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Coesão e Coerência Textual

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47
7ºAula
Os Elementos da 
Linguística Textual 
Caros(as) alunos(as), na aula 06, fizemos uma 
breve conceituação da Linguística Textual. Assim, 
vemos que quando falamos em Linguística Textual, 
alguns conceitos aparecem muito frequentemente, 
dentre eles, podemos citar os conceitos de coesão e 
coerência textual. 
Quem de nós nunca se deparou com tais termos? 
Como explicá-los? Ou, ainda, como aplicá-los 
ao longo da produção textual? 
Vejamos então o que a aula sete traz sobre isso. 
Bom trabalho!
Boa aula!
Fundamentos da Linguística
48
Objetivos de aprendizagem
1 - Coesão Textual
2 - Coerência Textual
Ao término desta aula você será capaz de:
• compreender e aplicar os mecanismos 
coesivos do texto em atividades do ensino de Língua 
Portuguesa;
• reconhecer e utilizar os aspectos da coerência 
textual na organização e aplicação dos textos no 
ensino da Língua Portuguesa.
Seções de estudo
Que tal!? Disposto a começar?? 
Comecemos, então, analisando os objetivos e verifi cando as 
seções que serão desenvolvidas ao longo desta aula.
Bom trabalho!
Então, vamos em frente?!
“Quando se sai da esfera acadêmico-científi ca e se entra na 
sala de aula da grande maioria das escolas brasileiras, o que 
ainda se encontra é uma prática pedagógica de ensino de 
língua que revela pouca ou nenhuma infl uência das novas 
perspectivas de abordagem do fenômeno da linguagem.” 
Marcos Bagno (2007, p.14)
OU SEJA, A AUTORA ABORDA O TRABALHO COM A 
GRAMÁTICA DO TEXTO... OU O TEXTO PELA GRAMÁTICA!?
O QUE VOCÊ ACHA? 
PENSE NISSO!!!!
Vamos começar nossa sétima aula. Vejamos então uma 
pequena refl exão introdutória!
Antes de iniciarmos as seções de estudo, 
faremos uma pequena introdução a fim de inseri-
los no contexto do que será de fato abordado 
nesta aula. Seguiremos as ideias voltadas para 
aplicabilidade da teoria da linguística textual (coesão 
e coerências, seções desta aula) no ensino real da 
Língua Portuguesa. Porque nos referimos a um 
ensino real.
Fácil, porque intentamos mostrar exercícios 
propostos por renomados autores da área, como 
também a estrutura teórica utilizada para alicerçar o 
professor frente a tais exercícios.
Sendo assim, vejamos algumas reflexões, de 
Raimunda Gomes de Carvalho (2008), sobre a 
funcionalidade da Linguística textual no ensino 
da gramática. 
A Gramática do Texto, conforme 
é sabido, foi proposta por Teun A. Van 
Dijk , nascido em 1950, de tradição alemã 
que se desenvolveu nos anos de 1960 a 
1970, apresentando uma abordagem 
cognitiva que consistia na analogia entre 
a frase e o texto, o que passou a definir 
grandes noções que se consolidaram firmemente 
nas ciências da linguagem, sendo didatizadas no 
ensino secundário, como coerência, coesão, gênero 
textual, tipo textual etc. (BELTRAMIN, 2007).
O ensino de língua passou a englobar e 
relacionar um complexo de fenômenos linguísticos 
em seu interior, que não poderia ser explicado 
somente no nível da frase, se estendendo aos 
estudos de como os enunciados comunicam 
significados num dado contexto. E com isso se 
passou a valorizar a língua em contextos de 
usos naturais e reais, privilegiando a atividade 
linguística autêntica com textos produzidos 
em situações cotidianas orais ou escritas, 
chegando a substituir a análise gramatical que 
antes perfazia o núcleo do ensino de língua 
na escola. Isso teve repercussão direta também 
sobre os testes de língua realizados para concursos 
públicos, vestibulares etc.
Nesse enfoque, começou-se a considerar o 
educando não apenas como um ser receptivo 
do texto, mas alguém através do qual interage 
linguisticamente e extralinguisticamente. Com 
isso, o texto e a leitura passaram a ter uma 
importância fundamental no ensino, em que se 
manifestam, além dos sentidos, as intenções do 
falante, refletindo no como e para que se diz.
Com isso, ao se falar em leitura como processo 
de interação, a escola lentamente passou a se 
inserir em um modelo de uso social da linguagem, 
considerando como constitutivo da produção 
de sentido não apenas o texto, mas todos os 
Este autor 
é conside-
rado um 
clássico 
na área. 
Pesquisa 
sobre a 
vida dele!
49
Para conquistar tais aspectos, precisamos conhecer as 
engrenagens internas e externas do texto. Assim, vamos 
estudar, agora, aspectos sobre a coesão e coerências textuais.
Para que nossa aula seja mais didática, organizamos, em 
forma de tópicos e esquemas, as explicações referentes à 
coesão textual. Sempre que possível, introduzimos exemplos 
a fi m de que a teoria fi que mais clara.
 • Conjunções;
 • Preposições;
 • Advérbios;
 • Pronomes;
 • Retomadas de palavras;
 • Repetição de palavras.
AH! VEREMOS MAIS ADIANTE QUE 
A COERÊNCIA É A LÓGICA DO TEXTO, O 
SENTIDO ENCONTRADO NA LEITURA. SEM 
ELE O TEXTO PASAS A SER INCERENTE. 
Você percebeu como podemos avaliar um pequeno texto 
e como há conexões (as conexões estão pontuadas por 
pequenas setas)?!
Assim, a escola (professores) deve dedicar-se às práticas 
de leitura, interpretação, produção textual e estudo da 
língua por meio de metodologias que visem ao educando 
o desenvolvimento em seus aspectos pessoal, social e 
político, apropriando-o de um conhecimento de texto e 
de leitura consciente, que contribuam, signifi cativamente, 
para a formação integral e o exercício cada vez mais pleno 
da cidadania. 
VEJAMOS ENTÃO AS EXPLICAÇÕES:
Entendemos a coesão textual como um 
conjunto de recursos por meio dos quais um 
enunciado se liga ou ainda se refere a outros, 
efetivando a Tessitura do texto, ou seja, é um 
processo de ligação que vai ser feito por meio de 
termos explícitos no texto.
Vejamos como funciona esse conjunto de 
recursos que é identificado no ato da leitura. Ou 
seja, o leitor vai perceber essas conexões; caso não 
perceba, é porque elas não existem, ocasionando, 
com isso, a famosa falta de coerência, neste caso, 
denominada de incoerência ineficaz. 
NÃO É MESMO?! 
Pois bem, estes elementos coesivos são 
divididos da seguinte forma:
Vejamos, agora, o esquema abaixo sobre a coesão 
textual, proposto pela professora Rose Sampaio.
elementos envolvidos na construção da significação. 
Passaram, assim, a integrar a construção do 
texto os sujeitos interlocutores, o contexto 
sócio histórico, o explícito e o implícito no texto 
e a intertextualidade.(Disponível em http://www.
ufpi.br/subsiteFiles/parnaiba/arquivos/files/rd-
ed2ano1_artigo05_Raimunda_Carvalho.PDF).
1 - A tipografi a, sua história e os 
 elementos da tipologia
Conexão 
temporal – 
coesão.
Vejamos um exemplo retirado do site http://
gnuribas.blogspot.com.br/2009/10/coesao.html, 
da professora Rose Sampaio.
“O vento do duende vem roxo quando 
pisca a inconsciência do javali.”
O texto apresenta coesão, porém 
não apresenta coerência, pois a frase não alcança 
nenhum significado. 
 Vamos dar uma olhadinha no mapa 
conceitual abaixo:
Fonte: Disponível em http://arvorelp.blogspot.com.br/. Acessado 
em 23 de abril de 2012, Às 18 horas.
Fundamentos da Linguística
50
Vejamos, sucintamente, a função de cada 
elemento no texto:
OBS: este esquema e o exemplo, abaixo, foram retirados do 
site http://www.ebah.com.br/content/ABAAABUhYAD/apostila-
coesao-coerencia, cuja autora é a professora Yone Sanches. 
Disponibilizado: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/
redacao/coesao-2.php.
COESÃO
1) REFERENCIAL a) artigos defi nidos: o, a, os, as . 
Indefi nidos: um, uma, uns, umas. Ex. 
Depois de algum tempo, aproximou-
se de nós um desconhecido. O 
desconhecido...
b) advérbios de lugar: aqui, ali, lá etc. 
Ex. Paula não irá à Europa em janeiro. Lá 
faz muito frio.
c) pronomes pessoais: ele/ela/eles/
elas Ex. Maria teve um fi lho. Ela tem 
apenas 15 anos.
d) pronomes oblíquos: o, a, lhe, 
lhes Ex. Mate um frango. Corte-o em 
pedaços e prepare-o para ir ao forno.
e) pronomes possessivos: meu, teu, 
seu, nosso, vosso, dele etc. Ex. A gravata 
do uniforme de Paulo está velha. A 
minha é novinha em folha.
f)pronomes demonstrativos:este, 
esta, esse, essa, aquele, tal etc.
Ex. O presidente pretende anunciar as 
novas medidas que mudarão o imposto 
de renda, mas não deverá fazer isso 
nesta semana. Ex. O presidente 
pretende anunciar as novas medidas 
que mudarão o imposto de renda, 
mas não deverá fazer isso nesta 
semana.
g) Pronomes indefi nidos: tudo, todo, 
algum, outro, vários, diversos, cada, 
nenhum etc Ex. João pediu auxílio a 
parentes e amigos.
2) SEQUENCIAL A coesão sequencial é obtida, 
principalmente, por meio dos elementos 
de ligação que proporcionam as relações 
necessárias à integração harmoniosa de 
orações e parágrafos em torno de um 
mesmo assunto (eixo temático).
Relacionamos abaixo os elementos de 
coesão mais usuais, agrupados pelo 
sentido, Estes elementos são conhecidos 
na gramática tradicional como conjunções, 
advérbios etc. e, na Linguística Textual, 
como operadores argumentativos.
• Prioridade, relevância: principalmente, 
primordialmente, sobretudo, em 
primeiro lugar, antes de mais nada, 
primeiramente, acima de tudo.
• Tempo (ordem, sucessão, 
anterioridade, posterioridade): 
fi nalmente, agora, atualmente,
Nenhum atendeu ao seu apelo (pedido).
h) numerais: (um, uma, uns, umas, 
ambos)
Ex. Mariana e Luiz são irmãos. Ambos 
estudam inglês e francês.
i) Elipse: (quando a partir do segundo 
verbo o sujeito fi ca oculto, por ter sido 
citado anteriormente)
Ex. João Paulo II esteve em Varsóvia. Lá, 
disse que a igreja continua a favor do 
celibato.
j) Lexical (palavras sinônimas ou 
quase sinônimas)
a) João Paulo II = papa, Sua Santidade, o 
último papa
b) Varsóvia = Capital da Polônia
l) Hiperônimo/Hipônimo:
Ex. Gosto muito de doces (hiperônimo). 
Cocada (hipônimo), então, adoro.
móvel/mesa (mesa faz parte de um 
substantivo maior = móvel)
m) Nomes genéricos: coisa, gente, 
pessoa, fato, fenômeno etc:
Ex. A multidão ouviu o ruído de um 
motor. Todos olharam para o alto e 
viram a coisa se aproximando.
n) Metonímia:
Ex. No pasto, havia cem cabeças de 
gado. (parte pelo todo)
Observação: Evite retomada coesiva 
utilizando a mesma/o mesmo e seus 
plurais e REFERIDO(A).
Ex. Comprei uma cadeira. A mesma 
estava quebrada. (inadequado perante a 
norma culta)
51
Obs: O esquema exemplo abaixo, juntamente 
com a sua explicação foi retirado do site http://
gnuribas.blogspot.com.br/2009/10/coesao.html.
 
VEJAMOS: 
Analise o texto abaixo e perceba como podemos trabalhar 
com a coesão textual, que nada mais é do que a gramática 
textual. Identificar os elementos e pontuá-los para os alunos 
em sala de aula, é fazer com que eles reflitam acerca da 
estrutura textual e da gramática conjuntamente. 
AGORA QUE NÓS OBSERVAMOS O 
TEXTO ACIMA, VEJA UMA OUTRA FORMA 
DE ANALISAR A COESÃO, OU DE PROPOR 
UM EXERCÍCIO:
Os urubus e os sabiás
(1) Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os 
bichos falavam... (2) Os urubus, aves por natureza becadas, 
mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo 
contra a natureza, eles haveriam de se tornar grandes cantores. 
(3) E para isto fundaram escolas e importaram professores, 
gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e 
fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os 
mais importantes e teriam a permissão de mandar nos outros. 
(4) Foi assim que eles organizaram concursos e se deram 
nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor 
em início de carreira, era se tronar um respeitável urubu titular, 
a quem todos chamavam por Vossa Excelência. 
(5) Tudo ia muito bem até que a doce tranquilidade da 
hierarquia dos urubus foi estremecida. (6) A floresta foi invadida 
por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com 
os canários e faziam serenatas com os sabiás... (7) Os velhos 
urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa, e eles 
convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito. 
(8) “- Onde estão os documentos dos seus concursos?” (9) E 
as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam 
imaginado que tais coisas houvesse. (10) Não haviam passado 
por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. 
(11) E nunca apresentaram um diploma para provar que 
sabiam cantar, mas cantavam simplesmente... (12) – Não, assim 
não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito 
à ordem. (13) E os urubus, uníssono, expulsaram da floresta os 
passarinhos que cantavam sem alvarás...
MORAL: Em terra de urubus diplomados não se ouve canto 
de sabiá.
(Rubem Alves. Estórias de Quem Gosta de Ensinar )
• Causa: em virtude de, por causa de, 
devido a, é resultado de.
• Consequência: consequentemente, 
por consequência, como resultado, por 
isso, assim, como efeito, de sorte que, de 
modo que, de forma que, de maneira que.
• Explicação: porque, porquanto, pois, já 
que, uma vez que, visto que.
• Contraste, oposição: por outro lado, 
paradoxalmente, pelo contrário, caso 
contrário, em contraste com, mas, porém, 
contudo, todavia, entretanto, no entanto.
• Restrição, ressalva: embora, apesar 
de, ainda que, mesmo que, posto que, 
conquanto, se bem que, por mais que, 
por menos que, não obstante.
hoje, frequentemente, constantemente, 
às vezes, eventualmente, por vezes, 
ocasionalmente, sempre, raramente, não 
raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, 
a princípio, pouco antes, pouco depois, 
anteriormente, posteriormente, em 
seguida, afinal, por fim.
• Semelhança, comparação: 
igualmente, da mesma forma, assim 
também, do mesmo modo, similarmente, 
analogamente, por analogia, de maneira 
idêntica.
• Conformidade: conformidade com, 
de acordo com, segundo, conforme, sob 
o mesmo ponto de vista, tal qual, tanto 
quanto, como, assim como, bem como.
• Condição, hipótese: se, caso, salvo se, 
contanto que, desde que, a menos que, a 
não ser que etc.
• Adição, continuação: e, além disso, 
ademais, por sua vez, outro ponto, mais 
(grave) ainda, ainda mais, também, mas 
também, constata-se também, vale frisar 
ainda, vale lembrar também.
• Dúvida: provavelmente, possivelmente, 
é provável.
• Certeza, ênfase: de fato, por 
certo, certamente, indubitavelmente, 
inquestionavelmente, sem dúvida, 
obviamente.
• Ilustração, exemplificação, 
esclarecimento: por exemplo, isto 
é, em outras palavras, ou por outra, a 
saber, haja vista.
• Propósito, intenção, finalidade: 
com o fim de, a fim de, com o propósito 
de, para que, afim de que.
• Resumo, recapitulação, conclusão: 
em suma, em síntese, enfim, em resumo, 
portanto, assim, dessa forma, dessa 
maneira, logo, afinal, está claro que.
Fundamentos da Linguística
52
Lendo este texto de todos os seus aspectos verbais e não 
verbais, podemos concluir que:
Morte e vida Severina, apresenta uma relação hiperonímica 
entre os termos vida sofrida e desumana. Notem que 
morte e vida Severina se trata de uma vida sofrida. Severina 
signifi ca “o severo”, o duro, o ríspido. Nós temos uma vida 
severa, dura e ríspida (hiperonímica), nos tipos de vida, 
desumana e vida sofrida (hiponímica). Portanto o que o 
texto nos mostra é realmente correto, temos uma relação 
hiperonímica e hiponímica.
Disponível no site http://gnuribas.blogspot.com.br/2009/10/
coesao.html
Pensando nesta unidade de relação e na unidade de sentido 
é que explicitaremos agora os elementos que fazem de um 
texto, de fato um texto. Vejamos:
Acreditamos que vocês tenham entendido bem 
este conteúdo. Vejamos a próxima seção:
A fim de demonstrar, de forma breve, como é 
produzida a textualidade de um texto, utilizaremos 
as quatro metaregras de Michel Charolles (2002), as 
quais estabelecem a coerência de um texto:
A coerência textual, conforme vimos 
anteriormente no início da primeira seção desta aula, 
é responsável pela boa organização textual, aquela 
que produz sentido. Vejamos o que diz Koch e 
Travaglia (2002) sobre coerência:
A coerência teria a ver com a “boa 
formação” do texto, mas num sentido que 
não tem ainda a ver com qualquer ideia 
assemelhada à noção de gramaticalidade 
usada no nível da frase, sendo mais ligada, 
talvez, a uma boa formação em termos 
da interlocução comunicativa.Portanto, 
Fonte: Disponível em http://arvorelp.blogspot.com.br/. Acessado 
em 23 de abril de 2012, Às 18 horas.
2 - Coerência Textual
a coerência é algo que se estabelece na 
interação, na interlocução, numa situação 
comunicativa entre dois usuários. Ela é 
o que faz com que o texto tenha sentido 
para os usuários. (...) a coerência seria a 
possibilidade de estabelecer, no texto, 
alguma forma de unidade ou relação. 
Essa unidade é sempre apresentada como 
uma unidade de sentido no texto, o que 
caracteriza a coerência como global, isto 
é, referente ao texto como um todo.
TEXTUALIDADE (COERÊNCIA)
REPETIÇÃO: Para que um texto seja 
coerente é preciso que em 
seu desenvolvimento, o 
texto apresente elementos 
de recorrência. (coesão 
referencial) 
Ex. “Picasso morreu faz 
um ou dois anos. O artista 
deixou sua coleção pessoal 
para o museu de Barcelona.”
PROGRESSÃO: Para que um texto seja coeren-
te é preciso que haja no texto 
uma contribuição semântica 
renovada, pelo contínuo acrés-
cimo de informações.
Ex. “O ferreiro está vestido 
com uma calça preta, com 
um chapéu marrom claro e 
com um paletó cinza escuro. 
Tem na mão a ponta da 
picareta e bate em cima com 
um martelo. A ponta desta 
ferramenta é pontuda e a 
outra extremidade é quadra-
da. Para torná-la vermelha, 
colocou-a no fogo e as mãos 
estão vermelhas.”
NÃO CONTRADIÇÃO OU 
COERÊNCIA SEMÂNTICA:
Para que um texto seja 
coerente é preciso que no 
desenvolvimento do texto 
não se introduza nenhum
53
AINDA, PODEMOS EXPOR, AQUI, OS 
PRINCIPAIS FATORES DE COERÊNCIA 
SEGUNDO KOCK & TRAVAGLIA (2002):
elemento que contradiga 
um conteúdo posto ou 
pressuposto anteriormente.
Ex. 1: “Pedro não tem 
carro. Vai vender o dele 
para comprar um novo.” 
(contradição pressuposta)
RELAÇÃO: Para que um texto seja 
coerente é preciso que 
todos os enunciados 
do texto e os fatos que 
denotam no mundo nele 
representado estejam, de 
alguma forma, relacionados 
entre si.
Ex. “Segunda, terça, quinta, 
sexta que vai à escola. 
Quarta, sábado, domingo 
que não vai à escola. Não 
deve roubar giz. Eu sei os 
meses do ano.”
I - O uso dos elementos de 
ligação (elementos de coesão) 
inadequados nas sentenças 
abaixo provoca um efeito 
de incoerência. Reescreva-
os, fazendo as alterações 
necessárias para garantir o 
estabelecimento das relações 
se sentido corretas.
1. O livro é muito interessante 
porque tem 570 páginas.
2. Carmem mora no Rio há 
cinco anos, portanto não 
conhece ainda o Corcovado.
3. Acordei às 7 horas, uma 
vez que tinha ido deitar às 2 
horas, dormi pouco mais de 
cinco horas.
4. O livro que a professora 
de literatura mandou 
comprar já está esgotado, já 
que foi publicado há menos 
de três semanas.
5. João, o pintor, foi despedido, 
mesmo que tenha se negado 
a pintar a casa, apesar de 
estar chovendo.
II - Escreva um período, 
juntando as frases abaixo, 
utilizando um conectivo de 
cada vez: embora, apesar 
de, mesmo, mas. Faça as 
modificações necessárias.
Estava com febre. Não 
faltava às aulas.
c) Coerência estilística: Magnífico Reitor da 
Universidade de São Paulo
Tendo tomado 
conhecimento pelos 
periódicos da capital 
paulista de que o Prefeito da 
Cidade Universitária, onde 
está situada a Universidade 
que Vossa Magnificência, 
com alto descortino, 
dirige, re¬solveu interditar 
o acesso da população 
ao campus nos finais de 
semana, ouso vir à presença 
de Vossa Magnificência para 
manifestar-lhe meu repúdio 
ao fato de uma instituição 
pública querer sub¬trair da
a) Coerência semântica: Ex. 1:
“A casa da vovó é voltada para 
o leste e tem uma enorme 
varanda. Todas as tardes ela 
fica na varanda em sua cadeira 
de balanço apreciando o 
pôr-do-sol.” (contradição de 
mundo possível) 
Ex. 2
Lá dentro havia uma fumaça 
espessa que não deixava 
que víssemos ninguém. 
Meu colega foi à cozinha, 
deixando-me sozinho. Fiquei 
encostado na parede da 
sala, observando as pessoas 
que lá estavam. Na festa, 
havia pessoas de todos os 
tipos: ruivas, brancas, pretas, 
amarelas, altas, baixas etc. 
b) Coerência sintática 
(gramatical ou de super-
fície linguística) Coesão 
sequencial:
O mau uso de elementos 
linguísticos de coesão pode 
provocar incoerências 
locais pela violação de sua 
especificidade de uso e 
função. Ex.
Fundamentos da Linguística
54
BAGNO, M. A inevitável travessia: da prescrição 
gramatical à educação linguística. In: BAGNO, M; 
STBUS, M; GAGNÉ, G (orgs.) Língua Materna: 
letramento, variação e ensino. 4 Ed. São Paulo: 
Parábola Editorial, 2007.
FÁVERO, Leonor Lopes; KOCH, Ingedore 
Vilaça. Linguística textual: introdução. São Paulo: 
Cortez, 2002.
_____________. Coesão e coerência textual. São 
Paulo: Ática, 2002.
KOCH, Ingedore Vilaça. Linguística textual. São 
Paulo, v. 17, n. especial. P. 1-11, 2001. Disponível em 
http://www.scielo.br/. Acesso em 04 março 2012.
Vale a pena
Vale a pena ler
população de uma cidade 
desumana um espaço de 
lazer. Francamente, achei a 
maior sujeira da parte da USP, 
sacanagem, nada a ver.
d) Coerência pragmática 
(intenção comunicativa)
Ex. Pedido/atendimento
A: Você me empresta seu 
livro do Guimarães Rosa
B: Hoje eu comi um 
chocolate que é uma delícia.
VEJA O EXEMPLO ABAIXO DE UM 
TEXTO COM COERÊNCIA, PORÉM SEM 
NENHUMA COESÃO, RETIRADO DO LIVRO 
DE LEONOR FÁVERO:
Manifesto futurista — Marinetti 
“Arte vida explosiva. Italianismo paroxístico. 
Antimuseu. Anti cultura. Antiacademia. Antilógica. 
Antigracioso. Antisentimental. Contra as cidades 
mortas — Modernolatria. Religião da nova 
originalidade velocidade. Desigualdade — Intuição 
e inconsciência criadoras — Esplendor geométrico. 
Estética da máquina. Heroísmo na arte e na vida. 
Café-concerto, físico-loucura e veladas futuristas. 
— Destruição da sintaxe. Imaginação sem fios. 
Sensibilidade geométrica e numérica. Palavras 
em liberdade ruidosas. Quadros palavras livres 
sinóticos coloridos. Declamação sinótica andante 
— Solidificação do impressionismo. Síntese de 
forma-cor. Dinamismo plástico. Estados de alma. 
Linhasforça. Transcendentalismo físico.” In: 
TORRE, G. 1965. Historia de las literaturas de 
vanguardia. Madrid, Guadarrama. p. 151.
Vejam bem, os conhecimentos que determinam 
a produção de sentido e, consequentemente, a 
coerência estão armazenados na memória, tais 
como conceitos, modelos cognitivos globais e 
superestruturas. Estas habilidades sempre devem 
ser exploradas nos exercício desenvolvidos por nós, 
professores. Sobretudo quando se trabalha com 
crianças das séries iniciais. 
Ufa, acabamos!? Não, ainda não!
Vamos, no item “Retomando a Conversa Inicial”, fazer um breve 
resumo dos conteúdos estudados nesta sétima aula!?
1 - Coesão Textual
Segundo Leonor Fávero (2002, p 10), at coesão, 
manifestada no nível microtextual, refere-se aos 
modos como os componentes do universo textual, 
isto é, as palavras que ouvimos ou vemos, estão 
ligados entre si dentro de uma sequência.
2 - Coerência Textual
Segundo Leonor Fávero (2002, p 10), a 
coerência, por sua vez, manifestada em grande parte 
macrotextualmente, refere-se aos modos como os 
componentes do universo textual, isto é, os conceitos 
e as relações subjacentes ao texto de superfície, se 
unem numa configuração, de maneira reciprocamente 
acessível e relevante. Assim a coerência é o resultado 
de processos cognitivos operantes entre os usuários e 
não mero traço dos textos.
Retomando a aula
Chegamos, assim, ao fi nal da sétima aula. Espero 
vocês tenham compreendido o que são e como 
são utilizadas a coesão e a coerências textuais.
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h t t p : / / w w w. s n a s c i m e n t o. c o m / m y _
files/books/200706/Leonor%20Lopes%20
F%E1vero%20-%20Coes%E3o%20e%20
Coer%EAncia%20Textuais%20(pdf)%20(rev).pdf
h t t p : / / w w w. e b a h . c o m . b r / c o n t e n t /
ABAAABUhYAD/apostila-coesao-coerencia
http://www.algosobre.com.br/redacao/
coesao-e-coerencia.html
http ://www.recantodas letras.com.br/
trabalhosescolares/634746
Vale a pena acessar
Atividades da Aula 07
Após terem realizado uma boa leiturados assuntos 
abordados, na Plataforma de Ensino, na ferramenta “Sala 
Virtual, há um espaço para as Atividades”, as quais estão 
disponíveis e devem ser respondidas e enviadas por meio 
do Portfólio - ferramenta do ambiente de aprendizagem 
UNIGRAN Virtual.
OBS: Não esqueçam! Em caso de 
dúvidas, acessem as ferramentas 
“fórum” ou “quadro de avisos” para 
se comunicar com o(a) professor(a). 
Fundamentos da Linguística
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