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Alexandre Bruna Cavalcante Bruno Alves Iraene Castro Kelly Souza Lidiana Alves São atos de violência contra as pessoas por motivos sexuais. São crimes contra a liberdade sexual da pessoa humana, num sentido amplo de sua dignidade sexual Ao constatar um abuso sexual a vítima faz o boletim de ocorrência e é encaminhada para o Instituto Médico Legal, caso seja necessário perícia por violência física ou conjunção carnal (introdução do pênis). Depois, recebe medicamentos contra doenças sexualmente transmissíveis e anticoncepção de emergência. Ainda, são feitos exames e a vítima passa pelo serviço social. Ali, são verificadas as circunstâncias do abuso: será avaliado se é necessário chamar o conselho tutelar para o caso de abuso infantil, por exemplo, ou se a vítima tem condições de voltar para a casa. Por fim, recebe-se encaminhamento para acompanhamento por psicólogo no sistema público por seis meses. Atua para caracterizar a realização de conjunção carnal ou a existência de sinais de atos libidinosos diversos da conjunção carnal (prova material). Identificar outras qualificadoras e/ou crimes como: Lesão corporal, crime contra vulnerável, etc.; Se possível, identificar autor e/ou autores; Houve conjunção carnal? Qual a data provável da conjunção carnal? Era virgem? Houve violência para essa prática? Qual meio dessa violência? O que resultou da violência? A vítima é alienada ou débil mental? Mulheres Exame ginecológico Pesquisa de lesões Homens Lavado peniano Pesquisa de lesões Unguiais Mordidas Demonstrar a conjunção carnal ou penetração vaginal: Mulher virgem Mulher com vida sexual pregressa Demonstrar ausência de consentimento, pelos sinais de violência efetiva ou presumida Identificar o estuprador através de provas biológicas Identificar ruptura recente do hímen Pesquisa de sêmen ou esperma em vagina e em superfície corporal: Presença de espermatozoide. Presença de fosfatase ácida. Presença de glicoproteína p30/PSA. Prova de cristalização d e Florence. Presença de saliva em áreas erógenas Equimoses em áreas erógenas Presença de pelos pubianos sem ser o da vítima Exame de gravidez. MULHER VIGEM MULHER COM VIDA SEXUAL PREGRESSA Lesões de imobilização ou sujeição Lesões de silenciamento ou de homicídio Lesões de deslocamento ou de arrasto Lesões derivadas de atos libidinosos Lesões derivadas da conjunção carnal Lesões genitais (contusões, lacerações), decorrentes da: Violência da penetração Desproporção de tamanho entre pênis e vulva e vagina (no caso de crianças). Podem fundamentar o diagnóstico de: conjunção carnal. ato libidinoso. O hímen é uma membrana mucosa que separa a vulva da vagina. Apresenta uma borda livre, que forma o óstio, orifício de morfologia variada, por onde escoa o fluxo menstrual e que se rompe usualmente no primeiro contato sexual. No exame, o hímen pode estar: Íntegro Com rotura completa Com rotura incompleta Com agenesia (ausência congênita) Complacente Reduzido a carúnculas mitriformes (ocorre em mulheres que pariram) Hímens rotos quanto à cicatrização: Rotura de data recente: (até cerca de 20 dias) Rotura antiga ou cicatrizada Quando se afirma que a rotura é antiga isto significa que ocorreu há mais de 20 dias. KOLPOS = vagina e ESCOLPIO = olhar com atenção. TÉCNICA: Enfocar o COLPOSCÓPIO* a 20 cm do hímen exposto à maneira convencional. Observar a borda livre da membrana com aumentos variáveis 10 / 20 vezes, conforme a capacidade do aparelho. Usar luz monocromática Fotografar as evidências - Colpofotogramas Pesquisa de espermatozóides Pesquisa de fosfatase ácida Pesquisa de proteína prostática p30 Pesquisa de células epidérmicas masculinas Verificação de isoaglutinação Identificação de DNA agressor Esfregaços Fundo de saco/ Intróito Endocervicais LAVAGEM FUNDO DE SACO Esfregaços da Ampola Retal Esfregaços Regionais CAVIDADE ORAL Lavagem Esfregaços Entre Dentes Orofaringe CAVIDADE ORAL SEIO PERIFORME BRÔNQUIOS ESÔFAGO Penteado de pêlos pubianos Retirada de pêlos da vítima Retirada de pêlos do suspeito Morfológico Microscópico Genético Determinação de DNA-n (bu lbo) e DNA-m (haste) A presença de esperma na vagina é confirmada em amostras de fluído vaginal pelo achado de espermatozóides Bastando apenas um ou poucos deles Móveis ou não Com ou sem cauda A coleta deve ser cuidadosa (swab = cotonete) com exames a fresco e com coloração pela Técnica Christmas Tree ou hematoxilina-eosina. Sêmen ejaculado (2 a 4 ml - 100 milhões de células /ml) Coleta de espermatozóides após a agressão TEMPO MÁXIMO: Boca - 8h Vagina -14h Muco cervical - 72h Reto - 24 h O uso de preservativos por parte do homem praticamente elimina a positividade desse exame. É uma enzima normalmente presente em alguns órgãos, tecidos e secreções em teor normal O líquido seminal contém grandes teores de fosfatase ácida O achado de altos teores de fosfatase ácida na vagina é indicativo de sêmen (ejaculação) e, por conseguinte, de conjunção carnal (penetração vaginal) A P30 é uma glucoproteína produzida pela próstata e idêntica ao PSA - Antígeno Prostático Específico (marcador do câncer da próstata), cuja presença no sêmen independe de haver ou não espermatozóides. Obs.: Pode ocorrer estupro sem que tenha havido ejaculação (sem sêmen) ou o sêmen encontrado na vítima pode ser oriundo de penetração consensual anterior. Sua verificação no fluído vaginal é teste de certeza quanto à presença de sêmen na amostra estudada (ejaculação) Como é o Atendimento Médico a uma Vítima de Estupro; G1, 2017. Fundamentos da Medicina Legal; UFRN, 2014. Medicina Legal –10º edição; Genival Veloso França, 2015. Sexologia Forense; UNICAP, 2017. Acrescentamos a exposição imagens pesquisadas na Internet conforme a Lei 9610/98, que permite o uso das imagens para fins educativos. BRASÍLIA 2019
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