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Ecoturismo: conceitos, características e crescimento

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Sumário 
1. O QUE É ECOTURISMO? ...................................................................... 2 
2. SURGIMENTO DO ECOTURISMO NO BRASIL ..................................... 4 
3. ENTENDENDO O SEGMENTO .............................................................. 6 
4. MEIO AMBIENTE E TURISMO ............................................................... 6 
5. CONCEITUAÇÕES, CARACTERÍSTICAS E FUNDAMENTOS .............. 8 
6. CRESCIMENTO DO ECOTURISMO ....................................................... 9 
7. O QUE É TURISMO SUSTENTÁVEL? ................................................. 10 
8. CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO ECOTURISMO ....................... 14 
9. O ECOTURISTA .................................................................................... 27 
10. ECOTURISMO E MERCADO ................................................................ 29 
11. REGRAS DE ECOTURISMO ................................................................ 32 
12. TIPOS DE ECOTURISMO ..................................................................... 34 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. O QUE É ECOTURISMO? 
 
 
Fonte: bonitoinforma.com.br 
Ecoturismo ou turismo ecológico é o "segmento da atividade turística que 
utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação 
e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do 
ambiente, promovendo o bem-estar das populações". A definição acima é dada 
pelo Ministério do Meio Ambiente em conjunto com o EMBRATUR – Instituto 
Brasileiro de Turismo e segue àquela criada pela Sociedade Internacional de 
Ecoturismo (TIES ou The International Ecotourism Society). 
Este ramo do turismo é caracterizado pelo contato com ambientes naturais, 
pela realização de atividades que promovam a vivência e o conhecimento da natureza 
e pela proteção das áreas onde ocorre. Isto é, ele está fundado nos conceitos de 
educação, conservação e sustentabilidade. O ecoturismo pode ser entendido, então, 
como as atividades turísticas baseadas na relação sustentável com a natureza, 
comprometidas com a conservação e a educação ambiental. 
É um segmento turístico importante ao fazer contribuições positivas 
significativas para o bem-estar ambiental, social, cultural e econômico dos destinos e 
das comunidades locais ao redor do mundo: através dele são oferecidos incentivos 
econômicos eficazes para a conservação e valorização da diversidade biológica e 
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28419-o-que-faz-o-ministerio-do-meio-ambiente
http://www.embratur.gov.br/
http://www.embratur.gov.br/
http://www.ecotourism.org/
http://www.ecotourism.org/
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28588-o-que-e-desenvolvimento-sustentavel
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28548-o-que-e-biodiversidade
 
 
 
 
cultural e ajuda a proteger o patrimônio natural e cultural ao redor do mundo. Ele se 
prova também como uma ferramenta eficaz para capacitar as comunidades locais ao 
redor do mundo a alcançar um desenvolvimento sustentável. Além disso, o ecoturismo 
tem incentivado a aplicação de práticas sustentáveis aos demais segmentos da 
indústria do turismo. 
Hoje é o ramo da indústria do turismo que mais cresce. Enquanto o turismo 
convencional cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo cresce a taxas de 15 a 25% por ano. 
Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT), 10% dos turistas em todo o 
mundo buscam o turismo ecológico. O faturamento anual do ecoturismo, a nível 
mundial, é estimado em US$ 260 bilhões, do qual o Brasil se apropriaria com cerca 
de US$ 70 milhões. 
 
 
Fonte: aventurando.com. 
A oferta turística do segmento, além dos serviços comuns de hospedagem, 
transporte, alimentação, entretenimento, agenciamento, recepção, guiamento e 
condução, inclui também atividades na natureza que o caracterizam e permitem a 
integração do turista com o ambiente natural. Algumas das atividades que podem ser 
realizadas no âmbito do segmento de ecoturismo são: observação de fauna 
(relaciona-se com o comportamento e habitats de determinados animais); observação 
de flora (permite compreender a diversidade dos elementos da flora e seus usos); 
observação de formações geológicas e as visitas a cavernas (espeleoturismo); 
http://www.brasil.gov.br/turismo/2014/04/bonito-sera-sede-de-conferencia-mundial-de-ecoturismo
http://www.to.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/TO/Implanta%C3%A7%C3%A3o-do-P%C3%B3lo-Tur%C3%ADstico-de-Taquaru%C3%A7u-ter%C3%A1-R$-5-mi-de-investimento
http://www.to.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/TO/Implanta%C3%A7%C3%A3o-do-P%C3%B3lo-Tur%C3%ADstico-de-Taquaru%C3%A7u-ter%C3%A1-R$-5-mi-de-investimento
 
 
 
 
observação astronômica (estrelas, eclipses, queda de meteoros); mergulho livre; 
caminhadas; trilhas e safáris fotográficos. 
O ecoturismo surgiu como movimento ambiental global no final de 1970, uma 
resposta às preocupações com o desenvolvimento econômico, à degradação do meio 
ambiente e as questões sociais provocadas pelo turismo em massa. No Brasil, o 
conceito foi introduzido pelo EMBRATUR que iniciou em 1985 o Projeto Turismo 
Ecológico. Dele surgiu, dois anos depois, a Comissão Técnica Nacional, a primeira 
iniciativa com intenção de regular o segmento. Na mesma década também surgiram 
os primeiros cursos para guias especializados. Com a Rio 92, este tipo de turismo 
ganhou visibilidade e impulsionou o mercado brasileiro. Em 1994, com a publicação 
das Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo, o turismo ecológico passou 
a ser conceituado e denominado como Ecoturismo. 
 
 
Fonte: observatoriofeminino.blog.br 
 
2. SURGIMENTO DO ECOTURISMO NO BRASIL 
 
O Ecoturismo surge no Brasil como uma proposta de contemplação e conservação 
da natureza. Os debates sobre a necessidade de conservação do meio ambiente por 
meio de técnicas sustentáveis atingem a atividade turística e inserem uma nova 
maneira de vivenciar e usufruir as paisagens rurais, as áreas florestadas, as regiões 
costeiras, entre outros ecossistemas que são vistos como possíveis para um modelo 
de turismo mais responsável. Este é o momento de discutir uma nova forma de uso e 
fruição dos espaços pelos turistas. O turismo massivo é debatido como o agressor da 
http://www.mma.gov.br/estruturas/sedr_proecotur/_publicacao/140_publicacao20082009043710.pdf
 
 
 
 
paisagem natural e cultural, a vida nas grandes metrópoles (principais núcleos 
emissores de turistas) já exige uma nova conduta na busca pelo restabelecimento 
físico e emocional: buscam-se lugares remotos, de natureza preservada, paisagens 
bucólicas entrelaçadas com cultura e hábitos singulares. O Brasil, sendo um dos 
países com maior biodiversidade, qualificado por seus biomas (Amazônia, Mata 
Atlântica, Campos Sulinos, Caatinga, Cerrado, Pantanal e Zona Costeira e Marítima) 
e seus diversos ecossistemas, apresenta um cenário rico para esse segmento. 
Tal cenário aporta recursos que possibilitam o desenvolvimento de várias 
práticas turísticas, explicitando aptidão especial para o Ecoturismo. Esse segmento 
pode proporcionar experiências enriquecedoras e contribui para a conservação dos 
ecossistemas, ao mesmo tempo em que estabelece uma situação de ganhos para 
todos os interessados: se a base de recursos é protegida, os benefícios econômicos 
associados ao seu uso serão sustentáveis. 
Incorpora os recursos naturais ao mercado turístico, ampliando as 
oportunidades de gerar postos de trabalho, receitas, inclusão social e, acima de tudo, 
promover a proteção desse imensurável patrimônio natural. Segundo diversas 
instituições e operadores especializados, esse tipo de turismo vem apresentando um 
crescimento contínuo no mundo e o Brasil, com tamanha exuberância, apresenta-se 
como potencial destino de grande competitividadeinternacional. Considerando os 
aspectos peculiares que o caracterizam e lhe conferem identidade – os recursos 
naturais –, o Ecoturismo exige referenciais teóricos e práticos e suporte legal que 
orientem processos e ações para seu desenvolvimento, sob os princípios da 
sustentabilidade. 
 
 
Fonte: estacaofloresta.com. 
 
 
 
 
 
3. ENTENDENDO O SEGMENTO 
 
Os temas ambientais ganham espaço nas discussões científicas e nos âmbitos 
político e social, surgindo uma nova ética do desenvolvimento que incorpora a 
qualidade ambiental e a inclusão social. É fundamentado nessa premissa que se 
compreende o Ecoturismo, como uma atividade que se materializa pela interação e 
experienciação do ambiente de forma sustentável. 
 
 
Fonte: redeglobo.globo.com 
 
 
4. Meio ambiente e turismo 
 
A questão ambiental inicialmente debatida na visão da ecologia geral ampliou 
as discussões para os sistemas ambientais, surgindo novos processos em que os 
sistemas humanos – as economias, populações, culturas, governos e organizações – 
podem fazer escolhas tecnológicas visando à conservação e à sustentabilidade. Sob 
 
 
 
 
essa ótica, o meio ambiente não é uma esfera desvinculada das ações, ambições e 
necessidades humanas – conservá-lo e preservá-lo inclui, necessariamente, 
considerar a interação homem e natureza. 
A partir da década de 1970, as preocupações com o desenvolvimento 
econômico, a degradação do ambiente e as questões sociais alcançaram a atividade 
turística. Com a Conferência de Estocolmo, em 1972, e a Rio 926, ampliaram-se os 
debates que se transformaram nos pressupostos da Agenda 217, que abordam os 
processos de desenvolvimento enfocando temas como ecotecnologias, requalificação 
do trabalho humano, desenvolvimento técnico científico e sustentabilidade. Nesse 
contexto, a Agenda aponta o Ecoturismo como uma prática conservacionista, 
comprometida com a natureza, com a responsabilidade social e com o 
desenvolvimento local. 
 
 
Fonte: meioambiente.culturamix.com 
 
A Agenda 21 é um documento aprovado durante a Rio 92 que contém 
compromissos para mudança do padrão de desenvolvimento no século XXI em um 
processo de planejamento participativo que analisa a situação atual de um país, 
Estado, município e/ou região e propõe o futuro de forma sustentável. É preciso, 
portanto, encontrar o ponto de equilíbrio dessa inter-relação turismo e meio ambiente, 
de modo que a atratividade dos recursos naturais não seja a causa de sua 
 
 
 
 
degradação: “A natureza e todos os seus componentes tornam-se pretextos para a 
descoberta, a iniciação, a educação, o espírito de observação e integração e, dessa 
forma, dá origem a um novo mercado” 
 
5. Conceituações, características e fundamentos 
O termo Ecoturismo foi introduzido no Brasil no final dos anos 80, seguindo a 
tendência mundial de valorização do meio ambiente. A EMBRATUR – Instituto 
Brasileiro de Turismo iniciou em 1985 o “Projeto Turismo Ecológico”, criando dois anos 
depois a Comissão Técnica Nacional constituída conjuntamente com o IBAMA – 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, primeira 
iniciativa direcionada a ordenar o segmento. Ainda na mesma década foram 
autorizados os primeiros cursos de guia especializados, mas foi com a Rio 92 que 
esse tipo de turismo ganhou visibilidade e impulsionou um mercado com tendência de 
franco crescimento. 
Em 1994, com a publicação das Diretrizes para uma Política Nacional de 
Ecoturismo pela EMBRATUR e Ministério do Meio Ambiente, o “turismo ecológico” 
passou a se denominar e foi conceituado como: 
 Ecoturismo é um segmento da atividade turística que utiliza, de forma 
sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a 
formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, 
promovendo o bem-estar das populações. 
A prática do Ecoturismo pressupõe o uso sustentável dos atrativos turísticos. O 
conceito de sustentabilidade, embora de difícil delimitação, refere-se ao 
“desenvolvimento capaz de atender às necessidades da geração atual sem 
comprometer os recursos para a satisfação das gerações futuras”. Em uma 
abordagem mais ampla, visa a promover a harmonia dos seres humanos entre si e 
com a natureza. Utilizar o patrimônio natural e cultural de forma sustentável representa 
a promoção de um turismo “ecologicamente suportável em longo prazo, 
economicamente viável, assim como ética e socialmente equitativo para as 
comunidades locais. Exige integração ao meio ambiente natural, cultural e humano, 
respeitando a fragilidade que caracteriza muitas destinações turísticas”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. CRESCIMENTO DO ECOTURISMO 
 
Nos últimos anos, o Ecoturismo vem crescendo rapidamente, aumentando a 
procura por esse tipo de turismo, o número de publicações, de programas de TV, de 
órgãos ligados ao assunto etc. Segundo a Organização Mundial do Turismo, enquanto 
o turismo cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo cresce mais de 20%. 
Existem diversas hipóteses para tentar explicar o porquê de as pessoas 
estarem buscando esse tipo de atividade. As mais comuns são a preocupação com o 
meio ambiente, maior conscientização ecológica e uma maneira de fugir da rotina e 
do estresse dos grandes centros urbanos. 
 
 
Fonte: revistaecoturismo.com. 
Estima-se que mais de um milhão de pessoas no Brasil pratiquem o ecoturismo, 
que deve empregar milhares de pessoas, através de, no mínimo, 10 mil empresas e 
instituições privadas. 
 
 
 
 
Para que uma atividade se classifique como ecoturismo, são necessárias 
quatro condições básicas: respeito às comunidades locais; envolvimento econômico 
efetivo das comunidades locais; respeito às condições naturais e conservação do 
meio ambiente e interação educacional – garantia de que o turista incorpore para a 
sua vida o que aprende em sua visita, gerando consciência para a preservação da 
natureza e dos patrimônios histórico, cultural e étnico. 
O caminho ideal para o ecoturismo é o que se chama de desenvolvimento 
sustentável. Este conceito propõe a integração da comunidade local com atividades 
que possam promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e 
culturais. 
 
 
Fonte: ecoviagem.uol.com.br/ 
 
 
7. O QUE É TURISMO SUSTENTÁVEL? 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: viajarverde.com 
 
Segundo a OMT o turismo sustentável deve ser aquele que salvaguarda o ambiente 
e os recursos naturais, garantindo o crescimento econômico da atividade, ou seja, 
capaz de satisfazes as necessidades das presentes e futuras gerações. 
Portanto, o desenvolvimento turístico deve pautar por "economizar os recursos 
naturais raros e preciosos, principalmente a água e a energia, e que venham a evitar, 
na medida do possível a produção de dejetos, deve ser privilegiado e encorajado pelas 
autoridades públicas nacionais, regionais e locais". (Artigo 3 Código de Ética - OMT). 
O Turismo Sustentável deve acima de tudo buscar a compatibilização entre os 
anseios dos turistas e os das regiões receptoras. 
Desenvolver o turismo de forma sustentável implica em ações que 
sejam socialmente justas, economicamente viáveis e ecologicamente corretas, isto é, 
que atendam às necessidades econômicas, sociais e ecológicas da sociedade 
conforme destacado pela OMT, em seu artigo 3 do Código Mundial de Ética do 
Turismo: 
 
A infraestrutura deve ser concebida e as atividades turísticas programadas 
de forma que seja protegido o patrimônio natural constituído pelos 
ecossistemas e pela biodiversidade, e que sejam preservadas as 
espécies ameaçadas da fauna e da flora selvagens. Os agentes do 
desenvolvimento turístico, principalmente os profissionais, devem permitir 
que sejam impostas limitações ou obstáculos às suas atividades, quando elas 
forem exercidas em zonas particularmente sensíveis: regiões desérticas, 
polares ou de elevadas montanhas, zonas costeiras,florestas tropicais ou 
zonas úmidas, propícias à criação de parques naturais ou reservas 
protegidas. 
http://www.sustentavelturismo.com/2013/05/os-desafios-do-desenvolvimento.html
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: paisagismobrasil.com.br/ 
Importância do turismo sustentável nos dias atuais 
 
O turismo sustentável surge como alternativa ao turismo de massa, pois tem a 
preocupação com a quantidade de pessoas que irão visitar as regiões receptoras. 
Neste sentido, o planejamento e a gestão do turismo devem estar atentos às 
questões ambientais, culturais e sociais, buscando minimizar os impactos da atividade 
e, fazendo com que os moradores locais estejam inseridos economicamente e 
socialmente. 
 
Como o empreendedor turístico pode contribuir para o desenvolvimento 
sustentável do turismo? 
 
Através do Planejamento de sua atividade o empreendedor deve buscar 
soluções que contribua para a sustentabilidade de sua atividade e da sociedade, 
gerando desta forma benefícios não somente para seus clientes, mas também para o 
local no qual que está inserido. 
Para tanto, o empreendedor deverá buscar alternativas que minimizem seu 
impacto, como reuso de água, economia de energia e água, dentre outros. 
 
http://www.sustentavelturismo.com/2011/09/gestao-ambiental-do-turismo.html
http://www.sustentavelturismo.com/search/label/reuso%20de%20%C3%A1gua
http://www.sustentavelturismo.com/2013/03/gestao-ambiental-de-hoteis-e-pousadas.html
 
 
 
 
 
Fonte: aiset.pt/turismo-de-natureza 
 
 
 
 
Fatores primordiais a serem observados no planejamento do turismo: 
 
- Não adoção do turismo de massa; 
- Desenvolver estruturas compatíveis com o meio ambiente em que se quer 
instalar; 
- Demonstrar ao seu cliente o perfil de turismo que se pretende desenvolver. 
 
Quais as modalidades de turismo podem colaborar com o desenvolvimento 
sustentável do turismo? 
O turismo de natureza, turismo rural e ecoturismo são consideradas 
modalidades de turismo que são mais sustentáveis pois se desenvolvem em harmonia 
com o local. Contudo, o turismo de forma sustentável deve ser desenvolvido por todos, 
pois o não atendimento a essa nova realidade fará com que muitos destinos e 
empreendimentos estejam condenados economicamente, tendo em vista que 
perderão sua atratividade, em virtude dos impactos negativos causados pelo seu 
empreendimento. 
http://www.sustentavelturismo.com/search/label/Ecoturismo
 
 
 
 
Este fato já é observado em vários lugares, justamente por não haver políticas 
públicas e comprometimento das empresas com efetiva sustentabilidade do turismo. 
 
 
 
Fonte: pedraazul.com.br/ 
 
 
 
8. CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO ECOTURISMO 
 
 
As características identitárias do Ecoturismo se expressam, principalmente, 
quanto a algumas questões consideradas essenciais na sua constituição: 
 
 • Atividades praticadas. 
 • Escala. 
 • Proteção e conservação dos recursos naturais. 
• Paisagem. 
 • Interpretação ambiental. 
 • Educação ambiental. Embora essas características estejam descritas a 
seguir uma a uma, devem ser entendidas de forma conjunta e integrada, já que, para 
fins desse segmento, tornam-se necessariamente interdependentes. 
 
 
 
 
 
 
Atividades praticadas 
 As atividades do segmento Ecoturismo como oferta turística correspondem à 
complementaridade das atividades tradicionalmente ditas turísticas (hospedagem, 
transporte, alimentação, recreação, entretenimento, operação, agenciamento, 
recepção, guiamento, condução e outras) e das práticas que as geram, ou seja, as 
atividades de experienciação da natureza e que dão consistência ao segmento, tidas 
como tipicamente ecoturísticas. Ao serem contempladas no âmbito desse segmento, 
quaisquer dessas atividades devem considerar: 
 
• Aspectos construtivos das instalações em relação ao porte, ao estilo 
arquitetônico e aos materiais utilizados, técnicas e procedimentos adotados. 
 • Meios e vias de transporte de baixa potencialidade de degradação e poluição 
e adequados ao ambiente. 
 • Serviços e produtos harmonizados aos princípios da qualidade, da 
sustentabilidade e da cultura local. 
 
 
Fonte: 99graus.com.br/ 
 
As atividades tipicamente ecoturísticas devem ocorrer estrita e 
necessariamente seguindo premissas conservacionistas. Podem realizar-se 
concomitantemente ou em conjunto com outras, de formas e por meios diversos, e 
devem ser estruturadas e ofertadas de acordo com normas e certificações de 
 
 
 
 
qualidade e de segurança de padrões reconhecidos internacionalmente. De modo 
geral, as atividades ecoturísticas buscam atender às motivações específicas por meio 
de atividades passíveis de serem praticadas com outras finalidades, configurando 
outros segmentos. Porém, o que caracteriza o segmento são as atividades resumidas 
em observação e contemplação da natureza que podem ocorrer de diversas formas e 
meios. 
a) Observação – exame minucioso de aspectos e características da fauna, 
flora, formações rochosas e outros, que exigem técnicas de interpretação ambiental, 
guias e condutores especializados, equipamentos e vestuário adequados. 
 
 Observação de fauna – consiste em observar, identificar, estudar 
comportamentos e habitats de determinados animais, destacando-se: 
 • Aves – também conhecida como birdwatch, demanda equipamentos 
específicos, cujo uso não é imprescindível, mas facilita e aumenta o aproveitamento 
da atividade. A observação de aves, nos mais variados aspectos de sua prática, ainda 
é pouco desenvolvida no Brasil, mas com perspectiva de se configurar em produto de 
destaque no mercado internacional, já que o País ocupa o terceiro lugar no mundo em 
matéria de diversidade no gênero, com um total de 1.700 espécies, das quais 182 
endêmicas. 
 • Mamíferos – o Brasil, que possui grande parte dos mamíferos do mundo, 
apresenta algumas espécies consideradas ícones da nossa fauna, como a onça-
pintada, o tamanduá-bandeira, a anta e o lobo guará. Apesar da observação de 
determinados animais – especialmente os de hábito solitário, discretos e com 
atividade noturna ou crepuscular – ser difícil, é possível identificá-los e, de certa forma, 
conhecê-los, mesmo sem vê-los de fato, por meio da observação indireta de seus 
rastros (tocas, trilhas, restos alimentares, fezes e pegadas). 
 • cetáceos – como baleias, botos e golfinhos – também conhecidos como 
whalewatch e dolphinwatch. Pode ocorrer de estações em terra (na costa e beiras de 
rios e lagos), de embarcações ou mergulhando. Nesse caso, merece atenção a 
regulamentação específica, que reúne medidas para possibilitar a observação sem 
perturbar o ambiente e sem comprometer a experiência do turista. 
• Insetos – muito desenvolvida em outros países, como nos Estados Unidos, a 
observação desses animais vem ocorrendo no Brasil ainda timidamente – borboletas, 
 
 
 
 
vespas e abelhas, formigas, besouros, moscas e inumeráveis outros. No processo de 
identificação de insetos também são analisados vestígios e aspectos – folhas 
utilizadas para alimentação, lagartas, vermes, crisálidas etc. 
• Répteis e anfíbios – considerado o primeiro em espécies de anfíbios e o 
quarto em répteis, destaca-se no País a observação de salamandras, sapos, rãs, 
pererecas, tartarugas, jacarés, lagartos, cobras. Sobre esse assunto, apontam-se os 
projetos brasileiros para a conservação da tartaruga marinha e do tracajá. 
 • Peixes – a observação geralmente ocorre pela flutuação ou mergulho, com 
ou sem o uso de equipamentos especiais. Além de seu reconhecido papel nos 
ecossistemas aquáticos, os peixes têm forte apelo estético para atração de visitantes 
e reforçam o espetáculo de ambientes aquáticos privilegiados por ampliar o contato 
das pessoas com a ictiofauna. Nesse sentido, merecem destaque os projetos de 
conservação para cavalos-marinhos e as piscinas naturais presentes em todo o País. 
 
 
Fonte: ecoturismoembonito.wordpress.com/Observação de flora – consiste em observar, identificar, estudar 
características da vegetação, destacando-se as plantas medicinais, ornamentais, 
utilitárias e de exuberância paisagística. 
 
Formações geológicas – atividade ainda tímida no País que consiste 
geralmente em caminhada por área de ímpar diversidade geológica que oferece locais 
estratégicos para discussão da origem dos ambientes, sua idade, entre outros fatores, 
 
 
 
 
por meio da observação direta e indireta das evidências das transformações que 
ocorreram na esfera terrestre. 
 
 
Fonte: allevents.in/santos/ 
 
 
b) Contemplação – apreciação de flora, de fauna, de paisagens e de 
espetáculos naturais extraordinários como as Cataratas do Iguaçu, os Lençóis 
Maranhenses, o Delta do Parnaíba, a Floresta Amazônica, entre outros. As atividades 
relacionadas são: 
 
• Caminhadas – percursos a pé para fins de contemplação, fruição e 
observação da natureza, com possibilidade de interpretação. 
 • Mergulho – observação, contemplação e fruição de ambientes submersos, 
com ou sem a utilização de equipamentos especiais. 
• Safáris fotográficos – itinerários organizados para fotografar paisagens 
singulares ou animais que podem ser feitos a pé ou com a utilização de um meio de 
transportes. 
• Trilhas interpretativas – conjunto de vias e percursos com função educativa e 
vivencial. Pressupõe amplo conhecimento da fauna, flora, paisagem, clima e demais 
aspectos biológicos, geográficos, históricos da região. Podem ser autoguiadas ou 
percorridas com o acompanhamento de condutores, guias e intérpretes devidamente 
capacitados. A depender do tipo de trilha e grau de dificuldade, podem conter 
sinalização, equipamentos de proteção e facilitadores (corrimões, escadas, pontes), 
 
 
 
 
proporcionando interação do homem com a natureza e a compreensão da 
responsabilidade em relação aos recursos naturais. 
 
 
Fonte: toposafaris.com/ 
 
Existe uma diversificada e significativa gama de outras atividades que, embora 
possam caracterizar outros tipos de turismo, podem também ser ofertadas em 
produtos e roteiros desse segmento: atividades de aventura, de pesca, náuticas, 
esportivas, culturais e várias outras, desde que cumpram as premissas, 
comportamentos e atitudes estabelecidas para o Ecoturismo. 
 
 
Fonte: nippobrasil.com.br 
 
 
 
 
 
 
Escala 
 
Quanto à escala, o Ecoturismo caracteriza-se sob dois aspectos principais, em 
função da capacidade de suporte35 de cada ambiente e atividade: 
 
 • Volume e intensidade dos fluxos turísticos – referem-se à baixa quantidade 
de turistas e à frequência da visitação. 
 • Porte dos equipamentos – diz respeito às dimensões – pequenas e médias – 
das instalações. Quaisquer atividades turísticas devem considerar a capacidade de 
suporte dos ambientes. Nesse segmento essa questão torna-se característica e 
necessariamente se define pela pequena quantidade de turistas com o intuito de que 
os impactos que a visitação possa causar sejam os menores possíveis. 
 
Para tanto, existem diferentes metodologias de avaliação e dimensionamento 
de potenciais impactos e do volume e frequência de atividades que os ambientes 
podem suportar periodicamente. Isso vale também em relação ao porte das 
edificações e dos equipamentos que devem se materializar proporcionalmente ao 
reduzido número de turistas que pressupõe o Ecoturismo. 
 
Gestão, proteção e conservação dos recursos naturais 
 
 
Fonte: meioambiente.ufrn.br 
 
 
 
 
 
Um dos aspectos essenciais que caracteriza o segmento consiste 
principalmente na adoção de estratégias e ações para minimizar possíveis impactos 
negativos da visitação turística por meio do uso de um modelo de gestão sustentável 
da atividade. 
Para tanto, é preciso dispor de um conjunto de medidas planejadas, 
organizadas e gerenciadas de forma sistêmica, capazes de promover a conservação, 
recuperação, preservação e manejo da área em questão, em sintonia com as demais 
atuações no território. Desse modo, pressupõe-se a gestão ambiental36 como 
indispensável para o desenvolvimento do Ecoturismo, para a qual existem várias 
metodologias 
Alguns itens pertinentes ao processo de gestão ambiental são tratados a seguir: 
 • Instrumentos reguladores: normas, regras, instrumentos e padrões 
utilizados para adequar projetos e ações às metas ambientais. Os principais 
instrumentos reguladores de gestão ambiental são as licenças, o zoneamento e os 
padrões 
 • Licença: permissão para instalação de atividades e projetos com certo 
potencial de impacto ambiental. Os órgãos de controle ambiental fazem uma 
Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) dos projetos mais complexos, o que requer 
Estudos de Impacto Ambiental (EIA), para dimensionar e minimizar os possíveis 
efeitos dos projetos propostos. 
 
Fonte: ambientemelhor.com.br/ 
 
• Zoneamento: conjunto de regras para o uso racional da terra, empregado 
principalmente para indicar a localização mais adequada para certas atividades. 
 
 
 
 
Baseia-se na organização de um determinado território em zonas e os respectivos 
usos mais adequados. 
• Padrão: instrumento de utilização mais frequente na gestão ambiental. Os 
principais são: 
 
 a) Padrões de qualidade ambiental: determinam os limites máximos de 
concentração de poluentes no meio ambiente. 
 b) Padrões tecnológicos: determinam o uso de tecnologias específicas. 
 c) Padrões de emissão: determinam os limites máximos para as concentrações 
ou quantidades totais de poluentes a serem despejados no ambiente por uma fonte 
específica. 
 d) Padrões de desempenho: especificam, por exemplo, a percentagem de 
remoção ou eficiência de um determinado processo. 
 e) Padrões de produto e processo: estabelecem dos projetos mais complexos 
limites para a descarga de efluentes por unidade de produção ou por processo. 
 
 
 • Tecnologias limpas e técnicas sustentáveis: utilização de novas 
tecnologias e de técnicas tradicionais ou inovadoras como práticas responsáveis em 
relação ao ambiente – geração de energia de baixo impacto (solar, eólica); tratamento 
de resíduos líquidos e sólidos (implementação de estações de águas servidas, 
sistemas de fossas sépticas); reutilização de água e de materiais; coleta seletiva de 
lixo e reciclagem; edificações sustentáveis (técnicas e elementos construtivos e 
processos); permacultura 
• Recuperação de áreas degradadas: busca reverter processos de destruição 
da integridade ecológica dos ecossistemas naturais. Diversos métodos podem ser 
utilizados, desde a simples aplicação de práticas agronômicas de plantio e 
reintrodução de espécies arbóreas perenes até a reconstrução dos processos 
ecológicos, sempre levando em consideração a dinâmica do ecossistema. 
• Reflorestamento: implantação de florestas em áreas originalmente cobertas 
por florestas naturais que, por ação antrópica ou natural, perderam suas 
características. O processo pode ser acompanhado por um plano de manejo de 
reflorestamento visando aumentar a produtividade. 
Paisagem 
 
 
 
 
 
 
Fonte: brasilescola.uol.com. 
 
A paisagem, além de ser um recurso turístico por excelência, é um importante 
elemento na caracterização do segmento, pois são os locais preservados e sua 
atmosfera que compõem o cerne da motivação dos turistas. Nesse sentido, a busca 
por infraestrutura, equipamentos e serviços adequados ocorrem para melhorar a 
intervenção na natureza e sua paisagem. Considerando esse fator, a harmonização 
dos aspectos construtivos deve ocorrer em relação ao meio físico (montes, rios, lagos, 
penhascos, cachoeiras, ilhas, praias etc.), biológicos (flora e fauna) e culturais (próprio 
ser humano e artefatos em interação), a partir da utilização de elementos que 
expressem e fortaleçam a identidade do território, que pode ser conferida pela 
denominada arquitetura vernacular. Destacam-se, nesse sentido, a autenticidade, a 
simplicidadee a rusticidade dos elementos arquitetônicos e decorativos, primando 
pelo conforto e pela qualidade. 
 
Interpretação ambiental 
 
A interpretação é a arte de explicar o significado de determinado recurso, nesse 
caso, atrativo turístico. Trata-se de proporcionar o entendimento do ambiente natural, 
despertar a atenção e o interesse do visitante em relação à natureza e à cultura, 
esclarecendo dados, fatos e correlações que normalmente não são claros ao simples 
olhar. As características do local são ressaltadas e explicadas em um processo de 
 
 
 
 
facilitação da informação, levando o turista a compreender e vivenciar experiências 
mais significativas, ricas e aprazíveis. Além disso, a interpretação serve ao propósito 
de sensibilizar e conscientizar em relação às questões ambientais, fato que a torna 
uma estratégia de educação ambiental e uma forma adequada de comunicação do 
conhecimento da natureza e da cultura. É também uma maneira de contribuir para a 
sustentabilidade, na medida em que as mensagens transmitidas podem mudar ou 
fortalecer a percepção do turista, estimulando a atenção para as questões ambientais 
e promovendo a valorização e proteção da natureza – justamente por isso torna-se 
imperiosa na prática do Ecoturismo. 
A interpretação constitui-se um processo e como tal requer planejamento, 
denominado Plano de Interpretação, que deve contemplar algumas etapas principais: 
 
• Análise do recurso e de suas potencialidades. 
 • Identificação dos destinatários ou público-alvo da interpretação. 
 • Formulação dos objetivos da interpretação. 
 • Determinação das mensagens a transmitir. 
 • Seleção dos meios de interpretação. 
• Recomendações para a execução das tarefas e levantamento das 
necessidades de pessoal. 
 • Eleição dos critérios para efetuar a execução e avaliação. 
 
 
Fonte: espacoeducar.net/ 
 
 
 
 
 
Como método de trabalho, a interpretação promove também a inter-relação 
entre monitor e turista e as técnicas utilizadas variam de acordo o objeto de 
interpretação e o seu entorno, visto que não podemos desassociar o ecossistema 
interpretado de sua dinâmica sociocultural. Ressaltando que interpretar é “construir 
uma teia integrada de descobertas dos segredos e singularidades do atrativo” Diante 
desse contexto cabe ressaltar alguns princípios para a interpretação ambiental: 
 
 • focalizar os sentidos do visitante, de modo a estabelecer a conscientização 
das características singulares do ecossistema vivenciado. 
 • não apenas instruir, mas provocar, estimular a curiosidade do visitante 
encorajando a exploração mais aprofundada do ambiente interpretado por meio do 
uso dos sentidos (tato, olfato, audição etc.). 
 • buscar a interface nos dados técnicos da fauna e flora local com causos, 
lendas e histórias de ocupação territorial, entre outros. 
 • realizar a interpretação em parceria com a comunidade local, estimulando a 
troca de conhecimentos dos saberes e dos fazeres. 
 • ser acessível a um público mais amplo possível, viabilizando a interpretação 
do ambiente físico para pessoas da melhor idade, portadores de deficiência etc. 
Ecoturismo é possível a todos! 
 • não tentar vender uma verdade universal, mas destacar a diversidade 
ambiental e suas relações socioculturais com o entorno. A interpretação deve 
fomentar a aceitação e a tolerância como valores democráticos. 
 
Por fim, a interpretação é um excelente caminho para proporcionar novas 
oportunidades de trabalho e renda para a comunidade local, promovendo a interação 
entre turistas e comunidade por meio da prática e da vivência de coisas singulares da 
localidade: uma fruta, uma comida local, a sensação de se sentir honrado como turista 
em participar de coisas e fatos ligados a um ambiente, a uma comunidade como uma 
festa, uma noite estrelada com os “causos” do morador local, entre outras atrações 
que agregam valor ao produto ecoturístico. 
 
Educação ambiental 
 
 
 
 
 
Entende-se por educação ambiental o processo pelo qual o indivíduo e a 
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e 
competências voltadas para a conservação do meio ambiente. É um processo de 
aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida, afirmando 
valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a 
proteção ambiental. Estimula a formação de sociedades socialmente justas e 
ecologicamente equilibradas, que conservem entre si relação de interdependência e 
diversidade, o que requer responsabilidade individual e coletiva local, nacional e 
mundial. 
 
Fonte: cenedcursos.com.br/ 
 
Os Ministérios do Meio Ambiente e da Educação coordenam o Programa 
Nacional de Educação Ambiental – ProNEA, desenvolvido para atender ao 
preconizado pela Constituição Federal do Brasil, à promoção pelo poder público da 
“educação ambiental em todos os níveis de ensino e à conscientização pública para 
a preservação do meio ambiente”. Tal programa tem como objetivo “assegurar, no 
âmbito educativo, a integração equilibrada das múltiplas dimensões da 
sustentabilidade – ambiental, social, ética, cultural, econômica, espacial e política – 
ao desenvolvimento do País, resultando em melhor qualidade de vida para toda a 
população brasileira, por intermédio do envolvimento e participação social na proteção 
e conservação ambiental e da manutenção dessas condições ao longo prazo”. Por 
 
 
 
 
essa visão abrangente, a educação ambiental perpassa as práticas formais 
(escolares) e recursos pedagógicos comuns para obter resultados no campo informal 
– onde estão inseridas as atividades turísticas em áreas naturais. Essas, inclusive, 
têm obtido os maiores êxitos em termos de sensibilização em relação às questões 
ambientais, segundo a Conferência Internacional sobre Educação Ambiental de 
Thessaloniki (1997). 
A importância do Ecoturismo é estratégica, portanto, ao privilegiar a educação 
ambiental na promoção do contato com o ambiente natural, contribuindo para romper 
com condicionamentos sociais inscritos nos hábitos de indivíduos acostumados com 
a cultura dos centros urbanos, bem como para a busca de alternativas às relações da 
sociedade com a natureza e seus indivíduos por meio da descoberta de novos estilos 
de vida, gastronomia, crenças e valores, arquitetura etc. 
Cabe observar as experiências inovadoras de formação de monitores locais e 
a capacitação de agentes multiplicadores promovida por projetos de educação 
ambiental no Brasil. Essas iniciativas têm contribuído significativamente ao estimular 
a reflexão e apontar soluções para problemas enfrentados por comunidades 
tradicionais, promovendo uma efetiva participação social e considerando valores e 
comportamentos particulares de diversas culturas que compõem nossa sociedade em 
processos decisórios relacionados ao turismo e à melhoria da qualidade de vida. 
 
9. O ECOTURISTA 
 
Tendo em vista as diferentes motivações e comportamentos do ecoturista, é 
muito difícil a definição de um perfil único para esse turista. Os adeptos do Ecoturismo 
apresentam perfis diferenciados em função das diversas atividades motivacionais que 
determinam as características de cada público, abarcando, principalmente, uma faixa 
etária abrangente. Geralmente, os turistas desse segmento querem ver, sentir, 
cheirar, tocar e comer o inusitado; leem muito sobre o destino antes de planejar a 
viagem; anotam perguntas e querem respostas dos guias e do pessoal que os 
atendem; querem um tratamento personalizado e prezam pela segurança. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: fmer.com.br 
 
Entretanto é possível observar alguns elementos comuns e classificar como 
características do perfil de maior incidência no segmento os indivíduos: 
 
 • Entre 25 e 50 anos. 
 • Poder aquisitivo médio e alto. 
• Escolaridade de nível superior. 
• Profissão de caráter liberal. 
 • viaja sozinho ou em pequenos grupos.• Permanência média no destino: 
– Nacional: 4 dias. 
– Internacional: 10 dias. 
 • Procedência de grandes centros urbanos. 
 • Desejo de contribuir para a conservação do meio ambiente. 
 
Esse tipo de consumidor, de modo geral, importa-se com a qualidade dos 
serviços e equipamentos, com a singularidade e autenticidades da experiência, com 
o estado de conservação do ambiente muito mais do que com o custo da viagem. 
 
http://fmer.com.br/site1/esportes-de-aventura/ecoturismo/
 
 
 
 
 
Fonte: brazopolis.wordpress.com 
 
 
10. ECOTURISMO E MERCADO 
 
O mercado de atuação do Ecoturismo vem evoluindo rapidamente porque 
grupos novos de turistas procuram cada vez mais experiências na natureza e tendem 
a se afiliar a organizações ambientais. Assim, o mercado deve estar atento às 
tendências do segmento para oferecer produtos e atividades desejadas pelo 
ecoturista. 
Nesse mercado existem consumidores que buscam experiências por meio de 
atividades mais intensas, outros que fazem viagens mais curtas com a finalidade de 
vivenciar a natureza e alguns cujo objetivo é visitar lugares mais recônditos e áreas 
mais selvagens. Deve-se levar em conta, portanto, que se trata de um mercado 
diferenciado e especializado, sem um apelo amplo. O diferencial mais importante dos 
produtos ecoturísticos é a agregação do valor intrínseco dos recursos naturais. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: slideplayer.com.br 
 
Marketing responsável 
 
Em relação ao Ecoturismo, o marketing deve ser socialmente responsável, ou 
seja, envolver, no caso do destino, a instituição, com o objetivo do fortalecimento da 
sua marca. Esse marketing deve ser balizado pela ética, legalidade e 
responsabilidade social. A imagem e a marca do produto devem estar ligadas aos 
princípios do Ecoturismo e do desenvolvimento sustentável, sendo de fundamental 
importância que os empreendimentos e prestadores de serviços ligados ao 
Ecoturismo associem seu produto a essa imagem, evitando assim o apelo restritivo 
do termo ecológico a sua localização geográfica e/ou aos aspectos da paisagem 
natural. A imagem deve estar intrinsecamente associada a uma conduta e ações 
realmente responsáveis e preocupadas com a sustentabilidade do meio. O mercado 
do Ecoturismo deve observar, ainda, que o marketing deve ser associado à 
responsabilidade ambiental, buscando integrar empresa, fornecedores e sociedade, 
no intuito de que as ações sejam realizadas fundamentadas na proteção e respeito do 
meio ambiente. 
 
 
 
 
 
Fonte: setpallets.com.br/ 
 
Promoção e comercialização 
 
No que tange aos aspectos de promoção e comercialização de Ecoturismo no 
Brasil, é necessário considerar suas peculiaridades, por envolver especificamente 
insumos ambientais, políticas públicas, organizações ambientalistas e o próprio 
mercado. 
Dessa forma, cabe ressaltar que, no caso do Ecoturismo, os agentes 
promotores e comercializadores do segmento não são compostos apenas pelo setor 
privado. Observa-se que o governo também é parte importante da cadeia de produção 
e distribuição do turismo, devido às atividades e ações desenvolvidas em Unidades 
de Conservação, cuja gestão é pública. 
Como outro elo da cadeia, apresentam-se as organizações não-
governamentais ambientalistas ou sócio ambientalistas promovendo destinos, 
serviços e produtos que assumem caráter turístico. No Ecoturismo, o processo de 
distribuição e comercialização ocorre das seguintes formas: 
 
 • diretamente aos consumidores – quando as unidades de conservação e os 
atrativos oferecem atividades diretamente aos turistas e visitantes. 
 • utilizando intermediários – quando os produtos e serviços são oferecidos por 
meio de operadoras e agências de viagem. 
 • por associações de profissionais autônomos (guias e condutores) – quando 
as atividades de Ecoturismo são oferecidas de forma acompanhada e orientada desde 
a recepção até sua prática. 
 
 
 
 
 
A promoção do Ecoturismo deve estar vinculada a um planejamento estratégico 
da imagem do destino e seus produtos, visando, assim, não só à promoção de destino 
de Ecoturismo, mas também à prospecção dos produtos aos mercados-alvo 
detectados em tal planejamento e comercializados por meio da cadeia distributiva do 
Ecoturismo. 
 
11. REGRAS DE ECOTURISMO 
-Procure sempre agências autorizadas a operar com ecoturismo. 
-Verifique se o guia conhece a região e tem treinamento em primeiros socorros 
e salvamentos. 
-Para lugares de mata fechada e/ou de difícil acesso, recomenda-se o uso de 
bússola e carta topográfica. 
-Só pratique ecoturismo em trilhas oficiais, devidamente mapeadas. 
-Avise familiares ou amigos sobre o passeio, informando o horário de início e 
previsto para o retorno. 
-Mantenha em sua mochila um estojo com material de primeiros socorros. 
-Jamais se aventure em trilhas com pessoas despreparadas ou com guias 
inexperientes. 
-Use calçados e roupas apropriados para cada tipo de trilha. 
-Leve telefone celular ou radiocomunicação, para solicitar socorro, caso seja 
necessário. 
-Tenha, entre os seus apetrechos, apitos (eles são úteis na localização), 
lanternas e pilhas. 
-Carregue sempre água e mantimentos adequados para praticantes de longas 
caminhadas, como barras de nutrientes. 
-Se não tem experiência, procure trilhas com grau menor de dificuldade. 
-Não, abuse da sua saúde com passeios que estão além do seu 
condicionamento físico. 
 
 
 
 
 
Fonte: sinalizacaofacil.com.br 
 
Se por acaso você estiver perdido, faça o seguinte: 
-Mantenha a tranquilidade, procurando acalmar os mais nervosos. 
-Marque o local de onde se encontra com sinais ou se utilizando de 
características do ambiente. 
-Procure sempre o leito do rio, tendo como referência o barulho das corredeiras 
e cachoeiras. 
-Permaneça próximo às margens do rio, facilitando o resgate. 
-Redobre os cuidados para evitar acidentes que possam complicar ainda mais 
a situação de quem se encontra perdido. 
-Jamais divida o grupo para buscar socorro ou a saída da trilha 
 
 
 
 
 
 
Fonte: moradadosguaras.com. 
 
12. TIPOS DE ECOTURISMO 
 
 O Ecoturismo, novo e importante setor do turismo brasileiro, tem 
crescido a cada ano e agora começa a ser encarado como excelente alternativa para 
o desenvolvimento sustentável de inúmeras regiões. Afinal de contas, exercitar o 
corpo e, no caminho, contemplar a natureza, é tudo que estava faltando para o ser 
humano enfrentar o dia-a-dia. 
BÓIA CROS 
 
Fonte: estradasetrilhas.com.br 
 
 
 
 
No início era apenas uma brincadeira de garotos ousados, que se aventuravam 
nas corredeiras de rios usando câmara de pneus de caminhão. Mas o número de 
adeptos do boia-cross aumentou, provocando o desenvolvimento de equipamentos 
específicos que facilitam as manobras. A câmara-de-ar agora é revestida por uma 
capa com alças de segurança. Para remar, usam-se os próprios braços, com uma luva 
especial que auxilia os movimentos, tornando as boias dirigíveis. 
O praticante pode descer as corredeiras sentado na boia ou de peito sobre ela. 
A melhor opção é ir deitado de bruços, mais fácil para remar e direcionar a câmara-
de-ar desviando de pedras. Assim como no rafting, no boia-cross é necessário 
informar-se sobre a classificação das corredeiras dos rios. 
 
CANOAGEM 
A canoagem pode ser praticada em águas calmas, no mar ou em corredeiras 
de rios. O esporte – que faz parte das Olimpíadas desde os Jogos de Berlim, em 1936 
-, usa canoas ou caiaques. A canoa mais comum, chamada de canadense, é muito 
pouco divulgada por aqui. 
Os caiaques mais usados no Brasil são embarcações fechadas, para um, dois 
ou quatro remadores, cada um, portanto um remo com duas pás. A canoagem em 
águas calmas não requer experiência, mas a descida de corredeiras exige técnica e 
noções de segurança. 
 
RAPEL 
 
Atividade segura, o rapel é a descida de paredões, abismos e cachoeiras, com 
o auxílio de cordas. Essa técnicade escalada, utilizada também no caving e no 
canyoning, pode ser positiva (com apoio dos pés), guiada (com desvio diagonal da 
trajetória, para evitar torrente) ou fraciosanada (dividido em vários rapéis menores 
para encontrar um caminho mais seguro). Não é raro ver nas grandes cidades 
pessoas praticando rapel em pontes e viadutos como forma de treinamento. 
 
CAVALGADA 
 
 
 
 
 
Curtir a natureza ao som do trote de um cavalo é um passeio seguro para todas 
as idades. 
A cavalgada é um meio eficiente de percorrer longas distâncias e atingir regiões 
cujo terreno apresenta obstáculos. O cavalo é a melhor forma de se locomover no 
Pantanal, por exemplo, pois atravessa áreas alagadas, onde há muita água para o 
veículo motorizado, mas pouca para a travessia de barcos. A figura de um cavalo 
aparece com frequência em desenhos rupestres, registrando a história de cavalgada, 
mas apenas noções básicas de equitação, parque que o cavaleiro possa manejar com 
segurança o animal. Antes de iniciar a cavalgada, o cavaleiro recebe instruções de 
manejo e aprende a lidar com o equipamento e com o cavalo. Todos os ensinamentos 
são aprendidos na prática, nos passeios organizados por agências especializadas. 
 
VOO LIVRE 
A asa-delta é fabricada com tecido resistente (dacron), um trapézio de tubos de 
alumínio (para controlar a direção), um tubo transversal (para sustentar a asa aberta), 
a quilha (centro de gravidade), dois tubos angulares na ponta dianteira da asa, um 
cinto e um mosquetão (para prender o piloto à asa). Um voo bem-sucedido depende 
da checagem dos equipamentos, que devem seguir normas de segurança, das 
condições climáticas e da experiência do piloto, o que requer um curso especializado. 
Para experimentar a sensação de voar, deve-se praticar um voo duplo, junto com o 
instrutor. 
 
CANYONING 
 
O canyoning é a exploração de cânions usando técnicas de escalada. Embora 
a vitrina da atividade seja o rapel em cascatas, amplamente praticado no Brasil, o 
esporte requer conhecimento mais abrangente. 
O adepto deve ter noções de segurança em rapel e escalada, natação e de 
espeleologia, que permitam avaliar os obstáculos durante a exploração de cânions e 
rios sem garganta. O canyoning tem origem franco-espanhola, pois surgiu quando um 
grupo de espeólogos procurava cavernas nos cânions dos Pireneus – cadeia de 
montanhas no norte da Espanha e no sul da França. A atividade foi introduzida no 
Brasil em 1990. 
 
 
 
 
TREKKING 
Com disposição, qualquer um pode aderir às caminhadas que, além de baratas, 
não requerem equipamentos especiais. Entretanto, desbravar lugares selvagens, 
cruzando florestas, rios, montanhas e dunas de areia, exige planejamento e, muitas 
vezes, a companhia de guias experientes. 
 
 
1. Ecoturismo e desenvolvimento sustentável 
 
A gestão responsável e sustentada dos recursos naturais e o respeito à 
preservação da identidade cultural de populações nativas têm servido às vezes de 
instrumento de contenção dos anseios e necessidades desenvolvimentistas de muitos 
países. 
O simples reconhecimento de que algumas práticas adotadas na expansão das 
fronteiras em busca do crescimento econômico são nocivas ao meio ambiente e ao 
homem, não é suficiente. É preciso aceitar o desafio de promover mudanças nas 
políticas de desenvolvimento e encontrar alternativas para os modelos até agora 
adotados. 
Encontrar alternativas de desenvolvimento que tragam melhoria da qualidade 
de vida das populações locais aliadas à preservação do patrimônio ambiental e 
cultural tem sido um desafio para todos os envolvidos nesse processo. Aliar 
desenvolvimento e sustentabilidade dos recursos não é uma tarefa fácil de se 
executar. 
 
Fonte: 99graus.com.br 
 
 
 
 
 
Entre as diversas atividades econômicas que hoje se vislumbra como 
alternativa de desenvolvimento sustentável para comunidades inseridas em um 
contexto de necessidade de desenvolvimento em ambientes frágeis está a atividade 
do ecoturismo, tendo em vista ser uma atividade econômica que se caracteriza por 
promover o uso sustentável dos recursos buscando a consciência ambiental 
envolvendo no processo as populações locais. 
O turismo é uma das atividades socioeconômicas de maior importância em 
vários países do mundo, chegando até a ser a de maior ênfase em muitos deles. As 
estimativas atuais são de que o turismo gera uma receita anual de US$ 3,4 trilhões, 
ou seja, 10,9% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial (Wearing e Neil, 2001). 
Por essas razões o turismo é muito valorizado por diversos países e, muitas 
vezes, desempenha um papel importante nas estratégias de desenvolvimento. O 
turismo é bastante promovido, e os seus representantes são cortejados pelos 
governos devido ao seu significativo potencial de sustentar o câmbio e os empregos 
locais. 
 
 
Fonte: vagasdeempregogv.com.br/ 
 
Este crescente fluxo turístico torna imperativa a adoção de ferramentas de 
preparação e controle da atividade nos polos receptores de forma a maximizar os 
pontos positivos que a atividade irá gerar na localidade e ao mesmo tempo minimizar 
 
 
 
 
os impactos negativos que esta atividade normalmente provoca na população 
autóctone. É baseado nisto que, diversos estudioso vem se preocupando em tornar 
pública a importância da preservação e do planejamento, de forma concreta e 
permanente. 
O turismo é uma atividade que se bem planejada e desenvolvida pode trazer 
às populações locais benefícios amplos, como oportunidade de diversificação e 
consolidação econômica, geração de empregos, conservação ambiental, valorização 
da cultura, conservação e/ou recuperação do patrimônio histórico, recuperação da 
autoestima, entre outros (WWF, 2003). 
De todos os tipos de turismo praticados no mundo nenhum cresceu tanto nos 
últimos anos como o "ecoturismo". O número de ecoturistas que habitualmente visitam 
áreas naturais – em especial, áreas naturais protegidas ou unidades de conservação 
– aumentou vertiginosamente em todo o mundo. 
Do ponto de vista mercadológico, o ecoturismo é um segmento que tem obtido 
um crescimento considerável, ao longo dos últimos anos. Para os empresários do 
segmento, a estimativa é de que o crescimento do ecoturismo se situe em 20% ao 
ano. O faturamento anual do ecoturismo, a nível mundial, é estimado em US$ 260 
bilhões, do qual o Brasil se apropriaria com cerca de US$ 70 milhões. 
O aparecimento do ecoturismo e o seu acelerado crescimento têm suas raízes 
na insatisfação gerada pelo turismo convencional de massa muito criticado pelo fato 
de dominar a atividade dentro de uma região, de sua orientação não-local, e o fato de 
que muito pouco do dinheiro gasto ali efetivamente permanece no local e gera mais 
recursos, associada ao crescimento mundial da consciência ambiental, contribuindo 
para aumentar a demanda por experiências mais autênticas, baseadas na natureza e 
em aspectos culturais, tendo como destino países em desenvolvimento, 
possibilitando, inclusive, uma alternativa econômica a outras práticas como, por 
exemplo, a extração de madeira ou monocultura (soja, cana de açúcar, etc.). 
Devido às muitas formas em que as atividades do ecoturismo são oferecidas 
por uma grande diversidade de operadores, praticadas por uma variedade ainda maior 
de tipos de turistas ainda não há um consenso sobre o seu significado. É um termo 
amplo e vago, sendo para alguns, um subconjunto de atividades turísticas baseadas 
na natureza; para outros, é um nicho de mercado. 
 
 
 
 
De um modo geral, tem-se concebido o ecoturismo como uma atividade que 
põe o homem em contato com a natureza e com seus semelhantes; que favorece a 
interação humana: como um fator importante na formação da cultura moderna. 
Segundo Swarbrooke (2000) o ecoturismo é visto como: 
 
-Um turismo em pequena escala; 
-Mais ativo do que outras formas de turismo; 
-Uma modalidade de turismo na quala existência de uma infraestrutura de 
turismo sofisticada é um dado menos relevante; 
-Empreendido por turistas esclarecidos e bem-educados, conscientes das 
questões relacionadas a sustentabilidade, além de ávidos por aprender mais sobre 
estes temas; 
-Menos espoliativo das culturas e da natureza locais do que as formas 
"tradicionais" de turismo. 
 
 
Fonte: indikabem.com. 
Isto é o que diferencia o ecoturismo de outras formas de se fazer turismo. Pode-
se dizer que o ecoturismo é mais um conceito de viagem do que um produto de 
turismo, pois traz consigo uma filosofia de vida que tem como princípio orientador de 
sua prática a preservação do patrimônio histórico, cultural, natural e humano. É um 
turismo diferenciado, de pessoas cujo objetivo é interagir com o ambiente e com as 
 
 
 
 
comunidades envolvidas em tal ambiente. Quando se fala em ecoturismo, está-se 
referindo à sustentabilidade, à autenticidade e originalidade dos meios visitados. 
Além dessas perspectivas, o ecoturismo pode cumprir um papel importante no 
equilíbrio da balança comercial, com o ingresso de novas divisas, por meio do 
aumento no fluxo de turistas estrangeiros e da atração de investimentos para a 
construção de equipamentos turísticos. 
O ecoturismo poderá constituir-se em um dos alicerces na tentativa de alcançar 
um modelo sustentável de desenvolvimento, desde que ocorra em áreas naturais, 
beneficiando o meio ambiente e as comunidades visitadas e que promova o 
aprendizado, respeito e consciência sobre aspectos ambientais e culturais, gerando 
harmonia e equilíbrio entre os seguintes fatores: resultados econômicos, mínimos 
impactos ambientais e culturais, e satisfação do cliente (ecoturista) e da comunidade. 
Quando bem praticado, pode ser uma alternativa sustentável de exploração e 
conservação dos recursos naturais dos destinos selecionados, oferece experiências 
únicas e autênticas ao turista, proporcionando uma vivência real como novas culturas 
e ambientes, além de oferecer ao mercado oportunidades de pequenas iniciativas 
locais, valorizando a especialização em determinados segmentos. 
A atividade ecoturística deve valorizar ao máximo as comunidades locais de 
entorno de alguma região com atributos ecoturísticos. Para os ecoturistas é muito 
importante o nível de envolvimento da comunidade local nas atividades ligadas à sua 
visita. O que se quer é que os habitantes do entorno ou residentes em determinada 
área com atributos ecoturísticos sejam os mais beneficiados com a atividade. 
O que se busca é que os habitantes locais tenham na atividade uma forma de 
sustento e preferencialmente complementar às já existentes. Sejam como guias, como 
proprietários de pousadas, donos de restaurantes, cozinheiros, motoristas, artesãos, 
etc. Enfim, a mão-de-obra utilizada na infraestrutura de determinado destino ou 
produto ecoturístico, deverá absorver ao máximo a mão-de-obra local, e, de 
preferência, de tal forma que esta seja uma atividade complementar às já existentes. 
O ecoturismo tem o potencial de criar apoio para os objetivos de conservação, 
tanto na comunidade local quanto entre os visitantes, pelo estabelecimento e pela 
sustentação de vínculos entre a indústria do turismo, as comunidades locais e as 
áreas de proteção. 
 
 
 
 
Como os benefícios sociais e ambientais são essencialmente 
interdependentes, os benefícios sociais, advindos para as comunidades como 
resultado do ecoturismo, podem acarretar o crescimento global dos padrões de vida, 
devido ao estímulo econômico gerado pela maior visitação ao local. Igualmente, os 
benéficos ambientais surgem quando as comunidades são induzidas a proteger os 
ambientes naturais para sustentar o turismo economicamente viável. 
 
 
Fonte: donafranciscafazenda.com. 
 
O ecoturismo como qualquer outra atividade econômica, pode produzir 
impactos - positivos ou negativos – sociais, econômicos e ambienteis. Mas esses 
impactos são decorrentes do modo como se planeja, implanta e monitora. Um 
planejamento turístico deve maximentar os benefícios socioeconômicos e minimizar 
os custos, visando o bem-estar da comunidade receptora e a rentabilidade dos 
empreendimentos do setor. 
O desenvolvimento do ecoturismo deve considerar os seguintes aspectos: 
 
-Promover e desenvolver o turismo, em bases cultural e ecologicamente 
sustentável; 
 
 
 
 
-Promover e incentivar investimentos em conservação dos recursos naturais e 
culturais utilizados; 
-Fazer com que a conservação beneficie, materialmente, comunidades 
envolvidas, pois, somente servindo de fonte de renda alternativa, estas se tornarão 
aliadas de ações conservadoristas; 
-Ser operado de acordo com critérios de mínimo impacto, de modo a ser uma 
ferramenta de proteção e conservação ambiental e cultural; 
-Educar e motivar as pessoas para que percebam a importância de se 
conservar a cultura e a natureza. 
O desenvolvimento sustentável é um modelo discutido amplamente, entretanto 
existe a carência de alternativas que viabilizem sua efetiva implementação. Carentes 
de recursos as pequenas comunidades precisam encontrar a sua vocação levando-
as ao desenvolvimento sustentável proporcionando melhores condições de vida aos 
seus habitantes. 
-Pelas suas características o ecoturismo é efetivamente uma alternativa de 
desenvolvimento sustentável para pequenas localidades. No Brasil temos exemplos 
de comunidades que se desenvolveram a partir desta atividade. Bonito, no Estado do 
Mato Grosso, Brotas em São Paulo, Presidente Figueiredo, no Amazonas, são 
exemplos de comunidades que a partir do ecoturismo aumentaram a qualidade de 
vida de seus habitantes. 
-Entretanto em função de seus impactos positivos e negativos deve ser muito 
bem planejado, para que os benefícios sejam maximizados reduzindo-se ao máximo 
os impactos negativos resultantes desta atividade. 
-A participação da comunidade em parceria com a iniciativa privada e o governo 
é fundamental para desenvolver um plano de ecoturismo que atenda às suas 
necessidades gerando emprego e renda, melhorando a infraestrutura de serviços 
básicos, ao mesmo tempo em que desenvolva a consciência dos envolvidos neste 
processo pela preservação ambiental, fator primordial para a manutenção da 
atividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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