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Ajudando o seu filho adotivo_ e - Paul Tripp

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Prévia do material em texto

Ajudando o seu filho adotivo:
entenda a sua identidade singular
Traduzido do original em inglês
Helping Your Adopted Child:
Understanding Your Child’s Unique Identity
por Paul Tripp
Copyright ©2008 Christian Couseling & Educational Foundation
•
Publicado por New Growth Press,
Greensboro,
NC 27404
Copyright © 2016 Editora Fiel
Primeira Edição em Português: 2018
Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Editora Fiel da Missão Evangélica Literária
PROIBIDA A REPRODUÇÃO DESTE LIVRO POR QUAISQUER
MEIOS, SEM A PERMISSÃO ESCRITA DOS EDITORES,
SALVO EM BREVES CITAÇÕES, COM INDICAÇÃO DA FONTE.
•
Diretor: James Richard Denham III
Editor: Tiago J. Santos Filho
Coordenação Editorial: Renata do Espírito Santo
Tradução: D&D Traduções
Revisão: D&D Traduções
Diagramação: Wirley Correa - Layout
Capa: Wirley Correa - Layout
Ebook: João Fernandes
ISBN: 978-85-8132-516-3
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
T836a Tripp, Paul David, 1950- 
Fjudando o seu filho adotivo : entenda a sua identidade singular /
Paul David Tripp. – São José dos Campos, SP: Fiel, 2017.
2Mb ; ePUB
Tradução de: Helping your adopted child:
Understanding your child's unique identity.
ISBN 978-85-8132-516-3
1. Adoção – Aspectos religiosos – Cristianismo. 2. Crianças adotadas. 3. Pais
adotivos – Vida religiosa. I. Título. II. Série. 
CDD: 248.845
 
Caixa Postal, 1601
CEP 12230-971
São José dos Campos-SP 
PABX.: (12) 3919-9999
www.editorafiel.com.br
 
APRESENTAÇÃO DA SÉRIE
Gilson Santos
Jay Adams, teólogo e conselheiro norte-americano, nascido em 1929, foi
professor de Poimênica no Seminário Teológico de Westminster, em
Filadélfia, no estado de Pensilvânia, Estados Unidos. Adams é um respeitado
escritor e pregador, genuinamente evangélico e conservador. Enquanto
lecionava sobre a teoria e a prática do pastoreio do rebanho de Cristo, ele viu-
se na necessidade de construir uma teoria básica do aconselhamento pastoral.
Rememorando a sua trajetória, Adams nos informa que, tal como muitos
pastores, não foi muito o que aprendeu no seminário sobre a arte de
aconselhar. Desiludido com suas iniciativas de encaminhar ovelhas para
especialistas, ele buscou assumir um papel pastoral mais assertivo e
biblicamente orientado no contexto de aconselhamento.
Em seus esforços, crendo na veracidade e eficácia da Bíblia, Adams
estabeleceu como objetivo salvaguardar a responsabilidade moral dos
aconselhandos, entendendo que muitas abordagens terapêuticas e poimênicas
a comprometiam. Em seu elevado senso de respeito e reverência às
Escrituras, Adams reconheceu que a Bíblia é fonte legítima, relevante e rica
para o aconselhamento. Ele propôs que, em vez de ceder e transferir a tarefa a
especialistas embebidos em seus dogmas humanistas, os ministros do
evangelho, assim outros obreiros cristãos vocacionados por Deus para
socorrer pessoas em aflição, devem ser estimulados a reassumir seus
privilégios e responsabilidades. Inserido em uma tradição que tendia a
valorizar fortemente as dimensões públicas do ministério pastoral, Adams
fincou posição por retomar o prestígio das dimensões pessoais e privativas do
ministério cristão, sobretudo o aconselhamento. Nisto seu esforço se revelou
de importância capital. De fato, basta examinar a matriz primária do
ministério cristão, que é a própria pessoa de Jesus Cristo, para concluir que,
diminuir a importância e lugar do ministério pessoal trata-se de uma distorção
grave na história da igreja. Adams defende, assim, que conselheiros cristãos
qualificados, adequadamente treinados nas Escrituras, são competentes para
aconselhar.
Adams também assumiu com seriedade as implicações do conceito cristão
de pecado para o aconselhamento. Em resumo, ele propõe que o cristianismo
não pode contemplar uma psicopatologia que prescinda de um entendimento
bíblico dos efeitos da Queda, e da pervasiva influência que o pecado exerce
no psiquismo dos seres humanos. Por esta razão, a abordagem que ele propôs
chamou-se inicialmente de “Aconselhamento Noutético”. O termo noutético
é derivado de uma palavra grega, amplamente utilizada no texto
neotestamentário, que significa “por em mente” – formado de nous [mente]
e tithemi [por]. O uso de nouthetéo nos escritos paulinos sempre aparece
estritamente associado a uma intenção pedagógica. O aconselhamento
noutético seria então aquele que direciona, ensina, exorta e confronta o
aconselhando com os princípios bíblicos. De acordo com a noutética, o
aconselhamento se dá em confrontação com a Palavra de Deus. Visando não
apenas uma mudança comportamental, ele objetiva a inteira transformação da
cosmovisão, oferecendo as “lentes da Escritura” ao aconselhando. Num
momento posterior, esta abordagem passou a denominar-se exclusivamente
“Aconselhamento Bíblico”.
Sobre estas bases, em 1968 Jay Adams deu início, no Seminário Teológico
de Westminster, em Filadélfia, ao CCEF - Christian Counseling and
Education Foundation (Fundação para Educação e Aconselhamento Cristão),
inaugurando um novo momento na história do aconselhamento cristão.
Adams lançou os principais conceitos de sua teoria de aconselhamento na
obra “O Conselheiro Capaz” (Competent to Counsel), publicado em 1970; a
metodologia foi condensada no “Manual do Conselheiro Capaz”, publicado
em 1973. No Brasil, a Editora Fiel foi pioneira na publicação dessas duas
obras; a primeira edição de “Conselheiro Capaz” em português foi publicada
em 1977 e o volume com a metodologia publicado posteriormente. Adams
também foi preletor em uma das primeiras conferências da Editora Fiel no
Brasil direcionada a pastores e líderes.
O legado de Adams no CCEF foi recebido e levado adiante por novas
gerações. Estas procuraram manter-se alinhadas com o núcleo central de sua
proposta, ao mesmo tempo em que revisaram aspectos vulneráveis, e
defrontaram-se com algumas de suas tensões ou limites. Alguns destes novos
líderes e conselheiros notabilizaram-se. Estes empenharam-se por um foco
mais direcionado ao ser do que no fazer, colocando grande ênfase nas
dinâmicas do coração, particularmente no problema da idolatria. Também
procuraram combinar o enfoque no pecado com uma teologia do sofrimento.
Procuram oferecer considerações ao social e ao biológico, com novos
enfoques para as enfermidades, inclusive para o uso de medicamentos. É
igualmente notável a ênfase no aspecto relacional do aconselhamento na
abordagem desses novos líderes. Alguns estudiosos do movimento ainda
apontam uma maior abertura e espírito irênico dessas gerações sucedâneas,
particularmente em sua confrontação com outras abordagens poimênicas ou
terapêuticas.
A Editora Fiel vem novamente oferecer a sua contribuição ao
aconselhamento bíblico, desta vez colocando em português esta série que
enfoca vários temas desafiantes à presente geração. A série original em inglês
já se aproxima de três dezenas de livretos. Este que o leitor tem em suas mãos
é um deles. Tais temas inserem-se no cenário com o qual o pastor e
conselheiro cristão defronta-se cotidianamente. Os autores da série pretendem
oferecer um material útil, biblicamente respaldado, simples e prático, que
responda às demandas comuns nos settings, relações e sessões de
aconselhamento cristão. Se este material, que representa esforços das
gerações mais recentes do aconselhamento bíblico, puder ajudá-lo em seus
desafios pessoais em tais áreas, ou ainda em seu ministério pessoal, então os
editores podem dizer que atingiram o seu objetivo.
Boa leitura!
Gilson Carlos de Souza Santos é pastor da Igreja Batista da Graça, em São
José dos Campos, possui bacharelado em Teologia e graduação em
Psicologia, e dirige o Instituto Poimênica cujo alvo é oferecer apoio e
promoção à poimênica cristã.
Introdução
Eu nunca me esquecerei daquele dia. Toda a nossa família aguardava
ansiosano portão do aeroporto da Filadélfia que estava reservado para nós.
De repente, ela chegou. O representante da agência de adoção a carregava
olhando para frente, em nossa direção. Ela tinha apenas quatro meses de vida
e nunca havia nos visto antes, mas sorriu de orelha a orelha. O funcionário da
agência a colocou nos braços à espera de minha esposa, e todos nós nos
desmanchamos em um mar de emoções. Aquele precioso pacotinho está,
agora, com 25 anos de idade. A jornada da adoção nem sempre é fácil, mas
somos muito gratos por termos feito essa escolha importante, e, com certeza,
ela também não tem dúvida alguma disso!
Decidir ser instrumento de Deus na formação de uma alma humana é uma
das decisões mais importantes que você tomará. E é ainda mais maravilhoso
abrir o seu lar e o seu coração para uma criança que não pode ser cuidada por
seus pais biológicos. Contudo, apesar de toda a sua beleza, a adoção também
possui desafios significativos. Entender o seu filho adotivo a partir da
perspectiva de Deus permitirá que você enfrente esses desafios pela fé e com
esperança. Separe um momento para ler este livro. Ele o ajudará a pensar
biblicamente a respeito da escolha que tomou e lhe dará direção sobre como
ajudar o seu filho adotivo.
Aos olhos de Deus, você está fazendo algo bom
Defender, amar, cuidar e prover para uma criança sem lar são ações muito
próximas ao coração de Deus. Trata-se de uma expressão concreta do amor
que ele tem por nós e do amor que ele nos invoca a ter pelas outras pessoas.
Deus descreve a si mesmo como “Pai dos órfãos” (Sl 68.5); ele nos diz para
“defender o direito dos órfãos ” (Is 1.17); e ele usa a indisposição de seu povo
para “defender a causa dos órfãos” (Jr 5.28) como evidência do quão
pecaminosos eles haviam se tornado.
Por que é importante nos lembrarmos disso? Porque as pessoas ao seu redor
– outros membros de sua família e até mesmo o seu filho adotivo – nem
sempre reconhecerão a beleza louvável de Deus naquilo que você está
fazendo. Nos dias mais difíceis, quando nada do que fizer parecer estar
correto e você passar a maior parte do tempo lidando com conflito e rebeldia,
você deve lembrar a si mesmo disto: O que eu estou fazendo neste exato
momento, embora seja difícil, é próximo ao coração de Deus, e: O que eu
estou fazendo é exatamente o que Deus chamou os seus filhos para fazerem.
Adotar o seu filho foi plano de Deus
No mundo de Deus, não existe lugar para o “plano B”. Assim como Deus
planejou que o seu filho biológico nascesse de você, ele também planejou que
essa criança estivesse em seu lar. Muito antes de você tomar a decisão de
adotar, muito antes de seu filho nascer, Deus sabia o precioso valor da vida
dessa criança e decidiu que o seu lar seria o lugar para ela receber o cuidado
amoroso. O apóstolo Paulo diz que Deus determina o lugar exato onde cada
pessoa viverá (At 17.26). O seu filho adotivo está com você por conta de uma
escolha sábia feita por um Deus amoroso que se importa com você e com o
filho que você acolheu de bom grado em seu lar.
O seu filho adotivo é único
O plano de Deus era que as crianças fossem criadas por seus pais
biológicos. No entanto, o pecado entrou no mundo e causou o rompimento
relacional e familiar que, às vezes, leva à separação dos filhos de seus pais
naturais. Embora esteja fazendo algo maravilhoso, você deve reconhecer que
as crianças foram destinadas a viver com seus pais biológicos. Quando elas
não são criadas por eles , existem lutas e dificuldades. Cuidar de um filho
adotivo quase sempre é mais difícil do que cuidar de seu filho biológico. O
filho adotivo lida com questões pessoais importantes com as quais o seu filho
biológico nunca terá de lidar.
Deus planejou que os pais transmitissem aspectos da personalidade física e
emocional para os seus filhos.
Por causa da força do cuidado familiar, seu filho adotivo assumirá muitas
de suas características, porém, ele também será único e diferente. Seu filho
adotivo nem sempre reagirá de forma previsível e agradável. De vez em
quando, ele pode parecer um estranho em sua família, e você irá coçar a
cabeça e dizer: “Por que cargas d’água ele fez isso?”.
Suas lutas com seu filho adotivo nem sempre serão resultado de seus erros.
Às vezes, elas serão provenientes das diferenças hereditárias na estrutura de
seu filho. Tais diferenças irão requerer estratégias de cuidado diferentes em
relação àquelas que você utiliza com seus filhos biológicos.
Seu filho adotivo lutará com identidade e espaço
Todo ser humano faz duas perguntas: “Quem eu sou?” e “A que lugar eu
pertenço?” O plano de Deus era que essas perguntas profundamente humanas
fossem respondidas de forma natural à medida que os filhos fossem
progressivamente cuidados em um ambiente protetor e positivo de amor
diário por parte de seus pais biológicos.
Portanto, quando uma criança é separada de seus pais biológicos, irmãos e
cultura e tem de se ajustar a novos pais, novos irmãos e uma nova cultura, ela
irá lutar ainda mais com aquelas perguntas a respeito de sua identidade e do
espaço ao qual pertence. O que parece egoísmo e rebeldia em seu filho
adotivo pode ser simplesmente uma forma de ele lidar com os medos e
inseguranças a respeito de sua identidade e seu lugar no mundo.
Felizmente, na Bíblia, Deus tem muito a dizer a respeito de nossa
identidade como seus filhos e de nosso lugar de inclusão em sua família.
Você terá de lembrar o seu filho, repetidas vezes, de que todos aqueles que
creem são aceitos na família de Deus. O apóstolo João explica essa verdade
ao dizer: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos
chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus” (1Jo 3.1).
E você terá de lembrar o seu filho, muitas vezes, de que ele não tem de ser
tomado pelo medo quanto à sua identidade ou ao seu lugar neste mundo,
porque “não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez,
atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual
clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que
somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros,
herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também
com ele seremos glorificados” (Rm 8.15-17).
Talvez você se pergunte por que parece ter de lidar repetidas vezes com o
seu filho adotivo a respeito dessas questões relacionadas à identidade e ao
lugar ao qual pertence. Isso se dá porque a luta de seu filho adotivo em
relação ao seu lugar na vida está acontecendo simultaneamente ao seu
desenvolvimento. Talvez você tenha de lidar com uma luta específica quando
o seu filho tiver cinco anos e ache que a questão está resolvida. No entanto,
essa mesma luta surgirá, de uma maneira diferente, quando ele tiver dez anos,
porque, com essa idade, ele é capaz de sentir e compreender coisas que não
era capaz aos cinco anos. Talvez, a mesma luta surgirá aos doze anos e aos
dezessete outra vez.
Não quer dizer que o seu cuidado como pai ou mãe foi ineficiente ou que
seu filho adotivo se recusou a ouvir; mas, com o amadurecimento natural do
desenvolvimento, o seu filho irá lidar com questões antigas de maneiras
novas e diferentes.
Tentações que seu filho adotivo enfrenta
O seu filho adotivo, assim como qualquer outra criança, é um pecador. Por
essa razão , ele será tentado a reagir à luta natural que tem em relação a
encontrar o seu lugar na vida de forma pecaminosa. Sendo assim, ele será
tentado a lidar com os medos relacionados à identidade e ao lugar de
pertencimento de maneira negativa. Ele pode acusá-lo de demonstrar
favoritismo ou de não ser justo. Pode testar o seu amor desafiando a sua
autoridade. Pelo fato de lutar com o lugar ao qual pertence, ele pode se tornar
dominador e controlador. Pode tentar estabelecer o seu lugar sendo
excessivamente competitivo e excessivamente orientado para os limites da
privacidade e posses.
Porconta dessas tentações, é muito importante que você aprenda a lidar
francamente com as reações pecaminosas enquanto demonstra uma percepção
amorosa e paciente das lutas profundas por trás de tudo. Você quer que o seu
filho adotivo saiba que você entende com o que ele está lidando, mas que
saiba também que você exige que ele lide com tais situações da maneira
correta.
Relembre-o diariamente sobre a presença e a ajuda do Senhor Jesus. Deus
está com ele e promete que jamais o deixará. Deus diz: “O SENHOR é quem
vai adiante de ti; ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não
temas, nem te atemorizes” (Dt 31.8).
Além disso, Deus prometeu dar-lhe tudo aquilo de que ele precisa para lidar
com a própria vida de uma maneira correta e boa. O apóstolo Pedro diz:
“Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que
conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos
chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas
as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis
coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões
que há no mundo” (2Pe 1.3-4). Relembre essas promessas para o seu filho
quando o vir lutando.
Deus o ajudará em sua fraqueza
O Senhor é um Pai adotivo que o recebe em sua família, mesmo você não
tendo feito nada para merecer o seu amor e aceitação. Ele o ama fielmente,
mesmo que você cometa erros repetidas vezes. O seu Pai celestial adotivo
sabe exatamente daquilo que você precisa como pai adotivo. Seus ouvidos
não se ensurdecerão aos seus clamores. Ele conhece a magnitude e a
importância daquilo que você assumiu e está ciente de seus limites e
fraqueza. O apóstolo Paulo nos diz como Deus ajuda aqueles que são fracos:
“Então, ele [Deus] me disse: A minha graça te basta, porque o poder se
aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas
fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo (2Co 12.9).
A graça de Deus se faz presente de forma mais poderosa quando você está
no seu momento mais fraco. A adoção o levará para além das fronteiras de
sua sabedoria, amor, paciência e força naturais. No entanto, você não está
sem recursos. Na sua fraqueza, você é o receptor, momento a momento, da
poderosa graça de um Senhor amoroso que compreende exatamente aquilo
pelo qual você está passando.
Estratégias práticas para a mudança
Você aprendeu algumas coisas sobre os desafios particulares que enfrenta
ao criar o seu filho adotivo. Como você pode aplicar o que aprendeu com o
seu filho adotivo? Abaixo, há algumas orientações práticas para ajudá-lo.
Conforme for lendo-as, lembre-se de que cada criança é única, portanto, você
deve confiar em Deus em relação à sabedoria espiritual para saber como
aplicar essas estratégias aos desafios particulares da criação de seu filho
adotivo.
Seja franco sobre a adoção
Seja honesto com o seu filho e esteja aberto para falar sobre a adoção. É
muito bom começar desde cedo a ajudá-lo a lidar com o lugar exclusivo que
Deus preparou para ele em sua família. Por você ser amorosamente franco
sobre o assunto, seu filho será encorajado a ter a mesma atitude. Tal atitude
permitirá que você tenha uma conversa produtiva e diária com ele a respeito
de como ele está lidando com seus desafios singulares. Assim, você também
terá a oportunidade de ajudá-lo a entender alguns desses desafios e de
reafirmar-lhe o seu amor e o amor de Deus.
Almeje o coração de seu filho
Lembre-se de que não basta tentar regular o comportamento de seu filho,
pois o que está em nossos corações é o que controla as coisas que dizemos e
fazemos. Jesus disse: “Não há árvore boa que dê mau fruto; nem tampouco
árvore má que dê bom fruto. Porquanto cada árvore é conhecida pelo seu
próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos
se vindimam uvas. O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o
mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o
coração” (Lc 6.43-45).
Uma vez que todo comportamento provém daquilo que está dentro de nós, a
mudança permanente no comportamento de seu filho deve começar com uma
mudança no coração dele. Estabelecer sistemas para controlar o seu
comportamento é bom. No entanto, se essa for a sua única estratégia de
cuidados paternais ou maternais, ela fracassará porque, quando a criança
estiver distante de seu sistema, ela não terá nada no interior para controlá-la.
Quando Deus operar uma mudança real nos pensamentos, nas atitudes, nos
desejos, nos motivos, nos objetivos e nos valores do coração de seu filho,
então, suas ações e palavras também mudarão.
Perguntas que atingem o coração
Você pode ajudar o seu filho adotivo a reconhecer e admitir as lutas em seu
coração. Todos nós podemos não enxergar o que está em nossos corações
(Hb 3.12-13). Então, o seu filho adotivo precisa de sua ajuda para identificar
quais são as lutas do coração que estão por trás das lutas comportamentais.
Eu encontrei uma série de perguntas muito úteis a fim de fazer as crianças
examinarem seus corações. Certifique-se de fazer as perguntas na ordem em
que elas se apresentam abaixo, porque cada pergunta baseia-se na anterior.
1. O que aconteceu? Faça seu filho contar-lhe os detalhes da situação.
2. Quais eram os seus pensamentos e sentimentos diante do que estava acontecendo?
Essa pergunta ajudará o seu filho a examinar os pensamentos e emoções em seu
coração.
3. Qual foi a sua reação? É importante que faça essa pergunta em terceiro lugar, e não
em segundo, porque o comportamento da criança vem de seu coração.
4. Por que reagiu dessa forma; o que você estava buscando realizar? Essa vem depois
dos propósitos, objetivos e motivos do coração.
5. Qual foi o resultado? Essa pergunta trata das consequências das escolhas feitas pela
criança.
Conduza o seu filho adotivo a Jesus
Você precisa conduzir seu filho adotivo a Jesus Cristo todos os dias. A
promessa viva e esperançosa da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo é
um novo coração. Deus faz a seguinte promessa: “Dar-lhes-ei um só coração,
espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes
darei coração de carne” (Ez 11.19).
Jesus tem poder para fazer o que nós não podemos: mudar os nossos
corações. A todos aqueles que colocam sua fé nele, ele oferece perdão e um
coração novo e limpo que deseja amar a Deus e as outras pessoas. Quando ele
muda os nossos corações, nós somos capazes de fazer e dizer coisas que não
éramos capazes antes. O poder de Jesus para perdoar e mudar os corações é a
esperança que você precisa colocar diante de seu filho adotivo repetidas
vezes enquanto ele lutar com o seu lugar na vida. As regras que você lhe der
o instruirão e o protegerão, porém elas nunca o mudarão de dentro para fora.
Somente Jesus pode fazer isso!
Vá você mesmo até Jesus
À medida que você ajudar o seu filho com as lutas dele, também admita as
suas próprias lutas. Cuidar de uma criança que é infeliz, desafiadora ou
rebelde é difícil. Requer amor, graça, paciência e perseverança excepcionais.
Vá ao seu Senhor diariamente e confesse suas lutas a ele. Discretamente, peça
às pessoas que conhecem e amam você que orem. Esteja disposto a ser
responsável. E resista à tentação de entrar em guerra com alguém que você
escolheu amar. Quando você não lida com as suas próprias questões do
coração, as seguintes coisas acontecerão:
Você trará para o pessoal o que não é pessoal. Você verá as lutas de seu filho como
sendo todas relacionadas a você, e não próprias de seu filho e do relacionamento
dele com Deus.
Em vista disso, você transformará um momento de ministração em um momento de
ira.
Por estar irado agora, você terá reações contraditórias.
Como consequência, estabelecerá sermões e castigos que não tratam, de fato, o
coração de seu filho ou as questões mais profundas por trásdas lutas.
No entanto, à medida que você for até Jesus com suas próprias lutas e
pedir-lhe que mude o seu coração e o encha com o seu Espírito, você será
capaz de reagir de maneira construtiva e bondosa ao comportamento
desafiador de seu filho.
Ensine seu filho sobre a
identidade em Cristo
Como o seu filho adotivo lutará com problemas de identidade, ele será
tentado a buscá-la em todas as coisas erradas. Ele buscará a identidade em
outras pessoas e será ferido e ficará desapontado muitas vezes. Ele buscará a
identidade em realizações e se tornará obcecado e competitivo. Ele buscará a
identidade nas coisas materiais e se tornará egoísta, possessivo e materialista.
Ele buscará a identidade no poder e na posição e se tornará dominador e
controlador. Todas essas maneiras de assegurar a identidade não o satisfarão
– elas apenas o escravizarão.
Para combater essas tendências, você deve agir constantemente a fim de
fundamentar a identidade de seu filho adotivo em Cristo. Quando seu filho
começar a compreender a verdade de que, embora não possa ganhar o amor
de Deus, ele foi aceito completa, profunda e eternamente em Cristo, ele
conseguirá ficar em paz com quem ele é e onde Deus o colocou. Portanto,
não importa quais lutas relacionadas à aceitação e ao lugar ao qual pertence
ele enfrente, seu filho terá o consolo de saber que é completamente aceito
pelo governador do universo, e nem pessoa nem circunstância poderão
separá-lo do amor de Deus (Rm 8.31-39).
Você também, como pai ou mãe de um filho adotivo, tem de saber e confiar
no amor que Deus tem por você (1Jo 4.16). Somente quando fizer isso, você
será capaz de colocar esses princípios em prática e tratar, dia após dia, o seu
filho adotivo com a mesma longanimidade e benignidade que o seu Pai
celestial tem por você.
Simples, Prático, Bíblico
Abordando temas como divórcio, suicídio, homossexualidade, transtorno
bipolar, depressão, pais solteiros e outros, os livros da série Aconselhamento
oferecem orientação bíblica para pastores e conselheiros que lidam com esses
assuntos difíceis em seus ministérios, e para pessoas que experimentam essas
situações de lutas e sofrimento em seus diversos contextos de vida. Leia-os,
ofereça-os a um amigo e disponibilize-os em sua igreja e ministério.
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