Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito e Legislação Aplicada Estudo Dirigido Referência: Aulas da disciplina e obra: VENERAL, Débora; ALCANTARA, Silvano Alves. Direito Aplicado. 2. ed. Curitiba: InterSaberes, 2017. Olá, prezado aluno. O estudo dirigido é um pequeno resumo de alguns dos temas que podem ser cobrados nas avaliações da disciplina. Por se tratar de um resumo, ele é apenas um complemento. Estude pelas videoaulas, textos e demais materiais disponibilizados a você, de acordo com a Rotina de Estudos entregue na fase. - Estudo originalmente elaborado pela Profa. Andréa Benetti - Citações (entre aspas) são trechos do livro-base, salvo outra indicação na passagem. Sumário ( 1 ) Direito .......................................................................................... 2 ( 2 ) Direito Público e Direito Privado .................................................. 2 ( 3 ) Ramos do Direito ......................................................................... 3 ( 4 ) Direito Civil .................................................................................. 5 ( 5 ) Direitos e Garantias Fundamentais ............................................. 7 ( 6 ) Direito Administrativo................................................................... 8 ( 7 ) Direito Tributário ........................................................................ 11 ( 8 ) Direito do Trabalho .................................................................... 12 ( 9 ) Seguridade Social ..................................................................... 14 ( 10 ) Direito do Consumidor ............................................................... 16 ( 11 ) Direito Ambiental ....................................................................... 17 ( 12 ) Direito Empresarial .................................................................... 18 2 ( 1 ) Direito “O Direito nasceu junto com a civilização. Sua história é a história da própria vida dos seres humanos que, obrigados a conviver, labutando uns ao lado dos outros, carecem de certas regras de conduta, de um mínimo de ordem e direção”. Podemos compreender que a finalidade do Direito consiste em regular as relações humanas, a fim de que haja paz e prosperidade no meio social, impedindo a desordem e o crime. Sem o Direito, a sociedade estaria em um constante processo de contestação, com a lei do mais forte sempre imperando, o que causaria um verdadeiro caos. O Direito "é um complexo de normas reguladoras da conduta humana, com força coativa". Ele é essencial, pois todos reconhecemos que a vida em sociedade seria impossível sem a existência de certo número de normas obrigatórias, reguladoras do procedimento dos seres humanos, acompanhadas de punições para os transgressores. A punição é o que torna a norma respeitada. De nada adiantaria a lei dizer, por exemplo, que matar é crime, se, paralelamente, não impusesse uma sanção à pessoa que matasse. A coação ou possibilidade de constranger o indivíduo à observância da norma torna-se inseparável do Direito. Por isso, como mostra a conhecida imagem da deusa grega da justiça, Diké (à esquerda), a justiça sustenta, em uma das mãos, a balança, em que pesa o direito, e, na outra, a espada, de que se serve para defendê-lo. A espada sem a balança se constitui na força brutal, enquanto a balança sem a espada representa a impotência do Direito. ( 2 ) Direito Público e Direito Privado A diversidade de atores e sítios em que o Direito Administrativo deita raiz demonstra a necessidade de reconhecimento, em maior ou menor grau, da interseção de regimes de Direito Público e de Direito Privado, especialmente quando se admitem movimentos de “contratualização” da administração pública e engajamento evolutivo de protagonistas ou coadjuvantes privados no desempenho de tarefas públicas (por exemplo, concessões, 3 PPP, parcerias com o terceiro setor, delegação de atribuições estatais a particulares).1 Sobre essa diferença entre direito público e privado, podemos perceber que Direito Público é o direito que regula as relações do Estado com o próprio Estado, bem como as relações deste com os cidadãos. Direito privado, por sua vez, é o que disciplina as relações entre os indivíduos como tais, nas quais predomina imediatamente o interesse de ordem particular. Caracteriza-se pela imperatividade de suas normas, que nunca podem ser negligenciadas por convenção dos particulares. Assim, ninguém pode firmar qualquer acordo ou convenção que afronte as normas de direito público. As normas de ordem pública são as cogentes, ou seja, de aplicação obrigatória. Já as normas de ordem privada ou dispositivos são as que vigoram enquanto a vontade dos interessados não convencionar de forma diversa, tendo, pois, caráter supletivo. No Direito Civil, predominam as normas de ordem privada, embora existam também normas cogentes, de ordem pública, como a maioria das que integram o Direito de Família. ( 3 ) Ramos do Direito Estudamos na disciplina de Direito e Legislação Aplicada que existem vários ramos do direito, sendo que no livro base da disciplina estão elencados o Direito Constitucional, o Direito Administrativo, o Direito Civil, o Direito Empresarial, o Direito Tributário, o Direito do Trabalho, o Direito à Seguridade Social, o Direito Ambiental e o Direito do Consumidor. O Direito Constitucional pode ser conceituado como o ramo do direito público interno que se dedica ao estudo das normas constitucionais. Conforme ensinamento do Professor José Afonso da Silva, esse ramo configura-se como direito público fundamental, por se referir diretamente à organização e funcionamento do Estado, à articulação dos elementos primários dele e ao estabelecimento das bases da estrutura política. Podemos conceituar Direito Civil como o conjunto de normas que regulamentam as relações entre as pessoas em geral, definindo desde a 1 FERRAZ, Luciano. Regime jurídico aplicável aos conselhos profissionais está nas mãos do Supremo. In: Revista Consultor Jurídico, 2 de março de 2017. Disponível em <http://www.conjur.com.br/2017-mar-02/interesse-publico-regime-juridico-conselhos- profissionais-maos-stf>. Acesso em: 26 set. 2018. 4 personalidade jurídica até os direitos e obrigações de cada uma delas. No Direito Civil, há o Código Civil (CC) brasileiro — regulamentado pela Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002, uma parte geral que trata das pessoas, dos bens, dos fatos e dos atos jurídicos. Há também uma parte especial, que trata do direito de família, do direito das coisas, do direito das obrigações e do direito das sucessões. Dos diversos ramos do Direito, também é importante conhecer o Direito Tributário. Trata-se do ramo do Direito voltado a fornecer as diretivas das relações entre o Estado e os particulares na esfera tributária, ou seja, em definir, na relação entre o sujeito ativo (fisco) e o sujeito passivo (contribuinte, genericamente), seus direitos e suas obrigações, por meio da legislação que lhe é pertinente. O Direito Tributário foi criado especialmente para demarcar os limites do poder de tributar do Estado, evitando assim os abusos no exercício desse poder. Salientamos que a arrecadação tributária realizada pelo Estado é de essencial importância, sendo indiscutivelmente a sua maior fonte de financiamento. Essa importância se mostra clara, visto que o Estado tem a obrigação de satisfazer as necessidades coletivas, que são inúmeras, como educação, segurança, transporte, saúde, entre outras. Ao mesmo tempo em que tem a obrigação de satisfazer as necessidades da coletividade, o Estado "convida" a própria sociedade para "ajudá-lo a ajudá-la". É assim que a maior parceira do Estado, nesse sentido, é a sociedade, na forma de contribuinte, pois é a fonte da receita tributária, nas mais diversasações que pratica. O Direito do Trabalho regulamenta as relações individuais e coletivas entre empregados e empregadores, alicerçadas pelas regras e princípios implícitos ou explícitos na Constituição Federal (CF) de 1988, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e na legislação infraconstitucional. O Direito Administrativo é o conjunto de princípios jurídicos que regem a atividade administrativa, as entidades, os órgãos e os agentes públicos e tem como objetivo o perfeito atendimento das necessidades da coletividade e dos fins desejados pelo Estado. Em outros termos, como nos ensina Celso Antonio Bandeira de Mello, "Direito Administrativo é o ramo autônomo do direito público que disciplina a função administrativa e os órgãos que a exercem". Já para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, Direito Administrativo é o "ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas 5 administrativas que integram a Administração Pública, a atividade não contenciosa que esta exerce e os bens de que se utiliza para consecução de seus fins, de natureza pública". Analisando esses dois conceitos, entendemos que esse ramo do Direito existe para determinar quem são os integrantes da Administração Pública, sejam órgãos ou agentes, sejam pessoas físicas ou jurídicas, bem como para regular e regulamentar todas as suas funções e atribuições. O Direito Ambiental "é o ramo do direito público em que são determinadas as normas destinadas a prevenir, evitar, impedir e sancionar os atos prejudiciais à natureza" As normas do Direito Ambiental são determinadas pela Constituição Federal (CF) de 1988, bem como pela legislação infraconstitucional, especialmente pela Lei it. 6.938, de 31 de agosto de 1981, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), por meio de princípios e regras. ( 4 ) Direito Civil “Pessoa natural é o ser humano capaz de direitos e obrigações na esfera civil. Todo ser humano, assim, recebe a denominação de pessoa - natural ou física - para ser denominada como sujeito do direito, ente único, do qual e para o qual decorrem normas”.2 Toda pessoa natural é passível de possuir personalidade jurídica. Sendo assim, a personalidade civil começa a partir do nascimento com vida, embora a lei resguarde os direitos do nascituro, desde a concepção. O Direito Civil é regulamentado no Brasil pelo Código Civil Brasileiro (CCB), o qual possui uma parte geral que trata das pessoas, dos bens, dos fatos e dos atos jurídicos. Além dessa parte geral há uma parte especial. Essa parte especial é a subdivisão do Direito Civil em 4 (quatro) outras áreas (dentro do Direito Civil). Em relação à parte especial, destacamos algumas disposições constantes no Código Civil: Direito das Obrigações, rege a relação dos sujeitos que, entre si, contratam obrigações de fazer, de não fazer ou de 2 WIKIVERSIDADE. Direito Civil I - Das Pessoas. Disponível em: <https://pt.wikiversity.org/wiki/Direito_Civil_I_-_Das_Pessoas>. Acesso em: 26 set. 2018. 6 dar, o que os torna credores ou devedores dessas mesmas obrigações, determinando seus direitos e deveres. Direito das Coisas, diz respeito à relação das pessoas e seu patrimônio, estabelecendo direitos e deveres relacionados à propriedade, à posse e à habitação, entre outros. Direito de Família, determina os direitos e deveres daqueles que formam a estrutura familiar, como também os institutos que os compõem, como o casamento, o poder familiar, o patrimônio, o regime de bens etc. Direito de Sucessões, esclarece em termos legais como deve ser o procedimento de transmissão do patrimônio das pessoas que falecem aos seus sucessores e herdeiros. Um dos pontos altos do novo Código Civil está em seu Art. 421, segundo o qual “a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato”. Um dos motivos determinantes desse mandamento resulta da Constituição de 1988, a qual, nos incisos XXII e XXIII do Art. 5º, salvaguarda o direito de propriedade que “atenderá a sua função social”. Ora, a realização da função social da propriedade somente se dará se igual princípio for estendido aos contratos, cuja conclusão e exercício não interessa somente às partes contratantes, mas a toda a coletividade.3 Sobre os contratos, conforme aprendemos nas aulas da disciplina e no livro-base, eles possuem três requisitos essenciais. Contrato é fonte de obrigação e deve conter alguns requisitos obrigatórios e legais, que são: as partes, o objeto e a manifestação de vontade. Ou seja, as partes devem possuir capacidade jurídica plena, o objeto deve ser lícito e possível e a manifestação de vontade deve ser livre e desimpedida de vício. O Código Civil também regulamenta o direito das obrigações. O direito das obrigações tem por objeto determinadas relações jurídicas que alguns determinam direitos de crédito e outros chamam direitos pessoais ou obrigacionais. Dentre as modalidades trazidas pelo Código Civil, encontram-se as obrigações de dar, de fazer e de não fazer, entre outras, cada qual com suas características. 3 REALE, Miguel. Função social do contrato. Disponível em: <http://www.miguelreale.com.br/artigos/funsoccont.htm>. Acesso em: 26 set. 2018. 7 Conhecendo o significado de obrigação, pode ocorrer a transmissão das obrigações e a extinção das obrigações, e bem como o inadimplemento das obrigações e a mora. Quanto ao direito das obrigações, é importante sabermos que há a transmissão das obrigações (pela cessão de crédito e pela assunção de dívida) e há a extinção das obrigações (que pode ocorrer pelo adimplemento, pagamento, ação de consignação em pagamento, pagamento com sub- rogação, imputação do pagamento, novação, compensação, transação, confusão ou remissão). Ocorrendo também, face ao direito das obrigações o inadimplemento e também a mora. Sobre o inadimplemento, inadimplir consiste em não cumprir uma obrigação. O inadimplemento pode ser absoluto (impossibilidade total) ou relativo (impossibilidade parcial) de cumprir a obrigação. Pode caracterizar- se também pela mora. Além dos acréscimos legais que possam ser gerados da obrigação principal, o seu descumpridor também pode ser condenado a indenizar por perdas e danos os prejuízos que tenha causado por seu ato culposo. Sobre a mora, o sujeito da obrigação estará em mora quanto atrasar culposamente o cumprimento do compromisso assumido, ou até mesmo quando cumpri-lo de modo deficiente. A mora, que poderá ser tanto do devedor, quanto do credor, pode ocorrer em várias situações, como a partir do vencimento da obrigação ou pela interpelação, que se faz nos casos em que não há vencimento estipulado. Além dos acréscimos legais que possam ser gerados da obrigação principal, o seu descumpridor também pode ser condenado a indenizar por perdas e danos os prejuízos que tenha causado por seu ato culposo. ( 5 ) Direitos e Garantias Fundamentais O artigo 5º da Constituição estabelece que todos os brasileiros e estrangeiros no país são iguais, e possuem uma série de direitos e garantias que lhe são fundamentais, os quais devem ser integralmente observados pelo Estado e por quaisquer outros indivíduos. O mesmo artigo, além desses direitos, estabelece também algumas proibições constitucionais. A CF de 1988 descreve, também, em seu artigo 5º, algumas proibições, dentre elas: tortura, pena de morte, trabalhos forçados, penas de caráter perpétuo, penas cruéis, extradição de nacionais, assim como a prática de racismo. 8 A proibição da tortura se encontra no artigo 5º, inciso III, da CF, e foi regulamentada pela Lei 9.455/1997. O artigo define os atos considerados como crime de tortura, os quais são considerados como hediondos, não comportando anistia, graça, indulto,fiança ou liberdade provisória. A pena desses crimes deve ser cumprida integralmente em regime fechado. Também são proibidos pela Constituição a pena de morte (salvo em caso de guerra), os trabalhos forçados, as penas de caráter perpétuo e as penas cruéis. Além disso, a CF veda a extradição de nacionais seus, salvo se naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. Conforme abordado no livro base da disciplina, no que diz respeito aos direitos e garantias individuais, temos o seguinte: “dizse que os direitos são declarados pela Constituição, enquanto que as garantias são asseguradas por esta. As garantias são instrumentais em relação aos direitos: são previstas para protegê-los e defendê-los na sua hipótese de ameaça de lesão ou lesão propriamente dita. Os direitos e garantias fundamentais estão abordados na Constituição Federal de 1988”. Os tipos de direitos fundamentais indicados na Constituição Federal de 1988 são os seguintes: 1. Direitos e Deveres individuais e coletivos; 2. Direitos Sociais; 3. Direitos de nacionalidade; 4. Direitos políticos; 5. Partidos Políticos. ( 6 ) Direito Administrativo Analisando-se o Direito Administrativo, em especial em relação à Administração Pública, encontramos princípios fundamentais, os quais são observados de forma rigorosa pelo Direito Administrativo, sendo que todos esses princípios são tratados pela doutrina como basilares à inteligência deste ramo do direito. Os princípios elencados no artigo 37 da Constituição brasileira, de forma expressa, são: 1. Supremacia do interesse público; 2. Legalidade; 9 3. Impessoalidade; 4. Moralidade; 5. Publicidade; 6. Eficiência. “Os poderes de que é dotada a Administração Pública são necessários e proporcionais às funções à mesma determinados. Em outras palavras, a Administração Pública é dotada de poderes que se constituem em instrumentos de trabalho”.4 “Os chamados poderes administrativos são, na verdade, poderes- deveres, pois são instrumentos colocados à disposição da Administração Pública para que esta realize suas funções com o intuito de satisfazer as necessidades coletivas, atendendo, por conseguinte, o interesse público”. “Dessa forma, esses poderes são obrigatórios e irrenunciáveis, pois são deveres a serem exercidos dentro dos parâmetros legais, sob pena de responsabilização. Dentre os poderes da Administração Pública, destacamos os seguintes: poder vinculado, poder discricionário, poder hierárquico, poder disciplinar, poder regulamentar, poder de polícia. Segundo concepção clássica do Direito Administrativo, o Estado moderno é dotado de poderes políticos e administrativos. Os poderes políticos são exercidos pelo Legislativo, pelo Judiciário e pelo Executivo, no desempenho de suas funções constitucionais. Diversamente dos poderes políticos que compõem a estrutura do Estado e integram a organização constitucional, os poderes administrativos efetivam-se com as exigências do serviço público e com os interesses da comunidade. A Administração Pública possui diversos poderes-deveres, também conhecidos como poderes administrativos. Dentre os poderes da Administração Pública, destacamos os seguintes: poder vinculado, poder discricionário, poder hierárquico, poder disciplinar, poder regulamentar, poder de polícia. “Os chamados poderes administrativos são, na verdade, poderes- deveres, pois são instrumentos colocados à disposição da Administração 4 MAFRA, Francisco. Poderes da Administração: hierárquico, disciplinar, regulamentar, e de polícia. Poder de polícia: conceito. Polícia judiciária e polícia administrativa. In: Revista Âmbito Jurídico. Disponível em: <http://www.ambito- juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=803>. Acesso em 15 mar. 2017. 10 Pública para que esta realize suas funções com o intuito de satisfazer as necessidades coletivas, atendendo, por conseguinte, o interesse público”. Dessa forma, esses poderes são obrigatórios e irrenunciáveis, pois são deveres a serem exercidos dentro dos parâmetros legais, sob pena de responsabilização. Poder vinculado: também conhecido como poder regrado, vincula todas as decisões do administrador à lei, ou seja, a Administração deve fazer apenas o que previsto em lei. Poder discricionário: também deve observação à lei, porém com certa liberalidade (regulamentada pela lei). Nesse caso, o administrador deve atuar de acordo com os critérios de oportunidade e de conveniência. Poder hierárquico: é o poder de escalonar e de distribuir as funções nos órgãos da Administração Pública, ordenando suas tarefas. Poder disciplinar: é a permissão ao administrador de punir os atos dos agentes da administração que não obedecerem às normas legais de atuação da Administração Pública. Poder regulamentar: poder para editar portarias, decretos, regulamentos e outras normas legais de interesse da Administração Pública. Poder de polícia: faculdade que a Administração Pública possui de condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. O Estado, como Poder Público, tem como maior obrigação a satisfação das necessidades coletivas, ou seja, zelar pelo interesse coletivo. Acontece que o Estado não se basta para cumprir essa obrigação, necessitando, no mais das vezes, da colaboração de terceiros para o fornecimento de serviços e de bens, firmando com aqueles os chamados contratos administrativos, regidos e determinados pela legislação em vigor. Tais contratos, para que possam ser pactuados, devem se submeter a um procedimento administrativo de disputa entre os concorrentes, denominado Licitação, por meio do qual a Administração Pública selecionará, entre todas as propostas apresentadas, aquela que melhor atender ao interesse público, baseando-se nos princípios gerais do Direito Administrativo e nos princípios especiais das licitações públicas. 11 Atualmente há sete modalidades de licitação na legislação brasileira, quais sejam: 1. Concorrência; 2. Tomada de Preços; 3. Convite; 4. Concurso; 5. Leilão; 6. Pregão; 7. Regime Diferenciado de contratação. ( 7 ) Direito Tributário De acordo com o artigo 3º do Código Tributário Nacional, “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. A hipótese de incidência tributária será sempre descrição legal de situação lícita, e deve haver previsão legal prévia. Ou seja, somente pode ser instituído mediante autorização legal, por meio de lei. Conforme o artigo 150, I da Constituição, nenhum tributo pode ser exigido ou aumentado sem lei prévia que o estabeleça. “O complexo sistema tributário brasileiro, que faz 95% das empresas pagarem impostos a mais do que o devido por lei, acaba gerando inúmeras situações passíveis de recuperação dos valores pagos a maior aos fiscos municipal, estadual e federal”.5 O Direito Tributário divide os tributos em 5 espécies, quais sejam: Imposto; Taxa; Contribuição de melhoria; Empréstimo compulsório; Contribuições especiais. 5 BRUGNARA, Wander. Planejamento tributário pode resultar em menos impostos para empresa pagar. In: Revista Consultor Jurídico, 5 de março de 2017. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2017-mar-05/wander-brugnara-planejamento-tributario-resultar- impostos>. Acesso em: 26 set. 2018. 12 Conforme abordado no livro-base da disciplina, no capítulo VI, em relação ao Direito Tributário, estudamos sobre a prescrição e a decadênciaaplicáveis no Direito Tributário. A prescrição é a perda do direito de ação em relação à cobrança do crédito tributário, em vista do transcurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados da data do lançamento válido (constituição definitiva do crédito), segundo previsão legal. Há previsão legal no art. 174 do CTN: Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe: I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. Machado posiciona-se da seguinte maneira acerca da prescrição no Direito Tributário: o CTN diz expressamente que a prescrição extingue o crédito tributário (art. 156, V). Assim, nos termos do Código, a prescrição não atinge apenas a ação para cobrança do crédito tributário, mas o próprio crédito, vale dizer, a relação material tributária. ( 8 ) Direito do Trabalho No Direito do Trabalho, a legislação exige o vínculo empregatício para que se caracterize a relação de emprego. E, para que exista o vínculo empregatício, quatro requisitos devem obrigatoriamente estar presentes, sendo eles: a pessoalidade, a habitualidade, a subordinação e a onerosidade. Pessoalidade: resume-se no fato de que o empregado não pode se fazer substituir por outra pessoa, pois o serviço deve ser prestado por ele mesmo, pessoalmente. Se outra pessoa desempenhar suas tarefas constantemente, outro vínculo empregatício estará sendo criado. Habitualidade: os serviços, além de serem prestados habitualmente e de forma contínua, devem ter natureza não 13 eventual, pois a não eventualidade e a continuidade não são conceitos idênticos. Essa habitualidade é motivo de sérias discussões doutrinárias e jurisprudenciais, em virtude, principalmente, do número de dias trabalhados nu semana que a caracterizam. A jurisprudência majoritária do TST entende, conforme acórdão a seguir, principalmente nas decisões acerca do vínculo empregatício do trabalhador diarista — aquele que trabalha e recebe por dia e ao final do seu labor — que, normalmente, sua remuneração é superior àquela que receberia se trabalhasse continuamente para seu empregador. Entende que a habitualidade não se caracteriza, pois não há a garantia de continuidade da relação, mesmo tendo o empregado trabalhado duas ou lies vezes por semana. Subordinação: a subordinação é genérica, ou seja, o empregado encontra-se sob a dependência social, econômica, técnica e jurídica do empregador. Sendo assim, o funcionário está hierarquicamente subordinado ao patrão, pois é este que assume todos os riscos do negócio. A subordinação pode ser entendida, para Martins, como "a obrigação que o empregado tem de cumprir as ordens determinadas pelo empregador em decorrência do contrato de trabalho''. Onerosidade: Se o empregado presta os seus serviços, deve ser remunerado. A onerosidade é, assim, a contrapartida do empregador, ou seja, o pagamento pelos serviços prestados pelo empregado. Sendo assim, nos casos em que o empregador deixa de pagar o salário ao empregado poderíamos pensar que estaria descaracterizada a relação de emprego pela inexistência da onerosidade, mas não é bem isso o que ocorre. A onerosidade se caracteriza pelo pacto firmado, pelo acordo anterior, no qual se estabeleceu a obrigação do empregador de remunerar o empregado pelos serviços prestados. Se o empregador não cumprir com suas obrigações, poderá ser penalizado de outras maneiras, mas o vínculo empregatício não é quebrado por essa falta. O empregador tem alguns poderes de que pode fazer uso dentro da relação de emprego. Porém, ao exercê-los, não poderá, é claro, ultrapassar os ditames legais, muito menos prejudicar o empregado, em qualquer situação. 14 Alguns desses poderes do empregador são os chamados poder de direção, de organização, de controle e disciplinar. Poder de direção: O empregador tem a prerrogativa de definir de que forma deseja que o empregado desempenhe o serviço, direcionando-o e dirigindo-o para tal intuito. Poder de organização: O empregador organizado possui organogramas funcionais, incluindo um regulamento interno, com normas disciplinares e peculiares à empresa, contendo os direitos e os deveres dos trabalhadores. Ao mesmo tempo, a empresa pode ser dividida em setores — às vezes, com um setor dependendo do outro —, pois sua produção é em escala e em série. Assim sendo, o empregador exercerá esse poder, organizando todas as tarefas a serem desenvolvidas por seus funcionários. Poder de controle: Se o empregador define de que modo o empregado deve trabalhar, também organiza o trabalho e, por conseguinte, verifica se tudo está sendo realizado dentro do que foi determinado, exercendo seu poder de controle. Poder disciplinar: Se aquilo que foi previamente determinado não estiver sendo cumprido, o empregador poderá, exercendo seu poder disciplinar, impor certas sanções aos empregados, como uma advertência, a suspensão e até mesmo a dispensa por justa causa. ( 9 ) Seguridade Social O Direito à Seguridade Social é “um conjunto integrado de ações que são de todos, ou seja, do Estado e da sociedade de forma geral. A sociedade a custeia direta ou indiretamente, incluindo-se os recursos advindos dos orçamentos de todas as pessoas políticas de direito público (União, estados. Distrito Federal e municípios), e tais ações visam assegurar à população os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social". A nossa sociedade é dinâmica e, por isso, exige, com o passar do tempo, que o Estado também se modernize, passando a ter uma responsabilidade pela assistência às pessoas desprovidas de renda e, por fim, criando una sistema securitário, coletivo e compulsório. Entendemos, pois, que o direito à seguridade social é mais amplo e está alicerçado sobre três grandes pilares, estabelecidos pela CF de 1988: saúde, previdência social e assistência social. 15 O Direito à Seguridade Social concede benefícios previdenciários aos seus segurados desde que sejam cumpridos os requisitos exigidos pela legislação. Elencamos benefícios conforme a lei 8.213/91: 1. aposentadoria por idade; 2. aposentadoria por invalidez; 3. aposentadoria por tempo de contribuição; 4. aposentadoria especial; 5. auxílio-doença; 6. auxilio-acidente; 7. salário-maternidade; 8. salário-família; 9. benefício de prestação continuada da assistência social; 10. auxílio-reclusão; 11. pensão por morte. Segundo a Constituição brasileira, “a previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei”. A respeito do Direito Previdenciário, há segurados que são obrigatórios. O segurado obrigatório é aquele que não tem como se eximir da responsabilidade de ser contribuinte da previdência social. Como segurados obrigatórios a Constituição elenca algumas categorias, dentre as quais o empregado, o empregado doméstico, o contribuinte individual, o trabalhador avulso e o segurado especial. "A seguridade social abrange e é entendida como um conjunto integrado de ações que são de todos, ou seja, do Estado e da sociedade de forma geral. Esse direito contempla os benefícios previdenciários, dentre os quais temos o auxílio-reclusão”. O auxílio-reclusão pode ser concedido aos dependentes do segurado que se encontra preso por qualquer motivo e será pago durante todo o período da reclusão. Alguns requisitos, porém, devem estar presentes para a concessão e a manutenção dessebenefício: 16 O salário de contribuição deve ser igual ou inferior ao determinado pela legislação, sendo o seu valor reajustado todo ano. O segurado preso não pode estar recebendo salário de seu empregador, auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço. Definida a concessão do benefício, os dependentes devem apresentar a previdência social, a cada 3 (três) meses, atestado emitido por autoridade competente, confirmando que o trabalhador continua preso. ( 10 ) Direito do Consumidor “Em 11 de setembro de 1990, por meio da Lei nº 8.078/90, surgiu o Código de Defesa do Consumidor - CDC, que assegura o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor e estabelece o princípio da boa-fé como basilar das relações de consumo”.6 O Direito do Consumidor nada mais é do que uma relação de consumo que estabelece um negócio jurídico entre duas partes, conhecidas como Consumidor e Fornecedor. Com base no material da disciplina, podemos entender fornecedor como a pessoa física ou jurídica que desenvolve atividade econômica, direcionada para o público em geral, nas áreas de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. Entendemos, por conseguinte, que fornecedor pode ser qualquer pessoa, física ou jurídica, mesmo que não tenha registro de seu ato constitutivo no órgão competente, e até um ente despersonalizado. Assim são classificados os fornecedores: Reais — São aqueles que participam da cadeia produtiva. Presumidos — São aqueles que aplicam sua logomarca no produto, mesmo sem produzi-lo. Aparentes — São os comerciantes, os importadores, ou seja, as intermediários ou intermediantes. 6 BESSA Leonardo Roscoe; FAIAD DE MOURA, Walter José. Manual de direito do consumidor. Coordenação de Juliana Pereira da Silva. 4. ed. Brasília: Escola Nacional de Defesa do Consumidor, 2014. 17 Já o Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza um produto ou serviço como destinatário final, conforme artigo 2º do Código de Defesa do Consumidor. Considera-se destinatário final quem não revende o produto para outrem nem o aplica ria produção de outros produtos, ou seja, é quem compra para uso próprio. Assim, se o consumidor pode ser tanto pessoa física quanto pessoa jurídica, desde que compre para uso próprio, deduzimos que seria redundância — ou, de certa forma, erro — se falar em consumidor final, pois o consumidor é, efetivamente o destinatário final. Também as pessoas jurídicas, sociedades empresárias ou não, podem ser consideradas consumidoras, mas apenas nas situações em que o produto ou serviço comprado não tiver relação direta com a sua atividade: que elas não comprem para revender os produtos adquiridos ou mesmo para os aplicarem na produção de outros produtos. ( 11 ) Direito Ambiental Segundo o artigo 225 da Constituição brasileira, “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. O Direito Ambiental, conforme previsto na Constituição brasileira e na legislação infraconstitucional, possui diversos princípios que sustentam seu conteúdo normativo. Um deles é o princípio do Poluidor-Pagador. Pelo princípio do poluidor pagador quem explora o meio ambiente deve responder pela emissão de dejetos ou quaisquer outros materiais prejudiciais à natureza. Se caracterizado o dano ambiental, o poluidor será punido na forma da lei, podendo até ser proibido de realizar a atividade para a qual já possua autorização. Conforme abordado no livro-base da disciplina em relação ao Direito Ambiental, foi estudado sobre a responsabilidade administrativa ambiental, segundo a qual a Administração Pública e seus agentes têm o dever de cumprir com as normas administrativas vigentes e relativas ao Direito Ambiental. A responsabilidade administrativa ambiental se fundamenta na capacidade que têm as pessoas jurídicas de direito público de impor condutas 18 aos administrados. O agente público, exercendo seu poder de polícia administrativo, tem a obrigação de fiscalizar, junto à sociedade, se o bem público abrangido no meio ambiente está sendo tratado com o zelo e a atenção que merece por parte de todos. Se assim não fizer, estará falhando no cumprindo de suas funções e pode responder processo administrativo. O art. 70 da Lei n. 9.605/98 é determinante nesse aspecto ao estabelecer: "Considera-se infração administrativa ambiental toda e ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente". Quanto às sanções aplicáveis: dependendo da conduta praticada, o agente pode ser sancionado administrativamente, sem prejuízo das sanções civis e penais, quando seu comportamento não for o esperado dentro das normas administrativas determinadas pelo Direito Ambiental e/ou cometer excessos ou desvios na proteção e na tutela do interesse público. Nesses casos, podem ser penalizados tanto o agente público como o particular envolvido no ato praticado. A Lei n. 9.605/98 define, no seu art. 70, o que considera infração administrativa ambiental: "toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação. Conforme abordado no livro base da disciplina, em relação ao Direito Ambiental, sabemos que vários são os princípios relativos a esse ramo do direito. Esses princípios podem ser elencados como: Princípio da precaução; Princípio da prevenção; Princípio do usuário pagador; Princípio do poluidor-pagador; Princípio do desenvolvimento sustentável; Princípio da reparação; Princípio da informação. ( 12 ) Direito Empresarial O artigo 170 da Constituição estabelece que “a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social”, de acordo com alguns princípios: Princípio da propriedade privada; 19 Princípio da função social da propriedade; Princípio da livre concorrência; Princípio da defesa do consumidor; Princípio da defesa do meio ambiente; Princípio da redução das desigualdades regionais e sociais; Princípio da busca do pleno emprego; Princípio do tratamento favorecido para empresas que cumpram certos requisitos; Princípio da liberdade de exercício de atividade econômica. Estudamos no livro-base e nos materiais da disciplina o Direito Empresarial e as sociedades empresariais. Nesses estudos, verificou-se que a sociedade limitada é composta por apenas uma categoria de sócios, os denominados quotistas. O capital social desse tipo de sociedade é constituído somando-se os valores das quotas sociais, ou seja, é formado pelo aporte que cada sócio faz, retirando-o de seu patrimônio pessoal para integrar o patrimônio social. Esse aporte pode ser feito em dinheiro ou em bens, conferindo, assim, direitos e deveres a cada um dos sócios, especialmente o direito–dever de participar do resultado da sociedade, sendo este positivo ou negativo. Uma das características mais marcantes desse tipo de sociedade é a limitação da responsabilidade de cada um dos sócios ao que nela tenha de quotas. Mesmo assim, todos eles respondem solidariamente pela integralização do capital social, por isso, ela é também chamada de sociedade por quotas de responsabilidade limitada. De acordo com os estudos realizados no livro-base da disciplina, no que se refere ao Direito Empresarial, sobre os bens incorpóreos do estabelecimento, por mais que eles não ocupem espaço físico, sendo tão somente direitos adquiridosno exercício da atividade, às vezes representam o maior percentual do patrimônio do empresário. Dentre os bens incorpóreos temos o ponto comercial, os créditos, o aviamento e a propriedade industrial. Sobre esses conceitos, importante saber que o Ponto Comercial é o local, propriamente, onde o empresário desempenha sua atividade. Contudo, 20 não é em qualquer situação que o empresário pode adquirir o direito ao ponto comercial, pois, para adquiri-lo, deverão estar presentes os requisitos previstos no art. 51 da Lei n. 8.245, de 18 de outubro de 1991. Ou seja: que o empresário tenha firmado um contrato de locação por 5 (cinco) anos ou vários contratas ininterruptos que somem 5 (cinco) anos, sempre por prazo determinado; que tenha explorado o mesmo ramo de atividade, com fins lucrativos, nos últimas 3 (três) anos, ininterruptamente; que o locatário comprove sua condição de empresário, legalmente constituído; que promova a ação judicial para renovação da locação, no prazo de 1 (um) ano a 6 (seis) meses antes do término do contrato. Outro conceito importante em Direito Empresarial é o de Propriedade Industrial. Propriedade industrial é também um bem incorpóreo do estabelecimento empresarial, desta feita produzido pelo intelecto de determinadas pessoas, para que seja aplicado na indústria. Ele pode ter uma proteção distinta dos outros bens do estabelecimento empresarial, respaldada em lei. A Lei n. 9.279, de 14 de maio de 1996 — o Código de Propriedade Industrial (CPI) — regula a propriedade industrial, determinando os direitos e os deveres aos envolvidos. O mesmo diploma legal elenca como propriedade industrial a invenção, o modelo de utilidade, o desenho industrial e a marca, cada qual com suas particularidades, conferindo também ao seu criador e/ou detentor direitas e proteções. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) é o órgão federal encarregado de realizar tais proteções e conceder tais direitos. Por meio de um rigoroso processo, esse órgão poderá conceder patente aos autores de invenção e modelo de utilidade, e certificado de registro aos autores de desenho industrial e marca. Considerando o Direito Empresarial, todas as pessoas, físicas e jurídicas, empresárias ou não, têm responsabilidades comuns, que são a defesa do meio ambiente, o pagamento de seus tributos, a defesa da parte mais frágil em qualquer relação em que estejam presentes. Porém, de forma particular, o art. 1.179 do Código Civil apresenta três obrigações específicas ao empresário. 21 Essas obrigações específicas do empresário são: Obrigação de seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva; Obrigação de levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico; Obrigação de manter o livro diário, tendo-o como indispensável. Outros livros ou documentos, dependendo de cada caso, podem ser exigidos pela lei ao empresário. Desejamos bom estudo! Antoine Youssef Kamel Coordenador adjunto
Compartilhar