Resumo do Governo Collor

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Governo Collor
Antônio Correa Lacerda:
14.1 Abertura Comercial nos países em desenvolvimento
No inicio do processo de abertura existe um razoável consenso de que o processo não deve ser muito rápido, para não agravar o impacto do ajuste especialmente sobre o nível de emprego, nem lento demais a ponto de se tornar vulnerável a pressões políticas.
É necessário que a taxa de cambio seja desvalorizada no ínicio do processo de abertura.
Boa parte dos analistas, recomenda em primeiro lugar liberalizar o mercado de bens para depos liberalizar o mercado de capitais, especialmente no que se refere as restrições sobre o fluxo de k externos.
Há dois aspectos micro e macro
Micro: Principio de que o mercado de k é mais ágil e se adapta mais rapidamente a mudanças profundas do que o mercado de bens
Macro: Possibilidade de existência de diferencias de juros e de rentabilidade de investimentos incentivaria a entrada de recursos externos em larga escala, cuja consequência seria a apreciação do cambio real.
Há uma preocupação com esse movimento pois se for longo pode gerar excesso de divida externa, que é consequência da apreciação cambial. Outro fator é a deterioração do BP causado pelo crescente defict em conta corrente.
Defict que é fomentado por um progressivo movimento de preços desfavoráveis aos bens comercializáveis.
No inicio da década de 80, acreditava-se que a abertura econômica era inevitável, apesar de controvérsias, uma vez que o PSI se esgotava e começava a ser questionado.
A partir de 1990 a abertura econômica brasileira se intensificou, o esgotamento do modelo de substituição de importações e a crescente desregulamentação dos mercados internacionais contribuíram para uma reestruturação da economia brasileira, fomentada pela redução de tarifas de importação e eliminação de várias barreiras não tárifarias.
A tarifa era de 40% em 1990 e foi reduzida a 13%
14.2 Abertura comercial brasileira – Collor 
Nos anos 80, a política brasileira se caracterizava pelo ajuste determinado pela crise de endividamento externo.
A política de comércio exterior estava fortemente voltada para a obtenção de superávits comerciais, por meio de contenção de importações e incentivos as exportações. 
Paralelo ao controle de importações, o governo implementou um projeto para promover as exportações, onde houve avanços.
Grande parte dos setores da economia se encontravam em atraso tecnológico em comparação os padrões intenracionais, devido as obsolência das maquinas e equipamentos quantos nos métodos administrativos e nas relações capital trabalho.
Antes liderado pelo complexo metal mecânico e químico, na década de 80 passou a ser condicionado pelas novas tecnologias de microeletrônica, informática, telecomunicações...
A crise fiscal do estado também repercutia na qualidade do ensino básico e na ausência de programas de treinamento profissional especializado. Dificultando a adaptação as novas tecnologias.
14.2.1 Planos Collor I e II
Plano Collor I, combinava confisco dos depósitos a vista e aplicações financeiras com prefixação da correção dos preços e salários, cambio flutuante, tributação ampliada sobre as aplicações financeiras e a chamada reforma administrativa, que implico o fechamento de inúmeros órgãos públicos e demissão de boa parte dos funcionários.
O quadro fiscal era grave, adotou politica para redução de divida interna, política de austeridade e aumento de receita fiscal. Entretanto a precariedade do ajuste, cujos efeitos foram passageiros e não duradouros, o superávit primário reduziu a metade em 1991.
Plano Collor II: Foi adotado em janeiro de 1991, em situação de desespero devido a reaceleração da inflação. Mais uma vez foi adotado o congelamento de preços e salários e da unificação das datas base de reajuste salarial, além de novas medidas de contração monetária e fiscal.
As tentativas de combate a inflação, fez com que 1990 a 1992 fosse marcado por forte recessão, com queda de 10% no PIB, pelo aumento do desemprego e queda dos salários reais e da massa salarial.