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Ação de Alimentos com Pedido Liminar

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EXCELENTISSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ITUMBIARA DO ESTADO DE GOIÁS
(10 LINHAS)
VALDELICE SOBRENOMExxx brasileira, menor impúbere representada por sua mãe ALICE SOBRENOMExxx, brasileira, operária de telemarketing, estado civilxxx, CPF inscrito sob o n.° xxx.xxx.xxx-xx, RG n.° x.xxx-xxx- CIDADE/UF, ambas residentes e domiciliadas na Rua xxx, n.° xx, bairro xxx, Itumbiara/GO – CEP: 75.xxx-xxx, por seu advogado, com endereço profissional xxx, e-mail xxx, telefone (xx) xxxxx-xxxx, devidamente constituído pelo instrumento de mandato anexo, e com base nos termos da Lei 5.478/1968 e no art. 1.694 do Código Civil vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a seguinte:
(1 LINHA)
AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO LIMINAR DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS
(1 LINHA)
Contra VALTER SOBRENOMEXXX, brasileiro, empresário, divorciado, devidamente inscrito no CPF sob o n.° xxx.xxx.xxx-xx, e documento de identidade RG n.° x.xxx-xxx- CIDADE/UF, residente e domiciliado na Rua xxx, n.° xxx, Setor xxxxx, Goiânia/GO, CEP XX.XXX-XXX, em razão dos fatos e fundamentos a seguir expostos:
1. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Cumpre inicialmente destacar que a requerente não possui condições de arcar com os custos do processo sem prejuízo do seu sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexo (doc. 1), razão pela qual requer os benefícios da justiça gratuita, na forma do art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil e do inciso LXXIV do artigo 5º da Constituição Federal.
1. DOS FATOS
A autora é nascida em decorrência do relacionamento amoroso entre a genitora e o requerido, sendo filha legítima e registrada do réu, conforme certidão de nascimento anexado (doc. 2). A genitora da autora, operadora de telemarketing, passou a conviver sozinha com a criança, não tendo a mínima condição de prover o sustento do lar, já que recebe mensalmente a quantia de R$1.200,00 (mil e duzentos reais), e as despesas da filha resultam em uma quantia mensal de R$1360,00 (mil trezentos e sessenta reais) devido ao fato de que, além das despesas corriqueiras, também necessita pagar medicamentos e tratamentos para a autora que possui fortes alergias a ácaros, conformes documentos anexados (doc. 3), razão pela qual encontra-se a genitora endividada atualmente.
Ocorre que o requerido não tem cumprido seu dever dentre eles o de colaborar de forma eficaz para o sustento de sua filha menor impúbere, pois ajuda esporadicamente com quantias que variam entre R$ 200 e 300,00 mensais. O que não condiz com a situação financeira do requerido que é estável e privilegiada, uma vez que é empresário, não tem outros filhos e possui uma renda de R$10.000,00 (dez mil reais), tendo condições de colaborar para o sustento da sua filha.
Diante disso, não restou outra alternativa à autora, senão a propositura da presente ação com vistas a ver satisfeito o seu direito e como medida de justiça.
2. DO DIREITO 
A ação de alimentos é regulada pela lei 5.478/68 e prevista no artigo 1,696 do CC, que assim nos diz: “Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é reciproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros”.
A requerente encontra-se amparada legalmente, como pode ser observado no artigo 1.695, do Código Civil, vejamos: “Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento”.
Ademais, o dever de prestação de alimentos também está previsto expressamente na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 229, o qual leciona que são deveres dos pais assistir, criar e educar os filhos menores. tendo em vista que os menores não têm condições de prover a si mesmo.
Vale destacar que, para viabilizar o acesso a justiça, é necessário inverter o ônus da prova, conforme a jurisprudência abaixo: 
“... tratando-se de profissional autônomo há que se admitir a inversão do ônus da prova, visto que aos alimentados, impossível ou extremamente dificultosa será a demonstração dos efetivos ganhos do alimentante. Confiram-se, a respeito, as Apelações n. 547.671.4/5, 462 999 4 / 2 e 597.050.4/2-00” (TJSP, 8.ª Câmara de Direito Privado, Apelação 6146474900, Rel. Des. Caetano Lagastra, j. 04.03.2009). 
IV. DA TUTELA D M E URGÊNCIA - ALIENTOS PROVISÓRIOS 
Nas ações de alimentos, é cabível a fixação de alimentos provisórios, nos termos do art. 40 da Lei 5.478/68: "Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita". Nos termos do art. 1.694 do CC, é dever dos parentes prestar alimentos, de modo a arcar com as necessidades dos demais
No vertente caso, em razão das dificuldades financeiras por que passa a genitora da requerente, mister se faz a fixação, como tutela de urgência, determinando seu pagamento exclusivamente pelo requerido. Outrossim, o requerido goza de estável situação econômica e financeira e deve arcar com as necessidades de sua filha, mormente no presente caso em que não paira qualquer dúvida sobre a paternidade, o que torna injustificável a inércia que priva a requerente, sua filha, do necessário ao sustento. 
Desta forma requer que seja fixado o valor de 30% (trinta por cento) do salário mínimo, pois é latente que o Requerido deve cumprir com sua obrigação contribuindo para manutenção do mínimo necessário para que a requerente tenha uma qualidade de vida dentro de padrões dignamente aceitáveis.
V. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, pede a autora a V. Exa.:
a) a fixação de alimentos provisórios, em R$ 1360,00 (mil trezentos e sessenta reais), nos termos do art. 4.º da Lei 5.478/196812;
b) b) posteriormente, a condenação do réu, em definitivo, ao pagamento de pensão mensal, no valor de dois salários mínimos mensais (atualmente 1356,00 - mil trezentos e cinquenta reais), sendo ainda condenado a arcar com o ônus da sucumbência atinente a custas, despesas e honorários advocatícios.
c) o reconhecimento, nos termos do art. 1.º, §§ 2.º e 3.º da Lei de Alimentos, da incidência dos benefícios da justiça gratuita, pois a autora e sua representante são pobres na acepção jurídica do termo14;
d) seja o réu citado, nos termos do art. 5.º da Lei 5.478/1968 por carta, com aviso de recebimento para, querendo, comparecer à audiência de conciliação, instrução e julgamento, ocasião em que deverá apresentar sua defesa, sob pena de revelia, bem como produzir as provas que tiver interesse15.
e) Requer provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, pugnando-se desde já pela distribuição diferenciada do ônus da prova em relação aos fatos de prova inviável pela alimentante16.
Dá-se à causa o valor de R$ 16.320,00 (dezesseis mil trezentos e vinte reais), de acordo com o artigo 259, VI do CPC.
Termos em que
Pede deferimento. 
Itumbiara, 16 de setembro de 2020
______________________________________________
Advogado

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