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apresentação semana engenharia ifsp

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3ª SEMANA DA ENGENHARIA CIVIL
ALVENARIA ESTRUTUTAL
Eng. Civil Paulo Roberto Amaral Souza
Graduação pela EESC USP em 1996
Mestrado em Construção Civil pela UFSCAR em 2008
Proprietário e Resp. Técnico da empresa ENGEPRAS 
ENGENHARIA LTDA
Tópicos da Apresentação
• Alvenaria estrutural em um contexto 
histórico
• Componentes da Estrutura
• Projetos de Edificações : Concepção, 
Dimensionamento e Apresentação
• Alvenaria Protendida
• Pré-fabricação de paredes de alvenaria
Alvenaria Estrutural
• Estrutura convencional  vedação (conforto
térmico e acústico),estanqueidade, resistência
ao fogo, durabilidade, instalações
• Alvenaria Estrutural  paredes formam
também a superestrutura (substituem as vigas
e pilares)
AE em um contexto histórico
• Sistema construtivo muito tradicional e 
antigo
• No início eram utilizados blocos de pedra e 
argila
• Técnicas e métodos empíricos e/ou 
rudimentares
• Estruturas muito robustas, paredes com 
grandes espessuras;
Exemplos clássicos
• Pirâmides do Egito – 2600A.C – 147m de
altura - 2,3 milhões de blocos com peso
médio de 2500 kg
Exemplos clássicos
• Farol de Alexandria – 280 A.C – Ilha de
Faro : 134m de altura, construído com
blocos de mármore branco
Exemplos clássicos
• Coliseo – Roma – 70 D.C – 50m de altura e
500m de diâmetro (utilização de pórticos
formados por pilares e arcos)
• Edifício Monadnock – Chicago (1891) – marco inicial
• 16 pavimentos, 65m de altura, 
• paredes na base com espessura de 1,80m (métodos 
empríricos) 
• pelos procedimentos atuais, com os mesmos materiais 
teria 30 cm
• Hotel Excalibur – Las Vegas 
• 28 pavimentos em alvenaria armada de blocos de 
concreto
• Resistência à compressão na base de 28 MPa
• Primeiros edifícios elevados construídos construídos no 
Brasil no final da década de 60
• Condomínio Central Parque Lapa (São Paulo – 1972)
• 12 pavimentos em alvenaria armada de blocos de 
concreto
Vantagens da Alvenaria Estrutural
• A alvenaria estrutural se situa entre os sistemas 
industrializados, uma vez que o componente básico de 
seus elementos estruturais, o bloco ou o tijolo, é uma 
peça modular, e o sistema construtivo é racionalizado.
• Fundações : baixas tensões no solo em função da 
distribuição dos carregamentos, redução dos baldrames 
(efeitos arco), revestimentos de menor espessura com 
redução de cargas permanentes.
• Inexistência de formas;
• Menor consumo de aço;
• Redução de tempo de execução das obras
• Redução de entulhos 
Aspectos Negativos do Sistema
• Dificuldade de adaptação da arquitetura 
para novo uso (reformas)
• Interferência entre os diferentes projetos é 
grande
• Mão-de-obra qualificada
Situação atual no Brasil
• Até a década de 80, alvenaria estrutural era 
sinônimo de construção popular, devido ao grande 
número de conjuntos construídos assim. 
• Grande impulso com a migração do sistema para 
edificações altas e de padrão médio, durante a 
década de 90, fez com que se investisse em 
tecnologia e, aos poucos, consolida-se como uma 
opção de construção racionalizada e atraente.
• Normas brasileiras atualizadas e em sintonia com 
as pesquisas desenvolvidas no Brasil e no exterior
Situação atual no Brasil – Normas ABNT
• NBR15270-2 :Componentes cerâmicos - Parte 2: Blocos 
cerâmicos para alvenaria estrutural -Terminologia e requisitos
• NBR15270-3 :Componentes cerâmicos - Parte 3: Blocos 
cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação - Método de 
ensaio
• NBR15812-1 :Alvenaria estrutural - Blocos cerâmicos - Parte 
1: Projetos
• NBR15812-2 :Alvenaria estrutural - Blocos cerâmicos - Parte 
2: Execução e controle de obras
• NBR15961-1 :Alvenaria estrutural — Blocos de concreto -
Parte 1: Projeto
• NBR15961-2 :Alvenaria estrutural — Blocos de concreto -
Parte 2: Execução e controle de obras
• NBR6136:Blocos vazados de concreto simples para alvenaria 
— Requisitos
• Outras normas relacionadas a procedimentos de ensaios, 
argamassas, etc.
Componentes da alvenaria 
estrutural
• “Componente complexo constituído por 
blocos ou tijolos unidos entre si por juntas 
de argamassa, formando um conjunto rígido 
e coeso
• Blocos : resistência da estrutura
• Argamassa : solidarização e distribuição de 
tensões
• Graute : preencher os vazios dos blocos, + 
resistência
• Aço : ductilidade, tração, flexão,
Blocos
• Concreto (ABNT NBR 6136), Cerâmica (ABNT NBR 
15270), Silico-calcário
• Dimensional: tolerância de + 2 para a largura e + 3 para 
altura e comprimento. 
• Paredes com espessura 25mm, parede longitudinal 32mm 
para blocos de 19x19x39
• Retração: 0,065%
• Absorção: 10% em qualquer bloco
• Resistência mínima: fbk : 4,5MPa (6,0 MPa para casos 
aparentes) – Até 16MPa 
Blocos - Dimensões
Argamassa
• ABNT NBR 13281
• Consistência da argamassa deve estar dentro dos 
limites previstos para permitir adequada 
trabalhabilidade, compatível com as ferramentas de 
aplicação 
• As argamassas devem ter resistência inferior à dos 
blocos para permitir acomodação de deformações e 
para que qualquer fissura ocorra nas juntas (ideal 70% 
da resistência do bloco)
Graute
• Micro-concreto (concreto com pedrisco) com 
alta fluidez (slump 20 a 28cm)
• Aumentar a resistência em pontos localizados 
(cargas concentrada, vergas)
• Aumentar a resistência a compressão de uma 
Parede 
• Unir armaduras às paredes
• Avaliação da influência mediante ensaios 
(Eficiência em ensaios ~ 60% Cerâmica e 
100% Concreto)
• Fgk ~ fbk (15 MPa para alvenaria armada)
Aço
• ABNT NBR 7480
• Alvenaria Estrutural Não Armada : finalidade 
construtiva ou de amarração (ductilidade )
• Alvenaria Estrutural Armada : absorver os 
esforços de tração calculados
• Alvenaria Estrutural Protendida : pós-tensionada, 
• Norma de alvenaria com especificação de 
armaduras mínimas e metodologia de cálculo de 
elementos estrututurais
Resistência da Parede
• Depende fundamentalmente dos blocos
• Argamassa tem influência secundária
• Número de furos grauteados
• Geometria do bloco e espessura da junta 
horizontal são fundamentais, juntas verticais
• Determinação da Resistência da Alvenaria 
(ABNT NBR 8949) : Ensaio de paredes ou 70% 
Ensaio de Prisma (Fpk) ou 85% Ensaio de 
Pequenas Paredes ( Fppk) - (ABNT NBR 
15961-2)
• Em ensaios : Concreto Fpk=
Projetos de Alvenaria Estrutural para 
Edificações
• Desenvolvimento de forma sequencial (Arquitetura  Estrutura 
Instalações  Obra)
• Pouca comunicação e falta de compatibilização 
• Pouca preocupação com a construtibilidade
• Execução com baixa qualidade, retrabalho, desperdício, resultados 
insatisfatórios
X
• Otimização de soluções (Arquitetura X Estrutura X Instalações X 
Execução)
• Visão Global com integração e compatibilização das soluções 
construtivas
• Compatibilização entre interface
• Planejamento (antecipação de soluções)
• Influência no custo e qualidade
Informações Iniciais
• Bloco: tipo, dimensões, componentes disponíveis (bloco padrão, 
canaleta, bloco jota, etc)
• Aberturas (portas, janelas, quadro de luz e força)
• Instalações hidráulicas: paredes hidráulicas ?
• Possibilidade de alteração na arquitetura??
• Tipo de laje - altura do pavimento - tipo de escada
• Paredes chegam até o solo, Térreo com pilotis, Subsolos, 
Contenções
• Ático, Equipamentos, Reservatório (abastecimento, incêndio)
• Instalações elétricas e hidráulicas (soluções)
• carregamento distribuído nas paredes
• Tensões no solo (tipo de solo, fundações diretas, várias estacas 
de pequena capacidade)
Instalações
• As instalações têm grande interferência na execução da 
alvenaria pois não há cortes posteriores, execução 
simultânea.
• Minimizá-la deve ser um dos objetivos da 
compatibilização dos projetos.
• Elétrica, telefone, TV : trajetória horizontal pela laje e 
vertical nos vazios dos blocos, pequenos trechos 
horizontais em canaletas grauteadas dentro da alvenaria 
(solução a ser evitada), Caixas instaladas préviamente ou 
após execução da paredes
• Hidráulica : nenhuma tubulaçãodentro de paredes 
estruturais
• Melhor solução são as instalações externas 
(shafts,tubulação horizontal sob laje, sancas, etc)
• Paredes de vedação para embutimento, paredes hidráulicas, 
revestimento + espesso
Instalações
Concepção : Modulação horizontal
• Lançamento das paredes estruturais considerar:
• Necessidades arquitetônicas
• Maior número de paredes < fbk 
• Paredes 2 sentidos > estabilidade
• Definição do tipo de bloco e família (20 ou 15)
• Definição do tipo de amarrações
• Amarração direta > estabilidade / distribuição cargas
• Amarraçã indireta não recomendada (edifícios baixos - 3 
pavimentos)
Concepção : Modulação horizontal
• Uso de blocos especiais para aberturas
• Peças não devem ser cortadas
• Bloco menor = maior flexibilidade, influência no custo.
Concepção : Modulação 
horizontal
• Plantas 1ª e 2ª fiadas
1ª Fiada
Concepção : Modulação 
vertical
• Definição do pé-direito
• Vergas e contravergas
• Tipo de bloco no encontro com a laje (“J”, 
U)
Dimensionamento – Análise Estrutural
• Conceito estrutural básico : As cargas das lajes 
descarregam nos topos das paredes e as paredes conduzem 
as cargas para as fundações ou estruturas de transição 
através de tensões de compressão 
• Tensões de tração somente em pontos localizados
• Carregamentos verticais :Peso próprio, Lajes (permanentes 
e sobrecargas), paredes vedação
• Ações horizontais : vento, desaprumo, empuxo do solo
Dimensionamento – Análise estrutural
• Distribuição de carregamentos verticais nas paredes isoladas (áreas de 
influência, tipo de laje, aberturas) 
• Definição dos grupos de paredes adjacentes
• Interação entre as paredes (espalhamento a 45º)
• Uniformização de cargas (planilhas)
Parede
CARGA 
ISOLADA - 3°
Pav. (kN)
CARGA 
UNIFORMIZA
DA - 3° Pav. 
(kN/m)
CARGA 
ISOLADA -
2° Pav. (kN)
CARGA 
UNIFORMIZA
DA - 2° Pav. 
(kN/m)
CARGA 
ISOLADA -
1° Pav. (kN)
CARGA 
UNIFORMIZA
DA - 1° Pav. 
(kN/m)
Grupo 
1
x1 54,03 86,86 64,77 104,81 75,52 122,77
y1 381,13 86,86 460,34 104,81 539,54 122,77
0,00 86,86 0,00 104,81 0,00 122,77
0,00 86,86 0,00 104,81 0,00 122,77
Grupo 
2
x2 55,22 97,32 66,26 117,26 77,30 137,20
y4 71,46 97,32 86,27 117,26 101,07 137,20
x3 75,74 97,32 91,38 117,26 107,01 137,20
Grupo 
3
x4 151,44 87,17 182,98 105,16 214,52 123,14
y12 133,65 87,17 160,38 105,16 187,11 123,14
x8 131,59 87,17 159,29 105,16 186,98 123,14
Grupo 
4
x5 93,74 90,72 113,25 109,50 132,75 128,29
x6 41,99 90,72 50,38 109,50 58,78 128,29
x9 188,25 90,72 227,69 109,50 267,13 128,29
y9 225,77 90,72 272,26 109,50 318,76 128,29
Grupo 
5
x7 41,99 65,31 50,38 78,71 58,78 92,11
x12 78,98 65,31 94,77 78,71 110,57 92,11
y11 539,94 65,31 651,38 78,71 762,81 92,11
0,00 65,31 0,00 78,71 0,00 92,11
PX1 PX2 PX3 PX4
P
Y
1
P
Y
5 P
Y
6
P
Y
7
P
Y
1
0
P
Y
9
P
Y
8
P
Y
2
P
Y
4
P
Y
3
PX11
PX5
PX6
PX7 PX8
PX9 PX10
Dimensionamento
• Ações horizontais (vento, desaprumo, empuxo do solo) 
• Distribuição conforme geometria e rigidez de cada grupo
• Rigidez –(seção do grupo de paredes e do módulo de elasticidade)
• Amarração entre as paredes, cintas sob a laje do pavimento, tipo de 
laje (diafragma rígido)
• Painéis de contraventamento normais à área de atuação do esforço
• Abas de enrijecimento (80cm)
• Diagrama de tensões e cisalhamento
Parede área
centro de 
inércia
momento 
de Inércia
Rigidez 
relativa
Momento na base 
kn.m
Força 
Cortante 
(kN)
m2 m m4 7o Pav. 6o Pav. 5o Pav. 4o Pav. 3o Pav.
2o 
Pav. 1o Pav. 1o Pav. 
x1 0,221 0,567 0,012 0,012 0,177 0,698 1,539 2,680 4,097 5,645 7,193 0,573
x2 0,167 0,370 0,005 0,005 0,069 0,270 0,597 1,039 1,588 2,188 2,789 0,222
x3 0,125 0,331 0,003 0,003 0,037 0,146 0,322 0,560 0,856 1,180 1,503 0,120
x4 0,104 0,370 0,005 0,005 0,067 0,265 0,584 1,017 1,554 2,142 2,729 0,218
x5 0,211 0,149 0,010 0,009 0,136 0,535 1,180 2,056 3,142 4,330 5,517 0,440
x6 0,211 0,521 0,010 0,009 0,136 0,535 1,180 2,056 3,142 4,330 5,517 0,440
y4 0,291 0,385 0,041 0,003 0,105 0,412 0,909 1,583 2,420 2,420 2,420 0,339
y5 0,283 1,010 0,096 0,007 0,246 0,967 2,133 3,714 5,677 5,677 5,677 0,794
y6 0,273 0,277 0,020 0,001 0,050 0,198 0,437 0,761 1,163 1,163 1,163 0,163
y7 0,286 0,265 0,021 0,001 0,053 0,207 0,458 0,797 1,218 1,218 1,218 0,170
y8 0,319 0,300 0,024 0,002 0,061 0,242 0,534 0,930 1,421 1,421 1,421 0,199
Dimensionamento
• Combinação de ações (estados limites)
• Verificação da resistência necessária para a 
parede (Resistência de prisma mínima)
– Compressão : 
Dimensionamento
• Tensões de Tração:
• Tensões de Cisalhamento :
Apresentação de um projeto de 
alvenaria estrutural
• Planta da 1ª e 2ª fiadas (vãos de portas e 
janelas, pontos de graute, legenda dos 
diferentes tipos de blocos);
• Elevação de cada parede (vergas e 
contravergas, detalhamento de armadura);
• Detalhes de amarrações;
• Compatibilização com os projetos de 
instalações
• Resistências características (prisma, 
argamassa, classificação aço e argamassa)
Apresentação de um projeto de alvenaria estrutural não 
armada - Formas
Apresentação de um projeto de alvenaria estrutural não 
armada - Elevações
Apresentação de um projeto de alvenaria estrutural armada -
Formas
Apresentação de um projeto de alvenaria estrutural armada -
Elevações
Obra de um Galpão em Alvenaria 
Estrutural Armada
Obra de um Galpão em Alvenaria 
Estrutural Armada
Obra de um Galpão em Alvenaria 
Estrutural Armada
Obra de um Galpão em Alvenaria 
Estrutural Armada
Alvenaria protendida
• Técnica utilizada desde fins do séc. XIX
• Eliminação das tensões de tração e aumento da
resistência à flexão
• Maior resistência em paredes submetidas a
carregamento lateral (Silos,Muro de arrimo,Paredes
para fechamento em galpões, Coberturas).
• Vantagens em relação à alvenaria simplesmente
armada
– Utilização eficiente dos materiais.
– Aumento da resistência ao cisalhamento;
– Controle da fissuração e deformação dos
elementos;
Alvenaria protendida
• Inclusão inicialmente na norma britânica em 1985 e
posteriormente na norma americana e australiana,
entre outras;
• Processo de dimensionamento incluso na Norma
Brasileira em 2010 (Anexos da NBR 15812 e NBR
15961)
• Aumentar resistência em paredes submetidas a
carregamento lateral (Silos, Reservatórios, Muro de
arrimo, Paredes para fechamento em galpões,
Coberturas).
Alvenaria Protendida
Coberturas 
;
Recuperação de edificações
Muro de arrimo
Alvenaria protendida
• Critérios de dimensionamento : Tração nula em serviço
• Verificações no dimensionamento:
 Flexão e compressão : Hipóteses da alvenaria
não armada;
 Pressão de contato nas ancoragens:
 Cisalhamento;
Alvenaria protendida
• Dimensionamento da armadura ativa e da força de
protensão (sp<0,70fpu) : Momento Último (Mu), Momento
máximo admissível para a seção fissurada:
FA = FP
(fp.b.x) = Ap.fpe 
Mu = Ap.fpe. z
Mu = fpe . Ap (d – 0,5.x)
Alvenaria Protendida
• Cálculo das perdas de protensão:
– acomodação das ancoragens;
– deformação elástica da alvenaria;
– fluência da alvenaria;
– movimentação higroscópica da alvenaria;
– relaxação do aço;
– atrito;
– efeitos térmicos
Painéis pré-fabricados de 
alvenaria
• Necessidade de modernização no setor da construção civil
• Racionalização do processo construtivo;
• O papel fundamental das vedações verticais : influências
no planejamento, interfaces com os subsistemas,
patologia;
• Da alvenaria tradicional aos sistemas pré-fabricados de
painéis : aumento do potencial de racionalização;
• Utilização em diversos países com predominância de
painéis de concreto e no Brasil a partir da década de 90
(OLIVEIRA 2002);
• Poucas pesquisas relacionadas ao uso de outros materiais
e sistemas desenvolvidos por empresas privadas;
Painéis pré-fabricados de 
alvenaria protendida
• Vantagens :
– Simplificação no processo de produção de painéis (assentamento e protensão
manuais;
– Elementos com menor peso – montagem otimizada;
– Diminuição de custos;
– Eliminação de estrutura de fundaçãopara as paredes;
Pré-fabricação de painéis de 
alvenaria
• Segundo BIA (2001) , são utilizados 2 métodos de produção:
– Assentamento manual;
– Moldagem.
• Exemplos (PARIZOTO FILHO 2004):
– Placa cerâmica protendida (Espanha)
– Painéis Vet-O-Vitz (Estados Unidos)
Pré-fabricação de painéis de 
alvenaria
• Cascas pré-fabricadas de alvenaria cerâmica armada
(OLIVEIRA -2005)
Pré-fabricação de painéis de alvenaria
• Painéis do GDA/LABSISCO/UFSC:
Pré-fabricação de painéis de alvenaria
• Fabricação nacional direcionada para moradias populares: 
Painéis Jet Casa Processos construtivos da empresa DOMINÓ, 
IPT e Jet Casa
Painéis em alvenaria protendida
• Painel não-portante fixado lateralmente aos pilares
• Carregamentos : peso próprio e ação do vento 
• Método executivo baseado no assentamento 
manual tradicional para a alvenaria aparente
• Principais referências normativas : CSA 
S304.1/1994 e ASTM C901/2001
Painéis em alvenaria protendida
• Proposta de 2 Métodos construtivos baseados no assentamento 
manual :
– Execução em uma única etapa com assentamento horizontal sobre base 
nivelada;
– Execução de paredes de tamanho padrão reduzido, unidas posteriomente, 
para protensão
Painéis em alvenaria protendida
• Características dos materiais utilizados no painel
protótipo :
– Blocos cerâmicos Selecta (14x19x39) com
fbk=7,57MPa e fpk=4,76MPa (RANGEL-2006);
– Argamassa 1:0,50:4,50;
– Graute com resistência mínima de 13,50 MPa
– Armadura ativa (Este Industrial) com fpyk=750MPa
• Peso total do painel protótipo : 597 kg
Painéis em alvenaria protendida
Análise experimental
• Avaliação da resistência do painel quando submetido 
a cargas laterais :
– Execução de 2 painéis (métodos de produção distintos)
– Ensaios com aplicação de cargas e medição de 
deformações;
Painéis em alvenaria protendida
Análise experimental
• Dimensionamento do painel :
– Carregamentos : Peso próprio (7,29 kN) e 
Vento (0,60kN/m2);
– Análise estrutural em diferentes situações 
(produção, transporte e montagem, vida útil)
• Painel biapoiado com plano horizontal : 
M=4,13kNm - st= 1.072,73 kN/m2 – Fp = 
179,15kN;
• Ação do vento : M=2,44kN - st= 771,60 kN/m2 –
Fp = 128,86 kN
Painéis em alvenaria protendida
Análise experimental
• Dimensionamento do painel :
– Fp= 112 kN (anterior às perdas para tensão admissível 
de contato)
– Avaliação das perdas com as considerações das normas 
britânica, americana e australiana : 12,94 %;
– Fp = 97,51 kN (Adotado Fp=100kN)
– Momento máximo para tração nula : 2,30 kN
– Momento máximo admissível para a seção fissurada : 
6,13 kN 
– Força cortante máxima V= 117,60 kN
Análise experimental
• Execução dos painéis para os ensaios 
– Painel 1 executado horizontalmente em única etapa 
Análise experimental
• Execução dos painéis para os ensaios 
– Painel 2 executado com o método das pequenas paredes
Análise experimental
• Execução dos painéis para os ensaios 
– Aplicação da protensão
Análise experimental
• Considerações a respeito dos métodos de execução:
– Ambos satisfatórios quanto aos aspectos estéticos e de 
resistência;
– A execução das pequenas paredes apresenta eficiência 
em função do assentamento vertical tradicional, da 
padronização, e da melhor organização do processo 
produtivo;
– A execução em uma única etapa reduz o tempo 
necessário para aplicação da protensão, com 
possibilidade de otimização do processo construtivo;
– Definição do método com base no prazo de execução, 
área de produção e equipamentos disponíveis
Análise experimental
• Análise teórica do ensaio
– Flexão : Mtotal = Mp + Mpp
• Mp= (P/2) x (L/2–0,5)= P
• Mpp = 4,13 kN.m
• P = 2,0kN
– Cisalhamento: Vtotal = Vp + Vpp
• P = 2 x (117,60 – 3,65) = 227,90 kN 
– Deformação 
• d = 2,71 P
• P/d = 0,37 kN/mm (rigidez teórica)
– Ruptura por flexo-compressão
5,00m
P/2 P/2
2,00m 1,00m 2,00m
Gpp
M = Mp + Mpp
Análise experimental
• Esquema de laboratório e Instrumentação do ensaio
• Representação gráfica para cada painel : CargaXdeslocamento (médio)
• Painel já fissurado em função do peso próprio
Análise experimental
• Resultados experimentais para o painel 1
– Plastificação com a carga máxima de 9,30kN
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
0 5 10 15 20 25 30
Deslocamento-d (mm)
C
a
rr
eg
am
en
to
 -
 P
 (
kN
)
fissuração na face superior
fissuração da junta central
Análise experimental
• Resultados experimentais para o painel 2
– Ruptura carga máxima de 8,30 kN
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
0 5 10 15 20 25
Deslocamento-d (mm)
C
a
rr
e
g
am
e
n
to
- 
P
 (
k
N
)
Face superior Junta de uniãoJunta central
Análise experimental
• Análise do desempenho estrutural dos painéis
Pu=2kN
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
0 5 10 15 20 25
Deslocamento - d (mm)
C
ar
re
g
a
m
en
to
 -
 P
 (
kN
)
Curva Experimental Painel 1
Curva Experimental Painel 2
tan  = 0,47
tan  =0,70
tan  = 0,25
tan  =0,70
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
0 5 10 15 20 25 30
Deslocamento-d (mm)
C
ar
re
g
am
en
to
 -
 P
 (
kN
)
Resultados Experimentais Painel 2
Resultados Experimentais Painel 1
Reta teórica Painel 1
Reta teórica Painel 2
•Carga experimental superior à 
teórica
•Comportamento idêntico até 3,50kN
•Validação dos resultados teóricos
•Painel 2 apresentou resistência e 
rigidez superior 
•Influência do método executivo 
(argamassa nas juntas )
Conclusões e Recomendações
• Viabilidade técnica dos painéis em alvenaria 
protendida
• Métodos construtivos propostos 
possibilitaram a execução dos painéis
• Devem ser aprimorados para execução em 
escala industrial
• A protensão aplicada condicionada à 
resistência à compressão do bloco
• Possibilidade de utilização de outro tipo de 
aço 
FIM !!
OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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