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urinário Elementos: dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra. Aparelho urinário: filtração, reabsorção, secreção, produção hormonal: renina e eritropoietina. Anatomia renal Os rins são órgãos retroperitoneais bilaterais. Encontrados nos quadrantes abdominais superiores à direita e à esquerda. Iniciado na 12 vertebra torácica e terminando na 3 vertebra lombar. Formato de feijão. → Face côncava – hilo renal de onde entram e saem os vasos e nervos. → Face convexa Divisão do rim: → Córtex renal → Medula renal → Lobo real: pirâmide + tecido cortical ao redor. → Lóbulo renal: raio medular + tecido cortical ao redor. Zona medular: → De 10 a 18 pirâmides medulares ou pirâmides de Malphigui. → Vértice → papila renal → 10 a 15 orificios → ductos coletores. → Base → raios medulares. urinário Sistema – Histologia renal O córtex tem coloração mais escura por receber cerca de 90% da vascularização renal. A medula renal aparece listrada, pois contém estruturas néfricas verticais (túbulos e ductos coletores) São as unidades morfofuncionais dos rins Cada rim tem cerca de 800 mil a 1 milhão de néfrons que não podem se regenerar. Dividido entre corpúsculo renal e túbulo renal – túbulo contorcido proximal. Alça de Henle, túbulo contorcido distal e ducto coletor. O néfron produz a urina por três processos: filtração, reabsorção e secreção. CORSPUSCULO RENAL Primeira parte onde ocorre a filtração do sangue. O filtrado tem composição semelhante ao plasma, porem quase não contem proteínas, pois estas não atravessa a barreira de filração. Cada corpúsculo é formado por: Glomérulo – novelo de capilares e Capsula de Bowman. Glomérulo: → Endotélios fenestrados altamente permeáveis e tem membrana basal de carga negativa impedindo a eliminação de proteínas plasmáticas (albumina e imunoglobulinas). Capsula de Bowman: → Folheto parietal: epitélio pavimentoso simples. → Folheto visceral: podócitos – células especializadas que envolvem os capilares e que contem pedicelos. Os podócitos contêm actina, apresentam mobilidade e localizam-se sobre uma membrana basal. → Espaço capsular: por onde o filtrado passa através das fendas de filtração. Células mesangiais: → Encontradas: parede dos capilares glomerulares, entre as células endoteliais e na lâmina basal. → São contrateis e tem receptores para angiotensina II. Também tem receptores para o PNA. → Outras funções: suporte estrutural, sintetizam a matriz extracelular, fagocitam e digerem substanciais anormais retidas na barreira e ainda produção de prostaglandinas e endotelinas (endotelinas causam contração do musculo liso dos vasos glomerulares). TUBULO CONTORCIDO PROXIMAL (TCP) Onde ocorre a maior parte da reabsorção tubular – 54L/dia. Função primaria de reabsorção isosmotica de agua e solutos. Confinado inteiramente ao córtex renal Paredes: epitélio cuboide ou colunar baixo, rico em mitocôndrias (logo, citoplasma acidófilo), citoplasma apical apresenta microvilos – orla em escova. Reabsorção neste segmento: → Cerca de 70% de agua; → Totalidade de glicose e aminoácidos; → Na+ (simportes e antiportes), Cl-, HCO3-, ureia, Ca2+, Mg2+ e HPO42-. Secreção de substancias estranhas como: creatinina, penicilina. ALÇA DE HENLE Formato de U com um segmento delgado entre dois segmentos espessos. Ambos os ramos têm epitélio pavimentoso simples, poucas organelas e baixa capacidade de secreção. Os néfrons justaglomerulares são aqueles que têm AH longas que se estendem ate as profundidades da medula real – segmento delgado longo. O ramo delgado é permeável a agua devido à aquoporina. O ramo espesso ascendente é impermeável à agua onde o cloreto de sódio é transportado ativamente para fora da urina. TUBULO CONTORCIDO DISTAL Assim como o TCP, o TCD esta confinado ao córtex renal. Possui epitélio cuboide simples especializado em secreção seletiva e reabsorção de íons É uma região de microrregulação da urina. O inicio do TCD é um importante local onde o hormônio paratireóideo (PTH) estimula a reabsorção de Ca2+. Na parte final a reabsorção e secreção varia de acordo com as necessidades Macula densa: região em que o TCD encosta no corpúsculo renal. → A macula densa é sensível ao conteúdo iônico e ao volume de agua do fluido tubular produzindo sinalização para liberação de renina na circulação. TÚBULOS E DUCTOS COLETORES Ao passar pelo TCD a urina passa pelos túbulos coletores que desembocam em ductos mais calibrosos, os ductos coletores, seguindo para as papilas. Os TC mais delgados são revestidos por epitélio cubico que vão se tornando cilíndricas Possuem dois tipos de células; → Células principais – pálidas com o papel de transporte de íons. → Células intercaladas – mais escuras e responsáveis pelo equilíbrio acido-base. Particularmente sobre influencia do hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina) que aumenta a permeabilidade dos TCD e DC à agua em caso do corpo precisar conservar agua. APARELHO JUSTAGLOMERULAR Funciona na regulação da PA. Contem: → Células justaglomerulares – com grânulos secretores de renina → Macula densa – monitoramento do soluto filtrado para o desencadeamento do sistema renina-angiotensina-aldosterona. → Células mesangiais – situadas em volta da base do glomérulo. As células mesangiais extraglomerulares interagem com as células da mácula densa e as células justaglomerulares como forma de regular a pressão sanguínea. INTERSTÍCIO RENAL Espaço entre o néfron e os vasos sanguíneos. Escasso na região cortical, mas aumenta na medular. Contem pequena quantidade de tecido conjuntivo, com fibroblastos, algumas fibra colágenas e, principalmente na medula, proteoglicanos. Interstício cortical – produção de eritropoietina (cerca de 85%) Interstício medular – células intersticiais para produção de prostaglandinas e prostaciclinas. Fisiologia renal FUNÇÕES DOS RINS: Equilíbrio hidroeletrolítico; Regulação do volume do líquido extracelular e da PA; liquido extracelular PA fluxo adequado de sangue Regulação da osmolaridade Hiperosmolar: soluto agua Hipo-osmolar: soluto agua Manutenção do equilíbrio iônico Regulação homeostática do pH LEC ácido → rins excreta H+ e conservam HCO3- LEC básico → rins conservam H+ e excretam HCO3-. Excreção de resíduos: metabolitos – creatinina (metabolismo muscular), resíduos nitrogenados, urobilinogênio (proveniente da hemoglobina); xenobióticos: sacarina, ânion benzoato. Síntese de hormônios: síntese de eritropoietina e renina, uma enzima que regula a produção de hormônios envolvidos no equilíbrio do Na+ e na homeostase da PA. As enzimas renais auxiliam na conversão de vitamina D3 em um hormônio ativo – calciferol - que regula a absorção de Ca2+. ENVOLVE: Filtração glomerular; Reabsorção tubular; e Secreção de substãncias. Filtração glomerular Processo relativamente inespecífico. Apenas cerca de 1/5 do plasma segue para o néfron. O restante passa para os capilares pericutubulares juntamente com as proteínas e as células sanguíneas → FRAÇÃO DE FILTRAÇÃO. O corpúsculo tem três barreiras: → Endotélio capilar – fenestrados com grandes poros, mas que impedem a passagem de células sanguíneas. → Lamina basal – constituída de glicoproteínas de carga -, colágeno e outras proteínas – funciona como peneira grossa. → Endotélio capsular de Bowman – podócitos.A filtração é determinada por: ✓ Forças hidrostáticas e coloidais ✓ Coeficiente de filtração glomerular (Kf) DETERMINANTES PARA A FG: FG= Kf . Pefetiva de filtração A Pressão efetiva de filtração é resultado da: 1. Pressão hidrostática nos capilares glomerulares (PG) 2. Pressão hidrostática na Capsula de Bowman (PB) 3. Pressão coloidosmotica () PRESSÃO HIDROSTÁTITICA NOS CG (PG): Do sangue que flui pelos capilares glomerulares. Em medida de 55mmHg. Depende da: pressão arterial, resistência da arteríola aferente (ra) e resistência da arteríola eferente (re). PA PG FG ra PG FG re PG FG PRESSÃO COLOIDOSMÓTICA (): Decorrente da presença de proteínas no plasma e no sangue e que se opõe a passagem pelos capilares. No interior dos capilares é maior do que o fluido da Capsula de Bowman devido às proteínas do plasma. É me media de 30mmHg – favorece o movimento do liquido de volta para ao capilares. Quando o liquido é filtrado as proteínas se tornam ainda mais concentradas no plasma sanguíneo dos capilares. PG FG PB FG FG Força motriz resultante é de 10mmHg. A TFG média é de 125mL/mim ou 180L/dia. Considerando que o volume plasmático é de 3L os rins filtram todo volume plasmático 60x/dia. O consumo de oxigênio: o consumo varia proporcionalmente de acordo com a reabsorção de sódio nos túbulos renais que tem intensa relação com a filtração glomerular e a intensidade de sódio filtrado. RESISTENCIA DA ARTERIOLA EFERENTE: Tem caráter bifásico a depender do grau de constrição. Se: ✓ Moderada: aumenta a FG ✓ Grave: diminui a FG, pois aumenta a . Enquanto não reduzir demais o fluxo sanguíneo renal a FG se elevara moderadamente. CONTROLE FISIOLOGICO DA FG E DO FLUXO SANGUINEIO RENAL (FSR): Sistema nervoso simpático: A forte ativação dos nervos simpáticos renais pode produzir constrição das arteríolas renais e FSR e FG. São importantes na diminuição da FG durante distúrbios graves agudos como numa hemorragia, reação de defesa ou isquemia cerebral. Controle hormonal: Norepinefrina e epinefrina: → Liberados pela medula adrenal; → Vasoconstritores - FG FSR, → Atuam mais em condições extremas – hemorragia. Endotelina; → Liberado por células endoteliais vasculares lesionadas dos rins, como em outros tecidos. → Contribui para a homeostasia quando um vaso é lesionado por ser um grande vasoconstritor. Angiotensina II: → Hormônio produzido localmente – sistema renina-angiotensina. → Vasoconstritor renal; → Age, preferencialmente, na arteríola eferente (são mais sensíveis a ação) → Estimulo para produção: PA Volume sanguíneo. → Ação: age prevenindo a PG e FG ao mesmo tempo em que FSR (pela contração da arteríola eferente) contribui para o fluxo reduzido nos capilares pericutubulares o que reabsorção de sódio e agua. níveis de sódio angiotensina re PG FSR sangue nos capilares pericutubulares reabsorção de sódio e agua PA Oxido nítrico: → Derivado do endotélio vascular capilar. → Vasodilatador – arteríola aferente NO ra FG PA → Pacientes com hipertensão ou com aterosclerose, o dano vascular e a produção de NO prejudicada pode contribuir para o aumento da vasoconstrição e da PA. Prostaglandinas e bradicilinas: → Causam vasodilatação - FSR FG Autorregulação: Feedback tubuloglomerular: → Relaciona o controle de NaCl na macula densa co o controle da resistência renal. o Concentração de NaCl nas células da macula densa: ra PG renina - angiotensina II – re PG Mecanismo miogênico: capacidade intrínseca de o musculo liso vascular responder às mudanças de pressão. Outros fatores que aumentam a FSR e a FG: alta ingestão de aminoácidos e glicose sanguínea aumentada: aminoacidos reabsorção de aminoácidos e sódio nos TCP Na+ na macula densa ra FSR FG O mesmo processo ocorre em caso de glicose aumentada. Em caso de lesão no TCP: reabsorção de sódio e agua perda de agua Na+ na macula densa ra Reabsorção renal Reabsorção no TCP: Filtração de cerca de 65% de água e sódio. Contém muitas proteínas carregadoras: → Cotransporte – aminoácidos e glicose; → Antiporte – hidrogênio. Na primeira metade: sódio em cotransporte com glicose, aminoácidos e outros solutos. Na segunda metade: glicose e aminoácidos restantes são absorvidos; o sódio é reabsorvido com íons cloreto – estão mais concentrados do que na primeira metade o que favorece a difusão pelas junções intercelulares. A quantidade Na+ diminui acentuadamente, mas a concentração permanece constante devido a reabsorção acentuada de água → reabsorção isosmótica. A TCP também é um local importante para secreção de sais biliares, oxalato, urato e catecolaminas. . Reabsorção na Alça de Henle: Consiste em três segmentos: ramo descendente fino, ramo ascendente fino e ramo ascendente espesso. O RDF é muito permeável à água e moderadamente permeável a maioria dos solutos. Cerca de 20% da água filtrada é reabsorvida na AH. O componente ascendente é praticamente impermeável à água → importante na concentração da urina. O RAE da AH apresentam alta atividade metabólica e são capazes de reabsorção ativa de sódio, cloreto e potássio. A movimentação no ramo ascendente espesso é mediada por cotransporte de sódio – 2 cloreto – potássio. → Também tem mecanismo de cotransporte de sódio e hidrogênio → secreção de hidrogênio nesse segmento. Reabsorção paracelular de cátions com Mg++, Ca++, Na+ e K+. O ascendente espesso é praticamente impermeável à água. Primeira porção do TCD: A primeira porção forma a macula densa, parte do complexo justaglomerular e fornece o controle por feedback da FG e do fluxo sanguíneo no mesmo néfron. Importante local onde o hormônio paratireoide (PTH) estimula a reabsorção de Ca++. Porção final do TCD e ducto coletor: Segmento diluídor → impermeável a água (local de ação do ADH). Compostos por dois tipos de células: → Células principais: reabsorvem sódio e água do lúmen e secretam íons de potássio para o lúmen. → depende da atividade bomba de sódio-potássio ATPase. → Células intercaladas: regulação ácido-base reabsorvem íon potássio e secretam íons de hidrogênio para o lúmen tubular – transportador de hidrogênio – ATPase. A permeabilidade deste trecho depende do ADH → controle do grau de diluição ou da concentração da urina. Ducto coletor medular: São o local final para o processamento da urina → reabsorvem menos de 10% da água e do sódio filtrados. A permeabilidade do DCM à água é controlada pelo ADH. É permeável à ureia e existem transportadores de ureia sendo parte reabsorvida para o interstício medular. É capaz de secretar íons hidrogênio contra o gradiente de concentração. Regulação da reabsorção: Balanço glomerolotubular: a intensidade total de reabsorção aumenta à medida que a carga filtrada aumenta – muito embora a FG permaneça relativamente constante. → Auxilia a evitar sobrecarga dos segmentos tubulares distais, quando a FG aumenta – amortecer efeitos. Forças hidrostáticas e coloidosmóticas controlam a reabsorção: → Pressão hidrostática dos capilares pericutubulares – se opõe a reabsorção; → Pressão hidrostática no interstício renal – favorece a reabsorção. → Pressão coloidosmotica das proteínas plasmáticas dos capilares pericutubulares– favorece a reabsorção. → Pressão coloidosmotica das proteínas no intersricio renal – que se opõe a reabsorção Pressão hidrostática dos capilares pericutubulares opõe a reabsorção 13 mmHg Pressão hidrostática no interstício renal favorece a reabsorção 6 mmHg Pressão coloidosmotica das proteínas plasmáticas dos capilares pericutubulares favorece a reabsorção 32 mmHg Pressão coloidosmotica das proteínas no intersricio renal opõe a reabsorção 15 mmHg TOTAL: 10 MG a favor da reabsorção HORMÔNIOS: Angiotensina II: → Estimula a atividade dos contratransportadores Na+-H+ nas células do TCP; → Aumenta reabsorção de Na+, outros solutos e agua, aumentando o volume sanguíneo e a PA. → Também estimula o córtex da medula suprarrenal para produzir a aldosterona. Aldosterona: → Melhora a atividade das bombas de sódio potássio na membrana basolateral e os canais de Na+ na membrana apical das células principais do ducto coletor → Aumenta secreção de K+ e reabsorção de Na+ e Cl- → Aumento do volume sanguíneo e da PA. Hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina): → Estimula a inserção de proteínas de canais de água (aquaporina-2) nas membranas apicais das células principais. → Aumenta a reabsorção facultativa de água, o que diminui a osmolaridade dos líquidos corporais. Peptídeo natriurético atrial (PNA): → Suprime a reabsorção de Na+ e água no túbulo contorcido proximal e ducto coletor; → : → Inibe a secreção de aldosterona e ADH. → Aumenta a secreção de Na+ na urina (natriurese); aumenta a produção de urina (diurese) e, portanto, diminui o volume sanguíneo e a pressão arterial. Hormônio paratireóideo: → Estimula a abertura dos canais de Ca2+ nas membranas apicais das células da parte inicial do túbulo contorcido distal. Sistema nervoso simpático: Se intensa, pode diminuir a excreção de sódio e agua, ou contrair as arteríolas renais, reduzindo assim a FG. A estimulação do sistema nervoso simpático aumenta a liberação de renina e a formação de angiotensina II, o que se soma ao efeito global para aumentar a reabsorção. Secreção renal Transferência de moléculas do liquido extracelular para o lúmen do néfron. Depende principalmente de sistemas de transporte de membrana. Secreção de K+ e H+ pelo néfron distal é importante na regulação da homeostasia desses íons. Compostos incluem metabolitos, xenobióticos, íons, dentre outros. É um processo ativo → movimento contra o gradiente de concentração. Um exemplo é a família do transportador de ânions orgânicos (OAT) é capaz de transportar uma grande variedade de ânions endógenos e exógeno: A ampla especificidade dos transportadores de ânions orgânicos significa que diferentes substratos podem competir pelos sítios de ligação do transportador. Um exemplo é a probenecida um composto sintético que aumentada a atividade da penicilina no corpo por competição dos sítios antes da penicilina ser produzida sinteticamente. Excreção renal Resultado de todos os processos que ocorreram no rim. Glicose, aminoácidos e metabólitos úteis desaparecem tendo sido reabsorvidos para dentro do sangue, e os resíduos orgânicos estão mais concentrados. A concentração de íons e água na urina é extremamente variável, dependendo do estado do corpo. EXCREÇÃO = FILTRAÇÃO – REABSORÇÃO + SECREÇÃO A taxa de excreção de uma substância depende (1) da taxa de filtração da substância e (2) de se a substância é reabsorvida, secretada ou ambas, enquanto ela passa ao longo do túbulo renal. Depuração É a taxa na qual esse soluto desaparece do corpo por excreção ou metabolização. Consiste no volume de plasma (Ml) “limpados” (depurados) de X por minuto. INULINA: um polissacarídeo isolado de uma raiz tuberosa de varias plantas que é filtrado livremente que não é reabsorvida nem secretada → 100% é excretada. A inulina não é natural do corpo o que gera uma limitação. Para qualquer substancia que é livremente filtrada, mas não é reabsorvida nem secretada, sua depuração é igual a TFG. CREATININA: é um produto da quebra da fosfocreatina, um composto que serve de fonte de energia e que é encontrado principalmente nos músculos. → Pequena quantidade é secretada na urina, porem a quantidade secretada é suficientemente pequena. Conhecendo a TFG pode-se determinar como o rim maneja qualquer soluto medindo a concentração do soluto no plasma e sua taxa de excreção. Como a glicose foi filtrada a uma taxa de125 mg/min, mas excretada a uma taxa de 0 mg/min, ela deve ter sido totalmente reabsorvida Para qualquer soluto, sua depuração reflete como os túbulos dos rins o manejam. Por exemplo, 100% da glicose que é filtrada é reabsorvida, e sua depuração é igual a zero. Anatomia dos ureteres A urina é coletada dos cálices renais se esvaziam na pelve renal e seguem através dos ureteres. Cada ureter começa superiormente, no nível de LII como uma continuação da pelve renal. Desce na posição retroperitoneal, entra na pelve verdadeira ao cruzar a cavidade pélvica na junção sacrolíaca, entra no ângulo posterolateral da bexiga. A entrada obliqua pela bexiga evita refluxo de urina, pois o aumento de pressão dentro da bexiga comprime a parede desse órgão, fechando as extremidades distais. Histologia Os cálices, a pélvis, o ureter e a bexiga têm a mesma estrutura básica, embora a parede se torne gradualmente mais espessa no sentido da bexiga. Possuem três camadas básicas: → Mucosa – epitélio de transição que estica quando os ureteres se enchem de urina. Lâmina própria de tecido conjuntivo fibroelástico contendo placas de tecido linfático. As células mais superficiais do epitélio de transição são responsáveis pela barreira osmótica entre a urina e os fluidos teciduais. → Muscular – longitudinal internas e circular externa. Uma terceira camada longitudinal externa aparece no terço inferior do ureter. → Adventícia – tecido conjuntivo típico. Fisiologia Papel ativo no transporte da urina. Sua distensão estimula a contração da musculatura → ondas peristálticas. O controle neural da peristalse parece insignificante comparado à resposta do estiramento local do músculo liso ureteral Anatomia da bexiga Reservatório muscular dobrável que armazena e expele urina. Situado na cavidade peritoneal no assoalho pélvico, imediatamente posterior à sínfise púbica. Quatro cantos: → Dois ângulos posterolaterias – recebem os ureteres; → Ângulo anterior da bexiga – faixa fibrosa ùraco → remanescente do alantoide; → Ângulo inferior (colo) - converge para a uretra. As aberturas dos ureteres e da uretra definem o trígono → infecções tendem a persistir nessa região. Artérias: ramos das A. ilíacas internas – artérias vesicais superiores e inferiores; A drenagem venosa segue para as V. ilíacas internas. Os nervos que vão do plexo hipogástrico até a bexiga consistem em fibras parassimpáticas provenientes dos nervos esplâncnicos pélvicos. Algumas fibras simpáticas oriundas dos nervos esplâncnicos torácicos inferiores e lombares superiores e fibras sensitivas viscerais. Entre a superfície posterior da bexiga e a superfície anterior do útero existe um recesso peritoneal chamado fundo de saco vesicouterino. Nos homens, o recesso peritoneal entre a bexiga e o reto chama-se fundo de saco rectovesical. Histologia Três camadas básicas: → Mucosa – epitélio transicional distensível e uma lâmina própria. O revestimento mucoso contém pregas ou rugas. → Camada muscular –músculo detrusor da bexiga. Consiste em fibras musculares lisas altamente misturadas e em duas camadas longitudinais (interna e externa) e uma camada circular (média). → Adventícia nas superfícies lateral e inferior. Na superfície superior é coberta pelo peritônio parietal. Conforme a urina acumula-se, as rugas aplainam. Tubo de parede fina que drena urina da bexiga e a transporta para fora do corpo. Consiste em musculo liso e em uma mucosa interna. Nos homens a camada muscular fica muito fina na extremidade distal da uretra. O epitélio muda de transicional próximo a da bexiga para epitélio colunar estratificado ou pseudoestratificado n aparte média (ausente nas mulheres) e depois epitélio escamoso estratificado na sua extremidade final. Esfíncter interno da uretra → espessamento do detrusor – involuntário (evita gotejamento entre as micções. Seu tônus normal o mantem contraído. Esfíncter externo da uretra → camada muscular – diafragma urogenital. A estimulação tônica proveniente do SNC mantém a contração do esfíncter externo, exceto durante a micção. Nas mulheres, a uretra tem apenas de 3 a 4 cm de comprimento e está presa à parede anterior da vagina por tecido conjuntivo Nos homens, a uretra tem aproximadamente 20 cm de comprimento e possui três regiões: a parte prostática da uretra; parte membranácea e parte esponjosa da uretra. As glândulas de Littré são do tipo mucoso e se encontram em toda a extensão da uretra, porém predominam na uretra peniana. O plexo vesical inerva tanto a uretra feminina como a masculina, este plexo origina-se do plexo hipogástrico inferior. Micção É um reflexo espinal simples que esta sujeito aos controles conscientes e inconscientes pelos centros superiores do encéfalo. A medida que a bexiga se enche receptores de estiramento enviam sinais através de neurônios sensórias para a medula espinal. A informação é integrada e transferida a dois conjuntos de neurônios: → Estimulo parassimpático → contração da musculatura lisa aumentando a pressão na bexiga; → Neurônios motores somáticos que inervam o esfíncter externo são inibidos. → Os eferentes simpáticos - que evitariam a micção pelo relaxamento do músculo detrusor - são inibidas. A contração da musculatura lisa é auxiliada pelos músculos da parede abdominal, que contraem e elevam a pressão intra- abdominal. O centro de micção na ponte é altamente influenciado pelas regiões rostrais do cérebro, como a região frontal inferior do córtex cerebral. Centros no tronco encefálico e no córtex cerebral recebem essa informação e superam o reflexo de micção básico, inibindo diretamente as fibras parassimpáticas e reforçando a contração do esfíncter externo da uretra. Quando chega o momento apropriado para urinar, esses mesmos centros removem a inibição e facilitam o reflexo, inibindo a contração do esfíncter externo da uretra Dieta hipossódica Controle de sódio, tanto dos alimentos que o contém em grande quantidade em sua composição, quanto da oferta do sal de adição. INDICAÇÃO: Para pacientes com hipertensão arterial, edemas, doenças renais, insuficiência cardíaca congestiva, hepatopatias com ascite, e administração prolongada de corticóides. Restringir oxalato, - espinafre, batata doce, chocolate, cereais multigrãos e feijão verde. Dieta hipoproteica Dieta com teor de proteínas de alto valor biológico INDICAÇÂO - Para pacientes com insuficiência renal ou qualquer patologia em que haja necessidade de reduzir os produtos do catabolismo protéico (uréia e creatinina). Urinálise Coleta: → Contaminação mínima – desprezo do primeiro jato, se necessário cateterismo de alivio. → Primeira urina do dia. Orientações especificas: retenção urinaria de no mínimo 2 horas. Evitar exercícios físicos tenuantes e não fazer uso de contraste nos últimos 7 dias. Dever ser armazenado em local refrigerado de 2 – 24 hrs. Urina 24 hrs é o padrão outro, porem sua coleta é mais difícil. Componentes da análise: → Analise física; → Analise química; → Sedimentoscopia. EXAME QUÍMICO VALORES NORMIAS Odor Sue generis – característico da urina Cor Amarelo Aspecto límpido pH 4,5 – 8,0 → varia de acordo com a situação Densidade 1.010 a 1.025 → traduz a capacidade do rim reter substancias. Para estimar a osmolaridade pega a dezena e a unidade da densidade e multiplica por 35, então a osmolaridade vai ser estimada em mOm/kg. EXAME QUIMICO VALORES NORMAIS Glicose Negativo Cetonas Negativo Hemoglobina Negativo Proteínas Inferior a 0,15 g/L Urobilinogênio Inferior a 1 EU/dL Bilirrubinas Negativo Nitrito Negativo Nem sempre valores elevados significam alteraçãoes, por vezes pode ser decorrente do metabolismo alterado com consumo exagerado. Proteinúria – avalia a função renal: → Glomerular → da permeabilidade capilar glomerular e proteínas – glomerulopatias. → Tubular → diminuição da reabsorção tubular – doença tubular ou intersticial. → Superprodução → produção de proteínas de baixo peso molecular – gamopatia monoclonal, leucemia. Um aumento de bilirrubina direta no sangue pode indicar doenças associadas a obstrução das vias biliares. Na hepatite tem bilirrubina direta associada ou urobilinogênio. Nitrito é associado a infecção urinaria, transformação de nitrato em nitrito pela nitrato redutase presente nas bactérias.. : Dentre os componentes do sedimento urinário estão: Células sanguíneas: Hemácias e leucócitos; Células epiteliais descamativas (CED); Microrganismos: Bactérias, leveduras ou protozoários; Espermatozoides; Cilindros: Hialinos, granulosos, leucocitários, hemáticos ou epiteliais; Cristais: Uratos, ácido úrico, oxalato de cálcio em urina ácida e Fosfatos amorfos, fosfato triplo, carbonato de cálcio em urinas alcalinas, e ainda cristais em urina anormal tais como: cistina, tirosina, leucina, colesterol e sulfonamidas; Muco; Artefatos diversos HEMÁCIA GLOMERULAR HEMÁCIA EXTRAGLOMERULAR COLORAÇÃO Marrom, “cor de coca-cola” vermelho COAGULOS Ausente Frequente PROTEINURIAS >500 mg/dia <500 mg/dia MORFOLOGIA DAS HEMACIAS Dismórficas Sem alteração CILINDROS HEMÁTICOS Frequente Ausente Cristais: → Ácido úrico; → Fosfato; → Oxalato de cálcio. OBS: Dor nestes casos podem ser associadas a obstrução de algum canal. Cálculos renais Cristais de sais existentes na urina ocasionalmente precipitam e se solidificam e se tornam insolúveis (cálculos renais) As condições que levam a formação de cálculos incluem: → Ingestão excessiva de cálcio; → Baixo consumo de água; → Urina anormalmente alcalina ou acida; → Hiperatividade das glândulas paratireoides; → Infecções bacterianas. Os cálculos tendem a se alojar em três regiões: → No nível de LII, onde a pelve renal se estreita pela primeira vez; → Junção sacroilíaca; → Onde os ureteres drenam para a bexiga. Litotripsia extracorpórea por ondas de choque é um procedimento que usa ondas de choque de alta energia para desintegrar cálculos renais. Insuficiência renal A insuficiência renal consiste em diminuição ou interrupção da filtração glomerular. A insuficiência renal aguda os rins param totalmente (ou quase totalmente) de funcionar de modo abrupto. A principal característica da IRA é a supressão do fluxo de urina, geralmente caracterizada tanto por oligúria quanto por anúria. Causas: diminuição do débito cardíaco, túbulos renais danificados, cálculos renais, contrastes utilizados para visualizar os vasos sanguíneos emangiografias, anti-inflamatórios não esteroides e alguns antibióticos. Pode estra relacionada a falência generalizada de órgãos. Manifestações: edemas decorrentes na retenção de sal e agua; acidose metabólica; acumulo de ureia; níveis de potássio elevados – podem levar à parada cardíaca; anemia porque os rins não produzem eritropoetina suficiente; osteomalácia – falha na capacidade de converter vitamina D em calciferol. A insuficiência renal crônica (IRC) se refere ao declínio progressivo e geralmente irreversível da taxa de filtração glomerular (TFG). A IRC pode resultar de glomerulonefrite crônica, pielonefrite, doença renal policística ou perda traumática de tecido renal. Fases: 1) perda de ate cerca de 75% dos nefros; pode ou não apresentar sintomas porque os néfrons remanescentes assumem a função daqueles perdidos; 2) insuficiência renal – perda de 75% dos néfrons - caracterizada por diminuição da TFG e aumento dos níveis sanguíneo de escórias nitrogenadas e de creatinina 3) fase final, chamada doença renal em estágio terminal (DRET) - aproximadamente 90% dos néfrons foram perdidos. - TFG diminui para 10 a 15% do normal, ocorre oligúria e os níveis sanguíneos de escórias nitrogenadas e creatinina aumentam ainda mais. Neste caso precisam de dialise e são possíveis candidatas a transplante de rim. TRATAMENTO: IRA: Diuréticos: sem benefício; Rigoroso controle hidroeletrolítico; Reposição diária: 400 ml + débito urinário; Dieta pobre em Na+; Diálise precoce e frequente; Destruição tecidual: aumento da uréia. Indicação de HD Hemodiálise é um procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra o sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento libera o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, uréia e creatinina. REFERENCIAS: 1. http://editais.icesp.org.br/uploads/EDITAL%20178- 217%20-%20ANEXO%2001%20- %20Manual%20de%20Dietas%20ICESP.pdf 2. file:///C:/Users/Tamires%20Sousa/Downloads/MANUAL- DIETAS_FINAL.pdf 3. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/bexiga-e- uretra 4. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ap%C3%AAn dices/valores-laboratoriais-normais/exames-de-urina- valores-normais 5. https://www.sbn.org.br/orientacoes-e- tratamentos/tratamentos/hemodialise/ 6. SILVERTHORN, D. U. (2010) Fisiologia Humana – uma abordagem integrada, 5ª ed., Ed. Artmed, RS. ISBN 9788536322841. 7. GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006. 8. Princípios de anatomia e fisiologia / Gerard J. Tortora, Bryan Derrickson 14. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. http://editais.icesp.org.br/uploads/EDITAL%20178-217%20-%20ANEXO%2001%20-%20Manual%20de%20Dietas%20ICESP.pdf http://editais.icesp.org.br/uploads/EDITAL%20178-217%20-%20ANEXO%2001%20-%20Manual%20de%20Dietas%20ICESP.pdf http://editais.icesp.org.br/uploads/EDITAL%20178-217%20-%20ANEXO%2001%20-%20Manual%20de%20Dietas%20ICESP.pdf file:///C:/Users/Tamires%20Sousa/Downloads/MANUAL-DIETAS_FINAL.pdf file:///C:/Users/Tamires%20Sousa/Downloads/MANUAL-DIETAS_FINAL.pdf https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/bexiga-e-uretra https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/bexiga-e-uretra https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ap%C3%AAndices/valores-laboratoriais-normais/exames-de-urina-valores-normais https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ap%C3%AAndices/valores-laboratoriais-normais/exames-de-urina-valores-normais https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/ap%C3%AAndices/valores-laboratoriais-normais/exames-de-urina-valores-normais https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/tratamentos/hemodialise/ https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/tratamentos/hemodialise/
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