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________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL PROCESSO DE EVAPORAÇÃO 1. Introdução e Definição A evaporação tem por objetivo a concentração de uma solução pela retirada de solvente, fazendo a solução entrar em ebulição. Na maioria dos casos o produto desejado é a solução concentrada, mas há também casos em que o solvente evaporado é o produto principal, como é o caso da água do mar para produção de água potável. Os evaporadores, na sua forma básica são constituídos por um trocador de calor, capaz de levar a solução a fervura, e de um dispositivo para separar a fase do líquido em ebulição. Nos evaporadores industriais, a superfície de troca térmica é elevada, neste caso a ebulição é violenta e a evolução de vapor é rápida e intensa. Encontram-se problemas operacionais, tais como: espumejamento, formação de incrustações, eventual sensibilidade ao calor, corrosão e limitações de espaço. Muitos fatores influenciam na taxa de transferência de calor dos trocadores de calor dos evaporadores, estes fatores são difíceis de serem correlacionados em expressões matemáticas que permitam o cálculo teórico desta operação, isto faz com que em muitos casos, estes trocadores de calor sejam dimensionados na base de dados experimentais. Sendo assim, em alguns casos verifica- se excessiva formação de incrustações, em outros, elevação do ponto de ebulição da solução com a concentração. A conseqüência direta destes fatores ocorre sobre os coeficientes globais de troca térmica, uma vez que os mesmos dependem das propriedades da solução, do fluido aquecedor, do tipo e da geometria da superfície de troca térmica. 2. Tipos de evaporadores 2.1 Evaporador de Tubos Horizontais com Circulação Natural É um modelo clássico de evaporador e foi bastante utilizado durante muitos anos. A solução a ser evaporada ferve no exterior dos tubos horizontais, dentro dos quais o vapor de água condensa. Os tubos horizontais interferem na circulação natural do líquido fervente e, assim, a agitação do líquido é reduzida. Por este motivo, o coeficiente global de transmissão de calor é mais baixo que em outros evaporadores, em especial quando as soluções são viscosas. Outra desvantagem é que esse evaporador não tem dispositivo para quebrar a espuma formada em virtude da ação da ebulição. Apresenta desvantagens para fluidos que formam incrustação ou depósito de sal sobre a superfície externa dos tubos. São utilizados em pequenas instalações e nos casos em que as soluções são diluídas e nem formam espuma. 2.2 Evaporadores Verticais com Circulação Natural É um avanço sobre os evaporadores de tubos horizontais e apresentam duas variedades distintas: Evaporador Tipo Cesta e Evaporador de Tubos Curtos. Nesses tipos de evaporadores a solução ferve no interior dos tubos verticais e o fluido aquecedor, em geral o vapor d’água fica numa câmara de vapor através do qual passam os tubos. Os evaporadores de tubos verticais superam a maior parte das desvantagens operacionais dos evaporadores de tubos horizontais. Os coeficientes de troca térmica são maiores que nos tubos ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 2 horizontais, pois a circulação natural é estimulada pela menor densidade da solução aquecida no interior dos tubos. O depósito sólido que forma no interior dos tubos é facilmente removível por limpeza mecânica. A destruição da espuma não é eficiente, embora a sua formação seja reduzida pelos separadores e pelas chicanas anti-respingos. De forma geral, satisfazem a todas as exigências de evaporação e só são impraticáveis nos casos onde o líquido a evaporar é muito viscoso ou muito espumejante, ou ainda, se o líquido não suportar temperaturas elevadas de evaporação durante elevados tempos de residência dentro do evaporador. 2.2.1 Evaporadores de Tubos Curtos ou Calandra No evaporador do tipo calandra, um feixe de tubos verticais curtos são soldados entre dois espelhos fixos que são aparafusados com os flanges da carcaça, formando um toro. O vapor flui pelo exterior dos tubos na caldeira de vapor, e existe um grande espaço circular para a retirada pela parte de baixo no centro do feixe onde o líquido resfriador circula de volta para o fundo dos tubos. Nesse tipo de evaporador é possível realizar serviços mais rigorosos do que os realizados num evaporador com tubos horizontais, principalmente para atividades em que ocorre aparecimento de incrustações. 2.2.2 Evaporadores Tipo Cesta É semelhante ao evaporador tipo calandra, exceto por possuir um feixe removível que pode ser limpo muito facilmente. O evaporador com cesta pode ser usado para líquidos que possuem a tendência de criar incrustações, embora não sejam recomendados para líquidos com altas viscosidades ou elevadas taxas de incrustação. 2.3 Evaporadores Verticais de Tubos Longos e Circulação Natural Também chamados de Evaporadores de Filme Ascendente, obtém-se um fluxo ascendente do líquido no interior dos tubos mediante convecção natural. Os tubos apresentam comprimento que variam entre 4 a 7 m. O líquido entra na parte inferior dos tubos, percorre uma curta distância em fase líquida, a medida que recebe calor entra em ebulição formando bolhas de vapor, aumentando assim a velocidade linear e a transferência de calor. Próximo ao topo dos tubos as bolhas crescem rapidamente. Nesta zona as bolhas de vapor se alternam com massas de líquido que sobem rapidamente através dos tubos e projetam-se contra um defletor de respingos. A velocidade do líquido é suficientemente alta para que o defletor também atue como rompedor de espuma. Este evaporador compete em muitos casos com os evaporadores de circulação forçada. Os coeficientes de troca térmica são inferiores aos de circulação forçada, porém, em contrapartida não requerem bombas de circulação. O trocador de calor pode ser instalado fora do corpo do evaporador para facilitar a limpeza. A sua utilização não é recomendada para líquidos com alta viscosidade, porém, tolera líquidos com tendência a formação de espuma. 2.4 Evaporador com Filme Líquido Descendente Para soluções sensíveis ao calor a concentração pode ser realizada em Evaporadores de Filme Descendente, em que a solução realiza uma única passagem nos tubos de aquecimento. Este processo de evaporação proporciona pequenos tempos de exposição do líquido à superfície de ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 3 aquecimento. A solução é injetada no topo de tubos de modo a escorrer para baixo através das paredes internas dos tubos. O vapor que se desprende do líquido é geralmente transportado junto com o líquido e sai pelo fundo da unidade através da câmara de separação de líquido e vapor. O principal problema no evaporador de filme descendente é distribuição uniforme do líquido em forma de filme dentro dos tubos. Existe uma série de dispositivos responsáveis para esta finalidade, que podem ser vertedores ou pulverizadores de líquidos sobre a superfície dos tubos. As concentrações de sucos naturais são especialmente recomendadas neste tipo de evaporador, tal como o de laranja. Os tubos de aquecimento apresentam diâmetros na ordem de 2 a 4 in. 2.5 Evaporadores com Circulação Forçada O líquido a ser evaporado nestes evaporadores é bombeado para um trocador de calor onde o vapor de aquecimento fica no lodo externo dos tubose a solução escoa através do interior dos tubos mediante bombeamento. A pressão hidrostática é suficientemente elevada para impedir a ebulição da solução dentro dos tubos do trocador. Quando o líquido entra na câmara de vaporização o vapor gerado expande-se bruscamente. Como a velocidade da mistura que expande é elevada existe a necessidade da presença de defletores para diminuir o arraste de líquido pelo vapor. Nos evaporadores com circulação forçada mais modernos, usam-se trocadores externos ao corpo do evaporador. Com isto facilita-se a limpeza e a substituição de qualquer tubo corroído e ou erodido. Esta disposição também possibilita a construção de unidades mais compactas, que podem ser instaladas em espaços com pé direito relativamente baixo. Nos evaporadores com aquecedor externo, a fervura da solução no interior dos tubos pode ser evitada baixando-se o aquecedor em relação à câmara de evaporação. Este procedimento evita a deposição de incrustações nos tubos. Os coeficientes globais de troca térmica nestes evaporadores são bastante elevados em virtude da alta velocidade de deslocamento do líquido no interior dos tubos. Estes coeficientes elevados permitem a redução do tamanho da unidade requerida para uma determinada capacidade. Entretanto deve ser salientado que o custo mais baixo da instalação é compensado pela elevação do custo de energia ocasionado pela bomba de circulação da solução. A decisão sobre a escolha de um evaporador de circulação forçada depende de um balanço econômico favorável, que inclui o custo do evaporador, o consumo de energia para circulação da solução, o custo de manutenção da bomba e o custo comparativo de limpeza dos tubos do evaporador. Nos casos de fluidos viscosos ou de soluções que não devem ferver nos tubos para diminuir a deposição de sólidos, a escolha do evaporador de circulação forçada é quase impositiva. 2.6 Evaporador de Filme Turbulento ou Agitado São evaporadores utilizados para trabalhar com materiais viscosos e corrosivos. Esse tipo de evaporador pode também ser adaptado à evaporação de uma solução ou de uma lama até a secura. A unidade consiste num tubo vertical que tem uma camisa de aquecimento a vapor que sai da sua base até dois terços da altura. No interior deste tubo encontra-se um rotor provido de lâminas que se estendem até as proximidades da parede aquecida. A carga é injetada no topo da seção aquecida. A ação das lâminas rotativas é projetar a carga sobre as paredes aquecidas, e também mantém a superfície de aquecimento livre de depósitos sólidos. A solução concentrada vai gradualmente descendo para a base do evaporador, sendo continuamente lançada contra as paredes aquecidas e ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 4 agitada pelo rotor. Como já foi mencionado anteriormente, a vantagem deste equipamento é trabalhar com materiais de viscosidade elevada e pode-se citar também como vantagem o baixo tempo de retenção dentro da unidade. 2.7 Evaporador com Combustão Submersa Constituem outra opção para trabalhar com materiais viscosos e fluidos corrosivos. Nos evaporadores de combustão submersa não existe superfície metálica para transferência de calor, pois os produtos da combustão borbulham através do líquido em evaporação. A simplicidade do equipamento reduz a um mínimo os custos de instalação e principalmente de manutenção. Além disso, as partes em contato com a solução podem ser fabricadas em cerâmica ou outro material resistente. A transferência de energia dos gases de combustão para o fluido de processo é quase total, daí o elevado rendimento térmico. Estes evaporadores são normalmente utilizados para evaporação de ácido sulfúrico diluído, ácido muriático e de lama de argila. 3. Aplicação em Processos Industriais Na escolha de um evaporador apropriado não é uma simples questão econômica, uma vez que as propriedades dos líquidos a serem evaporados podem limitar drasticamente a escolha do evaporador. Por exemplo, uma solução muita viscosa impõe o uso de evaporadores de circulação forçada ou de filme agitado. Na concentração de sucos de frutas, o valor alimentício e o sabor são depreciados rapidamente com o prolongamento do aquecimento. Portanto, não deve ser tolerada a recirculação para evitar que a solução permaneça mais tempo do que o necessário no evaporador. Neste caso, o evaporador tubo vertical de filme descendente sem recirculação são indicados. 4. Previsão da Temperatura de Ebulição da Solução A vaporização de um líquido puro não apresenta problemas especiais do ponto de vista físico-químico. A temperatura do líquido fervente é fixada pela pressão exercida sobre ele, e pode ser calculada sem dificuldade uma vez conhecida a relação entre a pressão de vapor e a temperatura. Quando o líquido forma uma coluna vertical, a pressão usada no cálculo do ponto de ebulição em qualquer altura da coluna deve levar em conta a pressão hidrostática e a pressão cinética do líquido que fica acima do ponto. Para os evaporadores verticais com tubos longos este efeito é muito importante, pois são comuns colunas de líquido da ordem de 20 ft. Quando se evapora uma solução, os efeitos da profundidade do líquido e da aceleração estão presentes, e o efeito da concentração sobre a ebulição deve também ser levado em conta. No caso de soluções ideais, o efeito da concentração pode ser estimado pelas leis de Rault e de Dalton. A pressão de vapor da maioria das soluções aquosas é menor do que a da água pura na mesma temperatura. Conseqüentemente o ponto de ebulição das soluções é maior do que o da água a uma determinada pressão. O aumento do ponto de ebulição da solução em relação ao da água é chamado de “elevação do ponto de ebulição da solução”. Esta elevação é pequena para soluções diluídas e coloidais, porém, bastante grande para soluções de sais inorgânicos. A elevação do ponto de ebulição das soluções fortes é determinado pela regra de Dühring, a qual estabelece que o ponto de ebulição de soluções é uma função do ponto de ebulição da água pura na mesma pressão. Portanto, representando-se em abscissas o ponto de ebulição da água a várias pressões e em ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 5 ordenadas os da solução, obtém-se uma linha reta. Em outras palavras, a EPE é relativamente pouco sensível à pressão. Por isso, numa solução de concentração fixa, a EPE não será significativamente diferente sobre uma ampla faixa de pressões. Esta generalização foi observada pela primeira vez por Dühring, em 1878. Ela possibilitaria estabelecer a família das curvas do ponto de ebulição contra concentração de um sistema com bastante simplicidade e com base num mínimo de dados experimentais. 4.1 Cálculo da elevação do ponto de ebulição através da Equação de Capriste e Losano Capriste e Lozano (1988) propuseram uma equação empírica para relacionar a elevação do ponto de ebulição de uma solução em função da pressão e concentração de sólidos, conforme apresentado na Equação (1). Estes autores concluíram que a Eq. (1) apresenta uma excelente concordância com dados experimentais, particularmente em altas concentrações de sólidos, onde a hipótese de soluções ideais não pode ser aceita. ( ) ( ) δβ γα PwwT 100exp100 ⋅=∆ (1) Os parâmetros α, β, γ, δ são característicos de cada solução a ser evaporada, os quais vêm sendo publicados recentemente na literatura especializada sobre o assunto. A concentração da solução w é dada em percentual de massa e P a pressãoabsoluta em KPa. A elevação do ponto de ebulição é dada por ∆T em graus Celsius. ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 6 5. Cálculo num Evaporador de Simples Efeito • Balanço de Massa DLVVF ++=+ 110 • Balanço por componente LF xLxF ⋅=⋅ 1 • Balanço de Energia LVF hLHVhFV 1100 +=+λ • Equação de Projeto )(00 TAUV ∆−=λ 6. Evaporação a Múltiplo Efeito Em qualquer operação evaporativa, o custo principal do processo é o do vapor de água consumido. Por isso, os métodos de redução do consumo do vapor (ou o de aumento da economia, definida como a razão entre a massa de vapor de água produzido e a massa de vapor de água consumido) são muito interessantes. O método mais comum, entre os existentes, é o de usar o vapor gerado no primeiro evaporador como fluido de aquecimento de um segundo evaporador. Idealmente, este método produziria quase 2 lb de vapor para cada libra de vapor de água consumido. O método é factível se o segundo evaporador for operado a uma pressão mais baixa que o primeiro, de modo que se tenha um valor positivo de ∆T na superfície da caixa de vapor do segundo evaporador. Evidentemente é possível ligar em série diversos evaporadores, respeitando as quedas de pressão, visando obter tantas libras de vapor por libra de água consumido, quantos forem os corpos dos evaporadores. O aumento do calor latente com a diminuição da pressão e as perdas adicionais devidas à radiação faz com que a economia conseguida seja cada vez menor à medida que aumenta o número de evaporadores usados. Este método de operar evaporadores em série é denominado evaporação a múltiplo efeito e cada estágio constitui um efeito. Os evaporadores a múltiplo efeito podem ser acoplados de diversas maneiras. No sistema de alimentação direta, os fluxos do fluido de processo e do vapor de água são paralelos. Este tipo de operação tem a vantagem de não precisar de bombas para deslocar a solução de um para outro efeito. Tem a desvantagem de efetuar todo o aquecimento da carga no primeiro efeito, de modo que neste estágio a quantidade de vapor gerada pelo vapor de água de aquecimento é menor. Além disso, nesta operação, a solução mais concentrada está sujeita à temperatura mais baixa. As ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 7 temperaturas baixas podem ser úteis para impedir a decomposição de substâncias orgânicas, mas a viscosidade elevada que pode existir reduz acentuadamente o coeficiente deste último efeito. No sistema de alimentação inversa, a solução de processo flui em contracorrente ao escoamento do vapor de água. É necessário dispor-se de bombas entre os efeitos. A solução de carga está aquecida na entrada de cada efeito, o que usualmente provoca maior economia do que com a alimentação em paralelo. A viscosidade diminui, pois a solução concentrada evapora-se numa temperatura mais elevada, mas é possível que os materiais orgânicos tenham tendência a chamuscarem-se ou a decomporem-se. Para se ter um desempenho global mais elevado, os evaporadores podem ser operados com acoplamentos de fluxos que combinam as duas seqüências (é a alimentação mista), ou então podem ser alimentados em paralelo, com a carga virgem evaporando-se, em cada efeito, até a concentração final. Na operação a cascos múltiplos, o número de estágios pode ser diferente para o vapor de água e para a solução. Na figura a seguir estão ilustrados, esquematicamente, os fluxogramas de três tipos comuns de alimentação na evaporação a múltiplo efeito. Alimentação Direta Alimentação Inversa Alimentação Mista ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 8 ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 9 A tabela a seguir, apresenta a faixa de coeficientes globais de transferência de calor observada em vários tipos de evaporadores industriais: Tipos de evaporadores U (Btu / h.ft2.ºF) Evaporadores de tubos curtos - Tubos horizontais e circulação natural 200 - 600 - Tubos verticais e circulação natural 400 - 2000 Evaporadores verticais de tubo longo - Circulação natural de filme ascendente 200 - 800 - Circulação forçada 200 - 1200 Evaporadores de filme líquido descendente 800 - 1500 Evaporadores de filme agitado - 1 centipoise 400 - 100 centipoise 300 - 10000 centipoise 120 ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 10 TIPOS DE EVAPORADORES ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 11 ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 12 Ejetor a vapor ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 13 Exercício 1. (Provão 1999) Um evaporador é alimentado com 5000 kg/h de uma solução de açúcar em água, a 15% em massa de açúcar e 90ºC. A solução é concentrada até 60% em massa de açúcar, com o sistema operando a 59,7ºC sem que ocorra cristalização. Supondo que o vapor deixa o evaporador na forma de vapor saturado, determine a carga térmica de aquecimento da unidade. Dados: Calor específico da solução de açúcar a 15% - 0,8 kcal/kg.ºC Calor específico da solução de açúcar a 60% - 0,6 kcal/kg.ºC Supor entalpia de diluição do açúcar igual a zero. Exercício 2. (Provão 2001) Considere o evaporador esquematizado na seguinte figura: a) A pressão absoluta no interior do evaporador é mantida a 1,3.104 Pa (pressão de operação Pop), correspondendo a uma temperatura de saturação da água de 51ºC. Utilizando os dados na tabela abaixo, determine a vazão e a temperatura do evaporado e do concentrado, desprezando a elevação do ponto de ebulição da solução. Corrente Vazão (kg/s) Conc. massa (%) T (ºC) Solução aquosa 2,0 10,0 30 Evaporado 0,0 Concentrado 50,0 Vapor de aquecimento 1,8 - 126 Condensado 1,8 - 126 b) Em termos qualitativos, o que aconteceria com a temperatura e a concentração da corrente de concentrado se a elevação do ponto de ebulição da solução fosse diferente de zero? Considere mantidas inalteradas as condições das correntes de solução aquosa e de vapor de aquecimento,bem como a Pop. Justifique a sua resposta. c) O desempenho de evaporadores pode ser definido por: 01 VV=η , onde: V1 – massa de solvente evaporado Vo – massa de vapor de aquecimento utilizado Proponha uma modificação no sistema de evaporação em análise que aumente o seu desempenho, mantidas inalteradas as especificações de sua alimentação, do vapor de aquecimento disponível e do concentrado produzido. Exercício 3. (Exemplo 19.1 - Foust) Determinar a área de aquecimento necessária para a produção de 10.000 lb/h de solução de NaOH a 50%, a partir da solução de NaOH a 10%, na temperatura inicial de 100 ºF. A evaporação será realizada num evaporador de tubos curtos, que tem, conforme se espera, um coeficiente global de 500 Btu / h ft2 ºF. O vapor de água disponível está saturado a 50 psig, o evaporador pode ser operado num vácuo de 10 psig em relação a pressão barométrica de 14,7 psia. ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 14 Exercício 4. (Concurso INPI – 23/04/06) Um evaporador de efeito simples concentra 10.000 kg/h de uma solução salina a 1,0% e 300 K até uma concentração final de 5,0%. O espaço para expansão do vapor está a 380 K e o vapor de aquecimento é suprido a 400 K. O coeficiente global de transferência de calor U é igual a 1.107 J/(hm2K). Assuma que a solução diluída tem as mesmas propriedades da água, que o calor específico da solução é 5 J/gK; que a entalpia de vaporização é 2000 J/g; e que o calor latente de vaporização é igual a 2000 J/g. Considerando a situação-problema acima, determine: • As quantidades de concentrado e de vapor que deixam o evaporador, em kg/h; • O consumo de vapor, em kg/h; • A área de troca térmica requerida, em m2, e • Apresente comentários acerca dos cálculos realizados. Exercício 5. (McCabe-Smith-Harriot) Um evaporador de simples efeito concentra 20000 lb/h (9,07 t/h) de solução de hidróxido de sódio de 20 a 50% de sólidos. A pressão manométrica do vapor é 20 lbf/in2 (1,37 atm). A pressão do vapor na câmara do evaporador é 100 mmHg (1,93 lbf/in2). O coeficiente global de transferência de calor estimado é de 250 Btu/ft2h°F (1400 W/m2°C). A temperatura da alimentação é 100°F (37,8°C). Determine a quantidade de calor consumida, a economia, e a superfície de aquecimento requerida. ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 15 ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 16 Carta de Dühring ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 17 Entalpia das soluções aquosas de soda cáustica ________________________________________________________________________________________________ Prof. Cesar Renato Alves da Rosa Disciplina de Operações Unitárias III – UNISUL 18
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