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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA POLITÉCNICA CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA BIANCA RIBAS HITAF WALID ZUKOVSKI MOUSFI ISABELLE PILATO MÁRCIO VINÍCIUS FALKOWSKI MARIA ISABEL DA SILVA CRUZ PRODUÇÃO DE AMÔNIA ATRAVÉS DA REFORMA AUTOTÉRMICA DO GÁS NATURAL CURITIBA 2019 BIANCA RIBAS HITAF WALID ZUKOVSKI MOUSFI ISABELLE PILATO MÁRCIO VINÍCIUS FALKOWSKI MARIA ISABEL DA SILVA CRUZ PRODUÇÃO DE AMÔNIA ATRAVÉS DA REFORMA AUTOTÉRMICA DO GÁS NATURAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Graduação em Engenharia Química da Pontifícia Universidade Católica do Paraná como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro Químico. Orientadora: Profa. Dra. Kamila Colombo CURITIBA 2019 BIANCA RIBAS HITAF WALID ZUKOVSKI MOUSFI ISABELLE PILATO MÁRCIO VINÍCIUS FALKOWSKI MARIA ISABEL DA SILVA CRUZ PRODUÇÃO DE AMÔNIA ATRAVÉS DA REFORMA AUTOTÉRMICA DO GÁS NATURAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Graduação em Engenharia Química da Pontifícia Universidade Católica do Paraná como requisito parcial à obtenção do título de Engenheiro Químico. COMISSÃO EXAMINADORA _____________________________________ Profª. Dra. Kamila Colombo PUCPR _____________________________________ Profª. Msc. Camila Fukuda Gomes Santos PUCPR _____________________________________ Profª. Msc. Nara Maria Patias PUCPR Curitiba, 31 de maio de 2019. AGRADECIMENTOS O desenvolvimento desse trabalho – bem como a graduação como um todo – só se fez possível com o aporte de muitas pessoas que estiveram ao nosso lado ao longo desse percurso. A eles, gostaríamos de transmitir um singelo agradecimento: À Deus que nos deu a vida e, com seu amor infinito, nos cercou de pessoas de bem. Que nos suportou nas nossas dificuldades, nos tornando resilientes e fortes frente aos desafios dessa jornada. Às nossas famílias, nossa fonte de amor e inspiração, que tornaram possível a realização desse sonho e que fizeram tudo para tornar nossas dificuldades mais brandas. Incluímos aqui os ausentes, que seguem nos orientando e iluminando em outra dimensão e estarão sempre vivos dentro dos nossos corações. À professora Nara Patias que nos inspirou com sua personalidade e o seu sublime conhecimento em todas as disciplinas que nos lecionou. Durante este trabalho esteve presente tanto quanto pode, sem medir esforços para nos ensinar e não descansou enquanto não viu nossas melhores versões transformadas em um grande projeto. À professora e orientadora Kamila Colombo que acreditou em nosso potencial e nos instruiu com muita dedicação em horários extracurriculares. Aos colegas de curso que dividiram conosco aflições, alívios, maratonas de estudo e muito conhecimento durante os cinco anos de curso. Aos nossos amores, nossos companheiros e portos seguros que, muitas vezes contrariados, compreenderam, cederam e tranquilizaram nossos corações em momentos de nervosismo, estando sempre a postos para aplaudir esse momento de conclusão. Aos amigos que sentiram e compreenderam nossa ausência em função da elaboração desse trabalho. “O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.” (José de Alencar) RESUMO A amônia tem diversas aplicações, tanto em sua forma gasosa quanto em sua forma líquida. Seu uso é destinado principalmente ao setor de fertilizantes, mas a substância também é encontrada em produtos de limpeza e cosméticos, além de ser aplicada como fluido refrigerante industrial. Industrialmente, sua síntese ocorre pelo processo de Haber-Bosch e no presente trabalho seguirá a tecnologia dada pela KBR PURIFIERplus™, que é a mais utilizada em escala industrial e apresenta menor custo de operação e investimento inicial. Sua produção ocorre a partir do gás natural obtido pela reforma autotérmica, e sua síntese é realizada por via catalítica. No cenário atual do país, sua produção interna ainda é insuficiente, visto que são importados cerca de 20% do consumo total. Para tanto, o trabalho objetiva o dimensionamento, planejamento técnico, ambiental e econômico de uma planta de amônia que supra a quantidade demandada nacionalmente e atenda às necessidades mínimas das tecnologias de produção, produzindo 400 mil t/ano. O processo de produção de amônia divide-se em seis etapas principais até a etapa de sua síntese, sendo elas o pré-tratamento do gás natural, reforma primária, secundária, seção de shift, de remoção de dióxido de carbono e de metanação. Os equipamentos utilizados para esses processos compreendem as absorvedoras seguidas das colunas de destilação, o forno, cinco reatores, sistemas de condensação, trocadores de calor, chillers, compressores, bem como as turbinas. A unidade possui ainda uma estação de tratamento de efluentes, onde são utilizados o mecanismo de gradeamento e desarenação para o tratamento preliminar, decantador primário para o tratamento primário e o tanque de aeração (reator aeróbio) com lodo ativado para o tratamento secundário, objetivando a destinação final adequada ao corpo receptor. Ainda, a planta conta com uma estação de tratamento de água a fim de apropriá-la ao consumo humano e abastecimento do processo. Palavras-chave: Amônia. Reforma autotérmica. Síntese de Haber-Bosch. Fertilizantes. Gas natural. ABSTRACT Ammonia has several applications, both in its gaseous form and in its liquid form. Its use is mainly intended for the fertilizer industry, but the substance is also found in cleaning products and cosmetics, in addition to being applied as an industrial refrigerant fluid. Industrially, its synthesis occurs through the Haber-Bosch process and in the present work will follow the technology given by KBR PURIFIERplus ™, which is the most used on an industrial scale and presents lower operation cost and initial investment. Its production occurs from the natural gas obtained by the autothermal reform, and its synthesis is carried out by catalytic route. In the current scenario of the country, its domestic production is still insufficient, since about 20% of the total consumption is imported. Therefore, the work aims at the technical, environmental and economic planning of an ammonia plant that exceeds the quantity demanded nationally and meets the minimum needs of production technologies, producing 400 thousand tons / year. The process of production of ammonia is divided into six main steps up to the stage of its synthesis, being the pretreatment of natural gas, primary reform, secondary reform, shift section, carbon dioxide removal and methanation. The equipment used for these processes comprises the absorbers followed by distillation columns, the furnace, five reactors, condensation systems, heat exchangers, chillers, compressors as well as turbines. The unit also has an effluent treatment plant, where the grading and desanding mechanism is used for the preliminary treatment, primary decanter for the primary treatment and the aeration tank (aerobic reactor) with sludge activated for the secondary treatment, aiming to the correct destination to the receiving body. In addition, the plant has a water treatment plant in order to appropriate it to human consumption and supply the process. Keywords: Ammonia. Autothermal reform. Synthesis of Haber-Bosch. Fertilizers. Natural gas. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Fluxograma do processo KBR PURIFIERplus™. ..................................... 39 Figura 2 - Fluxograma do processo Haldor Topsoe. ................................................. 41Figura 3 - Esquema do processo de reforma a vapor. .............................................. 44 Figura 4 - Representação de um reator de reforma autotérmica............................... 48 Figura 5 - Conversão do metano para diferentes catalisadores. .............................. 53 Figura 6 - Comparativo entre catalisadores para a síntese de amônia. .................... 54 Figura 7 - Trocador de Calor ..................................................................................... 75 Figura 8 - Vaso Flash ................................................................................................ 76 Figura 9 - Bombas ..................................................................................................... 78 Figura 10 - Produção mundial de amônia. ................................................................ 80 Figura 11 - Consumo global de amônia. ................................................................... 81 Figura 12 - Principais países produtores de amônia. ................................................ 82 Figura 13 - Projeção de matérias-primas na produção de amônia. ........................... 83 Figura 14 - Preços globais do gás natural. ................................................................ 83 Figura 15 - Preço da amônia vs. Custo de gás natural nos EUA. ............................. 84 Figura 16 - Expansão do consumo industrial. ........................................................... 85 Figura 17 - Consumo mundial de fertilizantes. .......................................................... 85 Figura 18 - Evolução da capacidade de produção de amônia na China. .................. 86 Figura 19 - Malha de gasodutos dos Estados Unidos. .............................................. 87 Figura 20 - Produção vs. Disponibilidade do gás natural. ......................................... 90 Figura 21 - Oferta de Gás Natural Nacional e Importada. ......................................... 90 Figura 22 - Malha de dutos do Brasil. ........................................................................ 91 Figura 23 - Projeto de oferta de gás natural no Brasil. .............................................. 91 Figura 24 - Gasodutos em território nacional ............................................................ 94 Figura 25 - Gasoduto Brasil-Bolívia. .......................................................................... 95 Figura 26 - Principais empresas produtoras de fertilizantes ...................................... 96 Figura 27 - Distribuição das indústrias de fertilizantes no país.................................. 97 Figura 28 - Imagem de satélite do terreno para implantação da indústria de Amônia. ................................................................................................................................ 100 Figura 29 – Diagrama de Blocos ............................................................................. 101 Figura 30 - Coluna de absorção ABS-101 ............................................................... 116 Figura 31 - Gráfico da vazão de H2S retirado pela vazão de solvente alimentado . 117 Figura 32 - Vazão de H2S retirado em diferentes temperaturas do solvente .......... 117 Figura 33 - Vazão de H2S retirado em diferentes pressões de operação ............... 118 Figura 34 - Gráfico da vazão de CO2 retirado pela vazão de solvente alimentado. 121 Figura 35 - Representação da coluna de destilação ............................................... 124 Figura 36 - Gráfico da razãode refluxoem função do número de pratos ................. 126 Figura 37 - Gráfico da razão de refluxo em função do prato de alimentação .......... 126 Figura 38 - Gráfico da razão de refluxo em função do número de pratos ............... 128 Figura 39 - Gráfico da razão de refluxo em função do prato de alimentação .......... 128 Figura 40 - Análise cinética em função da massa de catalisador do Reator RR-101. ................................................................................................................................ 134 Figura 41 – Relação da velocidade com a perda de carga no reator RR-101. ........ 135 Figura 42 - Análise cinética em função da pressão no Reator RR-101. .................. 136 Figura 43 - Análise cinética em função da temperatura do Reator RR-101. ........... 137 Figura 44 - Perfis de concentração do reator RR-101. ............................................ 138 Figura 45 - Catálogo de tubulação 1 ....................................................................... 143 Figura 46 - Catálogo de tubulação 2 ....................................................................... 144 Figura 47 - Gráfico da perda de carga em relação ao comprimento do RR-101 ..... 145 Figura 48 - Arranjo dos tubos .................................................................................. 146 Figura 49 – Relações espaciais dos tubos .............................................................. 147 Figura 50 - Análise cinética em função da massa de catalisador do Reator RR-102. ................................................................................................................................ 151 Figura 51 – Relação da velocidade com a perda de carga no reator RR-102. ........ 152 Figura 52 - Análise cinética em função da massa de catalisador do Reator RR-102. ................................................................................................................................ 153 Figura 53 – Perfis de concentração do Reator RR-102. .......................................... 154 Figura 54 - Gráfico da curva de perda de carga em relação ao comprimento do RR- 102 .......................................................................................................................... 156 Figura 55 - Análise cinética em função da massa de catalisador do Reator RR-103. ................................................................................................................................ 159 Figura 56 – Relação da velocidade com a perda de carga no reator RR-103. ........ 160 Figura 57 - Análise cinética em função da massa de catalisador do Reator RR-103. ................................................................................................................................ 160 Figura 58 - Perda de carga em relação ao comprimento do RR-103. ..................... 163 Figura 59 - Análise cinética em função da massa de catalisador do Reator RR-104. ................................................................................................................................ 170 Figura 60 – Relação da velocidade com a perda de carga no reator RR-104. ........ 171 Figura 61 - Análise cinética em função da pressão no Reator RR-105. .................. 172 Figura 62 - Análise cinética em função da temperatura do Reator RR-105. ........... 173 Figura 63 - Perfis de concentração do reator RR-105. ............................................ 174 Figura 64 - Gráfico da curva de perda de carga em relação ao comprimento do RR- 105 .......................................................................................................................... 175 Figura 65 - Curvas de temperatura do KT-101 ........................................................ 178 Figura 66 - Modelo do trocador KT-101 .................................................................. 179 Figura 67 - Gráfico das curvas de temperatura KT-102 .......................................... 182 Figura 68 - Modelo do trocador KT-102 .................................................................. 182 Figura 69 - Gráfico das curvas de temperatura do KT-103 ..................................... 185 Figura 70 - Gráfico das curvas de temperaturas envolvidas no HX-101 e HX-102 . 185 Figura 71 – Modelo dos trocadores HX-101 e HX-102 ............................................186 Figura 72 - Perfil das curvas de temperaturas dos trocadores KT-104 e KT-105.... 189 Figura 73 - Gráfico davariação de temperatura dos cascos e tubos dos trocadores HX-103 ao HX-106 .................................................................................................. 191 Figura 74 - Modelo dos trocadores HX-103 ao HX-106 .......................................... 191 Figura 75 - Perfil de temperaturas do trocador KT-106 ........................................... 194 Figura 76 - Perfil de temperaturas do trocador KT-107 ........................................... 194 Figura 77 - Perfis de temperaturas do trocador KT-108 .......................................... 196 Figura 78 - Perfil de temperaturas do trocador HXD-101 ........................................ 197 Figura 79 – Diagrama de Mollier R-717 com sistema de refrigeração aplicado ...... 209 Figura 80 – Seção de dessulfurização do gás natural ............................................. 220 Figura 81 - Gráfico para escolha de bombas centrífugas (BB-101). ....................... 229 Figura 82 – Curva de eficiência da bomba (BB-101). .............................................. 230 Figura 83 - NPSH e potência da bomba BB-101. .................................................... 230 Figura 84 - Gráfico para escolha de bombas centrífugas (BB-102). ....................... 233 Figura 85 - Curva de eficiência da bomba (BB-102). .............................................. 234 Figura 86 - NPSH e potência da bomba BB-102. .................................................... 234 Figura 87 - Componentes da caldeira aquatubular. ................................................ 240 Figura 88 - Tabela de Vapor Saturado. ................................................................... 241 Figura 89 - Funcionamento da Torre de Resfriamento ............................................ 242 Figura 90 - Comparação entre fluxo contracorrente e cruzado ............................... 243 Figura 91 - Torre de resfriamento com três células. ................................................ 245 Figura 92 - Padrões de Cores para Coleta Seletiva. ............................................... 256 Figura 93 - Fluxograma da ETE. ............................................................................. 271 Figura 94 - Tratamento preliminar de efluentes....................................................... 271 Figura 95 - Decantador primário. ............................................................................. 273 Figura 96 - Tratamento secundário de efluentes líquidos. ...................................... 275 Figura 97 - Tanques pressurizados com resinas catiônicas e aniônicas. ................ 277 Figura 98 - Empilhadeira ......................................................................................... 281 Figura 99 - Organograma de cargos Amoniara ....................................................... 299 Figura 100 - Gráfico do ponto de equilíbrio ............................................................. 301 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Propriedades físicas do catalisador de Níquel ......................................... 52 Tabela 2 - Propriedades físicas do catalisador de Ferro ........................................... 54 Tabela 3 – Composição do gás natural. .................................................................... 57 Tabela 4 - Propriedades da Amônia .......................................................................... 58 Tabela 5 - Propriedades do Metano .......................................................................... 59 Tabela 6 - Propriedades do Etano ............................................ 59 Tabela 7 - Propriedades do Propano ........................................................................ 60 Tabela 8 - Propriedades do Oxigênio ........................................................................ 61 Tabela 9 - Propriedades do Hidrogênio ..................................................................... 61 Tabela 10 - Propriedades do Nitrogênio 62 Tabela 11 - Propriedades do Monóxido de Carbono ................................................. 63 Tabela 12 - Propriedades do Dióxido de Carbono .................................................... 64 Tabela 13 - Propriedades da Água ............................................................................ 65 Tabela 14 - Propriedades do Sulfeto de Hidrogênio .................................................. 65 Tabela 15 – Constantes da equação de Cp das espécies químicas envolvidas no processo. ................................................................................................................... 66 Tabela 16 – Estequiometria e variação da entalpia a 298K das reações envolvidas na produção de amônia. ............................................................................................ 67 Tabela 17 - Produção Nacional de Fertilizantes Intermediários (em toneladas de produto). .................................................................................................................... 88 Tabela 18 - Importação de Fertilizantes Intermediários (em toneladas de produto). . 88 Tabela 19 - Tarifas de Energia Elétrica e Distribuição .............................................. 99 Tabela 20 - Tarifas de Água e Esgoto para categoria Industrial ................................ 99 Tabela 21 - Médias de dados climáticos, referentes ao período de 1992 a 2010. .. 100 Tabela 22 – Composição do gás natural utilizada no balanço material. .................. 115 Tabela 23 – Vazões e composições de entrada e saída da absorvedora ABS-101 119 Tabela 24 - Balanço de energia da ABS-101 .......................................................... 119 Tabela 25 - Dimensções da absorvedora ABS-101 ................................................ 120 Tabela 26 – Vazões e composições de entrada e saída da absorvedora ABS-102 121 Tabela 27 - Balanço de energia da ABS-102 e ABS-103 ........................................ 122 Tabela 28 - Dimensões das absorvedoras ABS-102 e ABS-103 ............................ 122 Tabela 29 – Balanço de massa global da absorvedora TD-101 .............................. 124 Tabela 30- Balanço de energia TD-101 .................................................................. 125 Tabela 31 - Calores do condensador e refervedor .................................................. 125 Tabela 32 – Balanço de massa global das destiladoras TD-102 e TD-103 ............. 127 Tabela 33 -Balanço de energia TD-102 .................................................................. 127 Tabela 34 – Vazões e composições da corrente de alimentação de ar do processo. ................................................................................................................................ 130 Tabela 35 – Iterações e passo variável no início da análise cinética do reator RR-101 ................................................................................................................................ 132 Tabela 36 – Conversões parciais no reator RR- 101 nas condições ótimas. .......... 138 Tabela 37 – Taxas de consumo e formação da reação principal no reator RR-101. ................................................................................................................................ 139 Tabela 38 – Taxas de consumo e formação da reação secundária no reator RR-101. ................................................................................................................................ 139 Tabela 39 – Vazões e composições de entrada e saída do reator RR-101. ........... 140 Tabela 40 – Temperaturas teóricas envolvidas nas reações .................................. 141 Tabela 41 – Entalpias envolvidas no RR-101..........................................................142 Tabela 42 - Propriedades e dimensões do RR-101 ................................................ 149 Tabela 43 – Taxas de consumo e formação de reagentes e produtos no reator RR- 101. ......................................................................................................................... 154 Tabela 44 – Vazões e composições de entrada e saída do reator RR-102. ........... 155 Tabela 45 Temperaturas e entalpias envolvidas no RR-102 ................................... 155 Tabela 46 - Propriedades e dimensões do RR-102 ................................................ 157 Tabela 47 – Taxas de consumo e formação de reagentes e produtos no reator RR- 101. ......................................................................................................................... 161 Tabela 48 – Vazões e composições de entrada e saída do reator RR-103. ........... 161 Tabela 49 – Entalpias envolvidas no RR-103.......................................................... 162 Tabela 50 - Parâmetros termodinâmicos para capacidade calorífica da água líquida ................................................................................................................................ 162 Tabela 51 - Parâmetros para cálculo da água de refrigeração RR-103 .................. 163 Tabela 52 - Propriedades e dimensões do RR-103 ................................................ 164 Tabela 53 – Taxas de consumo e formação de reagentes e produtos no reator RR- 101. ......................................................................................................................... 165 Tabela 54 – Vazões e composições de entrada e saída do reator RR-104. ........... 166 Tabela 55 - Entalpias envolvidas no RR-104 .......................................................... 166 Tabela 56 - Parâmetros para cálculo da água de refrigeração RR-104 .................. 167 Tabela 57 – Taxas de consumo e formação de reagentes e produtos no reator RR- 101. ......................................................................................................................... 168 Tabela 58 – Vazões e composições de entrada e saída do reator RR-105. ........... 169 Tabela 59 - Entalpias envolvidas no reator RR-105 ................................................ 174 Tabela 60 - Parâmetros para cálculo da água de refrigeração RR-105 .................. 175 .Tabela 61 - Propriedades e dimensões do RR-105 ............................................... 176 Tabela 62 - Balanço de energia do KT-101 ............................................................. 178 Tabela 63 – Dimensões dos tubos do trocador KT-101 .......................................... 180 Tabela 64 - Dimensões do casco do trocador KT-101 ............................................ 180 Tabela 65 -Balanço de energia do trocador KT-102 ............................................... 181 Tabela 66 - Dimensões dos tubos do trocador KT-102 ........................................... 183 Tabela 67 - Dimensões do casco do trocador KT-102 ............................................ 183 Tabela 68 - Balanço de energia do trocador KT-103 ............................................... 184 Tabela 69 - Balanço de energia do trocador HX-101 e HX-102 .............................. 184 Tabela 70 - Dimensões dos tubos dos trocadores KT-103, HX-101 e HX-102 ....... 187 Tabela 71 - Dimensões dos cascos dos trocadores KT-103, HX-101 e HX-102 ..... 187 Tabela 72 - Balanço de energia dos trocadores KT-104 e KT-105 ......................... 188 Tabela 73 - Dimensões dos tubos dos trocadores KT-104 e KT-105 ...................... 189 Tabela 74 - Dimensões do casco dos trocadores KT-104 e KT-105 ....................... 190 Tabela 75 - Balanço de energia dos trocadores HX-103 ao HX-106 ....................... 190 Tabela 76 - Dimensões para os tubos dos trocadores HX-103 ao HX-106 ............. 192 Tabela 77 - Dimensões para os cascos dos trocadores HX-103 ao HX-106 .......... 192 Tabela 78 - Balanço de energia do trocador KT-106 ............................................... 193 Tabela 79 - Balanço de energia do trocador KT-107 ............................................... 193 Tabela 80 - Dimensões dos tubos dos trocadores KT-106 e KT-107 ...................... 195 Tabela 81 - Dimensões dos cascos dostrocadores KT-106 e KT-107 .................... 195 Tabela 82 - Balanço de energia do trocador KT-108 ............................................... 196 Tabela 83 - Balanço de energia do trocador HXD-101 ............................................ 197 Tabela 84 - Dimensões dos tubos do trocador HXD-101 ........................................ 198 Tabela 85 - Dimensões para o casco do trocador HXD-101 ................................... 198 Tabela 86 - Correntes aquecidas no Forno FR-101............................................. ... 199 Tabela 87 - Balanço de energia no forno de processo F-101 ................................. 201 Tabela 88 - Relação comprimento e diâmetro de vasos de processo em relação a pressão ................................................................................................................... 202 Tabela 89 – Vazões e composições de entrada e saída VF-101. ........................... 203 Tabela 90 - Dados para o dimensionamento de VF-101 ......................................... 203 Tabela 91 – Vazões e composições de entrada e saída VF-102. ........................... 204 Tabela 92 - Dados para o dimensionamento de VF-102 ......................................... 204 Tabela 93 – Vazões e composições de entrada e saída VF-103 ............................ 205 Tabela 94 - Dados para o dimensionamento de VF-103 ......................................... 205 Tabela 95 – Vazões e composições das correntes de entrada e saída de VF-104. 206 Tabela 96 - Dados para o dimensionamento de VF-104............................. ............ 206 Tabela 97 - Propriedades de saturação de Amônia nas pressões alta e baixa dos Chillers .................................................................................................................... 208 Tabela 98 – Dados do circuito de refrigeração do fluido R717 ................................ 209 Tabela 99 - Balanço de energia global para fluido refrigerante R-717 em CHL-101 ..... ........................................................................................................................... 210 Tabela 100 - Vazão e pressão dos compressores .................................................. 211 Tabela 101 - Variáveis compressor CP-101 ............................................................ 214 Tabela 102 - Variáveis compressor CP-102 ............................................................ 214 Tabela 103 – Vazões e composições das correntes de entrada e saída do compressor CP-103. ............................................................................................... 215 Tabela 104 - Variáveis compressor CP-103........................... ................................. 215 Tabela 105 - Propriedades do vapor de entrada e saída da TB-101 e TB-102 ....... 217 Tabela 106 - Balanço de energia TB-101 e TB-102 ................................................ 218 Tabela 107 - Propriedades do vapor de entrada e saída da TB-103 ....................... 218 Tabela 108 - Balanço de energia TB-103 ................................................................ 218 Tabela 109 - Variáveis expansor EX-101 ................................................................ 219 Tabela 110 – Características das correntes envolvidas na dessulfurização do gás natural. .................................................................................................................... 221 Tabela 111 – Dimensões das tubulações da seção de dessulfurização pelo método das velocidades economicas. ..................................................................................223 Tabela 112 – Comprimentos equivalentes de acessórios de tubulações. ............... 223 Tabela 113 – Fator de atrito de tubulações. ............................................................ 224 Tabela 114 – Acessórios e comprimento equivalente das tubulações da seção de dessulfurização. ...................................................................................................... 224 Tabela 115 – Dimensões das tubulações da seção de dessulfurização ................. 225 Tabela 116 – Dimensões das tubulações da seção de dessulfurização pelo método das velocidades econômicas, considerando a perda de carga. .............................. 226 Tabela 117 – Propriedades da corrente 3. .............................................................. 227 Tabela 118 – Comprimentos equivalentes de acessórios de tubulações (BB-101). 228 Tabela 119 – Comprimentos equivalentes de acessórios na sucção e descarga da bomba BB-101. ....................................................................................................... 228 Tabela 120 – Propriedades da bomba BB-101. ...................................................... 231 Tabela 121 – Propriedades da corrente 9. .............................................................. 231 Tabela 122 – Comprimentos equivalentes de acessórios de tubulações (BB-102). 232 Tabela 123 – Comprimentos equivalentes na sucção. ............................................ 232 Tabela 124 – Propriedades da bomba BB-102. ...................................................... 235 Tabela 125 – Propriedades para o cálculo das válvulas de controle. ...................... 236 Tabela 126 - Classificação do Vapor de Água ........................................................ 238 Tabela 127 - Vazão de vapor do processo. ............................................................. 239 Tabela 128 - Dados do balanço de energia da caldeira. ......................................... 241 Tabela 129 - Vazão de Água requerida por equipamento. ...................................... 244 Tabela 130 - Dados do dimensionamento da tancagem ......................................... 247 Tabela 131 - Padrões de Qualidade do Ar. ............................................................. 260 Tabela 132 - Efluentes gasosos do processo.......................................................... 260 Tabela 133 - Limites de emissões gasosas provindas da combustão do gás natural. ................................................................................................................................ 261 Tabela 134 - Composição dos efluentes gasosos do gerador de vapor. ................. 262 Tabela 135 - Comparativo entre a emissão de NOx e a legislação vigente. ........... 262 Tabela 136 - Concentração de emissão após lavagem de gás. .............................. 263 Tabela 137 - Padrões de lançamento de efluentes ao corpo receptor. ................... 264 Tabela 138 - Variáveis para cálculo de vazões do esgoto sanitário. ....................... 265 Tabela 139 - Resultados do efluente doméstico. .................................................... 266 Tabela 140 - Variáveis para o cálculo do blowdown da torre de resfriamento. ....... 267 Tabela 141 - Variáveis para o cálculo do blowdown da caldeira. ............................ 268 Tabela 142 - Vazão de blowdown dos equipamentos. ............................................ 268 Tabela 143 - Vazão de efluentes líquidos do processo. ........... ............................268 Tabela 144 - DBO, DQO e SS enviados à ETE ...................................................... 270 Tabela 145 - Classificação de porte de ETE. .......................................................... 274 Tabela 146 - Índices de custos de Plantas de Engenharia Química ....................... 280 Tabela 147 - Variáveis para cálculo de custo das bombas BB-101 e BB-102 ........ 282 Tabela 148 - Variáveis para cálculo de custo das bombas BB-103, BB-104, BB-105, BB-106 e BB-107 .................................................................................................... 282 Tabela 149 - Variáveis para cálculo de custo do forno e caldeira ........................... 283 Tabela 150 - Variáveis para cálculo de custo do Chiller .......................................... 284 Tabela 151 - Variáveis para cálculo de custo das torres de absorção .................... 284 Tabela 152 - Variáveis para cálculo de custo das torres de destilação ................... 285 Tabela 153 - Variáveis para cálculo de custo dos compressores e expansor ......... 285 Tabela 154 - Variáveis para cálculo de custo dos trocadores de calor ................... 286 Tabela 155 - Variáveis para cálculo de custo dos reatores ..................................... 286 Tabela 156 - Variáveis para cálculo de custo da torre de refrigeração ................... 287 Tabela 157 - Variáveis para cálculo de custo dos vasos de separação bifásica ..... 287 Tabela 158 - Variáveis para cálculo de custo da tancagem TQ-101 ....................... 288 Tabela 159 - Variáveis para cálculo de custo das torres Quench ........................... 288 Tabela 160 - Custo e depreciação dos equipamentos .. 288 Tabela 161 - EPI's fornecidos ................................................................................. 291 Tabela 162 - Custo de despesas pré-operacionais ................................................. 291 Tabela 163 - Custo total de investimento ................................................................ 292 Tabela 164 - Sistema de Amortização Constante ............................... 293 Tabela 165 - Sistema de Amortização Frânces ........................... 295 Tabela 166 - Cargo operacionais 297 Tabela 167 - Cargo administrativos ......................................................................... 298 Tabela 168 - Custos e despesas mensais .............................................................. 300 Tabela 169 - Alíquotas para empregados (INSS) .................................................... 304 Tabela 170 - Alíquotas para empregados (IRRF) .................................................... 305 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Comparativo de tecnologias. ................................................................... 42 Quadro 2 - Comparativo de rotas de produção do gás de síntese. ................. 48 Quadro 3 - Comparativo de metais puros para a síntese de amônia. ....................... 55 Quadro 4 - Efeito da adição de promotores à reação de síntese de amônia. ........... 56 Quadro 5 - Variáveis de Controle ................................................................. 108 Quadro 6 - Comparativo entre vantagens e desvantagens das caldeiras. .............. 238 Quadro 7 - Resíduos sólidos gerados pela Amoniara. ............................................ 255 Quadro 8 - Destinação Final de Resíduos Sólidos. ................................................. 259 Quadro 9 - Fatores de Lang .................................................................................... 289 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ABEGÁS Associação Brasileira de Distribuidoras de Gás Canalizado aMDEA Metildietanolamina ativada ANDA Associação Nacional Para Difusão de Adubos ANP Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis API American Pretoleum Institute Ar atm Argônio Atmosférico ATR Auto Thermal Reformer bar Unidade de Pressão Equivalente a 105Pa BASF Badische Anilin & Soda Fabrik. C Carbono C2H6 Etano C3H8 Propano CDG Companhias Distribuidoras Locais CEAT/DI Centro Empresarial de Alta Tecnologia/ Distrito Industrial CETESB CompanhiaAmbiental do Estado de São Paulo CH4 Metano CO Monóxido de Carbono CO2 Dióxido de Carbono CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente CONSEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente CONTRAN Conselho Nacional de Trânsito Cp Calor Específico CPFL DEA Companhia Paulista de Força e Luz Dietanolamina DNER EDO Departamento Nacional de Estradas e Rodagem Equação Diferencial Ordinária EFMA European Fertilizer Manufacturers Association EIA Energy Information Administration EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EUA Estados Unidos da América FAFEN Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados GASBOL Gasoduto Brasil/Bolívia GN Gás Natural H2 Hidrogênio H2O Água H2S Sulfeto de Hidrogênio HTS High Temperature Shift IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMS Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano ISSQN Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza KBR Kellogg Brown & Root KRES KBR Reformer Exchanger System LI Licença de Instalação LMTD Logarithmic Mean Temperature Diferrence LO Licença de Operação LP Licença Prévia LTS mcl Low Temperature Shift Coluna de líquido MDCI Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços MDEA Metildietanolamina mg Miligrama MMA Ministério do Meio Ambiente N Nitrogênio N2 Gás Nitrogênio NBR Norma Brasileira Regulamentadora NH3 Amônia O2 PCI Gás Oxigênio Poder Calorífico Inferior PCS Poder Calorífico Superior PFD Process Flow Diagram POA Ponto de Orvalho da Água POH Ponto de Orvalho de Hidrocarboneto Ppb Parte por bilhão PVC P&ID Q Policloreto de Vinila Piping and Instrumentation Diagram Vazão volumétrica R Constante Universal dos Gases RASF Gás de Resíduo Asfáltico SAAE Sistema Autônomo de água e Esgoto SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente Tcf Trilhões de pés cúbicos TE Tarifa de Energia TUSD Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição UFSCAR Universidade Federal de São Carlos USP Universidade de São Paulo SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 30 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 30 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 30 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 32 DEFINIÇÃO ........................................................................................................ 32 APLICAÇÃO DA AMÔNIA .................................................................................. 32 TOXICIDADE DA AMÔNIA ................................................................................. 33 LEGISLAÇÃO ..................................................................................................... 34 TECNOLOGIAS PARA OBTENÇÃO DA AMÔNIA ............................................. 38 2.5.1 Tecnologias KBR ............................................................................................ 38 2.5.1.1 KBR PURIFIERplus™ .................................................................................. 39 2.5.1.2 KBR KAAPplus™.......................................................................................... 40 2.5.2 Tecnologia CASALE ....................................................................................... 40 2.5.3 Tecnologia Haldor Topsoe ............................................................................. 40 2.5.4 Tecnologia Linde ............................................................................................ 41 2.5.5 Comparativo de tecnologias de produção de amônia ................................. 41 ROTAS DE OBTENÇÃO DE AMÔNIA................................................................ 42 2.6.1 Rotas de obtenção do Gás de Síntese .......................................................... 43 2.6.1.1 Reforma de hidrocarbonetos a vapor ........................................................... 43 2.6.1.2 Reforma Seca ............................................................................................... 45 2.6.1.3 Oxidação Parcial do Metano ......................................................................... 45 2.6.1.4 Reforma Autotérmica do Metano .................................................................. 46 2.6.2 Comparativo de rotas ..................................................................................... 48 PURIFICAÇÃO DO GÁS DE SÍNTESE .............................................................. 49 SÍNTESE DA AMÔNIA........................................................................................ 50 CATALISADORES .............................................................................................. 51 2.9.1 Catalisadores do RR-101, RR-102, RR-103 e RR-104 ................................... 51 2.9.2 Catalisador do RR-105 .................................................................................... 53 PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS E TERMODINÂMICAS......................... 57 2.10.1 Propriedades físico-químicas ...................................................................... 57 2.10.1.1 Gás natural ................................................................................................. 57 2.10.1.2 Amônia ....................................................................................................... 58 2.10.1.3 Metano ....................................................................................................... 58 2.10.1.4 Etano .......................................................................................................... 59 2.10.1.5 Propano ...................................................................................................... 60 2.10.1.6 Oxigênio ..................................................................................................... 60 2.10.1.7 Hidrogênio .................................................................................................. 61 2.10.1.8 Nitrogênio ................................................................................................... 62 2.10.1.9 Monóxido de Carbono ................................................................................ 63 2.10.1.10 Dióxido de Carbono ............................................................................... 64 2.10.1.11 Água ...................................................................................................... 64 2.10.1.12 Sulfeto de Hidrogênio ............................................................................ 65 2.10.2 Propriedades termodinâmicas .................................................................... 66 CINÉTICA DAS REAÇÕES QUÍMICAS ............................................................ 67 2.11.1 Reforma autotérmica .................................................................................... 67 2.11.2 Metanação ..................................................................................................... 70 2.11.3 Síntese da amônia ........................................................................................ 71 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS ....................................................................... 72 2.12.1 Torres de Absorção e Destilação ................................................................ 72 2.12.2 Compressores ............................................................................................... 73 2.12.3 Reatores ........................................................................................................ 74 2.12.4 Trocadores de calor......................................................................................74 2.12.5 Aquecedor por combustão (forno) .............................................................. 76 2.12.6 Vaso de separação bifásica (flash) ............................................................. 76 2.12.7 Bombas .......................................................................................................... 77 2.12.8 Sistema de refrigeração Chiller ................................................................... 78 MÉTODOS NUMÉRICOS ................................................................................. 78 2.13.1 Método de Euler ............................................................................................ 78 3 ANÁLISE DE MERCADO E CAPACIDADE DA UNIDADE DE PRODUÇÃO DE AMÔNIA .................................................................................................................... 80 MERCADO INTERNACIONAL ............................................................................ 80 MERCADO NACIONAL ...................................................................................... 87 CAPACIDADE DA UNIDADE .............................................................................. 92 4 LOCALIZAÇÃO DA PLANTA .............................................................................. 93 MATÉRIA PRIMA PARA PRODUÇÃO DE AMÔNIA .......................................... 93 MERCADO CONSUMIDOR ................................................................................ 96 REGIÃO DE INSTALAÇÃO DA PLANTA ............................................................ 97 5 DESCRITIVO DE PROCESSO ........................................................................... 101 PRÉ-TRATAMENTO ......................................................................................... 102 REFORMA PRIMÁRIA ...................................................................................... 103 REFORMA SECUNDÁRIA ................................................................................ 104 SEÇÃO DE SHIFT ............................................................................................ 104 SEÇÃO DE REMOÇÃO DE DIÓXIDO DE CARBONO ..................................... 105 SEÇÃO DE METANAÇÃO ................................................................................ 105 SEÇÃO DE SÍNTESE DE AMÔNIA .................................................................. 106 6 FLUXOGRAMA DE PROCESSO E ENGENHARIA ........................................... 108 7 BALANÇO DE MASSA, BALANÇO DE ENERGIA E DIMENSIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS ................................................................................................... 114 COLUNAS DE ABSORÇÃO ............................................................................. 115 7.1.1 Coluna de absorção ABS-101 ...................................................................... 115 7.1.1.1 Balanço de massa e energia ABS-101 ....................................................... 115 7.1.1.2 Dimensionamento ABS-10 ......................................................................... 119 7.1.2 Coluna de absorção ABS-102 e ABS-103 ................................................... 120 7.1.2.1 Balanço de massa e energia ABS-102 e ABS-103 ..................................... 120 7.1.2.2 Dimensionamento ABS-102 e ABS-103 ..................................................... 122 COLUNAS DE DESTILAÇÃO ........................................................................... 122 7.2.1 Coluna de Destilação TD-101 ....................................................................... 123 7.2.1.1 Balanço de massa e energia TD-101 ......................................................... 123 7.2.1.2 Dimensionamento TD-101 .......................................................................... 125 7.2.2 Coluna de Destilação TD-102 e TD-103 ....................................................... 127 7.2.2.1 Dimensionamento TD-102 e TD-103 .......................................................... 127 REATORES ...................................................................................................... 129 7.3.1 Reator ATR RR-101 ....................................................................................... 129 7.3.1.1 Balanço de massa e energia RR-101 ......................................................... 129 7.3.1.2 Dimensionamento RR-101 ......................................................................... 142 7.3.2 Reator KRES RR-102 .................................................................................... 150 7.3.2.1 Balaço de massa e energia RR-102 ........................................................... 150 7.3.2.2 Dimensionamento RR-102 ......................................................................... 156 7.3.3 Reator LTS RR-103 ....................................................................................... 158 7.3.3.1 Balanço de massa e energia RR-103 ......................................................... 158 7.3.3.2 Dimensionamento RR-103 ......................................................................... 163 7.3.4 Reator de metanação RR-104 ...................................................................... 165 7.3.4.1 Balanço de massa e energia RR-104 ......................................................... 165 7.3.5 Reator de síntese de amônia RR-105 .......................................................... 167 7.3.5.1 Balanço de massa e energia RR-105 ......................................................... 167 7.3.5.2 Dimensionamento RR-105 ......................................................................... 175 TROCADORES DE CALOR ............................................................................. 177 7.4.1 Trocador de calor KT-101: Chiller ............................................................... 177 7.4.1.1 Balanço de massa e energia KT-101.......................................................... 177 7.4.1.2 Dimensionamento KT-101 .......................................................................... 178 7.4.2 Trocador de calor KT-102 ............................................................................. 181 7.4.2.1 Balanço de massa e energia KT-102.......................................................... 181 7.4.2.2 Dimensionamento KT-102 .......................................................................... 182 7.4.3 Trocador de calor KT-103, HX-101 e HX-102............................................... 184 7.4.3.1 Balanço de massa e energia KT-103, HX-101 e HX-102 ........................... 184 7.4.3.2 Dimensionamento KT-103, HX-101 e HX-102 ............................................ 186 7.4.4 Trocador de calor KT-104 e KT-105: Chiller................................................ 188 7.4.4.1 Balanço de massa e energia KT-104 e KT-105 .......................................... 188 7.4.4.2 Dimensionamento KT-104 e KT-105 .......................................................... 189 7.4.5 Trocador de calor HX-103, HX-104, HX-105 e HX-106 ................................ 190 7.4.5.1 Balanço de massa e energia HX-103, HX-104, HX-105 e HX-106 ............. 190 7.4.5.2 Dimensionamento HX-103, HX-104, HX-105 e HX-106 ............................. 191 7.4.6 Trocador de calor KT-106 e KT-107 ............................................................. 193 7.4.6.1 Balanço de massa e energia KT-106 e KT-107 .......................................... 193 7.4.6.2 Dimensionamento KT-106 e KT-107 .......................................................... 194 7.4.7 Trocador de calor KT-108: Chiller ............................................................... 196 7.4.7.1 Balanço de massa e energia KT-108.......................................................... 196 7.4.8 Trocadores de calor da TD-101 .................................................................... 197 7.4.8.1Balanço de massa e energia HXD-101 ....................................................... 197 7.4.8.2 Dimensionamento HXD-101 ....................................................................... 198 FORNO DO PROCESSO (FR-101) .................................................................. 199 7.5.1 Balanço de massa e energia FR-101 ........................................................... 199 VASOS DE PROCESSO .................................................................................. 201 7.6.1 Vaso de separação líquido-gás flash VF-101 ............................................. 202 7.6.2 Vaso de separação líquido-gás flash VF-102 ............................................. 203 7.6.3 Vaso de separação líquido-gás flash VF-103 ............................................. 204 7.6.4 Vaso de separação líquido-gás flash VF-104 ............................................. 205 SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO: CHILLER ...................................................... 207 COMPRESSORES ........................................................................................... 211 7.8.1 Compressor duplo efeito CP-101 ................................................................ 213 7.8.2 Compressor duplo efeito CP-102 ................................................................ 214 7.8.3 Compressor duplo efeito CP-103 ................................................................ 215 TURBINAS E EXPANSOR ................................................................................ 216 7.9.1 Turbinas TB-101 e TB-102 ............................................................................ 217 7.9.2 Turbina TB-103 .............................................................................................. 218 7.9.3 Expansor EX-101 ........................................................................................... 218 8 TUBULAÇÕES, BOMBAS E VÁLVULAS .......................................................... 220 TUBULAÇÕES .................................................................................................. 220 BOMBAS ........................................................................................................... 226 8.2.1 Bomba BB-101 .............................................................................................. 227 8.2.2 Bomba BB-102 .............................................................................................. 231 VÁLVULAS ....................................................................................................... 235 9 SISTEMA DE UTILIDADES ................................................................................ 237 GERAÇÃO DE VAPOR..................................................................................... 237 TORRE DE RESFRIAMENTO .......................................................................... 241 10 DIMENSIONAMENTO DA TANCAGEM ............................................................ 246 ARMAZENAMENTO DA MATÉRIA PRIMA .................................................... 246 ARMAZENAMENTO DO PRODUTO ACABADO ........................................... 246 11 PLANO DIRETOR E LAYOUT ........................................................................... 248 12 PROJETO AMBIENTAL ..................................................................................... 250 GESTÃO AMBIENTAL .................................................................................... 251 LICENCIAMENTO AMBIENTAL ..................................................................... 251 FONTE ABASTECEDORA E CORPO RECEPTOR ....................................... 252 RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................... 254 12.4.1 Separação dos resíduos sólidos ............................................................... 255 12.4.1.2 Separação do catalisador ....................................................................... 256 12.4.2 Armazenamento e transporte de resíduos sólidos ................................. 256 12.4.3 Destinação e disposição final ................................................................... 257 EMISSÕES GASOSAS ................................................................................... 259 EFLUENTES LÍQUIDOS ................................................................................. 263 12.6.1 Água residuária doméstica ........................................................................ 264 12.6.2 Índice pluviométrico de São Carlos .......................................................... 266 12.6.3 Águas de Infiltração.................................................................................... 266 12.6.4 Despejos industriais líquidos .................................................................... 267 TRATAMENTO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS .............................................. 270 12.7.1 Tratamento preliminar ................................................................................ 271 12.7.2 Tratamento primário ................................................................................... 272 12.7.3 Tratamento secundário .............................................................................. 273 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA ...................................................... 275 12.8.1 Tratamento de água para geradores de vapor ......................................... 277 12.8.2 Tratamento de água para torres de resfriamento .................................... 277 13 PROJETO ECONÔMICO ................................................................................... 279 ORÇAMENTO DO PROJETO ........................................................................ 280 13.1.1 Equipamentos ............................................................................................. 280 13.1.1.1 Balança rodoviária .................................................................................... 280 13.1.1.2 Empilhadeira ............................................................................................. 281 13.1.1.3 Bombas .................................................................................................... 282 13.1.1.4 Caldeira e Forno ....................................................................................... 283 13.1.1.5 Sistema de refrigeração: Chiller ............................................................... 284 13.1.1.6 Torre de absorção .................................................................................... 284 13.1.1.7 Coluna de Destilação ............................................................................... 284 13.1.1.8 Compressores e expansor........................................................................ 285 13.1.1.9 Trocadores de Calor e Reatores .............................................................. 285 13.1.1.10 Torre de Resfriamento ......................................................................... 287 13.1.1.11 Vasos de Pressão ................................................................................ 287 13.1.1.12 Colunas Quench .................................................................................. 288 13.1.2 Consolidação ativos fixos e aplicação do método dos fatores de Lang para aproximação do capital investido ....................................................... 288 13.1.3 Outras despesas pré-operacionais ........................................................... 289 13.1.3.1 Terreno ..................................................................................................... 290 13.1.3.2 EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual .......................................... 290 13.1.3.3 Consolidação Despesas Pré Operacionais .............................................. 291 13.1.4 Investimento Total ......................................................................................292 SISTEMA DE AMOTIZAÇÃO .......................................................................... 292 13.2.1 Sistema de Amortização Constante (SAC) ............................................... 292 13.2.2 Sistema de Amortização Francês (SAF) ................................................... 295 13.2.3 Comparação entre sistema de amortização SAC e SAF ......................... 297 DESCRIÇÃO DE CARGOS E ORGANOGRAMA ........................................... 297 GESTÃO DE CUSTOS ................................................................................... 300 13.4.1 Custos e despesas fixos e variáveis ......................................................... 300 13.4.2 Ponto de equilíbrio ..................................................................................... 301 13.4.3 Impostos e contribuições federais ............................................................ 302 13.4.3.1 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) .......................................... 302 13.4.3.2 Programa de Integração Social (PIS) ....................................................... 302 13.4.3.3 Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (CONFIS) 302 13.4.3.4 Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ...................... 303 13.4.3.5 Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) ............................................. 303 13.4.3.6 Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) .............................................. 303 13.4.3.7 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ................................... 304 13.4.3.8 Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) ............................................... 304 13.4.3.9 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) ................................... 304 13.4.3.10 Imposto de Renda Retido na Fonte (IRF) ............................................ 304 PREÇO DE VENDA ........................................................................................ 305 ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA DO PROJETO ............................ 305 13.6.1 Receita Bruta ............................................................................................... 305 13.6.2 Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) .................................... 306 13.6.3 Fluxo de caixa ............................................................................................. 306 13.6.4 Taxa Mínima de Atratividade – TMA .......................................................... 306 13.6.5 Valor Presente Líquido – VPL .................................................................... 307 13.6.6 Taxa Interna de Retorno – TIR ................................................................... 307 13.6.7 Payback ....................................................................................................... 307 13.6.8 Análise de sensibilidade do projeto .......................................................... 308 14 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 310 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 312 APÊNDICE A – PFD: SEÇÃO 1 ............................................................................. 335 APÊNDICE A – PFD: SEÇÃO 2 ............................................................................. 336 APÊNDICE A – PFD: SEÇÃO 3 ............................................................................. 337 APÊNDICE B – P&ID SEÇÃO 1 ............................................................................. 338 APÊNDICE B – P&ID SEÇÃO 2 ............................................................................. 339 APÊNDICE B – P&ID SEÇÃO 3 ............................................................................. 340 APÊNDICE C – PLANO DIRETOR ......................................................................... 341 APÊNDICE D – LAYOUT........................................................................................ 342 APÊNDICE E – CORTE TRANSVERSAL DA SEÇÃO DE TRATAMENTO E REAÇÕES 1 ............................................................................................................ 343 APÊNDICE F – CORTE TRANSVERSAL DA SEÇÃO DE TRATAMENTO E REAÇÕES 2 ............................................................................................................ 344 APÊNDICE G – ISOMÉTRICO DAS TUBULAÇÕES PARTE 1 ............................. 345 APÊNDICE G – ISOMÉTRICO DAS TUBULAÇÕES ............................................. 347 APÊNDICE H – DATA SHEET DA COLUNA DE ABSORÇÃO ABS-101 ............. 348 APÊNDICE I – DATA SHEET DA COLUNA DE ABSORÇÃO ABS-102 E ABS-103 350 APÊNDICE J – DATA SHEET DA COLUNA DE DESTILAÇÃO TD-101 .............. 352 APÊNDICE K – DATA SHEET DA COLUNA DE DESTILAÇÃO TD-102 E TD-103 354 APÊNDICE L – ITERAÇÕES DA ANÁLISE CINÉTICA DO REATOR RR-101 ..... 356 APÊNDICE M – DATA SHEET REATOR RR-101 .................................................. 357 APÊNDICE N – ITERAÇÕES DA ANÁLISE CINÉTICA DO REATOR RR-102 ..... 359 APÊNDICE O – DATA SHEET REATOR RR-102 .................................................. 360 APÊNDICE P – ITERAÇÕES DA ANÁLISE CINÉTICA DO REATOR RR-103 ..... 362 APÊNDICE Q – DATA SHEET REATOR RR-103 .................................................. 363 APÊNDICE R – ITERAÇÕES DA ANÁLISE CINÉTICA DO REATOR RR-105 ..... 365 APÊNDICE S – DATA SHEET REATOR RR-105 .................................................. 366 APÊNDICE T – DATA SHEET TROCADOR DE CALOR KT-101 .......................... 368 APÊNDICE U – DATA SHEET TROCADOR DE CALOR KT-102 ......................... 370 APÊNDICE V – DATA SHEET TROCADOR DE CALOR KT-103 ......................... 372 APÊNDICE W – DATA SHEET TROCADOR DE CALOR HX-101 E HX-102 ........ 374 APÊNDICE X – DATA SHEET TROCADOR DE CALOR HX-102 AO HX-106 ...... 376 APÊNDICE Y – DATA SHEET TROCADOR DE CALOR KT-106 ......................... 378 APÊNDICE Z – DATA SHEET TROCADOR DE CALOR KT-107 .......................... 380 APÊNDICE AA – DATA SHEET TROCADOR DE CALOR HXD-101 .................... 382 APÊNDICE AB – DATA SHEET VASO DE SEPARAÇÃO VF-101 ....................... 384 APÊNDICE AC – DATA SHEET VASO DE SEPARAÇÃO VF-102 ....................... 385 APÊNDICE AD – DATA SHEET VASO DE SEPARAÇÃO VF-103 ....................... 386 APÊNDICE AE – DATA SHEET VASO DE SEPARAÇÃO VF-104 ....................... 387 APÊNDICE AF – DATA SHEET BOMBA BB-101 ................................................. 388 APÊNDICE AG – DATA SHEET BOMBA BB-102 ................................................. 389 APÊNDICE AH – DATA SHEET DO GERADOR DE VAPOR ................................ 390 APÊNDICE AI – DATA SHEET DA TORRE DE RESFRIAMENTO ....................... 391 APÊNDICE AJ – DATA SHEET DO TANQUE DE ARMAZENAMENTO ............... 392 APÊNDICE AK - SALÁRIO E ENCARGOS TRABALHISTAS E SOCIAIS ........... 393 APÊNDICE AL - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DE EXERCÍCIO .............. 396 APÊNDICE AM – FLUXO DE CAIXA ..................................................................... 400 ANEXO A – FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DA DIETANOLAMINA 401 ANEXO B – FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DO GÁS NATURAL .. 410 30 1 INTRODUÇÃO A amônia (NH3) é um gás incolor, que se liquefaz facilmente se comprimida ou a temperaturas abaixo de -33°C, possui odor forte e é bastante tóxico e pode causar problemas respiratórios se inalada em altas concentrações (PEREIRA, 2009; EGUTE, 2010). É um produto com diversas aplicações, em forma líquida ou gasosa, sendo seu maior uso no setor de fertilizantes. Sua demanda é maior que a oferta em território nacional, por esse motivo, e um setor muito dependente de exportação, produzindo em média 1.250 t/ano, e importando cerca de 20% da amônia que consome (LINS et al., 2008; EGUTE, 2010;IHS MARKIT, 2017). A produção de amônia requer a disponibilidade de matérias-primas como gás natural ou gás liquefeito de petróleo. As plantas modernas que produzem o composto primeiro convertem o gás em hidrogênio, operação feita pela remoção de compostos de enxofre do gás natural. O gás também pode ser produzido usando outras fontes como gaseificação do carvão e por alternativas que são economicamente impraticáveis em larga escala. O hidrogênio obtido é, então, reagido cataliticamente com nitrogênio (derivado do processamento de ar) para formar a amônia, comercialmente conhecida como amônia anidra (LIMA, 2007; OLIVEIRA, 2015; OBERZINER, 2016). OBJETIVO GERAL O presente projeto tem como objetivo geral o desenvolvimento de uma planta industrial de produção de amônia, desde seu dimensionamento, análise econômica e ambiental, com meta de produção de aproximadamente 400 mil toneladas por ano através da reforma autotérmica do metano, operando 345 dias por ano. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Os objetivos específicos do trabalho são: Estudar as diferentes rotas de produção; Realizar a análise do mercado a fim de compreender as dinâmicas de produção e venda da amônia; Estudar a área de implantação da planta e do processo produtivo; 31 Realizar os balanços de massa e energia na unidade; Realizar a análise ambiental e econômica a fim de identificar a sua viabilidade; Elaborar os fluxogramas de processo (PFD), diagrama de blocos (BFD) e fluxograma de engenharia (P&D); Estabelecer o Layout da unidade; Dimensionar os equipamentos e tubulações necessários para a produção de amônia; Dimensionar a tancagem da matéria-prima e do produto final; Analisar o licenciamento ambiental. 32 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A revisão da literatura é muito importante na estruturação de um trabalho, pois uma ampla busca bibliográfica sobre do tema de pesquisa colabora na tarefa de delimitação da unidade de leitura. Portanto, dentro do tema escolhido é apresentado pesquisas, para auxiliar a captação de fontes de ideias para novas investigações, orientar em relação ao que já é conhecido, na percepção de temas e problemas pouco pesquisados e a perceber o momento em que a situação problema está esclarecida (ECHER, 2001). DEFINIÇÃO A amônia (NH3) é composta por três pontes de hidrogênio em uma molécula de nitrogênio. Seu processo reacional baseia-se em quantidades estequiométricas de hidrogênio e nitrogênio com elevadas pressões e temperaturas, conhecida como o processo de Haber-Bosch (LORENA, 2018). APLICAÇÃO DA AMÔNIA Atualmente, é facilmente encontrado produtos de limpeza com amoníaco, sendo considerado um desinfetante, como detergentes e amaciantes de roupas, onde atua em uma limpeza mais profunda como manchas nos pisos, roupas e utensílios domésticos, além de nódoas complicadas, sendo aplicável tanto em uso doméstico quanto industrial (REMOVER MANCHAS, 2018). No ramo de fertilizantes, campo dominante na aplicação de amônia, o produto é responsável pelos adubos nitrogenados, ou seja, faz a correção do solo aumentando o teor de nitrogênio, formando aminoácidos, fixador biológico, regulador de pH e entre outros. Devido seus benefícios pode-se aumentar a produtividade agrícola mundial (MACHADO, 2018). No século 19, a amônia tornou-se o fluido refrigerante industrial mais confiável pertinente às suas propriedades termodinâmicas, resultando em uma aplicação segura e de alta eficiência energética de refrigeração. Sendo aplicável a todos os processos envolvidos na preservação alimentícia e instalações industriais com operações com troca térmica (DANFOSS, 2018). 33 Na obtenção da pólvora, a amônia também está presente. Neste caso, ocorre a reação por oxidação, produzindo o ácido nítrico, no qual foi primeiramente implementado na história por conta do seu baixo custo de desenvolvimento, sendo ainda destinado para produção de explosivos (RW ENGENHARIA, 2018). Em diversos produtos na área cosmética é utilizado o amoníaco como matéria prima, como alisamentos e tinturas de cabelo. No entanto, por ser um produto tóxico e volátil, a Anvisa permite uma porcentagem segura para sua aplicação. Não obstante, tais cosméticos devem ser evitados por gestantes podendo dispor perigo ao feto. Além disso, ele é aplicável para produção de polímeros e fibras poliméricas (RW ENGENHARIA, 2018). TOXICIDADE DA AMÔNIA A amônia, um produto alcalino que em reação com ácido emite calor, se inalada em grandes concentrações, em sua forma gasosa, pode inibir os reflexos respiratórios, como broncoespasmo, bronquites crônicas, asfixia, edema pulmonar e dores torácicas, e causar a morte (FOSFERTIL, 2018). Por ser altamente solúvel em água, a amônia se dissolve nas mucosas dos olhos e trato respiratório superior, resultando em um efeito irritante intenso e dano celular pela sua ação cáustica alcalina, gerando queimaduras nas mucosas da boca, faringe e laringe e salivação. Além disso, em seu estado líquido, pode causar severas queimaduras nos olhos e na pele, sendo capaz de causar cegueiras permanentes. Contudo, segundo a International Agency for Research in Cancer não tem efeito carcinogênico (FOSFERTIL, 2018). No meio ambiente o produto é extremamente contaminante em correntezas, deixando a água imprópria para qualquer finalidade e, em altas concentrações na atmosfera, forma uma nuvem gasosa pela sua rápida dissipação, gerando hidróxido de amônio, podendo causar danos à todas as espécies animais e vegetais (RIBEIRO; GOMES e OLIVEIRA, 2018). Em seu estado gasoso, ela se apresenta com densidade muito baixa, porém é estável quando armazenada e de fácil manuseio e estocagem sob condições normais com sistema de ventilação diluidora adequada, exaustor de controle e remoção de fonte de ignição em todo o sistema. No entanto, em temperaturas superiores a 450 34 oC, libera nitrogênio e hidrogênio sofrendo decomposição. Apesar disso, não se polimeriza (FOSFERTIL, 2018 e LORENA, 2018). Os halogênios, 1,2-dicloroetano, triclorato de nitrogênio, platina, óxidos de etileno, boro, fortes oxidantes, metais pesados e seus compostos em contato com amoníaco ocasionam reações violentas ou até mesmo explosões. Com cloro e seus compostos provoca liberação de gás cloroamina. Não obstante, deve-se, também, evitar contato com aldeído acético, acroleína, hidrazina e ferrocianeto de potássio (FOSFERTIL, 2018). Caso haja algum acidente com contaminação, é necessário a busca de bloqueio do vazamento ou transferir o produto. A evacuação da área é primordial, e é importante que os envolvidos se posicionem de costas contra o vento (RIBEIRO; GOMES e OLIVEIRA, 2018). Por isso, o acesso de pessoas nos locais, principalmente contaminados, deve ser realizado apenas utilizando roupas de proteção de Policloreto de Vinila (PVC), máscaras com filtro químico adequado ou com suplemento de ar, luvas PVC de cano longo e óculos de segurança contra produtos químicos ou protetor facial. No caso de combate à incêndios, utiliza-se pó químico ou CO2, quando envolve amônia líquida, ou água para redução de sua concentração, em seu estado gás (RIBEIRO; GOMES e OLIVEIRA, 2018). Seu armazenamento adequado deve seguir a orientação do fabricante do equipamento, utilizando aço carbono nas tubulações (ASTM A 106) e nos tanques (ASTM A 285 / A 515 / A 516). Contendo sempre evidentes sinalizações de “Produto Tóxico” na planta (FOSFERTIL, 2018). LEGISLAÇÃO Segundo o Decreto no 96.044, de maio de 1988, o regulamento para o transporte rodoviário de produtos perigosos, capítulo II, sobre as condições do transporte, seção I dos veículos e dos equipamentos abordam: Art. 2º Durante as operações de carga, transporte, descarga, transbordo, limpeza e descontaminação os veículos e equipamentos utilizados no transporte de produto perigoso deverão portar
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