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Facebook: CP IURIS Instagram: @cpiuris Email: contato@cpiuris.com.br www.cpiuris.com.br QUESTÕES – PORTUGUÊS 8 1- Leia o texto abaixo para responder a questão. Da Alegria Fico comovido toda vez que ouço o finalzinho da música que Chico Buarque escreveu para a filha recém-nascida, dizendo o seu melhor desejo: “... e que você seja da alegria sempre uma aprendiz...” Haverá coisa maior que se possa desejar? Acho que não. E penso que Beethoven concordaria: ao final de sua maior obra, a Nona Sinfonia, o que o coral canta são versos da “Ode à alegria” de Schiller. Já o filósofo Nietzsche não se envergonhava de tratar desse assunto de tão pouca respeitabilidade acadêmica (em nossas escolas a alegria não é tópico de nenhum currículo), ele dizia que o nosso único pecado original é a falta de alegria. (Adaptado de: ALVES, Rubem. Tempus fugit. São Paulo: Paulus, 1990, p. 41) No período E penso que Beethoven concordaria, a oração sublinhada exerce a mesma função sintática que a oração grifada em: A) Escreveria sobre a alegria se fosse capaz. B) Mesmo que tente, não consigo ser alegre. C) Eles resolveram se unir para compor uma grande sinfonia. D) O compositor não previu que faria tanto sucesso. E) Seria preferível que você continuasse a compor. Gabarito: D A oração é complemento de “penso”, temos oração subordinada substantiva objetiva direta, ou um objeto direto oracional: E penso que Beethoven concordaria E penso ISTO O mesmo ocorre em: O compositor não previu que faria tanto sucesso. O compositor não previu ISTO. Vejamos a função sintática das demais: (A) Escreveria sobre a alegria se fosse capaz. (oração subordinada adverbial condicional) (B) Mesmo que tente, não consigo ser alegre. (oração subordinada adverbial concessiva) (C) Eles resolveram se unir para compor uma grande sinfonia. (oração subordinada adverbial final) (E) Seria preferível que você continuasse a compor. (oração subordinada substantiva completiva nominal: complemento nominal do adjetivo “preferível”) 2- Leia a tirinha abaixo para responder a questão. No segundo quadrinho, a oração é subordinada A) substantiva subjetiva. B) adjetiva explicativa. C) adverbial condicional. D) substantiva objetiva indireta. E) adverbial conformativa. Gabarito: C A oração subordinada é aquela que depende de outra, a oração principal. Observe: Se você não sabe ler (1) e (se você) recebe uma carta de amor (2) você não vai saber o (= aquilo) (3) que está escrito nela. (4) Há três orações subordinadas, as duas primeiras (1 e 2) – que são condicionais (oração subordinada adverbial condicional) E a ultima (4), inicia-se pela partícula “que” que pode ser substituída por “o qual” ou “a qual”, indicando ser um pronome relativo. Identificado o pronome relativo sabemos que ele introduz uma oração subordinada adjetiva. Como não há vírgulas é uma oração subordinada adjetiva restritiva. 3- Leia o texto abaixo para responder a questão. Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue. No período em que se inserem, os trechos “para absolver o presente” (l.13) e “para louvar os bons tempos antigos” (l.14) exprimem finalidades. Gabarito: CERTO Normalmente em textos argumentativos as orações que começam com “para” nos levam a idéia de finalidade. Substitua o “para” no texto por “com a finalidade”, “com o objetivo”, confirmando exprimir a idéia de finalidade. 4- Leia o texto para responder a questão. Karl Marx romancista e dramaturgo? É preciso levar a sério a filha de Marx, Eleanor, quando disse que seu pai “era o mais alegre e divertido de todos os homens”. Em outubro de 1837, com apenas dezenove anos, o jovem Karl compôs uma peça de teatro e um breve romance satírico, inacabados, nos quais ridiculariza e condena as convenções burguesas, o moralismo filisteu, a aristocracia e o pedantismo intelectual. Naquele ano, por indicação médica – pois adoecera por excesso de trabalho –, Marx deixou Berlim e estabeleceu-se, para repousar, em Stralow, uma vila de pescadores. Mas, em vez do descanso, optou por trabalhar intensamente. Foi nesse momento que escreveu as duas operetas contidas no livrinho que a Boitempo oferece agora aos leitores brasileiros: Escorpião e Félix e Oulanem. Essas pequenas obras remetem à atmosfera cultural da Alemanha no período posterior ao Congresso de Viena, com a rejeição romântica do classicismo e a grande difusão da obra de Laurence Sterne, principalmente do seu Tristram Shandy. Esse romance, publicado entre 1759 e 1767, cobre de ridículo os estereótipos literários então dominantes. É dessa fonte literária, além de pitadas de E. T. A. Hoffmann, que o jovem Karl bebe em seu romance Escorpião e Félix, dissolvendo os lugares comuns narrativos num divertido desprezo pela lisura formal do romance clássico. Já Oulanem é um drama fantástico em versos, um suspense gótico. Na criação desse poema-tragédia, ambientado numa aldeia na Itália, o jovem filósofo estava sob a influência dominante de Goethe e, sob essa luz, delineava sua visão da história e sua ideia de que o mundo precisava ser completamente revolucionado. Esse Karl ainda não é o Marx que conhecemos melhor, mas são claros os indícios do futuro filósofo materialista que despontam. (Carlos Eduardo Ornelas Berriel. https://blogdaboitempo.com.br. Adaptado) Os travessões empregados no segundo parágrafo servem ao propósito de isolar uma expressão com função A) resumitiva. B) enumerativa. C) explicativa. D) recapitulativa. E) exemplificativa. Gabarito: C Usa-se o travessão em tês casos: 1. Indicar início da fala de um personagem. 2. Identificar mudança de personagem na fala. 3. Isolar palavras ou frases com sentindo explicativo, tendo mesma função que os parênteses e as vírgulas. 5- Do fragmento que segue foram extraídas cinco orações. Qual delas é uma oração subordinada substantiva objetiva direta? Afastou-se quase sufocada. Compreendi então que estava num banco de jardim. E espantei-me de encontrar em redor tudo em ordem. A lua estava brincando com as nuvens, como se aquele extraordinário acontecimento não alterasse a harmonia do universo. Moviam-se lentamente os tinhorões. A fachada do armazém fronteiro não se tinha desmoronado. E a garça de bronze, à beira da água, levantava a perna inútil com displicência, mostrava-me o bico num conselho mudo, que não percebi. RAMOS, Graciliano. Caetés. 28. ed. Rio de Janeiro: Record, 1998, p. 60. A) ”Afastou-se quase sufocada.” B) “que estava num banco de jardim.” C) “como se aquele extraordinário acontecimento não alterasse a harmonia do universo.” D) “Moviam-se lentamente os tinhorões.” E) “levantava a perna inútil com displicência.” Gabarito: B Compreendi então que estava num banco de jardim. Compreendi então ISSO. Já sabemos que se trata de uma CONJUNÇÃO INTEGRANTE. Usaremos a SUBSTANTIVA, Quem compreende, compreende ALGO, compreende ALGUMA COISA. Sabemos que tem um OBJETO DIRETO. Logo, temos uma ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA (porque é conjunção integrante) OBJETIVA DIRETA (porque o verbo "compreender" não pede preposição) 6- Leia a tirinha para responder a questão. A frase “Se eu resolver isso aqui...” expressa, em relação ao restante do enunciado do terceiro quadrinho, ideia de A) causa. B) condição. C) conclusão. D) proporção. E) comparação. Gabarito: B Se eu resolver isso aqui, vou acabar com o suspense (...) Vou acabar com o suspense com qual condição? Se eu resolver isso aqui. Se eu resolver isso aqui é a condição para acabar com o suspense. Trata-se de oração subordinada adverbial condicional, expressando condição. O vocábulo “se” é uma conjunção subordinativa adverbial condicional. 7- Leia a tirinha abaixo para responder a questão. Combase no texto e conforme a norma padrão escrita, é correto afirmar que: A) o termo ‘ainda’ introduz uma oração subordinada concessiva. B) a palavra ‘sem’ introduz uma oração subordinada condicional. C) o sujeito da forma verbal ‘seria’ corresponde à terceira pessoa do singular no futuro do pretérito do subjuntivo. D) o termo ‘nada’ funciona em oposição a ‘tudo’, ambos pronomes definidos. E) o pronome pessoal do caso reto ‘eu’ refere-se unicamente ao autor do quadrinho. Gabarito: A a) Correta, AINDA QUE é uma conjunção subordinativa concessiva e nesse caso introduz uma oração. b) conjunção integrante c) futuro do pretérito do indicativo, se fosse do subjuntivo ficaria: quando eu for d) pronomes indefinidos e) remete também a língua portuguesa 8- Assinale a alternativa em que a pontuação foi empregada para separar a oração subordinada adverbial. A) Eis a realidade: vivemos a desmaterialização da cultura. B) Sou um assassino cultural, e você também é. C) Se juntarmos ao pacote o iTunes e a Netflix, você percebe por que eu também tenho o sangue dos cinemas e dos blockbusters nas mãos. D) Havia lá dentro uma bizarria chamada CD – você se lembra? E) E quem fala em livrarias, fala em todo o resto. Gabarito: C Oração Subordinada Adverbial Condicional - marcada pela conjunção "se", expressa uma circunstância de condição com relação ao predicado da oração principal. 9- Leia o Texto: Irmãos em livros Outro dia, num táxi, o motorista me disse que “gostava de ler” e comprava “muitos livros”. Dei- lhe parabéns e perguntei qual era sua livraria favorita. Respondeu que “gostava de todas”, mas, de há alguns anos, só comprava livros pela internet. Ah, sim? Comentei que também gostava de todos os táxis, mas, a partir dali, passaria a usar apenas o serviço de aplicativos. Ele diminuiu a marcha, como se processasse a informação. Virou-se para mim e disse: “Entendi. O senhor tem razão”. Tenho amigos que não leem e não frequentam livrarias. Não são pessoas primitivas ou despreparadas – apenas não têm a bênção de conviver com as palavras. Posso muito bem entendê- las porque também não tenho o menor interesse por automóveis, pela alta cozinha ou pelo mundo digital – nunca dirigi um carro, acho que qualquer prato melhora com um ovo frito por cima e, quando me mostram alguma coisa num smartphone, vou de dedão sem querer e mando a imagem para o espaço. Nada disso me faz falta, assim como o livro e a livraria a eles. No entanto, quando entro numa livraria, pergunto-me que outro lugar pode ser tão fascinante. São milhares de livros à vista, cada qual com um título, um design, uma personalidade. São romances, biografias, ensaios, poesia, livros de história, de fotos, de autoajuda, infantis, o que você quiser. O que se despendeu de esforço intelectual para produzi-los e em tal variedade é impossível de quantificar. Cada livro, bom ou mau, medíocre ou brilhante, exigiu o melhor que cada autor conseguiu dar. Uma livraria é um lugar de congraçamento*. Todos ali somos irmãos na busca de algum tipo de conhecimento. E, como este é infinito, não nos faltarão irmãos para congraçar. Aliás, quanto mais se aprende, mais se vai às livrarias. Lá dentro, ninguém nos obriga a comprar um livro. Mas os livros parecem saber quem somos e, inevitavelmente, um deles salta da pilha para as nossas mãos. (Ruy Castro, Folha de S.Paulo, 07.12.2018. Adaptado) * Congraçamento: ato ou efeito de congraçar(-se); conciliação, reconciliação. A expressão em destaque no trecho “Nada disso me faz falta, assim como o livro e a livraria a eles.” estabelece relação entre as orações com sentido de A) proporção. B) finalidade. C) causa. D) comparação. E) condição. Gabarito: D "Assim como , tal qual , que , mas.. que , menos.. que , quanto etc. " são conjunções que trazem a ideia de comparação entre uma frase e/ou oração e outra. 10- O termo destacado na frase “Pois, se for para chegar lá, que seja para continuar usando algo mais nobre do que apenas os polegares.” forma uma expressão com sentido de A) finalidade. B) origem. C) modo. D) meio. E) causa. Gabarito: A Podemos substituir o “para” por: a fim de, com o objetivo de, com a finalidade de ... Todas essas substituições nos remetem ao sentido de finalidade.
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