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Realização: Apoio: TÍTULO: ANÁLISE DE RENDIMENTO ENERGÉTICO DE PAINEL FOTOVOLTAICO MÓVEL CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA SUBÁREA: Engenharias INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS - UBC AUTOR(ES): SERGIO HAJIME YAMAZAKI, WESLEY NOLASCO FERREIRA DE PINHO, JOHAN GABRIEL OLIVEIRA SILVA ORIENTADOR(ES): ANTONIO CARLOS DA CUNHA MIGLIANO RESUMO Atualmente, as fontes geradoras de energia convencionais, vem sendo saturadas por conta da demanda conectada à matriz energética brasileira. Este fenômeno incentiva- nos a desenvolver novas tecnologias, que nos permita gerar energia de forma limpa e sem causar impactos ao meio ambiente. O Brasil é um pais com grande potencial de geração de energia limpa, por conta de grande incidência de luz solar e de ventos, mais precisamente na região litorânea do nordeste. Segundo o levantamento da ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica), a geração de energia no Brasil é com- posta por 8,56% Biomassa; 8,71% Eólica; 14,81% Combustível Fóssil; 60,84% Hí- drica; 1,15% Nuclear; 4,72% Importada; e somente 1,20% Solar. Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo sobre o controle de placas fotovoltaicas móveis, a fim de se obter melhor incidência de luz solar em sua superfície, e consequentemente melhor eficiência energética. Palavras chave: Placa fotovoltaica; Matriz energética; Energia solar. INTRODUÇÃO Mais da metade energia elétrica consumida pela matriz energética brasileira é obtida atrvés das usinas hidrelétricas, pelo fato de o Brasil ser privilegiado por contar com muitas bacias hidrográficas, e consequentemente, grande potencial hídrico. Porem, a ideia de que as usinas hidrelétricas geram energia limpa e sem impactos ambientais não é uma realidade. Para construção dos reservatórios, é necessário o desmatamento de grandes áreas, causando impactos ao ecosistemas presente nesta regiao. Nessas áreas inundadas, a natureza se transforma, espécies de peixes desaparecem, o clima muda, outros animais fogem para refúgios secos, arvores e vegetação apodrecem debaixo da inundação, resultando na emissão de gases, sem falar nas pessoas que residem nessas áreas e são obrigadas a começar suas vidas do zero em outro lugar. Se levarmos em consideração outras fontes de energia como a nuclear e a termica, mesmo com os impactos citados acima a hidrica sobressai diante dessas duas. Os reatores nucleares oferecem um risco hambiental muito mais, o vazamento de material radioativo pode causar serios riscos aos solo, águas, fauna, flora e etc. As termoelétricas basicamente utilizam o gas natural ou carvão para aquecer as caldeiras que geram o vapor que gira as turbinas, essa queima lança gases causadores do efeito estufa na atmostera. “Toda extração de energia da natureza traz algum impacto. Mesmo a energia eólica (que usa a força do vento), que até parece inofensiva, é problemática. Quem vive embaixo das enormes hélices que geram energia sofre com o barulho, a vibração e a poluição visual, além de o sistema perturbar o fluxo migratório de aves, como acontece na Espanha”, afirma o engenheiro Gilberto Jannuzzi, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A energia solar, é o meio alternativo e renovável que causa bem menos impacto que as hidrelétricas, porém é economicamente inviável, por contar com componentes extremamente caros, sem falar que não contam com a mesma eficiencia energética, pois não garantem fornecimento suficiente á grandes centros urbano, levando em consideração quantidade de potencia instalada. Por conta desses desafios surgiu a ideia de se construir um sistema capaz de controlar o movimento de placas fotovoltaicas, a fim de se obter o melhor aproveitamento da luz solar ao longo de todo o dia e, consequentemente uma melhor eficiencia energética desses sistemas. METODOLOGIA Para criar o monitoramento da angulação solar e o controle de atuadores em relação a esta angulação, foi desenvolvido uma estrutura que pudesse identificar alguns ângulos chave para que o rendimento elétrico em placas fotovoltaicas seja mais eficaz, projeto mecanico na Fig.1. Tendo isto em mente um protótipo foi desenvolvido para que as estruturas fotovoltaicas sejam direcionadas para que o feixe de luz do sol possa estar perpendicular, ou próximo de perpendicular, em relação a superfície da placa fotovoltaica. A parte mecanica foi desenvolvida na plataforma Autodesk 3ds Max 2018. Esta estrutura foi impressa em 3D utilizando a impressora 3d da UBC ( Universidade Braz Cubas). O controle do protótipo é efetuado por um micro controlador atmega. Este controle irá acionar dois servos motores que estão ligados em uma plataforma de fixação para 3 placas fotovoltaicas , interligadas na configuração paralela. Esta armação possibilita a modulação do ângulo das placas em relação ao sol, para que o feixe de luz solar seja perpendicular, ou o mais próximo do ângulo de 90°, em relação a superfície da placa. Fig. 2. Eixos da estrutura movel, com seus respectivos limites de rotação. O sistema de sensoriamento utiliza de 4 sensores LDR que assumem um certa resistência elétrica na presença de luz. O Fig. 3. abaixo mostra a resistencia elétrica de um LDR perante a luz. Fig. 3. Resistencia do Light Dependent Resistor (LDR) em relação a quantidade de lux nele. Os sensores seram responsaveis por informar o microcontrolador onde está posicionada a luz, para que as placas fotovoltaicas sempre finquem voltadas para a fonte de luz. A estutura de apoio dos LDRs efetua uma sombra sobre os sensores que estão opóstos ao feixe que a fonte de luz envia sobre esta estrutura. Exemplo da esturtura do sensoriamento na Fig. 4. Fig. 4. Fonte de luz influenciando um LDR para que o sistema seja orientado Como visto na Fig. 4, o ponto de luz que incide em um ( ou dois maximo) Sensor fotossensível é localizado pelo valor em Ohm que o sensor dará. No caso o sensor LDR2 esta com a maior resistencia, induzindo a leitura do micro contreolador a 0 em sua respectiva porta. Os outros sensores recebem mais sombra que luz, levando o valor de suas resistencia a um valor menor que o de LDR2. Sendo assim o sistema ira tender a girar em direção ao LDR2, até que todos os resistores fotossensíveis tenham a mesma resistencia. O circuito de interface capaz de realizar a transdução da resistencia fornecida pelo sensor LDR em tensão de 0 a 5 volts, que é o renge de leitura das portas anallógicas do microcontrolador, é o divisor de tensão. O circuito consiste em um resistor de 10kΩ com um de seus terminais conectado ao potencial 0V (GND), o outro terminal do mesmo, é conectado á entrada analógica do microcontrolador e a um dos terminais do sensor LDR, o outro terminal do sensor é conectado á alimentação 5V (VCC). Conforme ocorre a variação de incidencia de luz sob a superficie do sensor, o mesmo tem o seu valor de resistencia alterado, ocasionando uma variação de tensão na porta analógica do microcontrolador. A seguir na Fig.5. Pode-se observar um exemplo do circuito de interface citado abaixo. Circuito de Interface Divisor de Tensão na Fig. 5. RESULTADOS Realizamos o teste em um ambiente com luz artificial (LED SMD do smartphone com luminancia em torno de 1400 a 1500 Lux) para calibrar o equipamento, e obter diferentes dados. Os dados colhidos não podem ser comparados com dados retirados de fonte de luz natural, pelo fato da luminosidade adquirida naturalmente e artificial serem diferentes em relação aos fótons emitidos (no caso o sol). Em um ambiente fechado e com uma fonte de luz artificial, executamos 5 ensaios, para que possamos ter uma base de como aplicaremos esse projeto em ambiente aberto com fonte de luz natural. A seguir demonstraremos graficamente o comporta-mento da absorção de luz da placa fotovoltaica estacionada. A grandeza utilizada esta em volts. Gráfico 1 O eixo horizontal representa a taxa de amostragem em milissegundos, e a barra ver- tical mostra a grandeza medida em volts. Os dados do Gráfico 1 estão representados, em quantidade, a seguir: 1 - Com o ambiente totalmente sem fonte de luz, visualizamos dados através do mon- itor serial no software arduino que esta variando entre, aproximadamente 0,14v à 0,20v. 2 - Com ambiente claro e com um ponto de luz ambiente artificial (lâmpada 9W LED de 40 a 50 Lux), visualizamos dados que variam entre 3,05v à 3,15v. 3 - Com ambiente escuro, porem com uma fonte de luz (LED do smartphone) á 0º horizontalmente em relação a placa fotovoltaica, visualizamos dados que variam entre 3,72v à 3,86v. 4 - Com ambiente escuro, porem com uma fonte de luz (LED do smartphone) á 45º em relação a placa fotovoltaica, visualizamos dados que variam entre 4,27v à 4,30v. 5 - Com ambiente escuro, porem com uma fonte de luz (LED do smartphone) á 90º em relação a placa fotovoltaica, visualizamos dados que variam entre 4,60v à 4,66v. 1 2 5 4 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os estudos de novas tecnologias no que diz respeito ao tema de alternativas renovaveis para a geração da energia elétrica, é de suma importacia para o desenvolvimento tecnolológico, economico e preservação ambiental. O Brasil dispoem de inumeros recursos naturais que favorecem a exploração desses estudos, como grande incidencia de ventos nas regiões litorêneas nordestinas, grande incidencia de luz solar o ano todo, por estar localizado próximo aos trópicos e grande potencial hídrico por conta de suas bacias e rios. Condições que motivaram a escolha do tema a ser explorado neste artigo. Os resultados apresentados demostram que a movimentação das placas, a fim captar o melhor ângulo de incidencia de luz solar, proporcionou um ganho em relação as mesmas na posição fixa, buscando a melhor eficiencia energética. Os dados obtidos nos motiva a continuar essa pesquisa a fim de alcançar melhores resultados, no que diz respeito a tipos de placas fotovoltaicas, materiais com o qual as mesmas são confecionadas, descoberta de novos materias que proporcionem melhores propriedades elétricas ao produto e etc. REFERÊNCIAS [1] Qual O Impacto Ambiental da Instalção de Umas Hidrelétrica? Disponível em: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-o-impacbiental-da-instalacao-de-uma- hidreletrica/>. Acesso em: 13 de Abril de 2019. [2] Conheça os Impactos Ambientais das Hidrelétricas. Disponível em: <https://www.energiapura.com/impactos-das-hidreletricas/> Acesso em: 13 de Abril de 2019. [3] Matriz Energética e Elétrica. Disponível em: <http://epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz- energetica-e-eletrica>. Acesso em 13 de Abril de 2019. [4] Matriz de Energia Elétrica. Disponível em: <http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/OperacaoCapacidadeBrasil.cfm>. Acesso em: 03 Abril de 2019. [5] Servo Motor: Veja Como Funciona e Quais os Tipos. Disponível em: <https://www.citisystems.com.br/servo-motor/>. Acesso em: 05 mai. 2019. [6] A Melhor Direção do Painel Solar Fotovoltaico. Disponível em: <https://www.portalsolar.com.br/a-melhor-direcao-do-painel-solar-fotovoltaico.html>. Acesso em: 05 mai. 2019. [7] INSTITUTO NEWTON C, BRAGA. Como Funciona Os Sensores Fotoeletricos. Dis- ponível em: < http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/4883-art644>. Acesso em maio, 2019. [8] WIKIPÉDIA. LDR. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/LDR>. Acesso em maio, 2019. https://www.energiapura.com/impactos-das-hidreletricas/ http://epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica http://epe.gov.br/pt/abcdenergia/matriz-energetica-e-eletrica http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/OperacaoCapacidadeBrasil.cfm https://www.citisystems.com.br/servo-motor/ https://www.portalsolar.com.br/a-melhor-direcao-do-painel-solar-fotovoltaico.html
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