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Direito Civil 3- Matéria Completa

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Direito Civil 3 
Professor Dr Getúlio
31/07/2017
CONTRATOS
→ Conceito: é o acordo de vontades, em conformidade com a lei, que tem por finalidade, criar, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial.
→ Estrutura do contrato
→ Partes (sujeitos)
→ Objeto do contrato
a) Objeto Imediato (O contrato propriamente dito)
b) Objeto Mediato (Bem da vida): É o direito, a posse do imóvel, o mandato etc.
→ Condição de validade dos contratos – art. 104 CC
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Todos os contratos são créditos – Só pode ser feito entre duas ou mais pessoas.
Dar – Fazer – Não Fazer
Pessoa A → dar $ → Pessoa B
Pessoa B só dará quitação ao contrato após o pagamento da Pessoa A
Agente → Consentimento (é a declaração de vontade)
→ Consentimento Esclarecido 
Conceito → Consentimento Esclarecido é a declaração de vontade, onde o declarante possui todas as informações relevantes a respeito do objeto e do conteúdo do contrato a ser celebrado, somente desta forma poderá o declarante manifestar a sua vontade com consciência de todos os direitos e deveres incluídos naquele pacto. (Dever de informação, dever de boa-fé...)
→ Forma Adequada (Regra geral a forma e livre)
- Princípio do Consensualismo → Este princípio nos diz que a concepção de contrato resulta de um consumo ou de um acordo de vontades entre as partes. Acordada as condições o contrato estará perfeito e acabado.
* Natureza Jurídica do Contrato (art. 112 CC)
CONTRATO x INSTRUMENTO CONTRATUAL → É a documentação do negócio, o substrato escrito no qual as cláusulas contratuais são explicitadas.
- Tempo do Contrato → Analisar sempre a época da celebração do contrato, onde a lei vigorar. 
Caso: Um homem de 55 anos se casa com uma mulher de 51, qual o Regime de Bens aplicável?
Art. 1640 e art. 1641 CC (Boa fé)
Art. 2035 CC
PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL
Nota: Pacta Sunt Servanda (O pacto tem que ser cumprido)
a) Princípio da Autonomia da Vontade x Princípio da Autonomia Privada → Expressa a liberdade absoluta para contratar da maneira que melhor lhe convir, sendo a ampla e irrestrita liberdade de contratar, não tendo qualquer tipo de limitação, Princípio da Autonomia Privada, é o princípio que garante as partes o poder de manifestar a sua própria vontade mais estabelecendo o conteúdo e a disciplina das relações jurídicas. Em regra, permanece à vontade dos contratantes, porém esta manifestação de vontade não é totalmente livre, uma vez que o Estado intervém na relação dos particulares para garantir direitos mínimos da coletividade.
b) Princípio da Liberdade das Formas (art. 107 e 108 CC) 
Conceito → No Direito Civil Brasileiro vigora o Princípio da Liberdade de Formas, através do qual é possível que o contrato seja celebrado pela simples manifestação da vontade. Os efeitos jurídicos do contrato são gerados independentemente da forma pela qual a vontade se manifestou a menos que a lei tenha estipulado uma forma específica.
c) Princípio da Função Social do Contrato (art. 421 CC; 2035, § único) → A função social do contrato tem como fim precípuo, impor limites a liberdade de contratar em prol do bem comum, sempre tendo como norte os preceitos sociais constitucionais, visando tornar a relação negocial equilibrada e também economicamente útil afim de que seja socialmente válida.
Nota: A função social do contrato é o limite.
→ Princípio da Retroatividade Motivada (art. 2035 CC)
O art. 2035 CC eleva o Princípio da Função Social do Contrato a norma de ordem pública, por conseguinte o Princípio da Retroatividade Motivada determina que ele será aplicado não apenas nos contratos celebrados na vigência do Código Civil de 2002, mas será aplicado também aos contratos realizados na vigência do Código de 1916 em que a execução desses contratos continuavam se perfazendo dentro da éxige do Código Civil de 2002.
d) Princípio da Probidade ou Boa-Fé (art. 422 CC) → Você deve observar a Boa-fé em todas as fases contratuais.
Dividi-se em: 
a) Boa-fé Subjetiva → É a intenção (interna) em um estado psicológico, é a firme crença, ainda que por ignorância de estar agindo corretamente.
b) Boa-fé Objetiva → É a conduta externada pelo agente. Trata-se de um dever de bom comportamento.
- Violação Positiva do Contrato (Enunciado 24 JDC) → A violação da Boa-fé gera a chamada violação positiva do contrato, ou seja a violação dos desejos anexos as obrigações, que são um comportamento esperado pelas partes independentemente de seu estado subjetivo.
Exemplo de deveres anexo: dever de cuidado e respeito com o outro contratante; dever de segurança; dever de prestação de contas; dever de segredo; dever de esclarecimento; dever de confiança, dever de lealdade, dever de cooperação; dever de bom senso e equidade.
- Função Tríplice da Boa-Fé Objetiva
I- Função Interpretativa - O preceito da boa-fé na sua função interpretadora visa a aplicação das normas jurídicas nos contratos civis, atentando-se sempre para outros princípios, como a conduta ética das partes, assim como a probidade da relação jurídica convencionada entre as partes. Uma característica que se destaca dessa função é a possibilidade dos magistrados utilizarem sua função integradora. Isto é, a boa-fé objetiva deve ser utilizada como um instrumento hermenêutico. Portanto, surgindo lacunas quando da interpretação, a cláusula da boa-fé objetiva deve ser interpretada pelo aplicador do direito com a finalidade de preencher tais lacunas. O intérprete jurídico ao fazer uso da função integradora deve, sem hesitar, homenagear a conduta leal, ética, proba, dentre outras.
II- Função Criadora - 
III- Função de Controle
e) Dignidade da Pessoa Humana
f) Atipicidade Contratual (art. 425 CC)
I- Contrato Típico – É aquele previsto em lei, ou seja, aquele que possui regulação prevista em texto legal.
II- Contrato Atípico – É aquele que não possui forma geral prevista em lei, ou seja, são aqueles que o texto legal não determina uma forma, podendo assim as partes pactuar estes contratos em vários formatos ou estrutura.
g) Equilíbrio Contratual → Ex.: Você deixa de pagar a mensalidade da faculdade, sendo que você quer pagar o valor da data de vencimento, para a faculdade vai haver um desequilíbrio nas contas, a faculdade vai te cobrar os juros, a multa etc., para manter o equilíbrio do contrato, o mesmo será se a faculdade lhe cobrar aquilo que não foi contratado, haverá um desequilíbrio contratual. Tenha como exemplo uma balança.
- Interpretação dos Contratos
1) Qual é o pressuposto?
R.: O pressuposto para haver interpretação contratual tem que haver controvérsia.
2) Controvérsia contra o quê?
R.: Tem que haver controvérsia contra a interpretação das cláusulas.
Nota: são situações referente a cláusulas leoninas, controversas de um contrato, onde você se obriga a assinar para não perder o negócio, depois protesta. Ex. Você vai fazer a matrícula na Estácio, você não concorda com determinada cláusula, você assina o contrato e depois recorre contra a cláusula que você discorda. Tendeu.
- Espécies
a) Declaratória → Quando tem como único escopo a descoberta a descoberta da intenção comum dos contratantes, no momento da celebração do contrato.
b) Integrativa ou Construtiva → Quando objetiva o aproveitamento do contrato mediante o suprimento das lacunas e pontos omissos deixados pelas partes.
Nota: Nesse caso se utiliza a analogia, os princípios, a jurisprudência, os costumes...
Próxima aula 14/08/2017
- Análise do texto
Partida → Objetivo:
Declaração x Literalidade de Texto (art. 112 CC)
→ Princípios Básicos
a) Princípio da Boa-Fé (art. 113 CC)
b) Princípio da Conservação do Contrato ou Aproveitamento do Contrato (Art. 157, § 2 e 317 CC)
PROTEÇÃO DO CONTRATO PARA GARANTIR SEUS FRUTOS
Conceito: Segundo este princípio deve-se buscar mecanismos que possibilitem a preservação do liame contratual. Sempre tendo como norte a garantia da produção dos efeitos almejados pelas partes dentro do limite dafunção social dos contratos.
→ Este princípio desencadeia:
1º) Princípio da Conversão Substancial do Negócio Jurídico (art. 170 CC)
→ Consiste no aproveitamento de elementos materiais de um negócio nulo ou anulável, transformando em outro válido. 
Ex.: Você faz um Contrato Particular de Compra e Venda e transforma em Promessa de Compra e Venda.
2º) Teoria do Substancial Adimplemento
Conceito: Visa impedir o uso desequilibrado do direito de resolução por parte do credor preterindo desfazimentos desnecessários em prol da preservação da avença, com vistas a realização dos Princípios da Boa-fé, da conservação do contrato e da função social do contrato.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
1ª Fase: 
Negociação Preliminar (Quando se pontua os termos do contrato)
→ Conceito: é a fase onde as partes discutem, ponderam, refletem, fazem cálculos, estudos, redigem a minuta do contrato, enfim, contemporizam interesses antagônicos, para que possam chegar a uma proposta final e definitiva.
Característica Essencial 
- Não vincula as partes
Responsabilidade Civil pré-contratual ou Responsabilidade por Culpa “IN CONTRAHENDO", ou culpa na formação dos contratos, a qual corresponde à consagração do instituto do inadimplemento na fase pré-contratual.
Pré-contratual é aquela responsabilidade decorrente da quebra da negociação preliminar com violação da Boa-fé, surgindo assim em razão do injustificado argumento da legitima expectativa de contratação, tendo como fundamento os deveres de boa-fé do homem comum. (art. 422 CC)
Nota: Tem que respeitar a Boa-fé em todas as fazes contratuais (art. 186 CC e 927 CC)
2ª Fase:
Proposta / Oblação / Policitação
Conceito: É a fase em que é feita a oferta por parte do proponente, para que o solicitado emita o seu consentimento. É um ato unilateral que para produzir efeitos depende da aceitação do oblato/policitado. 
→ Sujeitos da Proposta
a) Proponente, solicitante ou policitante.
b) Oblato, aceitante, solicitado ou policitado.
Oblato ou Policitante: É considerado, pelo direito, como a pessoa a quem é direcionada a proposta de um contrato. Que será aceita ou não, dependendo da sua manifestação de vontade. A expressão é sinônimo de aceitante ou aderente, normalmente utilizada em contratos de adesão. A manifestação de aceitação do oblato é necessária ao aperfeiçoamento do contrato, mas consiste somente na aceitação ou não das cláusulas contratuais já propostas e de autoria exclusiva do policitante, uma vez que não são suscetíveis de alteração. No artigo 427 do Código Civil de 2002 vemos a figura do proponente, e, a quem é direcionada a proposta.
→ Tipos de Propostas (art. 428, I, II, III CC)
	Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
a) Quanto à presença dos contratantes
- Entre PRESENTES – A resposta pode ser dada imediatamente, em tempo real, através de Whatssap, e-mail etc.
- Entre AUSENTES – Neste caso a resposta não é dada de imediato, então é considerado ausente.
b) Quanto à validade
- COM prazo – Quando 
- SEM prazo
→ Princípio da Vinculação ou Obrigatoriedade da Proposta (art. 427 CC)
	Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso.
Exceções (art. 428 CC):
	Deixa de ser obrigatória a proposta:
* A oferta é igual a proposta? (art. 429 CC)
	Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos.
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada.
3ª Fase
Conclusão do Contrato
→ Conceito: É a fase em que é aceita a oferta por parte do solicitado, que emitirá o seu consentimento. A aceitação, justamente com a proposta faz com que a vontade contratual seja formada, concluindo assim o contrato.
→ Requisito: A proposta tem que ser aceita pelo oblato.
* A aceitação tem que ter → A vontade contratual = Vontade do Proponente + Vontade do Oblato
→ Formação do contrato entre ausentes (não é imediata) art. 434 CC
	Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
Teoria adotada:
A teoria da Declaração (art. 434 CC, caput)
* Subteoria da Expedição (Enviar) Art. 424, § 3º do CC
* Subteoria da Recepção (Receber) Art. 433 CC e 434, I, II, III
	Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
Nota: A exceção é o que mais acontece (art. 433 CC)
21/08/2017
Conceito: O Código Civil adota como regra geral a teoria da declaração combinada com a subteoria da expedição. Isso quer dizer que o contrato é formado no momento em que a vontade é expedida independentemente do conhecimento imediato do proponente (Art. 434 CC).
A teoria da declaração e a subteoria da expedição não são absolutas, pois existem hipóteses em que o Código Civil não reconhece a formação do vínculo contratual, somente com a expedição da proposta, assim o Código algumas vezes adota a teoria da declaração com a subteoria da recepção (Art. 434, I, II, III c/c 433 CC), nesta não basta que o oblato, tenha redigido uma resposta e expedido, precisa também que o proponente a tenha recebido.
Moralidade de Consentimento
1. Expresso → Qualquer forma de expressão: escrita, falada, gesto etc.
2. Tácito → São atos que a pessoa realiza que aceita o contrato sem expressão.
3. Teoria do Silêncio Circunstanciado (Art. 432 CC), p. Ex. cartão de crédito segundo esta teoria, na declaração negocial por meio do silêncio não haverá atos, gestos, portanto o negócio jurídico irá se concluir justamente pela falta de atos conjugados com as circunstâncias autorizadoras do Art. 432 do CC, Art. 107 e 111 do CC.
Contra Proposta ou Aceitação Modificada (Art. 431 do CC)
A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
Teoria do “Duty do Mitigate The Loss” (Dever de mitigar (aliviar, suavizar) o próprio prejuízo)
Lugar da Formação do Contrato (Art. 435 do CC)
Art. 435 do CC → Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto.
23/08/2017
Classificação dos Contratos
1. Quanto à qualidade dos sujeitos contratantes:
a) Contrato de Direito Comum (Direito Civil) → Presunção de equilíbrio entre as partes. Regidos pelo Código Civil ou por Lei específica.
b) Contrato de Consumo → Tem que haver o consumo de um produto no consumidor final. O dono de um bar compra uma televisão de 50” para colocar no estabelecimento, esta compra vai proporcionar ao dono do bar um retorno financeiro, ele vai explorar a televisão para conseguir mais clientes. Diferente de comprar uma televisão para meu uso em minha casa.
2. Quanto ao Momento do Aperfeiçoamento do Contrato
a) Contratos Consensuais (Acordo de vontades) → São aqueles que se aperfeiçoam simplesmente pela declaração da vontade dos contratantes, ou seja, a partir do momento em que as vontades se unem em um consenso.
b) Contratos Reais Art. 586 do CC (Depende da entrega real da coisa) → São aqueles que para se aperfeiçoarem precisam da efetiva entrega da coisa. Desse modo a declaração de vontade, embora seja um elemento necessárioé insuficiente para o aperfeiçoamento do contrato, já que deverá ocorrer a entrega do bem para que o contrato seja perfeitamente celebrado, p. Ex.: Comodato, depósito, penhor etc.
3. Quanto a Forma
a) Solenes Art. 108 do CC (Tem uma forma prevista em Lei), p. Ex.: Escritura Pública.
b) Não Solenes Art. 653, 656, 579 do CC (é livre, é o Princípio da Liberdade de Formas), p. Ex.: Mandato, procuração etc.
4. Quanto a Tipicidade
a) Típicos (Nominado ou não, tem um nome ou não), p. Ex.: Franquia, são aqueles regulamentados por lei.
b) Atípicos (Não nominados ou não, ou anominados, não tem nome), São aqueles não regulamentados pela lei.
Nota:Para parte da doutrina, Contrato Típico e Contrato Nominado não são a mesma coisa, já que nem sempre que existir uma lei sobre um determinado contrato, esta regulamentará o dito contrário, pode apenas trazer normas genéricas que nominam aquele contrato, p. Ex.:Franquia, locação de uma garagem etc.
5. Contrato de Direito Público e Contrato de Direito Privado
a) Contrato de Direito Público, p. Ex.: Licitação.
b) Contrato de Direito Privado, p. Ex.: entre entes privados.
Classificação dos Contratos
6. Quanto as Obrigações Recíprocas
a) Unilateral (Impõe deveres a apenas uma das partes), p. Ex.: a Doação.
b) Bilaterais ou Sinalagmaticos (Impõe deveres recíprocos a ambas as partes), p. Ex.: Doação com encargos, Comodato, Locação, Compra e Venda etc.
c) Plurilateral ou Plúrimo (A direitos e deveres recíprocos entre todos os sujeitos envolvidos no contrato, diferenciando-se apenas que a vontade dos contratantes é convergente, transcrito essas vontades em cláusulas), p. Ex.: Sociedade de uma empresa, Condomínio etc. 
28/08/2017
7. Quanto ao Sacrifício Patrimonial
a) Gratuito → Só pra uma delas (Doação, estacionamento...) 
b) Oneroso → Quando é para os dois lados (Compra e venda de imóveis)
b1) Comutativas → Quando ambas as partes sabem com exatidão suas prestações e suas contraprestações.
b2) Aleatórios → Quando a presença de risco que pode recair, tanto na própria existência da coisa, quanto na quantidade da coisa . Ex.: Plantio de uma colheita, pode ser consiga colher ou não.
8- Quanto as Relações Recíprocas
a) Principais → Existe por si só.
b) Acessório → Depende do principal.
Nota: O caso de uma vaca é comprada e está enxertada.
9- Quanto ao Momento do seu cumprimento
a) De execução imediata → São aqueles cujo vencimento ou cumprimento ocorre concomitantemente com o aperfeiçoamento do contrato. (Art. 331 CC) p. Ex. Comprei um café na cantina.
b) De execução diferida → São contratos a termo, que deverão ser adimplidos em sua totalidade na data de vencimento pactuado. P. Ex. Vou contratar hoje, mas só vou executar mais pra frente.
c) De execução continuada → São aqueles cuja execução se dará de forma periódica. p. Ex. Vender para um supermercado laranja, a entrega é semanalmente, até findar o contrato.
10- Quanto à vontade de formação dos Contratos:
a) Paritários → Estão em igualdade. São do tipo tradicional em que as partes discutem livremente as condições porque se encontram em situação de igualdade. Há uma fase de negociações preliminares na qual as partes discutem as cláusulas e condições do negócio.
b) De adesão → Tem o poder de aderir (Cartão de Crédito). São os que não permitem essa liberdade, devido à preponderância da vontade de um dos contratantes, que elabora todas as cláusulas. O outro adere ao modelo de contrato previamente confeccionado, não podendo modifica-las: aceita-as ou rejeita-as, em bloco. Ex: contratos de seguro, consórcio, de transporte, celebrados com as concessionárias de serviços públicos. Neste nos deparamos com uma restrição mais extensa ao tradicional princípio da autonomia da vontade. Comumente é celebrado em relação de consumo, sendo regido pelos Art. 54 e 47 do CDC, Art. 78 do CC, Art. 63, § 3º NCPC e Art. 424 do CC. Na dúvida, a interpretação deve favorecer o aderente, porque quem estabelece as condições é o outro contratante, que tem a obrigação de ser claro e evitar dúvidas.
- Estipulação em Favor de Terceiro
→ Princípio da Relatividade dos efeitos contratuais
 → Conceito: A estipulação em favor de terceiro é o negócio jurídico por meio do qual se ajusta uma vantagem pecuniária em prol da pessoa que não faz parte do contrato, mas se restringe a colher seu benefício.
→ Partes 
Ana (Credora) → → → João (Devedor) } Carlos (Terceiro) – Este contrato é 100% gratuito.
a) Estipulante: Ana
b) Promitente ou devedor: João
c) Beneficiário, terceiro ou estipulado: Carlos
→ Consentimento do Beneficiário
→ Pessoas que podem exigir a obrigação (Art. 436, § único)
→ Execução
a) Deixada apenas para o beneficiário → Não pode exonerar o devedor (Art. 437 CC)
- A partir do momento que Carlos aceitou, Ana não poderá mais intervir no contrato.
b) Com direito de substituir → Pode exonerar o devedor ou assumir o lugar do beneficiário (Art. 438, § único do CC)
- Se você fizer uma cláusula no contrato, que poderá dar margem para Ana trocar o beneficiário antes da entrega do bem. Ex.: Seguro de Vida.
04/09/2017
Vícios Redibitórios
→ Vícios nas relações de consumo (Art. 18 e 20 do CDC)
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 2º Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.
§ 3º O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1º deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
§ 4º Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1º deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1º deste artigo.
§ 5º No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor.
§ 6º São impróprios ao uso e consumo:
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação;
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam.
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
§ 1º Areexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor.
§ 2º São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.
→ Prazos (Art. 26 do CDC)
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
§ 1º Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
§ 2º Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
II - (Vetado).
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
§ 3º Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
a) 30 dias – Bens não duráveis (Art. 26, I do CDC)
b) 90 dias – Bens duráveis (Art. 26, II do CDC)
→ Início do Prazo (Art. 26, § 1º do CDC) → Conta a partir da entrega efetiva do produto.
Nota: Vício oculto (Art. 26, § 3º) tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
 		 Chevette
Agustina (evictor) → → → → → → João (Alienante)
 Terceiro (Evictante)
Evicção 
Nota: A evicção aplica-se para bens móveis ou imóveis (Art. 447 CC)
Conceito: A evicção é a perda total ou parcial de um bem em razão de uma sentença judicial ou um ato da administração pública extrajudicial que atribui a outrem a propriedade ou posse deste bem por direito anterior de uma terceira pessoa sobre o bem.
→ Sujeitos
- Alienante (Sujeito que transfere a coisa)
-Evicto ou Evencido (Adquirente da coisa)
- Evictor ou Evencendo (Sujeitro que alega direito anterior sobre a coisa)
Requisitos da Evicção
* Onerosidade na aquisição do bem (portanto exclui as aquisições a título gratuito);
* Perda total ou parcial da propriedade ou da posse da coisa alienada pelo adquirente;
* Sentença judicial ou ato administrativo extrajudicial que retire do adquirente a propriedade ou a posse do bem.
Renúncia ao Direito a Evicção (Art. 448 CC)
1ª. Renunciou e não conhecia o risco ou não assumiu o risco. Art. 449 → Recebe o preço que pagou pela coisa evicta.
2ª. Renunciou, conhecia o risco e o assumiu. Art. 457 CC, não recebe nada.
Direito do evicto que desconhecia o risco Art. 450 CC
Evicção Parcial Art. 450, § único e Art. 455 CC
a) Não considerável → Somente indenização
b) Considerável → Em regra é aquela que supera a metade do valor do bem, mas...
→ Rescisão do contrato ou restituição de parte do preço. A escolha é do evictor. Também pode ocorrer levando-se em conta a essencialidade da parte perdida. Art. 453 CC.
11/09/2017
Contrato Preliminar ou Pré-Contrato ou Promessa de Contratar ou Contrato Preparatório ou Compromisso
→ Conceito: É a convenção de que se valem as partes em uma fase inicial de entabulamento de negócio para se obrigarem, ou há apenas uma delas, a outorga futura de um contrato definitivo, é fonte de uma obrigação de fazer, qual seja, celebrar um contrato definitivo.
“Obrigação de fazer” – Fazer um contrato
→ Dever de concluir o contrato definitivo.
→ Natureza jurídica de negócio jurídico contrato.
→ É ≠ negociação preliminar (Tratativas)
Requisitos (Art. 462 CC)
→ Princípio da Liberdade de Formas (Art. 107 CC) Exemplo da situação está no Art. 108 CC.
→ Requisitos essenciais do contrato a ser celebrado. Exemplo Art. 1647, I CC, outorga uxório (Ler o artigo)
→ Quanto ao arrependimento (Art. 463 CC)
a) Sem arrependimento
b) Com arrependimento
Princípio da Confiança
→ Efeitos perante terceiros (Art. 463, § único)
→ Oponibilidade (dar ciência) “erga omnes”
Contrato Preliminar ou Pré Contrato, ou Promessa de Contratar, ou Contrato Preparatório, ou Compromisso.
→ Descumprimento do Contrato Preliminar - Tutela específica (Art. 464 CC) Adjudicação compulsória, o juiz assina pelo vendedor.
→ Obrigação Personalíssima (Art. 465 CC) ou (Art. 395, § único CC) – p. Ex. Contrato onde só a Ivete Sangalo pode cantar.
→ Contrato Opção (Art. 466 CC) – Ex. Leasing (Valor residual geral)
Atenção: a Súmula 263, está cancelada, a SÚMULA VIGENTE é a 293 STJ.
· É possível Promessa de Doação PURA? Informativo 299 do STJ.
· E na Doação com Encargos? Enunciado 549 CJF
→ Promessa de Compra e Venda
É um Direito Real (Art. 1225, VII CC)
Direito do Promitente Comprador (Art. 1417 CC e Art. 1418 CC)
13/09/2017
	Caso Concreto – Aula 4
Resposta: A ação é improcedente, o fato narrado não se enquadra como evicção, eis que a perda do bem imóvel não se deu por sentença judicial, nem por ato administrativo. Tal fato não afasta a possibilidade do evicto ajuizar uma ação indenizatória contra o alienante do bem, desde que comprove que diligenciou junto aos registros públicos, afim de saber sobre a vida do imóvel, demonstrando assim a sua boa fé.
Objetiva: Letra (B)
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS
→ Nem toda extinção do contrato gera a extinção das obrigações nele contidas.
1) Modo normal de extinção
a) Pelo cumprimento do contrato (Art. 320 CC) Quitação
- Desconhecer o cumprimento dos deveres principais e anexos.
b) Extinção pela implementação de fatores eficazes.
- Advento de termo final
- Condição resolvida (Evento futuro e incerto)
2) Modos anormais (≠ da obrigação) de extinção do contrato
2.1- Causas anteriores ou contemporâneas a formação do contrato
a) Vício de validade (Nulidade absoluta (nula) ou nulidade relativa (anulável)
O contrato pode ser nulo, mas pode gerar efeito indenizatório. (Art. 187 CC e 186 CC)
Ex.: venda de lote de área não loteada.
Efeitos
I- Nulidade absoluta “ex tunc”
Nota: Se não for “ex nunc” será “ex tunc”
II- Nulidade relativa – os efeitos serão “ex nunc” quando não for possível restabelecer as partes ao “status quo ante” (Art. 182 CC e Art. 177 CC)
- Vício Redibitório (Art. 441 CC) – A ação redibitória extingue um contrato. 
Ex.: Vício Oculto. Comprei uma vaca que não é fértil.
b) Cláusula Resolutiva Expressa (Art. 474 CC) ou cláusula Resolutória Convencional ou Pacto Comissório. (Art. 1428 CC).
Conceito: É a cláusula que autoriza uma das partes a pedir a resolução do acordo se a outra parte não cumprir as obrigações avençadas (acordadas).
→ É ≠ cláusula comissória – Art. 1428 CC (É proibido o credor hipotecar e ficar com o bem) É proibido no Brasil. 
→ Desnecessidade de interpelação judicial (Enunciado 436 CJF – Conselho da Justiça Federal)
→ Dever anexo da boa-fé e informação (Súmula 369 STJ)
→ Cláusula Resolutiva nas relações de consumo (Art. 54, § 2 CDC)
→ Alternativa a escolha do consumidor
→ Cláusula resolutiva nos contratos de adesão
→ Renúncia antecipada de Direito (Art. 424 CC) Não pode, mas na jurisprudência pode acontecer.
18/09/2017
c) Direito de Arrependimento ou Prerrogativa de Retrato
Conceito: É a autorização concedida a qualquer das partes para rescindir o ajuste mediante declaração de vontade, podendo esta ser inclusive unilateral.
→ Arras Penitenciais (Art. 420 CC) Perda das arras sem direito a indenização suplementar. 
Nota: Uma pena que vou ter que pagar por desistir.
→ Arras Confirmatórias (Art. 419 CC) Perda das arras com direito a indenização suplementar. 
Nota: Pode pleitear perdas e danos.
- Arrependimento no CDC (Art. 49 CDC) – Somente para compras fora da loja, por telefone, correspondência, encarte, internet etc., não precisa justificativa para desistir do negócio.
 - Arrependimento Legal (Art. 49 CDC) você tem 7 dias para o desfazimento do negócio.
→ Causas Supervenientes à formação dos contratos.
1) Resolução (Art. 474 CC e 475 CC) Cláusula Resolutiva Tácita – depende de um deslinde judicial.
Conceito: É a extinção do contrato por seu descumprimento,ou seja, por inadimplemento absoluto. (Art. 395 CC) O absoluto não tem mais utilidade.
a) Sem culpa → A obrigação se resolve (Cláusula resolutiva tácita, entrar na justiça)
b) Com culpa → Art. 475, c/c Enunciado 31 CJF
b1) Resolução do contrato + Perdas e Danos
b2) Cumprimento do contrato + Perdas e Danos
I- Resolução por Inexecução Voluntária
Conceito: é a extinção do contrato decorrente de comportamento culposo de um dos contratantes (culpa strito sensu) com prejuízo ao outro. Produz efeitos ex tunc, extinguindo o que foi executado e obrigando a restrições recíprocas, além do pagamento das Perdas e Danos. Os contratantes com obrigações com tratos sucessivos, os efeitos serão ex nunc, p. Ex. Contrato de Locação.
* Atenção: a teoria do adimplemento substancial que está mais perto do fim, já pagou 90% do contrato então ele é substancial.
II- Resolução por Inexecução Involuntária
Conceito: Caracteriza-se pela impossibilidade superveniente de cumprimento do contrato decorrente de fato não imputável às partes, que tornarão impossível o cumprimento da obrigação.
Se for por perecimento, vou pedir a resolução, se for por deterioração será com abatimento no valor da coisa.
→ Caso fortuito ou de força maior
→ Atenção às hipóteses
I- Mora (Art. 399 CC) Responda por Perdas e Danos 
Ex.: Tenho um carro, estou devendo, não entreguei o carro, houve a perda do bem, a dívida permanece)
Perpetuação da obrigação
II- Perda do objeto nas obrigações de dar coisa incerta (Art. 246 CC)
O gênero nunca perece, o garçom deixou cair a bandeja com sanduiche no chão, ele terá que trazer outro sanduiche.
III- Autonomia Provada (Art. 383 CC) Tem que estar expresso
Mesmo acontecendo caso fortuito ou força maior tenho que cumprir a obrigação.
2) Resilição
Conceito: É a extinção do contrato por vontade das partes podendo ser bilateral ou unilateral.
→ Não há necessidade de inadimplemento 
2a- Distrato “Ex nunc”
Conceito: É a retratação bilateral do contrato que se perfaz mediante um novo contrato de conteúdo igual e contrário ao contrato originário e celebrado entre as mesmas partes.
→ Forma (Art. 472 CC)
→ Não obediência à forma vinculada no contrato gera nulidade (Art. 166, IV CC)
→ Contratos de forma livre (Enunciado 584 CJF) x Princípio do Paralelismo de forma.
* Atenção aos distratos (Cláusula Abusiva) com perda total dos valores pagos (Art. 53, 51, IV CDC)
→ Forma da Quitação – Livre Art. 320 cc)
20/09/2017
2b- Resilição Unilateral
→ Denúncia (Art. 6 – Lei de Locação), Revogação (Mandato Art. 682, Doação Art. 555), Renúncia (Mandato, Art. 682 CC), Resgate (Enfiteuse 963 CC/16).
Conceito: É a extinção de um contrato por simples manifestação de vontade unilateral, ela ocorre geralmente nas obrigações de trato sucessivo ou continuadas. Nesta hipótese a resilição do contrato irá ocorrer independentemente de pronunciamento judicial. 
O efeito normalmente é “Ex Nunc”
Só ocorre com autorização legal - Notificação - (Art. 473 CC)
→ Investimentos consideráveis por conta do contrato (Art. 473, § único)
→ Manutenção do Contrato, Ex. “Built to suit”
→ Perdas e Danos (Contratos baseados na confiança)
Resolução por onerosidade excessiva (Art. 478 CC)
Conceito: Os contratos devem ser cumpridos nos termos em que foram pactuados, contudo eles podem sofrer as consequências de modificações posteriores das circunstâncias que os justificarem com quebra insuportável da equivalência das prestações.
Requisitos:
a) Vigência de um contrato comutativo de execução diferida ou de trato sucessivo;
b) Ocorrência de fato extraordinário e imprevisível;
c) Considerável alteração da situação de existente no momento da execução em confronto com a que existia por ocasião da celebração do contrato;
d) Nexo de causalidade entre um evento superveniente e a consequente onerosidade excessiva.
Exceção do contrato não cumprido (Art. 476 CC)
Conceito: Para o manejo da exceção do contrato não cumprido é fundamental que, além de recíprocas as prestações sejam simultâneas, pois caso contrário não poderão as partes se recusar a realizar a sua prestação, ou a prestação que lhe incumbia, conforme pactuado no contrato.
Portanto trata-se de instituto utilizado principalmente como defesa nos interesses do cumprimento total do contrato.
Compra e Venda
Histórico
→ Permuta → Advento e universalização da moeda → “Rem pro Rem” (troca por troca, coisa por coisa)
→ Compra e Venda “Rem pro Pretio” (Coisa por dinheiro)
Disposições Gerais sobre a Compra e Venda
É o contrato por meio do qual o adquirente (comprador) paga determinado preço em dinheiro, com o fim de obter para si a transferência definitiva do bem do alienante (vendedor).
Conceito: Art. 481 CC → Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro.
→ Efeito da compra e venda – Meramente obrigacional
Nota: Obrigação da transferência
→ é um contrato de natureza exclusivamente obrigacional → Obrigação: Dar Coisa (Certa ou Incerta)
→ Envolve principalmente duas obrigações (Art. 491 CC) - Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço.
1ª. Transferir o domínio
2ª. Pagar o preço
Qual das duas obrigações ocorre primeiro? O Art. 491 CC é a regra.
Não transmite a propriedade
- Esta transferência ocorre:
a) Pela tradição Art. 1267 CC – bens móveis -  A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição.
Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir pelo constituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, que se encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negócio jurídico.
b) Pelo registro do título translativo no RGI – Art. 1245 – Bens imóveis.
→ Classificação
a) Oneroso 
b) Bilateral Art. 491 CC - Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço.
c) Típico
d) Nominado
e) Não solene (em regra) Art. 107 CC → Solene Art. 108 CC
f) Consensual - Art. 482 CC -  A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço.
g) Comutativo (em regra) Aleatório
25/09/2017
ELEMENTOS DA COMPRA E VENDA
a) Coisa
→ Objeto da compra e venda deve ser:
→ Corpóreo (Não pode ser incorpóreo)
→ Próprio (Não existe venda) “A non domino” (Tem que ser o proprietário)
→ De coisa futura ou atual Art. 488 CC
→ Coisa atual (Contrato Comutativo)
→ Coisa futura (Contrato Aleatório)
- A herança de pessoa viva pode ser objeto de compra e venda?
Resposta: Art. 426 CC (Não pode ser negociado)
b) Preço
O preço deve ser:
Em dinheiro;
Em moeda corrente;
Certo (equivalência com o valor da coisa) o valor da transação tem que ser o declarado.
Nota: Troca de dinheiro por bem (Compra e Venda); troca de Bem por Bem (Permuta) e troca de dinheiro + bem por bem (Misto de Compra e Venda).
→ Formas de fixar o preço Art. 485 ao 488 CC
Art. 485. A fixação do preço pode ser deixada ao arbítrio de terceiro, que os contratantes logo designarem ou prometerem designar. Se o terceiro não aceitar a incumbência, ficará sem efeito o contrato, salvo quando acordarem os contratantes designar outra pessoa.
Art. 486. Também se poderá deixar a fixação do preço à taxa de mercado ou de bolsa, em certo e determinado dia e lugar.
Art. 487. É lícito às partes fixar o preço em função de índices ou parâmetros, desde que suscetíveis de objetiva determinação.
Art. 488. Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor.
Parágrafo único. Na falta de acordo, por ter havido diversidade de preço, prevalecerá o termo médio.
→ Venda com preço ao arbítrio de uma das partes – Art. 489 CC (Nulo)
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partesa fixação do preço.
c) Consentimento Art. 104 CC
→ Legitimação das partes
→ Nulidade Absoluta Art. 497 CC (Não prescreve)
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração;
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade;
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito.
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
→ Nulidade Relativa Art. 496 CC (Anulável)
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o regime de bens for o da separação obrigatória.
a) Compra e Venda de Ascendente para Descendente (Precisa da autorização de todos os herdeiros) O prazo é decadencial de 2 anos, porque é um Direito Potestativo (art. 179 CC)
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a contar da data da conclusão do ato.
b) Compra e Venda de Descendente (filho) para Ascendente (Pai) – Pode e não precisa de assinatura de herdeiros. (Art. 496, § único e EM 177 STF)
c) Compra e Venda de Avó para Neto (RESP 725032/RS) – A mesma hipótese da letra a, necessita da autorização dos filhos e cônjuges.
d) Compra e Venda de Sogro para Nora (Art. 167, § 1º, I) - A mesma hipótese da letra a, necessita da autorização dos filhos e cônjuges.
e) Compra e Venda entre cônjuges (Art. 499 e 496, § único)
Modalidades Especiais de Venda
a) Venda “ad corpus” e “Ad Mensuram” (Art. 500 CC)
Art. 500. Se, na venda de um imóvel, se estipular o preço por medida de extensão, ou se determinar a respectiva área, e esta não corresponder, em qualquer dos casos, às dimensões dadas, o comprador terá o direito de exigir o complemento da área, e, não sendo isso possível, o de reclamar a resolução do contrato ou abatimento proporcional ao preço.
§ 1o Presume-se que a referência às dimensões foi simplesmente enunciativa, quando a diferença encontrada não exceder de um vigésimo da área total enunciada, ressalvado ao comprador o direito de provar que, em tais circunstâncias, não teria realizado o negócio.
§ 2o Se em vez de falta houver excesso, e o vendedor provar que tinha motivos para ignorar a medida exata da área vendida, caberá ao comprador, à sua escolha, completar o valor correspondente ao preço ou devolver o excesso.
§ 3o Não haverá complemento de área, nem devolução de excesso, se o imóvel for vendido como coisa certa e discriminada, tendo sido apenas enunciativa a referência às suas dimensões, ainda que não conste, de modo expresso, ter sido a venda ad corpus.
Ad Corpus → O bem é vendido como coisa certa e individualizada, independentemente de suas medidas, que nesta hipótese, tem caráter meramente enunciativo e é irrelevante para formação da vontade contratual;
Ad Mensuram → Nesta, as medidas do bem são determinantes para a formação da vontade contratual, de sorte que uma eventual discrepância em o discriminado no contrato e as medidas reais do bem podem ensejar a extinção contratual.
- Possíveis medidas (atitudes), no caso da metragem ser inferior a do contrato:
1- Exigir quando possível o complemento da área;
2- Reclamar o abatimento no preço (Ação Redibitória);
3- Solicitar resolução do contrato (Ação Redibitória).
- Prazo decadencial Art. 501 (1 ano)
b) Venda a vista, feita através de amostra e princípio da vinculação da proposta. Art. 484 CC. (A amostra fica vinculada a proposta) 
Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem.
Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.
Ex.: Um vendedor de bombom lhe oferece bombons e lhe apresenta uma amostra, você come, gosta e encomenda 500 caixas do produto, quando a encomenda chega, você ao experimentar um bombom, descobre que o produto da amostra tinha um sabor diferente do que foi entregue, o contrato fica passível de ser cancelado.
c) Venda Conjunta (Art. 503 CC) 
Art. 503. Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não autoriza a rejeição de todas.
d) Venda em Condomínio (Art. 504 CC) 
Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência.
Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço.
27/09/2017
Despesas com a tradição e o registro (Art. 490 CC)
Comprador
- Despesas Cartoriais
- ITBI
- Certidões do Comprador
Vendedor
- Despesas da Tradição
- Corretagem
- Certidões do Vendedor
Compra e Venda entre cônjuge (Art. 499 CC)
Vênia (do juiz) de Bens imóveis por pessoa casada. (Art. 1647, I do CC e 1648 do CC)
Vênia conjugal
- Outorga Uxória (Esposa)
- Outorga Marital (Marido)
- Prazo (Art. 1649) 2 (dois) anos decadencial após a separação)
Cláusulas Especiais a Compra e Venda
a) Preferência (Preempção ou Prelação) Art. 513 CC
Conceito: Decorre de cláusula contratual que impõe a preferência do alienante em readquirir o bem transferido caso o comprador futuramente o venda.
- Preempção Legal – É o ato pelo qual o estado transfere de volta ao antigo proprietário mediante a restituição do valor por ele recebido seus bens pelo fato de não haverem sido utilizados para o fim a que se destinavam.
- Preempção Voluntária – Ocorre quando o comprador, atual proprietário da coisa, deve oferecer ao proprietário anterior (3 dias para bens móveis e 60 dias para bens imóveis) para que este se manifeste no sentido de readquirir a coisa.
b) Retrovenda (Art. 505 ao 508 do CC)
Conceito: É a cláusula que possibilita o alienante (vendedor) readquirir a coisa pelo preço que pagou, mais as despesas que o comprador teve com o bem dentro do prazo para resgate. (No máximo 3 anos da data da venda)
c) Venda a Contento e Venda sujeita a prova (Art. 509 ao 512 CC)
- Venda a Contento – Neste caso ocorrerá inicialmente a transferência da posse e não da propriedade. A transferência da propriedade só se dará no momento em que o adquirente se manifestar em sentido favorável dentro do prazo ajustado.
- Venda sujeita a prova – Esta ocorre como uma condição resolutiva para garantir que a coisa tenha as qualidades e guarda a idoneidade com a finalidade pretendida. Ele tem as qualidades para as quais o comprador idealizou. Ex. Caixa de Bombom.
d) Venda com Reserva de Domínio (Art. 521 ao 528 CC)
Neste a transferência incide inicialmente sobre a posse, só havendo a transferência da propriedade quando houver pagamento integral do contrato.
Nota:Propriedade resolúvel, só pode ser feita de forma escrita e tem que ser registrada no domicílio do devedor (Comprador)
- Promessa de Compra e Venda (Art. 462 ao 466 CC)
- Troca ou Permuta
Conceito: É aquele contrato pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa por outra que não seja dinheiro. Operam-se ao mesmo tempo duas vendas servindo as coisastrocadas para uma compensação recíproca. 
Características do Contrato
FECHOU AV1
02/10/2017
DOAÇÃO (Art. 538 CC)
Art. 538 do CC - Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.
Conceito: Não se trata de contrato real, ela vale a partir do acordo de vontade, não depende somente da entrega.
Classificação:
a) Consensual
b) Unilateral
c) Gratuito
d) Formal (Art. 541 do CC) - A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular.
Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição.
e) Típico
ESPÉCIES DE ACEITAÇÃO
- Expressa 
- Tácita
- Presumida (Art. 539 do CC) O doador pode fixar prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo.
Obs.: Se você se calar você aceita, para não aceitar deverá se manifestar a não aceitação.
- Ficta (Art. 543 do CC) Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação, desde que se trate de doação pura.
BENS DE PEQUENO VALOR (Art. 541 do CC) A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular.
Parágrafo único. A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição.
Ex.: Doar uma caneta a alguém.
SUJEITOS
- Doador
- Donatário
ELEMENTOS
a) “ANIMUS DONANDI” - Elemento subjetivo - (ânimo do doador de fazer uma liberalidade), essencial no contrato de doação é a intenção de doar, é a ação desinteressada de dar a outrem sem estar obrigado. 
b) Transferência de bens e/ou vantagens do doador ao donatário
c) Aceitação do donatário
- Doação feita de ascendente para descendente (Art. 544 do CC) → A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.
Obs.: Pode doar a parte que lhe cabe na sua herança, como adiantamento.
- Doação entre cônjuges (Art. 544 do CC)
Obs.: Doação feita por pessoa ADULTERA ao seu cúmplice (Art. 550 do CC - A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal.) Obs.: É caso de anulabilidade, pode cancelar desde que seja em até 2 anos após a dissolução. 
- Doação inoficiosa (Art. 549 do CC) Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento.
- Doação universal (Art. 548 do CC)  É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador.
OBJETO DA DOAÇÃO
Aula 08 - 16/10/2017
ESPÉCIES
1- Doação Pura e Simples → É aquela simples, sem nenhuma exigência, limitação, condição ou encargos, é aquela que é através de um ato generoso, ato de doar.
2- Doação com Encargo ou Modal → É aquela que se sujeita a um ônus imposto para recebimento da doação, pois existe uma obrigação que deve ser cumprida pelo donatário. (Art. 553, 555 e 562 CC), O valor é de pequeno monte.
Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do doador, de terceiro, ou do interesse geral.
§ único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério Público poderá exigir sua execução, depois da morte do doador, se este não tiver feito.
Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo.
Art. 562. A doação onerosa pode ser revogada por inexecução do encargo, se o donatário incorrer em mora. Não havendo prazo para o cumprimento, o doador poderá notificar judicialmente o donatário, assinando-lhe prazo razoável para que cumpra a obrigação assumida.
3- Doação Remuneratória → É a doação feita por gratidão para retribuir um favor por reconhecimento. Ex.: O médico salvou a filha de uma pessoa na rua, um procedimento desse ele cobraria R$ 15.000,00, esse valor corresponde a uma dívida moral, o pai doa um carro no mesmo valor ao médico.
4- Doação “Propter Nuptias” → É uma doação que fica sujeita ao casamento entre certas pessoas. (Art. 546 CC) - Evento futuro e incerto – Só pode ser entre os noivos, entre o sogro e uma das partes e terceiro para os filhos.
Art. 546. A doação feita em contemplação de casamento futuro com certa e determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, não pode ser impugnada por falta de aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar.
5- Doação com Cláusula de Reversão → É aquela onde se pactua uma cláusula expressa em que o doador determina que caso o donatário morra primeiro do que ele, os bens retornaram ao patrimônio do doador ao invés de seguirem para os filhos do donatário. (Art. 547 CC) é resolúvel.
Art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário.
Parágrafo único. Não prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro.
6- Doação Conjuntiva → É aquela que é feita a mais de uma pessoa (Art. 552 CC)
Art. 552. O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às consequências da evicção ou do vício redibitório. Nas doações para casamento com certa e determinada pessoa, o doador ficará sujeito à evicção, salvo convenção em contrário.
7- Doação sob Forma de Subvenção Periódica → É aquela que é feita a mais de uma pessoa (Art. 551 CC)
Art. 551. Salvo declaração em contrário, a doação em comum a mais de uma pessoa entende-se distribuída entre elas por igual.
Parágrafo único. Se os donatários, em tal caso, forem marido e mulher, subsistirá na totalidade a doação para o cônjuge sobrevivo.
REVOGAÇÃO
- Não pode ser revogada segundo a vontade do doador.
- Admite-se excepcionalmente quando houver ingratidão do donatário (Art. 557 CC)
Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações:
I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio doloso contra ele;
II - se cometeu contra ele ofensa física;
III - se o injuriou gravemente ou o caluniou;
IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava.
- Só pode ocorrer na doação pura e simples. (Art. 564 CC)
Art. 564. Não se revogam por ingratidão:
I - as doações puramente remuneratórias;
II - as oneradas com encargo já cumprido;
III - as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural;
IV - as feitas para determinado casamento.
 
- O direito de revogação é personalíssimo (Art. 560 CC)
Art. 560. O direito de revogar a doação não se transmite aos herdeiros do doador, nem prejudica os do donatário. Mas aqueles podem prosseguir na ação iniciada pelo doador, continuando-a contra os herdeiros do donatário, se este falecer depois de ajuizada a lide.
ATENÇÃO: 
Sucessão Processual - É a substituição da parte em razão de uma mudança na titularidade de um direito material afirmado em Juízo. Exemplo: morte de uma das partes.
Homicídio Doloso (art. 561 CC)
Art. 561. No caso de homicídio doloso do doador, a ação caberá aos seus herdeiros, exceto se aquele houver perdoado.
É irrenunciável (Art. 556 CC) 
Art. 556. Não se pode renunciar antecipadamente o direito de revogar a liberalidade por ingratidão do donatário.
Ação competente:
- Ação revocatória de doação (Art. 563 CC)
Art. 563. A revogação por ingratidão não prejudica os direitos adquiridos por terceiros, nem obriga o donatário a restituir os frutos percebidos antes da citação válida; mas sujeita-o a pagar os posteriores, e, quando não possa restituir em espécie as coisas doadas, a indenizá-la pelo meio termo do seu valor.
Nota: Para a segurança das relações jurídicas e visando a proteção da boa-fé objetiva, a lei não permite que terceiros a quem o bem doado tenha sido transferido seja atingido por eventual revogação da doação. Não fica isento, no entanto, o donatário que tiver alienado o bem, pois fica obrigado a pagar ao doador o valor da coisa.O donatário fica obrigado, igualmente, a devolver os frutos percebidos após sua citação válida.
- Prazo (Art. 559 CC)
Art. 559. A revogação por qualquer desses motivos deverá ser pleiteada dentro de um ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato que a autorizar, e de ter sido o donatário o seu autor.
Nota: Visando à segurança jurídica, à lei estabelece o prazo decadencial de 1(um) ano, a contar do conhecimento do fato e de sua autoria, para que o doador ou seus herdeiros proponham a ação revocatória da doação.
Art. 562. A doação onerosa pode ser revogada por inexecução do encargo, se o donatário incorrer em mora. Não havendo prazo para o cumprimento, o doador poderá notificar judicialmente o donatário, assinando-lhe prazo razoável para que cumpra a obrigação assumida.
18/10/2017
LOCAÇÃO PREDIAL (LEI 8245/91 – LEI DO INQUILINATO)
Conceito: É o contrato através do qual o locador transfere ao locatário a posse indireta de determinado bem imóvel urbano para utilização conforme determinado pela avença. (Art. 1º, da Lei 8245/91).
Nota: Deve-se fixar na finalidade do contrato. É fonte subsidiária.
· O que é imóvel urbano? Resposta: Terreno ou prédio localizado em região urbana e que não se destina à exploração extrativista agrícola, pecuária ou agroindustrial.
MICROSSISTEMA DA LEI DE LOCAÇÕES:
- Direito Civil
- Direito Processual
- Direito Penal
Aplicação subsidiária do Código Civil → O que não estiver nessa lei utiliza-se os códigos.
ESPÉCIES
1) Locação residencial (Art. 46 e 47, Lei 8245/91)
Art. 46. Nas locações ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta meses, a resolução do contrato ocorrerá findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso.
§ 1º Findo o prazo ajustado, se o locatário continuar na posse do imóvel alugado por mais de trinta dias sem oposição do locador, presumir - se - á prorrogada a locação por prazo indeterminado, mantidas as demais cláusulas e condições do contrato.
§ 2º Ocorrendo a prorrogação, o locador poderá denunciar o contrato a qualquer tempo, concedido o prazo de trinta dias para desocupação.
Art. 47. Quando ajustada verbalmente ou por escrito e como prazo inferior a trinta meses, findo o prazo estabelecido, a locação prorroga-se automaticamente, por prazo indeterminado, somente podendo ser retomado o imóvel:
I - Nos casos do art. 9º;
II - em decorrência de extinção do contrato de trabalho, se a ocupação do imóvel pelo locatário relacionada com o seu emprego;
III - se for pedido para uso próprio, de seu cônjuge ou companheiro, ou para uso residencial de ascendente ou descendente que não disponha, assim como seu cônjuge ou companheiro, de imóvel residencial próprio;
IV - se for pedido para demolição e edificação licenciada ou para a realização de obras aprovadas pelo Poder Público, que aumentem a área construída, em, no mínimo, vinte por cento ou, se o imóvel for destinado a exploração de hotel ou pensão, em cinqüenta por cento;
V - se a vigência ininterrupta da locação ultrapassar cinco anos.
§ 1º Na hipótese do inciso III, a necessidade deverá ser judicialmente demonstrada, se:
a) O retomante, alegando necessidade de usar o imóvel, estiver ocupando, com a mesma finalidade, outro de sua propriedade situado nas mesma localidade ou, residindo ou utilizando imóvel alheio, já tiver retomado o imóvel anteriormente;
b) o ascendente ou descendente, beneficiário da retomada, residir em imóvel próprio.
§ 2º Nas hipóteses dos incisos III e IV, o retomante deverá comprovar ser proprietário, promissário comprador ou promissário cessionário, em caráter irrevogável, com imissão na posse do imóvel e título registrado junto à matrícula do mesmo.
- Forma → Verbal ou escrita
- Contratos por prazo determinado → Inicialmente por escrito.
a) Prazo igual ou superior a 30 meses: Haverá a prorrogação do contrato caso ao final do prazo estabelecido não seja requerida a extinção da locação e o locatário permaneça na posse do imóvel por mais de 30 dias sem oposição. Portanto a prorrogação é a regra, devendo a intenção de extinção de o contrato ocorrer por manifestação inequívoca. Uma vez prorrogado o contrato, este passará a vigorar por prazo indeterminado. É importante ressaltar que depois de prorrogado o contrato, neste caso, o locador poderá denunciá-lo (DENUNCIA VAZIA) a qualquer tempo, por qualquer motivo, desde que comunique ao locatário com 30 dias de antecedência.
Nota: Denúncia vazia → é a retomada do imóvel pelo locador, sem necessidade de justificativa, após o término do prazo de locação inicialmente fixado em contrato (30 meses).
b) Prazo inferior a 30 meses: Haverá prorrogação automática do contrato se, ao final do prazo estabelecido o imóvel não for reclamado de volta pelo locador ou devolvido pelo locatário. Uma vez prorrogado o contrato passará a ser por prazo indeterminado. Cabe atentar para relevante diferença com relação ao contrato com prazo superior ou igual a 30 meses, já que se este estiver motivado por uma das hipóteses elencadas no art. 47 da Lei 8245/91.
c) Contratos com prazo igual ou superior a 10 anos: Haverá necessidade de vênia conjugal.
Art. 3 da Lei 8245/91: O contrato de locação pode ser ajustado por qualquer prazo, dependendo de vênia conjugal, se igual ou superior a dez anos. Parágrafo único. Ausente à vênia conjugal, o cônjuge não estará obrigado a observar o prazo excedente.
2) Locação por temporada (Art. 48 a 50, Lei 8245/91)
Art. 48. Considera-se locação para temporada aquela destinada à residência temporária do locatário, para prática de lazer, realização de cursos, tratamento de saúde, feitura de obras em seu imóvel, e outros fatos que decorrem tão somente de determinado tempo, e contratada por prazo não superior a noventa dias, esteja ou não mobiliado o imóvel.
Parágrafo único. No caso de a locação envolver imóvel mobiliado, constará do contrato, obrigatoriamente, a descrição dos móveis e utensílios que o guarnecem, bem como o estado em que se encontram.
Art. 49. O locador poderá receber de uma só vez e antecipadamente os aluguéis e encargos, bem como exigir qualquer das modalidades de garantia previstas no art. 37 para atender as demais obrigações do contrato.
Art. 50. Findo o prazo ajustado, se o locatário permanecer no imóvel sem oposição do locador por mais de trinta dias, presumir-se-á prorrogada a locação por tempo indeterminado, não mais sendo exigível o pagamento antecipado do aluguel e dos encargos.
Parágrafo único. Ocorrendo a prorrogação, o locador somente poderá denunciar o contrato após trinta meses de seu início ou nas hipóteses do art. 47.
3) Locação não residencial (Art. 51 a 57, Lei 8245/91)
Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente:
I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;
II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos;
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos.
§ 1º O direito assegurado neste artigo poderá ser exercido pelos cessionários ou sucessores da locação; no caso de sublocação total do imóvel, o direito a renovação somente poderá ser exercido pelo sublocatário.
§ 2º Quando o contrato autorizar que o locatário utilize o imóvel para as atividades de sociedade de que faça parte e que a esta passe a pertencer o fundo de comércio, o direito a renovação poderá ser exercido pelo locatário ou pela sociedade.
§ 3º Dissolvida a sociedade comercial por morte de um dos sócios, o sócio sobrevivente fica sub-rogado no direito a renovação, desde que continue no mesmo ramo.
§ 4º O direito a renovação do contrato estende-se às locações celebradas por indústrias e sociedades civis com fim lucrativo, regularmente constituído, desde que ocorrentes os pressupostos previstos neste artigo.
§ 5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a ação no interregno de um ano, no máximo, até seismeses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor.
Art. 52. O locador não estará obrigado a renovar o contrato se:
I - por determinação do Poder Público, tiver que realizar no imóvel, obras que importarem na sua radical transformação; ou para fazer modificações de tal natureza que aumente o valor do negócio ou da propriedade;
II - o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente.
1º Na hipótese do inciso II, o imóvel não poderá ser destinado ao uso do mesmo ramo do locatário, salvo se a locação também envolvia o fundo de comércio, com as instalações e pertences.
2º Nas locações de espaço em shopping centers, o locador não poderá recusar a renovação do contrato com fundamento no inciso II deste artigo.
3º O locatário terá direito a indenização para ressarcimento dos prejuízos e dos lucros cessantes que tiver que arcar com mudança, perda do lugar e desvalorização do fundo de comércio, se a renovação não ocorrer em razão de proposta de terceiro, em melhores condições, ou se o locador, no prazo de três meses da entrega do imóvel, não der o destino alegado ou não iniciar as obras determinadas pelo Poder Público ou que declarou pretender realizar.
Art. 53 - Nas locações de imóveis utilizados por hospitais, unidades sanitárias oficiais, asilos, estabelecimentos de saúde e de ensino autorizados e fiscalizados pelo Poder Público, bem como por entidades religiosas devidamente registradas, o contrato somente poderá ser rescindido. (Redação dada pela Lei nº 9.256, de 9.1.1996)
I - nas hipóteses do art. 9º;
II - se o proprietário, promissário comprador ou promissário cessionário, em caráter irrevogável e imitido na posse, com título registrado, que haja quitado o preço da promessa ou que, não o tendo feito, seja autorizado pelo proprietário, pedir o imóvel para demolição, edificação, licenciada ou reforma que venha a resultar em aumento mínimo de cinquenta por cento da área útil.
Art. 54. Nas relações entre lojistas e empreendedores de shopping center, prevalecerão as condições livremente pactuadas nos contratos de locação respectivos e as disposições procedimentais previstas nesta lei.
1º O empreendedor não poderá cobrar do locatário em shopping center :
a) as despesas referidas nas alíneas a, b e d do parágrafo único do art. 22; e
b) as despesas com obras ou substituições de equipamentos, que impliquem modificar o projeto ou o memorial descritivo da data do habite - se e obras de paisagismo nas partes de uso comum.
2º As despesas cobradas do locatário devem ser previstas em orçamento, salvo casos de urgência ou força maior, devidamente demonstradas, podendo o locatário, a cada sessenta dias, por si ou entidade de classe exigir a comprovação das mesmas.
Art. 54. A. Na locação não residencial de imóvel urbano na qual o locador procede à prévia aquisição, construção ou substancial reforma, por si mesmo ou por terceiros, do imóvel então especificado pelo pretendente à locação, a fim de que seja a este locado por prazo determinado, prevalecerão as condições livremente pactuadas no contrato respectivo e as disposições procedimentais previstas nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.744, de 2012)
§ 1o Poderá ser convencionada a renúncia ao direito de revisão do valor dos aluguéis durante o prazo de vigência do contrato de locação. (Incluído pela Lei nº 12.744, de 2012)
§ 2o Em caso de denúncia antecipada do vínculo locatício pelo locatário, compromete-se este a cumprir a multa convencionada, que não excederá, porém, a soma dos valores dos aluguéis a receber até o termo final da locação. (Incluído pela Lei nº 12.744, de 2012)
§ 3o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.744, de 2012)
Art. 55. Considera - se locação não residencial quando o locatário for pessoa jurídica e o imóvel, destinar - se ao uso de seus titulares, diretores, sócios, gerentes, executivos ou empregados.
Art. 56. Nos demais casos de locação não residencial, o contrato por prazo determinado cessa, de pleno direito, findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso.
Parágrafo único. Findo o prazo estipulado, se o locatário permanecer no imóvel por mais de trinta dias sem oposição do locador, presumir - se - á prorrogada a locação nas condições ajustadas, mas sem prazo determinado.
Art. 57. O contrato de locação por prazo indeterminado pode ser denunciado por escrito, pelo locador, concedidos ao locatário trinta dias para a desocupação.
23/10/2017
→ Não cabe denuncia caso o contrato seja por prazo determinado (Art. 4º, Lei 8245/91)
→ Garantias locatícias (Art. 37, Lei 8245/91)
1) ESPÉCIES
a) Fiança/Seguro Fiança
b) Caução – Pode ser de móvel e imóvel (Art. 38, Lei 8245/91)
→ Caução em dinheiro de no máximo 3 alugueres (Art. 38, 2º, Lei 8245/91)
c) Cessão fiduciária de cotas de fundo de investimento.
* É proibido exigir mais de uma garantia (Art. 37, § único)
→ É ilícito penal (Art. 43, II, Lei 8245/91)
2) PRAZO DAS GARANTIAS
→ Até a efetiva devolução do imóvel (Art. 39, Lei 8245/91)
3) SUBSTITUIÇÃO DA GARANTIA (Art. 40, Lei 8245/91)
→ Locação para temporada (Art. 48 ao 50, Lei 8245/91)
REGRAS:
a) É considerada subespécie do contrato de locação residencial
b) Há a possibilidade de pagamento antecipado dos alugueres.
c) O período não pode ser superior a 90 dias.
d) É possível a exigência das garantias locatícias se o pagamento não for antecipado.
e) Prorrogação por prazo indeterminado.
→ 30 dias sem oposição do locador após o término do contrato.
→ Denúncia vazia: Igual ou maior de 30 meses do termo inicial.
→ Denúncia cheia: menos de 30 meses só nas hipóteses do art. 47, Lei 8245/91.
LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL (Art. 51 ao 57 da Lei 8245/91)
→ Prazo livre entre as partes (Art. 56, Lei 8245/91)
REGRAS
- O contrato acaba sem necessidade de notificação.
- Renovação por prazo indeterminado → Caso o locatário permaneça no imóvel por mais de 30 dias sem oposição do locador. (Art. 56, § único, Lei 8245/91)
- Denúncia Vazia: Na renovação por prazo indeterminado independentemente do tempo. (Art. 57, Lei 8245/91)
→ Renovação compulsória (Art. 51, Lei 8245/91) – Proteção do fundo de comércio.
- Contrato por escrito + Prazo determinado
- Prazo de 5 anos ininterruptos
- 3 anos com a mesma atividade.
- Deve ser requerido a partir de 1 ano até 6 meses antes do término da locação. (Art. 51, § 5º Lei 8245/91) → O prazo é decadencial.
- AÇÕES ATINENTES À LOCAÇÃO PREDIAL
→ Ação de despejo (Art. 59 a 66, da Lei 8245/91)
- Nas hipóteses do Art. 9º e 47, Lei 8245/91
- Possibilidades de pedido liminar (Art. 59, § 1º, Lei 8245/91)
REQUISITOS
- Caução 3 meses
- Com fundamento em uma das hipóteses (só cabe nas hipóteses) dos incisos de I a IX, do Art. 59.
→ AÇÃO REVISIONAL (Art. 68 ao 70, Lei 8245/91)
Cabimento → A Ação Revisional é cabível quando ainda que sejam feitos os reajustes anuais pactuados, o valor de mercado continua sendo superior ao valor cobrado na locação.
→ Ação renovatória (Art. 71 ao 75, Lei 8245/91) Anterior
- Cabimento: Na renovação compulsória (Art. 51, da Lei 8245/91)
→ Consignação em Pagamento (Art. 67, Lei 8245/91)
- Cabimento: Hipóteses do Art. 335 do CC
25/10/2017
FIANÇA
Conceito (Art. 818 CC): A fiança é o contrato por meio do qual uma pessoa (o fiador) garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
- Fiança sem ser pecuniária é atípica, não está prevista em lei;
- Personalíssima não pode em hipóteses alguma.
Sujeitos
- Credor 
- Fiador
Art. 820. Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua vontade.
Classificação
a) Consensual – Ter acordo de vontade
b) Unilateral – Somente o fiador
c) Gratuito (em regra) – O credor não pagou nada pela fiança.
d) Formal
e) Típica
f) Acessório (Princípio da Gravitação) – Acessório segue o destino do principal.
g) É personalíssimo (Art. 836 CC) - A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se limita ao tempodecorrido até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança.
Interpretação nos Contratos de Fiança (Art. 819 CC) - A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva. Ela é restritiva.
Adiantamento do Contrato sem Anuência do Fiador – Não vai valer se o fiador não anuir.
Súmula 214 STJ – Em novação de dívida o fiador não é responsável pela dívida se não participou.
* Cláusula Especial de exoneração do Fiador somente com a entrega das chaves - Esta cláusula é abusiva e nula.
Art. 40. O locador poderá exigir novo fiador ou a substituição da modalidade de garantia, nos seguintes casos:
X - prorrogação da locação por prazo indeterminado uma vez notificado o locador pelo fiador de sua intenção de desoneração, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante 120 (cento e vinte) dias após a notificação ao locador. (Incluído pela Lei nº 12.112, de 2009)
Requisitos
a) Subjetivo (Pessoa) 
Genérico - Art. 104, I CC - A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz.
Requisitos Específicos:
- Outorga Uxória (Vênia Conjugal): Art. 1.647 CC. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: III - prestar fiança ou aval;
- Fiador deve ser pessoa idônea: Art. 825. Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se não for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e não possua bens suficientes para cumprir a obrigação. Art. 826. Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja substituído.
 
b) Objetivo
Genérico - Art. 104, I CC - A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz.
Requisitos Específicos:
- Certeza, Liquidez e Exigibilidade - Art. 821. As dívidas futuras podem ser objeto de fiança; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal devedor.
- Limitação da Fiança ao valor da Obrigação – A fiança não ultrapassa o valor da dívida, quer dizer, não pode ser cobrado mais do fiador.
Art. 823. A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em condições menos onerosas, e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá senão até ao limite da obrigação afiançada.
- Validade da Obrigação Principal – Princípio da Gravitação - A fiança garante as verbas acessórias (por exemplo, aluguel e multa por atraso).
- Exceção: Art. 824. As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do devedor.
§ único. A exceção estabelecida neste artigo não abrange o caso de mútuo feito a menor.
Art. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores.
- Na hipótese do art. 588 CC, o fiador não paga.
c) Requisito Formal - Art. 104 CC. A validade do negócio jurídico requer: III - forma prescrita ou não defesa em lei. A fiança só vale se for por escrito.
Benefício de Ordem (Excussão) Art. 827 CC - De acordo com o benefício de ordem ou excussão (prioridade na execução), o fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito a exigir, até a contestação da lide, que sejam primeiro executados os bens do devedor. Além disso, o fiador que alegar o benefício de ordem deverá nomear bens do devedor, sitos no mesmo Município, livres e desembargados, quantos bastem para solver o débito.
- Exceção Art. 828 CC - Não aproveita este benefício ao fiador: I - se ele o renunciou expressamente; II - se se obrigou como principal pagador, ou devedor solidário; III - se o devedor for insolvente, ou falido.
- Fiança Conjunta – Art. 829 CC - Estabelece solidariedade entre os fiadores conjuntos, salvo benefício de divisão, que deverá constar do contrato.
Se tiver dois fiadores, pode ser cobrado conjuntamente dos dois, salvo se tiver uma cláusula específica em contrário.
- Benefício da Divisão - Art. 830. Cada fiador pode fixar no contrato a parte da dívida que toma sob sua responsabilidade, caso em que não será por mais obrigado.
Art. 829. A fiança conjuntamente prestada a um só débito por mais de uma pessoa importa o compromisso de solidariedade entre elas, se declaradamente não se reservarem o benefício de divisão.
Parágrafo único. Estipulado este benefício, cada fiador responde unicamente pela parte que, em proporção, lhe couber no pagamento.
Tem que ser expresso o benefício, p. Ex. um responde por 20% e o outro por 80%.
- Substituição Processual - Art. 834. Quando o credor, sem justa causa, demorar a execução iniciada contra o devedor, poderá o fiador promover-lhe o andamento.
- Extinção da Fiança por prazo indeterminado Art. 835 CC
Extinção da fiança: 
a) Exoneração do fiador: Art. 835 CC. O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias após a notificação do credor.
b) Art. 839 CC. Se for invocado o benefício da excussão e o devedor, retardando-se a execução, cair em insolvência, ficará exonerado o fiador que o invocou, se provar que os bens por ele indicado eram, ao tempo da penhora, suficientes para a solução da dívida afiançada. 
c) Morte do fiador: Art. 836 CC. A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se limita ao tempo decorrido até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança.
d) Por ato do credor: Art. 838 CC. O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado:
I - se, sem consentimento seu, o credor conceder moratória ao devedor; (aumento do prazo para pagamento da dívida)
II - se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação nos seus direitos e preferências; III - se o credor, em pagamento da dívida, aceitar amigavelmente do devedor objeto diverso do que este era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perdê-lo por evicção.
- Exceção Pessoal: Art. 837. O fiador pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigação que competem ao devedor principal, se não provierem simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso do mútuo feito a pessoa menor.
Sabadão - 28/10/2017
EMPRÉSTIMO
Conceito: É um negócio jurídico pelo qual uma pessoa entrega uma coisa a outra de forma gratuita, obrigando-se esta a devolver a coisa emprestada ou outra da mesma espécie.
Espécies
a) comodato
b) Mútuo
Classificação
a) Gratuito
b) Unilateral
c) Típico
d) Não solene
e) Real – Se não é real é consensual (Se a coisa não for entregue o contrato não vai ocorrer)
f) Comutativo
Comodato
Conceito: Art. 579 CC. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.
- Transmite a posse
Sujeitos
- Comodante: é aquele que empresta a coisa.
- Comodatário: é aquele que toma a coisa emprestado.
Características
1) Gratuidade
Atenção ao comodato com encargo – TJRS Ap. Nº 193194180
Ex.: Emprestar umas cadeiras, sendo que sua obrigação é pintar as cadeiras.
2) Infungibilidade do bem – Art. 579 CC. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.
- É uma coisa que será devolvida, p. Ex. Emprestei rosas para enfeitar o casamento, ao final do casamento as rosas já estarão desgastadas, amassadas, daí a devolução vai ter que ser de rosas.
3) Tradição do bem - Art. 579 CC. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.
- Só se concretiza com a transferência do bem, da posse.
4) Temporariedade - Art. 581. Se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o necessário para o uso concedido; não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado.
- Duração, p. Ex.: Vou lhe emprestar minha casa até o final do carnaval de 2018, isso quer dizer que, ao terminar o carnaval, a casa

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