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Corporeidade na adolescencia

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A adolescência e sua corporeidade
Aluna: Ana Luiza Cardozo Monteiro
Professor: Riley 
Matéria: Educação Física 
Série: 1° ano – Médio
Colégio: Ágape Eusébio
Introdução: 
O corpo é movido por intenções provenientes da mente. As intenções manifestam-se através do corpo, que interage com o mundo, que dá uma resposta para o corpo, que informa a mente através de seus órgãos sensoriais, que, analisando as respostas obtidas do ambiente, muda ou reafirma suas intenções, utilizando o corpo para novas manifestações.
    A esta capacidade de o indivíduo sentir e utilizar o corpo como ferramenta de manifestação e interação com o mundo chamamos de corporeidade.
    A corporeidade do indivíduo evolui com a idade. É lógico que a corporeidade do recém-nascido é totalmente diferente daquela da criança de dez anos, do adulto ou do velho de oitenta anos; a do homem é diferente da mulher; como a do indivíduo doente o é da que possui quando sadio.
Há momentos na vida de um sujeito em que o corpo está em constante desenvolvimento, como na puberdade. Este período se caracteriza por transformações corporais, as quais demarcam o início da adolescência. Neste momento, o sujeito estranha seu corpo, já que a imagem que ele tinha de si mesmo era a de um corpo infantil (Freud, 1905/2003). Como os adolescentes lidam com seus corpos, diante das mudanças hormonais ocasionadas pela puberdade?
Nesse trabalho, abordarei especificamente sobre como é a relação da mente com o corpo do adolescente. 
Desenvolvimento: 
A dinâmica do mundo do século XXI dificulta a sua síntese pelos pensadores da contemporaneidade. Assim também é o adolescente, com seu mundo próprio, de rápidas transformações biopsicossociais, em que os estímulos externos se unem intensamente às mudanças internas que acontecem em seu organismo, os fatores pertinentes à relação existente entre ambiente, corporeidade e consumo alimentar, principalmente na população juvenil. A busca do corpo ideal na pós-modernidade tem se manifestado de forma contundente desde a última década do século XX. Ela condena toda e qualquer manifestação não pertinente ao saudável e ao belo. A hegemonia da magreza compete para se tornar o protótipo desta busca, mesmo que deixe em sua trajetória implicações bem mais graves que o simples desejo de se ter uma boa aparência. Nas investigações prévias à escolha desta temática de pesquisa foram abordados temas que envolvem os processos educativos intrincados na relação do homem como o próprio corpo. Foi percebido que as formas de reeducação são comuns nas tentativas de controle do peso. As formas de reeducação alimentar aplicada em vários segmentos da sociedade, como escola, clínicas de emagrecimento, academias, têm em comum o intento de tornar a vida mais saudável e o corpo mais belo. Porém outro dado em comum é que aparentemente elas não atingem seus objetivos, uma vez que pesquisas indicam o aumento significativo da obesidade entre crianças, jovens e adultos. Esta pesquisa buscou investigar se a educação pode mudar conceitos e atitudes na relação do adolescente com o próprio corpo, a partir da compreensão de fatores como a impulsividade, o consumo inconsequente, a influência dos pares e a busca da identidade. Para atingir esta meta foram investigados quinze adolescentes, de uma escola privada de Ensino Médio, com idades que variam de 15 a 17 anos, em uma cidade do interior do estado do Paraná. Todos os jovens que foram selecionados estavam acima do peso ideal, segundo o cálculo do índice de massa corporal (IMC). A metodologia para a coleta de dados da pesquisa foi diversificada e constou de entrevista e avaliação na forma de escalas: Escala de Impulsividade (BIS 11), Escala de Compulsão Alimentar Periódica (ECAP), Escala de Silhuetas (Figure Rating Scale – FRS), Escala de Atitudes Alimentares (EAT-26) e Escala BSQ que avalia a preocupação com a forma corporal. Os resultados mostraram que a impulsividade e a influência dos pares são fatores importantes na escolha alimentar. Outro fator que fica evidente é que em adolescentes acima do peso a corporeidade é construída a partir das insatisfações e da baixa autoestima frente aos modelos corporais impostos na sociedade. Palavras-chave: adolescência, educação, consumo alimentar, psicologia da saúde, desenvolvimento humano, corporeidade. 
Mesmo dentro de casa, na escola e entre amigos é muito difícil do adolescente se expressar de maneira plena sobre seu próprio corpo devido a cobrança. Muitas vezes não é nem por mal, mas as comparações, comentários e conselhos fazem com que eles se cobrem de maneira negativa.
 Foi possível verificar a percepção do grupo frente à influência da mídia no cotidiano dos jovens, com maior destaque para a TV. Quase a totalidade das idéias centrais (95%) inferiu esta relação, principalmente ressaltando o aspecto negativo, pela cobrança de um ideal físico, tanto para meninos como para meninas (25%), e pelo desencadeamento de doenças e sentimentos depreciativos, como a humilhação (11%).
Esta relação foi verificada com meninas australianas na faixa etária de onze a dezesseis anos. Tiggemann et al.6 trabalharam com grupo focal, confirmando o quanto as influências socioculturais, em particular a mídia, exercem sobre as jovens para serem magras. As autoras observaram, no discurso das meninas, uma elaborada conceituação acerca da relação entre os efeitos da mídia para a imagem corporal. Sendo assim, as jovens revelaram conhecimento acerca dos possíveis fatores que influenciam os adolescentes. Este mesmo efeito foi registrado no presente estudo. Pelo discurso do sujeito coletivo, foi possível confirmar que os jovens estão atentos à interferência da mídia no que se refere ao corpo.
O ideal físico para meninas na sociedade ocidental contemporânea é a magreza, fato este confirmado por vários pesquisadores16,17. Para as jovens australianas, as duas principais razões do desejo em ser magra são baseadas, primeiramente, na influência das modelos e da mídia e, em um segundo momento, para sentirem-se mais atraentes e receberem mais atenção.
A mídia, sociedade, e tecnologia são as principais causadoras de muitos transtornos que os adolescentes acabam sendo acometidos. 
Conclusão: 
Nunca na história da humanidade o culto ao corpo foi tão intenso como nos dias atuais, as preocupações das pessoas em estar em forma, a procura por medidas ideais, satisfação pessoal, alegria, prazer ou até mesmo motivação na vida tem sido intensa nos últimos anos. As mulheres e os homens se preocupam cada vez mais com a forma física: os quilinhos a mais, a pele, o cabelo, o corpo em geral. Manter uma aparência agradável é, sem dúvida, algo positivo para a vida de qualquer pessoa hoje, pois isso faz com que você se sinta mais feliz e mantenha uma boa autoestima. O corpo, sem dúvida, é o principal motivo de tanta inquietação, pois a beleza é vista como algo necessário para que alguém possa obter completa felicidade. Muitas vezes as coisas mais essenciais na vida são deixadas de lado por causa da busca intensa de um corpo ideal, almejado por tais pessoas. O excesso de preocupação, entretanto, pode não ser muito bom e muitas vezes interfere negativamente até mesmo na sua vida familiar e nas relações com as outras pessoas. Há uma infinidade de pessoas que ficam inibidas ou envergonhadas por estar acima do peso, ter celulite ou não gostar disso ou daquilo no próprio corpo, muitas pessoas estão dispostas a tudo para alcançar o padrão desejado ou ditado pela moda atual. Pessoas se submetem a dietas rigorosas ou mesmo a inúmeras intervenções cirúrgicas, fazem implantes de silicones, tudo para ter um corpo “sarado”. Muitas vezes essa procura é apenas para causar impacto e admirações nas outras pessoas. De nada adianta ter um corpo perfeito se a pessoa não estiver consciente do que realmente conta para uma vida prazerosa e harmônica. E assim vai caminhando a sociedade atual, em busca de um corpo perfeito que venha trazer benefícios pessoais, nos relacionamentos de casais, e também nos relacionamentos sociais. Vive-seuma ditadura da beleza em que o corpo é o alvo de todos os sacrifícios.
Por isso devemos sempre procurar ajuda de profissionais de saúde, tanto física quanto mental, para que nossa corporeidade seja aproveitada ao máximo na adolescência.
Referências Bibliográficas:
· https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000400023
· file:///C:/Users/exportacao03/Downloads/Abstract.5885.pdf
· http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=246
· https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/37017https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/37017
· https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/polemica/article/view/8650/6534
· https://pt.wikipedia.org/wiki/Corporeidade

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