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Aula 1
Evolução histórico-ambiental
Para melhor compreensão dos assuntos que serão abordados, é importante conhecer a evolução histórico-ambiental. Usaremos como base a Conferência Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92, e a Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável, a RIO+20, ocorrida de 13 a 22 de Junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro.
Na atividade turística, é fundamental e necessária a preocupação com o meio ambiente, principalmente nas atividades de Turismo Ambiental.
 
Qual foi o foco principal da Conferência Rio+92? O Turismo foi uma das preocupações?
Segundo o Guia de Desenvolvimento do Turismo Sustentável da OMT, na referida Conferência, foi formulado o documento Agenda XXI, um programa abrangente de ação adotado por 182 governos na Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Conferência da Terra, em 14 de Junho de 1992. Esse documento foi consenso internacional.
 
O programa identifica as questões ambientais e apresenta uma estratégia para mudança de práticas de desenvolvimento de caráter mais sustentáveis.
Sobre Viagens e Turismo, destaca que sendo o turismo uma das maiores indústrias do mundo tem interesse na proteção dos recursos naturais e culturais que representam o centro dos seus negócios.
O documento intitulado: Agenda XXI sobre Viagens e Turismo ,” enfatiza a importância das parcerias entre o governo, a indústria e outras organizações; analisa a importância estratégia e econômica desse setor, demonstra as grandes vantagens em tornar essa atividade sustentável, em vez de simplesmente voltar seu foco para o ecoturismo.”
 
Vejam vocês que a preocupação com a preservação e conservação dos recursos naturais vai além do ecoturismo.
O ambiente e o futuro
Atualmente, a população no mundo soma 7 bilhões de pessoas e deverá chegar a um crescente de 9 bilhões em 2050. Aumenta a demanda por recursos naturais, assim como aumenta a procura por produtos turísticos com base nos atrativos naturais.
Em contrapartida, a desigualdade econômica cresce de forma proporcional ao aumento da população.
A Rio+20 Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável, apresentou a seguinte estratégia para o Turismo Sustentável: 
 
A Conferência poderia sensibilizar o setor sobre a importância do tema.
 
As ações em turismo sustentável foram fundamentadas em dois focos: os meios de hospedagem e os participantes da Conferência, em sua maioria turistas internacionais, como os delegados com representação na ONU.
Para sensibilizar a rede hoteleira para a importância do tema, elaborou-se o documento “ Diretrizes de Sustentabilidade para os meios de hospedagem” em versões completa e compacta. A referida versão foi disponibilizada no site www.rio20.gov.br e divulgado na rede hoteleira por meio eletrônico.
 
Foi uma triste surpresa o pouco interesse do setor empresarial sobre o tema. Pude certificar a informação, tendo em vista ter integrado a Comissão Nacional de Organização da Rio+20 como consultora na área de Turismo Sustentável e Gerente de Projetos, contratada pela ONU.
 
Para os participantes da Conferência, utilizou-se o Programa Passaporte Verde.
Passaporte Verde
Foi lançado pelo Ministério do Meio Ambiente e Ministério do Meio Ambiente como principal ferramenta para atingir o indivíduo. Foram incluídos 50.000 exemplares em (inglês, francês e espanhol) nos kits distribuídos aos participantes da Conferência, nas sacolas recebidas no momento do credenciamento. Foi realizada a distribuição do Passaporte Verde, na rede de hotéis envolvidos com a Conferência, e a inclusão do conteúdo do Programa, no aplicativo oficial da Conferência.
O aplicativo para smartphones e tablets oficial da Conferência apresentava as cidades com destaque para o Turismo Ecológico, atrações locais, o que fazer, tipos de atividades que podem ser desenvolvidas, como chegar, tempo, clima são algumas das informações que continha o aplicativo. 
 
A Campanha Global Passaporte Verde foi uma iniciativa da Força Tarefa Internacional para o Turismo Sustentável e esteve fundamentada nas políticas de consumo e produção sustentáveis.
O que as estratégias significaram? Podemos ter atitudes sustentáveis em um megaevento? Desenvolvimento Sustentável implica em encontrarmos melhores formas de agir com e para a indústria do turismo?
 
Podemos diminuir a pobreza e fazer com que as pessoas consigam bons empregos?
Sim, os empresários do setor de turismo e os gestores municipais podem e devem realizar cursos, treinamentos, enfim, capacitar a comunidade local como forma de inclusão social. 
 
Diminuição e uso racional dos recursos tais como água e energia colaboram na implementação de boas práticas sustentáveis.
 
Mas, afinal que modelo é esse Desenvolvimento Sustentável?
Desenvolvimento Sustentável
Modelo de desenvolvimento que compatibiliza a necessidade de crescimento, redução da pobreza e conservação ambiental:
O Desenvolvimento Sustentável está diretamente ligado com as questões de ordem: ambiental, social, cultural e econômica, de forma harmônica.
Relação com o Turismo Sustentável
O Turismo de Massa utiliza as área naturais, é realizado em condições deficitárias para receber os turistas e visitantes, e ocorre junto com o crescimento desordenado das cidades.
Com isso, surgem novas formas de turismo, como o Ecoturismo e novo modelo de desenvolvimento das atividades turísticas o Turismo Sustentável.
As cataratas do Iguaçu são um Produto Turístico? Todas as atividades desenvolvidas pelos turistas e visitantes são sustentáveis?
 
Vamos recordar primeiramente quais as características do Produto Turístico: 
 
• Bem de Consumo Abstrato. 
 
• Estático. 
 
• Sazonal. 
 
• Avaliação dos Serviços é prestada após a experiência
Certamente, vocês concordam que a maioria dos turistas e visitantes, mesmo que tenham experimentado apreciar as belíssimas quedas d’água das Cataratas do Iguaçu, não apresentou no momento da viagem uma conduta consciente. De certo desconhecem como se portar em ambientes frágeis como os ambientes naturais.
Os principais problemas ambientais relacionados ao Turismo são:
Como construir uma ordem social mais justa, de forma que as divisas advindas do turismo possam contribuir para a produção e distribuição da riqueza, ou seja, reduzir a pobreza, as desigualdades regionais e promover a inclusão social?
As desigualdades diminuíram, ao implementarmos políticas de turismo, centrada nos princípios da Sustentabilidade Ambiental. Tais como: O desenvolvimento das atividades turísticas devem ser planejadas e gerenciadas, de modo a evitar sérios e irreversíveis impactos negativos: ambientais, culturais e sociais.
                       
As desigualdades diminuíram, ao implementarmos políticas de turismo, centrada nos princípios da Sustentabilidade Ambiental. Tais como: O desenvolvimento das atividades turísticas devem ser planejadas e gerenciadas, de modo a evitar sérios e irreversíveis impactos negativos: ambientais, culturais e sociais.
                       Aula 2
Segmento do ecoturismo
O segmento do ecoturismo surgiu para oferecer opção de desenvolvimento sustentável a países e regiões e comunidades locais, proporcionando um incentivo para conservar e administrar a biodiversidade. 
O ecoturismo pode ser uma alternativa, de extração voraz dos recursos naturais, além da geração de empregos e renda, trazendo receita para a gestão e administração das unidades de conservação. 
 
Vamos utilizar o ecoturismo para discutirmos os critérios referente ao Turismo Sustentável, os indicadores do Turismo Sustentável e quais são os passos principais para aplicação do Manejo Sustentável.
Ecoturismo no Brasil
Em uma breve análise informal dos discursos emitidos por palestrantes em Congressos de Ecoturismo, observado ao longo dos últimos treze anos, além da atuação como consultora de ecoturismo no Brasil e no exterior, levou-me a conjeturar sobre o por quê de uma atividade humana tão recente no Brasil, e festejada como redenção, quando, analisada de perto e cientificamente, apresenta problemastão graves e irreversíveis, como a degradação ambiental social e cultural dos locais que a atividade é explorada, e já visto em outras atividades predatórias praticadas pelo homem.
 
Após reflexão e observações empíricas podemos deduzir que o ecoturismo praticado no Brasil induz a ações de lucro imediato, ou seja, o consumo dos recursos naturais até a sua exaustão.
Onde são desenvolvidas as atividades de Ecoturismo no Brasil
Mas onde são desenvolvidas as atividades de Ecoturismo no Brasil? Na maioria das vezes nas comunidades ainda em desenvolvimento? 
Tais como o as regiões Norte e Nordeste do país. Essas comunidades que estão no entorno dos destinos turísticos, necessitam serem inseridas no processo de planejamento turístico como premissa principal para alcançarmos os pontos vitais do desenvolvimento sustentável.
 
Como dito anteriormente, vamos usar como parâmetro o Ecoturismo, para discutirmos quais são os critérios e os passos para o manejo sustentável.
Turismo sustentável
O Ecoturismo evolui no mundo, e o Brasil acompanhou essa evolução. Esse segmento do turismo é um catalisador de mudança, analisa as questões amplas como a Ecologia. Biodiversidade, Igualdade de Acesso, Melhoria da Qualidade de Vida, Indutor de Conservação e Preservação Ambiental. Além de ser veículo de Educação Ambiental, mas é preciso entender que, para todas as esferas, é fundamental a questão da sustentabilidade, ou seja, o turismo sustentável.
Cachoeira da Velha, um dos atrativos naturais da Região do Jalapão, no Tocantins, ainda desenvolve, de forma incipiente, o Ecoturismo e as atividades correlatas a este segmento.
Assim como vários outros destinos turísticos, cuja base do produto são os atrativos naturais.
Vamos recordar quais são os elementos que formam o Produto Turístico: 
• Atrativos naturais + Infraestrutura.
Podemos considerar que o principal passo para o manejo sustentável seja este :
 
• O AMBIENTE não deve ser TRANSFORMADO a fim de atender às EXPECTATIVAS DOS VISITANTES; estes, devem ser PREPARADOS para a EXPERIÊNCIA da visitação.
Ecologicamente aceitável ao longo prazo.
Financeiramente viável. 
Justo para as comunidades locais, sob o ponto de vista social e ético. 
Conservar as tradições e heranças culturais. 
Melhorar a qualidade de vida das comunidades locais. 
A prefeitura multará, a partir de Julho, quem jogar lixo no chão; valores vão de R$ 157,00 a R$ 3.000,00.” 
Fonte . O Globo- Caderno Rio, 10. 04. 2013, pag 9. 
 
Você concorda com essa Lei ? É suficiente para colaborar com a limpeza, inclusive em áreas de turismo ?
Essa lei é uma grande iniciativa, mas faltam campanhas de conscientização ambiental.
Perguntem às pessoas com mais de 40 anos se lembram do Sujismundo? Personagem principal de campanha de sucesso nacional. Transformou-se em símbolo de pessoas que sujavam as ruas. Desde então, não foi criada mais nenhuma campanha. Precisamos de informações diárias para saber e apreender como devemos nos portar nos ambientes. Principalmente, em ambientes frágeis, como os naturais, ou seja, é necessária a formação de consciência ambiental. E essa somente será formada através de muita INFORMAÇÃO. A aplicação da lei é um instrumento e tanto, para colaborar na forma de “ dói no bolso “, não posso poluir o ambiente urbano; desse modo passa ter uma conduta normal e diária.
                       
AULA 3
Breve revisão
Vimos na aula passada quais são os critérios para o desenvolvimento do Turismo Sustentável .
 
Para a Organização Mundial de Turismo no Guia de
Desenvolvimento de Turismo Sustentável, para 
que ocorra a manutenção da sustentabilidade
do turismo, é necessário o gerenciamento 
dos impactos ambientais, sócio econômicos, 
e o estabelecimento de indicadores 
ambientais e a conservação da 
qualidade dos produtos turísticos 
e do mercado turístico.
Entendemos que através de um bom planejamento e a implementação com ferramentas adequadas do turismo, é possível minimizar os impactos negativos nos destinos turísticos, assim como aumentar os impactos positivos. De modo que não ocorra o declínio no ciclo de vida do produto turístico.
Mas e os impactos causados pelos turistas e visitantes? Como identificar e diferenciar estes impactos? 
Os impactos ambientais e suas formas de controle
O excesso de lixo é um dos efeitos mais observados em todos os locais, sejam parques nacionais cujo quais são mais frágeis devidos os atrativos naturais. Podem ser minimizados com adoção de estratégias como a instalação de lixeiras nos locais mais movimentados e a distribuição de recipientes individuais para o armazenamento do lixo, solicitando que o mesmo seja depositado no local de origem do visitante.
Os impactos ambientais e suas formas de controle
No caso da erosão das trilhas, algumas técnicas de drenagem, escoamento, contenção, devem ser adotadas visando a diminuição dos pontos de erosão e alagamento das trilhas. Com adoção de algumas técnicas simples de recuperação de trilhas, evita-se também a abertura de atalhos, que funcionam como um desvio dos obstáculos encontrados pelos visitantes.
 
Muitos dos impactos citados, não têm necessariamente relação direta com a visitação, porém com outras atividades que são desenvolvidas no entorno das Unidades de Conservação, como por exemplo, como a pecuária, a utilização indevida do fogo para limpeza da área, a caça e pesca ilegal.
No que tange ao ecoturismo que discutimos na aula anterior como segmento de turismo realizado em áreas naturais e ou protegidas. Devemos direcionar a prática do ecoturismo e suas atividades para dois aspectos fundamentais de forma a minimizar os impactos causados pelos visitantes: o excesso de visitantes e o traçado incorreto das trilhas. Deve-se, para isso, apresentar um leque maior de oportunidades recreativa ampla e diversificadas assim haverá uma dispersão do fluxo de visitantes, e consequentemente a diminuição da concentração dos impactos em determinadas áreas. 
Os impactos sobre a cultura local
É importante a utilização de técnicas visando a diminuição dos impactos sócios culturais. Observei, ao visitar muitas vezes o Mercado Modelo em Salvador, na Bahia, que não existe mais o cuidado em manter a autenticidade das artes e do artesanato locais. A maioria dos produtos comercializados são industrializados: camisetas, chaveiros, bonés, fitas do Nosso Senhor do Bonfim e assim por diante. É importante informar aos turistas sobre os hábitos locais, estimular a aquisição de produtos em comunidades locais. Conhecer e respeitar a história e crença locais. Podemos compreender que as mudanças culturais sempre irão ocorrer na verdade essa troca é um dos papeis no turismo. Mas essas dinâmicas, que as mudanças ocorreram não necessitam ser “catalisadas” , ou seja, aceleradas pelo turismo.
“O impacto social é a questão mais importante para o turismo sustentável . A questão é avaliar até que ponto os projetos turísticos permitem o desenvolvimento das condições de vida das populações locais ou, ao contrário, até que ponto trazem consequências negativas para a comunidade(...). O impacto social deve permitir uma avaliação cuidadosa dos efeitos do desenvolvimento do turismo em geração de emprego, educação e igualdade sexual”. (BARIOULET & VELLAS, 200)
Vimos até aqui os impactos ambientais e sociais. Vamos conhecer agora os impactos econômicos.
Vocês dirão: Esse é fácil de identificar, podemos exemplificar com o bom momento que atravessa a cidade do Rio de Janeiro, com o número de megaventos: Jornada Mundial da Juventude e a Copa das Confederações, em 2013. No ano seguinte, teremos a Copa do Mundo de Futebol e logo a seguir, em 2016, os Jogos Olímpicos.
Caros alunos com tanto eventos, a economia está aquecida não somente no setor de eventos, em toda a cadeia produtiva e econômica da cidade se beneficiará; serão oportunidades de empregos diretos e indiretos, para todo o país.
A arrecadação de impostos, em todos os níveis de governo, principalmente a nível local. E que esses rendimentos possam ser revertidos em melhoria na infraestrutura da região como estradas,construção de escolas, equipamentos de entretenimento e lazer.
Logo, identificamos de forma clara os impactos econômicos positivos. E os negativos?
A região do sul da Bahia, especificamente Porto Seguro, sofreu na década de 90, com o incremento do turismo; as companhias áreas despejavam literalmente voos lotados de turistas. Com isso atraiu muitos moradores da Região Sul e Sudeste para trabalharem no comercia local. Os preços dos imóveis foram as alturas, a especulação imobiliária afastou para a periferia os moradores locais. Formando com isso bolsões de miséria e pobreza nas proximidades do destino turístico e, como consequência, aumento dos casos de roubos e furtos.
Este lixão é um impacto ambiental? Pode ter sido consequência do turismo?
E a passagem do ano na praia em Porto Seguro? Irá causar somente impactos ambientais?
Na próxima aula, vamos apresentar a importância da Educação Ambiental como ferramenta para a preservação e conservação dos ambientes.
“O vazamento de petróleo da plataforma de petróleo da Petrobras causou poluição nas praias do litoral de São Paulo “
Fonte: O Globo Caderno Economia 23 04 2013 pag 14
 
O fato ocorrido descrito acima é impacto do turismo ou no turismo na região ?
Vamos discutir ?
A poluição das praias no litoral de São Paulo é impacto na cadeia produtiva do turismo na região. Devido ter sido uma consequência do vazamento de petróleo.
Diferente da poluição das praias, causada pelos turistas e visitantes frequentadores das praias em período de alta temporada. Impactos Negativos do Turismo.
AULA 4
A Educação Ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões econômicas, políticas, culturais e históricas., não podendo basear-se em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as condições e o estágio de cada país, região e comunidade sob uma perspectiva histórica. 
 
Assim sendo, a Educação Ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que se conformam o ambiente, com vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfação material e espiritual da sociedade no presente e no futuro.
Essa conceituação acima foi definida na Comissão Interministerial para a preparação da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1991. 
 
De lá para cá muita coisa mudou, inclusive o planeta. As mudanças climáticas naturais e as mudanças causadas pelo homem. Muitas vezes, falta de Educação Ambiental, podemos citar o acúmulo de lixo nos corpos hídricos.
Política Nacional de Educação Ambiental
A Política Nacional de Educação Ambiental foi criada através da Lei Federal nº 9 795, de 27 de Abril de 1999.
Segundo essa Lei, incumbe ao Poder Público nos termos dos artigos 205 e 225 da Constituição Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão ambiental, promovam a educação ambiental em todos os níveis de ensino e o engajamento da sociedade na conservação recuperação e melhoria do ambiente.( art 3º)
As atividades desenvolvidas de Educação e Interpretação Ambiental são importantes ferramentas de sensibilização das pessoas, sob a importância da conservação e preservação ambiental. 
 
Além de estimular mudanças de comportamento, não resta dúvida que essa “Educação Ambiental“ não irá transformar o turista e visitante logo após a experiência. Mas certamente deverá cumprir o papel de formar consciência ambientalista.
Planejamento das ações de Educação Ambiental.
É importante ressaltar que devem ser feito planejamento das ações de Educação Ambiental. 
Uma boa metodologia é a identificação de oportunidades.
Quando visitamos uma área fazemos, as seguintes perguntas internamente:
O que é especial ou inusitado neste local, considerando os aspectos naturais como os culturais?
O que é particularmente interessante e belo na paisagem do lugar?
Quais os recursos locais podem ser usados para ilustrar os problemas ambientais mais discutidos na atualidade ?
Quais as mensagens que os guias podem passar sobre sustentabilidade que os visitantes podem usar no dia a dia. Como, por exemplo, seleção do lixo e posterior reciclagem.
Através do Estudo da Capacidade de Carga e/ou Capacidade de Suporte.
Para analisarmos a capacidade de carga de uma determinada área, precisamos observar a sazonalidade, digo, temporada. Em alta temporada, período de férias e grandes feriados, o fluxo de visitantes chega a duplicar.
É importante destacar a atitude da comunidade receptora é dinâmica modifica-se afetando o estabelecimento da capacidade de carga.
Existem diversas metodologias para o estabelecimento da Capacidade de Carga: O Espectro de Oportunidade de Recreação (ROS), Limite Aceitável de Câmbio (LAC), e o Manejo de Impacto de Visitantes (VIM)
Metodologia LAC
No Brasil, a metodologia mais utilizada é o LAC- Limite Aceitável de Câmbio (a palavra câmbio é mudança em espanhol).
 
A referida metodologia reconhece a importância de observarmos a dimensão social junto com a ambiental, no que se refere ao impactos das atividades turísticas. 
 
Através dessa metodologia, é possível:
 
• Identificar padrões sociais.
• Documentar lacunas entre o limite aceitável e as condições existentes.
• Identificar as ações administrativas.
• Monitorar e Avaliar as ações administrativas;
Vamos conhecer as etapas do Planejamento da Metodologia LAC:
 
• Identificação de problemas e questões.
• Definição e descrição dos tipos de oportunidades.
• Seleção dos indicadores de recursos e condições sociais .
• Elaboração de um inventário de recursos e condições sociais.
• Especificação de padrões dos recursos e indicadores sociais.
• Identificação das alternativas de alocação dos tipos e oportunidades.
• Avaliação e seleção de uma alternativa.
• Implantação das condições de ação e controle.
 
A metodologia LAC- Limite Aceitável de Mudança oferece mais oportunidades para a participação pública condição fundamental para uma boa administração. Em contrapartida, necessita de recursos financeiros para a implementação de fato de todas as etapas para a garantia de sucesso.
Reflexão
Vamos refletir:
 
Nenhum área natural pode ser bem administrada com eficiência e com garantia de sucesso, se não houver apoio dos usuários digo: frequentadores diários, turistas e visitantes.
 
O insucesso se dará sempre que não houver informação adequada acerca da área visitada. 
É fundamental que a aérea ofereça planos e programas de Educação Ambiental e Interpretação Ambiental para melhor compreensão dos processos naturais sobre a fauna e flora local, o que pode ser feito e como poderá ser feito na região. 
 
Não podemos esquecer que, sem vontade política, com apoio financeiro, funcionários capacitados, não se atingem os principais objetivos das Unidades de Conservação, digo, os fins que se destinam de conservação e preservação dos ambientes.
Vamos refletir:
 
“Os impactos são resultados de um processo de interação complexo entre os turistas, as comunidades e os meios receptores e não de uma causa específica”.
 
Para estudar o impacto físico do turismo, é necessário estabelecer:
 
• Os impactos físicos criados pela atividade turística, comparados a outras atividades. 
• Quais eram as reais condições antes de acontecer a atividade turística, para obter referências e fazer comparações, um inventário da fauna e flora.
“O passeio “ecológico”, na realidade, era uma caminhada de cerca de uma hora por uma trilha estreita com placas de propaganda do empreendimento o melhor resort da região”.
 
Depoimento do turista estrangeiro, após fazer o passeio ecológico no Resort no sul fluminense. 
A Educação Ambiental é realmente pratica em atividades de turismo, especialmente o ecoturismo no Brasil?
Infelizmente não!
 
Muitos pesquisadores da área de Educação Ambiental, dentre eles o Prof. Dr. Alexandre de Gusmão Pedrini , que conclui em seu artigo: Ecoturismo com Educação Ambiental: discursos e práticas, que as práticas de “ecoturismo”, e sua respectiva “Educação Ambiental”, não aderem totalmente a nenhuma das diretrizes para uma PolíticaNacional de Ecoturismo como pela Política Nacional de Educação Ambiental. 
 
A Educação Ambiental deveria, sim, ser aplicada ao Ecoturismo e ser caracterizada como um mecanismo fundamental para compensar o risco da atividade econômica.
AULA 5
Vimos, na aula passada, como se caracteriza a Educação Ambiental. E a importância de incorporarmos as dimensões econômicas, políticas, culturais e históricas. Devendo ser consideradas as diferenças regionais, os biomas e a cultura local nos destinos turísticos. 
 
Vamos compreender , hoje, a importância do Estudo de Impacto Ambiental para a atividade turística, assim como do Relatório de Impacto Ambiental o RIMA.
 
A atividade turística de base sustentável tem sido foco é objeto de estudos nas Universidades e Centro de Pesquisa como no Núcleo de Estudos Avançados de Turismo da FGV/RJ.
A atividade turística deve produzir o mínimo de impacto negativo e maximizar os impactos positivos como já discutimos anteriormente. O turismo deve ser uma alternativa econômica para a melhoria da qualidade de vida das populações envolvidas.
 
Ao se construírem os empreendimentos imobiliários como, por exemplo, o resort, em áreas naturais com riqueza de atrativos e recursos, é necessário avaliarmos os impactos que serão gerados com o fluxo de turistas e visitantes na região, além dos impactos causados pela construção.
Obtenção da Licença Ambiental
Para a obtenção da Licença Ambiental, os impactos negativos decorrentes da implantação do empreendimento devem ser previstos, mitigados, e compensados, assim como introduzidas práticas adequadas de gestão na operação, na perspectiva da contribuição especifica do empreendimento à qualidade ambiental e a sua sustentabilidade.
Esses deverão ser regulados mediante o controle e a correção dos danos causados ao ambiente, visando a sua inserção no licenciamento ambiental.
Podem ser aplicadas três modalidades de sanções (penalidades): administrativas, civis, penais. As três esferas de responsabilidade são independentes e a aplicação de uma penalidade administrativa não impede que seja também imposta uma penalidade civil ou penal, e vice-versa.
Estudo Prévio de Impacto Ambiental
De acordo com a Resolução 237/97,pode o órgão competente exigir, ou dispensar da obrigatoriedade do Estudo Prévio de Impacto Ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente( EIA/RIMA – regulamentado pela Resolução CONAMA 001/86) em função da significância do impacto da obra ou atividade.
 
Desse modo, a Resolução estabeleceu princípios para a descentralização do licenciamento ambiental e esclareceu as competências correspondentes aos níveis de governo para a sua realização, dependendo das características e da abrangência deixa claro as competências do órgão ambiental municipal para o licenciamento ambiental do empreendimento e atividades de impacto ambiental local.
Mas, ainda que o licenciamento seja procedido pelos órgãos estadual ou federal de meio ambiente, o município deverá ser ouvido durante o processo de licenciamento e deverá emitir certidão declarando 
que o local e o tipo de empreendimento estão 
em conformidade com a legislação ambiental e de 
uso e ocupação do 
solo aplicável.
É imprescindível que o EIA seja feito por uma equipe multidisciplinar, ou seja, composta por profissionais, de diferentes áreas, trabalhando em conjunto, sendo assim teremos uma visão completa e de maneira competente, de modo a sanar todas as dúvidas e problemas.
Relatório de Impacto Ambiental
O RIMA - Relatório de Impacto Ambiental - é o relatório que reflete todas as conclusões apresentadas no EIA. Deve ser elaborado de forma objetiva e possível de se compreender, ilustrado por mapas, quadros, gráficos, enfim, por todos os recursos de comunicação visual.
Deve também respeitar o sigilo industrial (se este for solicitado) e pode ser acessível ao público. Para isso, devem constar no relatório:
Objetivos e justificativos do projeto e sua relação com políticas setoriais e planos governamentais.
Descrição e alternativas tecnológicas do projeto (matéria prima, fontes de energia, resíduos etc.). 
Síntese dos diagnósticos ambientais da área de influência do projeto. 
Descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação da atividade e dos métodos, técnicas e critérios usados para sua identificação. 
Caracterização da futura qualidade ambiental da área, comparando as diferentes situações da implementação do projeto, bem como a possibilidade da não realização do mesmo. 
Descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras em relação aos impactos negativos e o grau de alteração esperado.
Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos.
Conclusão e comentários gerais.
Fato ao contrário irá ocorrer em destinos turísticos ainda em desenvolvimento, quando a procura pelo destino turístico ainda não ocorre de forma agressiva como por exemplo em Barra Grande, na Bahia.
Mas, como prevenir os impactos e como cobrar a elaboração de um estudo prévio antes do desenvolvimento das atividades turísticas?
 
E como compensar o dano?
A resposta está na pergunta. Através da COMPENSAÇÃO AMBIENTAL.
Vamos discutir a frase abaixo:
“O Brasil possui uma legislação socioambiental abrangente e, comparada com outros países latino-americanos, bastante avançada no reconhecimento de direitos. Falta, porém, organização institucional para implementá-la adequadamente”. 
 
Raul Silva Telles do Valle*
*Advogado, coordenador do Programa de Política e Direito Socioambiental do ISA.
O país é um dos países mais completos e atualizados em LEGISLAÇÃO AMBIENTAL, e reconhecido mundialmente. Mas, na prática, não há efetividade ou eficácia. É necessário principalmente uma melhor fiscalização para a aplicação e cumprimento das leis. Desse modo, será garantida a efetividade na proteção do ambiente.
AULA 6
O que vimos e o que veremos
Vimos, na aula passada, a importância da realização do Estudo de Impacto Ambiental; como se elabora o Relatório de Impacto Ambiental o RIMA.
Vamos compreender, hoje, como é realizado o turismo nas Unidades de Conservação no Brasil: Parques Nacionais e o Turismo de Comunitário.
Esta bela imagem do pôr do sol, no Parque Nacional Lençóis Maranhenses, é um dos atrativos naturais que compõem o produto turístico: Ecoturismo modalidade esta desenvolvida nos Parques Nacionais, ou seja, nas Unidades de Conservação. 
Segundo Maria Carolina Ruas Vermelha e Zysman Neiman, em Turismo Meio Ambiente no Brasil, 2010. “O poder de atração visual que esta paisagem pode exercer sobre as pessoas, acentuando o seu imaginário, e atraindo-as ao contato presencial. O turismo apresenta se como oportunidade de resgate do paraíso perdido.“
O turismo sustentável nas Unidades de Conservação
As Unidades de Conservação e/ou Áreas Protegidas foram criadas no mundo e se expandem a cada dia com a finalidade principal a conservação e a preservação da biodiversidade. Além de funcionarem como veículo de educação ambiental através da prática do segmento do ecoturismo. 
Quando se discute a implementação do turismo sustentável nas Unidades de Conservação, pretende-se alcançar a melhoria da qualidade de vida das comunidades do entorno às unidades de conservação, de modo que se beneficiem do turismo praticado na sua região. Os impactos positivos devem-se sobrepor aos impactos negativos. A cultura local, gastronomia e a história oral devem ser valorizadas, assim como o trabalho das populações locais.
Parques nacional no Brasil
No Brasil, o primeiro parque nacional, criado em 1938, pelo então presidente Getúlio Vargas, foi o Parque Nacional do Itatiaia, na divisa dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Objetivando proporcionar lazer ao habitantes dos três estados da Região Sudeste.
 
A região Sudeste é a região que mais recebe turistas e visitantes do país, não somente representado pelas grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo. Mas, como também Minas Gerais e Espírito Santo.
A diversidade de paisagem: praias, serras, manguezais, cavernas e a o bioma mais ameaçado, a Mata Atlântica, sãoos principais atrativos turísticos. Segundo o dados apresentados pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo IBAMA, em 2009, a Mata Atlântica é a quinta área mais ameaçada, e rica em espécies endêmicas do mundo.
 
Mas, infelizmente, esse bioma está bem reduzido em relação a sua formação origina,l e sua conservação tem sido objeto de muita discussão. Em contraponto, as Unidades de Conservação da região Sudeste colaboram na preservação desse ecossistema tão castigado.
Parque Nacional do Iguaçu é o Parque Nacional mais visitado do Brasil, o seu diferencial é a parceria público e privada de gestão de sucesso com a empresa Cataratas do Iguaçu e ICMBio.
Assim como das atividades turísticas desenvolvidas, como passeio nas trilhas, Macuco Safári, passeio em botes, próximo as quedas d’águas, passeio de helicóptero, e uma infinidade de atrações.
Parque Nacional do Iguaçu foi criado em 1939, pelo Decreto nº 1.035, abriga o maior remanescente de Floresta Atlântica da região sul do Brasil. De acordo com o site oficial, o Parque protege uma riquíssima biodiversidade, constituída por espécies representativas da fauna e flora brasileiras, das quais, algumas ameaçadas de extinção, como onça-pintada, puma, jacaré-de-papo-amarelo, papagaio-de-peito-roxo, gavião-real, além de outras espécies de relevante valor e de interesse.
Os parques nacionais no Rio de Janeiro
O Estado do Rio de Janeiro se destaca por ter quatro parques nacionais:
Parque Nacional da Tijuca, o único parque com floresta urbana no mundo, abrange uma área de 3. 300 hectares que circundam 12 bairros na cidade do Rio de Janeiro. Nesse parque, encontra-se o atrativo artificial mais visitado no Brasil, o Cristo Redentor, além da Pedra da Gávea, Bico do Papagaio, Pico da Tijuca. Além dos atrativos artificiais, como a Vista Chinesa e Capela Mayrink Veiga.
 
Segundo matéria publicada no Jornal O Globo, caderno especial de Meio Ambiente, do dia 05 de Junho de 2013, a Floresta do Parque Nacional da Tijuca guarda surpresas até para os guias, com panoramas únicos e linhas de bonde engolidas pela mata. No fim de abril, o Parque Nacional da Tijuca inaugurou uma escada de madeira que servirá como etapa inicial entre o Alto da Boa Vista e a Mesa do Imperador, um trecho próximo á Vista Chinesa,, onde o D. Pedro II promovia almoços para os aristocratas.
 
O Parque Nacional da Tijuca é uma aula de história, geografia, turismo, enfim, a cultura do nosso país.
O turismo Comunitário
Bem, vamos agora conhecer um pouco sobre o Turismo Comunitário; para ilustrar o tema será apresentado a vocês a experiência do Município de Silves, no Amazonas.
 
O município de Silves, no Amazonas, localiza-se a 300 km de Manaus, em direção á foz do Rio Amazonas, e está assentado numa ilha no Rio Urubu, afluente do Amazonas. Próximo ao município de Itacoatiara. 
As comunidades ribeirinhas dependem da pesca para sua subsistência. Os peixes como tambaquis, tucunarés, pirarucus, são algumas das espécies da ictiofauna da região.
 
A região tornou se atrativo da pesca comercial, com isso, o principal alimento e fonte de renda das comunidades ribeirinhas começaram a se tornar escasso.
Vamos discutir a frase abaixo: 
“O turismo de base comunitária só poderá se desenvolvido, se os protagonistas deste destino forem sujeitos e não objetos do processo. O turismo comunitário em tese favorece a coesão e o laço social e o sentido coletivo da vida em sociedade, e que por essa via promove a qualidade de vida”.
Fonte: David Sansolo 2003.
Para que seja Turismo Comunitário, a comunidade deverá ser valorizada da mesma forma que a natureza, deve haver uma articulação de interesses ente os atores socias representados pelas organizações governamentais e/ou cooperativas. De forma que os benefícios gerados pelo turismo sejam para beneficiar as comunidades, e a sua cultura, história, gastronomia sejam os principais atrativos deste tipo de turismo.
AULA 7
O que vimos e o que veremos
Vimos, na aula passada, como é realizado o turismo nas Unidades de Conservação no Brasil: Parques Nacionais e o Turismo de Comunitário
 
Hoje, iremos conhecer nesta aula a Legislação Ambiental aplicada ao Turismo; aprendemos na nossa quinta aula que um dos instrumentos de Legislação Ambiental é o estudo de impacto ambiental EIA e o Relatório de Impacto Ambiental RIMA, e a Compensação Ambiental.
 
Vamos entender, na aula de hoje, como funciona o sistema ambiental nos municípios, ou seja, nos destinos turísticos brasileiros. E as diferenças das Unidades de Conservação de Proteção Integral de Uso Sustentável.
O sistema ambiental municipal e a legislação
O sistema ambiental municipal deve sempre estar integrado com os sistemas estaduais e federal, compondo o Sistema Nacional de Meio Ambiente e, portanto, deve considerar a articulação de sua legislação com as legislações em outras esferas.
É muito importante destacar que o Município tem competência para legislar em matéria de interesse local e, supletivamente, ao legislador estadual e federal, podendo legislar em matéria ambiental desde que respeitando a norma geral (federal) e a legislação estadual.
Nesse sentido, as leis federais fundamentais para orientar os sistemas municipais de meio ambiente e de turismo são destacadas a seguir:
   Política Nacional do Meio Ambiente.
 
   Sistema Nacional de Unidades de Conservação- SNUC.
 
   Sistema Nacional de Recursos Hídricos – Código das Águas.
 
   Código Florestal.
 
   Política Nacional de Educação Ambiental.
Outros documentos
Outros documentos de referência na área ambiental, que oferecem algumas diretrizes para um turismo mais responsável, são :
 
• Diretrizes para Turismo Aventura.
 
• Diretrizes para Turismo Rural.
 
• Diretrizes para o Mergulho recreativo em áreas protegidas.
 
• Princípios do Turismo Sustentável do CBTS.
 
• Carta de Quebec.
 
• Código de Ética da OMT- Organização Mundial de Turismo.
Nesta aula, vamos destacar os principais aspectos das NORMAS AMBIENTAIS FEDERAIS que devem ser considerados na implementação de políticas municipais de turismo.
Política Nacional do Meio Ambiente
A Lei Federal nº 6938/81 institui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) que estabelece os conceitos, objetivos, princípios e diretrizes da Política Nacional de Meio Ambiente. 
 
O objetivo fundamental dessa Lei é a compatibilização do desenvolvimento socioeconômico com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.
Instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente
Mas, como podemos garantir que os respectivos instrumentos serão utilizados? Está na lei?
Sim, na Constituição Federal que determina que o poder público, para assegurar a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, deve definir em todas as unidades da federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e supressão permitidas através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção.
Unidades de Proteção Integral, cujo o objetivo básico é o de preservar a natureza; não sendo nelas permitida a exploração direta dos recursos naturais, ou seja, a extração desses recursos.
 
Categorias de Unidades de Proteção Integral 
 
Estação Ecológica (EE).
Reserva Biológica (REBIO).
Parque Nacional (PARNA), Estadual ou Natural Municipal.
Monumento Natural.
Refúgio Silvestre.
Unidades de Uso Sustentável, cuja a finalidade é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos seus recursos naturais. A visitação para fins turísticos é permitida em todas as categorias de uso sustentável. 
 
Categorias de Unidades de Uso Sustentável 
 
Área de Proteção Ambiental (APA).
Área de Interesse Relevante Ecológico (ARIE).
Floresta Nacional (FLONA), Estadual e Municipal. 
Reserva Extrativista (RESEX).
Reserva da Fauna.
Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS).
Reserva Particular de Patrimônio Natural.
O pedido foi feito para proteger o macaco uacari-branco, espécie estudada por Ayres em seu doutorado.
O nome Mamirauá vem do lago localizadono coração da reserva e seu significado mais aceito é filhote de peixe-boi. Trata-se de um lugar singular: um complexo ecossistema de lagos, lagoas, ilhas, restingas, chavascais, paranás e muitas outras formações, que permanece de 7 a 15 metros debaixo dágua por seis meses no ano
Para que seja Turismo Comunitário, a comunidade deverá ser valorizada da mesma forma que a natureza; deve haver uma articulação de interesses entre os atores socias representados pelas organizações governamentais e/ou cooperativas. De forma que os benefícios gerados pelo turismo sejam para beneficiar as comunidades, e a sua cultura, história, gastronomia sejam os principais atrativos deste tipo de turismo.
AULA 8
Vimos na aula passada a Legislação aplicada ao Turismo. 
 
Vimos como funciona o sistema ambiental nos 
municípios, ou seja, nos destinos turísticos 
brasileiros. E as diferenças das Unidades 
de Conservação de Proteção Integral 
de Uso Sustentável.
Relembrando quais são as leis para proteção do Meio Ambiente:
• Política Nacional do Meio Ambiente; 
• Sistema Nacional de Unidades de Conservação- SNUC;
• Sistema Nacional de Recursos Hídricos – Código das Águas;
• Código Florestal;
• Política Nacional de Educação Ambiental.
Vamos hoje conhecer a gestão e planejamento das Unidades de Conservação e Áreas Protegidas:
 
Para melhor ilustrar a nossa aula, apresentarei a vocês primeiramente o Caso de Bonito no Mato Grosso do Sul, como foi discutido e gerenciado o turismo na região. 
 
Posteriormente será apresentado a experiência 
de construção do processo de planejamento 
turístico de base comunitária no município 
de Santa Maria Madalena(RJ), região do 
entorno do Parque Estadual do Desengano, 
pesquisa experiência apresentada pela 
Prof.ª Drª Marta de Azevedo Irving em 
Irving, Marta de Azevedo, 2002 em 
Turismo: O desafio da sustentabilidade.
A cidade de Bonito surgiu no mapa do Brasil em meados do século passado com sua emancipação política e econômica e social do Município de Miranda/MS. As atividades econômicas predominantes desde então foram a pecuária, agricultura e mineração. A vocação turística surgiu a partir de meados da década de 1990, quando a comunidade local começou a perceber o interesse pelas belezas naturais da cidade exerciam sobre os poucos visitantes que recebia. 
Mas após a exibição de uma novela da TV GLOBO dos atrativos naturais da região, centenas de pessoas passaram a ter como opção o então destino turístico em desenvolvimento.
Nesta época como ocorre com destinos em desenvolvimentos a cidade ainda não contava com infra estrutura turística suficiente eram menos de dez hotéis e os serviços oferecidos eram contratados através apenas três agências. 
 
Atualmente existe quase uma centena de empresas que oferecem serviços de hospedagem, trinta agências de turistas e aproximadamente mais de cem de guias credenciados pela Embratur e mais de quarenta sítios arqueológicos abertos a visitação
A divulgação é de responsabilidade das agências de turismo e de todos os serviços da Serra da Bodoquena, desde sítios turísticos, meios de transporte, meios de hospedagem, guias e serviços de alimentação. Os passeios oferecidos e principais atrativos são os naturais, são passeios de botes, flutuação, cachoeiras, mergulho autônomo, caminhadas, circuito rural, prática de arvorismo turismo de aventura e etc.
 
As áreas de visitação são todas privadas e oferecem serviços com limitação diária do número de visitantes e acompanhamento obrigatório de um guia de turismo credenciado pela Embratur.
A Gruta do Lago Azul, por exemplo, recebe no máximo trezentos e cinco visitantes ao dia, em grupos de quinze pessoas acompanhadas por um guia. Estas visitas e divisões de grupo são feitas pela Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio que é responsável pela gruta dentro de uma unidade de conservação. Da mesma forma cada sítio turístico organiza o processo interno de visitação. Para receber os visitantes com equipamentos adequados: roupas, botas, de neoprene, snorkels, coletes, máscaras, no caso de flutuações.
Importante destacar que para iniciar as atividades turísticas, o sitio precisa obter o Licenciamento Ambiental do Poder Público.
Os mais de oitenta guias credenciados pela Embratur por meio de curso técnico profissionalizante para Guia de Turismo Regional e Especializado em Atrativos Naturais trabalham em toda a região da Serra da Bodoquena (Bonito, Jardim, e Bodoquena). Sua presença é fundamental no sistema turístico local, pois nenhum passeio (exceto os balneários e a Ilha do Padre) pode ser feito sem acompanhamento. A ideia é garantir a segurança, bom atendimento e noções de educação ambiental para os visitantes, além de contribuir para a conservação dos recursos naturais e correta utilização da estrutura interna do sítio turístico.
O funcionamento integrado dos serviços turísticos está baseado no estabelecimento de um "voucher” emitido e numerado pela Prefeitura, esta iniciativa surgiu de um Conselho de Turismo de Bonito e Prefeitura local nos idos de 1995. A visitação e o controle dos visitantes, ou seja, da capacidade de suporte dos sítios são feitos de acordo com este instrumento.
 
Bem, caros alunos após a explanação do caso de Bonito, podemos entender que este é um caso de sucesso tendo em vista que a temática ambiental foi adotada durante todo o processo de planejamento turístico assim como da gestão das áreas mesmo sendo áreas privadas. 
 
O objetivo principal deste sistema turístico é a prevenção de impactos ambientais negativos e o fomento de impactos sociais positivos, fato este que pode ser observado na inclusão social, com a participação da comunidade via Conselho Consultivo e Turismo da cidade de Bonito.
O Parque Estadual do Desengano
A experiência da formação do processo de planejamento turístico de base comunitária no município de Santa Maria Madalena (RJ) região do entorno do Parque Estadual do Desengano (PED) considerada uma das áreas de maior destaque devido o bioma Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro, é o caso que iremos conhecer agora: 
 
A região onde está inserido o Parque Estadual do Desengano é de extrema pobreza tendo um dos PIB mais baixos de todo o Estado do Rio de Janeiro. Segundo Irving, Azevedo a população começou a questionar e se mobilizar com relação ás possíveis alternativas e quais as potencialidades existiam na região, para a melhoria da qualidade de vida da população.
Dentre as alternativas apresentadas estava o ecoturismo e o turismo rural. A partir deste momento o Parque Estadual do Desengano - PED passou a ser percebido com um bem de uso público, ou seja, coletivo a ser preservado para a sustentabilidade econômica e ambiental do município. 
 
A partir desta compreensão a população foi gradativamente se engajando nas discussões sobre o assunto, foram realizadas palestras, seminários, oficinas. Realizado o levantamento e mapeamento dos atrativos locais, todas as ações foram desenvolvidas através do processo participativo construiu-se a base de um Plano de Ação.
A importância da participação das comunidades locais
Na região de Santa Maria Madalena, a efetiva participação das comunidades locais no processo de planejamento turístico foi essencial para a sustentabilidade. Assim como garantiu a conservação do patrimônio natural, numa região de extrema importância para o bioma Mata Atlântica.
 
Vejam vocês caros alunos somente a comunidade local é capaz de identificar os problemas, as necessidades, as potencialidades e fragilidades. Este é o primeiro passo no processo de PLANEJAMENTO TURISTICO o levantamento, ou seja, o inventário, a seguir poderá ser elaborado o DIAGNÓSTICO e apresentado ações futuras o PROGNÓSTICO.
Segundo, a serie sobre Os Desafios do Parque Nacionais publicado no Jornal O Globo, durante o período de 19 a 24 de Julho de 2013, um dos grandes desafios para a conservação das áreas protegidas é a gestão.
 
“O incentivo á visitação dos parques nacionais tem potencial para injetar, até 2016, R$ 1,8 bilhão por ano na economia nacional segundo relatórios doPrograma das Nações Unidas para o Meio Ambiente(Pnuma) sobre as Unidades de Conservação brasileiras. O país é que mais cria áreas protegidas mas deixa de lucrar até 1,8 milhão por ano por falta de investimento. No ano dos Jogos Olímpicos, estas unidades de conservação injetariam até 2,2 bilhões nos cofres públicos. Com uma ressalva importante: os ganhos obtidos com ingressos, parcerias e geração de renda nas populações do entorno, só devem alcançar esta dimensão se houver investimento significativo nas áreas protegidas.”
Fato este totalmente oposto ocorre nos Parques Nacionais Americanos, onde tive a oportunidade de estudar todo o mecanismo de administração do Sistema Nacional de Parques. A gestão americana das áreas protegidas é o mesmo modelo adotado nos parques na Costa Rica. Um sucesso!
Vejam vocês alunos o Parque Nacional de Yosemite na Califórnia o parque mais antigo e bem sucedido do mundo. Com um modelo de visitação que favorece quatro milhões de turistas anuais contra os nosso um milhão turistas que visitam o Parque Nacional do Iguaçu.
 
A parte que merece destaque na administração é a proteção do local, tudo é protegido por lei, dos recursos naturais à fauna local. Os impactos consequentes da visitação são periodicamente avaliados, o público participa da gestão, há uma ouvidoria ambiental para ouvir as sugestões e reclamações, e comentários sobre os planos de conservação. 
Mas então o que falta para o Brasil, adotar medidas como estas de sucesso? Vontade política, capacitação, treinamento e/ou engajamento da população?
A África do Sul, como o Brasil tem uma rica biodiversidade é um modelo de gestão de parques. 
 
O Parque Nacional da Table Mountain, no Cabo Ocidental, tem um modelo que se repete nos demais pontos da África do Sul, onde toda a riqueza imensa biodiversidade é de fácil acesso. 
 
Os parques sul africanos arrecadam 360 milhões de turistas pagantes, além de atrair a comunidade local e preservar o meio ambiente.
Vamos concluir a nossa aula de hoje, vimos os seguintes pontos
 
Passos do processo de planejamento turístico:
 
• Levantamento. 
• Diagnóstico.
• Prognóstico.
• Monitoramento.
• Avaliação.
Conhecemos casos de sucesso como Bonito na região centro oeste do país e no interior do estado do Rio de Janeiro, no Parque Estadual do Desengano. 
 
Foi apresentado a vocês o modelo de gestão dos parques nacionais americanos e africanos.
Logo podemos concluir que é prioritária a participação da população no processo de planejamento turístico, assim como na gestão. Gestão esta participativa, irá colher frutos de conservação e preservação.
Sem contar a "injeção de recursos financeiros“ advindas de gestão de sucesso como no caso do Parque Table Moutain na África do Sul. 
 
É importante que os gestores públicos emponderem a população do entorno das áreas protegidas a participarem dos processos, assim como implantação e implementação de políticas públicas eficientes e eficazes.
Para que o turismo seja de fato responsável pela manutenção dos processos ecológicos e da preservação da diversidade biológica e genética, é imprescindível a inclusão das comunidades do entorno dos destinos turísticos no processo de planejamento – tomada de decisões e na gestão do turismo.
AULA 9
As políticas públicas e os planos de turismo
Segundo o Guia de Desenvolvimento de Turismo Sustentável da OMT. A implementação de políticas públicas e dos planos de turismo é de responsabilidade tanto dos setores públicos como do setores privados.
O setor público é responsável pela política, pelo planejamento e pela pesquisa, oferecendo infraestrutura básica, desenvolvendo alguns atrativos turísticos, fixando e administrando padrões de serviços e instalações, estabelecendo e administrando os regulamentos referentes ao uso da terra e á proteção ambiental, determinando padrões para a educação e o treinamento para o turismo, além de estimulá-los, mantendo a segurança e a saúde públicas e responsabilizando-se, ainda por algumas funções de marketing.
Quanto ao setor privado, este é responsável pelo desenvolvimento de hospedagens, de operações de viagens, passeios, organização de eventos, e de outros empreendimentos de infraestrutura local, sem contar os serviços prestados nos atrativos como alimentação, atividades de lazer e entretenimento.
O governo, leia-se as Secretarias de Turismo Estaduais e Municipais devem assumir papel de peso na facilitação e na coordenação do desenvolvimento turístico de um modo planejado e sustentável. Sem contar a importância fundamental no processo de planejamento da comunidade, como vimos na aula passada e das ONGs estes devem se envolver em todo o processo de desenvolvimento do turismo. 
O Programa Nacional de Ecoturismo foi lançado pela Embratur em 1995, sua atuação foi iniciada com a formação de um Grupo Técnico de Coordenação – GTC da Amazônia, sendo este responsável pela implantação de um projeto piloto na região da Amazônia Legal, compreendida pelos Estados do Amazonas, Acre, Amapá Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, e Mato Grosso. Nessa etapa foram definidos nove polos de ecoturismo, um em cada Estado. 
Esses polos foram implementados com recursos advindos do financiamento do BID, na fase inicial do PROECOTUR.
Na área de formação de profissionais para trabalharem este segmento de turismo, para a capacitação de pessoal foram realizadas oficinas e workshops em quase todos os Estados brasileiros, teve como resultado a capacitação de mais de 2000 pessoas. 
Como subproduto foi lançado o Manual Indígena de Ecoturismo, produzido pelo GTC- Amazônia e Ministério do Meio Ambiente/Secretaria de Coordenação da Amazônia. Cartilha esta produzida por antropólogos, indigenistas e especialistas em ecoturismo ,junto com os índios, propuseram princípios e procedimentos para uma visitação ordenada nas suas terras.
Segundo o site do MMA o Programa Para o Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia Legal foi concebido com a finalidade de fomentar diretrizes para o ecoturismo na Amazônia, o PROECOTUR atua no sentido de maximizar os benefícios econômicos, sociais e ambientais dessa atividade. Gerar alternativas para as atividades degradadoras do meio ambiente, criar empregos, renda e oportunidades de negócios de natureza sustentável, são objetivos do Programa.
A meta do programa é viabilizar o desenvolvimento do ecoturismo na Região Amazônica Brasileira, estabelecendo a base de investimentos públicos necessários para a atração de investidores privados. O propósito é estabelecer uma estrutura adequada e implementar as condições necessárias, incluindo os investimentos requeridos, que possibilitarão aos nove estados da Amazônia Brasileira (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) se preparar para administrar suas áreas selecionadas para o ecoturismo de forma responsável e adequada, com planejamento, assistência técnica e capacitação.
O PROECOTUR tem como objetivos específicos:
 
• Proteger os atrativos ecoturísticos;
• Implementar infraestrutura básica de serviços;
• Criar ambiente de estabilidade;
• Avaliar o mercado nacional e internacional; 
• Propor base normativa; capacitar recursos humanos; 
• Estimular a utilização de tecnologias apropriadas;
• Valorizar as culturas locais e contribuir para a conservação da biodiversidade.
Os pré-requisitos envolvem um planejamento cuidadoso nas áreas de ecoturismo selecionadas, avaliação da demanda do mercado, estabelecimento de uma base normativa, treinamentos básicos necessários, assistência técnica e investimentos necessários nos locais priorizados.
Simultaneamente, esta fase do PROECOTUR irá indicar os principais elementos para a segunda fase do programa, baseado nos resultados a serem obtidos nos planos de estudos que estão sendo elaborados em diferentes níveis (Amazônia, estados e polos), e na preparação dos projetos de investimentos públicos requeridos nas localidades selecionadas da região.
O programa foi estruturado em 3 componentes principais e atividades relacionadas:
Plano de ecoturismo para região amazônica
Estratégiapara turismo sustentável na Amazônia Legal: prevê uma avaliação estratégica para determinar o alcance, os principais pontos, as oportunidades e as restrições a serem considerados em relação ao potencial de desenvolvimento do turismo nessa região. Este estudo deverá articular as oportunidades e restrições ao desenvolvimento do turismo sustentável da região nos próximos 10 anos, e servirá de referência para futuros investimentos;
Estratégias estaduais e locais de ecoturismo: estratégias de ecoturismo para os estados do Acre, Amapá e Roraima. As estratégias incluirão recomendações específicas para o potencial dos estados, desenvolvimento do ecoturismo sustentável em áreas geográficas selecionadas e serão usadas como referência para investimentos futuros. Também serão empreendidas estratégias locais específicas de ecoturismo para avaliar as oportunidades do potencial de desenvolvimento sustentável em quatro novas localidades que poderão tornar-se novas áreas prioritárias para ecoturismo; 
Estudos para gerenciamento e/ou estabelecimento de áreas protegidas: (na maior parte Parques Nacionais já existentes e novos Parques Estaduais). Serão preparados planos de manejo para definir claramente a demanda para o uso compatível e incompatível dessas novas áreas. Estes planos também definirão uma infraestrutura em pequena escala necessária às áreas estabelecidas e seus entornos.
Planejamento de ecoturismo dos pólos
Planejamento das áreas priorizadas para ecoturismo: o propósito é preparar e implementar nos polos os planos principais que possibilitem aos estados de Mato Grosso, Pará, Rondônia, Amazonas, Maranhão e Tocantins gerenciar suas áreas de ecoturismo; 
Investimentos chave para os polos: estão sendo efetuados investimentos necessários e vitais em infraestrutura para a proteção das áreas naturais existentes e/ou para facilitar a recepção do ecoturista durante o período de execução do programa proposto;  
Estudos de projetos de infraestrutura para um segundo estágio de investimentos: atividade para financiar projetos para serem implementados na segunda fase.
Fortalecimento institucional
Assistência Técnica e Melhores Práticas: será efetuado o levantamento das melhores práticas para o ecoturismo, englobando a área de gerenciamento de negócios, conservação da biodiversidade e uso de tecnologia apropriada, tais como o uso de energia limpa, tratamento biológico de esgotos, técnicas construtivas apropriadas. Essas práticas serão disseminadas na forma de publicações (manuais) que servirão de base para a oferta de Assistência Técnica aos investidores; inicialmente essa assistência será providenciada para negócios na área de ecoturismo que já estão operando nas áreas selecionadas do programa, em seguida será expandido para os novos investimentos;
Capacitação em ecoturismo: O processo de capacitação do PROECOTUR foi planejado para ser realizado em quatro etapas: Sensibilização, Oficinas de Planejamento, Cursos Específicos e Seminários. As Ações de Sensibilização consistem de reuniões de trabalho com as lideranças comunitárias e oficinas nos municípios dos respectivos polos de ecoturismo da Amazônia. Para a realização das Oficinas de Planejamento foi estabelecido com a EMBRATUR, por meio do Programa Nacional de Municipalização do Turismo – PNMT, Uma parceria entre os dois programas. Os Cursos Específicos o realizados em parceria com Instituições de Ensino que possuam reconhecida experiência na área e representações em todos os estados da Amazônia Legal.
Gerenciamento: o programa financiou o estabelecimento de uma unidade de execução técnica a nível federal e a manutenção de unidades de co-execução a nível estadual.
Polo Amazonas e o processo de reestruturação
É importante destacar que cada polo de ecoturismo passou pelo processo de restruturação, vamos conhecer como o Polo Amazonas:
 
O Estado do Amazonas, tem mais de 50% do território nacional, possui uma área de 1.57 milhões de quilômetros quadrados, tem nas águas de seus rios e na diversidade de paisagens naturais seus grandes atrativos ecoturísticos.
 
Pioneiro na instalação de hotéis no meio da floresta como o Ariau Amazon Tower, Amazon Ecopak dentre outros.
Segundoo Ministério do Meio Ambiente, o estado do Amazonas tem como portão de entrada a capital Manaus, o estado selecionou 14 municípios para compor seu poloecoturístico: além de Manaus, estão inseridos fazem parte do polo Autazes, Barcelos, Careiro, Careiro da Várzea, Iranduba, Manacapuru, Novo Airão, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Silves, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira. A maior parte desses municípios está concentrada nas margens dos três maiores rios da Amazônia: o Negro, o Solimões e o próprio Amazonas. O polo amazonense tem também como marca uma grande concentração de unidades de conservação formando a maior área protegida do planeta (5,7 milhões de hectares), como o Parque Estadual do Rio Negro, a Reserva Ecológica Sauim-Castanheira, a Estação Ecológica das de Anavilhanas e o Parque Nacional do Jaú, transformado no Patrimônio Natural da Humanidade – formando uma das maiores áreas protegidas de florestas tropicais do mundo. A cerca Aproximadamente a de 10 km da capital ocorre um dos grandes espetáculos naturais da Amazônia: o encontro das águas escuras do rio Negro com as águas barrentas do Solimões, que fluem por cerca de sete quilômetros antes de se misturarem, onde a observação de aves e botos é são atrativos adicionais. Paraconcluira nossaaulaapresento a vocêso PassaporteVerde, tiveaoportunidadecomo consultora do Programa das NaçõesUnidas naComissão de Nacional de Organizaçãoda Rio+20 pudeacompanhara produção e o lançamento do GuiaPassaporte Verde. Mas do que se trata este documento? Sabemos queanualmentemais de5 milhões de turistas visitam anualmente o Brasil, eprovocam impactos ambientais nos destinos turísticos. Com a proximidade de grandes eventos como a Copa Mundial de Futebol da FIFA conhecidapopularmente por nós como a Copa do Mundo a ocorreremJunho de 2014. A previsão do Ministério do Turismo é que esse número pule para7,2 milhões deturistas. E nas Olimpíadas serão aproximadamente mais de 380 mil estrangeiros. Com a pressão advinda desta população flutuante sobre a infraestrutura e os serviços, fez com qua o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente- PNUMA produzisseesta campanha na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável Rio+20, uma campanha mundial para que os estrangeiros busquem opções de consumo de baixo impacto ambiental nos países onderealizarão turismo. O objetivo principal da campanha é estimular a reflexão do turismo consciente, seus aspectos econômicos, culturais, sociais e ambientais. Mostrando aosturistas que através de atitudes simples, como o uso racional dos recursos naturais, consumo consciente, podemos favorecer a implementação do TURISMO SUSTENTÁVEL. Vimos então na aulade hoje asPOLITICAS PÚBLICASpara oTURISMO SUSTENTÁVEL, foi utilizado como norteador de toda a discussão oECOTURISMO. É importanterefletimos quea implementação dasPOLITICAS PÚBLICASsomente ocorrerão de direito e de fato se houvercomprometimento político ea participação da sociedade.
“Cartão-postal das belezas do maior arquipélago fluvial do mundo, as Anavilhanas são um mar de contradições. Com 30% de sua área em Manaus, controlar o ingresso nesta região é praticamente impossível, segundo estimativas feita por operadores de turismo aproximadamente 30 mil visitantes passam pelo arquipélago”.
Sim, é praticamente impossível o controle de visitante em regiões com essas dimensões. Na verdade há necessidade da implementação de direito e de fato de Politicas Públicas como o Programa Nacional de Ecoturismo cumprir o seu papel e atender as diretrizes.
AULA 10
Olá pessoal chegamos a nossa última aula da disciplina de Turismo Meio Ambiente e Sustentabilidade.
Vamos recordar todos os conceitos apresentados ao longo das aulas anteriores, principalmente entender a diferença entre DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E TURISMO SUSTENTÁVEL. 
Iniciamosa disciplina apresentando à vocês o conceito de Desenvolvimento Sustentável, adotado pela ONU- Organização das Nações Unidas, tema de diversas discussões, grandes Conferências das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável como as ocorridas em 1992 a RIO+92 e a RIO +20 em Junho de 2012, ambos os encontros aconteceram na cidade do Rio de Janeiro com a presença de mais uma centena de chefes de Estado.
Modelo de desenvolvimento que compatibiliza a necessidade de crescimento, redução da pobreza e conservação ambiental.
O desenvolvimento sustentável está e deve estar SEMPRE ligado as questões de ordem ambiental, social, cultural, econômica de forma harmônica. 
Como conciliar o crescimento e o desenvolvimento de forma sustentável? Os nossos hábitos diários podem ou influenciam esta questão? Os turistas e visitantes dos destinos turísticos poderão sim colaborar e são parte integrante do processo, estamos nos referindo a ordem social.
Desenvolvimento Sustentável
A sustentabilidade na visão dos brasileiros
Em pesquisa realizada pelo Instituto Proteste - Associação de Consumidores sobre a percepção do brasileiro acerca do consumo ético, termo este bastante em “moda“ para a descrição de produtos e serviços ecologicamente corretos, mostrou uma certa descrença a cerca do tema. A pesquisa foi realizada no Brasil, Espanha, Portugal, Itália, e Bélgica. 
Aproximadamente 81% dos entrevistados acreditam que a ‘responsabilidade social’ é uma mera estratégia de marketing usada por empresas com o objetivo de parecerem respeitáveis aos seus clientes. A visão crítica se estende ao desempenho das autoridades na fiscalização do comportamento dessas instituições e à pouca quantidade de informação disponibilizada para o público.
A pesquisa revela, entretanto, boas perspectivas. O brasileiro acredita que seus hábitos de compra têm grande poder de influência sobre condutas corporativas e mostra ter também bastante consciência ecológica, fator que considera o mais importante na atividade de uma empresa. Uma parte considerável, ao saber que uma instituição desrespeita o meio ambiente, tende a deixar de consumir seus produtos. 
Podemos então concluir, apesar da nossa lucidez enquanto consumidores, punimos pouco as empresas com más condutas ambientais.
Muitos gostariam de consumir mais produtos orgânicos, mas o custo elevado nos afasta desta prática. É compreensível e visível que a sociedade está no caminho certo no futuro nada mais poderá ser descartado não temos espaço no planeta para tantos resíduos. 
Para que os pontos vitais do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL possam ser implementados de direito e de fato é necessário maior investimento em educação e campanhas de conscientização.
Os pontos vitais do desenvolvimento sustentável
A sustentabilidade do ambiente assegura a compatibilidade do desenvolvimento com a manutenção dos processos ecológicos essenciais, bem como a diversidade e recursos biológicos.
A sustentabilidade social e cultural assegura que o desenvolvimento aumenta o controle das pessoas sobre as suas vidas, é compatível com a cultura e os valores morais do povo por ele afetado e que mantém e fortalece a identidade da comunidade. 
A sustentabilidade econômica assegura que o desenvolvimento é economicamente eficaz e que os recursos são geridos de modo que possam suportar as gerações futuras.
Vamos recordar o conceito adotado pela Organização Mundial de Turismo-OMT, é definido da seguinte forma:
 
“O desenvolvimento do turismo sustentável atende ás necessidades dos turistas de hoje e das regiões receptoras ao mesmo tempo em que protege e amplia as oportunidades para o futuro. É visto como condutor ao gerenciamento do todos os recursos, de tal forma que as necessidades econômicas, dos processos ecológicos essenciais, das diversidades biológicas e dos sistemas que garantam a vida“.
Critérios para implementação do turismo sustentável
É importante recordarmos para que seja implantado e implementado o Turismo Sustentável alguns critérios devem ser observados: 
Planejamento da Sustentabilidade;
Respeito à autenticidade sócio cultural das comunidades dos destinos, com o compromisso de conservação de seu patrimônio construído e seu estilo de vida e valores tradicionais, e fortalecimento da compreensão intercultural e tolerância;
Redução de Impactos Negativos;
Otimização do uso dos recursos ambientais, que constituem o elemento chave para o desenvolvimento turístico, com a manutenção dos processos ecológicos e apoio à conservação dos recursos renováveis e da biodiversidade;
Garantia de operações econômicas viáveis, de longo prazo, com a geração de benefícios socioeconômicos para todos os atores envolvidos, incluindo emprego estável e oportunidades de ganhos e serviços sociais às comunidades de destino, de maneira a contribuir para alívio à pobreza.
A adoção destes critérios são parte de uma resposta para os desafios globais da Organização das Nações Unidas para atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio são principalmente a redução da pobreza e a sustentabilidade ambiental.
Educação Ambiental
Educação Ambiental é uma ferramenta que deve ser adotada para minimizar os impactos negativos e maximizar os impactos positivos nos Destinos Turísticos Brasileiros?
Bem, vimos que Educação Ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões econômicas, políticas, culturais e históricas, não podendo basear-se em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as condições e o estágio de cada país, região e comunidade sob uma perspectiva histórica.
Assim sendo a Educação Ambiental deve permitir a compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a interdependência entre os diversos elementos que se conformam o ambiente, com vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na satisfação material e espiritual da sociedade no presente e no futuro. 
 
A adoção medidas como palestras, distribuição de folhetos explicativos, placas de sinalização informativas, em áreas abertas a visitação como os Parques Nacionais, (categorias de Unidades de Conservação onde é permitida a visitação) contribui-se efetivamente como os princípios básicos da Educação Ambiental.
Capacidade de carga ou capacidade de suporte
Entendemos que as atividades desenvolvidas pelos turistas e visitantes poderão determinar a classificação dos impactos em positivos ou negativos, caso não seja observada a CAPACIDADE DE CARGA OU CAPACIDADE DE SUPORTE dos destinos visitados. 
 
No Brasil, apenas um destino turístico controla o número de visitantes, Fernando de Noronha. 
 
Em Fernando de Noronha é cobrada a TPA – Taxa de Preservação Ambiental.
Podemos destacar, a gestão pública de Bonito no Mato Grosso, este destino monitora a capacidade de carga com controle de número de visitantes por dia nos atrativos. Na prática como já apresentado anteriormente funciona da seguinte forma: Mesmo que tenham 500 pessoas interessadas em fazer passeios, a cidade somente abrigará dentro da sua capacidade para não prejudica o meio ambiente.
Cuja a base do cálculo da Taxa de Preservação é obtida em razão dos dias de permanência do visitante ou turista no Distrito Estadual de Fernando de Noronha. Incidirá o valor correspondente a 
A 15 ( quinze) UFIRs- Unidade Fiscal de Referência, calculado sobre dez dias. 
O fator que controla de direito e de fato a capacidade de carga é o custo para permanecer no destino, valor da Taxa de Preservação Ambiental, que se referir aos dias excedentes ao período inicialmente previsto será cobrado em dobro, quando a permanência do visitante ou turista no Arquipélago de Fernando de Noronha não estiver devida e previamente agendada e autorizada pela Administração Geral.
O modelo de controle de capacidade de carga influenciam na atratividade do produto ecoturístico de Fernando de Noronha.
Sim, o turista e visitante do Brasil e de todo o mundo tem no seu imaginário que o Fernando de Noronha é um paraíso intocado. Na verdade a sua preservação e conservação está diretamente relacionada a dois fatores:a distância( valor alto das passagens), ou seja o acesso e os valores cobrados TPA- Taxa de Permanência Ambiental. 
São fatores que diferenciam e influenciam na atratividade do destino.

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