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w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Economia Política Universidade Veiga de Almeida – UVA Disciplina: Economia Política / 1º Período / Professora: June Rothstein Características Gerais do Socialismo. A Economia Política Marxista. Trabalho, Sociedade e Valor. Objetivos: Apresentar as reações socialistas contra a doutrina liberal e individualista. Apresentar as críticas ao modelo de produção capitalista. Ao final dessa aula, você terá aprendido: A compreender os traços característicos do socialismo e sua influência no pensamento econômico. w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Escola Clássica Inglesa Socialismo Utópico Socialismo Científico Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Escola Clássica Inglesa Socialismo Utópico Socialismo Científico Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Características Gerais do Socialismo Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein Da igualdade como traço característico Igualdade Aritmética; Igualdade Proporcional; Igualdade na Repartição: participacionismo, apropriacionismo e coletivismo. Da propriedade privada como traço característico Propriedade privada é a causa da injustiça na repartição das riquezas; Coletivismo – comunhão dos meios de produção; Comunismo – supressão completa da propriedade privada, comunhão dos meios de produção e de consumo. Da liberdade como traço característico Organização racional dos elementos econômicos – Planificação: produção, circulação e repartição. A busca da igualdade pressupõe o ideal da Justiça Social. w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Utópico Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein O termo socialismo utópico refere-se à primeira fase do pensamento socialista que se desenvolveu entre as guerras napoleônicas e as revoluções de 1848; Os socialistas utópicos criavam modelos ideais que não poderiam ser implementados – entretanto o socialismo utópico foi considerado a primeira forma de contestação ao individualismo liberal e corporificou-se como uma possível resposta aos problemas sociais que surgiram durante o processo de industrialização; Apresenta duas características: espiritualista (não materialista – corrente associacionista, industrialista e de trocas) e voluntarista (não determinista); São influenciados pelas ideias iluministas de Rousseau – “A propriedade privada é a origem da desigualdade entre os homens”. w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Utópico Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein Principais Representantes Robert Owen (1772-1858) Nascido na Inglaterra foi proprietário de uma grande indústria têxtil na cidade de New Lanark. Owen propiciou algumas mudanças na situação de trabalho dos operários em sua fábrica: reduziu a jornada de trabalho do operariado, implantou escolas para os filhos dos trabalhadores (contribuindo para a educação das crianças), construiu casas para os operários (ofereceu melhores condições de moradia e saúde) e aumentou os salários do proletariado. Precursor das instituições patronais e de uma legislação trabalhista. Busca criar um ambiente onde impere o espírito de associação e não o de concorrência. Com esse propósito é o primeiro a colocar o problema da civilização industrial não apenas no plano econômico, mas também e, sobretudo, no plano humano. w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Utópico Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein Charles Fourier (1772-1837) “O mal de que sofre o homem, sobretudo quanto às suas condições de vida, consiste na ausência de liberdade econômica, embora, por estranha ironia, seja em nome desta liberdade que defende o estado social existente”. Partiu das críticas a sociedade liberal como o mal que leva a exploração. Manifesta-se contra a “Laissez-faire” atribuindo responsabilidade pela situação dos trabalhadores. Para ele o mundo é regido por leis de atração e constituído por paixões. Embasado nessa concepção traz para o mundo econômico o estabelecimento da ‘associação livre e universal’. w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Utópico Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein Criticava veemente a sociedade burguesa, que separava o trabalho do prazer. O trabalho seria facultativo e de livre escolha de acordo com o pendor e vontade, isso terminaria com a ‘preguiça’ do trabalhador pelo trabalho se tornar mais atraente; e é essa a solução para o problema da produção: o trabalho atraente. A repartição se daria a três títulos: capital e terra; trabalho; talento e capacidade. Sua concepção de cooperativismo é traduzida na criação do Falanstério, de constituição livre onde todos são convidados, tendo em troca a proporção de sua contribuição. Esta associação tem constituições agrícolas criando pequenos centros econômicos de economia fechada com trocas recíproca. A forma de organização dessa produção seria a produção atomizada – agrupamento de energia (pois a produção seria coletiva na produção e na repartição) e o desaparecimento das tensões sociais (na associação todos trabalhariam e ganhariam de acordo com o trabalhado). w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Utópico Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein Louis Blanc (1812-1882) A corrente associacionista autoritária parte da necessidade da intervenção do Estado para modificar o ambiente econômico e social. A principal crítica coloca em relevo a livre-concorrência, considerada como causa de todos os males econômicos e sociais, representa para a massa operária, um sistema de miséria e extermínio e, também, de empobrecimento e ruína para a própria burguesia. Empresas fracas são esmagadas pelas mais fortes, constituindo grandes monopólios, eliminando os produtores independentes, reduzidos a simples assalariados. Conclui, que o regime de livre-concorrência tende a separar, no setor de produção, os detentores dos instrumentos de produção dos que, com o seu trabalho, os põem em ação. A solução para essa situação seria a associação através da ‘Oficina Social’, que asseguraria , através do seu desenvolvimento, a vitória sobre o regime de livre- concorrência. “É preciso preparar o futuro sem romper violentamente com o passado.” w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Utópico Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein Conde de Saint-Simon (1760-1825) Originário da nobreza francesa “esclarecida”, não concordava com a pobreza e com as desigualdades sociais. Sua principal reivindicação era a livre empresa, continuando com o lucro dos capitalistas, porém estes deveriam assumir responsabilidades sociais e ofertar melhores condições de vida e de trabalho aos operários. Concepção geral do sansimonismo: O industrialismo Parte das premissas históricas para fundamentar sua doutrina com base na aplicação do método científico às ciências sociais. Estuda os problemas econômicos e sociais em um quadro social, ou seja, sua análise não está unicamente em função do homem tomado como indivíduo isolado, mas pertencente a coletividade e subordinado às leis de evolução e organização. A lei da evolução é o progresso - o mundo é uma vasta oficina, na qual a produção, organizada de modo a alcançar o máximo de expansão, asseguraria, com a prosperidade, a melhor organização social. Regra do sansimonismo: “ A cada um segundo sua capacidade, a cada um segundo suas obras”. w w w . g e s ta o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Utópico Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein Proudhon (1809-1865) A reforma da sociedade deve ter como princípio de ação a justiça, sinônimo de igualdade e de liberdade. As modificações devem ocorrer não apenas na produção ou na repartição, mas na circulação, pois é no ato da troca que ocorre a injustiça. Partindo desse princípio, formula uma dupla crítica: contra o capitalismo e contra o socialismo: Crítica ao Liberalismo – Vê na propriedade privada, pedra fundamental da sociedade, a um tempo, uma instituição de justiça e injustiça. Será sempre fonte tanto do bem quanto do mal, gerando vantagens e inconvenientes: o mal é inseparável do bem, quer na propriedade, quer nos elementos econômicos. O que é a propriedade privada? É um roubo. O que é propriedade de um homem é retirado de um fundo comum a todos. O liberalismo apresenta falhas que devem ser eliminadas. w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Utópico Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein Todo movimento humano tem por tendência, sentido e objetivo, a realização da justiça humana e universal. Proudhon afirma com força e paixão a necessidade de conciliar a justiça com a liberdade dos indivíduos. Crítica ao Socialismo – É contra a atitude dos socialistas em relação a propriedade privada e contra a posição em relação a todos os elementos econômicos componentes de uma sociedade, cuja supressão pretendem. Visa o equilíbrio das forças e dos interesses econômicos, como forma de assegurar a igualdade e, portanto, a justiça. Sua critica ao comunismo é contundente. Escreve em seu livro Memória sobre a Propriedade, ao suprimir a instituição da propriedade individual, priva o homem de um estimulante necessário “ao seu trabalho, à sua família e ao seu progresso”. O comunismo suprime um abuso tão-somente para criar outro – é um sistema de contradições. w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Escola Clássica Inglesa Socialismo Utópico Socialismo Científico Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Escola Clássica Inglesa Socialismo Utópico Socialismo Científico Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Científico Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein O socialismo Marxista dito “científico” parte da análise crítica do próprio capitalismo. A principal preocupação de Marx é desvendar as leis do movimento do capital na sociedade capitalista. Para Marx capital não é uma coisa, não é simplesmente o conjunto de máquinas, equipamentos, estradas e canais. É isto, mas sob determinadas condições. O capital é, antes de tudo, uma relação social. É uma relação social de produção. Principais Representantes Karl Marx (1818-1883) e Frederic Engels (1820-1895) Principais obras: Manifesto Comunista (1848) e O Capital (1867) w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Científico Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein Economia Política Socialismo Utópico Filosofia Alemã Tríade do Pensamento de Marx w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Científico Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein Economia Política Disfunções do Laissez-faire; Crítica ao sistema liberal clássico; Teses da Exploração e da Evolução. Socialismo Utópico Análise evolutiva e não funcional dos meios de produção capitalista; Estuda as variações, os movimentos dos fenômenos econômicos e a relação existente no decurso de seu desenvolvimento; A propriedade passará de individual a coletiva, sendo o capitalismo substituído pelo coletivismo. w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Científico Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein Filosofia Alemã Segundo Hegel, a filosofia atinge as coisas, a natureza e a história em sua verdade. Esse processo leva à transformação dos dados, dos sentidos em pensamento, conduz da individualidade à universalidade. O objetivo da filosofia não deve ser afirmar conceitos, relações e padrões, mas o de observar a articulação das ideias: sentidas, ramificadas e codificadas dentro do contexto social. Dialética – para cada pensamento existe seu contrário, a argumentação não se esgota em si. Materialismo histórico – concepção objetiva e científica da história: os fatos históricos mantêm entre si relações de dependência que devem ser desvendadas. w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Científico Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein Economia Política Socialismo Utópico Filosofia Alemã Marx “As relações sociais estão intimamente ligadas às forças produtivas”. w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Científico Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein Concepção econômica do marxismo Tese da Exploração: aspecto econômico (valor-trabalho) – o trabalho constitui o valor dos produtos; aspecto social (mais-valia) – o valor do produzido deve pertencer a quem fornece o trabalho. A Tese da Evolução: crises periódicas do capitalismo incapaz de dirigir a produção e assegurar o consumo. Esta incapacidade é posta em evidência pelo paradoxo da coexistência de superprodução e subconsumo. Lei Geral da Acumulação Capitalista: “O capital só pode ser multiplicado se trocado pela força de trabalho, se criar trabalho assalariado. A força de trabalho do trabalhador assalariado só poderá ser trocada por capital se este aumentar e, pois, reforçando o poderio de que é serva. O aumento do capital significa,, por conseguinte, um aumento do proletariado, ou seja, da classe operária”. w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Socialismo Científico Capítulo 1 Disciplina: EconomiaPolítica / Profa. June Rothstein Ao substituir homens por máquinas, o empreendedor privado mata pouco a pouco a sua galinha de ovos de ouro. E, não obstante, tem de matá-la, pois apenas obedece aos seus impulsos de acumular mais e mais e de tentar se manter à frente dos concorrentes. Como todos os empreendedores privados estão fazendo exatamente a mesma coisa, a relação entre a remuneração do trabalho e a produção diminui constantemente, até que comecem também a diminuir os lucros. Estes caem mais e mais, pois o consumo do que é produzido diminui à medida que as máquinas desempregam o fator trabalho e o número dos trabalhadores remanescentes não consegue consumir toda a produção. O resultado final, será o dia da condenação: com a centralização dos meios de produção e a socialização do trabalho, finalmente rompem-se os ‘revestimentos do sistema’. w w w . g e s t a o p u b l i c a s . c o m . b r Fonte: STN Referência Bibliográfica Capítulo 1 Disciplina: Economia Política / Profa. June Rothstein HUGON, Paul. História das Doutrinas Econômicas. São Paulo: Atlas, 2009. HEYWOOD, Andrew. Ideologias Políticas: do liberalismo ao fascismo. São Paulo: Ática, 2010.
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