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METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA - Aula 1

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METODOLOGIA DA 
PESQUISA CIENTÍFICA
AUTORES COLABORADORES
Profa. Dra. Lívia Perasol Bedin
Graduada em Enfermagem, doutora em Educação pela Universidade de Campinas (Unicamp) e 
professora do curso de Enfermagem da Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo.
Profa. Dra. Thaíse Valentim Madeira
É bacharel em Comunicação Social - Jornalismo pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais 
- UNILESTEMG (2006) e mestre em Historia Social e Cultural pela Université de Versailles Saint-
Quentin-en-Yvelines, França (2008). Possui doutorado em Comunicação Social pela Universidade 
Federal de Minas Gerais - UFMG, e em Ciências da Informação pela Université Paris 3 Sorbonne 
Nouvelle, França (2014). É pesquisadora do Centro de Convergência de Novas Mídias (CNPq/UFMG) 
e trabalha com temáticas relacionadas à mediação cultural, dispositivos midiáticos, megaeventos, 
memória e patrimônio, diversidade cultural, tradições populares, entre outros.
Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo
Núcleo de Educação a Distância
METODOLOGIA 
DA PESQUISA
CIENTÍFICA
Livro didático
Vitória
2015
FACULDADE CATÓLICA SALESIANA DO ESPÍRITO SANTO
DIRETOR GERAL
Irmão Cledson Martas Rodrigues
DIRETOR ADMINISTRATIVO
Padre Rogério Calvi
DIRETOR EXECUTIVO/ACADÊMICO
Jolmar Luis Hawerroth
COORDENADORES DE ÁREA
Cláudia Câmara – Coordenadora do Núcleo de Desenvolvimento Acadêmico e 
Comissão Própria de Avaliação
Heloisa Ferreira Lopes – Coordenadora Administrativo-Financeira
Marisa Marqueze – Coordenadora do Núcleo de Projetos e Processos Organizacionais 
e do Núcleo de Educação a Distância
COORDENADORES DE CURSO
Alessandra Rodrigues Garcia dos Santos – Nutrição 
Alexandre Aranzedo – Psicologia 
Ana Emilia Brasiliano Thomaz – Engenharia Civil 
Marcelo Albuquerque Schuster– Sistemas de Informação, Análise e Desenvolvimento 
de Sistemas e Redes de Computadores
Cláudia Câmara – Engenharia de Produção
Cláudia Curbani Vieira Manola – Enfermagem
Christiane Curi Pereira – Farmácia 
Danilo Camargo – Ciências Biológicas
Elisangela Maria Marchesi – Serviço Social
Fábio Venturim – Educação Física
João Luiz Coelho de Faria – Fisioterapia 
Márcia Valéria Gonçalves – Administração
Patrício Baionco Mindelo Biaguê– Ciências Contábeis
Paulo César Delboni – Filosofia
Pedro Canal Filho – Arquitetura e Urbanismo
Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo
Núcleo de Educação a Distância
METODOLOGIA 
DA PESQUISA
CIENTÍFICA 
Livro didático
FICHA TÉCNICA
Lívia Perasol Bedin e Thaíse Valentim Madeira - Texto
Lílian Cristiane Moreira - Revisão
Daniel Halim Sahb - Diagramação/Arte
Vitória
2015
Catalogação na fonte elaborada pela
Biblioteca da Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo
Bibliotecária Responsável Janine Silva Figueira CRB6 ES - 429 
 Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo. Núcleo de Educação a Distância.
F143s 
 
 p. : il.
 
 
 
 CDU 316 (035)
Metodologia de Pesquisa Científica / FCSES, NEAD ; texto de Lívia Perasol Bedin 
e Thaíse Valentim Madeira ; revisão de Lílian Cristiane Moreira ; diagramação de 
Daniel Halim Sahb – Vitória : FCSES / NEAD, 2015.
1. Metodologia de Pesquisa Científica / FCSES, NEAD ; texto de – Apostila. 2. 
Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo. 3. Núcleo de Educação a Distância. 
4. Bedin, Lívia. 5. Madeira, Thaíse 6. Moreira, Lilian Cristiane. 7. Sahb, Daniel Halim. 
SUMÁRIO
OBJETIVOS E PLANO DE ESTUDO
AULA 1: FAzER CIENTíFICO: CONCEITOS BÁSICOS
1.1 O QUE É CIêNCIa, PESQUISa E METOdOLOGIa?
1.2 FazENdO CIêNCIa E CONSTrUINdO CONHECIMENTO?
1.3 COMO CHEGaMOS à CIêNCIa? 
1.4 O QUE É PESQUISa?
1.5 O QUE É METOdOLOGIa?
AULA 2: TIPOS DE CONhECIMENTO
2.1 CONHECIMENTO ESPONTâNEO, SENSO COMUM OU CONHECIMENTO 
EMPírICO 
2.2 CONHECIMENTO FILOSóFICO
2.3 CONHECIMENTO rELIGIOSO OU TEOLóGICO
2.4 CONHECIMENTO CIENTíFICO
AULA 3: MéTODOS CIENTíFICOS
3.1 INdUçãO E dEdUçãO 
3.2 POSITIVISMO
3.3 FENOMENOLOGIa
3.4 dIaLÉTICa
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Na primeira unidade deste livro didático, você vai aprender:
• Conceitos básicos de ciência, pesquisa e metodologia – O que você 
precisa saber sobre o fazer científico, por meio de uma pesquisa orientada 
pela metodologia. 
• Quais são os tipo de conhecimento existentes – Você vai conhecer o que 
é conhecimento e como ele se desenvolve, por meio de quatro correntes: 
o conhecimento empírico, o filosófico, o tecnológico e o científico. 
• Correntes filosóficas – Você vai conhecer o método indutivo e dedutivo, 
e, em seguida, distinguir as três principais abordagens metodológicas 
que orientaram a construção do pensamento científico. São elas: o 
positivismo, a dialética e a fenomenologia.
O conteúdo da primeira unidade compreende 3 aulas. Faça, ao fim da 
leitura, um resumo sobre o que você aprendeu em cada aula, destacando 
os elementos principais de cada uma. Verifique sua aprendizagem anotando 
nos espaços abaixo os principais tópicos de cada aula. 
Aula 1: Fazer científico: conceitos básicos
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Aula 2: Tipos de conhecimento
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Aula 3: Métodos científicos
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OBJETIVOS
PLANO DE ESTUDO
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NEAD • CATÓLICA SALESIANA8
AULA 1 - CONCEITOS BÁSICOS
Iniciando o assunto
1.1 O qUE é CIÊNCIA, PESqUISA E METODOLOGIA?
Esta talvez seja a primeira vez que você tem acesso à metodologia de pesquisa. 
ainda é muito incipiente o conhecimento sobre o que de fato você poderá 
produzir como estudo científico. Mas, tenha 
certeza, você fará, a partir de agora, ciência! 
Para tanto, será necessário ponderar o que 
aprendeu ao longo da vida enquanto senso 
comum e aplicar métodos e técnicas para 
descoberta de novos conhecimentos.
 
Mas antes de aprender as ferramentas, os 
métodos, esta é a hora de projetar as ideias. 
a partir de hoje, tudo aquilo que lhe despertar 
interesse deve ser considerado. Não deixe 
guardado no fundo do baú sua fonte de 
inspiração, pois ela será o estopim para futuras 
descobertas. durante todo seu percurso como 
estudante, pense em que profissional você quer se tornar, onde você pretende 
atuar e quais os conhecimentos necessários para isso. Uma vez com o seu 
objeto de estudo definido, você terá muitas formas de explorá-lo, criando um 
trabalho autêntico, legítimo e original. 
O pesquisador Pedro demo, o qual você vai conhecer ao longo deste livro 
didático, nos deixa uma dica que é extremamente relevante: “O estudante 
leva para a vida sobretudo o que produziupelas próprias mãos, não tanto 
o que apenas escutou” (dEMO, 1985, p.11). Por isso é importante entender a 
importância de SOLTar a CrIaTIVIdadE. a metodologia é uma ferramenta para 
a sua criação. Vamos ajudá-lo a pensar de forma metodológica, dentro dos 
parâmetros científicos. Vamos guiá-lo na descoberta do seu tema de pesquisa, 
na forma de desenvolvê-lo e apresentá-lo. Tudo para que, no final, você crie 
sua própria pesquisa, que ajude a conhecer a realidade que nos cerca.
Queremos ver a sua produção. Queremos 
* Abstração = 
devaneio, Ideia 
metafísica, teoria 
demasiado vaga 
que não 
pode receber 
aplicação.
dicionário 
Priberam 
da Língua 
Portuguesa, 
2008-2013. 
Fonte: http://www.desafiosdaeducacao.com.br/blog/page/6/
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 9
ver o corpo final de um trabalho que 
você desenvolveu e poderá apresentar 
em qualquer ambiente acadêmico, 
pois ele foi pensado e produzido com 
procedimento e rigor científico. Para 
chegar lá, você precisa entender o que 
é pesquisa, o que é conhecimento 
(veja na Aula 2) e o que é a própria 
ciência, pois este é o fundamento que 
nos trará da abstração* à montagem 
de algo que produzimos pelas 
próprias mãos.
 
1.2 FAzENDO CIÊNCIA E CONSTRUINDO CONhECIMENTO?
No dicionário Priberan da Língua Portuguesa (2008-2013), a palavra 
Ciência, originada do latin Scientia, é definida como “ramo de conhecimento 
sistematizado como campo de estudo ou observação e classificação dos 
fatos atinentes a um determinado grupo de fenômenos e formulação das 
leis gerais que os regem.” Sendo assim, o fazer científico depende de um 
procedimento metodológico para se cumprir. 
Consideramos que há na ciência processualidade, objetividade e empirismo. 
Isso significa que, por meio de um discurso coerente, consistente, original e 
objetivo (dEMO, 1981), uma descoberta é feita, um conhecimento é posto 
em prova, uma verdade é superada. Para ser ciência é preciso, portanto, 
comprovações reais e palpáveis do que foi testado. 
Nasce aí a grande diferença entre ciência e conhecimento. Enquanto a 
primeira busca, incessantemente, por meio de experiências, explicar a 
realidade, o conhecimento trabalha com análises de questões abstratas e de 
cunho comportamental, sem necessariamente contribuir para a afirmação 
de verdades e preditivos e sem demonstrar o que foi observado. 
Quer entender melhor? Um exemplo: a sociologia é uma ciência, pois 
busca compreender a dinâmica da vida social, intervindo nos problemas 
estruturais da sociedade, por meio de pesquisas baseadas na experiência. 
Já a filosofia trabalha com questões existenciais do ser humano, porém, sem 
a pretensão de comprovar, empiricamente, algum questionamento. agora, 
preste a atenção: o conhecimento é parte da ciência, e os dois podem e 
devem andar juntos. 
Na aula 2 você vai entender 
melhor sobre os diversos 
tipos de CONhECIMENTOS 
e qual deles pode 
contribuir ou não com a 
produção científica.
EXERCíCIOS
Como você enxerga a ciência no campo de trabalho que você escolheu? 
Como ela contribuiu para o desenvolvimento da vida social? 
Fonte: http://blogdoscaloiros.blogs.sapo.pt/
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NEAD • CATÓLICA SALESIANA10
DICAS DE REFLEXÃO
Você sabia que, assim como a ciência, a poesia e as artes também 
são consideradas instrumentos de percepção e compreensão da vida 
humana? Experimente, como os poetas, observar a realidade que o cerca 
e analisar algum aspecto dela. a observação é o primeiro passo para 
fazer ciência e construir conhecimento! Se você conseguir perceber o 
mundo de uma forma só sua, isso se refletirá em um trabalho original. 
a ciência busca por pesquisadores assim, bem como a poesia, como 
lembra Manuel de Barros:
Por isso, seja nas ciências humanas, ciências sociais, ciências 
naturais ou ciências exatas, em algum lugar, você, estudante, 
trabalha com ciência. Embora a definição exata de ciência seja 
conflituosa e interminável, há um consenso: ela depende de alguém 
que a construa, e este alguém pode ser você.
1.3 COMO ChEGAMOS à CIÊNCIA? 
Fonte: http://www.andre-machado.com/2014_05_01_archive.html
Fonte: http://www.netmundi.org/pensamentos/2013/07/artigo-como-ciencia-estabelece-e-evolui-seu-processo/
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 11
* Paradigmas = algo que 
serve de exemplo geral ou 
de modelo. = PadrãO
dicionário Priberam 
da Língua 
Portuguesa [em 
linha], 2008-2013.
dicionário Priberam 
linha], 2008-2013.
DICA: Buscar a ciência demanda um esforço no encadeamento 
das ideias. Ter uma boa redação é a qualidade de um bom 
pesquisador e cientista.
 
Vamos ensiná-lo posteriormente a organizar suas ideias em 
forma de esquema e de resumo. Isso é um bom começo para a 
prática discursiva de um trabalho.
a busca pela compreensão da realidade e dos fenômenos que nos 
cercam por meio de uma lógica específica é uma necessidade ancestral. 
Mas nem sempre as inquietudes humanas foram solucionadas com 
atitudes científicas. Os homens primitivos, por exemplo, não entendendo 
as reações físicas da natureza, estavam reféns do acaso e, por não 
dominarem as variações do meio ambiente, atinham-se ao medo. 
Outrora, os acontecimentos se tornaram fruto de um mundo religioso, de 
crenças e superstições. As verdades absolutas provinham de experiências 
místicas do homem com algum tipo de abstração, e as explicações sobre 
os fenômenos naturais, eram, na verdade, postulados recebidos, aceitos e 
compartilhados socialmente. 
Mas, como isso não bastou, começou-se a procurar lógica nos 
acontecimentos. as respostas eram buscadas na especulação e 
posteriormente na comprovação científica, por meio de métodos objetivos 
e sistemáticos, baseados em observação, descrição e análise. desde 
então, a ciência passou a interferir na forma como o homem compreende 
o mundo, como os comportamentos são moldados e os paradigmas* são 
formados.
Para fazer ciência, alguns critérios essenciais devem ser obedecidos. 
Pedro demo (1981) identifica quatro desses que, segundo ele, são internos 
à produção do saber científico, dos quais depende a existência da 
própria ciência. O outro critério, externo à cientificidade, veremos mais 
adiante. Primeiramente, guarde esses quatro critérios como ferramentas 
de elaboração de seus futuros trabalhos: 
Quadro - Critérios internos de cientificidade
a) Coerência: 
significa falta de contradição, argumentação estruturada, corpo 
não contraditório de enunciados, desdobramentos do tema de 
forma estruturada, dedução lógica de conclusões. Coerente é o 
discurso que, estabelecido o ponto de partida, evolui sem entrar em 
contradição, tanto no sentido de não partir de premissas conflitantes, 
como no sentido de um corpo intermédio concatenado, amarrado, 
Astucia: Este tipo de 
relação do homem com 
a religião deu origem ao 
conhecimento teológico, 
que você verá na Aula 2. 
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NEAD • CATÓLICA SALESIANA12
Na busca pela compreensão do universo, a ciência adota um discurso de 
autoridade e verdade que orienta o desenvolvimento e o progresso social. 
Para chegar a esse discurso, foi preciso realizar experimentos que chamamos 
de pesquisas, que tentam, por meio dos critérios expostos acima, explicar a 
realidade. Fazer ciência e produzir conhecimento demanda neutralidade do 
pesquisador, ou seja, isenção de juízos de valor, e quanto mais neutralidade, 
mais estamos alinhados com o fazer científico.
ajustado, como também no sentido de chegar à conclusões 
congruentes entre si e para as premissas iniciais.
b) Consistência: 
significa a capacidade de resistir a argumentação contrárias; difere 
da coerência, porque está mais próxima do rigor lógico, enquanto 
a consistência se liga também à atualidade da argumentação. 
das obras produzidas em determinado ano, apenas algumas 
sobrevivem, porque conseguiram resistir ao tempo , construindo para 
isso não só a capacidade lógica mas também a capacidade para 
produzir argumentos sustentadospela comunidade científica.
c) Originalidade: 
significa uma produção não tautológica, ou seja, não meramente 
repetitiva, representando real contribuição ao conhecimento. dito de 
outra maneira, acentua-se aqui a produção baseada na pesquisa, 
na descoberta na invenção. 
d) Objetivação: 
significa a tentativa de reproduzir a realidade assim como ela é, 
mas do que como gostaríamos que fosse. Como não aceitamos a 
possibilidade de um conhecimento objetivo, substituímos o conceito 
de objetividade pelo de objetivação. Em primeiro lugar interessa a 
ciência captar a realidade e é por isso que este critério é o mais 
importante. Embora a coincidência entre a realidade e o que 
pensamos dela nunca se dê adequadamente de modo cabal*, é o 
ideal máximo da ciência. 
Fonte: demo (1981, p.16, grifo nosso).
Fonte: http://geografiaetal.blogspot.com.br/2011/09/mafalda-na-geografia.html
* Cabal= a que não 
falta nada.
2. Que é ou está 
como deve ser.
dicionário 
Priberam 
da Língua 
Portuguesa, 
2008-2013. 
.
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 13
a intersubjetividade, 
que significa a vigência 
do argumento de 
autoridade em 
ciência.
Fonte: http://melhorqueontem.com.br/foco-imersao-e-agenda-programada/
Como eu posso fazer a escolha de um objeto de pesquisa e ao 
mesmo tempo ser neutro quanto à minha escolha? Como posso 
atingir a objetivação se eu, como sujeito, penso de forma subjetiva? 
Você deve estar se perguntando: 
Se você chegou a este raciocínio, 
ótimo! Porque este é o critério externo 
de cientificidade apontado por demo 
(1981, p.17): a intersubjetividade, que 
significa “a vigência do argumento de 
autoridade em ciência”. Isso significa 
que você deve, em teoria, construir o 
seu ponto de vista dialogando com o 
pensamento de outros autores que 
também discursaram sobre aquele 
assunto. a sua insegurança pode ser 
sanada pelo histórico de produções 
científicas elaboradas antes de você. 
E cer tamente terão várias! 
Fazer ciência não é fácil, e você estará sempre em busca de respostas 
aos questionamentos. Você vai perceber que é a nossa percepção da 
realidade que vai definir o que entendemos por ciência e como podemos 
produzi-la. ao longo do curso, você deve ir refinando a forma de olhar 
cientificamente para o seu objeto de pesquisa e se esforçar em redigir um 
texto de maneira objetiva, com rigor metodológico, na tentativa de provar 
empiricamente a sua ideia. Para isso, comece a exercitar a partir de agora 
seu olhar de cientista. 
Nós vamos ajuda-lo!
Observe no quadro abaixo as observações descritas por Demo (1981) 
sobre as tarefas básicas para se construir ciência:
Quadro - Tarefas para se construir ciência.
a) Definir os termos com precisão 
Para não deixar margem à ambiguidade; cada conceito deve ter um 
conteúdo específico e delimitado; não pode variar durante a análise; 
embora uma dose de imprecisão seja normal, o ideal é reduzi-la 
ao máximo possível, produzindo o fenômeno desejável de clareza 
de exposição.
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NEAD • CATÓLICA SALESIANA14
b) Descrever e explicar com transparência
Não incorrendo em complicações, ou seja, em linguagem hermética, 
dura, Inteligível; para explicar é mister simplificar, mas é preciso 
também buscar o meio-termo entre excessiva simplificação e 
excessiva complicação;
c) Distinguir com rigor facetas diversas
Não emaranhar termos, clarear superposições possíveis, fugir à 
mistura de planos da realidade; não cair na confusão, no sentido de 
confundir uma história com a outra, de obscurecer regiões distintas 
do mesmo objeto, de trocar termos destacáveis;
d) Procurar classificações nítidas
Bem sistemáticas, de tal sorte que o objeto apareça recortado, sem 
perder muito de sua riqueza;
e) Impor certa ordem no tratamento do tema
de tal modo que seja claro o começo ou o ponto de partida, a 
constituição do corpo do trabalho e a sequência.
acabamos de apontar algumas características importantes sobre a 
ciência e o fazer científico, as quais serão importantes para você na 
elaboração de suas pesquisas. Por isso, sempre que for desenvolver um 
trabalho, por mais simples que seja, pense nessas questões: coerência, 
consistência, originalidade e objetivação. E quando for escrever um 
texto, responder uma questão de prova ou fazer uma pesquisa, fique 
atento à definição, descrição, distinção, classificação e ordem dos 
temas trabalhados .
Também dissemos aqui que o primeiro passo para fazer ciência é a 
observação. à vezes as pessoas pensam que para fazer ciência é 
obrigatório ter um elevado grau de conhecimento e ser intelectual com 
anos de estudos e descobertas. Inclusive, pensam que alguns nascem 
para ser cientistas! Isso tudo pode ser verdade, claro, mas o mais 
importante, como dissemos, é ter criatividade para desenvolver algo, e a 
criatividade já nasce conosco, mas também é algo que desenvolvemos, 
com bastante interesse, esforço e LEITUra.
Selecione cinco temas que são importantes no seu curso, com 
os quais, certamente, você irá trabalhar ao longo da faculdade. 
Coloque no papel: as definições deste tema e quais são os autores 
principais que falam sobre ele. Guarde este exercício, pois ele será 
útil para as próximas aulas.
Sabe como você pode exercitar?
Fonte: demo (1985, p. 35).
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 15
Projeto do MIT identifica ‘nerds’ que são ‘reis da gambiarra’ 
em favelas do Rio
Pamella está grávida do segundo filho, tem 24 anos, quer estudar psicologia, e 
mora em Vigário Geral. Luiz tem 19 anos, está em dúvida entre ser arquiteto ou 
artista plástico e mora em Realengo. Davi tem 14 anos, ainda vai decidir se quer ser 
advogado ou enfermeiro e mora em Pilares.
Em comum, os três jovens de bairros de periferia do Rio de Janeiro têm a vocação 
para criar “engenhocas” - ou “gambiarras” - verdadeiras invenções da engenharia 
doméstica, e participam do primeiro “Gambiarra Favela Tech”. O projeto tenta 
identificar “nerds” em diferentes comunidades cariocas, colocando-os em contato, 
estimulando seu potencial criativo e artístico e ensinando conceitos básicos de 
matemática e física.
A iniciativa é do laboratório digital Olabi e da ONG Observatório de Favelas em 
parceria com a Fundação Ford e o MIT (Massachusetts Institute of Technology). O 
projeto é uma tentativa de devolver a cultura “maker” às suas origens: as oficinas 
e garagens onde pequenos “gênios” anônimos desenvolvem soluções para os 
problemas do cotidiano - usando princípios de elétrica, eletrônica e informática, com 
uma boa dose de criatividade.
Para serem selecionados, todos tiveram de provar alguma habilidade. Há os que 
montam e desmontam computadores, criam sistemas de iluminação com extensões 
improvisadas, consertam ventiladores, desenvolvem adaptadores para tomadas, 
montam pequenos geradores e até lidam com softwares de código aberto.
Luiz, Davi e Pamella se preparam para produzir suas invenções no Gambiarra Favela Tech, no Complexo da Maré.
Vamos ilustrar uma situação bem simples, de alguns jovens 
de periferia que investiram em criatividade e agora colhem os 
resultados. Esperamos que você também se inspire para 
fazer ciência!
Você consegue imaginar um exemplo de como o 
fazer científico pode ser interessante? 
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NEAD • CATÓLICA SALESIANA16
Fonte: Jefferson Puff - BBC Brasil no rio de Janeiro. disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/
noticias/2015/07/150727_mit_nerds_rio_pai_jp
Fonte: http://loungeempreendedor.blogspot.com.br/2011/02/pesquisa-de-
mercado.html
*Acepções= Sentido em 
que se toma uma palavra; 
interpretação, significado
dicionário Priberam da 
Língua Portuguesa, 
2008-2013. 
.
interpretação, significado
dicionário Priberam da 
Ricardo Palmieri, artista digital e especialista em interfaces interativas que trabalha há 
dez anos com oficinas nos campos da robótica, eletrônica e audiovisual, explica que 
o termo “maker” é a forma atual para descrever os improvisos criados ao redordo 
mundo, seja em badalados laboratórios de inovação, comunidades de países em 
desenvolvimento ou na boa e velha garagem de um avô “professor Pardal”, que “todo 
mundo tem ou conhece alguém que tenha”.
Ao ministrar as duas semanas de oficinas para Pamella, Luiz, Davi e outros nove colegas 
num galpão no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, Palmieri trabalha com três 
objetivos básicos: estimular a originalidade nas soluções, aproximá-los da física e da 
matemática e romper com preconceitos contra os materiais recicláveis, buscando 
peças em locais diversos que vão desde a rua até um lixão ou um ferro-velho.
“Alguns vêm de uma situação social mais vulnerável, outros nem tanto, mas todos 
são moradores de favela ou periferia. É interessante ver como muitos deles dizem ser 
chamados de ‘malucos’ por pegarem coisas do lixo para montarem suas traquitanas, 
mas aos poucos vão dando um valor de engenharia e arte a isso, aumentando a 
autoestima e vendo que podem chegar a resultados surpreendentes”, conta.
1.4 O qUE é PESqUISA? 
a partir de agora, algumas palavras vão 
nortear os estudos de metodologia da 
pesquisa. Essas palavras funcionam para 
organizar suas ideias de forma clara. Estamos 
falando de procedimentos, etapas, métodos, 
construções, entre outros. antônio Carlos Gil 
define pesquisa como:
“Procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar 
repostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se 
por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do 
problema até a apresentação dos resultados” (GIL, 2010, p. 17).
Existem várias acepções* sobre o que é pesquisa, mas 
podemos definir, em linhas gerais, que pesquisa é um 
estudo que pretente definir ou esclarecer uma questão. 
a pesquisa é considerada uma atividade que cumpre o objetivo da 
ciência, que é desvendar a realidade.
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 17
De acordo com Demo (1985, p. 23), “partimos do pressuposto de que a 
realidade não se desvenda na superfície. Não é o que aparenta à primeira 
vista. Ademais, nossos esquemas explicativos nunca esgotam a realidade, 
porque esta é mais exuberante que aqueles”. Sendo assim, cada pesquisa 
cumpre a exaustiva tarefa de buscar a realidade, sem nunca alcançá-la na 
sua integralidade e complexidade.
 
Para realização de uma pesquisa, é necessário organizar os conhecimentos 
disponíveis e os procedimentos adotados. Estes, por sua vez, nunca são 
realizados em uma única vez. Existem etapas de pesquisa que vão desde 
a escolha do tema aos resultados e considerações finais.
Também existem diversas maneiras de distinguir uma pesquisa. Veremos 
nos próximos capítulos mais especificamente como elas se diferem quanto 
à abordagem, quanto à natureza, quanto aos objetivos e quanto aos 
procedimentos. 
antônio Carlos Gil (1987, 1989, 1991, 2002) as classifica em dois grandes 
grupos: aquelas de ordem intelectual e aquelas de ordem prática. “As 
primeiras decorrem do desejo de conhecer pela própria satisfação de 
conhecer. as últimas decorrem do desejo de conhecer com vistas a fazer 
algo de maneira mais eficiente ou eficaz” (GIL, 2002, p. 17). 
partimos do 
pressuposto de 
que a realidade 
não se desvenda 
na superfície. 
Não é o que 
aparenta à 
primeira vista. 
Ademais, nossos 
esquemas 
explicativos 
nunca esgotam a 
realidade, porque 
esta é mais 
exuberante que 
aqueles
PROCEDIMENTO
E MÉTODOS
HIPÓTESES
PROBLEMA
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
TEMA
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NEAD • CATÓLICA SALESIANA18
Pedro demo (1987), por sua vez, apresenta quatro tipos básicos de pesquisa: 
as pesquisas teóricas, as metodológicas, as empíricas e as práticas. 
apresentaremos estes quatro modelos para que você comece a pensar, 
de antemão, qual viés você irá adotar para suas próximas pesquisas. 
Na pesquisa teórica você reúne os quadros teóricos de referência do tema 
que escolheu. Isso significa dominar os temas propostos anteriormente, por 
meio da leitura e compreensão dos clássicos que trabalharam aquele 
assunto. “Eles trazem a acumulação já feita de conhecimento, as polêmicas 
vigentes, a cristalização de certas práticas de investigação, o ambiente 
atual da discussão em torno do assunto, e assim por diante” ( dEMO, 1987, 
p. 23).
a pesquisa metodológica está 
ligada aos instrumentos de 
captação da realidade. aqui 
começa, efetivamente, o uso dos 
métodos de pesquisa, ou seja, 
a forma como você vai proceder 
na realização do trabalho, 
etapa por etapa. Neste tipo de 
pesquisa é essencial que você 
estabeleça um PrOCESSO de 
construção. Este processo fará 
com que seu objeto de pesquisa 
evolua gradativamente, e você amadureça seu ponto de vista enquanto 
pesquisador.
Quando dissemos que a ciência possui processualidade, e a isto que 
estamos nos referindo: à construção que você irá realizar a fim de desvendar 
algum aspecto da realidade, o processo através do qual você acumulou 
conhecimentos que lhe permitem ser um pesquisador. 
Em relação à pesquisa empírica, podemos dizer que é nela que o ideal de 
ciência se evidencia. Na pesquisa empírica estamos frente aos fenômenos 
estudados, podemos observá-los e fazer experiências com eles. Neste 
tipo de pesquisa encontramos a teoria refletida no objeto de estudo, 
você percebe as nuances entre uma reflexão generalizante e aquela que, 
concentrada em uma situação, reflete questões mais amplas.
quatro tipos 
básicos de 
pesquisa: as 
pesquisas 
teóricas, as 
metodológicas, 
as empíricas e 
as práticas.
Todas as pesquisas passam por essa fase de leitura de uma 
vasta bibliografia, seja de livros, artigos, ensaios, teses ou 
dissertações. O pesquisador demonstra conhecimento do tema, 
apenas pela releitura e reflexão sobre o mesmo. 
que tal você começar a pesquisar sobre um tema de seu 
interesse? Construa a partir de agora o seu referencial 
teórico. 
Fonte: http://www.7boats.com/tips-to-choose-best-wordpress-video-themes/
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 19
a pesquisa empírica é diferenciada, por Pedro demo (1985) da pesquisa 
prática. as duas preveem a aplicação, em campo, das teorias estudadas. 
Porém, a pesquisa prática tem o objetivo central de provar a teoria e, por 
vezes, até desmistificar sua veracidade.
Frequentemente dizemos que na prática a teoria é outra. Isso não 
quer somente dizer que pode sempre haver dissonância entre os 
dois níveis, mas principalmente que um não se faz sem o outro. 
Nada melhor para a teoria do que uma boa prática e vice-versa. 
Os extremos também são indesejáveis, a saber o teoricismo, que 
acaba sendo uma fuga da realidade, ou o ativismo que não se 
contextualiza teoricamente. (DEMO, 1985, p. 26)
Os limites entre uma pesquisa e outra são esvaecidos*, o que significa 
que você poder fazer um levantamento teórico, metodológico e, quem 
sabe, empírico e prático ao mesmo tempo. O que vai dizer qual caminho 
seguir é sua percepção e sensibilidade de pesquisador que, ao olhar para 
o objeto de estudo, estabelece uma construção metodológica específica 
para explorá-lo.
Insistimos mais uma vez que o primeiro passo para fazer ciência, construir 
uma pesquisa, é a criatividade. O autor antônio Gil acrescentou à 
criatividade e definiu outras característica intrínsecas** ao pesquisador:
Quadro - De que depende o êxito de uma pesquisa 
a) Conhecimento do assunto a ser pesquisado; 
b) Curiosidade; 
c) Criatividade; 
d) Integridade intelectual; 
e) Atitude autocorretiva; 
f) Sensibilidade social; 
g) Imaginação disciplinada; 
h) Perseverança e paciência; 
i) Confiança na experiência. 
Vamos entender o que são esses métodos 
e o que é a metodologia de pesquisa?
Lembramos que habilidades criativas compõem o primeiro passo para 
desenvolver um trabalho interessante e contemplado. Porém, sem os 
métodos bem definidos e aplicados, seu trabalho não possuirá cientificidade. 
* Es·va·e·ci·do - adjetivo.
Que se esvaeceu; desfeito; 
dissipado; enfraquecido; 
desanimado.** Intrínseca - íntimo.
2. Que se passa no interior. 
dicionário Priberam 
da Língua 
Portuguesa, 
2008-2013.
Fonte: Gil, 2002, p. 18.
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NEAD • CATÓLICA SALESIANA20
1.5 O qUE é METODOLOGIA 
Podemos dizer, em linhas gerais, que 
metodologia é o processo através do qual se 
estuda, ou se discursa sobre algo. “A palavra 
metodologia vem do grego meta que significa 
ao largo [ao longo de]; odos; [hodós], caminho 
[via]; logos, discurso, estudo.” (BarrOS; 
LEHFELd, 2007, p.1). a metodologia compreende 
o estudo dos vários métodos existentes, 
aplicados em diferentes tipos de pesquisa.
Que fique clara, neste momento, a diferença 
entre metodologia e método. a metodologia 
estabelece e analisa a aplicação dos métodos, enquanto estes últimos 
são as próprias ferramentas, processos e fases que se aplicam a cada 
pesquisa. O que vamos trabalhar neste livro didático é a metodologia 
da pesquisa científica, ou seja, vamos conhecer e investigar sobre 
os diversos processos de elaboração de uma pesquisa científica. 
Veja no quadro a seguir a diferença entre os diferentes termos:
Quadro - 
Entre outras previsões, a Constituição de 1988 proíbe a 
tortura e o tratamento desumano ou degradante, além de 
estabelecer a tortura como crime inafiançável e insuscetível 
de graça ou anistia; institui a liberdade de manifestação do 
pensamento, de consciência e crença; a inviolabilidade da 
intimidade, da casa e o sigilo da correspondência; o direito 
de propriedade subordinado à função social; o acesso à 
justiça; a proibição do racismo e sua prática como crime 
inafiançável e imprescritível; a proibição da pena de morte 
(salvo em caso de guerra declarada); o direito a ampla 
defesa e a proibição de prisões arbitrárias.
2.6 DIREITOS hUMANOS NA CONTEMPORANEIDADE
Embora os direitos humanos se afirmem universais, 
interdependentes e indivisíveis, constatamos, na realidade, em 
especial na brasileira, limites estruturais para sua consolidação. 
Metodologia 
é o processo 
através do 
qual se es-
tuda, ou se 
discursa sobre 
algo. 
Diferença entre Ciência, 
metodologia, métodos
Fonte: : Barros e Lehfeld (2000, p. 3 apud GONçaLVES, 2005, p. 23).
Fonte: http://corporate.canaltech.com.br/noticia/
educacao/Intel-e-FaPESP-dao-inicio-a-segunda-rodada-
de-edital-para-pesquisa-cientifica/
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 21
Uma boa meto-
dologia “promove 
o espírito crítico, 
capaz de realizar 
a auto-consciência 
do trajeto feito e 
por fazer. Delimita 
sua criatividade e 
sua potencialidade 
no espaço de tra-
balho. 
a metodologia da pesquisa é uma disciplina que vai nortear todas as suas 
produções acadêmicas a partir deste momento. Nos trabalhos a serem 
realizados em outras disciplinas, você deve ficar atento aos procedimentos 
utilizados nas pesquisas, pois será a aplicação dos métodos escolhidos 
que vai garantir a legitimidade do seu trabalho (BarrO; LEHFELd, 2007)
Na Metodologia da Pesquisa, cada escolha deve ser justificada. Se 
você optou por realizar sua pesquisa utilizando um tipo de método, 
você deve explicar o motivo que o levou a esta escolha. Assim, você 
estará usando a metodologia da pesquisa, pois refletirá sobre a 
construção do seu pensamento através da aplicação de um método.
 
É simples: você tem em mãos o conhecimento e as ferramentas para 
construir uma casa (método). Mas sem 
um projeto (metodologia), sem refletir 
sobre as etapas de construção do 
seu objeto final, sem as normas da 
construção da casa, é possível que 
seus planos não se cumpram. alguém 
pode dizer que seu trabalho está sem 
estrutura, que não é válido ou legítimo.
Pedro demo chama metodologia de 
“preocupação instrumental” isso porque, 
através da disciplina Metodologia de 
Pesquisa, o pesquisador “cuida dos 
procedimentos, das ferramentas, dos 
caminhos” os quais ele vai seguir ao 
longo do trabalho (dEMO, 1985, p. 19).
Entretanto, o demo alerta que a metodologia não é apenas a superposição 
de etapas a serem seguidas. A reflexão e a crítica devem estar presentes 
em todo o processo. Uma boa metodologia “promove o espírito crítico, 
capaz de realizar a auto-consciência do trajeto feito e por fazer. delimita sua 
criatividade e sua potencialidade no espaço de trabalho” (dEMO, 1985, p.19).
Quando fazemos pesquisa, nem sempre partimos de um ponto 
previsível e chegamos a outro. ao contrário, ao longo do caminho, 
podemos nos deparar com novas variáveis que transformam 
completamente a hipótese que acreditávamos ser verdadeira. 
Neste processo, a metodologia é essencial, pois é ela que 
nos levará às novas respostas e novas descobertas, 
apoiadas em procedimentos verificáveis e infalíveis. 
de acordo com deslandes (2007, p. 44), a 
metodologia da pesquisa pode ser definida 
de forma mais abrangente, compreendendo 
vários outros aspectos além da análise dos 
métodos. Metodologia também é explicada:
Fonte: http://prpaulogiovane.blogspot.com.br/2012/12/o-legado-que-
vamos-deixar_14.html
Aula 1 - CONCEITOS BÁSICOS
NEAD • CATÓLICA SALESIANA22
a) como a discussão epistemológica sobre o “caminho do 
pensamento” que o tema ou o objeto de investigação requer; 
b) como a apresentação adequada e justificada dos 
métodos, técnicas e dos instrumentos operativos que devem 
ser utilizados para as buscas relativas às indagações da 
investigação; 
c) e como a “criatividade do pesquisador”, ou seja, a sua 
marca pessoal e específica na forma de articular teoria, 
métodos, achados experimentais, observacionais ou de 
qualquer outro tipo específico de resposta às indagações 
específicas. 
Retomando o exemplo anterior, você pode projetar uma casa da forma 
como bem entender, respeitando os princípios da construção civil 
(métodos, aBNT) . Nesta casa, você pode aplicar ousadia e criatividade, 
ou pode fazer uma casa popular. depende de como você vai construir o 
seu projeto, a sua metodologia.
 
Podemos perceber, portanto, que a metodologia não se resume à aplicação 
de métodos, fórmulas ou técnicas de pesquisa. Muito além disso, a 
metodologia é algo que você constrói, de acordo com seus objetivos.
Você ainda não sabe o que é ABNT? 
Agora já está na hora de consultar o “Guia de elaboração 
e normalização de trabalhos acadêmicos e de pesquisa” 
(2013), que está disponível no ambiente vir tual e no site da 
Católica <http://www.catolica-es.edu.br/publicacao/guia_de_
normalizacao>.
Construir ciência é em parte o cultivo de uma atitude típica diante da 
realidade, da atitude de dúvida, de crítica, de indagação, rodeada 
de cuidado para não sermos ingênuos, crédulos, apressados. 
Tudo isso é questão metodológica. Perseguir tais caminhos pode 
ser devaneio digressivo, especulação desenfreada; mas pode ser 
condição fundamental para desabrocharmos nossa opção teórica e 
prática diante da ciência. (DEMO, 1987, p. 25). 
Usando o guia vamos 
aprender sobre citação 
direta curta e longa. 
Capítulo 3
Esta é uma 
citação direta 
longa.
MÉTODOS DE PESQUISA

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