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Sumário 1. O QUE É ECOTURISMO? ...................................................................... 2 2. SURGIMENTO DO ECOTURISMO NO BRASIL ..................................... 4 3. ENTENDENDO O SEGMENTO .............................................................. 6 4. MEIO AMBIENTE E TURISMO ............................................................... 6 5. CONCEITUAÇÕES, CARACTERÍSTICAS E FUNDAMENTOS .............. 8 6. CRESCIMENTO DO ECOTURISMO ....................................................... 9 7. O QUE É TURISMO SUSTENTÁVEL? ................................................. 10 8. CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO ECOTURISMO ....................... 14 9. O ECOTURISTA .................................................................................... 27 10. ECOTURISMO E MERCADO ................................................................ 29 11. REGRAS DE ECOTURISMO ................................................................ 32 12. TIPOS DE ECOTURISMO ..................................................................... 34 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 44 1. O QUE É ECOTURISMO? Fonte: bonitoinforma.com.br Ecoturismo ou turismo ecológico é o "segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações". A definição acima é dada pelo Ministério do Meio Ambiente em conjunto com o EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo e segue àquela criada pela Sociedade Internacional de Ecoturismo (TIES ou The International Ecotourism Society). Este ramo do turismo é caracterizado pelo contato com ambientes naturais, pela realização de atividades que promovam a vivência e o conhecimento da natureza e pela proteção das áreas onde ocorre. Isto é, ele está fundado nos conceitos de educação, conservação e sustentabilidade. O ecoturismo pode ser entendido, então, como as atividades turísticas baseadas na relação sustentável com a natureza, comprometidas com a conservação e a educação ambiental. É um segmento turístico importante ao fazer contribuições positivas significativas para o bem-estar ambiental, social, cultural e econômico dos destinos e das comunidades locais ao redor do mundo: através dele são oferecidos incentivos econômicos eficazes para a conservação e valorização da diversidade biológica e http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28419-o-que-faz-o-ministerio-do-meio-ambiente http://www.embratur.gov.br/ http://www.embratur.gov.br/ http://www.ecotourism.org/ http://www.ecotourism.org/ http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28588-o-que-e-desenvolvimento-sustentavel http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28548-o-que-e-biodiversidade cultural e ajuda a proteger o patrimônio natural e cultural ao redor do mundo. Ele se prova também como uma ferramenta eficaz para capacitar as comunidades locais ao redor do mundo a alcançar um desenvolvimento sustentável. Além disso, o ecoturismo tem incentivado a aplicação de práticas sustentáveis aos demais segmentos da indústria do turismo. Hoje é o ramo da indústria do turismo que mais cresce. Enquanto o turismo convencional cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo cresce a taxas de 15 a 25% por ano. Segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT), 10% dos turistas em todo o mundo buscam o turismo ecológico. O faturamento anual do ecoturismo, a nível mundial, é estimado em US$ 260 bilhões, do qual o Brasil se apropriaria com cerca de US$ 70 milhões. Fonte: aventurando.com. A oferta turística do segmento, além dos serviços comuns de hospedagem, transporte, alimentação, entretenimento, agenciamento, recepção, guiamento e condução, inclui também atividades na natureza que o caracterizam e permitem a integração do turista com o ambiente natural. Algumas das atividades que podem ser realizadas no âmbito do segmento de ecoturismo são: observação de fauna (relaciona-se com o comportamento e habitats de determinados animais); observação de flora (permite compreender a diversidade dos elementos da flora e seus usos); observação de formações geológicas e as visitas a cavernas (espeleoturismo); http://www.brasil.gov.br/turismo/2014/04/bonito-sera-sede-de-conferencia-mundial-de-ecoturismo http://www.to.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/TO/Implanta%C3%A7%C3%A3o-do-P%C3%B3lo-Tur%C3%ADstico-de-Taquaru%C3%A7u-ter%C3%A1-R$-5-mi-de-investimento http://www.to.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/TO/Implanta%C3%A7%C3%A3o-do-P%C3%B3lo-Tur%C3%ADstico-de-Taquaru%C3%A7u-ter%C3%A1-R$-5-mi-de-investimento observação astronômica (estrelas, eclipses, queda de meteoros); mergulho livre; caminhadas; trilhas e safáris fotográficos. O ecoturismo surgiu como movimento ambiental global no final de 1970, uma resposta às preocupações com o desenvolvimento econômico, à degradação do meio ambiente e as questões sociais provocadas pelo turismo em massa. No Brasil, o conceito foi introduzido pelo EMBRATUR que iniciou em 1985 o Projeto Turismo Ecológico. Dele surgiu, dois anos depois, a Comissão Técnica Nacional, a primeira iniciativa com intenção de regular o segmento. Na mesma década também surgiram os primeiros cursos para guias especializados. Com a Rio 92, este tipo de turismo ganhou visibilidade e impulsionou o mercado brasileiro. Em 1994, com a publicação das Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo, o turismo ecológico passou a ser conceituado e denominado como Ecoturismo. Fonte: observatoriofeminino.blog.br 2. SURGIMENTO DO ECOTURISMO NO BRASIL O Ecoturismo surge no Brasil como uma proposta de contemplação e conservação da natureza. Os debates sobre a necessidade de conservação do meio ambiente por meio de técnicas sustentáveis atingem a atividade turística e inserem uma nova maneira de vivenciar e usufruir as paisagens rurais, as áreas florestadas, as regiões costeiras, entre outros ecossistemas que são vistos como possíveis para um modelo de turismo mais responsável. Este é o momento de discutir uma nova forma de uso e fruição dos espaços pelos turistas. O turismo massivo é debatido como o agressor da http://www.mma.gov.br/estruturas/sedr_proecotur/_publicacao/140_publicacao20082009043710.pdf paisagem natural e cultural, a vida nas grandes metrópoles (principais núcleos emissores de turistas) já exige uma nova conduta na busca pelo restabelecimento físico e emocional: buscam-se lugares remotos, de natureza preservada, paisagens bucólicas entrelaçadas com cultura e hábitos singulares. O Brasil, sendo um dos países com maior biodiversidade, qualificado por seus biomas (Amazônia, Mata Atlântica, Campos Sulinos, Caatinga, Cerrado, Pantanal e Zona Costeira e Marítima) e seus diversos ecossistemas, apresenta um cenário rico para esse segmento. Tal cenário aporta recursos que possibilitam o desenvolvimento de várias práticas turísticas, explicitando aptidão especial para o Ecoturismo. Esse segmento pode proporcionar experiências enriquecedoras e contribui para a conservação dos ecossistemas, ao mesmo tempo em que estabelece uma situação de ganhos para todos os interessados: se a base de recursos é protegida, os benefícios econômicos associados ao seu uso serão sustentáveis. Incorpora os recursos naturais ao mercado turístico, ampliando as oportunidades de gerar postos de trabalho, receitas, inclusão social e, acima de tudo, promover a proteção desse imensurável patrimônio natural. Segundo diversas instituições e operadores especializados, esse tipo de turismo vem apresentando um crescimento contínuo no mundo e o Brasil, com tamanha exuberância, apresenta-se como potencial destino de grande competitividadeinternacional. Considerando os aspectos peculiares que o caracterizam e lhe conferem identidade – os recursos naturais –, o Ecoturismo exige referenciais teóricos e práticos e suporte legal que orientem processos e ações para seu desenvolvimento, sob os princípios da sustentabilidade. Fonte: estacaofloresta.com. 3. ENTENDENDO O SEGMENTO Os temas ambientais ganham espaço nas discussões científicas e nos âmbitos político e social, surgindo uma nova ética do desenvolvimento que incorpora a qualidade ambiental e a inclusão social. É fundamentado nessa premissa que se compreende o Ecoturismo, como uma atividade que se materializa pela interação e experienciação do ambiente de forma sustentável. Fonte: redeglobo.globo.com 4. Meio ambiente e turismo A questão ambiental inicialmente debatida na visão da ecologia geral ampliou as discussões para os sistemas ambientais, surgindo novos processos em que os sistemas humanos – as economias, populações, culturas, governos e organizações – podem fazer escolhas tecnológicas visando à conservação e à sustentabilidade. Sob essa ótica, o meio ambiente não é uma esfera desvinculada das ações, ambições e necessidades humanas – conservá-lo e preservá-lo inclui, necessariamente, considerar a interação homem e natureza. A partir da década de 1970, as preocupações com o desenvolvimento econômico, a degradação do ambiente e as questões sociais alcançaram a atividade turística. Com a Conferência de Estocolmo, em 1972, e a Rio 926, ampliaram-se os debates que se transformaram nos pressupostos da Agenda 217, que abordam os processos de desenvolvimento enfocando temas como ecotecnologias, requalificação do trabalho humano, desenvolvimento técnico científico e sustentabilidade. Nesse contexto, a Agenda aponta o Ecoturismo como uma prática conservacionista, comprometida com a natureza, com a responsabilidade social e com o desenvolvimento local. Fonte: meioambiente.culturamix.com A Agenda 21 é um documento aprovado durante a Rio 92 que contém compromissos para mudança do padrão de desenvolvimento no século XXI em um processo de planejamento participativo que analisa a situação atual de um país, Estado, município e/ou região e propõe o futuro de forma sustentável. É preciso, portanto, encontrar o ponto de equilíbrio dessa inter-relação turismo e meio ambiente, de modo que a atratividade dos recursos naturais não seja a causa de sua degradação: “A natureza e todos os seus componentes tornam-se pretextos para a descoberta, a iniciação, a educação, o espírito de observação e integração e, dessa forma, dá origem a um novo mercado” 5. Conceituações, características e fundamentos O termo Ecoturismo foi introduzido no Brasil no final dos anos 80, seguindo a tendência mundial de valorização do meio ambiente. A EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo iniciou em 1985 o “Projeto Turismo Ecológico”, criando dois anos depois a Comissão Técnica Nacional constituída conjuntamente com o IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, primeira iniciativa direcionada a ordenar o segmento. Ainda na mesma década foram autorizados os primeiros cursos de guia especializados, mas foi com a Rio 92 que esse tipo de turismo ganhou visibilidade e impulsionou um mercado com tendência de franco crescimento. Em 1994, com a publicação das Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo pela EMBRATUR e Ministério do Meio Ambiente, o “turismo ecológico” passou a se denominar e foi conceituado como: Ecoturismo é um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações. A prática do Ecoturismo pressupõe o uso sustentável dos atrativos turísticos. O conceito de sustentabilidade, embora de difícil delimitação, refere-se ao “desenvolvimento capaz de atender às necessidades da geração atual sem comprometer os recursos para a satisfação das gerações futuras”. Em uma abordagem mais ampla, visa a promover a harmonia dos seres humanos entre si e com a natureza. Utilizar o patrimônio natural e cultural de forma sustentável representa a promoção de um turismo “ecologicamente suportável em longo prazo, economicamente viável, assim como ética e socialmente equitativo para as comunidades locais. Exige integração ao meio ambiente natural, cultural e humano, respeitando a fragilidade que caracteriza muitas destinações turísticas”. 6. CRESCIMENTO DO ECOTURISMO Nos últimos anos, o Ecoturismo vem crescendo rapidamente, aumentando a procura por esse tipo de turismo, o número de publicações, de programas de TV, de órgãos ligados ao assunto etc. Segundo a Organização Mundial do Turismo, enquanto o turismo cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo cresce mais de 20%. Existem diversas hipóteses para tentar explicar o porquê de as pessoas estarem buscando esse tipo de atividade. As mais comuns são a preocupação com o meio ambiente, maior conscientização ecológica e uma maneira de fugir da rotina e do estresse dos grandes centros urbanos. Fonte: revistaecoturismo.com. Estima-se que mais de um milhão de pessoas no Brasil pratiquem o ecoturismo, que deve empregar milhares de pessoas, através de, no mínimo, 10 mil empresas e instituições privadas. Para que uma atividade se classifique como ecoturismo, são necessárias quatro condições básicas: respeito às comunidades locais; envolvimento econômico efetivo das comunidades locais; respeito às condições naturais e conservação do meio ambiente e interação educacional – garantia de que o turista incorpore para a sua vida o que aprende em sua visita, gerando consciência para a preservação da natureza e dos patrimônios histórico, cultural e étnico. O caminho ideal para o ecoturismo é o que se chama de desenvolvimento sustentável. Este conceito propõe a integração da comunidade local com atividades que possam promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e culturais. Fonte: ecoviagem.uol.com.br/ 7. O QUE É TURISMO SUSTENTÁVEL? Fonte: viajarverde.com Segundo a OMT o turismo sustentável deve ser aquele que salvaguarda o ambiente e os recursos naturais, garantindo o crescimento econômico da atividade, ou seja, capaz de satisfazes as necessidades das presentes e futuras gerações. Portanto, o desenvolvimento turístico deve pautar por "economizar os recursos naturais raros e preciosos, principalmente a água e a energia, e que venham a evitar, na medida do possível a produção de dejetos, deve ser privilegiado e encorajado pelas autoridades públicas nacionais, regionais e locais". (Artigo 3 Código de Ética - OMT). O Turismo Sustentável deve acima de tudo buscar a compatibilização entre os anseios dos turistas e os das regiões receptoras. Desenvolver o turismo de forma sustentável implica em ações que sejam socialmente justas, economicamente viáveis e ecologicamente corretas, isto é, que atendam às necessidades econômicas, sociais e ecológicas da sociedade conforme destacado pela OMT, em seu artigo 3 do Código Mundial de Ética do Turismo: A infraestrutura deve ser concebida e as atividades turísticas programadas de forma que seja protegido o patrimônio natural constituído pelos ecossistemas e pela biodiversidade, e que sejam preservadas as espécies ameaçadas da fauna e da flora selvagens. Os agentes do desenvolvimento turístico, principalmente os profissionais, devem permitir que sejam impostas limitações ou obstáculos às suas atividades, quando elas forem exercidas em zonas particularmente sensíveis: regiões desérticas, polares ou de elevadas montanhas, zonas costeiras,florestas tropicais ou zonas úmidas, propícias à criação de parques naturais ou reservas protegidas. http://www.sustentavelturismo.com/2013/05/os-desafios-do-desenvolvimento.html Fonte: paisagismobrasil.com.br/ Importância do turismo sustentável nos dias atuais O turismo sustentável surge como alternativa ao turismo de massa, pois tem a preocupação com a quantidade de pessoas que irão visitar as regiões receptoras. Neste sentido, o planejamento e a gestão do turismo devem estar atentos às questões ambientais, culturais e sociais, buscando minimizar os impactos da atividade e, fazendo com que os moradores locais estejam inseridos economicamente e socialmente. Como o empreendedor turístico pode contribuir para o desenvolvimento sustentável do turismo? Através do Planejamento de sua atividade o empreendedor deve buscar soluções que contribua para a sustentabilidade de sua atividade e da sociedade, gerando desta forma benefícios não somente para seus clientes, mas também para o local no qual que está inserido. Para tanto, o empreendedor deverá buscar alternativas que minimizem seu impacto, como reuso de água, economia de energia e água, dentre outros. http://www.sustentavelturismo.com/2011/09/gestao-ambiental-do-turismo.html http://www.sustentavelturismo.com/search/label/reuso%20de%20%C3%A1gua http://www.sustentavelturismo.com/2013/03/gestao-ambiental-de-hoteis-e-pousadas.html Fonte: aiset.pt/turismo-de-natureza Fatores primordiais a serem observados no planejamento do turismo: - Não adoção do turismo de massa; - Desenvolver estruturas compatíveis com o meio ambiente em que se quer instalar; - Demonstrar ao seu cliente o perfil de turismo que se pretende desenvolver. Quais as modalidades de turismo podem colaborar com o desenvolvimento sustentável do turismo? O turismo de natureza, turismo rural e ecoturismo são consideradas modalidades de turismo que são mais sustentáveis pois se desenvolvem em harmonia com o local. Contudo, o turismo de forma sustentável deve ser desenvolvido por todos, pois o não atendimento a essa nova realidade fará com que muitos destinos e empreendimentos estejam condenados economicamente, tendo em vista que perderão sua atratividade, em virtude dos impactos negativos causados pelo seu empreendimento. http://www.sustentavelturismo.com/search/label/Ecoturismo Este fato já é observado em vários lugares, justamente por não haver políticas públicas e comprometimento das empresas com efetiva sustentabilidade do turismo. Fonte: pedraazul.com.br/ 8. CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DO ECOTURISMO As características identitárias do Ecoturismo se expressam, principalmente, quanto a algumas questões consideradas essenciais na sua constituição: • Atividades praticadas. • Escala. • Proteção e conservação dos recursos naturais. • Paisagem. • Interpretação ambiental. • Educação ambiental. Embora essas características estejam descritas a seguir uma a uma, devem ser entendidas de forma conjunta e integrada, já que, para fins desse segmento, tornam-se necessariamente interdependentes. Atividades praticadas As atividades do segmento Ecoturismo como oferta turística correspondem à complementaridade das atividades tradicionalmente ditas turísticas (hospedagem, transporte, alimentação, recreação, entretenimento, operação, agenciamento, recepção, guiamento, condução e outras) e das práticas que as geram, ou seja, as atividades de experienciação da natureza e que dão consistência ao segmento, tidas como tipicamente ecoturísticas. Ao serem contempladas no âmbito desse segmento, quaisquer dessas atividades devem considerar: • Aspectos construtivos das instalações em relação ao porte, ao estilo arquitetônico e aos materiais utilizados, técnicas e procedimentos adotados. • Meios e vias de transporte de baixa potencialidade de degradação e poluição e adequados ao ambiente. • Serviços e produtos harmonizados aos princípios da qualidade, da sustentabilidade e da cultura local. Fonte: 99graus.com.br/ As atividades tipicamente ecoturísticas devem ocorrer estrita e necessariamente seguindo premissas conservacionistas. Podem realizar-se concomitantemente ou em conjunto com outras, de formas e por meios diversos, e devem ser estruturadas e ofertadas de acordo com normas e certificações de qualidade e de segurança de padrões reconhecidos internacionalmente. De modo geral, as atividades ecoturísticas buscam atender às motivações específicas por meio de atividades passíveis de serem praticadas com outras finalidades, configurando outros segmentos. Porém, o que caracteriza o segmento são as atividades resumidas em observação e contemplação da natureza que podem ocorrer de diversas formas e meios. a) Observação – exame minucioso de aspectos e características da fauna, flora, formações rochosas e outros, que exigem técnicas de interpretação ambiental, guias e condutores especializados, equipamentos e vestuário adequados. Observação de fauna – consiste em observar, identificar, estudar comportamentos e habitats de determinados animais, destacando-se: • Aves – também conhecida como birdwatch, demanda equipamentos específicos, cujo uso não é imprescindível, mas facilita e aumenta o aproveitamento da atividade. A observação de aves, nos mais variados aspectos de sua prática, ainda é pouco desenvolvida no Brasil, mas com perspectiva de se configurar em produto de destaque no mercado internacional, já que o País ocupa o terceiro lugar no mundo em matéria de diversidade no gênero, com um total de 1.700 espécies, das quais 182 endêmicas. • Mamíferos – o Brasil, que possui grande parte dos mamíferos do mundo, apresenta algumas espécies consideradas ícones da nossa fauna, como a onça- pintada, o tamanduá-bandeira, a anta e o lobo guará. Apesar da observação de determinados animais – especialmente os de hábito solitário, discretos e com atividade noturna ou crepuscular – ser difícil, é possível identificá-los e, de certa forma, conhecê-los, mesmo sem vê-los de fato, por meio da observação indireta de seus rastros (tocas, trilhas, restos alimentares, fezes e pegadas). • cetáceos – como baleias, botos e golfinhos – também conhecidos como whalewatch e dolphinwatch. Pode ocorrer de estações em terra (na costa e beiras de rios e lagos), de embarcações ou mergulhando. Nesse caso, merece atenção a regulamentação específica, que reúne medidas para possibilitar a observação sem perturbar o ambiente e sem comprometer a experiência do turista. • Insetos – muito desenvolvida em outros países, como nos Estados Unidos, a observação desses animais vem ocorrendo no Brasil ainda timidamente – borboletas, vespas e abelhas, formigas, besouros, moscas e inumeráveis outros. No processo de identificação de insetos também são analisados vestígios e aspectos – folhas utilizadas para alimentação, lagartas, vermes, crisálidas etc. • Répteis e anfíbios – considerado o primeiro em espécies de anfíbios e o quarto em répteis, destaca-se no País a observação de salamandras, sapos, rãs, pererecas, tartarugas, jacarés, lagartos, cobras. Sobre esse assunto, apontam-se os projetos brasileiros para a conservação da tartaruga marinha e do tracajá. • Peixes – a observação geralmente ocorre pela flutuação ou mergulho, com ou sem o uso de equipamentos especiais. Além de seu reconhecido papel nos ecossistemas aquáticos, os peixes têm forte apelo estético para atração de visitantes e reforçam o espetáculo de ambientes aquáticos privilegiados por ampliar o contato das pessoas com a ictiofauna. Nesse sentido, merecem destaque os projetos de conservação para cavalos-marinhos e as piscinas naturais presentes em todo o País. Fonte: ecoturismoembonito.wordpress.com/Observação de flora – consiste em observar, identificar, estudar características da vegetação, destacando-se as plantas medicinais, ornamentais, utilitárias e de exuberância paisagística. Formações geológicas – atividade ainda tímida no País que consiste geralmente em caminhada por área de ímpar diversidade geológica que oferece locais estratégicos para discussão da origem dos ambientes, sua idade, entre outros fatores, por meio da observação direta e indireta das evidências das transformações que ocorreram na esfera terrestre. Fonte: allevents.in/santos/ b) Contemplação – apreciação de flora, de fauna, de paisagens e de espetáculos naturais extraordinários como as Cataratas do Iguaçu, os Lençóis Maranhenses, o Delta do Parnaíba, a Floresta Amazônica, entre outros. As atividades relacionadas são: • Caminhadas – percursos a pé para fins de contemplação, fruição e observação da natureza, com possibilidade de interpretação. • Mergulho – observação, contemplação e fruição de ambientes submersos, com ou sem a utilização de equipamentos especiais. • Safáris fotográficos – itinerários organizados para fotografar paisagens singulares ou animais que podem ser feitos a pé ou com a utilização de um meio de transportes. • Trilhas interpretativas – conjunto de vias e percursos com função educativa e vivencial. Pressupõe amplo conhecimento da fauna, flora, paisagem, clima e demais aspectos biológicos, geográficos, históricos da região. Podem ser autoguiadas ou percorridas com o acompanhamento de condutores, guias e intérpretes devidamente capacitados. A depender do tipo de trilha e grau de dificuldade, podem conter sinalização, equipamentos de proteção e facilitadores (corrimões, escadas, pontes), proporcionando interação do homem com a natureza e a compreensão da responsabilidade em relação aos recursos naturais. Fonte: toposafaris.com/ Existe uma diversificada e significativa gama de outras atividades que, embora possam caracterizar outros tipos de turismo, podem também ser ofertadas em produtos e roteiros desse segmento: atividades de aventura, de pesca, náuticas, esportivas, culturais e várias outras, desde que cumpram as premissas, comportamentos e atitudes estabelecidas para o Ecoturismo. Fonte: nippobrasil.com.br Escala Quanto à escala, o Ecoturismo caracteriza-se sob dois aspectos principais, em função da capacidade de suporte35 de cada ambiente e atividade: • Volume e intensidade dos fluxos turísticos – referem-se à baixa quantidade de turistas e à frequência da visitação. • Porte dos equipamentos – diz respeito às dimensões – pequenas e médias – das instalações. Quaisquer atividades turísticas devem considerar a capacidade de suporte dos ambientes. Nesse segmento essa questão torna-se característica e necessariamente se define pela pequena quantidade de turistas com o intuito de que os impactos que a visitação possa causar sejam os menores possíveis. Para tanto, existem diferentes metodologias de avaliação e dimensionamento de potenciais impactos e do volume e frequência de atividades que os ambientes podem suportar periodicamente. Isso vale também em relação ao porte das edificações e dos equipamentos que devem se materializar proporcionalmente ao reduzido número de turistas que pressupõe o Ecoturismo. Gestão, proteção e conservação dos recursos naturais Fonte: meioambiente.ufrn.br Um dos aspectos essenciais que caracteriza o segmento consiste principalmente na adoção de estratégias e ações para minimizar possíveis impactos negativos da visitação turística por meio do uso de um modelo de gestão sustentável da atividade. Para tanto, é preciso dispor de um conjunto de medidas planejadas, organizadas e gerenciadas de forma sistêmica, capazes de promover a conservação, recuperação, preservação e manejo da área em questão, em sintonia com as demais atuações no território. Desse modo, pressupõe-se a gestão ambiental36 como indispensável para o desenvolvimento do Ecoturismo, para a qual existem várias metodologias Alguns itens pertinentes ao processo de gestão ambiental são tratados a seguir: • Instrumentos reguladores: normas, regras, instrumentos e padrões utilizados para adequar projetos e ações às metas ambientais. Os principais instrumentos reguladores de gestão ambiental são as licenças, o zoneamento e os padrões • Licença: permissão para instalação de atividades e projetos com certo potencial de impacto ambiental. Os órgãos de controle ambiental fazem uma Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) dos projetos mais complexos, o que requer Estudos de Impacto Ambiental (EIA), para dimensionar e minimizar os possíveis efeitos dos projetos propostos. Fonte: ambientemelhor.com.br/ • Zoneamento: conjunto de regras para o uso racional da terra, empregado principalmente para indicar a localização mais adequada para certas atividades. Baseia-se na organização de um determinado território em zonas e os respectivos usos mais adequados. • Padrão: instrumento de utilização mais frequente na gestão ambiental. Os principais são: a) Padrões de qualidade ambiental: determinam os limites máximos de concentração de poluentes no meio ambiente. b) Padrões tecnológicos: determinam o uso de tecnologias específicas. c) Padrões de emissão: determinam os limites máximos para as concentrações ou quantidades totais de poluentes a serem despejados no ambiente por uma fonte específica. d) Padrões de desempenho: especificam, por exemplo, a percentagem de remoção ou eficiência de um determinado processo. e) Padrões de produto e processo: estabelecem dos projetos mais complexos limites para a descarga de efluentes por unidade de produção ou por processo. • Tecnologias limpas e técnicas sustentáveis: utilização de novas tecnologias e de técnicas tradicionais ou inovadoras como práticas responsáveis em relação ao ambiente – geração de energia de baixo impacto (solar, eólica); tratamento de resíduos líquidos e sólidos (implementação de estações de águas servidas, sistemas de fossas sépticas); reutilização de água e de materiais; coleta seletiva de lixo e reciclagem; edificações sustentáveis (técnicas e elementos construtivos e processos); permacultura • Recuperação de áreas degradadas: busca reverter processos de destruição da integridade ecológica dos ecossistemas naturais. Diversos métodos podem ser utilizados, desde a simples aplicação de práticas agronômicas de plantio e reintrodução de espécies arbóreas perenes até a reconstrução dos processos ecológicos, sempre levando em consideração a dinâmica do ecossistema. • Reflorestamento: implantação de florestas em áreas originalmente cobertas por florestas naturais que, por ação antrópica ou natural, perderam suas características. O processo pode ser acompanhado por um plano de manejo de reflorestamento visando aumentar a produtividade. Paisagem Fonte: brasilescola.uol.com. A paisagem, além de ser um recurso turístico por excelência, é um importante elemento na caracterização do segmento, pois são os locais preservados e sua atmosfera que compõem o cerne da motivação dos turistas. Nesse sentido, a busca por infraestrutura, equipamentos e serviços adequados ocorrem para melhorar a intervenção na natureza e sua paisagem. Considerando esse fator, a harmonização dos aspectos construtivos deve ocorrer em relação ao meio físico (montes, rios, lagos, penhascos, cachoeiras, ilhas, praias etc.), biológicos (flora e fauna) e culturais (próprio ser humano e artefatos em interação), a partir da utilização de elementos que expressem e fortaleçam a identidade do território, que pode ser conferida pela denominada arquitetura vernacular. Destacam-se, nesse sentido, a autenticidade, a simplicidadee a rusticidade dos elementos arquitetônicos e decorativos, primando pelo conforto e pela qualidade. Interpretação ambiental A interpretação é a arte de explicar o significado de determinado recurso, nesse caso, atrativo turístico. Trata-se de proporcionar o entendimento do ambiente natural, despertar a atenção e o interesse do visitante em relação à natureza e à cultura, esclarecendo dados, fatos e correlações que normalmente não são claros ao simples olhar. As características do local são ressaltadas e explicadas em um processo de facilitação da informação, levando o turista a compreender e vivenciar experiências mais significativas, ricas e aprazíveis. Além disso, a interpretação serve ao propósito de sensibilizar e conscientizar em relação às questões ambientais, fato que a torna uma estratégia de educação ambiental e uma forma adequada de comunicação do conhecimento da natureza e da cultura. É também uma maneira de contribuir para a sustentabilidade, na medida em que as mensagens transmitidas podem mudar ou fortalecer a percepção do turista, estimulando a atenção para as questões ambientais e promovendo a valorização e proteção da natureza – justamente por isso torna-se imperiosa na prática do Ecoturismo. A interpretação constitui-se um processo e como tal requer planejamento, denominado Plano de Interpretação, que deve contemplar algumas etapas principais: • Análise do recurso e de suas potencialidades. • Identificação dos destinatários ou público-alvo da interpretação. • Formulação dos objetivos da interpretação. • Determinação das mensagens a transmitir. • Seleção dos meios de interpretação. • Recomendações para a execução das tarefas e levantamento das necessidades de pessoal. • Eleição dos critérios para efetuar a execução e avaliação. Fonte: espacoeducar.net/ Como método de trabalho, a interpretação promove também a inter-relação entre monitor e turista e as técnicas utilizadas variam de acordo o objeto de interpretação e o seu entorno, visto que não podemos desassociar o ecossistema interpretado de sua dinâmica sociocultural. Ressaltando que interpretar é “construir uma teia integrada de descobertas dos segredos e singularidades do atrativo” Diante desse contexto cabe ressaltar alguns princípios para a interpretação ambiental: • focalizar os sentidos do visitante, de modo a estabelecer a conscientização das características singulares do ecossistema vivenciado. • não apenas instruir, mas provocar, estimular a curiosidade do visitante encorajando a exploração mais aprofundada do ambiente interpretado por meio do uso dos sentidos (tato, olfato, audição etc.). • buscar a interface nos dados técnicos da fauna e flora local com causos, lendas e histórias de ocupação territorial, entre outros. • realizar a interpretação em parceria com a comunidade local, estimulando a troca de conhecimentos dos saberes e dos fazeres. • ser acessível a um público mais amplo possível, viabilizando a interpretação do ambiente físico para pessoas da melhor idade, portadores de deficiência etc. Ecoturismo é possível a todos! • não tentar vender uma verdade universal, mas destacar a diversidade ambiental e suas relações socioculturais com o entorno. A interpretação deve fomentar a aceitação e a tolerância como valores democráticos. Por fim, a interpretação é um excelente caminho para proporcionar novas oportunidades de trabalho e renda para a comunidade local, promovendo a interação entre turistas e comunidade por meio da prática e da vivência de coisas singulares da localidade: uma fruta, uma comida local, a sensação de se sentir honrado como turista em participar de coisas e fatos ligados a um ambiente, a uma comunidade como uma festa, uma noite estrelada com os “causos” do morador local, entre outras atrações que agregam valor ao produto ecoturístico. Educação ambiental Entende-se por educação ambiental o processo pelo qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente. É um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida, afirmando valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a proteção ambiental. Estimula a formação de sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que conservem entre si relação de interdependência e diversidade, o que requer responsabilidade individual e coletiva local, nacional e mundial. Fonte: cenedcursos.com.br/ Os Ministérios do Meio Ambiente e da Educação coordenam o Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA, desenvolvido para atender ao preconizado pela Constituição Federal do Brasil, à promoção pelo poder público da “educação ambiental em todos os níveis de ensino e à conscientização pública para a preservação do meio ambiente”. Tal programa tem como objetivo “assegurar, no âmbito educativo, a integração equilibrada das múltiplas dimensões da sustentabilidade – ambiental, social, ética, cultural, econômica, espacial e política – ao desenvolvimento do País, resultando em melhor qualidade de vida para toda a população brasileira, por intermédio do envolvimento e participação social na proteção e conservação ambiental e da manutenção dessas condições ao longo prazo”. Por essa visão abrangente, a educação ambiental perpassa as práticas formais (escolares) e recursos pedagógicos comuns para obter resultados no campo informal – onde estão inseridas as atividades turísticas em áreas naturais. Essas, inclusive, têm obtido os maiores êxitos em termos de sensibilização em relação às questões ambientais, segundo a Conferência Internacional sobre Educação Ambiental de Thessaloniki (1997). A importância do Ecoturismo é estratégica, portanto, ao privilegiar a educação ambiental na promoção do contato com o ambiente natural, contribuindo para romper com condicionamentos sociais inscritos nos hábitos de indivíduos acostumados com a cultura dos centros urbanos, bem como para a busca de alternativas às relações da sociedade com a natureza e seus indivíduos por meio da descoberta de novos estilos de vida, gastronomia, crenças e valores, arquitetura etc. Cabe observar as experiências inovadoras de formação de monitores locais e a capacitação de agentes multiplicadores promovida por projetos de educação ambiental no Brasil. Essas iniciativas têm contribuído significativamente ao estimular a reflexão e apontar soluções para problemas enfrentados por comunidades tradicionais, promovendo uma efetiva participação social e considerando valores e comportamentos particulares de diversas culturas que compõem nossa sociedade em processos decisórios relacionados ao turismo e à melhoria da qualidade de vida. 9. O ECOTURISTA Tendo em vista as diferentes motivações e comportamentos do ecoturista, é muito difícil a definição de um perfil único para esse turista. Os adeptos do Ecoturismo apresentam perfis diferenciados em função das diversas atividades motivacionais que determinam as características de cada público, abarcando, principalmente, uma faixa etária abrangente. Geralmente, os turistas desse segmento querem ver, sentir, cheirar, tocar e comer o inusitado; leem muito sobre o destino antes de planejar a viagem; anotam perguntas e querem respostas dos guias e do pessoal que os atendem; querem um tratamento personalizado e prezam pela segurança. Fonte: fmer.com.br Entretanto é possível observar alguns elementos comuns e classificar como características do perfil de maior incidência no segmento os indivíduos: • Entre 25 e 50 anos. • Poder aquisitivo médio e alto. • Escolaridade de nível superior. • Profissão de caráter liberal. • viaja sozinho ou em pequenos grupos.• Permanência média no destino: – Nacional: 4 dias. – Internacional: 10 dias. • Procedência de grandes centros urbanos. • Desejo de contribuir para a conservação do meio ambiente. Esse tipo de consumidor, de modo geral, importa-se com a qualidade dos serviços e equipamentos, com a singularidade e autenticidades da experiência, com o estado de conservação do ambiente muito mais do que com o custo da viagem. http://fmer.com.br/site1/esportes-de-aventura/ecoturismo/ Fonte: brazopolis.wordpress.com 10. ECOTURISMO E MERCADO O mercado de atuação do Ecoturismo vem evoluindo rapidamente porque grupos novos de turistas procuram cada vez mais experiências na natureza e tendem a se afiliar a organizações ambientais. Assim, o mercado deve estar atento às tendências do segmento para oferecer produtos e atividades desejadas pelo ecoturista. Nesse mercado existem consumidores que buscam experiências por meio de atividades mais intensas, outros que fazem viagens mais curtas com a finalidade de vivenciar a natureza e alguns cujo objetivo é visitar lugares mais recônditos e áreas mais selvagens. Deve-se levar em conta, portanto, que se trata de um mercado diferenciado e especializado, sem um apelo amplo. O diferencial mais importante dos produtos ecoturísticos é a agregação do valor intrínseco dos recursos naturais. Fonte: slideplayer.com.br Marketing responsável Em relação ao Ecoturismo, o marketing deve ser socialmente responsável, ou seja, envolver, no caso do destino, a instituição, com o objetivo do fortalecimento da sua marca. Esse marketing deve ser balizado pela ética, legalidade e responsabilidade social. A imagem e a marca do produto devem estar ligadas aos princípios do Ecoturismo e do desenvolvimento sustentável, sendo de fundamental importância que os empreendimentos e prestadores de serviços ligados ao Ecoturismo associem seu produto a essa imagem, evitando assim o apelo restritivo do termo ecológico a sua localização geográfica e/ou aos aspectos da paisagem natural. A imagem deve estar intrinsecamente associada a uma conduta e ações realmente responsáveis e preocupadas com a sustentabilidade do meio. O mercado do Ecoturismo deve observar, ainda, que o marketing deve ser associado à responsabilidade ambiental, buscando integrar empresa, fornecedores e sociedade, no intuito de que as ações sejam realizadas fundamentadas na proteção e respeito do meio ambiente. Fonte: setpallets.com.br/ Promoção e comercialização No que tange aos aspectos de promoção e comercialização de Ecoturismo no Brasil, é necessário considerar suas peculiaridades, por envolver especificamente insumos ambientais, políticas públicas, organizações ambientalistas e o próprio mercado. Dessa forma, cabe ressaltar que, no caso do Ecoturismo, os agentes promotores e comercializadores do segmento não são compostos apenas pelo setor privado. Observa-se que o governo também é parte importante da cadeia de produção e distribuição do turismo, devido às atividades e ações desenvolvidas em Unidades de Conservação, cuja gestão é pública. Como outro elo da cadeia, apresentam-se as organizações não- governamentais ambientalistas ou sócio ambientalistas promovendo destinos, serviços e produtos que assumem caráter turístico. No Ecoturismo, o processo de distribuição e comercialização ocorre das seguintes formas: • diretamente aos consumidores – quando as unidades de conservação e os atrativos oferecem atividades diretamente aos turistas e visitantes. • utilizando intermediários – quando os produtos e serviços são oferecidos por meio de operadoras e agências de viagem. • por associações de profissionais autônomos (guias e condutores) – quando as atividades de Ecoturismo são oferecidas de forma acompanhada e orientada desde a recepção até sua prática. A promoção do Ecoturismo deve estar vinculada a um planejamento estratégico da imagem do destino e seus produtos, visando, assim, não só à promoção de destino de Ecoturismo, mas também à prospecção dos produtos aos mercados-alvo detectados em tal planejamento e comercializados por meio da cadeia distributiva do Ecoturismo. 11. REGRAS DE ECOTURISMO -Procure sempre agências autorizadas a operar com ecoturismo. -Verifique se o guia conhece a região e tem treinamento em primeiros socorros e salvamentos. -Para lugares de mata fechada e/ou de difícil acesso, recomenda-se o uso de bússola e carta topográfica. -Só pratique ecoturismo em trilhas oficiais, devidamente mapeadas. -Avise familiares ou amigos sobre o passeio, informando o horário de início e previsto para o retorno. -Mantenha em sua mochila um estojo com material de primeiros socorros. -Jamais se aventure em trilhas com pessoas despreparadas ou com guias inexperientes. -Use calçados e roupas apropriados para cada tipo de trilha. -Leve telefone celular ou radiocomunicação, para solicitar socorro, caso seja necessário. -Tenha, entre os seus apetrechos, apitos (eles são úteis na localização), lanternas e pilhas. -Carregue sempre água e mantimentos adequados para praticantes de longas caminhadas, como barras de nutrientes. -Se não tem experiência, procure trilhas com grau menor de dificuldade. -Não, abuse da sua saúde com passeios que estão além do seu condicionamento físico. Fonte: sinalizacaofacil.com.br Se por acaso você estiver perdido, faça o seguinte: -Mantenha a tranquilidade, procurando acalmar os mais nervosos. -Marque o local de onde se encontra com sinais ou se utilizando de características do ambiente. -Procure sempre o leito do rio, tendo como referência o barulho das corredeiras e cachoeiras. -Permaneça próximo às margens do rio, facilitando o resgate. -Redobre os cuidados para evitar acidentes que possam complicar ainda mais a situação de quem se encontra perdido. -Jamais divida o grupo para buscar socorro ou a saída da trilha Fonte: moradadosguaras.com. 12. TIPOS DE ECOTURISMO O Ecoturismo, novo e importante setor do turismo brasileiro, tem crescido a cada ano e agora começa a ser encarado como excelente alternativa para o desenvolvimento sustentável de inúmeras regiões. Afinal de contas, exercitar o corpo e, no caminho, contemplar a natureza, é tudo que estava faltando para o ser humano enfrentar o dia-a-dia. BÓIA CROS Fonte: estradasetrilhas.com.br No início era apenas uma brincadeira de garotos ousados, que se aventuravam nas corredeiras de rios usando câmara de pneus de caminhão. Mas o número de adeptos do boia-cross aumentou, provocando o desenvolvimento de equipamentos específicos que facilitam as manobras. A câmara-de-ar agora é revestida por uma capa com alças de segurança. Para remar, usam-se os próprios braços, com uma luva especial que auxilia os movimentos, tornando as boias dirigíveis. O praticante pode descer as corredeiras sentado na boia ou de peito sobre ela. A melhor opção é ir deitado de bruços, mais fácil para remar e direcionar a câmara- de-ar desviando de pedras. Assim como no rafting, no boia-cross é necessário informar-se sobre a classificação das corredeiras dos rios. CANOAGEM A canoagem pode ser praticada em águas calmas, no mar ou em corredeiras de rios. O esporte – que faz parte das Olimpíadas desde os Jogos de Berlim, em 1936 -, usa canoas ou caiaques. A canoa mais comum, chamada de canadense, é muito pouco divulgada por aqui. Os caiaques mais usados no Brasil são embarcações fechadas, para um, dois ou quatro remadores, cada um, portanto um remo com duas pás. A canoagem em águas calmas não requer experiência, mas a descida de corredeiras exige técnica e noções de segurança. RAPEL Atividade segura, o rapel é a descida de paredões, abismos e cachoeiras, com o auxílio de cordas. Essa técnicade escalada, utilizada também no caving e no canyoning, pode ser positiva (com apoio dos pés), guiada (com desvio diagonal da trajetória, para evitar torrente) ou fraciosanada (dividido em vários rapéis menores para encontrar um caminho mais seguro). Não é raro ver nas grandes cidades pessoas praticando rapel em pontes e viadutos como forma de treinamento. CAVALGADA Curtir a natureza ao som do trote de um cavalo é um passeio seguro para todas as idades. A cavalgada é um meio eficiente de percorrer longas distâncias e atingir regiões cujo terreno apresenta obstáculos. O cavalo é a melhor forma de se locomover no Pantanal, por exemplo, pois atravessa áreas alagadas, onde há muita água para o veículo motorizado, mas pouca para a travessia de barcos. A figura de um cavalo aparece com frequência em desenhos rupestres, registrando a história de cavalgada, mas apenas noções básicas de equitação, parque que o cavaleiro possa manejar com segurança o animal. Antes de iniciar a cavalgada, o cavaleiro recebe instruções de manejo e aprende a lidar com o equipamento e com o cavalo. Todos os ensinamentos são aprendidos na prática, nos passeios organizados por agências especializadas. VOO LIVRE A asa-delta é fabricada com tecido resistente (dacron), um trapézio de tubos de alumínio (para controlar a direção), um tubo transversal (para sustentar a asa aberta), a quilha (centro de gravidade), dois tubos angulares na ponta dianteira da asa, um cinto e um mosquetão (para prender o piloto à asa). Um voo bem-sucedido depende da checagem dos equipamentos, que devem seguir normas de segurança, das condições climáticas e da experiência do piloto, o que requer um curso especializado. Para experimentar a sensação de voar, deve-se praticar um voo duplo, junto com o instrutor. CANYONING O canyoning é a exploração de cânions usando técnicas de escalada. Embora a vitrina da atividade seja o rapel em cascatas, amplamente praticado no Brasil, o esporte requer conhecimento mais abrangente. O adepto deve ter noções de segurança em rapel e escalada, natação e de espeleologia, que permitam avaliar os obstáculos durante a exploração de cânions e rios sem garganta. O canyoning tem origem franco-espanhola, pois surgiu quando um grupo de espeólogos procurava cavernas nos cânions dos Pireneus – cadeia de montanhas no norte da Espanha e no sul da França. A atividade foi introduzida no Brasil em 1990. TREKKING Com disposição, qualquer um pode aderir às caminhadas que, além de baratas, não requerem equipamentos especiais. Entretanto, desbravar lugares selvagens, cruzando florestas, rios, montanhas e dunas de areia, exige planejamento e, muitas vezes, a companhia de guias experientes. 1. Ecoturismo e desenvolvimento sustentável A gestão responsável e sustentada dos recursos naturais e o respeito à preservação da identidade cultural de populações nativas têm servido às vezes de instrumento de contenção dos anseios e necessidades desenvolvimentistas de muitos países. O simples reconhecimento de que algumas práticas adotadas na expansão das fronteiras em busca do crescimento econômico são nocivas ao meio ambiente e ao homem, não é suficiente. É preciso aceitar o desafio de promover mudanças nas políticas de desenvolvimento e encontrar alternativas para os modelos até agora adotados. Encontrar alternativas de desenvolvimento que tragam melhoria da qualidade de vida das populações locais aliadas à preservação do patrimônio ambiental e cultural tem sido um desafio para todos os envolvidos nesse processo. Aliar desenvolvimento e sustentabilidade dos recursos não é uma tarefa fácil de se executar. Fonte: 99graus.com.br Entre as diversas atividades econômicas que hoje se vislumbra como alternativa de desenvolvimento sustentável para comunidades inseridas em um contexto de necessidade de desenvolvimento em ambientes frágeis está a atividade do ecoturismo, tendo em vista ser uma atividade econômica que se caracteriza por promover o uso sustentável dos recursos buscando a consciência ambiental envolvendo no processo as populações locais. O turismo é uma das atividades socioeconômicas de maior importância em vários países do mundo, chegando até a ser a de maior ênfase em muitos deles. As estimativas atuais são de que o turismo gera uma receita anual de US$ 3,4 trilhões, ou seja, 10,9% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial (Wearing e Neil, 2001). Por essas razões o turismo é muito valorizado por diversos países e, muitas vezes, desempenha um papel importante nas estratégias de desenvolvimento. O turismo é bastante promovido, e os seus representantes são cortejados pelos governos devido ao seu significativo potencial de sustentar o câmbio e os empregos locais. Fonte: vagasdeempregogv.com.br/ Este crescente fluxo turístico torna imperativa a adoção de ferramentas de preparação e controle da atividade nos polos receptores de forma a maximizar os pontos positivos que a atividade irá gerar na localidade e ao mesmo tempo minimizar os impactos negativos que esta atividade normalmente provoca na população autóctone. É baseado nisto que, diversos estudioso vem se preocupando em tornar pública a importância da preservação e do planejamento, de forma concreta e permanente. O turismo é uma atividade que se bem planejada e desenvolvida pode trazer às populações locais benefícios amplos, como oportunidade de diversificação e consolidação econômica, geração de empregos, conservação ambiental, valorização da cultura, conservação e/ou recuperação do patrimônio histórico, recuperação da autoestima, entre outros (WWF, 2003). De todos os tipos de turismo praticados no mundo nenhum cresceu tanto nos últimos anos como o "ecoturismo". O número de ecoturistas que habitualmente visitam áreas naturais – em especial, áreas naturais protegidas ou unidades de conservação – aumentou vertiginosamente em todo o mundo. Do ponto de vista mercadológico, o ecoturismo é um segmento que tem obtido um crescimento considerável, ao longo dos últimos anos. Para os empresários do segmento, a estimativa é de que o crescimento do ecoturismo se situe em 20% ao ano. O faturamento anual do ecoturismo, a nível mundial, é estimado em US$ 260 bilhões, do qual o Brasil se apropriaria com cerca de US$ 70 milhões. O aparecimento do ecoturismo e o seu acelerado crescimento têm suas raízes na insatisfação gerada pelo turismo convencional de massa muito criticado pelo fato de dominar a atividade dentro de uma região, de sua orientação não-local, e o fato de que muito pouco do dinheiro gasto ali efetivamente permanece no local e gera mais recursos, associada ao crescimento mundial da consciência ambiental, contribuindo para aumentar a demanda por experiências mais autênticas, baseadas na natureza e em aspectos culturais, tendo como destino países em desenvolvimento, possibilitando, inclusive, uma alternativa econômica a outras práticas como, por exemplo, a extração de madeira ou monocultura (soja, cana de açúcar, etc.). Devido às muitas formas em que as atividades do ecoturismo são oferecidas por uma grande diversidade de operadores, praticadas por uma variedade ainda maior de tipos de turistas ainda não há um consenso sobre o seu significado. É um termo amplo e vago, sendo para alguns, um subconjunto de atividades turísticas baseadas na natureza; para outros, é um nicho de mercado. De um modo geral, tem-se concebido o ecoturismo como uma atividade que põe o homem em contato com a natureza e com seus semelhantes; que favorece a interação humana: como um fator importante na formação da cultura moderna. Segundo Swarbrooke (2000) o ecoturismo é visto como: -Um turismo em pequena escala; -Mais ativo do que outras formas de turismo; -Uma modalidade de turismo na quala existência de uma infraestrutura de turismo sofisticada é um dado menos relevante; -Empreendido por turistas esclarecidos e bem-educados, conscientes das questões relacionadas a sustentabilidade, além de ávidos por aprender mais sobre estes temas; -Menos espoliativo das culturas e da natureza locais do que as formas "tradicionais" de turismo. Fonte: indikabem.com. Isto é o que diferencia o ecoturismo de outras formas de se fazer turismo. Pode- se dizer que o ecoturismo é mais um conceito de viagem do que um produto de turismo, pois traz consigo uma filosofia de vida que tem como princípio orientador de sua prática a preservação do patrimônio histórico, cultural, natural e humano. É um turismo diferenciado, de pessoas cujo objetivo é interagir com o ambiente e com as comunidades envolvidas em tal ambiente. Quando se fala em ecoturismo, está-se referindo à sustentabilidade, à autenticidade e originalidade dos meios visitados. Além dessas perspectivas, o ecoturismo pode cumprir um papel importante no equilíbrio da balança comercial, com o ingresso de novas divisas, por meio do aumento no fluxo de turistas estrangeiros e da atração de investimentos para a construção de equipamentos turísticos. O ecoturismo poderá constituir-se em um dos alicerces na tentativa de alcançar um modelo sustentável de desenvolvimento, desde que ocorra em áreas naturais, beneficiando o meio ambiente e as comunidades visitadas e que promova o aprendizado, respeito e consciência sobre aspectos ambientais e culturais, gerando harmonia e equilíbrio entre os seguintes fatores: resultados econômicos, mínimos impactos ambientais e culturais, e satisfação do cliente (ecoturista) e da comunidade. Quando bem praticado, pode ser uma alternativa sustentável de exploração e conservação dos recursos naturais dos destinos selecionados, oferece experiências únicas e autênticas ao turista, proporcionando uma vivência real como novas culturas e ambientes, além de oferecer ao mercado oportunidades de pequenas iniciativas locais, valorizando a especialização em determinados segmentos. A atividade ecoturística deve valorizar ao máximo as comunidades locais de entorno de alguma região com atributos ecoturísticos. Para os ecoturistas é muito importante o nível de envolvimento da comunidade local nas atividades ligadas à sua visita. O que se quer é que os habitantes do entorno ou residentes em determinada área com atributos ecoturísticos sejam os mais beneficiados com a atividade. O que se busca é que os habitantes locais tenham na atividade uma forma de sustento e preferencialmente complementar às já existentes. Sejam como guias, como proprietários de pousadas, donos de restaurantes, cozinheiros, motoristas, artesãos, etc. Enfim, a mão-de-obra utilizada na infraestrutura de determinado destino ou produto ecoturístico, deverá absorver ao máximo a mão-de-obra local, e, de preferência, de tal forma que esta seja uma atividade complementar às já existentes. O ecoturismo tem o potencial de criar apoio para os objetivos de conservação, tanto na comunidade local quanto entre os visitantes, pelo estabelecimento e pela sustentação de vínculos entre a indústria do turismo, as comunidades locais e as áreas de proteção. Como os benefícios sociais e ambientais são essencialmente interdependentes, os benefícios sociais, advindos para as comunidades como resultado do ecoturismo, podem acarretar o crescimento global dos padrões de vida, devido ao estímulo econômico gerado pela maior visitação ao local. Igualmente, os benéficos ambientais surgem quando as comunidades são induzidas a proteger os ambientes naturais para sustentar o turismo economicamente viável. Fonte: donafranciscafazenda.com. O ecoturismo como qualquer outra atividade econômica, pode produzir impactos - positivos ou negativos – sociais, econômicos e ambienteis. Mas esses impactos são decorrentes do modo como se planeja, implanta e monitora. Um planejamento turístico deve maximentar os benefícios socioeconômicos e minimizar os custos, visando o bem-estar da comunidade receptora e a rentabilidade dos empreendimentos do setor. O desenvolvimento do ecoturismo deve considerar os seguintes aspectos: -Promover e desenvolver o turismo, em bases cultural e ecologicamente sustentável; -Promover e incentivar investimentos em conservação dos recursos naturais e culturais utilizados; -Fazer com que a conservação beneficie, materialmente, comunidades envolvidas, pois, somente servindo de fonte de renda alternativa, estas se tornarão aliadas de ações conservadoristas; -Ser operado de acordo com critérios de mínimo impacto, de modo a ser uma ferramenta de proteção e conservação ambiental e cultural; -Educar e motivar as pessoas para que percebam a importância de se conservar a cultura e a natureza. O desenvolvimento sustentável é um modelo discutido amplamente, entretanto existe a carência de alternativas que viabilizem sua efetiva implementação. Carentes de recursos as pequenas comunidades precisam encontrar a sua vocação levando- as ao desenvolvimento sustentável proporcionando melhores condições de vida aos seus habitantes. -Pelas suas características o ecoturismo é efetivamente uma alternativa de desenvolvimento sustentável para pequenas localidades. No Brasil temos exemplos de comunidades que se desenvolveram a partir desta atividade. Bonito, no Estado do Mato Grosso, Brotas em São Paulo, Presidente Figueiredo, no Amazonas, são exemplos de comunidades que a partir do ecoturismo aumentaram a qualidade de vida de seus habitantes. -Entretanto em função de seus impactos positivos e negativos deve ser muito bem planejado, para que os benefícios sejam maximizados reduzindo-se ao máximo os impactos negativos resultantes desta atividade. -A participação da comunidade em parceria com a iniciativa privada e o governo é fundamental para desenvolver um plano de ecoturismo que atenda às suas necessidades gerando emprego e renda, melhorando a infraestrutura de serviços básicos, ao mesmo tempo em que desenvolva a consciência dos envolvidos neste processo pela preservação ambiental, fator primordial para a manutenção da atividade. BIBLIOGRAFIA __________________. Ecoturismo na Bahia. Salvador: SEBRAE, 1995. __________________. Segmentação do Turismo: Marcos Conceituais. Brasília: Ministério do Turismo, 2006. __________________. 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