B) I e III; (C) I e IV;(X) (D) II; (E) III. Exercício 2: (Juiz de Direito. TJPR 2007) Sobre a constitucionalização do Direito Civil, é correto afirmar: (A) As normas constitucionais que possuem estrutura de princípio se destinam exclusivamente ao legislador, que não pode contrariá-las ao criar as normas próprias do Direito Civil, não sendo possível, todavia, ao aplicador do Direito, empregar os princípios constitucionais na interpretação dessas normas de Direito Civil. (B) A constitucionalização do Direito Civil se restringe à migração, para o texto constitucional, de matérias outrora próprias do Direito Civil. (C) A doutrina que sustenta a constitucionalização do Direito Civil afirma a irrelevância das normas infraconstitucionais na disciplina das relações interprivadas. (D) A eficácia dos direitos fundamentais nas relações entre particulares, seja de forma indireta e mediata, seja de forma direta e imediata, é defendida pela doutrina que sustenta a constitucionalização do Direito Civil. (X)
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