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Deborah da Silva Pimentel e Quézia Costa Rocha CONCEITOS Epistemologia Genética: Foi como Piaget batizou sua teoria. A “epistemologia” é filosofia da ciência, a parte que estuda o fenômeno do conhecimento e “genética” significa uma epistemologia da construção do conhecimento, no sentido de gênese, evolução. Visa responder a pergunta: como os homens constróem o conhecimento? Ou seja, como eles passam do nível de conhecimento X para o nível X+1. Piaget fez sua pesquisa com crianças, pelo fato de que a criança é o ser que mais evidentemente constroem conhecimento, mas a pergunta é epistemológica, se refere aos homens. Como sozinhos ou em conjuntos constroem conhecimento, por quais processos e etapas eles fazem isso? Inteligência: Para Piaget, inteligência era definida enquanto função e estrutura. Enquanto função, ela é definida como adaptação, tem como finalidade a sobrevivência, adaptar o meio ou se adaptar ao meio. Do ponto de vista estrutural, a inteligência é uma organização de processos, que a permitem um nível variado de conhecimento a depender do nível de organização. Assimilação: Conceito retirado da biologia, significando a retirada de informações do meio em que a pessoa entra em contato , ou seja, interpretação, assimilando as informações que for útil e deixando de lado outras não tão relevantes. Acomodação: As estruturas mentais (organização que a pessoa tem para conhecer o mundo) é capaz de se modificar para dar conta das singularidades do objeto. Equilibração/Equilíbrio: O sujeito que entra em contato com um objeto novo pode ficar em conflito. Para conhecer esse objeto ele tem que acomodar-se e nesse processo há a busca do equilíbrio, estabilizando a organização mental para que dê conta do conhecimento. Abstração empírica: São as informações que eu retiro do meu objeto do conhecimento. Pensar sobre o mundo. Abstração reflexiva: As informações que eu retiro da minha ação sobre o objeto. Pensar sobre o agir. Estágio: Remete a ideia que o desenvolvimento da inteligência se dá por saltos/rupturas. Os estágios representa uma lógica da inteligência que será superada radicalmente por um estágio superior, apresentando uma outra lógica do conhecimento. Por um lado a inteligência muda de qualidade, cada estágio representa uma qualidade. Os estágios também significam que a sequência do desenvolvimento da inteligência necessariamente por esses estágios, nenhum deles pode ser pulados. Os estágios podem ser divididos. Estágio sensório-motor: Vai de de 0 a 24 meses. Essa fase do desenvolvimento é extremamente rica, a inteligência começa a se estruturar aqui. Nesses dois anos uma série de pequenos passos preparam a criança para a fala. Também conhecido como inteligência prática, pois nessa fase a criança não emprega a linguagem, somente as ações e percepções. É nessa fase que a criança constrói a noção de objeto e mais a frente de objeto permanente, que é quando ela atribui a existência do objeto apesar de estar fora de seu campo perceptivo, portanto ela pode procurá-lo. A criança também entende que os objetos interagem e causam efeitos entre si. Junto com a construção do objeto permanente, a criança começa a entender sobre meios e fins, entender que para pegar uma bola escondida atrás de um travesseiro basta retirar o primeiro objeto. Ligado ao espaço, a criança percebe que determinado objeto tem 3 dimensões, por exemplo, reconhecendo os lados e posições corretas dos objetos. Então há a construção do mundo, lidando apenas com as percepções e ações. Estágio pré-operatório: Vai de 2 a 7 anos. O conceito desse estágio é representação, a capacidade de pensar um objeto através de outro objeto, ou seja, apresentar de novo um determinado objeto através de um substituto desse objeto. Um exemplo é o reconhecimento de si na frente de um espelho. Esse reconhecimento implica em pensar que a imagem a representa, mas não é ela de fato. É nessa fase que se inicia a linguagem, sendo assim, a inteligência agora é além das ações, mas também das representações. Nessa fase a criança entra no mundo da moralidade e do egocentrismo. Estágio operatório-concreto: Vai de 7 anos a 12 anos. A criança começa a utilizar a operação e também entende o todo, organizando a lógica do pensamento. Nessa fase existe o sentimento de necessidade, deduzidas a partir de um raciocínio. A criança faz uso da capacidade operatória apenas em objetos que ela pode manipular ou situações que ela pode vivenciar ou lembrar. Estágio operatório-formal: Vai de 12 anos em diante. A criança trabalha com hipóteses, sendo capaz de aplicar sua lógica com objetos e textos puramente hipotéticos e estranhos em sua vivência. A criança pensa de maneira lógica e reversível em cima de hipóteses. É o último estágio identificado por Piaget no desenvolvimento da inteligência. Linguagem: É um dos pontos mais importantes, permitindo uma socialização na inteligência. Egocentrismo: A criança tem dificuldade de perceber o ponto de vista do outro, ela o vê centrada somente em seu ponto de vista, pois ela tem em mente que a pessoa ao seu lado já sabe do que ela está falando. Operação: Piaget quer dizer uma ação interiorizada reversível, ou seja, trabalhar e manipular o mundo através da representação que eu tenho desse mundo, tendo a possibilidade de pensar na ação e na anulação dessa mesma ação, sem cometer contradições. Ação interiorizada: É trabalhar e manipular o mundo através da representação que eu tenho desse mundo. Desenvolvimento moral: Assim como a inteligência e o conhecimento evolui, a moral também evolui. Portanto, também possui estágios, tendo participação ativa da criança nessa evolução. Anomia: É o primeiro estágio do desenvolvimento moral. A criança está fora do universo moral. Heteronomia: Ocorre quando a criança entra no mundo moral, é o segundo estágio. A moral é baseada no respeito pela autoridade e pela obediência. Autonomia: No terceiro e último estágio, a legitimação da moral passa a ser através do contrato, respeito mútuo e relações de reciprocidade.
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