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www.dizerodireito.com.br 
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INFORMATIVO esquematizado 
 
Informativo 656 – STF 
Márcio André Lopes Cavalcante 
 
Processos excluídos deste informativo esquematizado por não terem sido concluídos em virtude de pedidos 
de vista: AC 2910 AgR-MC/RS; ADI 807/RS; ADI 3037/RS. 
Julgados excluídos por não terem relevância para concursos pelo fato de o resultado do julgamento ter sido 
obtido especialmente por conta de peculiaridades do caso concreto: Inq 2913 AgR/MT; Inq 2584 ED-ED/SP. 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
Defensoria Pública 
 
É inconstitucional a legislação do Estado de São Paulo que prevê a celebração de convênio 
exclusivo e obrigatório entre a Defensoria Pública de SP e a OAB-SP. 
Esta previsão ofende a autonomia funcional, administrativa e financeira da Defensoria Pública 
estabelecida no art. 134, § 2º, da CF/88. 
 
Somente é possível a prestação, pelo Poder Público, de assistência jurídica à população carente 
por não Defensores Públicos em caso de situação excepcional e temporária. 
Comentários Previsão do convênio entre a DPE-SP e a OAB-SP: 
A Constituição do Estado de São Paulo prevê em seu art. 109: 
Artigo 109. Para efeito do disposto no artigo 3º desta Constituição, o Poder Executivo 
manterá quadros fixos de defensores públicos em cada juizado e, quando necessário, 
advogados designados pela Ordem dos Advogados do Brasil - SP, mediante convênio. 
 
O art. 3º, mencionado, traz a seguinte redação: 
Artigo 3º O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que declararem 
insuficiência de recursos. 
 
A Lei Complementar n. 988/2006 (Lei Orgânica da DPE-SP), por sua vez, previu: 
Dos Convênios de Prestação de Assistência Judiciária 
Artigo 234. A Defensoria Pública do Estado manterá convênio com a Seccional de São Paulo 
da Ordem dos Advogados do Brasil, visando implementar, de forma suplementar, as 
atribuições institucionais definidas no artigo 5º desta lei. 
§ 1º (...) 
§ 2º A remuneração dos advogados credenciados na forma deste artigo, custeada com as 
receitas previstas no artigo 8º, será definida pela Defensoria Pública do Estado e pela 
Seccional Paulista da Ordem dos Advogados do Brasil. 
§ 3º - (...) 
 
A previsão deste convênio existe porque a Defensoria Pública em São Paulo somente foi 
criada em 2006, com um quadro de membros insuficiente para as demandas do Estado. 
Assim, diante do pequeno número de Defensores Públicos, a Constituição estadual 
autorizou a realização de convênio para que advogados privados prestassem assistência 
jurídica aos hipossuficientes. P
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INFORMATIVO esquematizado 
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a2
 
ADI proposta pelo PGR: 
O Procurador-Geral da República propôs, no STF, ação direta de inconstitucionalidade 
contra o art. 109 da Constituição estadual e contra o art. 234 da LC paulista 988/2006. 
O PGR alegou, na referida ADI, que os dispositivos mencionados afrontavam o art. 134, § 2º da 
CF/88, que prevê a autonomia funcional, administrativa e financeira da Defensoria Pública, 
considerando que o referido convênio foi previsto de forma “obrigatória” para a DPE. 
 
Preliminar de conhecimento da ação: o art. 109 da CE-SP é de 1989 e o art. 134, § 2º da CF 
é de 2004. Cabe ADI neste caso? 
Antes de adentrar ao exame do mérito da ADI, o STF discutiu questão muito interessante. 
A ADI tinha, como um dos seus objetos, o art. 109 da CE-SP, que foi editada em 1989. 
(Obs: quando se diz que a ADI tinha por objeto determinada norma, o que se está afirmando 
é que a ADI foi proposta para impugnar esta norma. Assim, o objeto da ADI significa a 
norma impugnada pela ADI). 
 
O parâmetro de controle deste art. 109 da CE-SP era o art. 134, § 2º, da CF/88. Este § 2º do 
art. 134 foi incluído na CF/88 pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004. 
(Obs2: quando se fala em parâmetro de controle de constitucionalidade está se 
mencionando a norma da Constituição que é violada pelo ato impugnado). 
 
Recapitulando: 
 Parâmetro: é a norma formalmente constitucional que está sendo violada. 
 Objeto: é o ato que ofende o parâmetro e, por isso, está sendo impugnado. 
 
No caso examinado, um dos objetos da ADI (o art. 109 da CE-SP/89) era mais antigo que o 
parâmetro (§ 2º do art. 134 da CF, incluído pela EC 45/04). Indaga-se: 
Na ADI, é possível que o objeto da ADI seja anterior, isto é, seja mais antigo que o 
parâmetro? 
NÃO. Para que a lei ou ato normativo seja impugnado por ADI ou ADC, é necessário que 
esta lei ou ato normativo tenha sido editado depois do parâmetro constitucional invocado. 
Em outras palavras, o parâmetro, na ADI e na ADC, deve ser anterior ao objeto. 
Se o parâmetro é posterior ao ato normativo impugnado, não se está diante de 
inconstitucionalidade, mas sim de não recepção. 
 
Se não cabe ADI nestes casos, qual é o instrumento cabível? 
Arguição de descumprimento de preceito fundamental. Quando o ato impugnado (objeto) 
for anterior ao texto constitucional (parâmetro), não caberá ADI, mas será possível a 
propositura de ADPF. 
 
Considerando que não cabia ADI contra o art. 109 da CE-SP, o que o STF decidiu? 
O STF conheceu da ADI como se fosse uma ADPF. 
A ADI, a ADC e a ADPF são fungíveis entre si. Assim, segundo a jurisprudência pacífica do 
STF, se for proposta uma ADI com relação a um ato anterior à CF/88, esta ADI não é cabível, 
mas pode ser convertida em ADPF. 
 
O STF adotou o rito do art. 12 da Lei 9.868/99 e julgou definitivamente a ação: 
Em alguns casos, quando o autor da ADI pede a concessão de medida cautelar, o STF, pode, 
ao invés de reunir o Plenário apenas para julgar a medida cautelar, decidir, desde logo, 
definitivamente a ação. Esta previsão está no art. 12, da Lei 9.868/99: 
Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e 
de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a 
 
INFORMATIVO esquematizado 
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prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da 
União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, 
submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar 
definitivamente a ação. 
 
Foi o que aconteceu neste julgamento. O Tribunal entendeu que, embora se cuidasse de 
medida cautelar, o STF poderia julgar a causa, desde logo, em termos definitivos, porquanto 
o feito estaria devidamente aparelhado, haja vista que todos os intervenientes 
manifestaram-se exaustivamente, a exemplo da AGU e do Ministério Público. 
Desse modo, o STF não julgou apenas a medida cautelar, mas sim a questão em definitivo. 
 
Quanto ao mérito: 
No mérito, o STF entendeu que o art. 234 da LC 988/2006 impõe a obrigatoriedade da DPE-
SP firmar convênio, em termos de exclusividade, com a OAB-SP. 
Na visão do Supremo isso descaracteriza o próprio conceito de convênio e viola a 
autonomia funcional e administrativa da Defensoria (art. 134, § 2º, da CF/88). 
 
O convênio, nos moldes previstos pela legislação paulista, contraria também o art. 14, § 2º, 
da LC 80/94 (Lei Orgânica Nacional da Defensoria Pública): 
Art. 14. (...) 
§ 2º Não havendo na unidade federada Defensoria Pública constituída nos moldes desta Lei 
Complementar, é autorizado o convênio com a entidade pública que desempenhar essa 
função, até que seja criado o órgão próprio. (Incluído pela LC 98/99). 
 
O Estado de São Paulo não poderia, sob o pálio de convênios firmados para responder a 
situações temporárias, furtar-se ao dever jurídico-constitucional de institucionalização 
plena e de respeito absoluto à autonomia da Defensoria Pública. 
 
Relativamente ao art. 109 da Constituição paulista, atribuiu-se-lhe interpretação conforme 
para afirmar que seu texto enunciaria apenas mera autorização ou possibilidade de 
celebração de convênios com a OAB-SP, sem cunho de necessidade, nem exclusividade, de 
modo a ficar garantida à Defensoria Pública, em consonância com sua autonomia 
administrativa e funcional, a livre definição dos seus eventuais critériosadministrativo-
funcionais de atuação. 
 
Assim, pela decisão da Corte, a DPE-SP, enquanto ainda não estiver plenamente 
estruturada, poderá celebrar convênios não apenas com a OAB-SP, mas também com 
outros organismos com capacidade postulatória. A decisão quanto a celebrar ou não os 
convênios e a escolha da entidade com quem será firmado o instrumento é uma decisão da 
Defensoria, pautada em sua autonomia funcional e administrativa. 
 
Vale ressaltar, no entanto, que a regra primordial para a prestação de serviços jurídicos 
pela Administração Pública, enquanto atividade estatal permanente, é o concurso 
público, a constituir situação excepcional e temporária a prestação de assistência jurídica 
à população carente por não Defensores Públicos. 
 
Advocacia 
pro bono e 
assessoria 
jurídica 
gratuita por 
municípios 
Um dos temas atualmente de maior destaque nas discussões envolvendo Defensoria 
Pública e assistência jurídica gratuita é o seguinte: 
A CF/88, ao prever a Defensoria Pública como instituição essencial à função jurisdicional do 
Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos que 
comprovarem insuficiência de recursos, proíbe, de maneira reflexa, a advocacia pro bono 
(voluntária) e o oferecimento de assessoria gratuita por municípios? 
 
INFORMATIVO esquematizado 
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A advocacia pro bono, “advocacia para o bem”, em tradução literal, significa a prestação de 
serviços advocatícios por advogados privados, que não recebem nada por isso, e atuam em 
prol de demandas que atendam ao interesse público. O movimento de advocacia pro bono 
teve início nos EUA. 
As Defensorias Públicas, de uma forma geral, não se voltam contra a prática da advocacia 
pro bono. Existem alguns setores na própria OAB que criticam a advocacia pro bono, 
afirmando que seria apenas uma forma camuflada de captação de clientes. 
 
Quanto à prestação de serviços de assistência jurídica gratuita por municípios (as chamadas 
“Defensorias Públicas municipais”), a polêmica é maior, havendo duas correntes sobre o 
tema: 
 
1ª corrente: Não seria possível esta prática por violar o art. 134, da CF/88. Este dispositivo 
constitucional assegurou à Defensoria Pública o monopólio da assistência jurídica gratuita 
estatal, prestada pelo Estado, com recursos públicos. Assim, é inconstitucional a prestação 
de assistência jurídica gratuita por parte dos Municípios. Esta é a posição institucional 
defendida pelas Defensorias Públicas. 
 
2ª corrente: É possível a prestação de assistência jurídica gratuita por municípios 
considerando que o art. 134 da CF/88 não prevê, em nenhum momento, o monopólio, ou 
seja, que tais serviços sejam prestados exclusivamente pela DPE e DPU. A realidade é que as 
Defensorias Públicas não possuem estrutura para atender toda a demanda, de sorte que 
tais serviços, prestados por alguns municípios, são importantes para garantir o acesso à 
justiça das pessoas hipossuficientes. É a tese adotada por alguns membros do MP. 
 
Como responder em uma prova discursiva? 
Após explanar as duas correntes, deve-se adotar a primeira se a prova for para a Defensoria 
Pública. Se o concurso for para o Ministério Público, o mais seguro é filiar-se à segunda 
corrente. 
 
Um lema tem sido bastante difundido entre os chefes das Defensorias Públicas e entidades 
de classe. A frase que sintetiza esta posição institucional é a seguinte: 
A Defensoria Pública não quer ter o monopólio da assistência jurídica gratuita, sendo 
reconhecida a importância da advocacia pro bono em alguns casos. O que a Defensoria 
Pública detém, inegavelmente, por força da Constituição Federal é o monopólio da 
assistência jurídica gratuita estatal, prestada pelo Estado, com recursos públicos. 
 
Nesta ADI julgada, não houve decisão formal e específica sobre nenhum desses temas, mas 
vale mencionar que o Min. Dias Toffoli, ao proferir seu voto, afirmou que vislumbrava a 
possibilidade de atuação de advocacia pro bono e de assessoria jurídica pelos municípios. 
Ressalte-se, no entanto, que esta não pode ser considerada a posição do STF sobre o 
assunto. 
Processo Plenário. ADI 4163/SP, rel. Min. Cezar Peluso, 29.2.2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Serviços notariais e de registro 
 
A organização das serventias extrajudiciais e dos serviços por elas desempenhados está 
inserida na seara da organização judiciária, para a qual se exige a edição de lei formal, de 
iniciativa privativa dos Tribunais de Justiça. 
Os notários e registradores NÃO são considerados serviços auxiliares do Poder Judiciário. 
O desmembramento, desdobramento, extinção, acumulação, desacumulação, anexação, 
desanexação e modificação de serventias notariais ou registrais somente ocorre mediante lei. 
Comentários O que são serventias extrajudiciais? 
São os popularmente conhecidos “cartórios”, ou seja, serviços notariais e de registro 
públicos desempenhados por pessoas físicas, em caráter privado, por delegação do Poder 
Público, nos termos do art. 236 da CF/88 e da Lei n. 8.935/94. Exs: tabelionato de notas, 
tabelionato de protesto, registro civil de pessoas naturais, registro civil de imóveis etc. 
O termo “cartório”, apesar de ainda muito utilizado na prática, não é mais adotado pela Lei 
n.° 8.935/94, devendo ser evitado em provas de concurso. 
 
A Constituição Federal estabelece em seu art. 96, I, b: 
Art. 96. Compete privativamente: 
I - aos tribunais: 
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, 
velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; 
 
Este art. 96, I, b, da CF aplica-se aos notários e registradores? Os notários e registradores 
são considerados serviços auxiliares do Poder Judiciário? 
NÃO. É o entendimento do STF. 
Tradicionalmente, alegava-se que este art. 96, I, b, da CF seria dirigido aos notários e 
registradores. No entanto, o entendimento atual é o de que os serviços notariais e registrais 
não são considerados como meros serviços auxiliares da Justiça. 
A confusão se dava porque os notários e registradores são fiscalizados pelo Poder Judiciário, 
mas isso não faz com que sejam auxiliares. Nesse sentido: CINTRA, GRINOVER e 
DINAMARCO (Teoria Geral do Processo). 
 
Caso concreto examinado neste julgado: 
O Tribunal de Justiça de Rondônia editou a Resolução 7/2011, fixando critérios objetivos para 
desmembramento, desdobramento, extinção, acumulação, desacumulação, anexação, 
desanexação e modificação dos limites territoriais das serventias notariais e de registro do Estado. 
 
Estes temas poderiam ser tratados por meio de Resolução ou exigem lei em sentido formal? 
R: Exigem lei em sentido formal. 
 
Neste julgado e em outros no mesmo sentido, o STF decidiu que a matéria relativa à 
ordenação das serventias extrajudiciais e dos serviços por elas desempenhados está 
inserida na seara da organização judiciária, para a qual se exige a edição de lei formal, de 
iniciativa privativa dos Tribunais de Justiça. 
 
Onde está prevista esta exigência? 
Na Constituição Federal: 
Art. 96. Compete privativamente: 
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor 
ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169: 
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; 
 
 
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Art. 125 (...) 
§ 1º - A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de 
organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. 
 
Desse modo, os serviços notariais e de registro devem ser organizados por meio de lei, não 
podendo ser tratados por atos infralegais dos Tribunais de Justiça. 
Qualquer ato relativo às serventias, como criação, desmembramento, desdobramento, 
extinção, acumulação, desacumulação, anexação ou desanexação devem ser feitos por 
intermédio de lei em sentido formal. 
 
A Resolução objeto da ADI analisada conferia ao Pleno do Tribunal de Justiça a competênciapara extinguir, desmembrar, acumular e anexar limites territoriais e definir atribuições das 
serventias. 
 
Com base nestas razões, dentre outras, o STF deferiu a medida cautelar na ADI para 
suspender, com efeitos ex nunc, a eficácia da vigência dos artigos da Resolução 7/2011, do 
TJRO, que tratam sobre desmembramento, desdobramento, extinção, acumulação, 
desacumulação, anexação, desanexação e modificação de áreas territoriais dos serviços 
notariais e de registro do Estado de Rondônia. 
 
A ação foi proposta pela Associação dos Notários e Registradores do Brasil - Anoreg-BR. 
Precedentes Este tema não é novo no STF. Em verdade, atualmente, trata-se de entendimento pacífico da Corte: ADI 
4140/GO (DJe de 20.9.2011); ADI 2415/SP (DJe de 9.2.2012). 
Processo Plenário. ADI 4657 MC/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 29.2.2012. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
Autotutela administrativa e decadência 
 
O simples fato de ter sido instaurado um processo administrativo para apurar se um ato 
administrativo praticado foi legal não viola direito do beneficiário, sendo exercício do poder 
da administração de autotutela (Súm. 473 STF). 
A legalidade do ato praticado há mais de 5 anos pode ser examinada, considerando que não 
ocorre a decadência do direito de anular o ato se ficar comprovada a má-fé do beneficiário. 
Comentários O Governo Federal editou a Portaria Interministerial 134/2011 criando um grupo de 
trabalho para a realização de estudos preliminares para uma possível revisão das anistias 
políticas concedidas com base na Portaria GM3 1.104/64, da Força Aérea Brasileira. 
 
Algumas pessoas que receberam anistia política com base na Portaria GM3 1.104/64 têm 
impetrado mandados de segurança com o objetivo de suspender o procedimento de 
revisão das anistias. 
 
O principal argumento dos impetrantes é o de que já se passaram mais que 5 anos do ato 
que concedeu a anistia, de forma que esta concessão não pode mais ser revista porque 
ocorreu a decadência, nos termos do art. 54 da Lei n. 9.784/99 (que regula o processo 
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal): 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram 
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que 
foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
 
 
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O STJ tem julgado improcedentes tais mandados de segurança. 
 
Nestes dois casos divulgados no Informativo 656, houve recurso ao STF contra a decisão do STJ 
que denegou os mandados de segurança. Lembrando que o recurso que se interpõe contra a 
decisão do STJ que denega MS é o recurso ordinário constitucional (art. 102, II, a, da CF/88). 
 
O STF, contudo, por maioria, desproveu (rejeitou) os recursos ordinários interpostos, ou 
seja, manteve a decisão do STJ. 
 
Argumentos utilizados pela 1ª Turma do STF para desprover o recurso: 
1) A portaria impugnada não anulou a anistia concedida, tampouco suspendeu o pagamento 
devido aos anistiados. Esta portaria apenas permitiu a instauração de procedimento 
preliminar de revisão para apurar eventuais ilegalidades na anistia. Assim, esta portaria 
fica condicionada à prática de outros atos administrativos, de modo que ela não se presta, 
por si só, a produzir lesão ou justo receio de lesão aos impetrantes. 
 
2) A Administração Pública tem o poder-dever de rever seus atos, nos termos do 
Enunciado 473 da Súmula do STF: A Administração pode anular seus próprios atos, 
quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; 
ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos 
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
 
3) O art. 54 da Lei 9.784/99 não estabelece prazo decadencial de cinco anos para que a 
Administração reveja seus atos, mas sim para a anulação de atos administrativos dos 
quais decorram efeitos favoráveis para os destinatários, salvo comprovada má-fé. 
 
4) Não cabe analisar se houve ou não a decadência, uma vez que esta poderá ser afastada 
se ficar comprovada a má-fé do administrado, elemento que ainda será apurado no 
procedimento anulatório, respeitados o contraditório e a ampla defesa. 
Processos 1ª Turma. RMS 30973/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, 28.2.2012. 
RMS 30975/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, 28.2.2012. 
 
 
DIREITO PENAL 
 
Concurso entre agravantes e atenuantes 
 
No caso de concurso de agravantes e atenuantes (art. 67 do CP), 
a reincidência prevalece sobre a confissão espontânea? 
 
1ª corrente: SIM. A reincidência prevalece (1ª Turma do STF). 
2ª corrente: NÃO. A confissão e a reincidência se compensam (Posição do STJ e da 2ª Turma do STF). 
1ª corrente: 
 
Reincidência 
prevalece 
sobre a 
confissão 
1ª Turma STF 
A reincidência é uma circunstância agravante que prepondera sobre as atenuantes, com 
exceção daquelas que resultam dos motivos determinantes do crime ou da personalidade 
do agente, o que não é o caso da confissão espontânea. Precedentes. 
A confissão espontânea é ato posterior ao cometimento do crime e não tem nenhuma 
relação com ele, mas, tão-somente, com o interesse pessoal e a conveniência do réu 
durante o desenvolvimento do processo penal, motivo pelo qual não se inclui no caráter 
subjetivo dos motivos determinantes do crime ou na personalidade do agente. 
(HC 102.486/MS, 1ª Turma, rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 06/04/2010) 
 
(...) Nos termos do art. 67 do Código Penal, no concurso de atenuantes e agravantes, a pena 
Atualizado segundo 
o Info 498 do STJ 
 
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deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes. No caso em 
exame, a agravante da reincidência prepondera sobre a atenuante da confissão 
espontânea, razão pela qual é inviável a compensação pleiteada ou qualquer outra 
mitigação. Precedentes. 
(HC 108391, 1ª Turma, Relator Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, julgado em 24/04/2012) 
2ª corrente: 
 
Reincidência 
e confissão se 
compensam 
 
Posição do STJ 
2ª Turma STF 
Posição do STJ: 
A 3ª Seção do STJ (que engloba as duas Turmas criminais), por maioria, entendeu que 
devem ser compensadas a atenuante da confissão espontânea e a agravante da 
reincidência por serem igualmente preponderantes. 
Segundo se afirmou, a confissão revela traço da personalidade do agente, indicando o seu 
arrependimento e o desejo de emenda. 
Assim, nos termos do art. 67 do CP, o peso entre a confissão – que diz respeito à personalidade 
do agente – e a reincidência – expressamente prevista no referido artigo como circunstância 
preponderante – deve ser o mesmo, daí a possibilidade de compensação. 
(EREsp 1.154.752-RS, 3ª Seção, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgados em 23/5/2012) 
 
Posição da 2ª Turma do STF: 
O Relator lembrou que a Constituição (art. 5º, LXIII) assegura aos presos o direito ao 
silêncio e que o Pacto de São José da Costa Rica (art. 8º, 2, g) institucionaliza o princípio da 
não autoincriminação — nemo denetur se detegere. 
Nesse contexto, o chamado réu confesso assume postura incomum, ao afastar-se do 
instinto do autoacobertamento para colaborar com a elucidação dos fatos, do que resulta a 
prevalência de sua confissão. 
O instituto da confissão espontânea é sanção do tipo premial. 
(HC 101909/MG, 2ª Turma, rel. Min. Ayres Britto, 28.2.2012) 
O que diz o 
art. 67 do 
CP? 
Concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes 
Art. 67. No concurso de agravantes e atenuantes, a pena deve aproximar-se do limite 
indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo-se como tais as que resultam 
dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. 
 
Para a 1ª corrente: a confissão não está prevista no rol das circunstâncias preponderantes. 
Para a 2ª corrente: a confissão está prevista no rol das circunstâncias preponderantes 
considerando que é um aspecto relacionado com a “personalidade do agente”. 
Processo Segunda Turma. HC 101909/MG,rel. Min. Ayres Britto, 28.2.2012. 
 
 
Exercício arbitrário das próprias razões 
 
O art. 346 do CP é uma espécie de exercício arbitrário das próprias razões, caracterizada pelo 
fato de o objeto estar em poder de terceiro por determinação judicial ou prévia convenção. 
Tanto no art. 346 como no art. 345 do CP o bem jurídico tutelado é a administração da justiça, e 
não o patrimônio, o que afasta a tese de que estes crimes seriam inconstitucionais por 
representarem uma forma de prisão civil por dívida. 
Comentários 
 
Determinado indivíduo, representante da empresa X, sem prévia ordem judicial de busca e 
apreensão, tirou coisa própria que se achava em poder da empresa Y por força de contrato 
de prestação de serviços firmado entre empresas. 
 
Qual o delito, em tese, praticado por este indivíduo? 
R: o crime do art. 346 do Código Penal: 
Art. 346. Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de 
terceiro por determinação judicial ou convenção: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
 
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O referido indivíduo impetrou habeas corpus no STF requerendo o trancamento da ação 
penal. 
 
A 2ª Turma do STF indeferiu o HC. 
 
Alguns argumentos interessantes mencionados pelo STF no julgado: 
 A figura prevista no art. 346 do CP é uma espécie peculiar de exercício arbitrário das 
próprias razões (art. 345 do CP), caracterizada pelo fato de o objeto material estar em 
poder de terceiro por determinação judicial ou prévia convenção. 
 Tanto no art. 346 como no art. 345 do CP o bem jurídico tutelado é a administração da 
justiça, e não o patrimônio, o que afasta a tese de que estes crimes seriam 
inconstitucionais por representarem uma forma de prisão civil por dívida. 
 Embora a retomada do bem tenha sido autorizada por juízo cível, esta decisão que 
determinou a retomada ocorreu em data posterior à conduta do réu de ir até a 
empresa e buscar o bem, ou seja, ocorreu, em tese, após a consumação do delito do 
art. 346 do CP. 
Processo 2ª Turma. HC 100459/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, 28.2.2012. 
 
 
Estatuto do desarmamento 
 
O porte de arma de fogo desmuniciada configura crime? 
SIM. Posição da 5ª Turma do STJ e do STF. 
Comentários 
 
Após a entrada em vigor da Lei 10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento), o delito de porte 
ilegal de arma de fogo passou a ser crime de perigo abstrato, para cuja caracterização não 
importa o resultado concreto da ação. 
O Estatuto do Desarmamento, além de tipificar o simples porte de munição, não exige para 
a configuração do crime que a arma esteja municiada, de acordo com o que se extrai da 
redação do art. 14. 
Precedentes 
da 1ª Turma 
A conduta de portar arma de fogo desmuniciada sem autorização e em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar configura o delito de porte ilegal previsto no art. 14 da 
Lei nº 10.826/2003, crime de mera conduta e de perigo abstrato. 
Deveras, o delito de porte ilegal de arma de fogo tutela a segurança pública e a paz social, e 
não a incolumidade física, sendo irrelevante o fato de o armamento estar municiado ou não. 
Tanto é assim que a lei tipifica até mesmo o porte da munição, isoladamente. 
(HC 88757, Relator: Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 06/09/2011) 
Precedentes 
da 5ª Turma 
do STJ 
Prevalece na Jurisprudência o entendimento de que o porte ilegal de arma de fogo 
desmuniciada e o de munições, mesmo configurando hipótese de perigo abstrato ao objeto 
jurídico protegido pela norma, constitui conduta típica, pois "o objeto jurídico tutelado não é 
a incolumidade física, mas a segurança pública e a paz social, sendo irrelevante o fato de 
estar a arma de fogo municiada ou não. Precedentes." (STF, HC 104.206/RS, 1.ª Turma, Rel. 
Min. Cármen Lúcia, DJe de 26/08/2010). 
(HC 184.557/MG, Rel. Ministra Laurita Vaz, Quinta Turma, julgado em 07/02/2012) 
Conclusão Trata-se de questão muito importante para concursos do Ministério Público e Magistratura. 
A corrente que prevalece de forma amplamente majoritária, na jurisprudência, é a de que o 
porte de arma de fogo desmuniciada configura o crime do art. 14 da Lei n. 10.826/03. 
Este é o entendimento que deve ser adotado nas provas de concurso, salvo em uma prova 
prática ou oral da Defensoria quando o candidato deverá expor a posição majoritária (para 
demonstrar conhecimento), mas posicionar-se favoravelmente à tese de que seria atípico 
por não haver ofensa ao bem jurídico (princípio da ofensividade ou lesividade). 
Processo 2ª Turma. HC 96759/CE, rel. Min. Joaquim Barbosa, 28.2.2012. 
 
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DIREITO PENAL MILITAR 
 
Art. 326 do CPM 
 
É possível que o militar responda pelo art. 326 do CPM e pelo art. 37 da Lei de Drogas, 
sem que isso configure bis in idem. 
Comentários 
 
Vejamos o seguinte exemplo hipotético: 
“X” é militar e revela, a uma quadrilha de tráfico de drogas, determinado fato sigiloso de 
que tem ciência em razão de seu cargo (ex: o dia e a hora em que será realizada uma 
operação militar de combate ao tráfico). Indaga-se: “X” poderá responder pelo crime do art. 
326 do Código Penal Militar e pelo delito do art. 37 da Lei n. 11.343/2006 (Lei de Drogas)? 
 
Código Penal Militar: 
Violação de sigilo funcional 
Art. 326. Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo ou função e que deva 
permanecer em segrêdo, ou facilitar-lhe a revelação, em prejuízo da administração militar: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
Lei de Drogas: 
Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à 
prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e pagamento de 300 (trezentos) a 700 
(setecentos) dias-multa. 
 
Resposta: SIM. 
 
A 2ª Turma do STF, ao julgar hipótese parecida com esta, entendeu que, embora o fato 
fosse único, as imputações eram distintas e os fatos bem delineadas, a permitir a submissão 
do paciente tanto à justiça estadual quanto à justiça militar. 
Além disso, asseverou-se que as referidas infrações penais tipificadas na legislação 
extravagante e no CPM revestir-se-iam de autonomia e tutelariam bens jurídicos diversos, 
quais sejam, a saúde pública e a ordem administrativa militar, respectivamente. 
Assim, concluiu-se pelo afastamento da assertiva de litispendência. 
 
Lembrando que o indivíduo “X” responde pelo crime do art. 326 do Código Penal Militar na 
Justiça Militar e pelo delito do art. 37 da Lei n. 11.343/2006 na Justiça Comum. 
Processo 2ª Turma. RHC 108491/MG, rel. Min. Gilmar Mendes, 28.2.2012. 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
Nulidades 
 
Havendo mais de um advogado regularmente constituído, sem nenhuma ressalva ao 
recebimento de intimação, a publicação pode ser feita em nome de qualquer um deles. 
Comentários 
 
Este julgado noticiado no informativo é repleto de questões decididas com base nas 
peculiaridades do caso concreto. Para fins de concurso, a única conclusão que deve ser 
destacada é a seguinte: é entendimento consagrado no STF que, havendo mais de um 
advogado regularmente constituído, sem nenhuma ressalva ao recebimento de intimação, 
bastaria, para sua validade, que a publicação fosse feita em nome de um deles. 
Processo 2ª Turma. HC 102433/PR, rel. orig. Min. Ellen Gracie, red. p/ o acórdão Min. Joaquim Barbosa, 28.2.2012. 
 
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Julgue os itens a seguir: 
1) Às Defensorias Públicas Estaduais e da União são asseguradas autonomia funcional e administrativa, 
nos termos do § 2º do art. 134 da CF/88. ( ) 
2) O STF julgou inconstitucional a previsão de celebração de convênio exclusivo e obrigatório entre a 
Defensoria Pública de SP e a OAB-SP. ( ) 
3) A autonomia funcional, administrativa e financeira da Defensoria Pública estabelecida no art. 134, § 2º 
representa norma programática que não temo condão de servir como parâmetro de controle de 
constitucionalidade. ( ) 
4) O STF decidiu que é possível a prestação regular, pelo Poder Público, de assistência jurídica à população 
carente por não Defensores Públicos. ( ) 
5) Parâmetro do controle de constitucionalidade é a norma formalmente constitucional que está sendo 
violada e o objeto é o ato que ofende o parâmetro. ( ) 
6) Na ADI o objeto da ação deve ser anterior ao parâmetro. ( ) 
7) A lei ou ato normativo impugnado pela ADI deve ter sido editado depois do parâmetro constitucional 
invocado, sob pena de não conhecimento da ação. ( ) 
8) Pode-se dizer que entre a ADI, a ADC e a ADPF existe uma fungibilidade. ( ) 
9) Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial 
significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no 
prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, 
sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a 
faculdade de julgar definitivamente a ação. ( ) 
10) Os notários e registradores são considerados serviços auxiliares do Poder Judiciário. ( ) 
11) A fiscalização dos atos praticados pelos notários e registradores é realizada pelo Poder Judiciário. ( ) 
12) Os serviços notariais e de registro devem ser organizados por meio de lei, não podendo ser tratados 
por atos infralegais dos Tribunais de Justiça. ( ) 
13) A legalidade do ato praticado há mais de 5 anos pode ser examinada considerando que não ocorre a 
decadência do direito de anular o ato se ficar comprovada a má-fé do beneficiário. ( ) 
14) O art. 346 do CP é uma espécie de exercício arbitrário das próprias razões, caracterizada pelo fato de o 
objeto estar em poder de terceiro por determinação judicial ou prévia convenção. ( ) 
15) Tanto no art. 346 como no art. 345 do CP o bem jurídico tutelado é a administração da justiça, e não o 
patrimônio, o que afasta a tese de que estes crimes seriam inconstitucionais por representarem uma 
forma de prisão civil por dívida. ( ) 
16) O porte de arma de fogo desmuniciada não configura crime. ( ) 
17) A depender do caso concreto, é possível que o militar responda pelo art. 326 do CPM e pelo art. 37 da 
Lei de Drogas, sem que isso configure bis in idem. ( ) 
18) Havendo mais de um advogado regularmente constituído, sem nenhuma ressalva ao recebimento de 
intimação, a publicação pode ser feita em nome de qualquer um deles. ( ) 
 
Questões discursivas 
1) Discorra sobre a constitucionalidade das chamadas “Defensorias Públicas municipais” e da advocacia pro 
bono. 
2) Discorra sobre o concurso de agravantes e atenuantes, nos termos do art. 67 do CP. 
 
 
 
 
Gabarito 
1. E 2. C 3. E 4. E 5. C 6. E 7. E 8. C 9. C 10. E 
11. C 12. C 13. C 14. C 15. C 16. E 17. C 18. C

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