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Copyright © 2016, Editora Cristã Evangélica Todos os direitos nacionais e internacionais desta edição reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida – em qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocópia, gravação, etc. – nem apropriada ou estocada em sistema de banco de dados, sem a expressa autorização da Editora Cristã Evangélica (lei nº 9.610 de 19/02/1998), salvo em breves citações, com indicação da fontes As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Atualizada (ARA), 2ª edição (Sociedade Bíblica do Brasil), exceto indicações de outras versões. Editora filiada à Associação de Editores Cristãos Rua Goiânia, 294 – Parque Industrial 12235-625 São José dos Campos-SP comercial@editoracristaevangelica.com.br www.editoracristaevangelica.com.br Telefax: (12) 3202-1700 mailto:comercial@editoracristaevangelica.com.br http://www.editoracristaevangelica.com.br/ “... ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais...” Malaquias 4.6 Uma das tarefas mais sublimes e importantes é a de criar filhos. Além de muito desafiadora, é cheia de surpresas, pois eles não vêm com manual de instruções e são diferentes uns dos outros. É também um caminho bastante longo, dado que uma vez pais, sempre pais. Desde o momento em que você recebeu aquele “pacotinho” na maternidade, foi estabelecido o compromisso de cuidar, proteger, prover e ensinar a fim de que se torne pessoa habilitada para amar a Deus e viver na Sua Palavra. Ser pai e mãe exige dedicação. Não são ações pontuais nem projeto com cronograma definido. É trabalho de tempo integral, de muito investimento, emprego de tempo, de oração, de preparo. Enquanto cuidamos dos filhos, somos moldados por Deus, muitas vezes, sem nos dar conta. É inegável que o exercício da paternidade nos faz realinhar prioridades, perceber falhas em nosso caráter, enxergar nos filhos nossos defeitos e qualidades. Eles nos ajudam a parecer mais com Jesus, se nos engajamos dependentes do Senhor nesse ministério dado por Ele a pais e mães. Os temas que você estudará nesta revista visam ajudá-lo a criar filhos de acordo com a Bíblia. As lições foram escritas por pais que colocaram não apenas a mente, mas também o coração nas páginas impressas aqui. Alguns dos autores escreveram as lições com a preciosa ajuda do cônjuge, o que de fato enriqueceu muito a revista. Ao final de cada lição, há um registro para ajudar você a praticar o que estudou. Faça com seu cônjuge, converse, tome atitudes de mudança, deixe o Senhor falar com você e sua família. Oramos para que sejam estudos transformadores e que façam diferença para você André de Souza Lima 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 – Sumário – Filhos como herança do Senhor Meus pais eram assim Filhos precisam de pai Filhos precisam de mãe Pais que oram Conduzindo o filho à salvação Instruindo o coração da criança O valor do exemplo Comunicação familiar Princípios da disciplina A prática da disciplina Os anos das grandes oportunidades Os turbulentos anos da adolescência O jovem e a fase das decisões Lidando com filhos adultos em casa Quando um filho se vai Quando os filhos se casam 1 Filhos como herança do Senhor John D. Barnett texto básico Salmo 127.1-5 alvo da lição Ao estudar esta lição, você será capaz de reconhecer que ter filhos é dádiva do Senhor. O aluno será capaz de saber reconhecer que os filhos são presente de Deus; sentir sentir-se abençoado por Deus pelos filhos que Ele lhe deu;confiar na providência de Deus em relação à emancipação dos filhos; agir agradecer a Deus pelos filhos mencionando-os em oração;respeitar as diferenças e a individualidade de cada filho. Sugestão Inicial Divida a classe em grupos de até cinco alunos e distribua papéis com algumas perguntas para reflexão e discussão, tais como: a) Quem criou a família? b) Por que a família foi criada? c) Qual o propósito da família? d) Por que a família é tão importante? e) Por que o inimigo sempre investiu na destruição da família? f) De que maneira o inimigo tentou destruir a família nos tempos de Adão e Eva? g) De que maneira ele tenta destruí-la hoje em dia? Combine alguns minutos para os grupos conversarem a respeito das perguntas propostas. Encerrado o tempo, use as respostas dessas perguntas para apresentar a Introdução da lição. No começo desta revista sobre pais e filhos, é bom lembrar o plano de Deus para a família. No início, Deus criou um homem e uma mulher, e do relacionamento conjugal deles nasceram seus filhos, assim formando a primeira família. Jesus Cristo reiterou esse princípio ao perguntar aos fariseus: “... Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher... Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne?” (Mt 19.4-5). O governo brasileiro está tentando introduzir a “Ideologia de Gênero” que afirma: ninguém nasce macho ou fêmea e cada pessoa deve construir a própria identidade. “A Resolução nº 12, de 16 de janeiro de 2015, publicada no Diário Oficial da União, de 12 de março de 2015, garante o uso de banheiro e vestiários de acordo com a identidade do gênero de cada sujeito, em todas as instituições e redes de ensino...”. Isso quer dizer que os banheiros podem ser unissex! Os crentes têm de ficar atentos e mostrar aos filhos o que a Bíblia ensina. A ideia de “família” hoje, de homem e mulher e filhos, está muito contestada. Logo ao entrar na escola, as crianças pequenas aprendem que a família pode ser composta de dois homens e crianças ou de duas mulheres e crianças. A tragédia é que o governo está tentando passar leis para ensinar que não é obrigatório, nem necessariamente certo, ter papai, mamãe e filhos para se constituir uma família. O governo diz que a família hoje pode ter muitas formas, mas esse não é o plano de Deus. O Salmo 128 descreve a felicidade do lar quando a família está reunida: marido, mulher e filhos sentados juntos ao redor da mesa. O Salmo 127 diz que “Herança do SENHOR são os filhos”. Ninguém que ganha uma herança de joias, ou dinheiro, ou terreno reclama; mas aceita com bom grado. “Os filhos são um presente do SENHOR; eles são uma verdadeira bênção” (Sl 127.3 NTLH). Por que, então, há tantos pais que reclamam de seus filhos? Orientação Didática Leve algo que possa dar de presente a todos – pode ser marca-livros ou bombons. Distribua gentilmente aos alunos, dizendo que é um presente. Use essa demonstração para explicar que os filhos são presente de Deus (Sl 127). Pergunte à classe: “Por que hoje tem ficado tão comum casais não desejarem filhos?”. Liste no quadro as contribuições dos alunos. Use um recurso visual para apresentar os pontos 1 a 5 a seguir, que resumem o primeiro tópico da lição. 1) Sempre houve maldade e dificuldades no mundo. (Veja Caim; a época do dilúvio; a escravidão dos hebreus; os anos de peregrinação no deserto; as guerras em Canaã...) 2) A busca por realização pessoal torna-se facilmente vaidade e egoísmo (Eclesiastes). 3) Deus abençoou os seres humanos e ordenou que tivessem filhos (Gn 1.28; 9.1). 4) Deus não Se agradou quando filhos foram evitados por motivos egoístas (Gn 38.8-10). 5) Deus dava filhos para abençoar casais (por exemplo: Isaque e Rebeca; Rute e Boaz; Elcana e Ana; Isabel e Zacarias). I. A Bíblia manda ter filhos? Hoje em dia há muitos casais jovens que não querem ter filhos por várias razões. 1. Alguns acham que o mundo é um caos Há casais que pensam não ser justo trazer uma criança para o mundo onde há tantas guerras e rumores de guerras, onde pessoas passam fome, onde há tanta violência e tantos desastres naturais como terremotos, tsunamis, etc. Mas quando lemos a palavra de Deus, notamos que é assim desde a criação do homem. No primeiro lar, houve homicídio; anos depois houve um grande desastre natural – o dilúvio – por causa da maldade e corrupção. Há relatos de muitas guerras e sofrimento no Antigo Testamento. Dificuldades fazem parte da vida! 2. Outrossão egoístas Há casais que decidem não ter filhos, pensando que filhos são incômodo ou peso financeiro, que filhos podem restringir sua realização pessoal, atrapalhar sua carreira, atrapalhar seu lazer e suas viagens. Afinal de contas, filhos dão despesas, trabalho, preocupação e exigem tempo. Após criar Adão e Eva, o primeiro casal, o Criador os abençoou e disse: “Sejam férteis e multipliquem-se!” (Gn 1.28 NVI). Em Gênesis 5.2, a bênção da criação foi reiterada. Quando Noé e sua família saíram da arca, Deus os abençoou e repetiu a ordem: “Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra!” (Gn 9.1 NVI). Desses versículos podemos afirmar que a procriação, em família, tem base bíblica. É interessante perceber que Deus puniu com a morte o filho de Judá que evitava que a viúva de seu irmão concebesse (Gn 38.8-10), pois não queria que ela gerasse filhos dele. Naquela época, se um homem morresse sem ter filhos, seu irmão deveria se casar com a viúva para que gerassem um filho que se tornaria herdeiro da herança e da bênção familiar do irmão falecido. Quando Deus queria abençoar um casal, Ele lhe dava filhos. Podemos ver isso explicitamente no caso de Isaque e Rebeca, de Rute e Boaz, de Elcana e Ana, de Zacarias e Isabel, casais que claramente foram abençoados pelo Senhor por meio de filhos. Claramente o plano de Deus é que o casal tenha filhos e, com certeza, eles são bênçãos do Senhor. Aplicação Deus criou a família e a presenteia com filhos como herança. Você está pronto para confiar na bondade de Deus e na providência Dele? Então, seja feliz com os filhos que o Senhor lhe presentear! Escreva num recurso visual a afirmação a seguir e pergunte: Você acha essa afirmação certa ou errada? “Antes de habilitar-se a ser pai ou mãe, é preciso aprender a ser marido ou esposa. Esse é um requisito fundamental para quem quer constituir uma família feliz...” (Filhos Autônomos, Filhos Felizes – Cris Poli – Editora Gente). Discuta o assunto com a classe. II. Por que ter filhos? Como já vimos, ter filhos é ordem do Criador (Gn 1.28). Como cristãos, devemos obedecer a essa ordem Dele. Sabemos que a Bíblia diz que os filhos são bênção ou dádiva do Senhor – um presente. Geralmente todo mundo gosta de receber presentes. O Salmo 127.5 também diz que os filhos trazem felicidade aos pais. Sem dúvida as crianças alegram o lar, e com crianças a família se completa. Entretanto, às vezes, há casais que desejam ter filhos para ajudar no próprio relacionamento. Sentem um vazio no casamento e acham que um filho será solução para o problema. Enquanto os filhos são dependentes dos pais, tudo vai bem, mas quando os filhos saem do ninho, aquele vazio no relacionamento volta. Essa é uma das razões pelas quais casais com mais de 25 anos de vida conjugal se separam. Aplicação Os filhos são presente de Deus que alegram e completam a família. Uma família também pode ser alegre e completa sem eles, enquanto for da vontade de Deus não enviá-los. Seu casamento é sólido e feliz? Você tem conseguido ser feliz com a família que Deus lhe deu? Liste no quadro as seguintes perguntas: a) Há tempo certo e tempo errado para ter filhos? b) Como saber o tempo certo de ter filhos? c) E se os filhos vierem fora do tempo planejado? d) E se vierem mais filhos do que o planejado? Discutam as questões à luz de Eclesiastes 3.1-2,11 e da soberania de Deus. Ele sabe o que é melhor para nós e está sempre no controle. III. Quando ter filhos? A Bíblia diz que “há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer” (Ec 3.1-2,11). Logo depois do casamento, pessoas perguntam ao casal: “Quando vão ter nenê?” Às vezes, casais sofrem pressão dos parentes, para ter um filho logo, especialmente dos pais que sonham ser avós. Esse é um assunto do casal. É bom que os recém-casados tenham tempo juntos antes de nascer o primeiro filho, pois assim farão os ajustes necessários no relacionamento e curtiram a nova vida a dois. É importante que cada casal tenha: maturidade emocional e espiritual para trazer um filho ao mundo, as finanças necessárias, etc. Mas nem sempre as coisas acontecem como planejadas! Às vezes, o planejamento familiar falha! Há casais que ficam desesperados com um “acidente”! A criança vai atrapalhar planos e sonhos, o orçamento. Vai ser uma tragédia! Mas essa “surpresa” pode ser uma grande bênção. O casal deve buscar a orientação do Senhor e confiar que Ele suprirá todas as suas necessidades, inclusive as do bebê também. Aplicação Eclesiastes 3.11 (NTLH) afirma que “Deus marcou o tempo certo para cada coisa”. Confiem que o Senhor está no controle! Num recurso visual, faça a seguinte tabela para auxiliar na apresentação do quarto tópico. Irmãos (filhos de Adão e Eva) Caim Agricultor Coração não agradou aoSenhor Abel Pastor deovelhas Coração agradou ao Senhor Irmãos (filhos de Isaque e Rebeca) Esaú Valente e caçador Preferido pelo pai Jacó Pacato ecaseiro Preferido pela mãe Distribua folhas de papel e caneta a todos. Peça que anotem o(s) nome(s) do(s) filho(s), suas qualidades e seus defeitos. Os casais devem fazer separadamente, e depois comparar o que registraram, trocando ideias a respeito. IV. Cada filho é igual? O Salmo 139.14 diz que Deus criou cada ser humano “de modo especial e admirável” (NVI). Cada criança é um indivíduo com suas feições físicas, seu temperamento e suas capacidades. Até as impressões digitais de cada ser humano são únicas. Veja como as primeiras duas crianças no mundo foram bem diferentes. Caim era agricultor, e Abel, pastor de ovelhas. Quando trouxeram ofertas ao Senhor, Deus viu o coração de ambos e não Se agradou da oferta de Caim por causa da atitude do coração dele (Gn 4.1-5). Também na família de Isaque vemos as diferenças entre os gêmeos, Esaú e Jacó. Esaú era homem valente, caçador habilidoso, parava pouco em casa, e Jacó era mais pacato, morava em casa e cuidava do rebanho. Os dois eram opostos, mas o problema maior nessa família era que a mãe amava mais a Jacó, e o pai amava mais a Esaú. Os pais demonstravam claramente a preferência de cada um (Gn 25.28). O resultado foi uma família totalmente desestruturada. Os pais precisam lembrar que cada filho é diferente. Há traços físicos semelhantes, mas, a não ser no caso de gêmeos idênticos, não há dois filhos exatamente iguais fisicamente. Também pode haver semelhanças de temperamento e capacidades, porém, não existem dois filhos iguais. Cada um é diferente e tem seu jeito de ser, agir e reagir. Cada filho tem necessidades diferenciadas. Cada filho é único! Um filho pode ser mais introvertido e quieto, outro extrovertido e bagunceiro. Os pais têm que respeitar as diferenças e tratar cada um como um indivíduo, sem fazer comparações entre os filhos. “Cada filho deve receber o que particularmente merece, seja crítica, seja elogio. Educação em bloco faz dos filhos um pelotão, e o que vale é a individualização.” (Seja feliz, meu filho – Içami Tiba). Aplicação Examine seu relacionamento com seus filhos. Você tem respeitado a individualidade de cada um? Você realmente os conhece? Sugestão Final Leve os alunos a refletir que cada pai “prestará contas” a Deus pelo que tem feito com a herança (os filhos) que Ele lhes deu. Proponha uma questão final: “O que fazer a fim de criar filhos para se tornarem homens e mulheres de Deus?” Liste no quadro as sugestões dos alunos. Sejam bem práticos. Imprima o DESAFIO DA SEMANA e incentive os alunos a fazê-lo. Conclusão Ser pai ou mãe é um grande privilégio, mas com o privilégio vem grande responsabilidade. Os lares estão se desintegrando, marido e mulher não se amam e não amam seus filhos como devem, não têm tempo para “criá-los”, e os filhos não têm respeito pelos pais. Devemos lembrar sempre que os filhos são “herança do Senhor”, um empréstimo Dele, e um dia vamos prestar contas a Deus da maneira pela qual criamos nossos filhos. Temos que prepará-los para ser independentes, tomar seu lugar na sociedade, ser bons cidadãos e formar os próprios lares conforme os princípios bíblicos.Desafio da semana Separe um tempo para agradecer a Deus por seus filhos, todos os dias desta semana. Registre no quadro o resultado. Dias da semana Agradeci ao Senhor por... Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Leia reflita e decida durante a semana SEG Gn1.26-31 Deus planejou a família. Qual a implicação dessa verdade para a sua vida? TER Sl127.1-5 Deus é o construtor da família. Então qual é o papel do casal? QUA Mt19.3-6 Jesus ensinou sobre o casamento. Você ensina seus filhos sobre o casamento bíblico? QUI Sl 139.13- 16 Deus gera cada filho no ventre da mãe. Vocês se sentem privilegiados em ser instrumentos de Deus no milagre da concepção? SEX Ec 3.1-2 Deus fez um tempo certo para tudo. Há um tempo certo para cada casal decidir ter filhos? SÁB Gn 25.22- 28 Deus dá diferentes personalidades aos filhos. Você respeita a individualidade de seus filhos? DOM Sl128.1-6 Você se esforça para ter tempo como família ao redor da mesa, pelo menos no domingo? 2 Meus pais eram assim... mas eu... Valdemberg R. Viana texto básico Meu Filho, Meu Discípulo 1.1-5 alvo da lição Ao estudar esta lição, você vai refletir sobre a maneira como seus pais influenciaram a sua vida e como você influencia a vida de seus filhos. O aluno será capaz de saber refletir como seus pais influenciaram sua vida; avaliar como tem influenciado a vida de seus filhos; sentir sentir gratidão pelas boas influências recebidas dos pais; desejar influenciar positivamente os filhos cada vez mais; agir tomar atitudes diárias para influenciar positivamente os filhos, como: orar por eles e com eles, ler a Bíblia com eles, dar-lhes exemplo de vida cristã autêntica. Sugestão Inicial Leve uma foto de seus pais e conte um pouco sobre eles. Em seguida, incentive os alunos a compartilharem com um colega ao lado como eram seus pais, as características mais marcantes deles. Divida a classe em seis grupos. Cada grupo vai conversar a respeito de uma das famílias citadas na Introdução e imaginar o que um dos personagens citados diria sobre o pai deles. Deixe que os alunos escolham em qual grupo preferem ficar e combine um tempo para o trabalho. No final, um aluno de cada grupo deve simular ser o filho do personagem bíblico para contar à classe como era seu pai. • “Meus pais eram assim” – O que alguns personagens bíblicos nos falariam? • Que segredos Rúben, José, Benjamim, Diná teriam a nos revelar sobre o pai (Jacó)? (Gn 29 a 50) • O que Roboão, Salomão, Amnom, Tamar teriam a nos dizer sobre a vida do pai deles (Davi)? (2Sm 13 e 14) • O que ouviríamos de Manassés acerca de seu pai (Ezequias)? (2Rs 18 a 20) • Que resposta teríamos de Timóteo se perguntado sobre sua mãe (Eunice) ou sua avó (Lóide)? (2Tm 1.5) • Pergunte a Isaque no dia que voltou da terra de Moriá, acerca de quem era seu pai (Abraão) (Gn 22.2). • Imagine uma visita à casa do “filho pródigo” no dia do seu retorno, uma conversa com ele e com o irmão dele, acerca do pai (Lc 15.11-32). • “Meus pais eram assim” – Sem pressa, “ouça” a história de cada um deles. Qual a força da influência que os pais deixam a seus filhos? Qual a mais valiosa herança que é passada de pais para filhos? Orientação Didática Acesse o link Recursos Didáticos no site: www.ensinodinamico.com , clique na série Adultos, coleção Família Cristã, para acessar os vídeos sugeridos a seguir e apresentá-los à classe. Para ajudar na discussão do primeiro ponto, 1. Influências negativas, apresente o vídeo: Children see, children do. Para ajudar na discussão do segundo ponto, 2. Influências positivas, apresente o vídeo: Ensine pelo exemplo. I. A influência dos pais na vida dos filhos Alguém já disse o que os pais devem deixar para os filhos: “exemplo, exemplo e exemplo”. Logicamente os filhos vão olhar para seus pais antes do que para qualquer outro ser humano. Daí a enorme responsabilidade dos pais. Imagine ouvir que sua filha quer se casar com um homem igualzinho a você. Ou que seu filho procura uma esposa que tenha os préstimos da mãe. Enquanto alguns pais investem para deixar a seus filhos apenas bens, educação ou bom nome familiar, quero encorajá-lo a pensar além dessa herança, de alguns princípios bíblicos que serão passados para gerações futuras. 1. Influências negativas A Bíblia nos conta como alguns pais influenciaram negativamente seus filhos, alguns por serem maus, outros por simples egoísmo ou negligência. a. A maldade de Atalia – Por mais incrível que possa parecer, alguns pais deixam uma herança de vergonha e vexame. Esse é o caso de Atalia, a mãe do rei Acazias, que “o aconselhava a proceder iniquamente” (2Cr 22.2-4). Já imaginou a mãe orientar o filho a fazer o que é mau? b. O conselho de Rebeca ao seu filho “predileto” foi o de usurpar o direito de primogenitura de seu irmão. Foi um erro que trouxe divisão à família. Ela ajudou o filho a enganar o próprio pai e o irmão (Gn 27.6- 13). c. A ausência de Davi no acompanhamento dos filhos trouxe problemas que ele mesmo não conseguiu resolver. Seu investimento estava nos problemas do reino, enquanto sua ausência em casa foi sentida e trouxe crises entre os filhos (2Sm 13-14). A sua didática no ensino a seu filho é do tipo: “faça o que eu digo, e não o que eu faço”? Ou você se esmera no ensino dele sendo bom exemplo? O que está deixando de herança a seus filhos? Aplicação Tome cuidado para não influenciar negativamente seus filhos, por meio de conversas inconvenientes, maus exemplos, maus conselhos ou simplesmente estando ausente da vida no lar! 2. Influências positivas São muitos os bons exemplos de pais que influenciaram positivamente a seus filhos na Bíblia. Vejamos alguns deles. a. Meu Filho, Meu Discípulo – Na linha de frente se destaca Meu Filho, Meu Discípulo, que habitualmente reunia os filhos e os santificava, pedindo perdão a Deus, com eles, pela possiblidade de terem pecado contra Deus. Dizia ele: “Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração” (Meu Filho, Meu Discípulo 1.4- 5). b. Mãe Eunice e avó Lóide – Elas assumiram a educação espiritual de Timóteo, que tinha pai descrente, e lhe passaram fé sem fingimento (2Tm 1.4-5). A influência foi tão importante que fez diferença na vida dele mesmo quando adulto (2Tm 3.14-15). c. O pai do filho pródigo – Logo após se munir de provisões que lhe trouxessem alguma segurança, o pródigo desejou sair de casa; só que ele não contava com uma desagradável novidade, “sobreveio àquele país uma grande fome”. Quando isso aconteceu, ele se lembrou da casa do pai (Lc 15.14-18). O que ele sempre viu, ouviu e sentiu na casa do pai lhe deram segurança para voltar. Aplicação O que você tem feito para influenciar positivamente seu filho? Você dá exemplo de temor a Deus, de oração, de estudo da Palavra, de amor, de compaixão, de disposição para perdoar? Apresente o segundo tópico de forma expositiva. Elabore um recurso visual com os subpontos do segundo ponto, 2. Manoá e sua esposa. Para encerrar o tópico, proponha questões reflexivas, como: “Quem está ensinando seus filhos? A mídia, por meio da TV, filmes, internet, programas sujos? A escola, que é alimentada por um sistema que não teme a Deus? Os coleguinhas, cujos maus hábitos corrompem os bons costumes?” II. Criando os filhos 1. Joquebede e Anrão “Leve este menino e o crie para mim, que eu pagarei pelo seu trabalho” (Êx 2.9 NTLH). Com essas palavras, a filha de Faraó encarregou a mãe de Moisés de criá-lo. Grande era a responsabilidade dessa mãe, que sabia que teria pouco tempo para ensinar a seu filho os princípios de Deus, pois em breve ele iria entrar em choque com o brilho e o glamour do palácio. Certamente Moisés compararia a sua vida em casa com a que o Egito lhe ofereceria. No tempo certo da escolha, os ensinos de Joquebede fizeram toda a diferença (Hb 11.23-27). 2. Manoá e sua esposa É notável a oração de Manoá acerca de seu filho que ainda nasceria: “Ah, Senhor meu, rogo-te que o homem de Deus... nos ensine o que devemos fazer com o menino quehá de nascer” (Jz 13.8). Devemos ter sempre essa iniciativa quando o assunto for criação de filhos. À semelhança de Joquebede e Anrão, a tarefa de Manoá e sua esposa não seria fácil. Mas percebemos alguns princípios que, sendo observados, nos ajudarão na criação de nossos filhos. a. A presença de Deus (Jz 13.3,9-11). Não é possível criar filhos sem a presença de Deus. Nenhum pai ou mãe, por mais conhecimento ou experiência que tenham, poderão fazer por um filho o que será feito pela dependência a Deus. Cultive nos seus filhos a importância do temor a Deus, por meio da leitura bíblica, da oração diária, dos cultos domésticos. b. O ensino de Deus (Jz 13.8,12). O pedido de Manoá era aprender como criar o filho. O Anjo do Senhor já havia dado as instruções a sua esposa, nada de novo foi acrescentado na segunda aparição, mesmo assim o Anjo voltou e repetiu as mesmas palavras, dado a importância do ensino de Deus aos filhos. É triste notar que, apesar do bom exemplo dos pais, Sansão não correspondeu à altura, fracassou. Aplicação Cultive nos seus filhos a importância do temor a Deus, por meio da leitura bíblica, da oração diária, dos cultos domésticos. Apresente o terceiro tópico de forma expositiva. Elabore um recurso visual com os pontos e subpontos. Para encerrar, proponha questões reflexivas, como: “Quando sua família enfrenta problemas, você age como Ana? Apesar dos problemas, mantém seus compromissos com Deus? Continua consagrando seus filhos ao Senhor? Compartilha os problemas com os filhos, para que a família, unida, ore e clame ao Senhor?” III. Criando filhos em meio a problemas familiares 1. A vida de Ana Ana dá bom exemplo aos pais que enfrentam lutas internas. Ela dividia a casa com outra mulher que também era esposa de seu marido. Os problemas internos se avolumaram na casa de Elcana por várias razões: ele tinha duas esposas; Penina tinha filhos e filhas, Ana não os tinha. Havia constante provocação de Penina a Ana (1Sm 1.6), que ficava magoada. Vejamos as saídas de Ana para esse problema: a. Ana chorava (1Sm 1.7-8). Um recurso natural muito usado pelas crianças quando as coisas lhes machucam. Creio que podemos recorrer mais vezes ao choro em lugar de reclamar, brigar ou nos defender. b. Ana não deixou seus compromissos com Deus. Ela teria razões para querer ficar em casa: os aborrecimentos com Penina; a amargura de alma que, às vezes, culminava na igreja, e os mal-entendidos por causa disso (1Sm 1.12-14). c. Ana consagrou seu filho ao Senhor. Mesmo tendo sido mal interpretada pelo pastor, mesmo sabendo que tal pastor falhara na criação dos próprios filhos, Ana se programou e trouxe Samuel para ser consagrado ao Senhor e viver para sempre na Casa do Senhor (1Sm 1.26- 28). Os problemas de ordem interna a levavam ainda para mais perto de Deus. 2. A família de Jacó Essa família teve muitos problemas. Imagine um ambiente com doze filhos homens, uma filha mulher, quatro mães e um pai! As desavenças naturais, os atritos comuns de uma família tão grande, o ciúme entre as esposas na disputa pela atenção do marido... O que aquelas crianças tinham para falar do ambiente caseiro? Divergências internas existem em todos os lares. A diferença está em que algumas famílias recorrem a Jesus, e os filhos precisam testemunhar isso, pois certamente será o que eles farão na família que formarem após o casamento. Aplicação Deixem que seus filhos os vejam buscar em Deus as soluções para as crises que aparecem. “Teus filhos, como rebentos da oliveira, à roda da tua mesa” (Sl 128.3). Compartilhem na mesa as lutas que enfrentam, dividam o peso, tirem tempo para comunhão. Pergunte se os alunos estão lembrados de filhos que aprenderam com erros e acertos de seus pais na Bíblia – por exemplo: a) Caim e Abel aprenderam com o erro de seus pais e sacrificavam ao Senhor em busca de perdão; b) os filhos de Noé aprenderam a temer a Deus com o pai deles; c) Isaque aprendeu a temer a Deus com seu pai, Abraão, mas também aprendeu a mentir para tentar se livrar de problemas; d) o príncipe Jônatas aprendeu com os erros de seu pai, Saul, e se manteve fiel a Davi, o escolhido do Senhor; e) Salomão aprendeu a buscar ao Senhor com seu pai Davi, que foi o “homem segundo o coração de Deus”; f) o rei Acazias, filho de Acabe e Jezabel, serviu a Baal e fez pecar a Israel, como seus pais; entre outros. Use os exemplos encontrados a fim de apresentar o quarto tópico da lição e discutir com a classe como aprender com os erros e com os acertos dos pais. IV. Aprendendo com os erros do pai No que tange a aprender com erros, precisamos ter discernimento e força para tirar proveito dos erros e não cometê-los. A promessa de Deus aos reis era: “Se andares perante mim como andou Davi, teu pai, com integridade de coração e com sinceridade... confirmarei o trono de teu reino sobre Israel para sempre...” (1Rs 9.4-5). Vários reis de Israel persistiram nos erros de seus pais. Um exemplo disso é Nadabe, filho de Jeroboão, que andou nos caminhos e pecados de seu pai, e fez o que era mau aos olhos de Deus (1Rs 15.25-26). Lembramos-nos de que nosso pai Abraão, quando morou em Gerar, cometeu um deslize em relação a sua esposa, ao afirmar aos moradores que era sua irmã (Gn 20.1-2). Anos mais tarde, seu filho cometeu o mesmo deslize e na mesma terra (Gn 26.6-7). Aplicação Quando você comete erros contra seu filho ou na presença dele, qual é a sua postura? Admita que errou e peça perdão; ensine seu filho como se trata pecados: com arrependimento e confissão (Tg 5.16). Sugestão Final Acesse o link Recursos Didáticos no site: www.ensinodinamico.com , clique na série Adultos, coleção Família Cristã, para acessar o vídeo O Impacto de um Pai na Vida do Filho e apresentá-lo à classe com a Conclusão. Conclusão Criar filhos é uma arte da qual Deus é o Pai. Você pode criá-los como foi criado, ao contrário da sua criação, poderá ainda criar segundo viu na mídia ou em acordo com um livro, mas Deus é o Criador e entende bem sobre filhos. Recorra a Ele na Sua Palavra e crie filhos segundo Deus. Que a sua oração mais constante seja: “Ensina-nos a criar filhos segundo Teus critérios e para a Tua glória”. Desafio da semana Quer influenciar positivamente seus filhos? Ore e leia pelo menos um versículo da Bíblia com eles, todos os dias desta semana. Registre no quadro o resultado. Dias da semana Orei e li a Bíblia com meus filhos? Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Leia reflita e decida durante a semana SEG Gn 1.26-31 Você encara seus pais como presentes de Deus? TER Gn 9.1-9 Que lição você aprende com Noé a respeito da paternidade? QUA Gn 20.1-12 Que mau exemplo Abraão deu a sua família? QUI Gn 26.1-11 Por que Isaque imitou o erro de seu pai, Abraão? SEX Êx 2.1-10 Como a mãe de Moisés conseguiu exercer influência sobre a vida dele em tão pouco tempo? SÁB Jz 13.2-14 Qual era a maior preocupação dos pais de Sansão? DOM 1Sm1.1-20 Como Ana enfrentou os problemas internos de sua família e educou seu filho? 3 Filhos precisam de pai Glauco Pereira texto básico Deuteronômio 6.4-7 alvo da lição Ao estudar esta lição, você será capaz de refletir sobre a importância da paternidade na vida dos filhos e analisar o papel do pai no relacionamento e na educação dos filhos. O aluno será capaz de saber refletir sobre a importância da paternidade; analisar o papel que Deus delegou ao pai; sentir sentir-se responsável pela educação e pela liderança espiritual de seus filhos; agir dar bom exemplo aos filhos; ensinar os filhos a temerem e amarem o Senhor; liderar sua família com amor e sabedoria rumo à santidade. Sugestão Inicial Proponha um debate: “Quem é mais importante para os filhos: o pai ou a mãe?” Deixe os alunos se organizarem conforme o que acreditam – um grupo para quem acredita que é a mãe e o outro para o pai. Combine um tempo para organizarem argumentos e escolherem duas pessoas para defendê-los. Convide os quatro representantes para irem à frente e apresentarem os argumentos levantadospelos grupos. Valorize quando forem mencionadas referências bíblicas. Encerre dizendo que tanto o pai como a mãe são essenciais aos filhos, por isso Deus constituiu a família pai-mãe-filhos. Diga que, nesta lição, a ênfase estará no que a Bíblia diz sobre a importância do pai e seu papel no lar. Essa dinâmica o ajudará a apresentar a Introdução e o primeiro tópico da lição. A sociedade moderna tem descartado a importância do pai, tanto para a estrutura familiar, como para a vida dos filhos. Por essa razão, é essencial estudar à luz da Bíblia a relevância do pai na vida dos filhos e a promessa de Deus aos filhos no relacionamento com o pai. I. O pai na estrutura familiar - por que o pai é importante? O conceito de paternidade começa com o próprio Deus na eternidade. A Bíblia diz que o Senhor Jesus é o Filho de Deus e que o propósito de Deus Pai é formar uma família com muitos filhos (Jo 1.1-2,14,18; Ef 2.18-19; 3.14-15). Por intermédio do Senhor Jesus, somos adotados como filhos e passamos a desfrutar dessa paternidade divina (Jo 1.12; Rm 8.14-17). Foi com essa proposta paternal que o nosso Deus instituiu a família. Após a criação de Adão e Eva, o Senhor estabeleceu que: “... deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24). O fruto dessa união são os filhos (Gn 1.28). Percebe-se pelos textos citados que a estrutura familiar, segundo a Bíblia, é constituída de pai, mãe e filhos. Sendo assim, o pai é importante porque é o progenitor, aquele que traz os filhos à existência, e isso como bênção de Deus, para formar uma família na terra e nos céus. Por meio do pai, o Deus Pai inicia uma família celestial, ou seja, a família da terra que invoca o Pai celestial (Gn 4.26; Mt 23.9). Nosso relacionamento com o pai terreno é uma preparação para o relacionamento com o Deus Pai. Essa preparação é vivida no dia a dia e serve como treinamento para a eternidade. Por isso, agora vamos estudar as características e as responsabilidades do pai terreno. Aplicação Há em sua vida características do Pai celestial, como: amor, presença, graça, disciplina, cuidado? Orientação Didática Elabore um recurso visual com o assunto do primeiro e do segundo tópicos, apresentando-o em formato de esquema. Veja a seguir. II. Características e responsabilidades bíblicas do pai Pensando na importância do pai e o que ele representa para a família, podemos entender que a primeira característica do pai é a de educador. Como na estrutura familiar ele é o progenitor; depois, de forma mais participativa na vida do filho, ele é aquele que conduz o menino “no caminho em que deve andar” (Pv 22.6). Essa figura de educador é central nos propósitos de Deus para o pai. Vê-se isso pela descrição que a Bíblia faz em Deuteronômio 6.1-9. Após Deus revelar os mandamentos, diz: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (v.6-7). Esse texto revela que Deus responsabilizou o pai com a tarefa de educar o filho nos caminhos do Senhor, ensinando Sua vontade no dia a dia, em todos os momentos. Isso é tão notório que, sempre que os filhos erraram, Deus cobrou dos pais, se estes não cumpriram sua função, como no caso de Eli e seus filhos (1Sm 2.22-36). Em Provérbios 22.6, percebemos que há uma responsabilidade na educação moral dos filhos. É no contexto de injustiça, imoralidade, mentira e maldade que o Senhor diz: “Ensina a criança no caminho em que deve andar”; essa criança precisa ser preservada do caminho da mulher adúltera, do homem perverso, soberbo e daquele que se apressa em fazer o mal. O pai educa os filhos, levando-os a Deus (Meu Filho, Meu Discípulo 1.5). Ele também disciplina e admoesta conforme conselhos do Senhor, ou seja, em todas as coisas, o padrão tanto religioso como moral a ser seguido é a palavra de Deus (Ef 6.4). Outra característica do pai é o governo sobre a família e os filhos. Além das histórias bíblicas em que a figura do pai é essencial, vê-se que Deus tirou do contexto familiar a estrutura para a Sua Igreja. A Bíblia afirma que o homem que não governa bem sua casa, mantendo os filhos em disciplina, não pode cuidar da igreja de Deus (1Tm 3.5). Ao pai foi dada a responsabilidade de governar, isso quer dizer que ele deve cuidar, trazer os recursos e proteger (1Tm 5.8; Pv 29.17). Aplicação Quais características de pai, segundo a Bíblia, são notórias em sua vida? Pensando nos textos bíblicos da lição, o pai caminha com o filho no processo de educá-lo para a vida e para Deus. Você tem dedicado tempo para caminhar junto a seu filho e ensinar-lhe todas as coisas? Faça um autoexame sobre seu papel de educador, provedor e cuidador. Apresente o terceiro tópico de forma expositiva. Elabore um recurso visual com os pontos 1, 2 e 3. Depois, peça aos alunos que conversem com o colega ao lado sobre as seguintes questões: a) Você já agiu de maneira semelhante a seu pai ou a sua mãe? O que fez parecido com eles? Foi algo bom ou ruim? b) Seu filho já agiu de maneira semelhante a você alguma vez? Como foi? c) O que você gostaria que seu filho imitasse em você? d) E o que gostaria que ele não imitasse? e) Seu filho pode imitá-lo na maneira como trata sua mulher (seu marido)? Pode imitá-lo na maneira como lida com o dinheiro? Na maneira como lê a Bíblia? Na maneira como ora? III. Um pai a ser imitado Quando se trata de paternidade, a Bíblia utiliza-se de ideais a ser perseguidos. Por essa razão, um dos ideais para a paternidade é a imitação. É evidenciado pela natureza que os filhos seguem modelos, o que acontece na realidade do dia a dia, mas é muito mais real no convívio familiar. Os filhos crescem desejando ser parecidos com seus pais. Percebe-se que há um processo natural, pois os trejeitos são transmitidos no processo de convivência e educação. É muito comum ver filhos caminhando e falando como o pai, e ainda obtendo as mesmas crenças e convicções do pai. Esse processo de imitação pode ser bom ou ruim: bom se o pai for idôneo, e ruim se não tiver bom caráter. Vamos estudar três aspectos essenciais no processo de imitação para uma boa formação de nossos filhos. 1. A sabedoria de pai No livro de Provérbios, o pai clama a sabedoria ao filho. “Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos e vive; adquire a sabedoria...” (Pv 4.4-5). Devido à experiência de vida e ao conteúdo do conhecimento de Deus, o pai é aquele indivíduo que conduz o filho por caminhos agradáveis. Podemos perceber essa sabedoria na vida e nas palavras do pai, do capítulo 4 de Provérbios. Em primeiro lugar, conduz o filho na sabedoria pelo exemplo do andar (Pv 4.11-12). Ele diz que o andar em sabedoria protege, exalta, honra e produz muitos dias de vida. Percebe-se que todas as palavras possuem significado prático, pois, ao seguir os caminhos do pai, o filho será guardado do mal, da mulher adúltera e das injustiças que poderão bater à sua porta. As palavras não possuem autoridade em si mesmas, mas o viver bem e para a glória de Deus conduzirá o filho à imitação de um pai sábio e prudente. 2. O amor paternal Outro exemplo importante é o amor. Em Efésios 5.1-2, temos a maior expressão de imitação que um filho pode receber: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor...”. Seguindo o modelo de paternidade divina, o pai terreno é aquele que dispensa amor ao filho. A imitação aqui não é uma reprodução mecânica de outrem, mas imitação representativa e inteligente. Por meio do amor, o pai conduz o filho para ser alguém que ama a Deus. Essa imitação acontece por meio de posturas e ensinamento, em que o pai caminha com o filho no dia a dia, demonstrando amor e carinho. 3. O caráter de Cristo Na Bíblia, temos exemplos de ações paternas boas e também ruins. Essas ações são frutos do caráter do pai. O caráter é o que o pai é, sua índole que passa a ser conhecida por palavras e ações. É nessa perspectiva que a Bíblia relacionacaráter à paternidade e, no caso de um cristão, a Cristo. O apóstolo Paulo, em Gálatas 4.19, faz uma declaração importante: “meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós”. Aqui o apóstolo compreende que, como pai espiritual, precisa inculcar em seus filhos o caráter que ele mesmo havia recebido, ou seja, caráter semelhante a Jesus. Vê-se que, obtendo bom caráter cristão, ele pode batalhar pelo filho em oração, tendo como propósito formar, pela própria vivência, um bom caráter no filho. Outro texto que chama a atenção está em 1Pedro 1.14-17. Nele temos um padrão de caráter de Cristo baseado na paternidade de Deus. A Bíblia condiciona os filhos à obediência: “Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente...”. Ela relaciona essa atitude ao caráter santo de Deus e outra vez condiciona o caráter à paternidade: “Ora, se invocais como Pai aquele que... julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor...”. Esse texto nos mostra que o filho pode ter caráter aprovado seguindo um bom exemplo do pai, que pode aplicar uma disciplina condicional a fim de promover, no coração do filho, o desejo de agradar a Deus. O pai é aquele que, pelo caráter de Cristo, conduz seus filhos no temor do Senhor e na integridade de vida, para que eles obedeçam às palavras do Senhor: “Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.16). Aplicação Nossa vida é um livro aberto e lido por todas as pessoas, mas principalmente pelos nossos filhos. Sendo assim, quando seu filho lê sua vida, o que ele encontra? Nunca se esqueça de que o pai é o primeiro a revelar o caráter de Deus a seu filho. Sugestão Final Acesse o link Recursos Didáticos no site: www.ensinodinamico.com , clique na série Adultos, coleção Família Cristã, para acessar o vídeo sugerido a seguir e apresentá- lo novamente à classe com a Conclusão (mesmo vídeo sugerido para a Conclusão da Lição 2). vídeo: O Impacto de um Pai na Vida do Filho Converse com os alunos a respeito, desta vez enfocando o papel do pai. Conclusão Estes são tempos de crise na família. Há uma desvalorização dos papéis dentro do lar; e talvez, maior ainda, seja o desinteresse dos pais em compreender seu papel e sua razão de ser na família e sociedade. Que mediante a Palavra de Deus, possamos ser melhores pais e bons ícones na história de vida dos filhos! Desafio da semana Assuma a responsabilidade de educar seus filhos no Senhor. Converse com eles sobre um ensino bíblico ou valor cristão todos os dias desta semana. Registre no quadro o resultado. Dias da semana Ensino bíblico ou valor cristão conversado Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Aplicação para conselheiros de pais O conselheiro de pais precisa ter clara compreensão dos papéis dos pais: a) Qual a relação entre a paternidade divina e paternidade terrena? b) O amor e o cuidado do pai têm sido evidenciados no filho? c) O pai tem suprido as necessidades espirituais e materiais do filho? d) Quanto o pai tem se dedicado ao filho? Há investimento de tempo? O pai é presente? O conselheiro de pais pode ajudar oferecendo dicas práticas, por exemplo: a) Reserve um tempinho diário para conversar e orar com seus filhos. b) Crie um programa simples de leitura da Bíblia com seus filhos. c) Converse sobre assuntos da vida e da igreja, sempre motivando para que cresçam e façam o melhor para Deus e para a sociedade. d) Dedique um tempo de entretenimento, diversão e passeios. Leia reflita e decida durante a semana SEG Dt 6.4-7 O que ensinar aos filhos? TER Pv 4.1-10 Qual é o segredo de uma vida longa? QUA Pv 22.6 Qual é o segredo de não desviar do Caminho? QUI Ef 5.1-2 A quem e o que devemos imitar? SEX Ef 6.1-4 Quais os deveres dos filhos com seus pais? SÁB Gl 4.19 O dever de levar os filhos à semelhança de Cristo. DOM 1Pe 1.13-21 Qual o desafio da obediência para os filhos? 4 Filhos precisam de mãe Odila Braga de Oliveira texto básico Deuteronômio 6.4-7 alvo da lição Ao estudar esta lição, você será capaz de refletir sobre a importância da paternidade na vida dos filhos e analisar o papel do pai no relacionamento e na educação dos filhos. O aluno será capaz de saber refletir nos propósitos de Deus ao torná-la mãe;analisar o papel que Deus delegou às mães; sentir sentir-se responsável pelo cuidado e pela educação dos filhos; agir amar os filhos e cuidar deles; ensiná-los e corrigi-los; orar pelos filhos. Sugestão Inicial Escreva no quadro a seguinte pergunta: “Por que filhos precisam de mãe?” Incentive a participação dos alunos e anote as respostas em forma de lista no quadro. A maternidade nasceu no coração de Deus. Foi Ele quem idealizou e criou a família com pai, mãe e filhos. Foi Ele quem deu aos pais autoridade e responsabilidade sobre seus filhos (Gn 2.18; 1.27-28). Também foi Ele quem escolheu você para ser mãe de seus filhos. Filhos são presentes de Deus (Sl 127.3). Cabe a você o dever de agradecer ao Pai esse presente que Ele lhe deu (1Ts 5.18). Mãe é segurança, é apoio, é afeição, é estar sempre por perto promovendo a paz e a dinâmica do lar. Aplicação Pare! Ore! Avalie o seu desempenho como mãe. Que nota você merece? Que tipo de mãe é você? Deus espera que você seja uma mãe brilhante! Apresente o primeiro tópico de maneira expositiva e pergunte à classe: “O que faz uma criança realmente se sentir amada?” Depois pergunte: “Como a mãe pode demonstrar, na prática, amor por seus filhos?” Faça uma nova lista no quadro com as sugestões dos alunos. Aplicação Pare! Ore! Avalie o seu desempenho como mãe. Que nota você merece? Que tipo de mãe é você? Peça a Deus que faça de você mãe segundo o coração Dele. I. Filhos precisam de mãe que ame (Tt 2.3-5) A palavra de Deus descreve o amor divino (1Co 13.4-8) Esse é o amor de mãe. A mãe deve tratar seus filhos com afeição, carinho, respeito, paciência, estando sempre preparada para responder às perguntas dos menorzinhos, dos maiorzinhos, dos adolescentes, dos jovens e dos casados. Entretanto, antes de expressar esse amor aos filhos, a mãe deve expressar seu amor a Deus, a seu cônjuge. É um amor incondicional. Os pequeninos têm necessidade da manifestação do amor materno: colo, carinho, abraço, beijo, oferecimento do ombro. Presentes, brinquedos, roupas, dinheiro, fazer os gostos, nem sempre são demonstrações de amor. Amar é estar junto, conectada aos filhos, num tempo de qualidade, saudável, aprazível. Amar com palavras que se completam em ações. Esse relacionamento enriquece a vida dos filhos e da mãe. Naturalmente ajudará na construção de um forte laço de união familiar. Esse amor deve estender-se até aos filhos adultos, netos e bisnetos. Um questionamento constante da mãe deve ser: “Nessa idade em que meu filho está, quais são as suas necessidades básicas?” Ela deve procurar ser sensível às necessidades dos filhos. A satisfação dessas necessidades deve ser conforme o bom senso. Aplicação Escreve Leandro Tarrataca: “... a alegria de uma casa é o amor; a riqueza de uma casa são os filhos... o conforto de uma casa é Deus”. Faça do seu lar um “ninho de amor”. Comece hoje! Apresente o segundo tópico de maneira expositiva e pergunte à classe: “Que cuidados são essenciais para a vida da criança?” Depois pergunte: “Quais as atitudes da mãe que cuida?” Faça uma nova lista no quadro com as sugestões dos alunos. Por fim, pergunte: “Que atitudes parecem cuidado, mas na verdade são exageros e prejudicam o desenvolvimento dos filhos?” Acesse o link Recursos Didáticos no site: www.ensinodinamico.com , clique na série Adultos, coleção Família Cristã, para acessar ao vídeo: Superproteção Pode Gerar Adultos Inseguros e Tristes e apresente-o à classe. Em seguida, promova uma breve discussão a respeito. II. Filhos precisam de mãe que cuide (Rt 4.13-16) Cuidar é zelar, tomar conta, dar atenção, suprir as necessidades. Os animais cuidam dos seus filhos. As aves cuidam dos seus filhotes (Dt 32.11). “Noemi tomou o menino, e o pôs no regaço, e entrou a cuidar dele” (Rt4.16). Aqui temos a avó ajudando a nora a cuidar do filhinho. Que bonita história! Como mãe, você deve cuidar dos seus filhos. Cuidar da saúde física, mental, social, intelectual, emocional e religiosa. Cuidar da alimentação, da higiene, do vestuário, da vida espiritual. Para que isso se torne realidade, é necessário dedicar tempo aos filhos, colocando-os como prioridade. Isso só será possível quando a mãe está presente. Sem estar na presença dos filhos, é impossível educá-los. Cuidar é estar atenta ao que o filho vê na televisão, lê em revista; como está usando a internet, o celular e até com suas companhias na escola ou em brincadeiras. Cuidar é também selecionar as amizades dos filhos, preocupar-se com seu estudo, com as tarefas escolares. Aplicação Filhos precisam de mãe que cuide com firmeza. Essa tarefa não pode ser delegada a outra pessoa ou instituição. É privilégio e responsabilidade da mãe. Apresente o terceiro tópico de maneira expositiva e pergunte à classe: “O que é essencial que uma mãe ensine a seu filho?”. Novamente, elabore uma lista no quadro com as sugestões dadas pelos alunos. III. Filhos precisam de mãe que ensine (2Tm 1.3-7; Pv 22.6) A mãe é a pessoa indicada para ensinar os filhos. Ela deve ensiná-los a ser responsáveis por suas atitudes, a ser sociáveis: a desenvolver empatia, a saber ouvir, a dar atenção aos mais velhos, a ser educado, ser simpático, a dar respostas coerentes e amáveis, ter bom humor. Cumprir os compromissos assumidos. Os filhos precisam aprender a amar o próximo, a ter compaixão, a exercer a prática da misericórdia. Eles devem aprender pelo exemplo. A mãe cristã deve ser misericordiosa, deve ter compaixão dos necessitados. É importante que a mãe seja obediente à palavra de Deus. Os filhos precisam aprender a amar a Deus sobre todas as coisas, a amar a Sua Palavra (Dt 6.6-7). Só a mulher sábia é capaz de ensinar seus filhos do modo como Deus recomenda em Sua Palavra. Eunice e Lóide foram sábias e souberam ensinar Timóteo. Mãe, ensine o seu filho a reconhecer limites e consequências, a conhecer o Senhor e Sua Palavra, a distinguir o certo do errado, a ser trabalhador, estudioso e responsável, a se responsabilizar pelos próprios atos, a cumprir seus deveres: na família, na igreja, na escola, na sociedade, na pátria. Ensine o seu filho a respeitar as autoridades constituídas, porque toda autoridade vem de Deus. Se o seu desejo, mãe, é que seus filhos sejam tementes a Deus, ensine-os a orar, a estudar a Bíblia, a frequentar a igreja. Institua na sua casa o culto doméstico, hora em que a família faz uma pausa nos seus afazeres e, em conjunto, adora a Deus. Aplicação O culto doméstico é a chave para o sucesso da família. Ensine versículos da Bíblia, cânticos espirituais, hinos. Comece hoje! Escreva os versículos bíblicos do quarto tópico num recurso visual para que fiquem à vista dos alunos o tempo todo. Apresente o quarto tópico de maneira expositiva e pergunte à classe: “Por que a Bíblia diz que é necessário disciplinar os filhos?”. E depois: “Para que disciplinar?” e “Como disciplinar?” – oriente os alunos a responderem essas perguntas à luz dos textos bíblicos estudados. IV. Filhos precisam de mãe que corrija (Hb 12.3-11) Filhos precisam de correção. A carta aos Hebreus diz que o filho sem correção não é filho, é bastardo (Hb 12.8). A mãe que ama, corrige (Hb 12.6). A palavra de Deus manda disciplinar os filhos. A mãe cristã tem o dever de corrigir seus filhos. Aquela que não corrige está desobedecendo a Deus. Se a mãe ama seu filho, ela o corrige. A correção não é optativa, é ordem bíblica (Pv 29.17; 19.18). Disciplinar os filhos é olhar para além do momento presente. A correção é importante para a vida futura deles e deve começar bem cedo. A base e o sucesso da disciplina é o amor (Hb 12.6). Quem ama corrige com amor. Apresente o quinto tópico de maneira expositiva e distribua à classe folhas de papel e caneta. Oriente cada casal ou mãe a escrever uma oração em favor de seus filhos. V. Filhos precisam de mãe que ore (1Sm 1.24-27) Todo Filho Precisa de uma Mãe que Ora. Esse é o título do livro escrito por Fern Nichols (Editora Hagnos). Seria muito proveitoso se todas as mães fizessem essa leitura. Creio fielmente no poder da oração. Somente a sabedoria dada por Deus às mães é capaz de livrar os filhos da influência do mundo, pois o mundo jaz no Maligno (1Jo 5.19). Quando se coloca Deus em primeiro lugar na vida, quando se pede a Ele a sabedoria necessária para se tornar uma mãe temente e obediente aos Seus mandamentos, é que se consegue a sabedoria do alto para educar os filhos no caminho correto, nos caminhos do Senhor. É da competência da mãe cristã organizar sua vida de tal forma que ela tenha, diariamente, um tempo especial com Deus. Ore por seus filhos. Fale com o Senhor sobre eles e fale com eles sobre o Senhor. Abra o seu coração perante o Senhor. Peça a Deus que a capacite para cumprir tão honrosa e desafiadora tarefa: ser mãe. A mãe que ora terá influência positiva enorme na vida dos filhos. Ao levar seus filhos pequenos à noite para a cama, ore com eles e por eles. Ensine seus filhos a orar. Leve-os, pelo exemplo, a crer no Deus Criador de todas as coisas que você crê, a amar o Jesus que você ama, porque Ele nos amou primeiro. A mãe precisa confiar seus filhos a Deus. O que eles virão a ser não depende somente daquilo que a mãe fez, mas, principalmente, daquilo que Deus fez, faz e continuará a fazer. Confie seus filhos a Deus. Meu Filho, Meu Discípulo, homem íntegro e reto, levantava- se de madrugada para orar por seus filhos (Meu Filho, Meu Discípulo 1.5). Hoje as mães têm a mesma obrigação. “Levanta-te, clama de noite... derrama, como água, o coração perante o Senhor; levanta a ele as mãos, pela vida de teus filhinhos...” (Lm 2.19). Aplicação A oração é a coisa mais importante que a mãe poderá fazer pela vida dos filhos (Tg 5.16). Creia nisso! Encaminhe seus filhos a Jesus, por meio da oração. Ore! Ore! Ore! Sugestão Final Peça que cada mãe (e os pais também), diante do que foi estudado, identifique uma área que precisa melhorar. Abaixo da oração que escreveu, ela deve registrar que atitudes práticas precisa tomar no dia a dia para melhorar. Conclusão Criar filhos é tarefa intransferível. Exige tempo, paciência, amor. Além de educar, a mãe cristã tem a missão de levar os filhos a Cristo. A Bíblia é um farto manual de instrução para isso. Ela mostra Deus abençoando a mãe e a mãe obedecendo a Deus. Desafio da semana Que tal um desafio por dia nesta semana? Seja você pai ou mãe, registre no quadro o resultado. Dias da semana Desafio Resultado Segunda-feira Uma maneira diferente de demonstrar amor por meu filho Serça-feira Uma maneira diferente de cuidar do meu filho Quarta-feira Uma maneira diferente de ajudá-lo a se tornarindependente Quinta-feira Um ensino bíblico importante para a vida dele Sexta-feira Algo que precisava ser corrigido na vida dele Sábado Um tempo especial de oração por ele Leia reflita e decida durante a semana SEG 2Tm 1.4-5; 3.14-15 Como Timóteo herdou a fé de seus antepassados? TER 2Sm 21.8-14 Até onde vai o amor de mãe? QUA Êx 2.1-10 Por que Moisés chorava? QUI Gn 21.9-21 Que tipo de mãe foi Hagar? SEX Tt 2.3-5 O que as mulheres idosas podem ensinar às mais novas? SÁB Rt 4.13-17 Para que serve uma avó? DOM Pv 31.10-31 Mãe amada, mulher louvada? 5 Pais que oram Jessé F. Bispo texto básico Meu Filho, Meu Discípulo 1.5 alvo da lição Ao estudar esta lição, você será capaz de perceber a importância dos pais orarem por seus filhos. O aluno será capaz de saber perceber a importância dos pais orarem por seus filhos;valorizar a oração; sentir sentir esperança e confiança no Deus que escuta e responde as orações;sentir-se motivado a orar mais pelos filhos; agir orar pelos filhos. Sugestão Inicial Proponha algumas perguntas à classe: • Que se pode fazer pelo filho quando ainda está no ventre? • Que fazer quando um filho está muito doente? • Que fazer quando um filho se torna rebeldee se recusa a ouvir os conselhos dos pais? • Que fazer quando um filho se envolve com drogas? • Que fazer quando um filho se afasta do Senhor? • Que fazer para evitar que um filho se afaste do Senhor? Dentre as várias respostas que os alunos podem dar, enfatize quando alguém responder que os pais devem orar. O exercício da oração pelos filhos deve ser atitude permanente e persistente. Permanente por se tratar de um relacionamento que dura a vida inteira. A biografia de Meu Filho, Meu Discípulo deixa o registro de que a oração era uma prática constante dele por seus filhos (Meu Filho, Meu Discípulo 1.5). Mesmo quando se tornarem adultos e formarem famílias, devemos continuar a orar por eles. Persistente, em especial nas situações críticas quando não podemos desistir de lutar por desafios que a vida os expõe. A humildade, a dependência de Deus e a confiança Nele são ingredientes para alcançarmos Suas bênçãos para os nossos filhos. Uma mulher cananeia mostrou tais atributos diante de uma grande aflição que sua filha sofria, pois forças malignas a dominavam e a faziam sofrer. Essa mãe foi a Jesus, sabendo que Ele podia fazer coisas boas por ela. Ela superou barreiras e alcançou o favor do Senhor. É isso que nossa lição de hoje deseja estimular. Vamos examinar alguns princípios para esse tema. Orientação Didática Divida a classe em três grupos. Deixe que os alunos escolham por afinidade. • O grupo 1 estudará o primeiro tópico da lição. Preferencialmente deve ser formado por pais que desejam ter um filho ou que estão gestando um bebê. Também podem ser avós que aguardam netinhos. • O grupo 2 estudará o segundo tópico da lição. Preferencialmente deve ser formado por pais ou avós cujos filhos ou netos precisam de oração porque estão enfrentando lutas, como doenças, más amizades, rebeldia, drogas, entre outros. • O grupo 3 estudará o terceiro tópico da lição. Deve ser formado pelos pais que não se identificaram com os dois primeiros grupos e que desejam orar individualmente por seus filhos. Oriente os grupos a estudarem os tópicos e as referências bíblicas neles contidas. Combine um tempo para essa tarefa. Terminado o tempo, os grupos devem apresentar os tópicos à classe. Assim que cada grupo encerrar a apresentação do seu tópico, os integrantes devem se juntar a dois ou três colegas de outro grupo para juntos orarem por seus filhos com ênfase no assunto do tópico apresentado. Dessa maneira os três primeiros tópicos da lição serão ministrados. I. A oração antes do nascimento dos filhos O desafio de educar uma vida é extremamente complexo. Existem dificuldades que naturalmente não somos capazes de enfrentar. Mesmo com boa formação, em diversas ocasiões, os pais se sentem pequenos e limitados. A oração é o melhor instrumento para ajudar a cumprir essa tarefa. Para os casais que ainda não são pais, um bom princípio é pedir a orientação de Deus. Foi o que fez Manoá, pai de Sansão. Ele orou pedindo ao Senhor a instrução do que fazer com o filho que estava por vir (Jz 13.8). Em momento posterior, ele não só pediu a orientação quanto à forma de criação, como também o entendimento do que esse menino ia ser no futuro (Jz 13.12). Veja a riqueza que existe na dinâmica da oração. Ela nos capacita a ser o que ainda não somos e, ao mesmo tempo, nos dá uma visão da natureza específica de cada filho. Isso nos ensina sobre a individualidade. Vemos claramente esta situação com pais que têm mais de um filho. Os filhos são diferentes; podem vestir as mesmas roupas; comer os mesmos tipos de alimentos; dormir no mesmo quarto; e mesmo assim são diferentes. A oração é um caminho para conhecer as particularidades. Ela nos ajuda a discernir perfil e tendência de cada filho. A história de Ana, mãe de Samuel, deixa ensinos para quem se prepara para ter filhos. Primeiro, porque, diferente da maioria das mulheres, ela não engravidava. Havia uma profunda angústia em sua alma por esse fato. Ela mostra a beleza de buscar do Autor da vida a oportunidade de um milagre, mas também desenvolve, no exercício da oração, um ato de entrega. Ana declara a Deus que dedicará esse filho ao Senhor por todos os dias de sua vida (1Sm 1.11). Quem lê sua história verifica que não foi uma daquelas orações que pede, mas não faz. Ela soube cumprir, e não fez isso com constrangimento ou como se fosse fardo. Aplicação Em vez de dar tanta importância à aquisição de recursos, preparo de enxovais, escolha do nome, vamos dar maior ênfase na prática da oração antes do nascimento dos filhos. II. A oração enquanto a resposta não vem Nas diversas fases da formação de nossos filhos, há desafios a ser superados, seja na infância, na adolescência, na juventude e até depois de adultos. Alguns desses desafios são como verdadeiros Golias a ser vencidos. As áreas em que esses gigantes atuam são as mais variadas, como vícios, idolatria, violência, criminalidade, promiscuidade, rebeldia. Nem sempre a resposta às nossas orações é alcançada de forma imediata. Muitos pais lutam por anos; outros, por décadas pela conquista de seus objetivos. A história registra bons exemplos de pessoas que esperaram em Deus por conquistas de suas orações. Elas decoraram versículos, formaram ou buscaram grupos de oração, mantiveram viva a fé enquanto aguardavam a concretização de seus sonhos. Puderam ter tranquilidade diante de um filho morto, como a mulher de Suném para dizer que estava tudo bem (2Rs 4.26). Somente a oração pode dar tal equilíbrio. Além disso, tais pessoas encontram em Deus capacidade para encorajar outros na fé. Aplicação Um elemento-chave para enfrentar as lutas é a esperança. O mesmo Deus, que deu a vitória a Davi, ainda continua a dar vitória frente aos nossos Golias. Não desista de orar por seus filhos, ainda que todos digam que não há mais jeito. III. A oração com os filhos e pelos filhos Meu Filho, Meu Discípulo nos deixa um precioso testemunho. Ele levantava de madrugada para orar por seus filhos. Isso mostra dedicação para essa sublime tarefa. Ele orava no momento do silêncio e entrava na presença de Deus para algo que entendia ser fundamental. Ele fazia isso num horário que poderia desfrutar de gostoso sono. Mas seus filhos eram mais importantes que seu conforto. E ao mesmo tempo, ele também via Deus como o centro de sua existência. Meu Filho, Meu Discípulo entendia a soberania de Deus e tinha consciência de que os filhos pertencem ao Senhor. Ele não viu no tempo da oração apenas uma atividade religiosa, e sim um prazeroso momento com Deus. Por isso, nada de orar por atacado em favor de todos eles, e depois voltar para a cama e dormir de novo. Meu Filho, Meu Discípulo entendia que devia orar por eles, nominalmente. Na quietude da madrugada, ele tinha condições de ouvir as instruções de Deus e entender melhor a vontade divina para cada um de seus filhos. Algo relevante é que Meu Filho, Meu Discípulo se apresenta como homem justo, íntegro, temente a Deus e que evitava fazer o mal (Meu Filho, Meu Discípulo 1.1). A oração é elemento-chave no processo da formação de nossos filhos, mas não deve ser exercitada separada de um bom testemunho. A visão específica sobre um ou mais filhos dará condições de orientação quanto ao futuro. O patriarca Jacó, em seu leito de morte, fez isso por duas vezes. Primeiro ao abençoar seus netos Manassés e Efraim, filhos de seu filho José. Ele abençoou o caçula com a bênção especial que por direito pertencia ao mais velho. Sabemos que não fez isso por impulso. Foi seu relacionamento íntimo com Deus por meio da oração que lhe faz entender essa verdade. Depois abençoou cada um de seus filhos, falando claramente a cada um deles em relação ao futuro. Que coisa linda ver um homem com quase cento e cinquenta anos ter ainda lucidez da realidade do mundo ao seu redor e do papel de seus filhos nele. Aplicação Consagre um tempo diário para orar por seus filhos, um momento para poder conhecer os propósitos de Deus para cada um deles. Planeje também um tempo para orar com eles. Isso é pedagógico no processo educacional, é uma disciplina.Lembre-se de que a oração era uma prática constante para Meu Filho, Meu Discípulo. Apresente o quarto tópico expositivamente. Em seguida, promova um momento de oração pela fé dos filhos e netos. Cada aluno deve orar silenciosa e individualmente por seus filhos (e/ou netos). IV. A oração pela obediência de nossos filhos à fé “Dá ao meu filho Salomão um coração íntegro para obedecer aos teus mandamentos, aos teus preceitos e aos teus decretos...” (1Cr 29.19 NVI). Esse é um foco relevante no exercício da oração pelos filhos. Diante de um mundo repleto de poderes malignos e convite ao pecado, os pais precisam pedir a Deus que seus filhos tenham coração íntegro. A oração é como um rejunte para firmar no coração dos filhos os valores inegociáveis do evangelho. Ela traz Deus para o íntimo deles e desenvolve a confiança sincera em Seu poder e Sua autoridade. Lindo exemplo deixado pelos pais que procuraram a Jesus. A Bíblia diz que eles traziam seus filhos para que Jesus impusesse às mãos sobre as crianças e orasse por elas (Mt 19.13). Jesus é receptivo a pais que oram por seus filhos. Eles não estão sós, e em muitos momentos isso é tranquilizador. O salmista ensina que os pais devem fazer menção dos louváveis feitos do Senhor às próximas gerações, e do Seu poder, e das maravilhosas que fez (Sl 78.4). Os pais precisam falar do poder de Deus aos seus filhos, e aproveitar o momento em que um deles está com febre para orar a fim de que Deus o cure, ou por aquele que tem uma prova na escola orar pedindo que Deus lhe dê boa memória e tranquilidade. As conquistas alcançadas nessas experiências são preciosos recursos para o desenvolvimento da fé no coração dos filhos. Memorizar vitórias em oração vai enraizar a confiança das crianças num Deus cujos feitos são memoráveis. Aplicação “No futuro, quando os seus filhos perguntarem o que isso quer dizer, vocês responderão: ‘Com grande poder o Senhor nos tirou do Egito, onde éramos escravos’.” (Êx 13.14 NTLH). Destaque para seus filhos as respostas de oração. Elas são bons ingredientes para estimulá-los a uma vida de fé. Sugestão Final Apresente a Conclusão e oriente os alunos a formarem duplas para orar uns pelos filhos (ou netos) dos outros. Conclusão A responsabilidade de orar pelos filhos é algo que não expira nunca. Com essa ferramenta podemos receber de Deus poder para enfrentar, discernir e esperar confiantemente num Senhor que não somente ama nossos filhos, mas é zeloso em fazer o bem a cada um deles. A história bíblica registra um lindo exemplo de uma mãe que orou em desespero por seu filho. Podemos concluir nossa lição sobre esse relevante tema com o testemunho dela. Hagar era o seu nome. Sozinha no deserto, a única alternativa para Hagar e Ismael, seu filho, era a morte. Mas Deus ouviu o choro (Gn 21.17-19). O mesmo Deus que anos atrás a havia visitado em sua aflição no deserto (Gn 16.7-16). O Deus que vê, ouve e faz coisas extraordinárias acontecerem abriu os olhos dela e a fez ver um poço a fim de saciar a sua sede, a fonte de sua sobrevivência e salvação. São essas experiências com Deus que mudam realidades caóticas e, do ponto de vista humano, sem soluções. Ele é o Deus que nos visita e nos assiste em nossas fraquezas. Aleluia! Desafio da semana Assuma a responsabilidade de orar por seus filhos todos os dias. Registre no quadro o resultado. Dias da semana Orei individualmente pelos meus filhos (ou netos). Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Leia reflita e decida durante a semana SEG Jz 13.8-25 Quais foram os pedidos de Manoá feitos ao Senhor? TER 1Sm 1.1-28 O que Ana prometeu ao Senhor, se Ele lhe desse umfilho? QUA Meu Filho, Meu Discípulo1.5 O que Meu Filho, Meu Discípulo fazia continuamente? QUI Lc 1.67-80 Qual foi o conteúdo da oração de Zacarias pelo seufilho? SEX Gn 16.7-16 Como é que Hagar invocou o nome do Senhor? SÁB Gn 21.17-19 Como Deus ouviu a voz do menino Ismael? DOM Ef 3.14-21 Um exemplo de oração a ser seguido. 6 Conduzindo o �lho à salvação Ana Lídia Costa Hohne texto básico 2Timóteo 3.14-15 alvo da lição Ao estudar esta lição, você será capaz de se tornar um instrumento ativo de Deus para conduzir seu filho à salvação em Cristo Jesus. O aluno será capaz de saber reconhecer que Deus delegou aos pais (família) a responsabilidade de conduzir os filhos à Salvação; identificar quais são as verdades essenciais para ensinar aos filhos, a fim de conduzi-los à Salvação; conhecer maneiras de ensinar essas verdades aos filhos; sentir sentir-se o maior responsável pela evangelização dos filhos;desejar ardentemente a salvação dos filhos e dispor-se a trabalhar por ela; agir ensinar com persistência os filhos a amarem a Deus de todo o coração, alma e força ensinar os filhos sobre o pecado; ensinar os filhos quem é o Salvador e como recebê-lo. Sugestão Inicial Proponha as seguintes perguntas à classe: “Quem evangelizou você? Quem Deus usou para conduzi-lo à salvação? Quantos anos você tinha?” Dê um tempo para os alunos recordarem e compartilharem rapidamente com um colega ao lado. Apresente Introdução lendo com a classe 2Timóteo 3.14-15. Você deseja que seu filho seja salvo? É claro que sim. Não conheço nenhum pai cristão que não deseje a salvação do filho. Mas o que você tem feito para conduzi-lo à salvação? Não há a menor dúvida de que a principal fonte do conhecimento que pode tornar o filho “sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus” é a família, como aconteceu com Timóteo, que foi ensinado por sua avó e por sua mãe (2Tm 3.15). Orientação Didática Providencie imagens de famílias muçulmanas. Vá apresentando-as à classe, enquanto comenta que todo pai muçulmano educa os filhos no islamismo, para garantir a perpetuação da fé islâmica em sua família. As crianças, desde muito pequenas, devem decorar longos trechos do Corão (livro sagrado do islamismo) e recitá-los diante da família. Também aprendem a fazer as cinco orações diárias (ao alvorecer, ao meio-dia, entre o meio-dia e o por do sol, logo após o por do sol, e noite), preferencialmente prostradas em direção à Meca (cidade sagrada), proferindo-as em árabe. Com essa estratégia, o povo muçulmano tem conseguido bastante sucesso em educar seus filhos no islamismo. Em seguida, pergunte: “O que aconteceria se todo pai cristão se dedicasse de maneira semelhante para conduzir seus filhos à fé e à salvação em Jesus Cristo?” Leia com a classe Deuteronômio 6.1-7 e elabore um recurso visual com o que significa “inculcar” para os pais cristãos. Se possível, faça cartazes com esse conteúdo e deixe-os fixados numa parede da sala de aula até o encerramento do estudo desta revista. I. Pais – os maiores responsáveis Moisés repetiu os mandamentos de Deus ao povo para que, por meio deles, todos pudessem temer ao Senhor, e cada um ensinar a seus filhos e netos (Dt 6.1-7). Na prática, o que esse “inculcar” significa para os pais cristãos? • ensinar com persistência os filhos a amarem a Deus de todo o coração, toda a alma e toda a força; • repetir, repetir e repetir aos filhos os mandamentos e as verdades de Deus, até que gravem; • demonstrar, pelo exemplo de vida, profundo amor a Deus até que os filhos assimilem na própria consciência. O dever de inculcar o amor ao Senhor no coração dos filhos foi dado pelo próprio Deus aos PAIS – é responsabilidade atribuída diretamente ao pai e à mãe (podendo estender-se aos avós). Aplicação Assuma a responsabilidade de inculcar em seu filho o amor a Deus. Ensine com persistência. Enfatize a importância. Repita, repita e repita. Demonstre constante e intenso amor a Deus até que seu filho assimile e deseje também amar o Senhor. Divida a classe em trios ou pequenos grupos, de acordo com a idade de filhos ou netos dos alunos – grupos de pais/avós cujos filhos têm menos de 6 anos, e grupos de pais/avós cujos filhos têm mais de 6 anos. Pode-se fazer outras divisões, conforme a realidade de sua turma. Proceda da mesma maneira para a ministração dos quatro itens do segundo tópico. 1o) Elaboreum recurso visual com os pontos e subpontos para a apresentação do assunto. 2o) Faça uma breve exposição de cada ponto e subponto, lendo com a classe os versículos indicados. 3o) Peça que os grupos leiam e troquem ideias sobre as orientações práticas a respeito de COMO ENSINAR a verdade bíblica apresentada (item a item) aos filhos. 4o) Cada integrante do grupo deve simular ensinar a verdade bíblica ao filho/neto, de acordo com a idade dele. Os colegas de grupo podem ajudá-lo a encontrar palavras, ilustrações, metáforas, etc., a fim de que se expresse melhor. Todos devem participar da simulação nos grupos. Repita esse procedimento a cada novo item do segundo tópico. Para encerrar este momento, comente o conteúdo da Aplicação. II. Como conduzir meu filho à salvação Há algumas verdades básicas que consideramos essenciais para que a fé cristã seja sincera e autêntica. Por isso, desde cedo é importante que os pais as ensinem aos filhos, a fim de torná-los “sábios para a salvação”, como Timóteo (2Tm 3.15). A ordem de apresentação dessas verdades não é o mais importante, o que importa é que você ensine seu filho a respeito de todas elas, inculcando-as no coração dele, dia a dia. 1. Noções básicas sobre o pecado A criança já nasce pecadora (Sl 51.5). Sendo assim, desde bebê, precisamos ensiná-la a respeito do pecado, mostrando-lhe claramente quando está pecando. a. Pecado é tudo o que desagrada a Deus – podem ser pensamentos, sentimentos ou atitudes (Sl 51.4; 1Jo 3.4). b. O pecado nos separa de Deus – porque Ele é santo e não pode suportar o pecado (Is 59.2). c. Todos somos pecadores – inclusive eu e você (Rm 3.23; 1Jo 1.8). Como ensinar sobre pecado aos filhos? 0 a 5 anos 6 anos em diante • Nomeie o pecado que seu filho cometer – por exemplo: “birra é pecado”; “gritaria é pecado”; “desobediência é pecado”. • Chame o pecado de pecado (não diga apenas que “é feio” ou “é errado”). • Ensine que Deus não gosta do pecado. • Diga que, quando ele peca, você e Deus se entristecem. • Nomeie o pecado que ele cometer. • Chame o pecado de pecado. • Explique o que é pecado. • Alerte-o de que o pecado o separa de Deus. • Dê diversos exemplos práticos de pecado. • Ajude-o a identificar e admitir o pecado que ele cometeu. 2. A necessidade de salvação Há quem pense que crianças pequenas ainda não conseguem sentir necessidade de salvação. Isso não é verdade. Quando seu filho pecar, explique-lhe por que ele precisa de salvação. a. O castigo pelo pecado é a morte, por isso todos precisamos ser salvos (Rm 6.23; Ef 2.1). b. Quem peca está longe de Deus, por isso precisa se reconciliar com Ele (Is 59.2; Ef 2.1-3). c. Quem peca está condenado, por isso precisa ser perdoado/justificado (Mc 16.16; Jo 3.18). 0 a 5 anos 6 anos em diante • Demonstre sincera tristeza quando seu filho pecar. Explique-lhe que você e Deus não gostam do pecado e se entristecem com ele. • Explique-lhe que o pecado “suja o coração” e que o coração dele precisa ser limpo. • Diga que, para ele se aproximar de Deus precisa estar com o coração limpo do pecado. • Continue enfatizando tudo o que tem ensinado dos 0 aos 5 anos. • Fale também como o pecado estragou nosso mundo, trazendo tristeza, doenças, injustiça, morte... • Explique a diferença de viver perto de Deus e longe Dele. • Fale como é bom viver perto de Deus, dando exemplos práticos. • Conte-lhe sobre as maravilhas do céu e comente que apenas quem estiver limpo do pecado poderá morar lá com Deus. • Fale mais sobre condenação eterna e vida eterna. • Deixe bem claro que sozinho ele não pode alcançar a salvação. • Leiam na Bíblia histórias de pessoas que desejaram ardentemente a salvação. 3. Quem é o Salvador O nome de Jesus é extraordinário e está acima de todo nome. Seu poder é sobrenatural e pode alcançar o coração de todo o que Nele crer, independente da idade. a. Quem crê em Jesus será salvo (Jo 3.16-17; At 16.30-31). b. Só Jesus é capaz de nos purificar do pecado (1Jo 1.7-9). c. Só Jesus pode nos salvar e nos reconciliar com Deus (At 4.12; Rm 5.1). Como ensinar aos filhos quem é o Salvador? 0 a 5 anos 6 anos em diante • Diga sempre que você crê que Jesus é o Salvador. • Explique-lhe que só Jesus pode “limpar o coração” do pecado. Faça comparações, por exemplo: “assim como o sabão limpa a sua mãozinha da sujeira”. • Insista que só Jesus pode aproximá-lo de Deus. • Diga que só Jesus pode levá-lo para o céu. • Conte incansavelmente a história de Cristo, especialmente Sua morte e ressurreição (de preferência, use livros ilustrados). • Continue enfatizando tudo o que tem ensinado dos 0 aos 5 anos. • Explique também que Jesus é Deus. • Fale sobre a encarnação de Jesus, Sua vida e obra. • Converse e tire as dúvidas de seu filho sobre a morte de Jesus ter sido essencial para a nossa salvação. • Fale sobre a importância da ressurreição de Cristo, de Ele estar vivo para nos ouvir, nos perdoar, nos salvar... • Explique por que Jesus é o único Caminho, Verdade e Vida, e por que não há outro meio de se chegar a Deus senão pela fé Nele. • Estudem os evangelhos juntos nos cultos domésticos. 4. Como receber a Jesus É importante ensinar aos filhos (desde pequenos) o que devem fazer para receber a Jesus. Muitas crianças crescem ouvindo a respeito de Cristo, mas nunca foram instruídas a ter um relacionamento com Ele. a. É necessário arrepender-se e buscar em Cristo o perdão (Mc 1.14-15; 1Jo 1.9). b. A salvação vem pela fé em Jesus – é importante professar que cremos Nele (Rm 10.9,13). c. Jesus precisa tornar-se o Senhor (dono) da vida de quem Nele crê (Rm 10.9; 14.8). Como ensinar os filhos a receber a Jesus? 0 a 5 anos 6 anos em diante • Conduza a criança ao arrependimento quando ela pecar (ajude-a a pensar sobre o pecado que cometeu e a ficar triste por ter cometido). • Ensine-a a orar pedindo perdão a Jesus. As menores podem repetir o que você disser; os maiores devem se esforçar para pedir perdão com as próprias palavras, com a sua orientação. • Cante músicas que afirmem ser Jesus o Salvador; que falam da fé Nele. • Diga sempre que você crê em Jesus, que O ama, que conversa com Ele, que foi salvo por Ele – testemunhe a seu filho sua fé em Cristo como seu Salvador pessoal. • Continue enfatizando tudo o que tem ensinado dos 0 aos 5 anos. • Sempre que seu filho pecar, recomende que peça perdão a Jesus. • Pergunte-lhe se já recebeu a Jesus como Salvador. • Pergunte-lhe, vez por outra se crê que Jesus é o Salvador e peça- lhe que explique por quê. • Explique-lhe o que significa chamar Jesus de Senhor e pergunte-lhe se está disposto a ter Jesus como Senhor (dono) da sua vida. • Incentive-o a manter um relacionamento constante com Cristo, conversando com Ele por meio da oração. Aplicação Converse com seu filho sobre essas verdades, com frequência e com naturalidade. O pecado sempre é um bom ponto de partida para falar da salvação. Aproveite ocasiões que precisar tratar pecados para evangelizar seu filho. Não importa a idade, deixe muito claro que ter Jesus como Salvador é a principal decisão da vida dele. Sugestão Final Ministre a Conclusão e, usando os mesmos trios/grupos, promova um momento de oração pela salvação de seus filhos/netos. Conclusão Que privilégio! Poder ser o instrumento de Deus para conduzir o próprio filho à salvação em Cristo Jesus. Deus escolheu você para isso. Não deixe para outro essa honra, nem tente passar essa responsabilidade. Nada pode ser mais importante na sua vida que amar a Deus e conduzir seu filho à salvação. Desafio da semana Sempre é tempo de ensinar aos filhos o caminho para a Salvação. Nesta semana, garanta que a cada dia você ensinará a seu filho pelo menos uma das verdades básicas para “torná-lo sábio para a salvação em Cristo Jesus” (Ensine mesmo que ache que ele já sabe.) Dias da semana Desafio Resultado Segunda-feira Ensinar sobre o pecado Terça-feira Ensinar sobre a necessidade de salvação Quarta-feira Ensinar quem é o Salvador Quinta-feira Ensinar como receber Jesus Sexta-feira Revisar e tirar
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