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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI CENTRO DE TECNOLOGIA E URBANISMO – CTU BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA PROJETO DE CONTROLADORES DIGITAIS CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS BRUNA THAÍS MORURA DE OLIVEIRA LUAN MARINHO MORAIS PEREIRA LUCAS DE BRITO SILVA TERESINA – 2019 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS .................................................................................................. 4 PROJETO DE CONTROLADORES DIGITAIS ........................................................... 6 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 6 1.1. TIPOS DE SINAIS ........................................................................................... 6 1.2. SISTEMA DE CONTROLE DIGITAL .............................................................. 7 1.3. INTRODUÇÃO A CONVERSÃO DIGITAL ...................................................... 8 1.3.1. CONVERSORES DIGITAL-ANALÓGICO ................................................ 9 1.3.2. CONVERSORES ANALÓGICO-DIGITAL .............................................. 11 2. TRANSFORMADA Z ............................................................................................ 15 2.1. TABELA DE RECORROCÊNCIA .................................................................. 16 2.2. PROPRIEDADES .......................................................................................... 17 3. ESTABILIDADE .................................................................................................... 17 3.1. CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE JURY .................................................... 18 4. MÉTODO LUGAR DAS RAÍZES .......................................................................... 20 5. PROJETO PELO MÉTODO LUGAR DAS RAÍZES ............................................. 21 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS ................................................. 24 6. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 24 7. ARQUITETURA DE UM CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL .............. 26 8. LIGUAGENS DE PROGRMAÇÃO ....................................................................... 32 8.1. LINGUAGEM LADDER - LADDER DIAGRAM (LD) .................................... 33 8.2 LISTA DE INSTRUÇÕES - INSTRUCTION LIST (IL)..................................... 34 8.3. TEXTO ESTRUTURADO – STRUTURED TEXT (ST) ................................... 34 8.4. DIAGRAMA DE BLOCOS DE FUNÇÕES - FUNCTION BLOCK DIAGRAM (FBD) ................................................................................................................ 34 8.5. SEQÜENCIAMENTO GRÁFICO DE FUNÇÕES - SEQUENTIAL FUNCTION CHART (SFC) ................................................................................................... 35 8.6. NOÇÕES BÁSICAS DE REPRESENTAÇÃO .............................................. 35 8.7. INSTRUÇÕES E BLOCOS BÁSICOS ........................................................... 36 8.8. INSTRUÇÕES E BLOCOS ESPECIAIS ........................................................ 37 9 EXEMPLOS DE APLICAÇÕES PRÁTICAS ......................................................... 39 9.1. TANQUE DE AGITAÇÃO DE PRODUTOS .................................................. 39 9.2. CONTROLE DE NÍVEL .................................................................................. 40 9.3. CONTROLE DE MISTURA ............................................................................ 41 10 REFERÊNCIAS .................................................................................................... 43 4 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Sinal de tempo contínuo .............................................................................. 6 Figura 2: Sinal de tempo discreto ............................................................................... 7 Figura 3: Diagrama de blocos do sistema de controle digital ..................................... 7 Figura 4: Introdução dos conversores de sinais ......................................................... 8 Figura 5: Variável analógica ....................................................................................... 9 Figura 6: Variável digital ............................................................................................. 9 Figura 7: Exemplo de variável analógica ................................................................... 9 Figura 8: Exemplo de variável digital ......................................................................... 9 Figura 9: Conversor D/A básico .............................................................................. 10 Figura 10: Conversor D/A com Amp Op .................................................................. 11 Figura 11: Bloco conversor A/D ............................................................................... 11 Figura 12: Representação gráfica de um sinal analógico ........................................ 12 Figura 13: Representação gráfica de um sinal amostrado ...................................... 12 Figura 14: Sinal convertido D/A ............................................................................... 13 Figura 15: Conversor A/D paralelo .......................................................................... 14 Figura 16: Conversor A/D baseado em Conversor D/A ........................................... 15 Figura 17: Lugar das raízes ..................................................................................... 20 Figura 18: Sistema a compensar ............................................................................. 21 Figura 19: Deficiência angular .................................................................................. 22 Figura 20: Lugar das raízes do sistema não compensado ...................................... 23 Figura 21: Lugar das raízes do sistema compensado ............................................. 23 Figura 22: Diagrama de estruturas e interconexões ................................................ 26 Figura 23: Circuito de entrada digital 24 VCC .......................................................... 29 Figura 24: Circuito de entrada digital 110 / 220 VCA .............................................. 29 Figura 25: Circuito de entrada analógico ................................................................. 30 Figura 26: Saída digital à relê .................................................................................. 31 Figura 27: Saída digital à transistor .......................................................................... 31 Figura 28: Saída digital à Triac ................................................................................ 31 Figura 29: Circuito de saída analógico ..................................................................... 32 5 Figura 30: Estruturas básicas de representação ...................................................... 35 Figura 31: Bloco NA ................................................................................................ 36 Figura 32: Bloco NF ................................................................................................ 36 Figura 33: Bloco série ............................................................................................. 36 Figura 34: Bloco paralelo ......................................................................................... 37 Figura 35: Blocos especial SET .............................................................................. 37 Figura 36: Blocos especial RESET ......................................................................... 37 Figura 37: Blocos especial TIMER .......................................................................... 38 Figura 38: Blocos especial COUNTER ....................................................................38 Figura 39: Tanque de agitação de produtos ............................................................ 39 Figura 40: Controle de nível .................................................................................... 40 Figura 41: Controle de mistura ................................................................................ 41 6 PROJETO DE CONTROLADORES DIGITAIS 1. INTRODUÇÃO Nas últimas três décadas, engenheiros e cientistas buscaram a perfeição no projeto de sistemas de controle, tentando alcançar o desempenho ideal dos sistemas dinâmicos. Essa modernização foi o suficiente para provocar uma revolução nos processos industriais e computacionais. Esta evolução está possibilitando cada vez mais que os projetistas de controladores digitais cheguem mais próximos de sistemas com desempenho ideal buscando de produtividade máxima, lucro máximo, custo mínimo ou uso mínimo de energia. O advento do computador digital possibilitou a criação de controladores mais precisos do que os controladores analógicos devido a essa disponibilidade dos computadores digitais de baixo custo ocorrem mais vantagens encontradas ao trabalhar com sinais digitais em vez de sinais de tempo contínuo. 1.1. TIPOS DE SINAIS Existem vários tipos de representações de sinais umas delas são: a representação do sinal de tempo contínuo e a do sinal em tempo discreto. O sinal de tempo contínuo é um sinal definido por um longo período de tempo e a sua amplitude pode assumir um intervalo contínuo de valores. O sinal de tempo contínuo está representado conforme a Figura 1. Figura 1 – Sinal de tempo contínuo 7 Já a representação do sinal por tempo discreto é determinada através de intervalo de tempo, pois esse tipo de sinal não é representado de forma continua e sim por determinados periodos, por exemplo, instante 0, 1, 2, 3 e assim. O sinal de tempo discreto está representado conforme a Figura 2. Figura 2 – Sinal de tempo discreto 1.2. SISTEMA DE CONTROLE DIGITAL Um sistema de controle diital é compostos por vários componentes, que trabalham em conjunto para o perfeito funcionamento do sistema. Os segmentos do sistema são: controlador, ramo de realimentação, sistema manipulado e o erro atuante. Na Figura 3 está representando o diagrama de blocos do sistema de controle digital. Figura 3 - Diagrama de blocos do sistema de controle digital 8 O sistema a ser controlado, quase sempre consiste em uma planta ou em um processo. O ramo de realimentação atua na operação que tende a diminuir a diferença entre a saída de um sistema e alguma entrada dereferência e atua com base nessa diferença. O controlador tem como finalidade atuar sobre o desempenho do sistema, que por sua vez é considerado, na grande maioria dos casos, como um componente fixo da malha de controle, ou seja, que não possui a flexibilidade necessária para ser alterado, visando garantir a estabilidade, precisão e agilidade, requeridas pelo projetista. Geralmente o controlador é um controlador digital, dessa forma eles operam parcialmente na região de tempos discretos, já que o controlador é um sistema digital, e parcialmente sob o regime tempo contínuo, em virtude do comportamento da grande maioria dos processos poder ser descrita por um conjunto de equações diferenciais, caracterizando os mesmos como sendo de natureza contínua, geralmente presentes na entrada do controlador e na saída do mesmo. Desta maneira mostrou-se a necessidade da utilização de conversores de sinal para que a adequação dos mesmos aos elementos da malha seja realizada, conforme demonstrado na Figura 4. Figura 4 – Introdução dos conversores de sinais 1.3. INTRODUÇÃO A CONVERSÃO DIGITAL Para entender sobre conversores analógico-digital e digital-analógico, devemos antes ter conhecimento do que significam os termos analógico e digital. Toda as grandezas que estudamos, sejam elas físicas ou químicas (Ex.: tensão, corrente, potência, ph, concentração etc.), são analógicas, isso quer dizer que entre um valor X e um valor Y de uma grandeza, existem infinitos valores. Assim, quando a grandeza, 9 ou variável considerada, passa de um valor X para um valor Y, ela passou por vários valores até chegar no valor Y. Quando dizemos que uma variável é digital, isso significa que entre um valor X e um valor Y dessa variável, existe uma quantidade finita de valores. As figura 5 e 6 apresentam gráficos do comportamento em relação ao tempo para os dois tipos de variáveis. Figura 5 – Variável analógica Figura 6 – Variável digital Exemplos práticos desses dois tipos de variáveis são o potenciômetro e a chave seletora. O potenciômetro varia a sua resistência linearmente (potenciômetro linear) conforme a mudança da posição do cursor, logo a resistência do potenciômetro varia analogicamente, já na chave seletora, a resistência varia de forma discreta, ou seja, para cada mudança na posição da chave temos uma quantidade finita de valores. Figura 7 – Exemplo de variável analógica Figura 8 – Exemplo de variável digital 1.3.1. CONVERSORES DIGITAL-ANALÓGICO Os conversores, como já visto, são circuitos que transformam grandezas analógicas em digitais ou vice-versa. O conversor digital-analógico converte uma 10 grandeza digital em uma analógica. Uma aplicação bem comum dos conversores digital-analógico, é a funcionalidade de PWM(modulação por largura de pulso) em microcontroladores. Por exemplo, quando queremos controlar motores através do PWM da porta de um microcontrolador, o valor informado na programação é digitalizado e aplicado entrada do conversor para gerar a saída analógica. Uma desvantagem desse modelo de conversor digital-analógico é o tempo de processamento maior, já que toda a informação é enviada por uma única via (trem de bits). • CONVERSOR D/A BÁSICO O circuito a seguir apresenta um modelo básico de conversor digital-analógico: Figura 9 – Conversor D/A básico Por questões práticas, vamos analisar o circuito com somente A em nível lógico alto e as outras entradas com nível lógico 0 (10002). Nesta configuração é perceptível que trata-se de um circuito série. Assim, a tensão de saída será: 𝑉𝑠 𝑅′ = 𝑉𝑐𝑐 𝑅 + 𝑅′ → 𝑉𝑠 = 𝑉𝑐𝑐𝑅′ 𝑅 + 𝑅′ • CONVERSOR D/A COM AMPLIFICADOR OPERACIONAL Neste modelo, o amplificador operacional funciona como um somador ponderado. Veja a figura: 11 Figura 10 – Conversor D/A com Amp Op A função de transferência caracterizada por este circuito é dada por: 𝑉𝑠 = − 𝑉𝑅′ 𝑅 ( 𝐴 1 + 𝐵 2 + 𝐶 4 + 𝐷 8 ) Onde V é a tensão de nível lógico das entradas, e A, B, C e D são os bits do código BCD 8421. Se considerarmos a tensão de nível lógico sendo 8Volts (V = 8Volts), e R’= R. Verificamos que a tensão de saída é proporcional ao código BCD 8421. Existem ainda outros tipos de conversores D/A que para este estudo não merecem tanta atenção. 1.3.2. CONVERSORES ANALÓGICO-DIGITAL No mundo real, sinais – como a luz, o som, a temperatura – geralmente são de natureza não elétrica. E para podermos tratarmos tais sinais em um computador, por exemplo, necessitaremos convertê-los. Para tal conversão, primeiro precisaremos transformar esses sinais em sinais elétricos, e isso é feito por meio de dispositivos chamados transdutores. Logo em seguida, esse sinal transformado é convertido por um circuito denominado Conversor Analógico/Digital (conversor A/D ou simplesmente ADC). Abaixo, podemos ver um esquema simplificado deste processo. Figura 11 – Bloco conversor A/D 12 • Especificações de um Conversor A/D Para a escolha do tipo e das especificações ideais para cada aplicação, devemos analisar alguns requisitos. Abaixo veremos alguns. I) Taxa de Amostragem Para uma melhor explicação, consideremos o sinal analógico a seguir, onde temos uma variação de tensão (v) ao decorrer do tempo(t). Figura 12 - Representação gráfica de um sinal analógico O conversor A/D captura amostras do sinal analógico ao longo do tempo e cada amostra será convertida em um número, considerando-se sempre o seu nível de tensão. A quantidade de amostras capturadas nesse espaço de tempo é denominada taxa de amostragem. A seguir, podemos ver alguns pontos de amostragem em nosso sinal. Figura 13 - Representação gráfica de um sinal amostrado No processo de conversão Digital/Analógico, podemos perceber que a forma de onda resultante não será igual ao sinal original, já que em sua reconstituição nem todos os pontos originais serão utilizados (apenas os pontos que foram capturados para amostragem serão considerados). Na imagem abaixo, podemos ver como ficaria a onda depois desta conversão. 13 Figura 14 – Sinal convertido D/A Assim, podemos concluir que quanto maior for a taxa de amostragem, melhor será o sinal produzido pelo conversor D/A. Porém, quanto maior a taxa de amostragem, maior será o espaço necessário para o armazenamento dos dados. Partindo disto, devemos sempre escolher uma taxa de amostragem que tenha a melhor relação Qualidade/Espaço de armazenamento e para isto, recorremos ao Teorema de Nyquist. Este teorema define que a taxa de amostragem nas conversões A/D deve ser no mínimo duas vezes o valor da frequência máxima que se deseja capturar. Por exemplo, para uma frequência de 5 kHz, necessitaríamos usar uma taxa de amostragem de pelo menos 10kHz. II) Resolução O valor de cada amostra capturada é transformado em um valor de número inteiro, onde os valores vão de 0 (zero) a potência de 2 correspondente ao número de bits do conversor menos um. Assim, por exemplo, se o conversor for de oito bits, ele poderá armazenar 256 valores (28=256), indo de 0 a 255. Quanto maior o número de bits do conversor, melhor a resolução do sinal, porém necessitaríamos de mais espaço de memória. Então, para encontrarmos o número de bits ideal para o nosso conversor, basta calcular o nível de ruído desejável por meio da relação Sinal/Ruído (SNR). SNR = 6,02n + 1,76 dB Onde n é o número de bits do conversor, e quanto maior o valor de SNR, melhor será a resolução do sinal. 14 • FUNCIONAMENTO DE UM CONVERSOR A/D Aqui veremos como se dá o funcionamento das principais configurações de conversor A/D. I) Conversor A/D Paralelo Figura 15 – Conversor A/D paralelo Neste tipo de conversor, a tensão de entrada (sinal analógico – Vin) é comparado, por meio dos amplificadores operacionais, com uma tensão de referência (Vref). Assim, se o valor da tensão de referência for 6V e o nosso conversor for de oito bits, o valor da saída do conversor variaria de 0 (00000000), quando Vin=0V, a 255 (00000000), quando Vin=6V. Apesar de simples e mais rápido que outros conversores, o paralelo necessita de uma quantidade muito grande de componentes. Por exemplo, para um conversor de 8 bits, necessitaríamos de 255 comparadores. II) Conversor A/D baseado em Conversor D/A 15 Figura 16 - Conversor A/D baseado em Conversor D/A Neste tipo de conversor, o contador de década gera o código BCD 8421 nas saídas A’, B’, C’, D’ que são injetadas no conversor D/A, que por sua vez gera uma tensão de referência (Vref) que será inserida no circuito comparador (amplificador operacional) juntamente com o sinal analógico (Vin) que será convertido. A saída do comparador gera o clock dos flip-flops do circuito de saída e também aciona uma chave por meio da porta logica AND, que faz o controle da entrada de clock no contador de década. 2. TRANSFORMADA Z A Transformada Z é utilizada no projeto de filtros e sistemas de controle digitais, porque esse tipo de transformada é aplicada em análises de tempo discreto, pois em um sistema linear de controle de tempo discreto, uma equação de diferença linear caracteriza a dinâmica do sistema. Para determinar a resposta do sistema a uma determinada entrada, essa equação de diferença deve ser resolvida. Com o método de transformação de Z, as soluções para equações podem ser resolvidas facilmente. A definição da Transformada Z é dada da seguinte forma: 𝑍 = 𝑒𝑠𝑇 Segue um exemplo abaixo para melhor compreensão: 𝑓(𝑡) = 𝑒𝑎𝑇 16 F(z) = ∑ eakT. Z−k +∞ k=0 F(z) = e0. z0 + eaT. z−1 + e2aT. z−2 + ⋯ A P.G possui razão q = eaT. z−1 E o termo inicial a1 = e 0. z0 = 1 Logo: F(z) = a1 1 − q = 1 1 − eaT. z−1 F(z) = z z − eaT 2.1. TABELA DE RECORRÊNCIA Para a facilitar os calculos existe um tabela com as transormadas Z mais comuns e mais utilizadas, cujo o objeivo dessa tabela é de auxilixar e facilitar as contas. Logo abaixo segue um exemplo da Tabela da Transformada Z. X(s) X(z) 1 1 1 2 𝑒−𝑛𝑇𝑠 𝑧−𝑛 3 1 𝑠 𝑧 𝑧 − 1 4 1 𝑠² 𝑧 (𝑧 − 1)² 5 1 𝑠 + 𝑎 𝑧 𝑧 − 𝑒−𝑎𝑇 6 1 𝑠(𝑠 + 𝑎) 𝑧(1 − 𝑒−𝑎𝑇) (𝑧 − 1)(𝑧 − 𝑒−𝑎𝑇) 7 𝑤 𝑠² + 𝑤² 𝑧 sin 𝑤𝑇 𝑧² − 2𝑧 cos 𝑤𝑇 + 1 8 𝑠 𝑠² + 𝑤² 𝑧(𝑧 − cos 𝑤𝑇) 𝑧² − 2𝑧 cos 𝑤𝑇 + 1 9 1 (𝑠 + 𝑎)² 𝑇𝑧𝑒−𝑎𝑇 (𝑧 − 𝑒−𝑎𝑇)² 17 2.2. PROPRIEDADES • LINEALIRIDADE 𝑍{𝛼𝑓1(𝑘𝑇) + 𝛽𝑓2(𝑘𝑇)} = 𝛼𝑍{𝑓1(𝑘𝑇)} + 𝛽𝑍{𝑓2(𝑘𝑇)} • DESLOCAMENTO NO TEMPO 𝑍{𝑓(𝑘 + 𝑛)} = 𝑧𝑛𝐹(𝑍) − 𝑧𝑛 ∑ 𝑓(𝑘). 𝑧−𝑘 𝑛−1 𝑘=0 • OPERADOR DE AVANÇO UNITÁRIO 𝑧𝐹(𝑍) = 𝑍{𝑓(𝑘 + 1)}, desde que 𝑓(0) = 0 • TEOREMA DE VALOR INICIAL 𝑦(0) = lim 𝑧→∞ 𝑌(𝑧) • TEOREMA DO VALOR FINAL lim 𝑘→∞ 𝑓(𝑘) = lim 𝑧→1 (𝑧 − 1)𝐹(𝑧) 3. ESTABILIDADE Um sistema de controle consiste em subsistemas e processos construídos com o objetivo de se obter uma saída desejada, com desempenho desejado para uma entrada específica conhecida. Como já foi comentado sistema de controle com realimentação é a denominação dada a um sistema que estabeleça uma relação de comparação entre uma saída e uma entrada de referência, utilizando a diferença como meio de controle. Os sistemas de controle realimentados são utilizados fundamentalmente por quatro razões: a estaabilidade, para manter a estabilidade em malha fechada ou estabilizar sistemas instáveis em malha aberta; o rastreamento, para aproximar a saída de referência de forma desejada e pré-estabelecida; a regulação, serve para atenuar ou rejeitar perturbações indesejadas; e a sensibildade, serve para reduzir o efeito de incertezas de modelo e atenuar o efeito do ruído. 18 No resumo de sistemas de controle realimentados o conceito de estabilidade é crucial. Conhecida como estabilidade BIBO – Bounded Input – Bounded Output, um sistema é dito como estável se a resposta temporal for limitada para qualquer sinal de entrada também limitado. Por isso, a estabilidade de sistemas lineares pode ser definida em termos da localização dos polos e zero da função de transferência em malha fechada. No caso das funções de transferência no plano Z, os módulos dos polos devem ser menores do que 1, como pode ser observado na função G(z) abaixo: 𝐺(𝑧) = 𝑧 + 1 𝑧2 + 0,4𝑧 + 0,2 Na função 𝐺(𝑧) os polos são definidos por: 𝑧2 + 0,4𝑧 + 0,2 = 0 𝑧1,2 = −0,4 ± √0,42 − 4 ∗ 1 ∗ 0,2 2 ∗ 1 = −0,2 ± 𝑗0,8 Logo: |𝑧1| = |𝑧2| = √(−0,2)2 + (±0,8)2 = 0,824 Como 0,824 <1 logo o sistema é BIBO estável. 3.1. CRITÉRIO DE ESTABILIDADE DE JURY Na teoria de processamento e controle de sinais, o critério de estabilidade Jury é um método de determinar a estabilidade de um sistema de tempo discreto linear pela análise de coeficientes de seu polinômio característico. É o análogo de tempo discreto do critério de estabilidade Routh. A aplicação do teorema anterior em sistemas que possuem ordem maior que 2, torna-se difícil, uma vez que será necessário utilizar métodos computacionais para se determinar todas as raízes. O critério de Jury estuda a estabilidade de sistemas discretos sem a necessidade de determinar os polos.Os passos para se resolver um sistema de ordem n > 2 sem ajuda computacional será descrito abaixo: Se a função de transferência: 𝐺(𝑧) = 𝑁(𝑧) 𝐷(𝑧) , onde 𝐷(𝑧) é o polinômio característico dado por: 19 𝐷(𝑧) = 𝑑0𝑧 𝑛 + 𝑑1𝑧 𝑛−1 + ⋯ + 𝑑𝑛 1º Passo: Construção da tabela: 𝑘 = 0 Linha 1 Linha 2 𝑑𝑛 𝑑𝑛−1 … 𝑑1𝑑0𝑑0 𝑑1 … 𝑑𝑛−1 𝑑𝑛 𝑗0 = 𝑑𝑛 𝑑0 𝑘 = 1 Linha 3 Linha 4 𝑑0 − 𝑑𝑛. 𝑗0 𝑑1 − 𝑑𝑛−1. 𝑗0 … 𝑑𝑛 − 𝑑0. 𝑗0 𝑑𝑛−1 − 𝑑1. 𝑗0 … 𝑑1 − 𝑑𝑛−1. 𝑗0 𝑑0 − 𝑑𝑛. 𝑗0 𝑗1 = 𝑑𝑛−1 − 𝑑1. 𝑗0 𝑑0 − 𝑑𝑛. 𝑗0 ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ 𝑘 = 𝑛 𝑑𝑛,0 2º Passo: Verifique se todos os 𝑗𝑛−1 são menores do que 1. Como no exemplo a seguir: Verificar se a função de transferência abaixo apresenta um sistema estável ou instável: 𝐺(𝑧) = 16𝑧2 − 8𝑧 + 1 8𝑧3 + 𝑧2 + 𝑧 + 4 𝐷(𝑧) = 8𝑧3 + 𝑧2 + 𝑧 + 4 𝑘 = 0 Linha 1 Linha 2 8 1 1 4 4 1 1 8 𝑗0 = 4 8 = 1 2 → | 1 2 | < 1 𝑘 = 1 Linha 3 Linha 4 6 1 2 1 2 0 1 2 1 2 6 𝑗1 = 1 2 6 = 1 12 → | 1 12 | < 1 𝑘 = 2 Linha 5 Linha 6 143 24 11 24 0 11 24 143 24 𝑗2 = 11 24 143 24 = 11 143 → | 11 143 | < 1 20 𝑘 = 3 Linha 7 5,9231 Como todos os |𝑗𝑛−1| < 1, logo o sistema é estável. Os polos do sistema são: 𝑧1,2 = 0,3286 ± 𝑗0,7288 ; 𝑧3 = −0,7823 Todos os módulos dos polos estão dentro do círculo unitário, o que comprova a estabilidade do sistema. 4. MÉTODO LUGAR DAS RAIZES O lugar das raízes para a transformada Z é o mesmo método realizado pelo no plano S, isto é, segue as mesma etapas no plano, cuja as etapas são: 1ª etapa, encontrar os pólos e zeros da funçao de transeferencia, e encontrar os intervalos que - á + que compreendem o gráfico; 2ª etapa, encontrar os angulos das assíntotas; 3ª etapa, encontrar o ponto de cruzamento; 4ª etapa, encontrar o Ângulo de Partida do Plano Complexo; 5ª etapa localizar o ponto de quebra; 6ª utilizar o critério de estabilidade de Routh. Para um 𝐺(𝑧) = 𝑧+2 𝑧2 e 𝐻(𝑧) = 𝑧+5 𝑧+4 , temos um lugar das raízes defino por: Figura 17 – Lugar das raízes 21 5. PROJETO PELO MÉTODO DO LUGAR DAS RAÍZES O projeto pelo método do lugar das raízes será abordado por uma exemplificação, a medida que os passos forem avançando será obtida a compreensão de como é feito o projeto. Considerando o controle digital mostrado na figura a seguir abaixo. No plano Z, projete um controlador digital em que os polos dominantes de malha fechada tenham um coeficiente de amortecimento 𝜁 de 0,5 e um tempo de acomodação de 2 segundos. O tempo de amostragem é 0,2 segundos, ou T=0,2. Figura 11 – Sistema a compensar Resolução: 1º Passo: Cálculo de 𝑤𝑛 (frequência natural não amortecida), 𝑤𝑑 (frequência natural amortecida) e 𝑤𝑠 (frequência de amostragem): 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑐𝑜𝑚𝑜𝑑𝑎çã𝑜 = 4 𝜁. 𝑤𝑛 = 4 0,5. 𝑤𝑛 = 2 𝑤𝑛 = 4 𝑤𝑑 = 𝑤𝑛. √1 − 𝜁2 = 4. √1 − 0,52 = 3,464 𝑤𝑠 = 2𝜋 𝑇 = 2𝜋 0,2 = 10𝜋 = 31,42 2º Passo: Localizamos os polos dominantes de malha fechada no plano Z através das equações: |𝑧| = 𝑒−𝑇𝜁𝑤𝑛 = exp (− 2𝜋𝜁 √1 − 𝜁2 𝑤𝑑 𝑤𝑠 ) = exp (− 2𝜋. 0,5 √1 − 0,52 3,464 31,42 ) = 𝑒−0,4 = 0,6703 ∠𝑧 = 𝑇. 𝑤𝑑 = 2𝜋 𝑤𝑑 𝑤𝑠 = 2𝜋 3,464 31,42 = 0,6927 𝑟𝑎𝑑 = 39,69° Assim podemos dizer que o polo dominante de malha fechada é: 𝑧 = 0,6703∠39,69° = 0,5158 + 𝑗0,4281 22 3º Passo: Transforma-se a função de transferência da planta para o domínio Z: 𝐺𝑝(𝑧) = 𝑍 [ 1 − 𝑒−𝑇𝑠 𝑠 1 𝑠(𝑠 + 2) ] = (1 − 𝑧−1)𝑍 [ 1 𝑠2(𝑠 + 2) ] 𝐺𝑝(𝑧) = 0,01758(𝑧 + 0,8760) (𝑧 − 1)(𝑧 − 0,6703) A função de transferência 𝐺𝑝(𝑧) possui polos em z=1 e z=0,6703 e um zero em - 0,8760. 4º Passo: Calcular a deficiência angular que o controlador terá que compensar, para isso devemos localizar o polo dominante de malha fechada no plano Z e adicionar os polos e os zeros da planta. Na figura abaixo o ponto P é o polo de malha fechada: Figura 12 – Deficiência angular Sendo 𝜃 a deficiência angular, temos: 𝜃 = 180° + ∑ ∠𝑧𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑎𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑃 − ∑ ∠𝑝𝑜𝑙𝑜𝑠 𝑎𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑃 𝜃 = 180° + 17,10° − 138,52° − 109,84° = −51,26° Assim o controlador deve contribuir com +51,26°. 5° Passo: Calcular 𝛼 e 𝛽 na função de transferência do controlador: 𝐺𝑐(𝑧) = 𝑘 𝑧 + 𝛼 𝑧 + 𝛽 Escolhemos 𝛼 = −0,6703 para cancelar um dos polos da planta, assim para que o controlador contribua com os 51,26° este deve possuir um polo em 𝑧 = 0,2543, logo 𝛽 = −0,2543. Obtendo: 𝐺𝑐(𝑧) = 𝑘 𝑧 − 0,6703 𝑧 − 0,2543 23 6° Passo: Calcular o valor de k, para isso utiliza-se a condição de módulo no ponto P: |𝐺𝑐(𝑧)𝐺𝑝(𝑧)|𝑧=0,5158+𝑗0,4281 = 1 𝑘 | 0,01758(𝑧 + 0,8760) (𝑧 − 0,2543)(𝑧 − 1) | 𝑧=0,5158+𝑗0,4281 = 1 𝑘 = 12,67 7° Passo: Reescrevera função de transferência do controlador: 𝐺(𝑧) = 12,67 𝑧 − 0,6703 𝑧 − 0,2543 𝐺𝑐(𝑧)𝐺𝑝(𝑧) = 12,67 0,01758(𝑧 + 0,8760) (𝑧 − 0,2543)(𝑧 − 1) Figura 3 – Lugar das raízes do sistema não compensado Figura 4 – Lugar das raízes do sistema compensado 24 CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 6. INTRODUÇÃO Os primeiros sistemas de controle foram desenvolvidos durante a Revolução Industrial, no final do século XIX. As funções de controle eram implementadas por engenhosos dispositivos mecânicos, os quais automatizavam algumas tarefas críticas e repetitivas das linhas de montagem da época. Os dispositivos tinham de ser desenvolvidos para cada tarefa e devido à natureza mecânica, eles tinham uma pequena vida útil. Na década de 1920, os dispositivos mecânicos foram substituídos pelos relés e contatores. A lógica a relés viabilizou o desenvolvimento de funções de controle mais complexas e sofisticadas. Desde então, os relés têm sido empregados em muitos sistemas de controle em todo o mundo. Eles se mostraram uma alternativa de custo viável, especialmente para a automação de pequenas máquinas com um número limitado de transdutores e atuadores. Na indústria moderna, a lógica a relés é raramente adotada para o desenvolvimento de novos sistemas de controle, mas ainda existe em operação muitos sistemas antigos em que é utilizada. O desenvolvimento da tecnologia dos Circuitos Integrados (CIs) possibilitou uma nova geração de sistemas de controle. Em comparação com os relés, os CIs baseados nas tecnologias TTL ou CMOS são muito menores, mais rápidos e possuem uma vida útil muito maior. Em muitos sistemas de controle, que utilizam relés e CIs, a lógica de controle, ou algoritmo, é definida permanentemente pela interligação elétrica. Sistemas com lógica definida pela interligação elétrica são fáceis de implementar, mas o trabalho de alterar o seu comportamento ou sua lógica é muito difícil e demorado. No início da década de 1970, os primeiros computadores comerciais começaram a ser utilizados como controladores em sistemas de controle de grande porte. Devido ao fato de o computador ser programável, ele proporciona uma grande vantagem em comparação com a lógica por interligação elétrica, utilizada em sistemas com relés e CIs. No entanto, os primeiros computadores eram grandes, caros, difíceis de programar e muito sensíveis à utilização em ambientes "hostis" encontrados em muitas plantas industriais. 25 O Controlador Lógico Programável (CLP) nasceu praticamente dentro da indústria automobilística americana, especificamente na Hydronic Division da General Motors, em 1968, devido a grande dificuldade de mudar a lógica de controla de painéis de comando a cada mudança na linha de montagem. Tais mudanças implicavam em altos gastos de tempo e dinheiro. Sob a liderança do engenheiro Richard Morley, foi preparada uma especificação que refletia as necessidades de muitos usuários de circuitos à reles, não só da indústria automobilística, como de toda a indústria manufatureira. Para aplicação industrialera necessário um controlador com as seguintes características: • Facilidade de programação e reprogramação, preferivelmente na planta, para ser possível alterar a sequência de operações na linha de montagem; • Possibilidade de manutenção e reparo, com blocos de entrada e saída modulares; • Confiabilidade para que possa ser utilizado em um ambiente industrial; • Redução de tamanho em comparação ao sistema tradicional que utilizava relés; • Ser competitivo em custo com relação a painéis de relés e eletrônicos equivalentes; • Possibilitar entradas em 115 V e saídas com 115 V e com capacidade mínima de 2 A para operar com válvulas solenoides e contatores; • Possibilitar expansões sem grandes alterações no sistema; • Memória programável com no mínimo 4 KBytes e possibilidade de expansão; • Estações de operação com interface mais amigável; • Possibilidade de integração dos dados de processo do CLP em bancos de dados gerenciais, para tornar disponíveis informações sobre o chão de fábrica para os departamentos envolvidos com o planejamento da produção. Nascia assim, um equipamento bastante versátil e de fácil utilização, que vem se aprimorando constantemente, diversificando cada vez mais os setores industriais e suas aplicações, o que justifica hoje (junho /1998) um mercado mundial estimado em 4 bilhões de dólares anuais. 26 Desde o seu aparecimento, até hoje, muita coisa evoluiu nos controladores lógicos, como a variedade de tipos de entradas e saídas, o aumento da velocidade de processamento, a inclusão de blocos lógicos complexos para tratamento das entradas e saídas e principalmente o modo de programação e a interface com o usuário. 7. ARQUITETURA DE UM CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL O CLP é um sistema microprocessado, ou seja, constituí - se de um microprocessador (ou microcontrolador), um Programa Monitor, uma Memória de Programa, uma Memória de Dados, uma ou mais Interfaces de Entrada, uma ou mais Interfaces de Saída e Circuitos Auxiliares. A figura a seguir apresenta o diagrama com as estruturas e interconexões. Figura 22 – Diagrama de estruturas e interconexões A fonte de alimentação tem normalmente as seguintes funções básicas : converter a tensão da rede elétrica (110 ou 220 VCA) para a tensão de alimentação dos circuitos eletrônicos , manter a carga da bateria, nos sistemas que utilizam relógio em tempo real e memória do tipo RAM, e fornecer tensão para alimentação das entradas e saídas (12 ou 24 VCC). A CPU é responsável pelo funcionamento lógico de todos os circuitos. Nos CLPs modulares a CPU está em uma placa (ou módulo) separada das demais, podendo - se achar combinações de CPU e fonte de alimentação. Nos CLPs de menor porte a CPU e os demais circuitos estão todos em único módulo. As baterias são usadas nos CLPs para manter o circuito do Relógio em Tempo Real, reter parâmetros ou programas (em memórias do tipo RAM), mesmo em caso de corte de energia, guardar configurações de equipamentos etc. Normalmente são 27 utilizadas baterias recarregáveis do tipo Ni - Ca ou Li (neste caso incorporam-se circuitos carregadores). O Programa Monitor é o responsável pelo funcionamento geral do CLP. Ele é o responsável pelo gerenciamento de todas as atividades do CLP. Não pode ser alterado pelo usuário e fica armazenado em memórias do tipo PROM, EPROM ou EEPROM. Ele funciona de maneira similar ao Sistema Operacional dos microcomputadores. É o Programa Monitor que permite a transferência de programas entre um microcomputador ou Terminal de Programação e o CLP, gerenciar o estado da bateria do sistema, controlar os diversos opcionais etc. A Memória do Usuário é onde se armazena o programa da aplicação desenvolvido pelo usuário. Pode ser alterada pelo usuário, já que uma das vantagens do uso de CLPs é a flexibilidade de programação. Inicialmente era constituída de memórias do tipo EPROM, sendo hoje utilizadas memórias do tipo RAM (cujo programa é mantido pelo uso de baterias), EEPROM e FLASH-EPROM, sendo também comum o uso de cartuchos de memória, que permite a troca do programa com a troca do cartucho de memória. A capacidade desta memória varia bastante de acordo com a marca/modelo do CLP, sendo normalmente dimensionadas em Passos de Programa. A Memória de Dados é a região de memória destinada a armazenar os dados do programa do usuário. Estes dados são valores de temporizadores, valores de contadores, códigos de erro, senhas de acesso etc. São normalmente partes da memória RAM do CLP. São valores armazenados que serão consultados e ou alterados durante a execução do programa do usuário. Em alguns CLPs, utiliza - se a bateria para reter os valores desta memória no caso de uma queda de energia. Sempre que a CPU executa um ciclo de leitura das entradas ou executa uma modificação nas saídas, ela armazena os estados de cada uma das entradas ou saídas em uma região de memória denominada Memória Imagem das entradas/saídas. Essa região de memória funciona como uma espécie de “tabela” onde a CPU irá obter informações das entradas ou saídas para tomar as decisões durante o processamento do programa do usuário. Os circuitos auxiliares são circuitos responsáveis para atuar em casos de falha do CLP. Alguns deles são: POWER ON RESET - quando se energiza um equipamento 28 eletrônico digital, não é possível prever o estado lógico dos circuitos internos. Para que não ocorra um acionamento indevido de uma saída, que pode causar um acidente, existe um circuito encarregado de desligar as saídas no instante em que se energiza o equipamento. Assim que o microprocessador assume o controle do equipamento esse circuito é desabilitado; POWER DOWN - o caso inverso ocorre quando um equipamento é subitamente desenergizado. O conteúdo das memórias pode ser perdido. Existe um circuito responsável por monitorar a tensão de alimentação, e em caso do valor desta cair abaixo de um limite pré-determinado, o circuito é acionado interrompendo o processamento para avisar o microprocessador e armazenar o conteúdo das memórias em tempo hábil; WATCH DOG TIMER - para garantir no caso de falha do microprocessador, o programa não entre em “loop”, o que seria um desastre, existe um circuito denominado “Cão de Guarda”, que deve ser acionado em intervalos de tempo pré-determinados. Caso não seja acionado, ele assume o controle do circuito sinalizando uma falha geral. Os módulos de entrada são circuitos utilizados para adequar eletricamente os sinais de entrada para que possa ser processado pela CPU (ou microprocessador) do CLP. Temos dois tipos básicos de entrada, digitais e analógicas. Entradas digitais são aquelas que possuem apenas dois estados possíveis, ligado ou desligado, e alguns dos exemplos de dispositivos que podem ser ligados a elas são: • Botoeiras; • Chaves fim de curso; • Sensores de proximidade indutivos ou capacitivos; • Chaves comutadoras; • Termostatos; • Pressostatos; • Controles de nível; • Etc. As entradas digitais podem ser construídas para operarem em corrente contínua (24 VCC) ou em corrente alternada (110 ou 220 VCA). Podem ser também do tipo N (NPN) ou do tipo P (PNP). No caso do tipo N, é necessário fornecer o potencial negativo (terra ou neutro) da fonte de alimentação ao borne de entrada para que a mesma seja ativada. No caso do tipo P é necessário fornecer o potencial positivo 29 (fase) ao borne de entrada. Em qualquer dos tipos é de praxe existir uma isolação galvânica entre o circuito de entrada e a CPU. Esta isolação é feita normalmente através de optoacopladores. Exemplo de circuito de entrada digital 24 VCC: Figura 23 – Circuito de entrada digital 24 VCC Exemplo de circuito de entrada digital 110 / 220 VCA : Figura 24 – Circuito de entrada digital 110 / 220 VCA As entradas analógicas, permitem que o CLP possa manipular grandezas analógicas,enviadas normalmente por sensores eletrônicos. As grandezas analógicas elétricas tratadas por estes módulos são normalmente tensão e corrente. No caso de tensão as faixas de utilização são : 0 á 10 VCC, 0 á 5VCC, 1 á 5VCC, -5 á +5VCC, -10 á +10 VCC (no caso as interfaces que permitem entradas positivas e negativas são chamadas de Entradas Diferenciais), e no caso de corrente, as faixas utilizadas são: 0 á 20mA , 4 á 20mA. Os principais dispositivos utilizados com as entradas analógicas são: • Sensores de pressão manométrica; • Sensores de pressão mecânica; • Geradores para medição de rotação de eixos; 30 • Transmissores de temperatura; • Transmissores de umidade relativa; • Etc. Uma informação importante a respeito das entradas analógicas é a sua resolução. Esta é normalmente medida em Bits. Uma entrada analógica com um maior número de bits permite uma melhor representação da grandeza analógica. Por exemplo : Uma placa de entrada analógica de 0 á 10 VCC com uma resolução de 8 bits permite uma sensibilidade de 39,2mV , enquanto que a mesma faixa em uma entrada de 12 bits permite uma sensibilidade de 2,4mV e uma de 16 bits permite uma sensibilidade de 0,2mV. Exemplo de um circuito de entrada analógico: Figuras 25 – Circuito de entrada analógico Os módulos de saída adequam eletricamente os sinais vindos do microprocessador para que possamos atuar nos circuitos controlados. Existem dois tipos básicos de interfaces de saída: as digitais e as analógicas. As saídas digitais admitem apenas dois estados, ligado ou desligado. Podemos com elas controlar diversos dispositivos como, relés, contatores, relés de estado sólido, solenoides, válvulas, inversores de frequência, etc. As saídas digitais podem ser construídas de três formas básicas: saída digital à relê, saída digital 24 VCC e saída digital à triac. Nos três casos, também é de praxe, prover o circuito de um isolamento galvânico, normalmente optoacoplado. As figuras a seguir apresentam os três tipos básicos de saídas: 31 Figura 26 – Saída digital à relê Figura 27 – Saída digital à transistor Figura 28 – Saída digital à Triac As saídas analógicas convertem valores numéricos, em sinais de saída em tensão ou corrente. No caso de tensão normalmente 0 à 10 VCC ou 0 à 5 VCC, e no caso de corrente de 0 à 20mA ou 4 à 20mA. Estes sinais são utilizados para controlar dispositivos atuadores do tipo: • Válvulas proporcionais; • Motores CC; • Servo-motores CC • Inversores de Frequência; • Posicionadores rotativos; • Etc. Exemplo de circuito de saída analógico: 32 Figura 29 – Circuito de saída analógico Existem também módulos de saída especiais. Alguns exemplos são: • Módulos PWM para controle de motores CC; • Módulos para controle de servo-motores; • Módulos para controle de motores de passo; • Módulos para IHM (Interface Homem Máquina); • Etc. 8. LIGUANGENS DE PROGRAMAÇÃO Imagine que um gerente deseja passar instruções a um operador de determinado processo. Se ambos falam português, instruções típicas poderiam ser: ligue o motor, desligue o motor, some dois valores, subtraia dois valores, acenda a lâmpada, apague a lâmpada, ligue a sirene e assim por diante. Portanto, para que haja uma efetiva comunicação, é necessário utilizar uma linguagem que ambos entendam. Os efeitos seriam os mesmos se as instruções fossem dadas em japonês, desde que ambos entendessem japonês. Genericamente, linguagem é um meio de transmissão de informações entre dois mais ou mais elementos com capacidade de se comunicarem. Esses elementos não ficam restritos a seres humanos, nem mesmo é exclusividade já que que máquinas podem ser construídas com tal capacidade. Na área da computação, define-se instrução como um comando que permite a um sistema com capacidade computacional realizar determinada operação. 33 Linguagem de programação é um conjunto padronizado de instruções que o sistema computacional é capaz de reconhecer. Programar significa fornecer uma série de instruções a um sistema com capacidade computacional, de maneira que este seja capaz de comportar-se deterministicamente, executando de forma automática as decisões de controle em função do estado atual, das entradas e das saídas do sistema num dado instante. O programador é responsável por prever as situações possíveis do sistema, planejar uma estratégia de controle e codificar as instruções em uma linguagem de programação padronizada para posteriormente serem passadas ao sistema computacional. Visando atender aos diversos segmentos da indústria, incluindo seus usuários, e uniformizar as várias metodologias de programação dos controladores industriais, a norma IEC 61131-3 definiu sintática e semanticamente cinco linguagens de programação: • Diagrama de Blocos de Funções (FBD) • Liguagem Ladder (LD) • Sequenciamento Gráfico de Funções (SFC) • Lista de Intruções (IL) • Texto Estruturado (ST) Isso facilita o manejo da linguagem a um amplo círculo de usuários, na confecção e modificação de programas. 8.1. LINGUAGEM LADDER - LADDER DIAGRAM (LD) É uma linguagem gráfica baseada na lógica de relés e contatos elétricos para a realização de circuitos de comandos de acionamentos. Por ser a primeira linguagem utilizada pelos fabricantes, é a mais difundida e encontrada em quase todos os CLPs da atual geração. Bobinas e contatos são símbolos utilizados nessa linguagem. Os símbolos de contatos programados em uma linha representam as condições que serão avaliadas de acordo com a lógica. Como resultado determinam o controle de uma saída, que normalmente é representado pelo símbolo de uma bobina. Recebeu vários nomes desde sua criação, entre eles diagrama do tipo escada, diagrama de contatos e linguagem de contatos. Neste livro consideramos linguagem Ladder pelos seguintes motivos: Primeiramente por ser o nome mais conhecido no meio industrial. Em segundo lugar, pela tradução literal, a palavra mais próxima seria "diagrama do 34 tipo escada". No entanto, poderia gerar confusão, já que a pronúncia é a mesma da palavra SCADA, a qual é comumente adotada no meio industrial para referir-se aos sistemas supervisórios. Por último, "diagrama de contatos" somente esclarece que é um tipo de diagrama e não é suficiente para caracterizar que este seja implementado em CLP, uma vez que um diagrama de contatos também pode ser implementado utilizando elementos físicos discretos, como relés, contatores, temporizadores e outros, montados em painéis elétricos. 8.2. LISTA DE INSTRUÇÕES - INSTRUCTION LIST (IL) Inspirada na linguagem assembly e de característica puramente sequencial, é caracterizada por instruções que possuem um operador e, dependendo do tipo de operação, podem incluir um ou mais operandos, separados por vírgulas. É indicada para pequenos CLPs ou para controle de processos simples 8.3. TEXTO ESTRUTURADO – STRUTURED TEXT (ST) É uma linguagem textual de alto nível e muito poderosa, inspirada na linguagem Pascal, que contém todos os elementos essenciais de uma linguagem de programação moderna, incluindo as instruções condicionais (IF-THEN-ELSE e CASE OF) e instruções de iterações (FOR, WHILE e REPEAT). Como o seu nome sugere, encoraja o desenvolvimento de programação estruturada, sendo excelente rara a definição de blocos funcionais complexos, os quais podem ser utilizados em qualquer outra linguagem IEC. Das linguagens textuais é a mais potente, portanto a mais recomendada para aplicações complexas que envolvam a descrição de comportamento sequencial. 8.4. DIAGRAMA DE BLOCOS DE FUNÇÕES - FUNCTION BLOCK DIAGRAM (FBD) É uma das linguagens gráficas de programação, muito popular na Europa, cujos elementos são expressos por blocos interligados, semelhantes aos utilizados em eletrônica digital. Essa linguagem permite um desenvolvimento hierárquico e modulardosoftware, uma vez que podem ser construídos blocos de funções mais complexos a partir de outros menores e mais simples. Normalmente os blocos são construídos utilizando a linguagem de texto estruturado. Por ser poderosa e versátil, tem recebido uma atenção especial por parte dos fabricantes. 35 8.5. SEQÜENCIAMENTO GRÁFICO DE FUNÇÕES - SEQUENTIAL FUNCTION CHART (SFC) O SFC é uma linguagem gráfica que permite a descrição de ações sequenciais, paralelas e alternativas existentes numa aplicação de controle. Como é descendente direto do Grafcet, o SFC fornece os meios para estruturar uma unidade de organização de um programa num conjunto de etapas separadas por transições. A cada etapa está associado um conjunto de ações. A cada transição está associada uma receptividade que terá de ser satisfeita para que a transposição da transição ocorra, e assim o sistema evolua para a etapa seguinte. Atualmente o SFC vem recebendo várias implementações nos CLPs de grande porte, afirmando-se como linguagem ideal para processos sequenciais. 8.6. NOÇÕES BÁSICAS DE REPRESENTAÇÃO Podemos representar, logicamente, um circuito série simples, composto de dois interruptores e uma lâmpada, de diversas maneiras como apresentado a seguir: Figura 30 – Estruturas básicas de representação Todas as figuras acima, são representações possíveis de um mesmo circuito elétrico. Todas igualmente válidas para representar o circuito mencionado. 36 8.7. INSTRUÇÕES E BLOCOS BÁSICOS Os blocos básicos ou fundamentais nas linguagens de programação são: bloco NA, bloco NF, bloco série e o bloco paralelo. As figuras a seguir apresentam a representação de cada bloco: Figura 31 – Bloco NA Figura 32 – Bloco NF Figura 33 – Bloco série 37 Figura 34 – Bloco paralelo 8.8. INSTRUÇÕES E BLOCOS ESPECIAIS Bloco ou instrução - SET (SETAR) - Esta instrução força o estado de uma saída ou memória a ficar ativada. A figura a seguir mostra sua representação: Figura 35 – Blocos especial SET Bloco ou instrução RESET - RST (RESETAR): Esta instrução força o estado de uma saída ou memória a ficar desativada. A figura a seguir mostra sua representação: Figura 36 – Blocos especial RESET Bloco ou instrução TIMER - T (TEMPORIZADOR): Esta instrução serve para ativar uma saída ou memória após um certo período. A figura a seguir mostra sua representação: 38 Figura 37 – Blocos especial TIMER Bloco ou instrução COUNTER - C ( CONTADOR ) : Esta instrução serve para ativar uma saída ou memória, após uma certo número de eventos. A figura a seguir mostra sua representação: Figura 38 – Blocos especial COUNTER 39 9. EXEMPLOS DE APLICAÇÕES PRÁTICAS 9.1. TANQUE DE AGITAÇÃO DE PRODUTOS Figura 39 – Tanque de agitação de produtos Mapa das entradas/saídas: Entradas: • Botoeira Liga: X _ _ • Botoeira Desliga: X _ _ • Sensor de Nível Máximo: X _ _ • Sensor de Nível Mínimo: X _ _ • Sensor de Tanque Vazio: X _ _ Saídas: • Motor do Agitador: Y_ _ • Válvula de Entrada: Y_ _ • Válvula de Saída: Y_ _ Funcionamento: 40 1. A botoeira LIGA inicia o processo e a DESLIGA interrompe o processo; 2. A válvula de entrada é aberta até o nível máximo ser atingido; 3. O motor do agitador é ligado por 10 segundos. 4. A válvula de saída é aberta, até que o nível mínimo seja atingido; 5. O motor do agitador é desligado; 6. Ao ser detectado que o tanque está vazio, a válvula de saída é fechada. 7. Termina o ciclo 9.2. CONTROLE DE NÍVEL Figura 40 – Controle de nível Mapa das entradas/saídas: Entradas: • Botoeira Liga: X _ _ • Botoeira Desliga: X _ _ • Sensor de Nível Máximo: X _ _ • Sensor de Nível Mínimo: X _ _ Saídas: • Válvula de Entrada: Y_ _ 41 Funcionamento: 1. A botoeira LIGA inicia o processo e a DESLIGA encerra; 2. Quando o nível de líquido cair abaixo do mínimo a válvula se abre; 3. Quando o nível de líquido passar do nível máximo a válvula se fecha. 9.3. CONTROLE DE MISTURA Figura 41 – Controle de mistura Mapa das entradas/saídas: Entradas: • Botoeira Liga: X _ _ • Botoeira Desliga: X _ _ • V1 - Válvula de Entrada de Leite: X _ _ • V2 - Válvula de Entrada de Glucose: X _ _ • V3 - Válvula de Entrada de Essência: X _ _ • V4 - Válvula de Entrada de Gordura: X _ _ Saídas: 42 • Válvula de Entrada do Tanque: Y _ _ • Válvula de Saída do Tanque: Y _ _ • Motor do Agitador: Y _ _ Funcionamento: 1. A botoeira LIGA inicia o processo e a DESLIGA encerra; 2. A válvula de entrada do tanque é acionada; 3. A válvula do tanque de leite é acionada por 10 segundos, fechando - se em seguida; 4. A válvula do tanque de glucose é acionada por 15 segundos, fechando - se em seguida; 5. O motor do agitador é ligado; 6. A válvula do tanque de essência é acionada por 5 segundos, fechando - se em seguida; 7. A válvula do tanque de gordura é acionada por 10 segundos, fechando - se em seguida; 8. O motor do agitador é desligado depois de 15 segundos da entrada de todos os ingredientes. 9. Após o motor do agitador ser desligado, a válvula de saída do tanque de mistura é acionada. 10. O ciclo termina. 43 10. REFERÊNCIAS HAYKIN, Simon S.; VAN VEEN, Barry. Sinais e sistemas. Bookman, 2001. MAYA, Paulo Álvaro; LEONARDI, Fabrizio. Controle essencial. Ed Pearson Prentice Hall, 2011. BAUCHSPIESS, Adolfo. 164887-Controle Digital-1º Semestre de 2010. EDVALDO ASSUNÇÃO. Controle Digital. 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Introdução aos Controladores Lógicos Programáveis (CLPs). Várzea Grande - MT, 22 jun. 2011. Disponível em: http://www.ejm.com.br/download/Introducao%20CLP.pdf. Acesso em: 24 jul. 2019.
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