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Aula 8_classe de palavras II


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Morfologia Portuguesa
Aula 8: Classe de palavras II
Apresentação
Nesta aula, você vai estabelecer a relação entre os verbos e seus reais usos na língua portuguesa, relacionando-os a
outras classes gramaticais no sintagma verbal. Além de observar o problema em relação às interjeições e veri�car o uso
das classes relacionais: conjunção e preposição.
Objetivos
Identi�car e analisar as classes de palavras (classes gramaticais) que compõem o sintagma verbal;
Compreender o papel dos verbos no uso da língua;
Discutir a classi�cação das interjeições como uma classe de palavras.
O Verbo
Quando observamos a etimologia da palavra ‘verbo’, percebemos o
quanto esse elemento é complexo. A palavra verbo origina-se do
latim verbum, que signi�ca ‘palavra’.
"[...] os romanos quiseram dizer que o verbo é a palavra por
excelência, a mais rica, a de morfologia mais farta. O verbo
continua sendo em português a classe de palavras que
assume o maior número de formas �exionadas [...] O que é
menos evidente é que essa riqueza morfológica tem forte
contrapartida semântica: ela faz com que, em qualquer
sentença, seja reservada ao verbo a tarefa de prestar uma
série de informações [...]”"
- (ILARI E BASSO, 2006, p. 112).
Ao estudarmos os verbos, devemos observar que, em uma oração, ele nos transmite muitas informações, que contribuem para
a compreensão acerca das intenções do autor de um texto:
1
Em relação ao tempo em que algo ocorre (presente, passado,
futuro);
2
Em relação ao mundo real ou da fantasia, quando, por
exemplo, uma criança nos conta uma história;
3
Em relação à atitude do falante que pode a�rmar algo, mas
pode, também, modalizar seu discurso usando uma oração
como “Ele estaria no local do crime.”
 Fonte: shutterstock Por Gustavo Frazao
Se observarmos a classe dos nomes substantivos e a classe dos verbos, perceberemos que o substantivo é o núcleo do
sintagma nominal. Esse sintagma nominal pode funcionar sintaticamente, como sujeito, objeto direto, predicativo do sujeito
etc. No entanto, o verbo é o núcleo do sintagma verbal. O sintagma verbal sempre exerce a função sintática de predicado. Vale
lembrar que substantivos e verbos são variáveis; a diferença está no fato de os verbos apresentarem �exão de tempo
(+aspecto), modo e pessoa (+número), enquanto os substantivos apresentam �exão de gênero e número.
 Fonte: shutterstock Por dotshock
Embora saibamos que verbos variam em tempo, número, modo e pessoa, é importante ressaltar que a separação entre as
classes de palavras não é �xa. O verbo pode funcionar como nome ao ocupar o núcleo do sintagma nominal, antecedido ou
não por um determinante, processo muito produtivo na língua.
Exemplo
1. Viver em uma grande cidade é muito perigoso.
2. Todos desejam viver.
1
Modo indicativo - Marca a realidade do fato expresso: há certeza na a�rmação. Esse tempo é usado quando consideramos
como certo, real ou verdadeiro o conteúdo daquilo que é dito ou está escrito. Exemplo: Caminho pela manhã para emagrecer.
2
Modo subjuntivo - Marca a incerteza do fato expresso: não se sabe se o fato expresso pelo verbo ocorre, ocorreu ou
ocorrerá. Esse modo é usado quando se dá como possível, duvidoso ou hipotético o conteúdo daquilo que está escrito ou é
dito. Exemplo: Se eu caminhasse pela manhã, talvez emagrecesse.
3
Modo imperativo - Marca pedido, ordem, súplica, conselho. Exemplo: Caminhe pela manhã e emagrecerá.
Para lembrar: “Vem pra Caixa você também”. O slogan da propaganda da Caixa Econômica causou certa polêmica. Isso
porque a forma verbal ‘vem’ é uma forma da segunda pessoa do singular (tu) do imperativo a�rmativo do verbo ‘vir’. Por isso,
ela con�ita com o pronome de tratamento ‘você’, que pertence à terceira pessoa.
Deixando de lado a discussão sobre ‘pra’ e ‘para a’, de acordo com a prescrição da gramática normativa, a frase deveria
assumir uma das duas formas:
Vem pra Caixa tu também. / Venha pra Caixa você também.
A função dos modos e tempos verbais – Emprego dos modos
verbais:
Saiba mais
Para saber mais, leia o artigo a respeito da formação do subjuntivo e do imperativo.
Emprego dos tempos verbais
Da mesma forma que os modos do verbo veiculam signi�cados, também, ao utilizarmos um determinado tempo verbal,
devemos observar que ele imprime um sentido particular ao nosso texto.
Tempo presente: Pretérito perfeito: Pretérito imperfeito:
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a) O tempo presente do
indicativo é usado para indicar:
um fato atual.
Continue lendo...
Esse tempo verbal é usado
quando estabelecemos limites
na duração da fala.
Continue lendo...
O pretérito imperfeito do
indicativo caracteriza-se por
expressar uma ação
prolongada.
Continue lendo...
Travaglia (2001, p. 212) comenta que é comum crianças, brincando de
casinha, utilizarem o pretérito imperfeito como uma forma de marcar a
irrealidade usando sentenças do tipo “Vamos brincar de casinha? Eu era a
mãe, você era a �lha e ela era a prima que vinha fazer uma visita.”
Exemplo
Algumas pessoas confundem os usos do pretérito perfeito e do pretérito imperfeito. Vejamos:
a. Saiu de casa para viajar pelo mundo. Alguns anos depois, voltava à casa de sua mãe. 
b. Saiu de casa para viajar pelo mundo. Alguns anos depois, voltou à casa de sua mãe.
Embora saibamos que, muitas vezes, os indivíduos utilizam os tempos verbais de forma inadequada, segundo a prescrição, ao
utilizar nas frases acima o pretérito imperfeito temos duas situações:
A O pretérito imperfeito tem-se por parte do falante um indicativo de dúvida quanto à volta do indivíduo àcasa da mãe.
O uso de pretérito perfeito indicaria que o falante acreditava na volta da pessoa em questão à casa de
sua mãe. B
Segundo Ilari e Basso (2006, p. 113), se você ouvisse a frase
“ l f d h ”
http://estacio.webaula.com.br/cursos/morf02/aula8.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/morf02/aula8.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/morf02/aula8.html
“Ele veio para a festa de carro, mas morreu no caminho”,
provavelmente acharia que essa frase soou estranha porque
‘veio’ nos transmite a ideia  de uma ação acabada, fato que
con�ita com o que está exposto na segunda parte da
sentença. No entanto, se disséssemos “Ele vinha para a
festa, mas morreu no caminho” ou “Ele estava vindo para a
festa, mas morreu no caminho”, esse con�ito se desfaz. A
essa distinção entre os tempos do passado, por exemplo,
chamamos de aspecto verbal.
 Fonte:Shutterstock Por Syda Productions
Saiba mais
Para saber mais, leia o artigo sobre aspecto verbal.
Clique nos botões para ver as informações.
Embora seja também um tempo indicativo de passado, seu uso mostra que o processo em questão, ainda que tenha
ocorrido no passado, o fez de forma anterior ao que é indicado pelo pretérito perfeito. Além desse signi�cado, segundo
Garcia (1997, p. 71), esse tempo também indica desejo ou esperança.
Exemplos:
Atualmente, o uso desse tempo verbal está vinculado a ambientes de uso formal da língua. Em textos escritos com menor
formalidade e na fala, é mais comum o emprego da forma composta: ‘eu tinha viajado’ em lugar de ‘viajara’.
Exemplos: 
Ele trabalhara mais do que devia.
Quem me dera eu ganhasse na loto!
Pretérito mais-que-perfeito 
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Representa o fato como não concluído e o situa em um tempo posterior ao presente. Esse tempo indicativo de futuro
atua, basicamente, para mostrar um fato provável de ocorrer.
Exemplo: 
Amanhã, irei à praia.
Embora não seja comum o uso desse tempo verbal com esse signi�cado, o futuro do presente também pode ser usado
em lugar do imperativo, para atenuar uma ordem, fazer um pedido, sugerir algo.
Exemplo: 
“Honrarás pai e mãe”.
Com frequência, substituímos o futuro do presente pela locução verbal formada pelo verbo ir + verbo no in�nitivo, como
em “Vou sair cedo amanhã”.
Futuro do presente 
Representa o fato como não concluído e o situa em um intervalo de tempo no passado. Exprime um fato futuro tomado
em relação ao passado, sendo também usado para indicar dúvida em relação a algo. Usar o futuro do pretéritodemonstra
o grau de comprometimento de quem fala diante do tema tratado.
Exemplo: 
Segundo me disseram, ele depositaria quase trinta mil no banco.
Ao usar ‘depositaria’, tem-se uma hipótese, um fato passível de ter ocorrido, mas, ainda assim, apenas uma possibilidade.
Futuro do pretérito 
Observações gerais
I
O presente do indicativo indica um fato habitual presente, enquanto o pretérito
imperfeito indica um fato habitual passado. 
Exemplos: 
• Eu compro pão todo dia.
• Eu comprava pão todo dia quando morava naquela rua.
II
Em Língua Portuguesa, usa-se o presente do indicativo do verbo estar mais o
gerúndio do verbo para indicar que algo ocorre concomitante ao momento da fala.
Exemplo: 
• Ele sempre come bem, mas hoje não está comendo nada.
As formas nominais do verbo
Os verbos apresentam três formas nominais: o in�nitivo (amar, comer, dormir, pôr, ler), o particípio (amado, comido, dormido,
posto, lido) e o gerúndio (amando, comendo, dormindo, partindo, lendo).
É comum a substantivação do in�nitivo através da presença de um determinante como em ‘seu falar’, assim como o uso do
particípio como adjetivo (‘Ele é malfalado no lugar em que mora). Assim, vale salientar quer o in�nitivo pode assumir o valor de
um substantivo, bem como o particípio pode assumir o valor de um adjetivo e, por isso, são conhecidos como formas
nominais.
 Fonte: Shutterstock Por wavebreakmedia
Saiba mais
Para saber mais, leia o artigo acerca do uso do in�nitivo.
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Problemas em relação ao uso do gerúndio em português
Como o gerúndio tem sido a forma nominal mais problemática nos textos, falaremos um pouco mais sobre ele. Vejamos
o trecho da letra da música a seguir:
Procissão
(Gilberto Gil)
Olha lá vai passando a procissão
Se arrastando que nem cobra pelo chão
As pessoas que nela vão passando
Acreditam nas coisas lá do céu
As mulheres cantando tiram versos
Os homens escutando tiram o chapéu
Eles vivem penando aqui na terra
Esperando o que Jesus prometeu [...]
Analise o uso do gerúndio usado em Procissão.
 Fonte: rawpixel.com - www.freepik.com
O problema em relação ao gerúndio reside no uso de sua forma
composta: frequentemente o verbo ir conjugado + o verbo estar no
in�nitivo + o gerúndio. Dizer Vou estar dormindo na hora da novela
está correto sob o ponto de vista da gramática normativa, já que o
verbo indica uma ação que ocorre no momento de outra. Pode-se
também usar essa estrutura quando dizemos Amanhã, vou estar
trabalhando o dia todo, na qual essa estrutura indica um processo
duradouro e contínuo.
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 Fonte: shutterstock Por GaudiLab
O uso do chamado ‘gerundismo’, ou seja, o uso inadequado do gerúndio, representa um problema quando não queremos
comunicar a ideia de eventos ou ações simultâneas, mas falar de uma ação especí�ca, pontual, em que a duração não é a
preocupação dominante. Nesse caso, o correto é usar ‘vou falar’, pois, assim, indicamos algo que vai acontecer a partir de
agora, do nosso momento de fala: o uso do in�nitivo representa garantia do cumprimento da ação. O uso de ‘Vou estar falando’
em uma situação desse tipo é inadequado porque se perde a referência na ação em si, tornando um evento que deveria ser
preciso, enfocando a ação, em uma situação em curso.
 Fonte: shutterstock Por fizkes
Esse uso do ‘gerundismo’ ocorre, com frequência, em situações de interação por motivos comerciais e é considerado um
problema, tendo em vista o grande número de ocorrências. Podemos observar que não utilizamos uma sentença como ‘Vamos
estar tomando uma cerveja’, porque soa de forma arti�cial.
Reportagem sobre o uso do gerúndio
Leitura
Leia o artigo acerca do uso dos particípios.
Verbos e esvaziamento semântico: a questão do vocabulário
Clique nos botões para ver as informações.
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Todo ser humano normal aprende a falar a língua do grupo social ao qual pertence.  É preciso, no entanto que essa fala
seja re�nada pela escola; não devemos alimentar a ideia de que a fala é um ‘vale-tudo’. A escola faz com que nos
preocupemos muito mais com nossa escrita do que com nossa fala. Sabemos que aprender a modalidade escrita da
língua depende, em um primeiro momento,  de uma instrução adequada. Aprimorá-la passa por processos como o de
organização sintática, de planejamento e de seleção vocabular. Se falarmos em um ambiente de maior formalidade, faz-se
necessário o monitoramento e isso também ocorre na escolha de palavras que consideramos mais adequadas ao
ambiente. Discutiremos a seguir a questão da escolha de verbos para compor um texto.
1 
Alguns verbos também se comportam assim. Analisemos os vários signi�cados do verbo pôr nas sentenças a seguir: 
a) O funcionário pôs o aviso na parede. (= pendurou, colou)
b) O diretor pôs o dinheiro no banco. (= depositou)
c) Os pais sempre põem a culpa nos �lhos. (= culpam os �lhos)
d) O médico pôs a luva para a cirurgia. (= vestiu)
e) A bibliotecária pôs os livros na estante. (= guardou)
2 
Há outros casos como os dos verbos ver, ter, fazer, dentre outros, cujos empregos são mais amplos que outros mais
especí�cos. Por exemplo:
O verbo ver pode ser substituído por observar, contemplar, distinguir, espiar, �tar etc.
O verbo dizer utilizado frequentemente em lugar de a�rmar, revelar, declarar, anunciar, publicar.
O verbo fazer substituindo os verbos realizar, promover, determinar, estabelecer, �xar, aprovar, provocar, integrar, inaugurar
etc.
3 
Formas e Classi�cações de Neologismos
Os neologismos podem ser apresentados sob algumas formas e classi�cações, a �m de que se compreendam as suas
implicações para o dinamismo da língua.
Advérbios:
A classe dos advérbios funciona
como modi�cadora do processo
verbal.
Continue lendo...
Conjunção:
Consiste em uma classe de
palavras invariáveis que unem
termos de uma oração ou
orações.
Continue lendo...
Preposição:
É a palavra invariável que atua
como conectivo entre palavras
ou orações, estabelecendo
sempre uma relação de
subordinação.
Continue lendo...
http://estacio.webaula.com.br/cursos/morf02/aula8.html
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Leitura
Veja o que os professora Pasquale e Infante dizem sobre as interjeições.
Notas
Tempo presente (Continuar lendo…)
Exemplo: Estamos na praia.
b) algo que acontece habitualmente. 
Exemplo: Sempre tomo café após o almoço.  
c) algo que representa uma verdade universal. 
Exemplo: O sol nasce todas as manhãs.
d) um fato futuro próximo a acontecer e de realização considerada certa. 
Exemplo: Amanhã, viajamos para Paris.
e) o presente histórico, ou seja, aparece na narração de um fato passado, como forma de realçar esse acontecimento.
Exemplo: Em 22 de abril de 1500, chega ao Brasil a nau de Cabral.
Pretérito perfeito (Continuar lendo…)
Representa um fato concluído. Chama-se ‘perfeito’ porque, ao usá-lo, acredita-se que a ação tenha sido levada até o �m.
Pretérito imperfeito (Continuar lendo…)
Não sendo possível esclarecer sobre a ocasião em que ela terminou ou teve início. Esse tempo verbal também é conhecido
como o ‘tempo das fábulas’: ao dizer “Era uma vez” a pessoa que emite essa fala faz-nos passar do mundo real ao mundo da
fantasia.
O uso mais frequente do pretérito imperfeito é para indicar algo habitual no passado. “Eu caminhava na beira da praia quando
morava em Copacabana.”
gerúndio
Nessa letra, é possível perceber o uso do gerúndio na primeira estrofe como forma de descrever uma cena que se desenvolve
enquanto a música é cantada.  Essa procissão é mostrada por meio de uma série de verbos na forma simples do gerúndio -
passando, arrastando, cantando, escutando, penando, esperando. O uso do gerúndio presente no texto acima corresponde a
um uso prescrito pelas gramáticas, já que ele é utilizado para indicar uma ação progressiva, ou seja, um processo prolongado.
 O gerúndio também pode ser usado quando tratamos de uma ação concomitante àoutra que pode ser percebida quando
dizemos “Sempre caminho ouvindo música.”
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É preciso que tenhamos cuidado com uma implicância generalizada, surgida recentemente em torno do uso do gerúndio. Essa
forma nominal do verbo possui usos considerados adequados à comunicação, como os comentados no texto anterior ou ainda
em sentenças como “Chorando, ela voltou para casa”, na qual o verbo indica o modo como a pessoa em questão voltou. Pode-
se também usar o gerúndio como adjetivo, embora esse uso seja menos frequente. É o que temos na sentença “vejo crianças
correndo no parque”, em que o gerúndio serve para indicar que não falamos de quaisquer crianças e sim daquelas que brincam
no parque.
Advérbios (continue lendo...)
Vajamos o que diz o prof. Renato Aquino em seu livro de Português para concurso (2010).
Conjunção (continue lendo...)
As conjunções podem relacionar termos de mesmo valor sintático ou orações sintaticamente equivalentes - as chamadas
orações coordenadas - ou  podem relacionar uma oração com outra que nela desempenha função sintática - respectivamente,
uma oração principal e uma oração subordinada, como você já deve ter observado nas aulas de sintaxe. Vejamos alguns
exemplos:
Nossa questão social é urgente (e) necessária.
A situação social do país é urgente, (mas) ainda existem aqueles que só buscam seus próprios interesses.
Não se pode deixar de notar (que) a situação social do país é urgente. 
Veja uma lista com conjunções e alguns exercícios com gabarito.
Preposição (continue lendo...)
Isso quer dizer que entre os termos ou orações ligados por uma preposição haverá uma relação de dependência, em que um
dos termos, ou uma das orações, assume o papel de subordinante e o outro, de subordinado:  
Assisto (subordinado) ao jogo do Flamengo sempre. (subordinante).
Em alguns casos (particularmente nas locuções adverbais), as preposições não apenas  conectam termos da oração, mas
também indicam noções fundamentais à  compreensão da frase. Observe:
Saí (com) pressa.
Saí (sem) pressa.
Pus (sob) a mesa.
Pus (sobre) a mesa.
Estou (com) vocês.
Estou (contra) vocês.
Referências
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. Publifolha Houaiss, SP, 2008.
BASILIO, Margarida. Teoria lexical. 7. ed. São Paulo: Ática, 2000.CAMARA Jr. J.M. Estrutura da Língua Portuguesa. Petrópolis,
RJ: Vozes, 1982.
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CARONE, Flávia. de Barros. Morfossintaxe. 9. ed. São Paulo: Ática, 2000.KEHDI, Valter.  Formação de palavras em português.
4.ed. São Paulo: Ática, 2007.
RIBEIRO, M.P. Gramática Aplicada da Língua Portuguesa: uma comunicação interativa., RJ:  Metáfora, 2005.ROSA, Maria
Carlota. Introdução à morfologia. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2003.
VILELA, Mario; KOCH, Ingedore Villaça. Gramática da língua portuguesa. Coimbra: Almedina, 2001. 
Próxima aula
Você conhecerá um pouco mais acerca das noções de neologia e neologismo, além de outros processos de formação de
palavras.
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