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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Neste capítulo, abordaremos um dos assuntos mais relevantes para a redução de acidentes do trabalho nas empresas. Aprenderemos de forma simples e objetiva a Norma Regulamentadora (NR 5) do MTE que regulamenta a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Conheceremos a história da CIPA, seus paradigmas, suas atribuições, o processo eleitoral e o aspecto legal que permeia o tema. 5.1 História da CIPA A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ( CIPA) encontra suas origens numa simples sugestão de trabalhadores de diversos países que, reunidos na Organização Internacional do Traba- lho (OIT), fundada em 1919, organizaram, em 1921, um comitê para estudos de diversos assuntos relacionados com segurança e higiene do trabalho, bem como sugestão de recomendações de medi- das preventivas de doenças e acidentes de trabalho, que passariam a ser adotadas pelos países, de acordo com o interesse de cada um, na esperança de promover a melhoria nas condições de trabalho de seu povo (MATTOS et al, 2011). Uma dessas recomendações era a organização de comitês de seguridade social para grupos com, no mínimo, vinte trabalhadores, em estabelecimentos industriais, distribuídos pelos mais de 150 países filiados à OIT, cuja principal finalidade era preservar a integridade física e psíquica dos seus trabalhadores. Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição 5.1 .1 E no Brasil, como nasceu a CIPA? A CIPA no Brasil nasceu de uma maneira bem peculiar. Por volta de 1944, o então Presidente Getúlio Vargas criou o Decreto-Lei n 2 7.036 de 10 de novembro de 1944, que regulamentou apre- venção de acidentes do trabalho no Brasil, trazendo seus primeiros mandamentos e aclamando, dessa forma, um grande anseio social que per1neava o tema na época. Atualmente, a CIPA encontra respaldo nos artigos de 162 a 165 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), bem como é regulamentada de forma mais precisa pela Norma Regulamentadora (NR 5) do MTE, contida na Portaria GM nº 3.214, de 8 de junho de 1978, e alterada pela Portaria SIT n2 247, de 12 de julho de 2011, cujas instruções trazem diversos ensinamentos a todos os envol- vidos no quesito segurança do trabalho e prevenção de acidentes. Acompanhe a seguir. 18 5.2 Do objetivo A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, também conhecida pela sigla CIPA, exerce um papel de extrema relevância para o sucesso da segurança do trabalho nos dias de hoje. Nos termos da NR 5 (CIPA), essa nobre comissão tem como principal objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo que torne compatíveis, permanentemente, o trabalho, a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 5.3 Da constituição Devem constituir a CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas, públicas, as sociedades de economia mista, os órgãos da administração direta e indireta, as instituições beneficentes, as associações recreativas, as cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados. As disposições contidas na NR 5 aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos e às entidades que lhes tomam serviços, observadas as disposições estabelecidas em Normas Regulamen- tadoras de setores econômicos específicos. As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, por meio de membros de CIPA ou designados, mecanismos de integração com o objetivo de promover o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do ambiente e de instalações de uso cole- tivo, podendo contar com a participação da administração deste. 5.4 Da organização A CIPA será composta de representantes do empregador (empresa) e dos empregados, res- salvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro 5.1 (Quadro Ida NR 5), a seguir: 18 Texto baseado na Norma Regulamentadora (NR 5) do MTE, adaptado para fins didáticos. Também disponível na íntegra em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D311909DC0131678641482340/nr_05.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2014. Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição Quadro 5.1 - Quadro I da NR 5, que trata do dimensionamento da CIPA nas empresas Nº de Acima de 10.000 Vl Empregados no o 20 30 51 81 101 121 141 301 501 1001 2501 5001 o para cada grupo o. ::s Estabelecimento a a a a a a a a a a a a a ... de 2.500, (!I Nº de Membros 19 29 50 80 100 120 140 300 500 1000 2500 5000 10.000 -1< acrescentar da CIPA Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2 C-1 Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 3 4 7 9 12 2 Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 4 6 9 12 15 2 C-l a t--------+---+-----,1---+----+---+---+---+---+-----l.-----+----+----+---+-------t Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 5 8 9 12 2 Efetivos 1 1 2 2 3 4 4 5 6 7 1 O 11 2 C-2 Suplentes 1 1 2 2 3 3 4 4 5 6 7 9 1 Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 1 O 1 O 2 C-3 Suplentes 1 1 2 2 3 3 4 4 5 6 8 8 2 Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1 C-3a t--------+---+-----,1---+----+---+---+---+---+-----l.-----+----+----+---+-------t Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1 Efetivos 1 1 1 1 1 2 2 2 3 5 6 1 C-4 Suplentes 1 1 1 1 1 2 2 2 3 4 4 1 Efetivos 1 1 2 3 3 4 4 4 6 9 9 11 2 C-5 Suplentes 1 1 2 3 3 3 4 4 5 7 7 9 2 Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 6 7 1 C-5a i-----------1-----,1---+----+------,...--+---+----1.------t----+----..---+-------1 Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1 Efetivos 1 1 2 3 3 4 5 5 6 8 1 O 12 2 C-6 Suplentes 1 1 2 3 3 3 4 4 4 6 8 1 O 2 Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1 C-7 Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 4 1 Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 5 6 8 9 1 O 2 C-7a i-----------1-----,1---+----+------,...--+---+----1.------t----+----..---+-------1 Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 5 7 8 8 2 Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 1 O 1 C-8 Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 4 5 6 8 1 Efetivos 1 1 1 2 2 2 3 5 6 7 1 C-9 Suplentes 1 1 1 2 2 2 3 4 4 5 1 Efetivos 1 1 2 2 3 3 4 4 5 8 9 1 O 2 C-1 O i-----------1-----,1---+----+------t---+---+----1.------t----+----..---+-------1 Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 4 6 7 8 2 Efetivos 1 1 2 3 3 4 4 5 6 9 1 O 12 2 C-1 1 i-----------1--1---+----+------t---+---+----1.------t----+----..---+-------1 Suplentes 1 1 2 3 3 3 3 4 4 7 8 1 O 2 Efetivos 1 1 2 3 3 4 4 5 7 8 9 1 O 2 C-12 i-----------1-----,1---+----+------t---+---+----1.------t----+----..---+-------1 Suplentes 1 1 2 3 3 3 3 4 6 6 7 8 2 Efetivos 1 1 3 3 3 3 4 5 6 9 11 13 2 C-13 i-----------1-----,1---+----+------t---+---+----1.------t----+----..---+-------1 Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 5 7 8 10 2 Efetivos 1 1 2 2 3 4 4 5 6 9 11 11 2 C-14 i-----------1--1---+----+------t---+---+----1.------t----+----..---+-------1 Suplentes 1 1 2 2 3 3 4 4 5 7 9 9 2 Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1 C- 14a i-----------1-----,1---+----+------t---+---+----1.------t----+----..---+-------1 Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 1 Efetivos 1 1 3 3 4 4 4 5 6 8 1 O 12 2 C-15 i-----------1--1---+----+------t---+---+----11------t----+----..---+-------1 Suplentes 1 1 3 3 3 3 3 4 4 6 8 1 O 2 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição N11 de Vl Empregados no o o e. :::i Estabelecimento a ... (!I Nº de Membros 19 -1< da CIPA Efetivos C-16 Suplentes Efetivos C-17 Suplentes Efetivos C-18 Suplentes Efetivos C-18a Suplentes Efetivos C-19 Suplentes Efetivos C-20 Suplentes Efetivos C-21 Suplentes Efetivos C-22 Suplentes Efetivos C-23 Suplentes Efetivos C-24 Suplentes Efetivos C-24a Suplentes Efetivos C-24b Suplentes Efetivos C-24c Suplentes Efetivos C-24d Suplentes Efetivos C-25 Suplentes Efetivos C-26 Suplentes Efetivos C-27 Suplentes Efetivos C-28 Suplentes Efetivos C-29Suplentes Efetivos C-30 Suplentes Efetivos C-31 Suplentes 20 a 29 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 30 a 50 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 51 a 80 2 2 2 2 2 2 3 3 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1 2 2 1 1 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 81 101 121 141 301 a a a a a 100 120 140 300 soo 3 3 3 4 5 3 3 3 3 4 2 4 4 4 4 2 3 3 3 4 2 4 4 4 4 2 3 3 3 4 3 4 4 4 4 3 3 3 3 4 1 2 2 2 3 1 2 2 2 3 3 3 3 3 4 3 3 3 3 3 1 2 2 2 3 1 2 2 2 3 2 3 3 4 4 2 3 3 3 3 1 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 4 4 4 4 2 3 3 4 4 1 2 2 2 2 1 2 2 2 2 3 4 4 4 4 3 3 3 3 3 1 2 2 2 2 1 1 1 2 2 1 2 2 2 3 1 1 1 2 2 1 2 2 2 2 1 2 2 2 2 1 1 1 1 2 3 1 1 2 3 1 1 2 3 1 1 2 3 1 1 2 4 4 4 5 2 3 3 4 4 1 2 2 2 3 1 2 2 2 3 501 a 1000 6 4 6 5 6 5 6 5 3 3 5 4 3 3 6 5 3 3 6 5 3 3 6 4 4 4 4 4 3 3 2 2 4 3 4 4 2 2 7 6 3 3 1001 a 2500 8 6 8 7 8 7 9 7 4 3 5 4 4 3 8 6 4 3 8 7 4 3 9 7 5 5 5 5 4 3 3 3 5 4 5 5 3 3 8 7 4 3 2501 a 5000 10 7 10 8 10 8 12 9 5 4 6 5 5 4 10 8 5 4 10 8 5 4 12 9 7 7 7 7 5 4 4 3 6 5 6 5 4 3 9 8 5 4 5001 Acima de 10.000 para cada grupo a lO.OOO de 2.500, acrescentar 12 2 9 2 12 2 10 2 12 2 10 2 15 2 12 2 6 1 4 1 8 2 6 1 6 1 5 1 12 2 9 2 6 1 5 1 12 2 10 2 6 1 4 1 15 2 12 2 7 1 7 1 9 1 9 1 6 1 5 1 5 1 4 1 6 1 5 1 6 1 5 1 5 1 4 1 10 2 9 1 6 1 5 1 Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição N2 de Acima de 10.000 Vl Empregados no o 20 30 51 81 101 121 141 301 501 1001 2501 5001 o para cada grupo a. Estabelecimento ::, a a a a a a a a a a a a a ... de 2.500, (!I N2 de Membros 19 29 50 80 100 120 140 300 500 1000 2500 5000 10.000 -1< acrescentar da CIPA --··-·-·-··-·-·-·---·- ·-··-·------ ·-··-·------ ·--·--- ·------ ·------ ·-··-··-··- ·-----------------·-· ------ ·------------------·-· ------·-···- Efetivos 1 1 2 2 2 3 3 4 5 6 1 C-32 Suplentes 1 1 2 2 2 3 3 3 4 5 1 Efetivos 1 1 1 1 2 3 4 5 1 C-33 Suplentes 1 1 1 1 2 3 3 4 1 Efetivos 1 1 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2 C-34 Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 5 7 8 9 2 Efetivos 1 1 2 2 2 2 3 4 5 6 1 C-35 Suplentes 1 1 2 2 2 2 3 3 4 5 1 Fonte: BRASIL. NR 5 - Comissão interna de prevenção de acidentes. Brasília, 1978. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D311909DC0131678641482340/ nr_05.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2014. 5.4.1 Como deve ser organizada a CIPA na empresa? Conforme determina a NR 5 (itens 5.6.2 a 5.6.4), os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles designados, e os representantes dos empregados, titulares e suplentes serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participarão, independentemente de filiação sindical, exclusi- vamente, os empregados interessados. O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro 5.1, ressalvadas as alterações dis- ciplinadas em atos normativos de setores econômicos específicos. Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro 5.1 , a empresa designará um respon- sável pelo cumprimento dos objetivos da NR 5, podendo ser adotados mecanismos de participação dos empregados, por meio de negociação coletiva. Fique de olho! 5.4.2 Estabilidade na CIPA Nos termos do item 5.8 da NR 5, é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empre- gado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato. Nesse sentido, a CLT, em seu artigo 165, dispõe: " [ ... ] Os titulares da representação dos emprega- dos nas CIPAs não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro" (BRASIL, 1943). A Súmula 339 do TST complementa: [ ... ] S. 339 do TST - CIPA. Suplente. Garantia de emprego. CF/ 1988. I - O suplente da CIPA goza da garantia de emprego prevista no art . 1 O, II, a, do ADCT a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988. Comissão Interna de Prevenção de Ac identes Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição II - A estabilidade provisória do cipeiro não constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário. BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Súmula no 339, 2005. Disponível em: <http://brs02. tst.jus. br! cgi-binlnph-brs? d=BLNK&d=BLNK&s 1=339&s2=BD EN.BASE. &u=http://intranet. tst.jus.br!jurisprudencia!n_brs!n_bden.html&p=l &r=l &f= G&l=20>. Acesso em: 1 O mar. 2014 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos §§ 1 º e 2° do artigo 469 da CLT. O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a discussão e o encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho analisa- das na CIPA. O empregador designará, entre seus representantes, o presidente da CIPA, e os representantes dos empregados escolherão, entre os titulares, o vice-presidente. Os membros da CIPA eleitos e designados serão empossados no primeiro dia útil após o tér- mino do mandato anterior. Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substi- tuto, entre os componentes ou não da comissão, sendo, nesse caso, necessária a concordância do empregador. A documentação referente ao processo eleitoral da CIPA, incluindo as atas de eleição e de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias, deve ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. Quando solicitada, deve ser imediatamente encaminhada ao sindicato dos trabalhadores da categoria. O empregador deve fornecer cópias das atas de eleição e posse aos membros titulares e suplen- tes da CIPA, mediante recibo. A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda que haja redu- ção do número de empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento. 5.5 Das atribuições A Norma Regulamentadora 5, no item 5.16, traz de forma simples e objetiva as atribuições que devem nortear os trabalhos da CIPA na empresa. Além de outras obrigações legais, ela tem por atribuição: a) identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos, com a participa- ção do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver ; Legislação Apl icada à Segurança do Traba lho Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição Amplie seus conhecimentos Cores do Mapa de Risco Conforme determina a Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, que estabeleceu o Anexo IV da NR 5 (CIPA), o mapa de riscos deve ser padron izado de acordo com a tabela a segui r: Tabela 5.1 - Cores do mapa de riscos, anexo IV da NR 5. Segundo os critérios qual itativos para cada grupo ou risco. GRUPO I VERDE GRUPO II VERMELHO GRUPO Ili MARROM GRUPO IV AMARELO GRUPO V AZUL Fonte: Mais informaçães poderão ser obtidas diretamente no site do MTE,disponível em: <http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEA44A24704C 6/p_ 19941229_25.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2014. b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho; c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção neces- sárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho; d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e a saúde dos tra- balhadores; e) f) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de tra- balho e discutir as situações de risco que forem identificadas; divulgar aos trabalhadores informações relativas a segurança e saúde no trabalho; g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e no processo de trabalho relacionados à segurança e à saúde dos trabalhadores; h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor em que considere haver risco grave e iminente à segurança e à saúde dos trabalhadores; i) colaborar no desenvolvimento e na implementação do PCMSO e do PPRA, bem como de outros programas relacionados a segurança e saúde no trabalho; Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas a segurança e saúde no trabalho; k) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas de doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos pro- blemas identificados; 1) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham inter- ferido na segurança e na saúde dos trabalhadores; m) requisitar à empresa as cópias das CATs emitidas; n) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT; Figura 5.1 - Uma das principais atribuições da CIPA na atualidade é participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de campanhas de prevenção da aids, principalmente durante a SIPAT. 5.5.1 O que cabe ao empregador? Nos termos da NR 5, item 5.17, cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas constantes do plano de trabalho. 5.5.2 O que cabe ao empregado? Nesse sentido, o item 5.18 dessa norma determina que cabe aos empregados: [ ... ] a) participar da eleição de seus representantes; b) colaborar com a gestão da CIPA; c) indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho; d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à preven- ção de acidentes e doenças decorrentes do t rabalho. BRASIL. NR 5 - Comissão interna de prevenção de acidentes. Brasília, 1978. Disponível em: <http://portal.mte.gov. brl data/files/8A7C812D311909DCO 131678641482340/nr _05.pdf>. Acesso em: 1 O mar. 2014. Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição 5.5.3 O que cabe ao presidente da CIPA? Nos termos do item 5.19 dessa norma (NR 5), cabe ao presidente da CIPA: [ ... ] a) convocar os membros para as reuniões da CIPA; b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT, quando houver, as decisões da comissão; c) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA; d) coordenar e supervisionar as atividades de secretaria; e) delegar atribuições ao vice-presidente; BRASIL. NR 5 - Comissão interna de prevenção de acidentes. Brasília, 1978. Disponível em: <http://portal.mte.gov. brl data/files/8A7C812D311909DCO 131678641482340/nr _05.pdf>. Acesso em: 1 O mar. 2014. 5.5.4 O que cabe ao vice-presidente da CIPA? De forma objetiva, o item 5.20 da NR 5 regulamenta o que cabe ao vice-presidente da CIPA: [ ... ] a) executar atribuições que lhe forem delegadas; b) substituir o presidente nos seus impedimentos eventuais ou nos seus afastamen- , . tos temporar1os; BRASIL. NR 5 - Comissão interna de prevenção de acidentes. Brasília, 1978. Disponível em: <http://portal.mte.gov. brl data/files/8A7C812D311909DCO 131678641482340/nr _05.pdf>. Acesso em: 1 O mar. 2014. 5.5.5 O que cabe ao presidente e ao vice-presidente da CIPA? O item 5.21 dessa norma regulamenta de forma conjunta as atribuições do presidente e do vice-presidente da CIPA, conforme a seguir: [ ... ] a) cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvi- mento de seus trabalhos; b) coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que os objetivos propostos sejam alcançados; c) delegar atribuições aos membros da CIPA; d) promover o relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver; e) divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento; f) encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA; g) constituir a comissão eleitoral. BRASIL. NR 5 - Comissão interna de prevenção de acidentes. Brasília, 1978. Disponível em: <http://portal.mte.gov. br/ data/files/8A7C812D311909DCO 131678641482340/nr _05.pdf>. Acesso em: 1 O mar. 2014. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição 5.5.6 O que cabe ao secretário da CIPA? Finalmente, o item 5.22 da NR 5 ensina que o secretário da CIPA terá por atribuições: [ ... ] a) acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as para aprova- ção e assinatura dos membros presentes; b) preparar as correspondências; c) outras que lhe forem conferidas. BRASIL. NR 5 - Comissão interna de prevenção de acidentes. Brasília, 1978. Disponível em: <http://portal.mte.gov. br/ data/files/8A7C812D311909DCO 131678641482340/nr _05.pdf>. Acesso em: 1 O mar. 2014. 5.6 Do funcionamento De forma geral, a CIPA poderá se reunir na empresa sob duas modalidades: mediante reuniões ordinárias e reuniões extraordinárias. 5.6.1 Reuniões ordinárias A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido. As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa e em local apropriado. As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes, com encaminhamento de cópias para todos os membros, devendo estas ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. 5.6.2 Reuniões extraordinárias As reuniões extraordinárias da CIPA, conforme prescreve o item 5.27 da NR 5, deverão ser realizadas quando: [ ... ] a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de medidas corretivas de emergência; b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal; c) houver solicitação expressa de uma das representações. BRASIL. NR 5 - Comissão interna de prevenção de acidentes. Brasília, 1978. Disponível em: <http://portal.mte.gov. br/ data/files/8A7C812D311909DCO 131678641482340/nr _05.pdf>. Acesso em: 1 O mar. 2014. Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição Fique de olho! Das decisões da CIPA, caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento justificado. O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião ordinária, quando será analisado, devendo o presidente e o vice-presidente efetivar os encaminhamentos necessários. 5.6.3 Da perda do mandato da CIPA O item 5.30 da NR 5 tratasobre a hipótese de perda do mandato dos membros da CIPA. Nesse sentido, o membro-titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa. 5.6.4 Da vacância de cargos na CIPA A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente, obede- cida a ordem de colocação decrescente que consta na ata de eleição, devendo os motivos ser registra- dos em ata de reunião. 5.6.4.1 Vacância do cargo de presidente No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto, em dois dias úteis, preferencialmente, entre os membros da CIPA. 5.6.4.2 Vacância do cargo de vice-presidente No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros-titulares da representação dos empregados escolherão o substituto, entre seus titulares, em dois dias úteis. Nesse sentido, o item 5.31.3 da NR 5 traz as seguintes observações: [ ... ] 1) Caso não existam suplentes para ocupar o cargo vago, o empregador deve reali- zar eleição extraordinária, cumprindo todas as exigências estabelecidas para o pro- cesso eleitoral, exceto quanto aos prazos, que devem ser reduzidos pela metade. 2) O mandato do membro eleito em processo eleitoral extraordinário deve ser com- patibilizado com o mandato dos demais membros da Comissão. 3) O treinamento de membro eleito em processo extraordinário deve ser realizado no prazo máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse. BRASIL. NR 5 - Comissão interna de prevenção de acidentes. Brasília, 1978. Disponível em: <http://portal.mte.gov. br! data!files/8A7C812D311909DCO 131678641482340/nr_OS.pdf>. Acesso em: 1 O mar. 2014. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição 5. 7 Do treinamento Uma das principais características da CIPA na segurança do trabalho é que, na maioria das vezes, ela é formada pelos trabalhadores leigos da empresa; com raras exceções, pode ser encontrado algum membro do SESM em sua formação ( como é caso de técnicos de segurança do trabalho que acabam se candidatando, por exemplo). Por isso, é essencial o treinamento de CIPA. Nesse sentido, o item 5.32 da NR 5 reza: [ ... ] A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes da posse. O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de trinta dias, contados a partir da data da posse. As empresas que não se enquadrarem no Quadro I promoverão anualmente trei- namento para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR. (BRASIL, 2011 b) 5. 7. 1 Conteúdo programático O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens: [ ... ] a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscos originados do processo produtivo; b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho; c) noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na empresa; d) noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - aids, e medidas de -prevençao; e) noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária relativas a segurança e saúde no trabalho; f) princípios gerais de h igiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos; g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão. BRASIL. NR 5 - Comissão interna de prevenção de acidentes. Brasília, 1978. Disponível em: <http://portal.mte.gov. br/ data/files/8A7C812D311909DCO 131678641482340/nr _05.pdf>. Acesso em: 1 O mar. 2014. 5.7.2 Carga horária de formação O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em, no máximo, oito horas diá- rias e será realizado durante o expediente normal da empresa. Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição Expediente 1H ?H 1H Período de treinamento dH 7H AH 31 Dias D 30 Dias Figura 5.2 - Durante o treinamento de CIPA, é muito importante que haja uma perfeita combinação entre o período de treinamento e a respectiva jornada de trabalho dos participantes, pois isso facilita a interação dos colaboradores, o que é algo essencial para o aprendizado. 5.7.2.1 Quem poderá ministrar o curso? O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, por entidade patronal, por entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os temas ministrados. A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive, quanto à entidade ou aos profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à empresa escolher a entidade ou o profissional que ministrará o treinamento. Fique de olho! 5.8 Do processo eleitoral A Norma Regulamentadora 5, em seu item 5.38, dispõe sobre o processo eleitoral da CIPA. Nesse sentido, compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados na CIPA, no prazo mínimo de sessenta dias antes do tértnino do mandato em curso, devendo a empresa estabelecer mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral ao sindi- cato da categoria profissional. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição Mandato atual da CIPA Escolha de novos representantes Mandato CIPA -60 -50 -40 -20 -10 o 10 20 Figura 5.3 - É importante atentar para os prazos obrigatórios do processo eleitoral. Caso contrário, a empresa poderá ser punida pelo MTE, bem como poderá ser anulado todo o processo eleitoral. O presidente e o vice-presidente da CIPA constituirão, dentre seus membros, no prazo mínimo de 55 dias antes do término do mandato em curso, a Comissão Eleitoral (CE), que será a responsável pela organização e pelo acompanhamento do processo eleitoral. Nos estabelecimentos em que não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída pela empresa. Nos termos do item 5.40 dessa norma (NR 5), o processo eleitoral observará as seguintes condições: [ ... ] a) publicação e divulgação de edital, em locais de fácil acesso e visualização, no pra- zo mínimo de 45 dias antes do término do mandato em curso; b) inscrição e eleição individual, sendo que o período mínimo para inscrição será de quinze dias; c) liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento, indepen- dentemente de setores ou locais de trabalho, com fornecimento de comprovante; d) garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição; e) realização da eleição no prazo mínimo de trinta dias antes do término do mandato da CIPA, quando houver; f) realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de turnos e em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados. g) voto secreto; h) apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela comissão eleitoral; i) faculdade de eleição por meios eletrônicos; j) guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período mínimo de cinco anos. BRASIL. NR 5 - Comissão interna de prevenção de acidentes. Brasília, 1978. Disponível em: <http://portal.mte.gov.br!data!files/8A7C812D311909DC0131678641482340/nr_05.pdf>. Acesso em: 1 O mar. 2014. Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição Havendo participação inferior a 50% dos empregados na votação, não haverá a apuração dos votos, e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação, que ocorrerá no prazo máximo de dez dias. 5.8. 1 Denúncias e fraudes As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade descentralizada do MTE, até trintadias após a data da posse dos novos membros da CIPA. Compete à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, confirmadas irregu- laridades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou proceder à anulação, quando for o caso. Em caso de anulação, a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco dias, a contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores. Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará assegurada a prorroga- ção do mandato anterior, quando houver, até a complementação do processo eleitoral. Assumirão a condição de membros titulares e suplentes os candidatos mais votados. 5.8.2 E quando houver empate na classificação dos eleitos? Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no estabelecimento. Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em caso de vacância de suplentes. 5.9 Das contratantes e contratadas O item 5.46 da NR 5 determina, de forma clara e objetiva, as responsabilidades das empresas contratantes e contratadas quanto à aplicação e ao cumprimento dessa norma, conforme a seguir: [ ... ] Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera- -se estabelecimento, para fins de aplicação desta NR, o local em que seus empregados estiverem exercendo suas atividades. Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA ou designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das contratadas ou com os designados, definir mecanismos de integração e de participação de todos os trabalhadores em relação às decisões das CIPA existentes no estabelecimento. A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, deverão implementar, de forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, decorrentes da presente NR, de forma a garantir o mesmo nível de prote- ção em matéria de segurança e saúde a todos os trabalhadores do estabelecimento A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas contrata- das, suas CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele estabeleci- mento recebam as informações sobre os riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de proteção adequadas. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar o cumprimento, pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento, das medidas de segurança e saúde no trabalho. (BRASIL, 2011 b) Aprendemos neste capítulo sobre a redução de acidentes do trabalho nas empresas. Conhecemos a Norma Regulamentadora 5 do MTE, que regulamenta a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Abordamos, de forma simples e objetiva, conceitos históricos, paradigmas, atribuições, processo eleitoral e o aspecto legal que permeia o tema na atualidade. Aprendemos ainda sobre as etapas do treinamento de CIPA, bem como sobre as responsabilidades das empresas contratantes e contratadas quanto ao cumprimento dessa norma . • • • • : Agora é com você! • • • • • • : 1) • • • • • • • • • • • : 2) • • • : 3) • • • • • • • • • • : 4) • • • : 5) Considerando os tópicos abordados neste capítulo, elabore um texto-resumo de, no mínimo, vinte linhas, sobre os assuntos que você considera mais relevantes para o sucesso da CIPA nas empresas . Explique com suas palavras o processo eleitoral da CIPA nos dias de hoje . Considerando as determinações prescritas na Portaria nº 25, de 29 de dezembro de 1994, que estabeleceu o Anexo 4 da NR 5 (CIPA), bem como as orientações do seu professor, reúna-se com seus amigos e elabore um mapa de risco completo . Em que situações a CIPA deverá reunir-se de forma extraordinária? Cite, no mínimo, três atribuições da CIPA na atualidade. Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho Editora Érica - Legislação Aplicada à Segurança do Trabalho - Paulo Roberto Barsano - 1ª Edição
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