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CIÊNCIAS DO AMBIENTE Prof. Mirian Desplanches mirian.mercado@up.edu.br AULA 06 ➢ TEMAS: ⪢ RECURSOS HÍDRICOS (continuação) Poluentes das atividades de mineração Extração de água Lagoa de resíduos Poluições acidentais Águas substerrâneas Aquifero confinado Vazamentos Dutos Pesticidas e fertilizantes Postos de combustíveis Tanque enterrado de gasolina e solvente Sewer Tanques sépticos Poluição urbana Extração de água Resíduos Poluentes do ar RECURSOS HÍDRICOS • Padrões são teores máximos de impurezas permitidos na água, estabelecidos em função dos seus usos; • São fixados por entidades públicas, de acordo com a legislação, com o objetivo de garantir que a água a ser utilizada para um determinado fim não contenha impurezas que venham a prejudicá-la. RECURSOS HÍDRICOS • Em termos práticos, há 3 tipos de padrões de interesse direto dentro da Ciência Ambiental referentes a qualidade da água: ➢ Padrões de lançamento no corpo receptor; ➢ Padrões de qualidade do corpo receptor; ➢ Padrões de qualidade para determinado uso imediato (ex.: padrões de potabilidade, balneabilidade, irrigação). RECURSOS HÍDRICOS • Padrões de qualidade do corpo receptor: ➢ Estabelecimento do nível de qualidade (classe) a ser alcançado e/ou mantido em um segmento de corpo d’água ao longo do tempo. • No Brasil o dispositivo legal em vigor é a Resolução CONAMA Nº. 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) de 2005, que apresenta: ➢ padrões de qualidade dos corpos receptores; ➢ padrões de balneabilidade; ➢ e classifica as águas de acordo com seus usos predominantes. RECURSOS HÍDRICOS • A resolução CONAMA N 357/05, dividiu as águas do território nacional em: – Águas doces→ salinidade ≤ 0,5%; – Salobras → 0,5 < salinidade < 30%; – Salinas → salinidade ≥ 30%. RECURSOS HÍDRICOS Padrões de Qualidade • Em função dos usos previstos, foram criadas classes para águas superficiais brasileiras: ➢ Águas doces→ Classe especial e classes 1, 2, 3, 4; ➢ Águas salinas → Classe especial e classes 1, 2, 3; ➢ Águas salobras→ Classe especial e classes 1, 2, 3; • A cada uma dessas classes corresponde uma determinada qualidade a ser mantida no corpo d´água, são os Padrões de Qualidade. RECURSOS HÍDRICOS Padrões de Qualidade ÁGUAS DOCES ➢ Classe especial: abastecimento para consumo humano, com desinfecção; preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral. ➢ Classe 1: abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado; proteção das comunidades aquáticas; recreação de contato primário (natação, mergulho, entre outras); irrigação de hortaliças que são consumidas cruas; proteção de comunidades aquáticas em Terras Indígenas. RECURSOS HÍDRICOS Padrões de QualidadeÁGUAS DOCES ➢ Classe 2: abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional; proteção das comunidades aquáticas; recreação de contato primário (natação, mergulho, entre outras); irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; aquicultura e atividade de pesca. ➢ Classe 3: abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; pesca amadora; recreação de contato secundário; dessedentação de animais. RECURSOS HÍDRICOS Padrões de Qualidade ÁGUAS DOCES ➢ Classe 4: navegação e harmonia paisagística. RECURSOS HÍDRICOS Padrões de Qualidade➢ Rio Belém→ • Nascente até o Bosque do Papa → classe 3; • Do Bosque do Papa até a foz → classe 4. RECURSOS HÍDRICOS http://retratosdobelem.blogspot.com.br/2012/10/contexto-natural-e-urbano.html Padrões de QualidadeRB1 RECURSOS HÍDRICOS Padrões de Qualidade http://retratosdobelem.blogspot.com.br/2012/10/contexto-natural-e-urbano.html RB3 RB4 RECURSOS HÍDRICOS Padrões de Qualidade RB5 RB6 RB7 RECURSOS HÍDRICOS Padrões de Qualidade RB8 RECURSOS HÍDRICOS Padrões de Qualidade RB9 RB10 RB11 RECURSOS HÍDRICOS Padrões de Qualidade • Cabe aos órgãos ambientais dos estados, territórios e Distrito Federal efetuar, não só o enquadramento dos corpos de água no âmbito das classes preconizadas pela Resolução CONAMA n° 357/05, como exercer atividade orientadora, fiscalizadora e punitiva junto às fontes de poluição que possam alterar os valores dos padrões de qualidade das águas da classe estabelecida para o corpo d’água receptor. RECURSOS HÍDRICOS Padrões de Qualidade • Padrões de lançamento no corpo receptor: ➢ Preservação da qualidade do corpo de água. • Além de satisfazer os padrões de lançamento, deve proporcionar condições para que a qualidade do corpo receptor se enquadre dentro dos padrões para corpos receptores. RECURSOS HÍDRICOS Padrões de Qualidade • No Brasil o dispositivo legal em vigor é a Resolução CONAMA N° 430 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) de 2011, que apresenta: ➢ padrões de lançamento de efluentes em corpos receptores. RECURSOS HÍDRICOS Padrões de Qualidade ➢ Nas águas de classe especial é vedado o lançamento de efluentes ou disposição de resíduos domésticos, agropecuários, de aqüicultura, industriais e de quaisquer outras fontes poluentes, mesmo que tratados. ➢ Nas demais classes de água, o lançamento de efluentes deverá, simultaneamente: I - atender às condições e padrões de lançamento de efluentes; II - não ultrapassar as condições e padrões de qualidade de água, estabelecidos para as respectivas classes, nas condições da vazão de referência; e III - atender a outras exigências aplicáveis. RECURSOS HÍDRICOS Padrões de Qualidade PARANÁ • Lei Nº 12.726 de 26/11/99 – institui a Política Estadual de Recursos Hídricos; – cria o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos; – define a bacia hidrográfica como unidade de planejamento. • Portaria SUDERSHA Nº 019 de 2007 (Instituto das águas do Paraná) - Estabelece as normas e procedimentos administrativos para a análise técnica de requerimentos de Outorga Prévia (OP) e de Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos (OD) para empreendimentos de saneamento básico. RECURSOS HÍDRICOS AUTODEPURAÇÃO DOS CORPOS HÍDRICOS MISTURA E TRANSPORTE DE POLUENTES RECURSOS HÍDRICOS Poluição da Água e Autodepuração AUTODEPURAÇÃO DOS CORPOS HÍDRICOS RECURSOS HÍDRICOS Poluição da Água e Autodepuração Autodepuração dos corpos receptores • Definição: Recuperação do equilíbrio no meio aquático por processos naturais após as alterações causadas pelo lançamento de poluentes. • Importância: ➢ Utilizar a capacidade de assimilação dos rios ➢ Impedir o lançamento de cargas superiores a capacidade de assimilação Lançamento de matéria orgânica Estabilização da matéria orgânica por bactérias Consumo de oxigênio dissolvido RECURSOS HÍDRICOS Poluição da Água e Autodepuração Etapas da Autodepuração dos corpos receptores DECOMPOSIÇÃO REAERAÇÃO RECURSOS HÍDRICOS Poluição da Água e AutodepuraçãoDecomposição • A matéria orgânica é consumida por bactérias e outros microrganismos aeróbios que transformam compostos orgânicos de cadeias mais complexas, em cadeias mais simples; • Durante a decomposição, há um decréscimo nas concentrações de oxigênio dissolvido na água devido à respiração dos seres que consomem a matéria orgânica; • O processo se completa com a reposição desse oxigênio; • Quando cessa a decomposição, diz-se que a matéria orgânica foi estabilizada. RECURSOS HÍDRICOS Poluição da Água e AutodepuraçãoReaeração • Recuperação do oxigênio dissolvido: ➢ Trocas atmosféricas ➢ Fotossíntese RECURSOS HÍDRICOS Poluição da Água e AutodepuraçãoAutodepuração dos Corpos Receptores Autodepuração • Zona de Águas Limpas • Zona de Degradação • Zona de Decomposição Ativa • Zona de Recuperação • Zona de Águas Limpas RECURSOS HÍDRICOS Autodepuração dos Corpos ReceptoresZona de águas limpas RECURSOSHÍDRICOS Autodepuração dos Corpos ReceptoresZona de águas limpas • Localiza-se a montante do ponto de lançamento do efluente. • Apresenta características do ecossistema antes do lançamento do efluente. • Se não ocorrem lançamentos de cargas poluentes a montante do ponto considerado esse trecho do rio é tido como limite do seu equilíbrio natural. RECURSOS HÍDRICOS Autodepuração dos Corpos ReceptoresZona de degradação RECURSOS HÍDRICOS Autodepuração dos Corpos ReceptoresZona de degradação • Inicia-se logo após o lançamento dos despejos no curso d’água; • Apresenta grande quantidade de matéria orgânica; • Água turva (cor acinzentada); • Proliferação de bactérias aeróbias (degradação da matéria orgânica); • Redução da concentração de oxigênio dissolvido devido ao alto consumo pelas bactérias aeróbias; • Não há odor; • Limite da zona de degradação: quando a concentração de oxigênio atinge, aproximadamente, 40% da concentração inicial. RECURSOS HÍDRICOS Autodepuração dos Corpos ReceptoresZona de decomposição ativa RECURSOS HÍDRICOS Autodepuração dos Corpos ReceptoresZona de decomposição ativa • Inicia-se quando o oxigênio dissolvido atinge valores inferiores a 40%; • Água cor cinza escura, quase negra; • A concentração de oxigênio dissolvido é mínima ou pode ser zero; • Decomposição da matéria orgânica ocorre por meio de bactérias anaeróbias; • Desprendimento de gases mal cheirosos (amônia, gás sulfídrico, etc.); • Oxigênio passa a ser reposto (ar atmosférico e fotossíntese); • População de bactérias decresce; • Limite da zona: quando a concentração de oxigênio elevar-se a, aproximadamente, 40% da concentração inicial. RECURSOS HÍDRICOS Autodepuração dos Corpos ReceptoresZona de recuperação RECURSOS HÍDRICOS Autodepuração dos Corpos ReceptoresZona de recuperação • Inicia-se quando o oxigênio dissolvido atinge valores superiores a 40%; • Processo de regeneração do meio às suas condições naturais; • Água mais clara e límpida; • Proliferação de algas que reoxigenam o meio; • Menor consumo de oxigênio devido à menor concentração de matéria orgânica presente no meio (parte foi decomposta, parte foi sedimentada e outra parte ficou em suspensão a montante). RECURSOS HÍDRICOS Autodepuração dos Corpos ReceptoresZona de águas limpas RECURSOS HÍDRICOS Autodepuração dos Corpos ReceptoresZona de águas limpas • Nesta zona, no que diz respeito à concentração de oxigênio dissolvido, coliformes e demanda bioquímica de oxigênio (DBO), pode-se dizer que o ecossistema volta as suas condições naturais; • A população de peixes e de outros organismos aeróbios mais sensíveis à redução de oxigênio retoma seu crescimento; • Se a velocidade do corpo hídrico for baixa, o excesso de nutrientes gerados no processo de decomposição da matéria orgânica pode ocasionar a proliferação de um número maior de algas do que nas condições iniciais, desencadeando um ecossistema diferente das condições iniciais (eutrófico). RECURSOS HÍDRICOS Poluição da Água e Mistura MISTURA EM LANÇAMENTOS PONTUAIS RECURSOS HÍDRICOS Poluição da Água e Mistura MISTURA Quando são misturados volumes de água com concentrações diferentes, a concentração final equivale a uma média ponderada das concentrações originais. RECURSOS HÍDRICOS Poluição da Água e Mistura MISTURA EM LANÇAMENTOS PONTUAIS Assim, se um rio com vazão QR e concentração CR recebe a entrada de um afluente com vazão QA e com concentração CA. Admitindo uma rápida e completa mistura das águas, a concentração final é dada por: QF CF QA CA QR CR AR AARR F QQ CQCQ C + + = RECURSOS HÍDRICOS Poluição da Água e Mistura MISTURA EM LANÇAMENTOS PONTUAIS Onde: CF = concentração de mistura (mg/L ou g/m³); CR = concentração do constituinte no rio, imediatamente a montante do ponto de mistura (mg/L ou g/m³); CA = concentração do constituinte no efluente, imediatamente a montante do ponto de mistura (mg/L ou g/m³); QR = vazão do rio (L/s ou m³/s); QA = vazão do esgoto (L/s ou m³/s). AR AARR F QQ CQCQ C + + = RECURSOS HÍDRICOS TRANSPORTE DE POLUENTES RECURSOS HÍDRICOS TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS NA ÁGUA • Num rio, lago ou reservatório o transporte de uma substância está sujeito a processos físicos, químicos e biológicos. • Transporte ocorre pelos processos de: – advecção – difusão – dispersão • Além disso podem ocorrer transformações como: – sedimentação (substância deposita no fundo) – transformação química – perdas ou ganhos no contato com o meio externo (ar) RECURSOS HÍDRICOS MECANISMOS DE TRANSPORTES ❖ Advecção (v): Transporte se dá à velocidade média do solvente e na direção das linhas de fluxo. ❖ Dispersão (D): Transporte com a velocidade real da água de partículas. ❖ Difusão (d): Substância se espalha pelo movimento aleatório das moléculas mesmo que a velocidade média seja zero (regiões de mais alta concentração para regiões de baixa concentração); ❖ Decaimento (): Diminuição da quantidade devido a processos físicos ou químicos. Poluição da Água e Transporte de Poluentes RECURSOS HÍDRICOS MISTURA IMEDIATA E MISTURA REAL Poluição da Água e Transporte de Poluentes Mistura total e imediata no ponto de lançamento Mistura incompleta no ponto de lançamento RECURSOS HÍDRICOS MISTURA IMEDIATA E MISTURA REAL • Na realidade, a mistura de um poluente lançado no rio com a água deste rio não é imediata; • Ao longo de um trecho L a jusante do ponto de lançamento a água não pode ser considerada completamente misturada; • A rapidez com que um poluente se mistura à água do rio depende da turbulência e a turbulência depende da velocidade e da quantidade de obstáculos e curvas. RECURSOS HÍDRICOS MISTURA IMEDIATA E MISTURA REAL Uma estimativa útil para um lançamento em um rio pode ser obtida pela equação deduzida por Yotsukura em 1968 (Thomann e Mueller,1987): Onde: Lm é a distância a partir do ponto de lançamento para a qual pode se considerar que a mistura é completa (m), para lançamento em margem; B é a largura média do rio (m); H é a profundidade média do rio (m); v é velocidade da água (m.s-1). Poluição da Água e Transporte de Poluentes = H B vLm 2 7,8 RECURSOS HÍDRICOS MISTURA IMEDIATA E MISTURA REAL Uma estimativa útil para um lançamento em um rio pode ser obtida pela equação deduzida por Yotsukura em 1968 (Thomann e Mueller,1987): Onde: Lm é a distância a partir do ponto de lançamento para a qual pode se considerar que a mistura é completa (m), para lançamento no meio da seção do rio; B é a largura média do rio (m); H é a profundidade média do rio (m); v é velocidade da água (m.s-1). Poluição da Água e Transporte de Poluentes = H B vLm 2 3,4 RECURSOS HÍDRICOS RECURSOS HÍDRICOS Conjunto de condutos e obras destinadas a coletar, transportar e dar destino final, adequado as vazões de esgoto sanitário SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO RECURSOS HÍDRICOS Sistema Separador Absoluto • Construção em etapas (pluvial e sanitário) • Águas pluviais lançadas em corpos de água • Redução nas dimensões da ETE • Não ocorre extravasamento de esgoto para o rio em chuvas intensas RECURSOS HÍDRICOS CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO - SES 01 03 02 04 03 03 05 06 01: Rede Coletora: coletores secundários coletores tronco 02: Interceptor: sem ligação predial 03: Emissário 04: Estações Elevatórias (EE) 05: Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) 06: Corpo Receptor RECURSOS HÍDRICOS CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO - SES INDICADORES DE CUSTO Fonte: Prof. Paulo Ricardo Mendes - USP RECURSOS HÍDRICOS LIGAÇÃO PREDIAL E REDES COLETORAS RECURSOS HÍDRICOS FINALIDADE Uma estação de tratamento de esgotos (ETE) tem a finalidade de remover potenciais poluentes dos efluentes, e garantir a manutenção e melhoria dos usos e da qualidade da água dos corpos receptores. SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO RECURSOS HÍDRICOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIOCOMO ESCOLHER O PROCESSO DE TRATAMENTO? CENTRALIZADOS DESCENTRALIZADOS Estações de tratamento de esgoto convencionais Tratamentos individuais ou estações de tratamento de esgoto modulares (pequeno porte) RECURSOS HÍDRICOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO COMO SE TRATA O ESGOTO? Ambiente natural → degradação da matéria orgânica em condições apropriadas; Unidade de tratamento → otimização da degradação em tempo e espaço reduzidos. RIO IGUAÇÚ - PR ETE SANTA QUITÉRIA RECURSOS HÍDRICOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO O QUE TRATAR? O esgoto sanitário é composto de mais de 99,9% de água, sendo o restante composto de matérias em suspensão e dissolvida (em estado coloidal e em solução), orgânica e inorgânica, bem como microrganismos. RECURSOS HÍDRICOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO O QUE TRATAR? RECURSOS HÍDRICOS COMO TRATAR OS ESGOTOS? PRELIMINAR PRIMÁRIO SECUNDÁRIO TERCIÁRIO MANEJO DO LODO ➢ Remoção de sólidos grosseiros, areia e gordura → gradeamento, caixa de areia e caixa de gordura ➢ Remoção de sólidos sedimentáveis e, em decorrência, parte da matéria orgânica → decantador primário ➢ Remoção de matéria orgânica e eventualmente nutrientes (nitrogênio e fósforo) → reatores e lagoas ➢ Remoção de nutrientes, compostos não biodegradáveis, patógenos ou ainda, complementação ao tratamento secundário → unidades específicas ➢ Tratamento e disposição do lodo → adensamento, digestão e secagem RECURSOS HÍDRICOS PRELIMINAR PRIMÁRIO SECUNDÁRIO MECANISMOS FÍSICOS MECANISMOS BIOLÓGICOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO NÍVEIS DE TRATAMENTO DOS ESGOTOS Preliminar → Remoção de sólidos grosseiros em suspensão SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO NÍVEIS DE TRATAMENTO DOS ESGOTOS Preliminar → Remoção de sólidos sedimentáveis e matéria orgânica aderida Decantador Flotador http://campus.fct.unl.pt/afr/ipa_9899/grupo0004_agua/index_files/image007.jpg http://www.saopaulo.sp.gov.br/bancoimagens/down.php?aid=6291&fid=20992 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO COMO TRATAR OS ESGOTOS? SECUNDÁRIO REMOÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA SISTEMAS ANAERÓBIOS SISTEMAS AERÓBIOS SISTEMAS FACULTATIVOS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO COMO TRATAR OS ESGOTOS? SISTEMAS ANAERÓBIOS REATORES BIOLÓGICOS FILTROS LAGOAS ENTRE OUTROS.... SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO COMO TRATAR OS ESGOTOS? SISTEMAS AERÓBIOS REATORES BIOLÓGICOS FILTROS LAGOAS ENTRE OUTROS.... SISTEMAS ANAERÓBIOS TRATAMENTO SECUNDÁRIO DE ESGOTO SANITÁRIO VANTAGENS • Baixa produção de lodo (2 a 8 vezes menos em relação aos processos aeróbios); • Baixo consumo energético; • Produção de metano (CH4); • Tolerância a elevadas cargas orgânicas; • Aplicabilidade em pequenas e grandes escalas; • Simplicidade operacional; • Baixo consumo de nutrientes. DESVANTAGENS • Remoção de nutrientes e patógenos insatisfatória; • Produção de efluente com aspecto desagradável e qualidade insuficiente; • Geração de maus odores; • Processos corrosivos; • Processo biológico complexo. SISTEMAS ANAERÓBIOS X AERÓBIOS TRATAMENTO SECUNDÁRIO DE ESGOTO SANITÁRIO Reator Anaeróbio DQO afluente (100%) CH4 (50 a 70%) LODO (5 a 15%) EFLUENTE (10 a 30%) Reator Aeróbio DQO afluente (100%) CO2 (40 a 50%) LODO (30 a 40%) EFLUENTE (5 a 15%) TRATAMENTO SECUNDÁRIO DE ESGOTO SANITÁRIO MICROBIOLOGIA DA DIGESTÃO ANAERÓBIA ECOSSISTEMA: diversos grupos de microrganismos METANO GÁS CARBÔNICO GÁS SULFIDRICO conversão de matéria orgânica complexa AMÔNIA ÁGUA CÉLULAS BACTERIANAS SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO NÍVEIS DE TRATAMENTO DOS ESGOTOS Terciário → Remoção de nutrientes (nitrogênio e fósforo) e desinfecção PÓS-TRATAMENTO Objetivo: remoção de poluentes específicos e/ou remoção complementar de poluentes não suficientemente removidos no tratamento secundário. Sistemas biológicos Sistemas físico-químicos SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO OBJETIVOS DO TRATAMENTO DOS ESGOTOS Lançamento em condições de autodepuração, respeitando os padrões de qualidade para a Classe do Rio (CONAMA 357/2005) e CONAMA 430/2011: SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO EFICIÊNCIA DE TRATAMENTO Onde: S0 = concentração inicial = concentração no esgoto antes da etapa de tratamento; S = concentração final = concentração após a etapa de tratamento. 𝐸 = 𝑆0 − 𝑆 𝑆0 𝑥 100 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO EFICIÊNCIA DE TRATAMENTO CONCENTRAÇÃO Relação entre a massa de uma substância e o volume de água em que ela está diluída ou dissolvida. 𝐶 = 𝑆 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 𝑚𝑖𝑙𝑖𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 = 𝑚𝑔/𝐿 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO EFICIÊNCIA DE TRATAMENTO CONCENTRAÇÃO Relação entre a massa de uma substância e o volume de água em que ela está diluída ou dissolvida. 𝐶 = 𝑆 = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 𝑚𝑖𝑙𝑖𝑔𝑟𝑎𝑚𝑎 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜 = 𝑚𝑔/𝐿 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO QUANTIFICAÇÃO DAS CARGAS POLUIDORAS CARGA Carga per capita: Representa a contribuição de cada indivíduo (expressa em termos de massa do poluente) por unidade de tempo (usual: 54 gDBO/hab.dia). • Carga (kg/d) • Vazão (m3/d) ou (L/s) • Concentração (g/m3) = (mg/L) Carga: Concentração x vazão de esgoto População x contribuição per capita Carga = 𝑆(𝑔/𝑚3) × 𝑄(𝑚3/𝑑) 1000(𝑔/𝑘𝑔) SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO QUANTIFICAÇÃO DAS CARGAS POLUIDORAS EQUIVALÊNCIA POPULACIONAL Parâmetro caracterizador dos efluentes industriais Equivalente Populacional(EP) é a carga de DBO da indústria (kg/d) dividido pela contribuição per capita de DBO (kg/hab.d) EP = Cind(kg / d) qDBO(kg / hab.d) SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO EXERCÍCIO 1 Uma cidade coleta e lança 0,5 m3/s de esgoto, com concentração de 50 mg/L de nitrogênio total, em um rio com vazão de 23 m3/s e concentração de nitrogênio total de 1 mg/L. a. Considerando que ocorra mistura completa, qual é a concentração final de nitrogênio no rio a jusante da entrada de esgoto? b. Qual é a carga orgânica de nitrogênio total no rio, a jusante da entrada de esgoto (mistura); c. Sabendo-se que o rio tem 6 m de largura e profundidade média de 2,5 m, e que o lançamento é feito na margem direita, determine a distância real para que a mistura completa aconteça; d. Supondo que o lançamento ocorra em um rio de classe 3 (N < 5,6 mg/L), qual deverá ser a eficiência de tratamento? SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO EXERCÍCIO 1 a. Considerando que ocorra mistura completa, qual é a concentração final de nitrogênio no rio a jusante da entrada de esgoto? 𝐶𝐹 = 𝑄𝑅 × 𝐶𝑅 + 𝑄𝐴 × 𝐶𝐴 𝑄𝑅 + 𝑄𝐴 𝐶𝐹 = 23 𝑚3 𝑠 × 1 𝑔 𝑚3 + 0,5 𝑚3 𝑠 × 50 𝑔 𝑚3 23 𝑚3 𝑠 + 0,5 𝑚3 𝑠 𝐶𝐹 = 2,04 𝑔 𝑚3 = 𝑚𝑔/𝐿 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO EXERCÍCIO 1 b. Qual é a carga orgânica de nitrogênio total no rio, a jusante da entrada de esgoto (mistura). CargaN = 𝑆 × 𝑄 CargaN = 2,04 𝑔 𝑚3 × 23,5 𝑚3 𝑠 = 48 𝑔/𝑠 CargaN = 𝟒𝟖 𝒈 𝒔 × 𝟖𝟔𝟒𝟎𝟎 𝒔 𝒅 𝟏𝟎𝟎𝟎 𝒈 𝒌𝒈 = 𝟒. 𝟏𝟒𝟕, 𝟐 𝒌𝒈/𝒅 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO EXERCÍCIO 1 c. Sabendo-se que o rio tem 6 m de largura e profundidade média de 2,5 m, e que o lançamento é feito na margem direita, determine a distância real para que a mistura completa aconteça. 𝐿𝑚 = 8,7 × 𝑣 × 𝐵2 𝐻 𝑄 = 𝐴 × 𝑣 𝑣 = 𝑄 𝐴 = 23,5 𝑚3/𝑠 6 𝑚 × 2,5 𝑚 = 1,57 𝑚/𝑠 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO EXERCÍCIO 1 c. Sabendo-se que o rio tem 6 m de largura e profundidade média de 2,5 m, e que o lançamento é feito na margem direita, determine a distância real para que a mistura completa aconteça. 𝐿𝑚 = 8,7 × 𝑣 × 𝐵2 𝐻 𝐿𝑚 = 8,7 × 1,57 𝑚 𝑠 × 62 2,5 𝑚 = 196,69 𝑚 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO EXERCÍCIO 1 d. Supondo que o lançamento ocorra em um rio de classe 3 (N < 5,6 mg/L), qual deverá ser a eficiência de tratamento?𝐸 = 𝑆0 − 𝑆 𝑆0 𝑥 100 𝐸 = 50 𝑚𝑔/𝐿 − 5,6 𝑚𝑔/𝐿 50 𝑚𝑔/𝐿 𝑥 100 = 88,8% SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO EXERCÍCIO 2 Determinar o equivalente populacional da indústria D’AVO, que tem como atividade o abate de frango. A concentração do esgoto industrial é de 34.500 mg/L e a vazão é de 400.000 L/d. A empresa está localizada no município de Várzea Paulista, cuja população é de 300.000 habitantes e tem contribuição per capita de 42 g/hab.d. SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO EXERCÍCIO 2 Cargaind = 𝑆 × 𝑄 Cargaind = 34.500 𝑔 𝑚3 × 400 𝑚3 𝑑 1000 𝑔/𝑘𝑔 = 13.800 𝑘𝑔/𝑑 EP = 𝐶𝑖𝑛𝑑 𝑞𝐷𝐵𝑂 EP = 13.800 𝑘𝑔/𝑑 0,042 𝑘𝑔 ℎ𝑎𝑏 . 𝑑 = 328.572 ℎ𝑎𝑏 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (não necessária a entrega) 1. Explique os fenômenos de eutrofização e autodepuração de corpos receptores impactados por lançamento de esgoto sanitário. 2. Cite os principais efeitos da eutrofização nos ecossistemas aquáticos. 3. Defina Índice de Qualidade da Água (IQA) e cite os principais parâmetros. 4. O enquadramento dos corpos de água, segundo os usos preponderantes da água, da mesma forma que o Plano de Recursos Hídricos, é um instrumento previsto na Lei das Águas e que se caracteriza pela sua função de planejamento. Explique a importância do enquadramento dos corpos de água para a gestão dos recursos hídricos. Comente sobre os usos desejáveis para cada nível de qualidade da água em rios de água doce. RECURSOS HÍDRICOS ATIVIDADE AVALIATIVA 4 Ver material na pasta da aula; Entrega, exclusivamente via AVA, até 21/09/2020 às 23h59; RECURSOS HÍDRICOS
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