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Resumo Germinação P3

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FORMAÇÃO E GERMINAÇÃO DE SEMENTES E ESTABELECIMENTO DE PLANTULAS
As sementes possuem uma grande importância devido ao seu grande significado biológico na perpetuação da maioria das espécies vegetais.
As sementes maduras são muito secas, contendo tipicamente 5% de água em sua estrutura. A semente é como se fosse uma casinha que está abrigando (protegendo) o embrião. O embrião é resultante de um zigoto que foi formado após a fecundação.
A semente madura é formada por três estruturas:
· Embrião
· Endosperma
· Tegumento ou testa (= “ casquinha’’ da semente)
É importante saber que os embriões dos grãos dos cereais são altamente especializados e possuem uma importância agrícola alta e também são muito estudados para uma melhor compreensão acerca da regulação hormonal da mobilização de reservas durante a semente. (Calma, vai chegar nessa parte ao longo do resumo).
A formação da semente se dá em 4 etapas:
· Embriogênese (formação do embrião e do endosperma)
· Enchimento
· Final da maturação
· Abscisão
A embriogênese nada mais é do que a fase que descreve o processo de fecundação (ocorre fecundação ► formação do zigoto ► que se transforma no embrião). No final da embriogênese, ocorrem numerosas mudanças fisiológicas que tornam o embrião apto a resistir a longos períodos de dormência em condições ambientais adversas.
Depois do embrião ser formado, tem-se início do processo de enchimento da semente até sua transformação em uma semente madura. Importante lembrar que é nessa fase que o endosperma é formado.
Durante a morfogênese da semente, o endosperma fornece nutrientes para o embrião em desenvolvimento. As reservas que sustentarão o crescimento inicial da plântula são armazenadas nos cotilédones (em leguminosas os cotilédones armazenam alimento e se mantém até mesmo depois da formação da plântula; já em cereais, o endosperma persiste durante o desenvolvimento da semente e passa a ser o local principal para a armazenagem de amido e proteína). A mobilização dessas reservas para o transporte ao embrião é a função final do endosperma, antes que ele passe por morte celular programada a medida que a plântula se torna estabelecida.
A fase final do desenvolvimento da semente é a maturação, que abrange a aquisição de tolerância à dessecação, que nada mais é que a perda evaporativa de água para a produção de uma semente seca, que é um pré-requisito para o estado quiescente de precede a germinação em muitas espécies vegetais.
Devido a essa tolerância a dessecação, as sementes podem ser ortodoxas (toleram a dessecação e são armazenáveis no estado seco por períodos variáveis) ou recalcitrantes (não sobrevivem a armazenagem, pois possuem um conteúdo de água relativamente alto e metabolismo ativo). 
Durante a formação da semente, o embrião desidrata e entra em uma fase quiescente. A germinação da semente requer a reidratação e pode ser definida como a retomada do crescimento do embrião na semente madura. (Faz uma analogia... a gente não dorme e no outro dia, descansados não levantamos da cama para agir a vida? A semente faz parecido, só que perde água por um período, e só se reidrata quando há condições ambientais e hormonais favoráveis, enquanto isso ela tá lá “descansando”). 
A embebição consiste no processo de absorção de água pelas sementes, resultando na reidratação dos tecidos, condição necessária para ativação de processos metabólicos e para a expansão celular.
O término bem sucedido da germinação depende das mesmas condições ambientais para o crescimento vegetativo: agua e oxigênio devem estar disponíveis, e a temperatura deve ser adequada, contudo, uma semente viável (viva) pode não germinar mesmo se as condições ambientais forem satisfeitas, esse é um fenômeno conhecido como dormência da semente.
Sementes dormentes necessitam de tratamentos adicionais ou sinais para a germinação ocorrer. Depois que a dormência foi superada, a semente é capaz de germinar sob uma gama de condições permissíveis para um genótipo em particular.
Existem diferentes tipos de dormência da semente, a impermeabilidade à agua, limitação mecânica, limitação nas trocas gasosas, retenção de inibidores, e dormência do embrião imposta por fatores fisiológicos e morfológicos (ler material de germinação nessa parte, pág. 10)
Sementes não dormentes podem exibir viviparidade e germinação precoce, isso quer dizer que a semente germina ainda enquanto na planta-mãe, um fenômeno conhecido como viviparidade. A germinação das sementes maduras fisiologicamente na planta-mãe é conhecida como germinação pré-colheita e é característica de algumas culturas de grãos quando amadurecem sob clima úmido.
Os hormônios vegetais também atuam em várias fases do desenvolvimento e crescimento de uma planta. Durante os primeiros estágios do desenvolvimento da semente, a sensibilidade ao ABA (ácido abscisico) é alta e a sensibilidade à GA (giberelina) é baixa, o que favorece a dormência sobre a germinação. Mais tarde no desenvolvimento da semente, a sensibilidade ao ABA declina e a sensibilidade à GA aumenta, favorecendo a germinação. Ao mesmo tempo, a semente torna-se progressivamente mais sensível aos estímulos ambientais, como temperatura e luz, que podem tanto estimular quanto inibir a germinação.
A superação da dormência envolve uma mudança de estado metabólico na semente que permite ao embrião reiniciar o crescimento, através de respostas endógenas e múltiplos fatores ambientais percebidos simultaneamente ou em sucessão.
A luz é um sinal importante na superação da dormência nas sementes pequenas. Muitas sementes tem uma necessidade de luz para germinação (denominada fotoblastia - calma, fala mais dessas em fotomorfogenese ...). Todas as sementes que necessitam de luz exibem dormência imposta pela casca, e a remoção dos tecidos mais externos, permite ao embrião germinar na ausência de luz.
Outros tipos de sementes necessitam de um período de temperaturas baixas para germinar. O tratamento de sementes com temperaturas baixas com a finalidade de superar a dormência é denominado estratificação.
Algumas sementes necessitam de um período pós-maturação, ou seja, uma estocagem seca à temperatura ambiente, antes que possam germinar.
Germinação é o processo que inicia com a absorção de água pela semente seca e termina com a emergência da radícula. A germinação requer quantidades adequadas de água, temperatura, oxigênio e com frequência de luz e nitrato. De todos esses fatores, a água é o mais essencial, pois a absorção de água é necessária para gerar a pressão de turgor que potencializa a expansão celular, que é a base do crescimento e do desenvolvimento vegetativo.
A germinação é dividida em 3 fases que correspondem as fases de absorção de água:
· FASE I – sementes secas absorvem água rapidamente pelo processo de embebição.
· FASE II – a absorção de água por embebição declina e os processos metabólicos começam a serem reiniciados, ocorrendo expansão do embrião e a radícula emerge.
· FASE III – a absorção de água reinicia devido a um decréscimo no potencial hídrico à medida que a plântula cresce, e as reservas de nutrientes das sementes são completamente metabolizadas.
As principais reservas de nutrientes das sementes das angiospermas em geral são armazenadas nos cotilédones e no endosperma. Carboidratos, proteínas e lipídeos são armazenados em organelas especializadas dentro desses tecidos. Nos cereais, o amido é armazenado em amiloplastos, no endosperma. As duas enzimas responsáveis pela degradação inicial do amido são a alfa e beta amilase.
A camada de aleurona nos cereais, é um tecido digestivo especializado circundando o endosperma amiláceo. O embrião, que crescerá em uma nova plântula, tem um órgão de absorção especializado, o escutelo. O endosperma triploide é composto de dois tecidos: o endosperma não vivo consiste em células com paredes celulares finas preenchidas com grão de amido. (Endosperma amiláceo) e a camada de aleurona que circundam o endosperma, as células vivas que estão na camada de aleurona sintetizam e liberam enzimas hidrolíticas no endosperma durante
a germinação. Como consequência, as reservas de nutrientes do endosperma são decompostas, e os açucares solubilizados, aminoácidos e outros produtos são transportados para o embrião em crescimento via escutelo. 
A camada de aleurona possui muitas células responsivas a GA. Torna-se claro que o embrião sintetiza e libera GAs no endosperma durante a germinação. (o desenho está bem auto explicativo, observem na pág 14 ).
As plântulas são muito frágeis, susceptíveis as variações em fatores bióticos e abióticos, o estabelecimento da plântula é o momento em que ela se torna competente para fotossintetizar, assimilar agua e nutrientes do solo, passar pela diferenciação celular e dos tecidos e maturação normais e responder apropriadamente aos estímulos ambientais.
As plantas são capazes de perceber e responder a estímulos direcionais do ambiente que, genericamente, recebem o nome de tropismos.
O gravitropismo em raízes é uma resposta complexa que envolve o deslocamento de amiloplastos e a alteração padrão de distribuição de auxina. Na planta posicionada verticalmente, a auxina é distribuída uniformemente pela circunferência da raiz, promovendo o crescimento uniforme de todas as células. Quando a raiz é posicionada horizoltamente, os amiloplastos se sedimentam no lado inferior, onde também se acumula auxina, reduzindo o crescimento das células desta região em relação as células do lado superior.
A fotomorfogênese modula através da luz o desenvolvimento do vegetal. Seja qual for o ângulo da luz solar, havendo limitação na radiação solar incidente, uma plântula emergente é capaz de curvar-se na direção dela para otimizar a absorção da luz, fenômeno conhecido como fototropismo. Também no fototropismo, a curvatura do caule é resultando da distribuição assimétrica da auxina, a qual se acumula no lado sombreado, fazendo com que o caule se curve em direção a fonte de luz.

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