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Minha Disciplina II

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17/02/2020 Ead.br
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introdução
Introdução
São crescentes os níveis de violência em nosso país e no mundo. Nesta unidade, apresenta-se a Polícia
Comunitária, objetivando, no tópico 1, compreender a dinâmica da Cultura de Paz, que será também
analisada. Ao seu lado, obrigatoriamente, trataremos da Gestão de con�itos. Enquanto que, no tópico 2, a
Polícia Comunitária e a experiência gaúcha dos Territórios da Paz serão abordadas. Em seguida, no tópico 3,
Interdisciplinaridade, Ciências Sociais, Ciências da Saúde, não �caram de fora, visto que as pessoas devem
ser analisadas em todas as suas circunstâncias. Por último, no tópico 4, trataremos das Relações
Interpessoais: ética pro�ssional.
POLÍCIA, PRÁTICA REFLEXIVA E POLÍCIA, PRÁTICA REFLEXIVA E ÉTICAÉTICA
PROFISSIONALPROFISSIONAL
Me. Solange de Oliveira
I N I C I A R
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Herman Goldstein desenvolveu a Teoria do policiamento orientado para a solução de problemas (Posp),
que é sintetizada na abordagem conhecida como Sara (Scanning, Analysis, Response and Assessment,
traduzindo para o Português temos: (i) Levantamento; (ii) Análise; (iii) Resposta; e (iv)Avaliação. Nessa
direção, de acordo com Rolim (2006, p.24), podemos, para �ns didáticos, dividi-las em quatro fases: fase do
levantamento, na qual se identi�cam os problemas recorrentes que preocupam as pessoas e a polícia.  Fase
de análise: identi�cam-se as consequências e a frequência em que esse problema vem ocorrendo. Fase da
resposta: permite-se que todos possam opinar e produzir uma “tempestade de ideias (brainstorm)”. E, por
último, a fase da avaliação: momento em que deve ser conduzida de forma processual, a �m de que se
assegure que a e�ciência se manterá.
Os estudos têm demonstrado que, apesar dos esforços, há di�culdades para a inibição do crime no Brasil.
Com base na existência, em outros países, de novos modelos de policiamento, o Brasil tem buscado conhecer
e, em muitas polícias estaduais, vem concebendo e implementando. As Polícias Comunitárias, por exemplo,
passaram a integrar o planejamento estratégico, como “�loso�a e estratégia organizacional” (CAMARGO,
2015, p. 218-233). De acordo com Cruz et al (2002, p.5),
[...] polícia é o público e o público é a polícia, pois os policiais são pagos para dar atenção integral
aos cidadãos, com maior interação da polícia com outros órgãos e entidades do Estado
responsáveis pela melhoria de qualidade de vida. Assim o papel da polícia é ampliado para além
da solução de crimes e sua e�ciência é mensurada, não pelas taxas de detenções e prisões, mas
pela ausência de crime e desordem. O policial deve ser preparado para lidar com os problemas
atinentes ao cidadão e sua efetividade é mensurada pela cooperação pública.
Essa forma diferente da polícia trabalhar, em que se busca proximidade entre as polícias e as pessoas, só
tende a reduzir a distância entre o Estado e a(o) cidadã(ão), possibilitando que o diálogo, tão necessário para
o fortalecimento de um Estado de bem-estar social, seja alcançado, isso em razão de ser um trabalho de
cooperação entre a polícia e a comunidade, na identi�cação dos problemas que são apresentados, na
priorização de quais problemas devem ser atendidos e na busca de solução para os mesmos. No Brasil,
segundo Marcos Rolim (2006), há grande interesse e várias experiências pelo assunto (Policiamento
Comunitário), embora “esporádicas” em vários estados da federação. Segundo o autor, todo o esforço em
prol do policiamento comunitário no país se deve aos esforços por parte de alguns policiais e de alguns
o�ciais das Polícias Militares, que “sem qualquer apoio governamental, desenvolvem novas abordagens de
policiamento” (ROLIM, 2006, p. 67).
Polícia Comunitária: Cultura de PazPolícia Comunitária: Cultura de Paz
e a Gestão de Con�itose a Gestão de Con�itos
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Segundo o mesmo autor, a mudança que se espera na polícia ainda está muito distante de acontecer, o que se
explica em que há “consciência da crise do modelo tradicional”, dentro da própria corporação, tornando
evidente a busca por ações alternativas. No entanto, ainda de acordo com Rolim (2006), convém registrar
que a prática do modelo tradicional de policiamento é muito forte e representativa, na organização policial, e
romper com um padrão já consolidado não é tão fácil assim, uma vez que, para que haja a sua implementação,
deve haver uma mudança de comportamento da polícia e da própria sociedade. Pois, quando se fala em
diálogo, signi�ca  romper com a forma unilateral e buscar a participação da comunidade que passará a fazer
uso de sua voz. O que é bastante signi�cativo, em termos de representatividade, pois há uma divisão de
poder entre esses dois atores.
Nessa perspectiva, essa mudança só pode ser possível se houver o desejo não só institucional, mas daqueles
que compõem essa corporação, o que se reforça aqui como necessária a integração entre polícia e
comunidade, que poderá ser vivida com responsabilidade.
A partir da busca por resolução dos con�itos, entre polícia e comunidade, torna-se imperiosa a de�nição do
per�l do policial com formação humanística, com base nos direitos humanos nessa nova perspectiva de
segurança pública que se deseja construir. Uma vez que, para essa nova forma da polícia trabalhar, exige-se
compreensão sobre os con�itos que se estabelecem em cada comunidade e sobre quais os possíveis
instrumentos de se fazer mediação de con�itos para aquele determinado caso. Isso requer uma polícia de
base democrática, não só no discurso vazio, mas na construção diária e solidária, junto com essa comunidade.
Portanto, a gestão ou mediação de con�itos é o ato por meio do qual ocorre a interferência de um mediador
para a busca de entendimento e composição entre partes em con�ito, quando há oposição de ideias, quando
há choque entre forças contrárias ou opiniões divergentes. Assim, a mediação procura resolver os con�itos e
evitá-los mais adiante. Ela também é preventiva, visto que, ao se preocupar com a resolução naquele
momento, é capaz de ser e�ciente para o futuro.  Nessa direção, convém esclarecer que a participação
política de todos os envolvidos nas questões de Estado possibilita, dessa forma, a luta pela paz social.
Nesse sentido, o que sinaliza que a dinâmica do policiamento comunitário tem como fundamento os direitos
humanos não pode se dissociar do primado proposto no texto constitucional que assegurou:
Art. 144 da Constituição Federal. A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I – polícia federal; II – polícia rodoviária
federal; III – polícia ferroviária federal; IV – polícias civis; V – polícias militares e o corpos de
bombeiros militares. (BRASIL, 1988).
Garantindo que a pessoa seja vista como detentora de direitos e que, esses mesmos direitos, passam pela
preservação de sua incolumidade pessoal e de seu patrimônio, re�etindo num tratamento com dignidade, o
que implica enfatizar que seja tratado sem discriminação e distinção de sexo, de orientação sexual, raça,
religião, opiniões e condições socioeconômicas. Vê-se, portanto, na segurança pública uma  situação de
pací�ca convivência social proposta pelo Estado como um dever em parceria com a Sociedade.
Eduardo Bittar (2017) a�rma que o motivador da ética pro�ssional deve ser prescrições de conduta. Pois,
segundo ele, quando o conteúdo da ética pro�ssional deixa de ser espontâneo, deve ser incorporado como
normas jurídicas de direito administrativo. Houveum rompimento de seus mandamentos, por essa razão as
infrações éticas se equiparam e devem ser tratadas de modo idêntico às demais frações funcionais (BITTAR,
2017, p. 408).
Ao compreender que os direitos humanos são inerentes a todos, indistintamente, e que a polícia deve adotar
uma forma diferente de trabalhar, nos moldes de um policiamento comunitário, em que se convida a
comunidade para participar, deve-se ter em mente que os seus valores estão em elaboração para uma prática
da não-violência social mais pací�ca, que não se abstém dos con�itos, mas, sim, a resolução pací�ca deles,
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por meio de adoção civilizatória que rompe com a barbárie. Entendemos que esse primeiro passo tem nome
e se chama Cultura de Paz, o que signi�ca um grande avanço para a Sociedade. Nesse sentido, a Organização
das Nações Unidas (ONU) de�niu Cultura de Paz, em 1999, como:
Um conjunto de valores, atitudes, tradições, comportamentos e estilos de vida de pessoas, grupos
e nações baseados no respeito pleno à vida e na promoção dos direitos humanos e das liberdades
fundamentais, na prática da não-violência por meio da educação, do diálogo e da cooperação,
podendo ser uma estratégia política para a transformação da realidade social. (ONU, 2000, p.5).
De acordo com essa concepção, pode-se a�rmar que a Cultura de Paz se constitui como um movimento que
ocorre na pessoa, em grupos de pessoas, cidades e países, o que o torna dinâmico, impulsionador de novas
atitudes e com grande propensão para a mudança de atitudes. Dessa maneira, podemos dizer que se uma
pessoa não é provocada para essa mudança ela pode se tornar indiferente à paz. Em outras palavras, ela �ca
exposta à violência - um grave problema social -  que afeta a todos, indistintamente, afastando, na maioria
das vezes, a comunidade e a polícia. Cláudio Beato (2001, p. 160) a�rma que:
Na verdade, experiências de policiamento comunitário, para serem bem-sucedidas, requerem que
processos mais amplos de reforma policial estejam em curso. A dinâmica global de interação
comunitária se expressa também no desenvolvimento de instrumentos de gestão, sistemas de
informações detalhadas e, se possível, mapeadas, prestação de contas, nova forma de interação
com o público e com a mídia etc. É um equívoco acreditar que se pode implementar policiamento
comunitário mantendo intactas antigas estruturas administrativas ou de relacionamento com o
público e mesmo  com as outras organizações do sistema de justiça.
Assim, é necessário  observar, com cuidado, quais são os elementos que de�nem o sentido de comunidade e
de que maneira as transformações que ocorrem na contemporaneidade desa�am as noções tradicionais que
se tem de comunidade, seja pela forma em que se baseia as relações de parentesco ou de vizinhança, seja
analisando o seu modo de se organizar a “sua vida coletiva” (HENRIQUES, 2010, p. 16). Tudo isso é colocado
à polícia, para que ela própria compreenda qual é o seu papel nessa determinada comunidade, para, a partir
daí, considerar a prática da polícia comunitária, nesse arranjo comunicativo, a �m de entender que estão
(polícia e comunidade) do mesmo lado, nas causas de interesse público.
O desenho imposto a essa nova prática de trabalho, em que a participação, o compartilhamento de suas
opiniões e a deliberação de suas demandas (individuais e coletivas) consciente de suas responsabilidades na
constituição da ordem pública, deve ser permanente para a construção de uma Cultura de Paz. Uma vez que
não se resume apenas em uma reunião de pessoas, mas, principalmente, no sentimento de pertencimento
àquela comunidade, com vistas à transformação de situações que lhes sejam adversas da realidade que é de
interesse comum. Esse agir, contrapõe-se a um modelo hierarquizado e verticalizado de tomada de decisão,
para uma nova forma que se horizontaliza, visando um sistema consensual que se centra no diálogo, em
uma polícia de proximidade, mais humana e mais cidadã. É o que urge, por uma nova forma, em que se
permite a abertura de espaços para que outros sujeitos possam também interferir e, assim, dar o seu ponto
de vista.
Nessa concepção, exige-se, conforme descrito, “da atividade policial um equilíbrio entre o uso da força e o
respeito aos direitos individuais das pessoas, especialmente em um Estado Democrático de Direito”
(TRINDADE, PORTO, 2011, p.343). Pois, se a base é democrática, faz-se necessário limitar e administrar o
uso da força legal, sem contudo, “abrir mão de prerrogativas de controle social que a Polícia tem”
(TRINDADE; PORTO, 2011, p.343). Trata-se de um assunto complexo, mas que deve ser enfrentado neste
curso, tendo em vista o seu conteúdo, por essa razão há necessidade de ser discutido e enfrentado, como
possibilidade para que alcancemos alguns caminhos enquanto sociedade.
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“Nossa Constituição não diz o que é segurança pública, nenhuma
lei diz que segurança pública é proteger a população ou
investigar criminoso, só diz por quem a segurança vai ser
exercida", disse ele à BBC Brasil.
"Então segurança é um conceito que ganha signi�cado no dia a
dia da prática policial. Se olharmos para a história das instituições
policiais hoje, muitas estão reguladas por outro conceito de
segurança, que é a manutenção de um modelo de ordem pública,
de uma situação em que o Brasil tem um inimigo interno. A lógica
é que o trá�co é o inimigo a ser combatido e deixamos de lado
uma série de problemas ligados à preservação da vida", explica.
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“[...] Chega-se à conclusão de que combater o crime não é a
mesma coisa que ir à guerra e, assim, a desmilitarização das
polícias tem sido uma tendência de signi�cado democrático, bem-
sucedido em muitos países. Articular-se com a comunidade, com
outros agentes que zelam pelo bem-estar social, como postos de
saúde, hospitais, escolas; associações de bairro, obtendo sua
colaboração, parece ser um caminho mais acertado e exitoso para
as polícias.” (AZEVEDO, 2003, p. 20)
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-38909715
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atividadeAtividade
Com base no seu conhecimento adquirido nesta unidade, sobre Policiamento Comunitário, assinale a alternativa
correta.
a) Passaram a integrar o planejamento estratégico como “�loso�a e estratégia organizacional”.
b) A e�ciência da Polícia Comunitária é mensurada pelo número de atendimento.
c) É uma nova estratégia da polícia apresentar serviço.
d) O per�l do policial que atua tem que ser técnico.
e) É uma nova modalidade do modelo tradicional.
Feedback: A alternativa correta é a letra “A”. A letra (b) está errada,
porque o policial deve ser preparado para lidar com os problemas e não por
quantidade de atendimento. A letra (c) está errada porque o policiamento
comunitário é uma forma diferente da polícia trabalhar, em que se busca
proximidade entre polícia e pessoas. A letra (d) está errada porque o per�l
do policial deve ser com formação humanista.  A letra (e) está incorreta
porque não existe modalidade no policiamento tradicional que tem a ver
com o tema.
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O tema da Polícia Comunitária impõe o enfrentamento sobre o agir da atividade policial, que deve ser
preparado para enfrentar os problemas dos cidadãos numa linha de horizontalidade. O foco no cidadão, de
uma determinada localidade, exige do policial mudança de estratégia. A proximidade dará na sua ação
possibilidades de um maior entrosamento, até mesmo para resoluções de con�itos, na e�ciência das
investigações. Pois, com essa forma de policiamento, como visto, a própria Polícia tem revisitado a sua
práticae buscado se atualizar, conforme os novos modelos de policiamento, essas são práticas de Polícias
Comunitárias, que muitas polícias estaduais vêm concebendo e implementando, nas cidades brasileiras.
Dessa forma, tais práticas passaram a integrar o planejamento estratégico como “�loso�a e estratégia
organizacional”, visto que, a polícia comunitária é um tipo de policiamento que provocou uma mudança a
respeito do conceito que conhecemos sobre a polícia. A preocupação é: (i) com a proteção ao cidadão; (ii)
com o policiamento que tem como foco auxiliar a comunidade a resolver seus problemas com segurança, e
(iii) de modo preventivo; (iv) abolição do uso da força física e, em especial, do uso das armas de fogo; e (v) a
polícia muda, buscando resolver os problemas em conjunto com a comunidade.
OS TERRITÓRIOS DA PAZ/RS: no dia 26 de junho de 2009, foi lançado no bairro Bom Jesus, na zona leste da
cidade de Porto Alegre/RS, o projeto denominado Território da Paz, que contou com verbas do Programa
Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça da época. A solenidade de
abertura contou com a presença do Ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e demais
autoridades. Ou seja, houve o envolvimento do governo federal, estadual e municipal. Inicialmente, tal
projeto tinha como pretensão baixar os índices de violência nos bairros Bom Jesus, Restinga Velha, Lomba do
Pinheiro e Cruzeiro. Para isso, contaria com ações intersetoriais da defensoria pública, Ministério da Cultura
e dos Esportes, oferecendo uma série de serviços de caráter social e de segurança pública “capazes de
reduzir a violência e valorizar a cidadania aos bairros e regiões mais vulneráveis à violência” (BRASIL, 2009,
p.5). Tinha como objetivo a redução da criminalidade, tal programa envolveu ações de saúde voltadas aos
cuidados com adolescentes, primeira infância, idosos, paternidade responsável, enfrentamento à violência
sexual infanto-juvenil, dentre outros (CIDADES SUSTENTÁVEIS, 2013). Algumas ações, conforme foram
descritas no site Programas Sustentáveis, assim distribuía-se:
1. Inclusão social: que envolvia projetos sociais, como Mulheres de Paz, Justiça Comunitária, Casa
das Juventudes, Agência da Boa Notícia e o investimento na recuperação de espaços públicos e na
ampliação e melhoria dos serviços.
2. Inteligência e tecnologia:  buscou-se a utilização da informação e do conhecimento para inibir
ações criminosas por meio da instalação de câmeras na cidade, sistema de audiomonitoramento,
para detecção de tiros, e do cruzamento de informações, de forma a orientar as ações de proteção.
Polícia Comunitária e os TerritóriosPolícia Comunitária e os Territórios
da Paz/RSda Paz/RS
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3. Integração e o policiamento comunitário: foi implementada a partir da criação do Gabinete de
Gestão Integrada, policiamento comunitário, com Brigada Militar e Polícia Civil, e projetos de
Ronda Escolar e Comunitária da Guarda Municipal.
Inicialmente, os Territórios da Paz instalados puderam mostrar que, quando há ações articuladas entre
população e poder público, o resultado delas causa impacto na vida das pessoas. Foi o que ocorreu com esse
tipo de prática no Rio Grande do Sul. De acordo com o portal do governo do Rio Grande do Sul, os resultados,
desse tipo de política de segurança, começaram a aparecer, sendo que: o número de homicídios nos quatro
bairros mais violentos de Porto Alegre caiu no primeiro quadrimestre do ano de 2013, em comparação com o
mesmo período dos dois anos anteriores:
Instalados pelo Governo do Estado nos bairros Restinga, Rubem Berta, Santa Tereza e Lomba do
Pinheiro, os quatro Territórios de Paz da Capital registraram 37 homicídios entre janeiro e abril
deste ano, contra 39 no ano passado e 43 no mesmo período de 2011, antes da criação do
primeiro território. A redução chega a 14% em dois anos.[...] Em toda Porto Alegre, por exemplo,
os homicídios passaram de 123 em 2011 para 143 em 2012, antes de baixarem para 141 em
2013. A participação dos Territórios de Paz caiu de 34% para 26% nesses crimes. [...] Já Caxias
do Sul, que há um ano recebe reforço do policiamento comunitário, registrou decréscimo da
violência em onze núcleos. Os homicídios caíram 57% e o trá�co de entorpecentes, 52%, além do
arrombamento à residência (36%) e roubo a posto de gasolina (62%).  (RIO GRANDE DO SUL,
2013).
Assim, a estratégia utilizada, no Programa Territórios da Paz, foi ocupar a área com policiais mais novos,
atuando sempre nas mesmas regiões do bairro para que pudessem estabelecer um diálogo com a
comunidade e, com isso, aprimorar o levantamento de informações sobre a criminalidade na região. Diante
da falta de continuidade do Programa Territórios da Paz, há relatos do aumento da violência nas áreas em
que �cavam os referidos territórios. Veri�cou-se que o formato intersetorial do Território da Paz, quando
acompanhado permanentemente, tem tudo para se �xar.
Assim, a experiência do Rio Grande do Sul, com os Territórios da Paz, demonstra avanços signi�cativos na
segurança pública, embora muito longe do ideal. Mas, pelo que se pode levantar, houve um despertar para
outros pontos (cultura, saúde, cidadania, mulher, jovem), obviamente, ainda distantes do ideal. O que restou
para se re�etir é de que muito ainda precisa ser feito, no que diz respeito às políticas de enfrentamento às
questões de segurança pública e a sua continuidade, visto que, sem continuidade não há efetividade nas
ações desenvolvidas, o que repercute negativamente à população que mais necessita das ações, que devem
ser desenvolvidas pelo Estado.
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atividadeAtividade
“A imagem e o papel da polícia não poderiam ser associados à dimensão repressiva natural de seu trabalho, mas que
ela deveria ser vista por todos como o equivalente à ideia de proteção” (ROLIM, 2006). Essa seria, possivelmente,
uma boa síntese para o que se pretende com a proposta de que formato de policiamento? Assinale a alternativa
correta.
a) Policiamento tradicional.
b) Policiamento comunitário.
c) Polícia combativa.
d) Polícia rodoviária federal.
e) Nenhuma das alternativas
Feedback: A letra “B” está correta, porque o modelo de policiamento
comunitário se contrapõe ao modelo tradicional, conforme indicado pelo
autor. A letra “a” está incorreta, porque o modelo tradicional de polícia é
associado a dimensão repressiva. A letra “c” está incorreta, porque não
existe este nome de policiamento. A letra “d” está incorreta, porque não se
refere à polícia rodoviária federal. A letra “e” é incorreta porque a letra “b” é
a correta.
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Todos concordam que a educação, a habitação, a segurança e a saúde, dentre outros determinantes, são
necessidades que todas as pessoas precisam ter satisfeitas, a �m de que possam viver com dignidade. Isso é
ponto pací�co nas discussões. Como já foi dito, a cultura de paz pretendida pressupõe práticas de
participação popular, em que se constitui num movimento que deve acontecer na pessoa, grupo de pessoas e,
quem sabe, em um país como um todo. Nesse caso em especial, com a provocação conjunta da comunidade e
da polícia.
Dessa maneira, não há como tratar da questão da segurança isoladamente, sem estabelecer um diálogo com
outras áreas e outros saberes. Até porque, quando se trata de Cultura de Paz é porque se reconhece que do
outro lado há violência, a Segurança Pública, portanto, sozinha não conseguirá dar conta dessa problemática,
que só tem crescido.
Assim, o trabalho de variadas disciplinas, relacionadas com o tema da violência e da segurança pública, têm
um papel de grande importância. Pode-se destacar, por exemplo, a Psicologia - por meio dopsicólogo jurídico
- que pode prestar relevante trabalho à vítima, quer a escutando, quer escutando o réu.
Para o coordenador do Grupo de Trabalho Violência e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva
(Abrasco), José Ferdinando Ramos Ferreira, a violência é um fenômeno que se origina por diferentes causas e
é ao mesmo tempo um grande desa�o, como também uma das vantagens da ciência de se considerar a
realidade social, em sua complexidade dialética e em movimento, o que possibilita olhar para o todo. Assim
comenta:
Desta maneira, se torna possível compor teorias que entendem a prática política, econômica,
social e espacial da violência. Assim é que as diversas metodologias empregadas no estudo do
fenômeno da violência na literatura cientí�ca e diferentes fontes de informações associadas à
utilização de tecnologias contribuem para indicar para onde migram as diferentes manifestações
de violência, o per�l da vítima, a caracterização e tipologia das violências e também, possibilita
identi�car as causas e desfechos produzidos por este fenômeno (REIS, 2017).
Nessa perspectiva, há muito que se avançar, pois a proximidade entre as instituições e sociedade ainda é
de�citária, carecendo de um diálogo mais estreito, até mesmo na divulgação dos dados que são produzidos
pelas instituições responsáveis pela Segurança Pública.
Esse descompasso de informações, além de fragilizar o sistema, acaba por contribuir para a sensação de
insegurança das pessoas. É preciso salutar o diálogo com pro�ssionais que atuam no campo das ciências
sociais, pois ajudam a construir, com as discussões, a produção do conhecimento e as transformações
Interdisciplinaridade, CiênciasInterdisciplinaridade, Ciências
Sociais e Ciências da SaúdeSociais e Ciências da Saúde
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necessárias para o desenvolvimento da ciência. Essa troca de conhecimento realimenta e desperta não só os
pro�ssionais dessa área como também permite estudos sobre os casos de violências, nas suas mais diversas
manifestações. O que destacou o Grupo de Violência e Saúde quanto  
[...] a necessidade de que os pro�ssionais de saúde devam ser habilitados a lidar com o fenômeno
da violência familiar, a importância do papel da cultura na implementação de intervenções
mentais em saúde para sobreviventes da violência, a cobertura e qualidade dos registros das
mortalidades, o impacto da violência na esperança de vida, entre outros. São temas do cotidiano
os quais se requali�cam por debates públicos. Quem poderia suprimir, por exemplo, um debate
sobre a violência doméstica contra as mulheres ao longo do tempo, ou ainda, deixar de lado a
complexidade de de�nir uma situação como “negligência”, visto que as famílias podem reproduzir,
praticar ou sofrer negligências? Isto remete a um problema estruturante, cuja magnitude opera no
campo do saber popular, onde existem diferentes subjetividades e propostas bastante praticáveis.
E o “HumanizaSUS” e a “Práxis e Formação Paidéia” no Brasil reconhecem a existência deste
“sujeito epistêmico”, e procuram colocá-lo diante dos serviços de saúde onde se operam mudanças
na gestão do sistema e de gerir saúde, obrigando a uma nova relação entre pro�ssionais e
usuários dos serviços de saúde para além da biomedicina e voltados para a escuta daqueles que
se situam no campo da exposição à violência. (REIS, 2017).
Neste sentido, resta con�rmar a importância de se estabelecer relações de diálogo permanente, com
distintas áreas do conhecimento, em especial as que envolvem políticas sociais (saúde, assistência social,
educação, trabalho), para que as ações atendam efetivamente às demandas das políticas de Segurança
Pública, que tanto necessitam a Sociedade.
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atividadeAtividade
De acordo com Minayo e Souza (1998), “A violência é exercida, sobretudo, enquanto processo social, portanto, não é
objeto especí�co da área da saúde. Mas, além de atender às vítimas da violência social, a área tem a função de
elaborar estratégias de prevenção, de modo a promover a saúde. Logo, a violência não é objeto restrito e especí�co
da área da saúde, mas está intrinsecamente ligado a ela, na medida em que este setor participa do conjunto das
questões e relações da sociedade. [...] e hoje busca ultrapassar seu papel apenas curativo, de�nindo medidas
preventivas destes agravos e de promoção à saúde, em seu conceito ampliado de bem-estar individual e coletivo.”
Nessa direção, qual, das alternativas abaixo, está correta?
a) O ser humano deve ser visto separadamente.
b) A violência enquanto processo social é objeto da saúde.
c) a violência não é só objeto da área da saúde, mas liga-se a ela.
d) A violência pode ser tratada somente pela Segurança Pública.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
Feedback: A letra “C” está correta, porque embora a violência não seja
objeto restrito e especí�co da área da saúde, está intrinsecamente ligado a
ela. A letra “a” está errada, porque conforme texto de estudo, o ser humano
é um todo e não pode ser visto separadamente. A letra “b” está errada
porque a violência não é objeto da saúde. A letra “d” está errada, pois
contraria o entendimento que se tem de que a violência tem a ver com
outros saberes. A letra “e” está errada, porque apenas a letra “c” está
correta.
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É preciso agir de maneira compatível com os preceitos éticos pro�ssionais, a �m de apreender conceitos
deontológicos-pro�ssionais, para desenvolver perspectivas transversais, plurais e de diversidade de direitos
humanos, e, ainda cumprir, de maneira exemplar, com sua elevada função social, na busca da concretização
dos valores de justiça e paz, que são muito caros para todos nós. Tendo por objetivo discorrer de forma mais
�uida, neste ponto, e também por uma estratégia didática, apresenta-se, inicialmente, a de�nição do termo
ética segundo o dicionário:  
É o Ramo da �loso�a que tem por objetivo re�etir sobre a essência dos princípios, valores e
problemas fundamentais da moral, tais como a �nalidade e o sentido da vida humana, a natureza
do bem e do mal, os fundamentos da obrigação e do dever, tendo como base as normas
consideradas universalmente válidas e que norteiam o comportamento humano. Por extensão é o
Conjunto de princípios, valores e normas morais e de conduta de um indivíduo ou de grupo social
ou de uma sociedade: Parece que não há mais ética na política. (MICHAELIS, 2019, on-line).
Por outro lado, apresentamos a signi�cação trazida por Eduardo Bittar (2017, p.27) que a�rma que:
ao exercício social de reciprocidade, respeito e responsabilidade”. O que entendemos aplicável no
campo das relações interpessoais, pois con�rma e nos faz lembrar de nossa humanidade e
dependência como seres que carecem uns dos outros, mesmo que custamos a essa verdade
admitir.
Considerando o nosso objetivo, não iremos analisar um código de ética policial em uso, por determinada
Polícia de um ente federado, mas a�rmamos que toda Instituição Policial tem o seu Código de Ética
Pro�ssional ou, como é chamado por algumas corporações, código de deontologia policial. Nas referências
bibliográ�cas, disponibilizamos alguns sites, como por exemplo: (i) polícia federal, (ii)polícia estadual de Goiás
e (iii) polícia civil do Rio de Janeiro, como exemplos dos códigos de ética dessas corporações.
Porém, em pesquisa realizada pelos professores, da Universidade de Brasília/UNB, Arthur Trindade e Maria
Stella Grossi Porto, os quais contaram com recurso do Ministério da Justiça, tem-se a análise dos códigos de
deontologia policial em uso em duas instituições policiais, conforme transcrevemos:
[...] discutimos os códigos de deontologia policial em uso em duas instituições policiais: a Polícia
Militar do DistritoFederal (Brasil) e o Ottawa Police Service (Canadá). Inicialmente, analisamos e
comparamos os conteúdos destes documentos. A seguir, veri�camos como cada uma destas duas
instituições policiais articula seus sistemas de treinamento e avaliação com seus respectivos
códigos de deontologia. Por �m, concluímos que a simples existência de códigos de deontologia,
Relações Interpessoais e ÉticaRelações Interpessoais e Ética
Pro�ssionalPro�ssional
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sem normas administrativas, não assegura o controle adequado das atividades policiais. Também
constatamos a necessidade de assimilação destes códigos e normas administrativas pelos
sistemas de treinamento e avaliação das polícias. Não deixamos de considerar que o contexto
social e político desempenha papel importante no condicionamento das dinâmicas e estruturas
internas de cada instituição policial. (TRINDADE; PORTO, 2011, p.342 e 344).
Para Eduardo Bittar (2017, p.54-56), a ética tem por objeto de estudo “a ação moral e suas tramas”. O mesmo
autor a�rma que esse “saber ético não possui natureza puramente normativa”. Porém, em suas intenções
residem as normas morais que são estudadas pela Deontologia. Assim, o que se pode estabelecer dessas
a�rmações é que o “saber ético estuda o agir humano” e que as normas morais convivem com normas sociais.
No entanto, o que se deve investigar no contexto das relações interpessoais e da ética pro�ssional é qual o
alcance de cada qual, com a �nalidade de se estabelecer a delimitação e, ao mesmo tempo, a cumplicidade
entre direito e ética.
Formação Ética Dos Policiais
A ética e a deontologia policial são essenciais na construção da sua identidade pro�ssional e no seu
desempenho, diante da elevada função social que carrega em seu ofício e em razão da expectativa da
população, que é depositada na Polícia. E esse é um peso que a instituição carrega sobre si e a ele é dado um
nome: responsabilidade.
A Sociedade brasileira tem conhecimento dos seus direitos, por isso, tem exigido que aqueles que prestam
serviços públicos, correspondam com ética ao seu ofício, de modo que o agir deste agente esteja em
consonância com a ética estabelecida pela corporação e que um dia jurou ser cumprida. Implicando na
atuação dos órgãos responsáveis pela Segurança Pública, que tem um papel de destaque, dado pelo texto
constitucional.  
É nesse ponto que reside o peso que o pro�ssional carrega, ao ter conhecimento de sua ética na pro�ssão.
Qual seria a ética do policial? O que visa a ética do policial?
A ética impõe limites para a sua ação, ela mostra a dependência de um policial em relação ao outro e da
importância que cada um tem no ofício que desempenha. Ela valoriza o agir individual na coletividade, de
maneira engajada e socialmente responsável.
saiba mais
Saiba mais
“A ética pressupõe que exista uma ligação com as ciências que
estudam as relações e comportamentos dos seres humanos em
sociedade - psicologia, antropologia, sociologia.”.
Para saber mais acesse o link disponível em:
ACESSAR
https://www.google.com/url?q=http://www.eses.pt/usr/Ramiro/docs/etica_pedagogia/etica_moral_deontologia.pdf&sa=D&ust=1556310962732000&usg=AFQjCNGo7mWQ9l5UbTfM8EDQMfx9bQWySw
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reflita
Re�ita
“Para serem eticamente defensáveis, é preciso demonstrar que os atos com base no
interesse pessoal são compatíveis com princípios éticos de bases mais amplas, pois a
noção de ética traz consigo a idéia de alguma coisa maior que o indivíduo. Se for
defender a minha conduta em bases éticas, não posso mostrar apenas os benefícios que
ela me traz. Devo reportar-me a um público maior.”
Fonte: Almeida e Christmann (2002, p. 13-14).
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atividadeAtividade
De acordo com Bittar (2002, p. 367), “Na atualidade, a ética tem-se reduzido e simpli�cado de modo extremado a
uma tecnologia ética. Talvez, na esperança de imediatizar o dever ético na consciência do pro�ssional, talvez, dentro
de uma onda positivista, tenha-se partido para uma tentativa de tornar concretos os princípios e deveres éticos,
produzindo-se os códigos de ética ou códigos de dever, especí�cos para cada pro�ssão. Ora, a conseqüência direta
desse tipo de raciocínio é: a) a transformação das prescrições éticas em mandamentos legais; b) a reti�cação
excessiva dos campos conceituais da ética; c) a compartimentação da ética em tantas partes quantas pro�ssões
existentes; d) a juridicização dos mandamentos éticos”. Considerando o exposto, assinale a alternativa correta.
a) Quando se aborda a temática ética pode se ignorar os problemas.
b) Ao abordar a temática ética não se pode ignorar a análise do problema e os princípios éticos.
c) A questão ética é apenas um compartimento.
d) Deve-se, somente quando couber, analisar os mandamentos éticos.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
Feedback: A letra “B” está correta, porque ao se abordar a temática ética
não se ignora a análise do problema de codi�cação das regras e dos
princípios éticos, porque se referem a um conjunto. A letra “a” está
incorreta, porque não se exclui os problemas na questão ética. A letra “c”
está incorreta, porque a ética é um conjunto e não se trata de um detalhe. A
letra “d” está incorreta, como dito acima, ética não é um compartimento. A
letra “e”  está incorreta, porque, de acordo com o texto, as questões éticas
devem ser analisadas sempre e não apenas quando couber.
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indicações
Material Complementar
L I V R O
Como Reconhecer um Bom Policiamento: Problemas e
Temas
Jean-Paulo Brodeur
Editora: Ford Foundation/NEV/Edusp
ISBN: 85.314.0701-X
Comentário: O tema é Polícia e Sociedade. Trata-se da forma de fazer
policiamento, enquanto Polícia Comunitária, considerando alguns
questionamentos: o que é efetivamente polícia comunitária? Como funciona e
qual a sua e�cácia na redução da violência?
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conclusão
Conclusão
Nesta unidade estudamos sobre a Polícia Comunitária, na perspectiva da construção de um novo paradigma
da polícia. Diante das argumentações, tecidas ao longo deste trabalho, não há como falar sobre policiamento
comunitário sem falar do policial que atua nesta instituição, o qual, às vezes, até solitariamente, tenta se
integrar no todo de uma determinada comunidade. O que signi�ca que o policial não é um estranho naquele
local, mas alguém que indica con�ança, respeito e que pode buscar instrumentos de participação
comunitária, com a adoção de estratégias que viabilizem a participação da cidadã e do cidadão como
protagonista, rompendo com a noção de uma participação �gurativa. No nosso entendimento, esse é o
grande achado das polícias comunitárias: participação para a tomada de decisão. Pois, diante do que foi
apresentado, a possibilidade do diálogo entre a Sociedade e o Estado, representado pela Polícia, é o caminho
mais e�caz para possíveis mudanças. Nessa direção é que surge a  grande necessidade de comunicação entre
a Segurança Pública e os seus atores, com as áreas de saúde, educação, ciências sociais, a �m de se buscar a
consolidação de políticas públicas que atendam o ser humano em sua totalidade e com dignidade.
referências
Referências Bibliográ�cas
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Horizonte: CRISP/UFMG,2001.
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IMPRIMIR
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https://estado.rs.gov.br/territorios-de-paz-reduzem-homicidios-em-quatro-bairros-de-porto-alegre
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