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Resumo de Parasitologia - AV2

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Resumo de Parasitologia – AV2 – Luísa Assis – 2º Farmácia
GLOSSÁRIO DE PARASITOLOGIA
· AG. ETIOLÓGICO – ag. causador doença; desencadeia sintomas e sinais; normalmente precisa de um vetor para completar o ciclo
· AG. INFECCIOSO – parasito capaz de produzir infecção/doença infecciosa
· CEPA – grupo/linhagem de um ag. infeccioso, de ascendência conhecida, compreendida dentro de uma espécie e que se caracteriza por alguma propriedade biológica e/ou fisiológica
· CICLO SILVESTRE e CICLO URBANO – os vírus que causam a febre amarela urbana e a silvestre 
são exatamente os mesmos, ou seja, mesmos sinais, sintomas e evolução da doença. A diferença está “apenas” nos mosquitos transmissores e na forma de contágio:
F. A. Silvestre: transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem nas matas (ou parques com matas) e na beira dos rios; vivem nas matas , picam os macacos contaminados e levam o vírus no seu corpo. Quando picam uma pessoa suscetível, inoculam o vírus na c. sanguínea e transmitem a doença.
F. A. Urbana: transmitida quando o mosquito urbano Aedes aegypti pica uma pessoa doente e depois pica outra pessoa suscetível, transmitindo a doença (exatamente como ocorre com a dengue, zika e chikungunya)
· O vírus é o MESMO e a doença é a MESMA.
· ENDEMIA – doença infecciosa que ocorre habitualmente e com incidência significativa em dada população e/ou região; prevalência usual de uma doença com relação à área
· EPIDEMIA – doença de caráter transitório, que ataca simultaneamente grande nº de indivíduos em uma determinada localidade; surto periódico de uma doença infecciosa em dada população e/ou região
· PANDEMIA – qualquer epidemia de doença infecciosa que se espalhe por uma grande região geográfica, como um continente ou todo o mundo; epidemia que se alastra descontroladamente, matando um grande nº de pessoas. Ex: o HIV, H1N1(gripe suína), o vírus EBOLA (que leva a uma doença altamente contagiosa e mortal que ainda não é considerado uma pandemia, mas possuí grandes chances de se tornar uma no futuro)
· ESTÁDIO – fase interm. ou intervalo entre duas mudas de larva de um artrópode ou helminto; cada uma das fases evolutivas através das quais se dá o desenvolvimento de um organismo; intervalo entre cada duas mudas consecutivas das formas larvárias de um nematóide ou de um artrópode
· ESTÁGIO – forma de transição de um artrópode ou helminto para completar o ciclo bio. Ex.: estágio de ovo, larva ou pupa (crisálida), portanto, o estágio larva pode passar por dois ou três estádios
· FASE AGUDA – período após a infecção em que os sintomas clínicos são mais marcantes; período de definição: o indivíduo se cura, entra na fase crônica ou morre
· FASE CRÔNICA – se segue à fase aguda; diminuição da sintomatologia clínica e existe um equilíbrio relativo entre o hospedeiro e o ag. infeccioso.
· HOSPEDEIRO – organismo que aloja o parasito. Ex: Intermediário e Definitivo.
· HOSP. DEFINITIVO – apresenta o parasito em fase de maturidade ou em fase de ativ. sexual.
· HOSP. INTERMEDIÁRIO – apresenta o parasito em fase larvária ou assex.
· HOSP. PARATÊNICO – refúgio temporário e de veículo até que o parasito atinja o hosp. definitivo. Ex: Ancyslotoma caninum ou Ancylostoma brasilienses – larva migrans cutânea / Toxocara canis ou Toxocara catis – larva migrans viceral.
· INCIDÊNCIA – freq. que uma doença ocorre num período de tempo definido com relação à população
· INFESTAÇÃO – estado de ser invadido/dominado por pestes/parasitas; também refere - se a animais vivendo em ou dentro de um hospedeiro; ativa: quando somos infestados ao pisar em solo contaminado; passiva: quando ingerimos alimentos contaminados; as infestações dependem da localização do parasito em seu hospedeiro:
→ Inf. Ext.: parasito vive na superfície do corpo de seu hosp. Ex: ácaros, carrapatos, piolhos, pulgas....
→ Inf. Int.: parasito habita primariamente o int. do corpo de seu hosp. e incluem, principalmente, inf. causadas por vermes. Ex: A. lumbricóides, Taenias....
Obs: Na medicina, o termo "infestação" é usado apenas para inf. ectoparasiticas, enquanto o termo infecção é + usado para se referir inf. endoparasiticas.
· JANELA IMUNOLÓGICA – intervalo entre o início da infecção e a possibilidade de detecção de anticorpos, por meio de técnicas laboratoriais.
· MORBIDADE – nº de pessoas doentes com relação à população.
· MORTALIDADE – nº geral de óbitos em determinado período de tempo e com relação à população.
· PARASITEMIA – presença de parasitos na c. sanguínea do hosp. refletindo a gravidade da doença. Ex: na f. aguda da D. de Chagas, a parasitemia pode ser muito elevada e sua medição é importante no diagnóstico de um paciente com uma infecção parasitária
· PARASITA OBRIGATÓRIO – parasita que não é capaz de completar seu ciclo de vida fora de um hosp. adequado, necessitando de outro p/ atingir a maturidade e se reproduzir; possuem diversas estratégias desenvolvidas para colonizar o hosp., uma vez que é + vantajoso que o hosp. permaneça vivo e que seu sist. imunológico não detecte a infecção e essas estratégias podem ocorrer antes, durante e depois da sua entrada e a morte do hosp. pelo parasita ocorre apenas quando esta é necessária para a sua transmissão ou reprodução, constituindo um grupo de parasitas chamados de parasitóides; alguns parasitos obrigatórios desencadeiam mudanças no comportamento do hosp. após a infecção, visando beneficiar sua transmissão e esse fenômeno pode ser observado no comportamento de atração de ratos à urina de gatos, ou até mesmo ao próprio gato, após a infecção por T. gondii, considerado uma estratégia para se estabelecer no seu hosp. primário, o gato.
· PARASITO ACIDENTAL – exerce o papel de parasito, porém habitualmente possui vida não-parasitária. Ex: larvas de moscas que vivem em frutos ou vegetais em decomposição e acidentalmente atingem humanos. Ex: Dipylidium caninum parasitando humanos
· PARASITO ERRÁTICO – vive fora do seu hábitat/de seu hosp. normal. Ex: Adulto de Enterobius vermicularis em cavidade vaginal
· PARASITO FACULTATIVO – pode ter hábitos de vida livre ou parasitária. Ex: as larvas de moscas Sarcophagiae (varejeira) podem provocar miíases humanas, desenvolver-se em cadáveres ou ainda fezes
· PATOGENIA/PATOGÊNESE – capacidade de um ag. etio. causar doença em um hosp. suscetível; objetivo = estudar os acontecimentos que se desencadeiam a partir da ação de um fator etio. e que chegam até à manifestação da doença
· PERÍODO DE INCUBAÇÃO (P.I) – antecede o P.L; período entre a exposição ao ag. etio. e as manifestações dos primeiros sinais e sintomas de uma doença; neste período não há doença e o hosp. não manifesta sintomas, pois todo o processo está acontecendo no âmbito celular.
Ex1: P.I do HIV varia de 5 a 30 dias, este vai do momento que a pessoa é contaminada pelo HIV até o início dos primeiros sintomas; os sintomas iniciais somem espontaneamente após 2 ou 3 semanas e depois vem um longo P.L, no qual o vírus se multiplica no organismo, mas sem causar sintomas.
Ex2: P.I da Dengue varia entre de 2 a 7 dias, mas pode ser ˃, ou seja, quando surge a doença significa que a fêmea do mosquito picou pelo menos a 2 dias.
· PERÍODO DE LATÊNCIA (P.L) – período nos quais os sintomas de uma doença desaparecem apesar do hosp. estar infectado e ser capaz de transmitir a doença.
· PERÍODO PRÉ-PATENTE – período que decorre entre a infecção e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do ag. infeccioso.
· RESERVATÓRIO – onde vive e se multiplica um agente infeccioso.
· VETOR – transporta o ag. etio. e sem ele é impossível a transmissão para o hosp. definitivo (o parasito pode ou ñ desenvolver-se enquanto encontra-se no vetor); pode ser um artrópode (invertebrados), molusco (caramujo de H2O doce - Esquistossomose), etc
→ V. Biológico: quando o ag. etio. se multiplica ou se desenvolve no vetor; uma vez eliminado o vetor bio., desaparece a doença que ele transmite. Ex: os vetores anofelíneos que transmitem a malária
→ V. Mecânico: quando o parasito não se multiplica ou se desenvolve no vetor,
esse simplesmente serve de transporte ao parasito; sua eliminação retira apenas um dos componentes da transmissão da doença; Ex: as moscas, que podem transmitir ag. eliminados pelas fezes, à medida que os transportam em suas patas ou asas após pousarem em matéria fecal
· VIRULÊNCIA – capacidade e rapidez que uma bac./vírus se multiplica em um organismo provocando lesões
PROTOZOÁRIOS
Malária/paludismo/sezão/maleita/febre terçã/febre quartã
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· Doença de países de clima tropical e subtropical transmitida por um mosquito
· Repelente e mangas compridas são necessários em zonas endêmicas.
· Vetor = mosquito Anopheles; parecido com o pernilongo que pica principalmente ao entardecer e à noite
· Os + importantes: Plasmodium vivax (+ comum), P. falciparum, P, malariae (- grave) e P. ovale (típica da África)
Transmissão: picada do mosquito, transfusão de sangue contaminado, através da placenta (congênita) p/ o feto e por meio de seringas infectadas; os esporosoítas do Plamódium é a forma infectante
Ciclo Biológico: homem-anofelino-homem; fêmea ataca (sangue para garantir o amadurecimento e a postura dos ovos) → depois de picar um indivíduo infectado, o parasita desenvolve parte de seu ciclo no mosquito e quando alcança as glând. salivares do inseto este está pronto p/ ser transmitido para outra pessoa → o plasmódio desenvolve um ciclo sex. dentro do organismo do mosquito e um assex. no organismo humano → depois de 30 min. que entrou na c. sanguínea do homem, alcança o fígado e vai-se multiplicando dentro das células hepáticas até que elas arrebentam → eles se espalham no sangue e invadem os glób. vermelhos, onde se reproduzem a tal ponto que eles se rompem também
Sintomas: febre alta, calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e sudorese abundante, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite, pele amarelada (icterícia), cansaço e dependendo do tipo, esses sintomas se repetem a cada 2 ou 3 dias.
Diagnóstico: P.I depende do tipo, mas varia de 7 a 28 dias a partir do momento da picada; caso a pessoa tenha febre depois de ter visitado áreas de risco a possibilidade de ter contraído deve ser levada em consideração e p/ confirmar o diagnóstico usa o exame de lâmina/gota espessa/esfregaço, que punciona a ponta de um dedo para obter uma gota de sangue e analisá-lo
Entamoeba histolytica
· É uma espécie de protozoário
· Possui um c. de vida simples dividido em dois estágios: trofozoíto, alimentação altamente móvel e cisto, estágio com baixa ativ. metabólica, resistente e infectante. 
· Pode progredir para abcesso amebiano do fígado, a amebíase
· Transmitida via fecal-oral por cisto maduro.
· Prevalência em zonas tropicais e subdesenvolvidas, onde há precárias condições socioeconômicas e higiênicas; não tem relação com clima
· 5-50% pop. mundial têm amebíase, sendo que 10% apresentam sintomas clínicos segunda causa de mortes no mundo. Incidência na África, Ásia, América Latina.
Ciclo Biológico: é monoxênico (um hospedeiro); ingestão pelo ser humano (via fecal-oral) na forma de cisto (presente em H2O/alimentos contaminados), pois nesta forma o parasito apresenta parede cística, capaz de resistir ao pH ác. do s. gástrico → resistido ao s. gástrico, o cisto diferencia-se na forma de trofozoíto na porção final do ID e passa a viver como comensal, alimentando- se de bac./restos celulares (comportamento ñ patogênico) → esses trofozoítos que permanecem no intestino sob a forma comensal reduzem o seu metabolismo, armazenam reservas energéticas e secretam uma parede cística ao seu redor, formando os cistos, que são eliminados através das fezes → dentro do cisto o parasito realiza divisão binária formando 4 novos indivíduos que desencistam quando chegam ao intestino de um novo hosp. → os cistos podem permanecer viáveis fora do hosp. → por ≈ 20 dias caso as condições de temp. e umidade sejam adequadas, logo eles são as formas de resistência do parasito no meio ambiente → os trofozoítos, entretanto, são lábeis no ambiente e de acordo com sua morfologia, apresentam 4 fases: trofozoíto (ou forma vegetativa), cisto (ou forma de resistência), pré-cisto (forma entre trofozoíto e cisto) e metacisto (forma que dá origem ao trofozoíto)
Ciclo patogênico: possivelmente devido a ruptura do equilíbrio intestinal (baixa de imunidade local, alteração da flora intestinal etc.), os trofozoítos tornam-se patogênicos e invadem a parede intestinal → aderidos nesta mucosa intestinal, eles secretam enzimas proteolíticas que provocam a lise do tecido, causando uma úlcera no local onde começam um intenso processo reprodutivo → com esse hematoma formado, alguns trofozoítos podem cair na c. sanguínea alimentando-se de hemácias e depois invadir os órgãos (o órgão mais comum a ser atacado é o fígado, mas pode atingir os pulmões e o cérebro)
Sintomas: a maioria é assintomática, mas transmite os cistos nas fezes de forma crônica; os sintomas da invasão dos tecidos no cólon são = alternância entre contipação e diarréia (com sangue e muco), flatulência, dor abdominal em cólica e podem ocorrer sensibilidade no fígado ou cólon ascendente e febre, e as fezes podem conter muco e sangue
Diagnóstico: exame de fezes → busca via microscopia óptica (lentes de 100x e 400x) e a presença de trofozoítos ou cistos do parasita confirmam sua patogenia; tal busca pode ser feita através do método direto (salina/Lugol), do método de Hoffman (sedimentação espontânea) ou do método de Faust, todos utilizando critérios de comparação morfológica; tem – se também a endoscopia, a proctoscopia ou rectoscopia e a técnica de ELISA (baseia-se na detecção da adesina (lectina inibidora de N-acetil-D- galactosamina), presente na membrana do parasito e que faz a mediação da ligação dos trofozoítos às células da mucosa intestinal)
Tripanossoma cruzi
· A D. de Chagas (DC) não se transmite pela picada do barbeiro (triatoma) e sim quando fezes contaminadas pelo T. cruzi (protozoário) penetram no orifício da picada do inseto
· Segundo os dados, esse inseto de hábitos noturnos vive nas frestas das casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos de árvores e embaixo de pedras.
Ciclo biológico: barbeiro se alimenta do hospedeiro vertebrado eliminando suas fezes e urina, onde podem estar presentes as formas tripomastigotas → os tripomastigotas penetram na pele e infectam as células do hosp., onde transformam-se p/ a forma amastigota → quando as células estão repletas de parasitos, eles novamente mudam p/ tripomastigotas e por estarem com grande qntd. de parasitos, as células se rompem e os protozoários atingem a c. sanguínea, atingindo outros órgãos → nessa fase, se o hosp. vertebrado for picado pelo barbeiro, os protozoários serão transmitidos ao inseto e no intestino do barbeiro, mudam sua forma p/ epimastigotas, onde multiplicam-se e tornam-se novamente tripomastigotas, as formas infectantes aos vertebrados.
Transmissão: não é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto, que se infecta com o parasita quando suga o sangue de um animal contaminado (gambás ou pequenos roedores), esta é transmitida quando a pessoa coça o local da picada e as fezes eliminadas pelo barbeiro penetram pelo orifício que ali deixou; pode também ocorrer por transfusão de sangue contaminado e durante a gravidez, da mãe para filho e no BRA, foram registrados casos da infecção transmitida por via oral nas pessoas que tomaram caldo-de-cana ou comeram açaí moído
Sintomas: febre (desaparece depois de alguns dias e a pessoa não se dá conta do que lhe aconteceu), mal-estar, inflamação e dor nos gânglios, vermelhidão, inchaço nos olhos (sinal de Romanã), hepatomegalia e esplenomegalia, embora o parasita já esteja alojado em alguns órgãos, meningite e encefalite são complicações graves da DC na fase aguda, mas são raros os casos de morte e como nem sempre os sintomas são perceptíveis, o indivíduo pode saber que tem a doença, 20/30 anos depois de ter sido infectado, ao fazer um exame de sangue de rotina.
Diagnóstico: P.i vai de cinco a 14 dias após a picada
e o diagnóstico é feito através de um exame de sangue (sorologia), que deve ser prescrito, principalmente, quando um indivíduo vem de zonas endêmicas e apresenta os sintomas acima relacionados.
Leishmaniose/calazar/esplenomegalia tropical/febre dundun
· Mesmo com o aumento do nº de casos no BRA, tratamento da LV ainda é negligenciado
· A Leish. Visceral (LV) é uma doença causada por um protozoário da espécie Leishmania chagasi
· O c. evolutivo apresenta duas formas: amastigota, que é obrigatoriamente parasita intracelular em mamíferos, e promastigota, presente no tubo digestivo do inseto transmissor
· É uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e se não tratada pode levar a óbito até 90% dos casos
· Tem predominância no Nordeste do país, mas ficou extinta em SP por décadas, até reaparecer na região de Araçatuba e Bauru, no meio da década de 80, com a mudança da cultura de cultivo de alimentos (houve desmatamento para implementar plantações de milho, por exemplo). Desse modo, os flebotomíneos, que são os insetos vetores da leishmaniose, chegaram à região.
Ciclo biológico: heteroxênico (dois tipos de hospedeiro, um inseto e outro vertebrado); picada da fêmea de um inseto da subfamília Phlebotominae, que é hematófaga → durante o repasto sanguíneo de uma fêmea de flebotomíneo infectada em um hosp. vertebrado, as promastigotas metacíclicas são regurgitados e o dano causado pelo aparelho bucal do vetor recruta células de defesa para o local da picada, dando início à fagocitose dos parasitos → o inseto injeta sangue com a forma infecciosa, os promastigotas (flagelados), no vertebrado → os promastigotas são fagocitadas principalmente por macrófagos, onde são internalizadas em um vacúolo parasitóforo e se diferenciam em amastigotas, estas se multiplicam por divisão binária simples aumentando o nº de parasitos no int. do macrófago, que pela qntd. de amastigotas e pela destruição citoplasmática produzida → rompe-se liberando os parasitas no meio intercelular ou c. sanguínea, fazendo com que outras células sejam infectadas → o inseto se contamina ao ingerir sangue com células parasitadas por amastigotas → no intestino do vetor, os parasitas são liberados e se transformam em promastigotas, essas formas se multiplicam por mitose no intestino médio/posterior, dependendo da espécie da Leishmania, atravessam a membrana peritrófica (que rodeia a refeição sanguínea), fixam-se na parede do intestino do vetor e, eventualmente, migram para a válvula estomodeal do vetor, onde formam um tampão que degrada a válvula e impede a ingestão → o inseto, ao realizar outra refeição, é obrigado a ejetar os promastigotas para a pele, de modo a conseguir ingerir sangue
Transmissão: pelo mosquito-palha/birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hosp. o protozoário L. Chagasi; é sistêmica e se dissemina no int. dos órgãos, principalmente fígado, baço e medula óssea.; não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas; a transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado.
Sintomas: febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia.
Diagnóstico: pode ser realizado por meio de técnicas imunológicas e parasitológicas.
Diagnóstico imunológico: baseia-se na detecção de anticorpos anti-Leishmania; existem diversas provas que podem ser utilizadas no diagnóstico da LV e dentre elas podemos citar duas técnicas disponibilizadas pelo SUS.
1 – Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) – consideram-se como positivas as amostras reagentes a partir da diluição de 1:80; nos títulos iguais a 1:40, com clínica sugestiva de LV, recomenda-se a solicitação de nova amostra em 30 dias.
2 – Teste rápido imunocromatográfico – são considerados positivos quando a linha controle e a linha teste C e/ou G aparecem na fita ou plataforma (conforme Nota Informativa Nº 3/2018- CGLAB/DEVIT/SVS/MS)
É importante ressaltar que títulos (anticorpos) variáveis dos exames sorológicos podem persistir positivos por longo período, mesmo após o tratamento. Assim, o resultado de um teste positivo, na ausência de manifestações clínicas, não autoriza a instituição de terapêutica.
Toxoplasma gondii
· Toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, facilmente encontrado na natureza, sobretudo nas regiões de clima temperado e tropical; trata-se de um parasita intracelular que pode infectar pássaros, roedores, animais silvestres e um nº grande de mamíferos (bovinos, suínos, caprinos, ovinos), inclusive os seres humanos de todas as idades; na maioria dos casos por via oral (ingestão de carnes cruas ou mal passadas de hospedeiros intermediários que contêm cistos do protozoário)
· O gato e outros felídeos são os únicos hosp. definitivos do T. gondii, ou seja, nesses animais o ciclo reprodutivo do parasita se completa nas células da mucosa intestinal, e eles eliminam ovos (oocistos) nas fezes durante a fase aguda da infecção; no solo, depois de esporulados, eles se tornam infectantes.
· Homens e os outros animais são apenas hosp. intermediários do parasita que penetra pelo tubo digestivo e, através da c. sanguínea, pode alojar-se em ≠ tecidos do corpo.
· O parasita da toxoplasmose está espalhado pelo mundo; embora não seja transmitido de uma pessoa p/ outra, qualquer um de nós pode ser infectado, desde que não tome alguns cuidados elementares com a prevenção.
Ciclo biológico: muitos ovos de Toxoplasma são eliminados nas fezes de gatos geralmente durante ≈ 1 a 2 semanas e depois de um a 5 dias no ambiente eles conseguem causar infecção; os gatos podem ser reinfectados ao consumir alimentos ou outros materiais contaminados com os ovos → outros animais (como pássaros silvestres, roedores, veados, porcos e ovelhas) podem consumir os ovos em solo, H2O, material de plantas ou areia para gatos contaminada e contrair a infecção → pouco depois que os ovos forem consumidos, eles liberam formas do parasita que podem se mover (taquizoítos), estes se disseminam pelo corpo do animal e formam cistos no tecido nervoso e muscular → os gatos são infectados depois de comer animais que contêm esses cistos e as pessoas podem ser infectadas ao comer carne mal cozida contendo esses cistos ou também se ingerirem alimentos, H2O ou outros materiais (como solo) contaminados com fezes de gato ou tocar em areia para gatos domésticos e depois levar a mão à boca → em casos raros, as pessoas são infectadas ao fazerem uma transfusão de sangue ou transplante de órgão que contenha o parasita; em casos raros, a infecção é transmitida da mãe para o feto → Nas pessoas, os parasitas formam cistos em tecidos, geralmente no músculo e no coração, cérebro e olhos → os cistos podem permanecer na pessoa pelo resto da vida sem causar sintomas; eles podem se tornar ativos e causar sintomas se o sis. imuno. da pessoa estiver enfraquecido por um distúrbio ou medicamento.
Transmissão: não é contagiosa; geralmente é adquirida por via oral (ingestão de carnes cruas ou mal passadas de hospedeiros intermediários que contêm cistos do parasita, ou pelo consumo de H2O, frutas e verduras cruas que abriguem oocistos do T. gondii); o contágio também pode ocorrer pela manipulação de alimentos/utensílios de cozinha (facas e tábuas, por ex.) contaminados; pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gestação através da placenta (toxoplasmose congênita) ou, num nº ˂ de casos, por transfusão de sangue e pelo transplante de órgãos, se os doadores estiverem infectados.
Sintomas: pode ser; se o sist. imuno. estiver fortalecido, o parasita pode permanecer inativo em tecidos do corpo do portador por toda a vida, sem que ele saiba que foi infectado; alguns poucos podem apresentar sinais discretos da infecção semelhantes aos de um quadro viral comum, como dor no corpo e de cabeça, febre, cansaço e linfonodos inflamados ;no entanto, se o sist. de defesa estiver debilitado,
a infecção pelo T. gondii pode espalhar-se pelo cérebro, coração, fígado, músculos, pulmões, olhos, ouvidos, etc. Nesses casos, têm - se os seguintes sintomas: dor de garganta, manchas pelo corpo: exantema máculo-papular (vermelhidão em forma de pequenas manchas e pápulas), confusão mental, convulsões, encefalite, aumento do fígado e do baço, moléstias pulmonares (pneumonite) e cardíacas (miocardite), linfonodos aumentados, ou seja, gânglios espalhados pelo corpo, dificuldade para enxergar que pode evoluir para cegueira, Problemas de audição, Lesões na retina (coriorretinite).
Diagnóstico: tanto p/ a toxo. congênita quanto p/ a toxo.e adquirida, a pesquisa de anticorpos específicos por intermédio de testes sorológicos constitui o método habitualmente utilizado para a confirmação diagnóstica; os testes sorológicos mais usados são a imunofluorescência indireta e o teste imunoenzimático (ELISA) detectando anticorpos da classe IgG, IgM e IgA. 
A demonstração de anticorpos IgM geralmente é utilizada como diagnóstico de toxo. recente, e serve para considerar o risco de transmissão para o feto; os anticorpos IgG anti-Toxoplasma aumentam após duas semanas de doença, e geralmente ficam positivos por toda a vida; o aumento de 4 vezes no título de IgG pode significar reativação de doença em pacientes imunocompro. ; embora os anticorpos da classe IgM signifiquem doença recente, em alguns casos eles podem permanecer elevados por até um ano; nesses casos pode-se utilizar a pesquisa de IgA anti-Toxoplasma, que costuma normalizar dentro de 6 meses após a infecção
Na toxoplasmose ocular, encontra-se no soro apenas baixos títulos de IgG e ausência de IgM-anti-T. gondii; na neurotoxoplasmose de pacientes com AIDS, os anticorpos da classe IgG encontram-se geralmente em baixa conc. no sangue, e os das classes IgM, IgA e IgE não são detectados, dificultando o diagnóstico sorológico.
O teste da avidez de IgG é outro exame que também pode ajudar no diagnóstico de infecção recente, particularmente em gestantes, sabendo-se que na fase aguda da doença os anticorpos da classe IgG apresentam baixa avidez, aumentando assim que se afasta da infecção aguda.
A reação em cadeia da polimerase pode ser importante nos pacientes com AIDS, apresentando alta sensibilidade e especificidade, seja a realizada no sangue como no L céfalo-raquidiano; este teste é usado como de escolha para o diagnóstico da toxo. congênita.
Giárdia lamblia
· Giardíase é uma infecção no ID causada pelo protozoário Giardia lamblia. A infecção ocorre principalmente quando a pessoa ingere cistos do protozoário (forma que o parasita usa p/ resistir a condições ambientais desfavoráveis até conseguir um hosp.) em alimentos contaminados por fezes e H2O sem tratamento.
· A ingestão do parasita também pode ocorrer por falta de higiene, ao não lavar as mãos, por ex. ou pelo contato sexual com uma pessoa infectada.
· No trato intestinal, o protozoário se aloja na primeira porção do ID (duodeno e início do jejuno)
Ciclo biológico: ingestão de cistos em H2O/alimentos contaminados; no ID os trofozoítos sofrem divisão binária e chegam à luz do intestino, onde ficam livres/aderidos à mucosa intestinal, por mecanismo de sucção; a formação do cisto ocorre quando o parasita transita o cólon, e neste estágio os cistos são encontrados nas fezes (forma infectante). No ambiente podem sobreviver meses na H2O fria, através de sua espessa camada.
Transmissão: ingestão de H2O e alimentos contaminados por um parasita; principal sintoma = diarréia
Sintomas: geralmente é assintomática, mesmo assim o paciente elimina cistos que podem infectar outras pessoas; quando a infecção é sintomática, o paciente costuma apresentar: cólicas abdominais, flatulência, distensão abdominal, náuseas, eliminação de fezes gordurosas e fétidas, perda de peso, diarréia; sem tratamento, a diarréia pode persistir durante semanas e interferir na absorção de nutrientes; no caso de crianças, o desenvolvimento normal pode ser prejudicado.
Diagnóstico: é feito por meio de exames laboratoriais de fezes para detectar proteínas (antígenos) liberadas pela G. Lamblia; devido aos cistos de Giárdia serem muito pequenos e leves a metodologia parasitológica de Faust é a mais indicada para diagnóstico
Trichomonas sp
· O protozoário Trichomonas vaginalis pode causar sintomas logo após entrar na vagina, ou os protozoários podem permanecer na vagina ou no colo do útero (a parte inferior do útero que se abre para a vagina) durante semanas ou meses, sem causar nenhum sintoma; a bexiga também pode ser infectada; em homens, os protozoários geralmente não causam sintomas e podem permanecer no trato urinário por alguns dias ou semanas sem causar nenhum sintoma; tanto as mulheres como os homens podem não saber que estão infectando seus parceiros sexuais.
Ciclo biológico: monoxênico (ser humano é o único hospedeiro do T. vaginalis); é transmitido através da relação sexual e pode sobreviver por mais de uma semana sob o prepúcio do homem sadio após o coito com mulher infectada; o patógeno pode ser encontrado em assentos sanitários, roupas íntimas, duchas contaminadas, pois pode sobreviver fora de seu habitat por algumas horas se exposto a altas condições de umidades; logo, entra no organismo do homem ou da mulher e se aloja no trato urogenital, encontrando condições propícias para sobrevivência o protozoário se reproduz por divisão binária e dão origem a colônias e uma infecção estará iniciada, o P.I do T. vaginalis varia entre 3 e 20 dias
Transmissão: por meio do contato sexual desprotegido = sem o uso de preservativos; pode atingir mulheres e homens, embora seja mais comum em pessoas do sexo feminino; seja menos comum, ela também pode ser transmitida pelo contato com o parasita em banheiros públicos, roupas íntimas, toalhas, etc → as secreções da pessoa contaminada em roupas íntimas, por ex., podem facilmente contaminar outras; pode ocorrer em crianças se acontecer, a causa pode ser o abuso sexual.
Sintomas: a mulher com vaginite por Trichomonas pode ter um corrimento vaginal verde/amarelo (às vezes é espumoso, abundante, ou ambos; pode ter odor de peixe); é possível haver coceira na área genital e a vagina pode ficar vermelha e dolorida (irritada); a relação sexual pode ser dolorida; a micção pode também ser dolorida se a bexiga for infectada; a infecção pode dar origem à doença inflamatória pélvica e em mulheres grávidas, causar trabalho de parto e parto prematuros.
Diagnóstico
· Avaliação médica
· Análise de uma amostra do corrimento e/ou do líquido do colo do útero
· Se a menina/mulher tiver um corrimento vaginal que seja incomum ou dure mais de alguns dias ou tiver outros sintomas vaginais, ela deve consultar um médico.
O médico suspeita da presença de vaginite por Tricho. com base nos sintomas, como corrimento espumoso de cor verde/amarela → ele faz perguntas sobre o corrimento, outros sintomas e possíveis causas (como DST) → faz um exame pélvico para confirmar o diagnóstico e ao examinar a vagina, ele coleta uma amostra do corrimento com um cotonete e esta é examinada por microscopia → munido das info.’s geradas por esse exame, ele geralmente consegue identificar o microrganismo causador dos sintomas → normalmente ele também usa um swab para coletar uma amostra de L do colo do útero para examiná-lo quanto à presença de outras DST’s → p/ determinar se existem outras infecções na pelve, ele verifica o útero e os ovários, inserindo os dedos indicador e médio utilizando luva dentro da vagina e pressionando do lado de fora da parte inf. do abdômen com a outra mão e se essa manobra provocar dor substancial ou se estiver presente febre, outras infecções podem estar presentes → se uma criança tiver vaginite por Tricho., o médico a avalia p/ determinar se a causa pode ter sido abusada
Balantídium coli
· A balantidiose é uma protozoose, ou seja, uma doença transmissível causada por protozoários; o responsável é B.coli, um protozoário ciliado com alto grau de complexidade; encontram – se em ambientes onde há criação de animais,
principalmente suínos
· O B. coli se instala no IG onde sofre desencistamento e liberação dos trofozoítos (forma infectante do parasita); é geralmente comensal da luz do intestino de suínos, obtendo sua nutrição por absorção de matéria orgânica dissolvida e se reproduzindo de modo sexu./assex.; pode ainda invadir a mucosa intestinal, caso esteja lesada.
Trofozoíto do B.coli: com o desenvolvimento e multiplicação destes protozoários no hospedeiro, novos cistos são liberados ao meio ambiente através das suas fezes contaminadas; os cistos são considerados como uma resistência às adversidades do meio e caso o homem possua carências nutricionais, ausência de condições sanitárias adequadas ou falta de higiene com sua alimentação e principalmente com as mãos, facilmente contamina-se o solo, a H2O, e consequentemente, outros homens e também animais; em especial os porcos, por serem os hosp. naturais do Balantidium (outros animais também podem ser atingidos, como os macacos, chimpanzés, cães, ratos e cobaias); 
Pode ser assintomática ou sintomática (febre, diarréia, náuseas, vômito, anorexia, fraqueza, disenteria evoluindo até para desidratação e hemorragias intestinais), com surtos de diarréia; o homem que ingere cistos presentes no ambiente por meio da ingestão de H2O ou alimentos contaminados sofre então uma infecção chamada colite, além de cólicas intestinais, tenesmos (sensação dolorosa e desejo contínuo de urinar ou evacuar, embora sem êxito) e diarréia; 
Profilaxia inclui cuidados de higiene corporal, saneamento básico, tratamento dos doentes, cuidados de higiene para trabalhadores em ambiente rural que têm constante contato com suínos, possíveis reservatórios do parasita.
O diagnóstico clínico é feito através da avaliação dos sintomas, enquanto o diagnóstico laboratorial ocorre por exames de fezes pelos métodos usuais ou, quando necessário, fazer cultura de fezes para verificar as formas; o tratamento envolve a adoção de dieta láctea por alguns dias ou em alguns casos o uso de medicamentos recomendados pelo médico.
HELMINTOS
Shistosoma mansoni
· A esquistossomose (“xistose”, “barriga d’água” ou “doença dos caramujos”) é uma doença parasitária causada pelo S. mansoni; inicialmente é assintomática, mas pode evoluir e causar graves problemas de saúde crônicos, podendo haver internação ou morte. 
· A pessoa adquire a infecção quando entra em contato com H2O doce onde existam caramujos infectados pelos vermes causadores da esquistossomose → os vermes vivem nas veias do mesentério e do fígado do infectado → a maioria dos ovos do parasita se prende nos tecidos do corpo humano e a reação do organismo a eles pode causar grandes danos à saúde.
· O P.I (tempo que os primeiros sintomas começam a aparecer a partir da infecção) é de 2 a 6 semanas.
As espécies principais, para a patologia humana são:
a) S. mansoni - causa a esquistossomíase intestinal ou mansônica e é a única que ocorre no BRA, visto não existirem aqui os moluscos vetores das demais espécies.
b) S. haematobium - causa a esquistossomíase urinária ou hematóbica, da África e Oriente Médio.
c) S. japonicum – causa a esquistossomíase japônica, da Ásia.
Ciclo biológico: heteroxênico; o ovo do S. mansoni é eliminado nas fezes do homem, sendo a forma diagnóstica de esquistossomose encontrada no Exame Parasitológico de Fezes → eliminados e alcançando a H2O, eles eclodem originando miracídios e vão parasitar o hosp. intermediário: um caramujo do gênero Biomphalaria → no caramujo, o miracídio se desenvolve, dando origem a cercárias → na H2O, as cercárias parasitam o homem, penetrando-lhe a pele e depois elas passam a se chamar esquistossômulos e esses ganham à circulação venosa, chegam ao pulmão, coração, artérias mesentéricas e sist.porta → a maturação sexual ocorre nesse local após cerca de 30 dias da penetração, originado machos e fêmeas ehá reprodução e ovipostura → os ovos após passarem da submucosa para a luz intestinal, são eliminados nas fezes → o tempo entre a penetração cutânea e o aparecimento dos ovos nas fezes é de 3 a 4 semanas.
No ciclo da esquistossomose estão envolvidos dois hosp.’s = hosp. defi.: o homem e nele o parasita desenvolve a forma adulta e reproduz-se sexuadamente e os ovos são eliminados por meio das fezes no ambiente, ocasionando a contaminação das coleções hídricas naturais (córregos, riachos, lagoas) ou artificiais (valetas de irrigação, açudes e outros); hosp. interm.: os caramujos gastrópodes aquáticos, pertencentes à família Planorbidae e gênero Biomphalaria, são os organismos que possibilitam a reprodução assex. do helminto; no BRA as espécies Biomphalaria glabrata, B. straminea e B. tenagophila estão envolvidas na disseminação da esquistossomose
Transmissão: ocorre quando o indivíduo infectado elimina os ovos do verme por meio das fezes humanas e em contato com a 	H2O eles eclodem, liberando larvas que infectam os caramujos (hosp. interm. que vivem nas águas doces); após 4 semanas, as larvas abandonam o caramujo na forma de cercarias e ficam livres nas águas naturais → o ser humano adquire a doença pelo contato com essas águas; destaca-se que a transmissão não ocorre por meio do contato direto com o doente e também não ocorre “autoinfecção”.
Sintomas: maioria é assintomática, mas f. Aguda, o paciente infectado pode apresentar diversos sintomas, como: febre, dor de cabeça, calafrios, sudoreses, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, tosse e diarréia; em alguns casos, o fígado e o baço podem inflamar e aumentar de tamanho; Na f. Crônica da doença, a diarréia se torna mais constante, alternando-se com prisão de ventre e pode aparecer sangue nas fezes; além disso, o paciente pode apresentar outros sinais, como: tonturas, sensação de plenitude gástrica, prurido (coceira) anal, palpitações, impotência, emagrecimento e endurecimento e aumento do fígado; nos casos mais graves, o estado do paciente piora bastante, com emagrecimento, fraqueza acentuada e aumento do vol. do abdômen, conhecido popularmente como barriga d’água.
Diagnóstico: o diagnóstico de certeza só é estabelecido através de exames laboratoriais; diante da suspeita, baseada nos dados clínicos e epidemiológicos, está indicada a realização da avaliação laboratorial, que é relativamente rápida e de fácil execução; a constatação da presença de ovos nas fezes é o modo mais empregado na prática clínica e imunológicos podem ser utilizados; a biópsia retal e a hepática constituem métodos auxiliares menos usuais atualmente, sendo reservados para o esclarecimento diagnóstico em situações particulares.
Exames parasitológicos: é fundamental o exame de fezes, com especial importância para as técnicas de Lutz e Kato-Katz (método quantitativo, com grande aplicabilidade na inferência da carga parasitária, detectando a presença de ovos nas fezes, o que ocorre após o 45º dia de infecção); há variações na positividade do exame de fezes, na dependência de fatores tais como carga parasitária, experiência do laboratorista e tempo de infecção (quanto mais antiga a infecção, no geral, ˂ é a presença de ovos nas fezes); o exame de fezes possui baixa sensibilidade, sobretudo em áreas nas quais predominam as infecções por S. mansoni com pequena carga parasitária recomendam-se a realização de exames laboratoriais com um mín. de 3 amostras seqüenciais de fezes, coletadas em dias distintos, com intervalo máx. de 10 dias entre a primeira e a última coleta; os ensaios imunológicos são necessários em algumas situações, sendo mais empregadas na f. crônica da doença (são positivas a partir do 25º dia); as principais são intradermoreação (apropriada para inquéritos epidemiológicos e para o diagnóstico dos pacientes não oriundos de área endêmica, com quadro sugestivo de alterações relacionadas à fase pré-postural), reações de fixação do complemento, imunofluorescência indireta, técnica imunoenzimática (Enzyme linked immunosorbent assay – ELISA) e ELISA de captura; a positividade dos exames imuno. não indicam necessariamente infecção ativa por S. mansoni, pois os anticorpos circulantes
permanecem após a cura da doença; desta feita, tais provas não são úteis para comprovação da eficácia do tratamento medicamentoso.
Trichuris trichiura
· A tricuríase é uma verminose causada pelo parasito Trichuris trichiura, um nematódeo que habita o IG 
· A infecção costuma ser assintomática, mas pode provocar diarreia crônica nos pacientes contaminados com uma carga de centenas de parasitos.
· É uma parasitose muito comum em países subdesenvolvidos, onde as condições de saneamento básico são precárias.
· O T. trichiura é um parasito que não se adapta bem a locais áridos ou muito frios, por isso, as regiões tropicais, onde o clima é úmido e quente, são as que apresentam ˃ nº de casos desta verminose.
· Devido ao fato do T. trichiura viver em ambientes com características semelhantes aos do Ascaris lumbricoides é muito comum a co-infecção por ambos nematódeos; o T. trichiura é um verme morfologicamente parecido com o Ascaris lumbricoides, porém, ele é bem ˂
Ciclo biológico: um indivíduo infectado libera milhares de ovos do parasito a cada evacuação → se as fezes entrarem em contato com o solo, os ovos encontram um local propício para amadurecer → após ≈ 2 ou 3 semanas, os ovos passam a conter um embrião do verme capaz de infectar quem o consumir → a ingestão de ovos que foram eliminados recentemente nas fezes não é capaz de contaminar outras pessoas, pois o embrião no seu int. precisa deste tempo de 2 semanas de amadurecimento no solo para poder completar o seu ciclo de vida.
Transmissão: fecal-oral; um indivíduo se contamina com o T. trichiura quando ingere acidentalmente ovos do parasito contidos em alimentos, H2O ou no solo; em ambientes úmidos e com pouca exposição solar direta, os ovos podem permanecer viáveis por vários meses, mas em locais secos, muito quentes ou com exposição solar direta o ovo sofre desidratação e o embrião em seu int. morre rapidamente; as duas formas mais comuns de contaminação são através do contato da boca com mãos que manipularam solo infectado ou por consumo de alimentos plantados em terra adubada com fezes humana; uma vez ingeridos, os ovos do parasito conseguem atravessar incólumes o estômago e eclodem ao chegar ao ID, liberando as larvas do verme → após ≈ 3 meses, as larvas se tornam vermes adultos e migram para o IG, onde irão habitar definitivamente e lá o T. trichiura pode viver por até 5 anos; a fêmea do parasito é capaz de colocar mais de 20 mil ovos por dia, que serão eliminados pelas fezes, dando início a um novo ciclo.
Sintomas: maioria é assintomática; geralmente indivíduos com os intestinos infestados com centenas de parasitos é que desenvolvem sintomas e nestes casos o quadro clínico mais comum é de diarreia crônica, que pode ou não vir acompanhada de muco ou sangue misturado às fezes; distensão abdominal, enjoos, perda de peso, flatulência e anemia são outros possíveis; um sinal físico comum é o baqueteamento digital (alargamento da ponta dos dedos e da unha); geralmente presente em crianças com contaminação maciça é o prolapso retal (protusão de parte do reto através do ânus) e nestes casos é comum conseguirmos ver vermes aderidos à mucosa do reto que está exteriorizada
Diagnóstico: é feito pelo exame parasitológico de fezes = identificar a presença de ovos; em alguns casos, o diagnóstico pode ser feito durante a realização de uma colonoscopia, pois os vermes são facilmente encontrados aderidos à mucosa do IG.
Strongylóides stercoralis
· O parasita S. stercoralis e possui ˃ prevalência em regiões quentes e com bastante umidade; os nematódeos são encontrados em solo arenoso e podem viver indefinidamente no solo como formas livres.
· A forma parasita (partenogênica) deste verme possui corpo cilíndrico, filiforme, esbranquiçada, com as extremidades afiladas e já a morfologia das vida livre é: ♀ e o ♂ possuem um corpo fusiforme (+ espesso no centro e atenuando – se em direção às extremidades) com a extremidade anterior arredondada e a posterior afilada; as L. rabditoide (L1 e L2) são eliminadas dos ovos e são ♀ de vida livre semelhantes as ♀ parasitas; habitam o intestino e são encontradas nas fezes; L. filarioide (L3) são a forma infectante e evolução da rabditoide.
Ciclo biológico: mais complexo do que o da maioria dos nematódeos por causa da sua alternância entre ciclos parasitário e de vida livre, e seu potencial de autoinfecção e multiplicação no hospedeiro; l. rabd. são excretadas nas fezes e no solo e lá elas podem tornar-se adultos de v. livre ou l. filariformes infecciosas que penetram à pele humana → os vermes adultos se acasalam e as fêmeas produzem ovos → l. rabd. eclodem dos ovos → essas larvas podem se transformar em adultos de v. livre ou em l. filariformes infecciosas → as l. filariformes penetram a pele humana e migram pela c. sanguínea até os pulmões, penetram nos capilares pulmonares, acendem pela árvore brônquica até a faringe, são deglutidas e alcançam o ID e se transformam em adultos → no ID as fêmeas adultas produzem ovos e estes eclodem em l. rabd. → a maioria dessas larvas é excretada nas fezes → algumas larvas tornam-se l. filariformes no IG, penetram na parede intestinal (autoinfecção interna) ou na pele perianal (autoinfecção externa) e seguem o ciclo infeccioso normal.
Transmissão: acontece pela penetração das l. filarióides na pele (geralmente nas áreas da pele + fina dos pés), ingestão de alimentos contaminados por larvas, autoinf. int. (mudança das l. rabd. para filarióides na região perianal infestando o hosp.)
Sintomas: pode ser assintomática; Larva currens (infecção rastejante) é uma forma de larva migrans cutânea específica da infecção por Strongyloides e resulta da autoinfecção; a erupção geralmente começa na região perianal e é acompanhada por prurido intenso. Tipicamente, larva currens é uma lesão cutânea eritematosa, urticariforme, linear ou serpiginosa, de migração rápida; erupções maculopapulares ou urticariformes inespecíficas também podem ocorrer; sintomas pulmonares são incomuns, embora infecções intensas possam produzir a síndrome de Löffler, com tosse, sibilos e eosinofilia; sintomas GI incluem anorexia, dor e sensibilidade epigástricas, diarreia, náuseas e vômitos; em infecções graves, má absorção e enteropatia perdedora de proteína podem resultar em perda ponderal e caquexia.
Diagnóstico: pode-se usar o exame parasitológico de fezes, porém os métodos mais utilizados são o de Baermann-Moraes ou o de Rugal; p/ esses exames de fezes não se deve usar conservadores p/ não matar as larvas e vale ressaltar que nas fezes somente são encontradas l. rabd. e não ovos
Wuchereria bancroft
· A W. bancrofti é o parasita responsável pela Filariose linfática, conhecida como elefantíase, que é mais comum em regiões de clima quente e úmido, principalmente Norte e Nordeste do Brasil.
Ciclo biológico: ossui duas forma evolutivas, a microfilária e o verme adulto, onde a microfilária corresponde à forma juvenil do parasita e é a forma que é encontrada na c. sanguínea e nos linfonodos, já a forma adulta do parasita está presente nos vasos linfáticos e produzem mais microfilárias, que são liberadas na c. sanguínea; apresenta dois ciclos de vida, sendo um no mosquito e outro nas pessoas; o mosquito Culex quinquefasciatus, ao picar uma pessoa infectada, inspira microfilárias, também chamadas de L1, que desenvolvem-se por um período de 14 a 21 dias no intestino do mosquito até a fase L3 e depois migram para a boca → ao picar outra pessoa, o mosquito transmite a larva L3, que migra p/ os v. linfáticos e desenvolvem-se até o estágio L5, que corresponde ao estágio adulto e de maturação sexual → a larva L5, após P.I começa a liberar as microfilárias que ficam circulantes no sangue.
Transmissão: através da picada do mosquito do gênero Culex sp. infectado, que libera larvas infectantes na c. sanguínea da pessoa que se deslocam até os v. linfáticos, resultando em resposta inflamatória e nos sintomas característicos da filariose linfática, como inchaço de perna, braço ou outra região do corpo em que o parasita está presente,
febre e dor muscular, por ex.; a fêmea do mosquito ingere a forma microfilária durante a picada da pessoa infectada e estas na cavidade geral do mosquito (sofrem mudas até larvas infectantes), dirigem-se para a probóscide, rasgando-a e penetrando a pele do hospedeiro por alguma abrasão → atingem a circulação permanecendo aí até a fase de L5, quando dirigem-se para os linfáticos e começa a liberação de microfilárias, se houver acasalamento e se não a forma adulta provoca obstrução linfática → o período pré-patente é de um ano.
Sintomas: o P.I pode ser de um mês ou vários meses; a maioria dos casos é assintomática, contudo existe produção de microfilárias e o indivíduo dissemina a infecção através dos mosquitos que o picam → Os ep.’s de transmissão de microfilárias (geralmente a noite, a depender da espécie do vetor) pelos v. sanguíneos podem levar a reações do sist. imuno., como prurido, febre, mal estar, tosse, asma, fatiga, exantemas, adenopatias (inchaço dos gânglios linfáticos) e com inchaços nos membros, escroto ou mamas e as vezes causa inflamação dos testículos (orquite); a longo prazo, a presença de vários pares de adultos nos v. linfáticos, com fibrosação e obstrução dos vasos (formando nódulos palpáveis) pode levar a acumulações de linfa a montante das obstruções, com dilatação de v. linfáticos alternativos e espessamento da pele e esta condição 10 a 15 anos depois manifesta-se como aumento de vol. grotesco das regiões afetadas, principalmente pernas e escroto, devido a retenção de linfa; os v. linfáticos alargados pela linfa retida, por vezes arrebentam, complicando a drenagem da linfa ainda mais e as vezes as pernas tornam-se grossas, dando um aspecto semelhante a patas de elefante, descrito como elefantíase.
Diagnóstico: clínico-epidemiológico, quando há manifestações sugestivas e o indivíduo é oriundo de área endêmica.
Diagnóstico Específico: o teste de rotina é feito pela pesquisa da microfilária no sangue periférico, pelo método da gota espessa (periodicidade noturna, das 23h a 1h); pode-se ainda pesquisar microfilária no L ascítico, pleural, sinovial, cefalorraquidiano, urina, expectoração e gânglios, sendo restrito a casos específicos; pela presença do verme adulto no sist. linfático, genitália ou em outras lesões (essa forma de diagnóstico não é realizada como rotina).
Sorologias: podem ser realizados os testes de Elisa ou testes imunocromatográficos para pesquisa de antígenos circulantes.
Diagnóstico por Imagem: nos homens, é indicada a ultrassonografia da bolsa escrotal e em mulheres a ultrassonografia da mama ou região inguinal e axilar deve ser avaliada
Ancylostoma duodenali / Necatur americanus
· A ancilostomose é uma helmintíase que é causada tanto pelo A. duodenale como pelo N. americanus
· Ambos são vermes nematelmintes (asquelmintes); é conhecida popularmente "amarelão", "doença do jeca-tatu", "mal-da-terra", "anemia-dos-mineiros, "opilação", etc.
· Os portadores desta verminose são pálidos, com a pele amarelada, pois os vermes vivem no ID e com suas placas cortantes/dentes rasgam as paredes intestinais, sugam o sangue e provocam hemorragias e anemia
· A pessoa se contagia ao manter contato com o solo contaminado por dejetos; as l. filarioides penetram ativamente através da pele (quando ingeridas, podem penetrar através da mucosa); as larvas têm origem nos ovos eliminados pelo homem
· Os vermes adultos vivem no ID do homem; depois do acasalamento, os ovos são expulsos com as fezes (a fêmea do A. duodenale põe até 30 mil ovos por dia, enquanto que a do N. americanus 9 mil); encontrando condições favoráveis no calor (calor e umidade) tornam-se embrionados 24h depois da expulsão.
Ciclo biológico: as larvas filarióides penetram ativamente através da pele, atingem a circulação e executam uma viagem semelhante àquela realizada pelas larvas da lombriga, migrando do coração para os alvéolos pulmonare → dos alvéolos, seguem para os brônquios, traqueia, laringe, faringe, esôfago, estômago e ID, local em que se transformam em adultos → após acasalamento no intestino, as fêmeas iniciam a posturas dos ovos, que, misturados as fezes, são eliminados paara o solo; a diferença em relação à ascaridíase é que, neste caso, os ovos eclodem no solo e liberam uma larva → sm solo úmidos e sombrios, as larvas permanecem vivas e se alimentam → sofrem muda na cutícula durante esse período.
Transmissão: após rompimento do ovo a larva originada denomina-se rabditoide, abandonando a casca do ovo e passando a ter vida livre no solo; depois de ≈ uma semana transforma-se numa larva que pode penetrar através da pele do homem, denominada l. filarioide infestante; quando os indivíduos andam descalços nestas áreas, as l. filarioides penetram na pele, migram para os capilares linfáticos da derme e em seguida passam para os capilares sanguíneos, onde são levadas pela circulação até o coração e finalmente, aos pulmões → perfuram os capilares pulmonares e a parede dos alvéolos → migram pelos bronquíolos e chegam à faringe → descem pelo esôfago e alcançam o ID, onde se tornam adultas
Outra contaminação é pela l.filarioide encistada (pode ocorrer o encistamento da larva no solo) a qual se é ingerida oralmente alcança o estado adulto no ID sem percorrer os caminhos descritos anteriormente.
Sintomas: no local da penetração das l. filarioides ocorre uma reação inflamatória (pruriginosa); no decurso pode ser observada tosse ou até pneumonia (passagem das larvas pelos pulmões) → surgem perturbações intestinais que se manifestam por cólicas, náuseas e hemorragias decorrentes da ação espoliadora dos dentes/placas cortantes existentes na boca destes vermes e estas hemorragias podem durar muito tempo, levando o indivíduo a uma anemia intensa, o que agrava mais o quadro; poderão ocorrer algumas complicações, como: caquexia (desnutrição profunda), amenorreia (ausência de menstruação), partos com feto morto e em crianças transtornos no crescimento.
Sinais e sintomas: lesão no local da pele onde a larva penetrou com vermelhidão, coceira e irritação, tosse, respiração com ruído, dor de barriga, diarréia, perda de apetite e perda de peso, anemia e palidez, atraso no crescimento e desenvolvimento mental em crianças; Esta doença é conhecida como amarelão, pois a anemia provocada pela ação dos vermes no intestino pode provocar uma palidez/pele amarelada
Diagnóstico: através da detecção de ovos do parasita nas fezes; após a invasão da pele pelo parasito, os primeiros ovos podem só aparecer 2 meses depois e quando a infecção é provocada pelo A. duodenale, o primeiros ovos podem demorar até 1 ano para surgirem nas fezes; portanto, quando há suspeita clínica vários exames de fezes podem ser necessários até que um ovo possa ser identificado, por ex. no hemograma, a presença de anemia e eosinofilia (aumento do nº de eosinófilos), associado a um quadro gastrointestinal suspeito é uma dica importante para o diagnóstico
Ascaris lumbricoides
· A ascaridíase é uma doença infecciosa causada pelo parasita A. lumbricoides, popularmente conhecido como lombriga, que no intestino causam desconforto abdominal, dificuldade para defecar ou diarreia e vômitos. 
· É encontrado com mais frequência no intestino, o A. lumbricoides também pode se desenvolver no coração, pulmão, vesí. biliar e fígado, principalmente se não houver diagnóstico ou se o tratamento não for feito corretamente.
Ciclo biológico: fêmeas adultas presentes no intestino colocam seus ovos que são eliminados para o ambiente juntamente com as fezes, esses ovos passam por um processo de maturação no solo para que se torne infectante e devido à permanência no solo eles podem ficar grudados em alimentos ou serem transportados pela H2O podendo haver contaminação das pessoas → após serem ingeridos, a larva infectante presente no int. do ovo é liberada no intestino, o perfura e se desloca para os pulmões, onde sofre processo de maturação → após desenvolvimento nos pulmões, as larvas sobem p/ a traquéia e podem ser eliminadas ou deglutidas → quando são deglutidas, sofrem processo
de diferenciação em macho e fêmea, reproduzem-se e ocorre novamente a liberação de ovos pela fêmea do A. lumbricoides
Transmissão: ingestão de ovos contendo a forma infectante do parasita em H2O e alimentos contaminados
Sintomas: estão relacionados com a qntd. de parasitas no organismo; dor/desconforto abdominal, náuseas e vômitos, diarreia/presença de sangue nas fezes, cansaço excessivo, vermes nas fezes; Se ele espalhar para outros locais do corpo, podem surgir sintomas específicos de cada local afetado, como tosse e sensação de falta de ar, quando se desenvolve nos pulmões, ou vômitos com vermes, quando surge no fígado ou na vesícula; em alguns casos, o parasita pode estar presente mesmo que não existam sintomas, pois é necessário que se desenvolvam e estejam presentes em grande nº para que comecem os primeiros sinais e por isso os médicos recomendam tomar um antiparasitário uma vez por ano, para eliminar possíveis parasitas que possam estar crescendo, mesmo que não existam sintomas.
Diagnóstico: na maioria dos casos por meio da avaliação dos sintomas pelo clínico geral ou infectologista, mas é importante que seja realizado um exame de fezes para que seja confirmado o diagnóstico e se possa iniciar o tratamento; através do exame de fezes é possível identificar a presença de ovos de A. lumbricoides e em alguns casos a qntd.; além disso é realizado exame macroscópico nas fezes, podendo ser observados vermes adultos em caso de infecção; quando há outros sintomas além dos intestinais o médico pode solicitar a realização de um raio-X para que seja verificado se o parasita está se desenvolvendo em outros locais do corpo, além de saber a gravidade da infecção.
Enterobius vermicularis – Oxiurus
· Infestação intestinal causada por helminto
· Pode ser assintomática ou apresentar o prurido perianal, frequentemente noturno, que causa irritabilidade, desassossego, desconforto e sono intranquilo
· As escoriações provocadas pelo ato de coçar podem resultar em infecções secundárias em torno do ânus, com congestão na região anal, ocasionando inflamação com pontos hemorrágicos, onde se encontram, frequentemente, fêmeas adultas e ovos
· Sintomas inespecíficos do aparelho digestivo são registrados, como vômitos, dores abdominais, tenesmo, puxo e raramente, fezes sanguinolentas; outras manifestações, como vulvovaginites, salpingites, ooforite e granulomas pélvicos ou hepáticos, têm sido registradas, esporadicamente.
Ciclo biológico: monoxênico; após a cópula, os machos morrem e são eliminados junto com as fezes e as fêmeas então com ovos vão p/ o ânus para ovoposição, pricipalmente à noite (causando o prurido anal noturno), pois esperam diminuir o metabolismo do hosp. → para a liberação dos ovos, o tegumento da fêmea fica bem fino → os ovos se tornam infectantes em 6h e são ingeridos pelo hosp. → as l. rabd. eclodem no ID, sofrendo 2 metamorfoses até o ceco, onde se transformam em adultos → depois de 1 a 2 meses as fêmeas vão para a região perianal e se não houver reinfecção, o parasitismo se extingue; sobrevida do verme é de 2 meses.
Transmissão: fecal-oral;
Autoinfecção ext. ou direta – do ânus para a cavidade oral, por meio dos dedos, principalmente nas crianças, doentes mentais e adultos com precários hábitos de higiene
Autoinfecção indireta – ovos presentes na poeira/alimentos atingem o mesmo hosp. que os eliminou 
Heteroinfecção – os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem um novo hospedeiro 
Retroinfecção – migração das larvas da região anal p/ as regiões sup. do IG, chegando até o ceco, onde se tornam adultas
Autoinfecção int. – larvas eclodem ainda dentro do reto e depois migram até o ceco, transformando-se em vermes adultos
P.I: o ciclo de vida do parasito dura de 2 a 6 semanas; a sintomatologia aparece quando existe um nº de vermes resultante de infestações sucessivas, que ocorre alguns meses após a infestação inicial.
Período de Transmissibilidade: dura enquanto as fêmeas grávidas expulsam ovos na pele perianal, que permanecem infectantes por 1 ou 2 semanas fora do hospedeiro
Sintomas: maioria é assintomática, mas alguns experimentam prurido perianal e desenvolvem escoriações perianais; em alguns casos, a fêmea migra pelo trato genital feminino humano, causando vaginite e, em raras ocasiões, lesões peritoneais; muitas outras condições são atribuídas à infestação por oxiuros (ex.: dor abdominal, insônia, convulsões), mas uma relação causal é improvável; além de obstruem o lúmen do apêndice, em casos de apendicites, mas a presença dos parasitas pode ser coincidência.
Diagnóstico: em geral, clínico, devido ao prurido característico; o diagnóstico laboratorial reside no encontro do parasito e de seus ovos; como dificilmente é conseguido nos parasitológicos de fezes de rotina, sendo achado casual quando o parasitismo é muito intenso, deve-se pesquisar diretamente na região perianal, o que deve ser feito pelos métodos de Hall (swab anal) ou de Graham (fita gomada), cuja colheita é feita na região anal, seguida de leitura em microscópio e também podem ser pesquisados em material retirado de unhas de crianças infectadas, que oferecem alto índice de positividade.
Taenia solium / saginata
· Tênia ou solitária é o nome comum dado aos vermes platelmintos das ordens Pseudophilidae e Ciclophylidae, que pertencem à classe Cestoda, que inclui os vermes parasitas de diversos animais vertebrados, inclusive do homem
· A T. solium e a T. saginata são as mais conhecidas por parasitarem o ID do homem; os seus hosp. interm. são o porco (T. solium)/o boi no caso da (T. saginata); além de ser o hosp. definitivo, quando tem o lúmen do intestino parasitado (de forma quase sempre benigna) causando a doença Teníase, o homem também pode se tornar hosp. interm., sendo acometido por uma doença mais grave, a Cisticercose, somente causada pela T. solium
Ciclo biológico: os ovos são dispersos quando a proglótide se destaca do animal no lúmen intestinal, junto das fezes ou no ext. quando a proglótide se desintegra; os animais que se alimentam de detritos (suínos)/pastagens (gado) contaminados são infectados e nestes animais ou acidentalmente no homem, os ovos irão eclodir e os zigotos se irão se diferenciar em oncosferas, que por sua vez irão penetrar na mucosa intestinal, disseminando-se pelo sangue até os tecidos, onde se enquistam principalmente no músculo, fígado e cérebro; nesse estágio as oncosferas são denominadas cisticercos → quando o homem ingere esta carne infectada mal cozida, o cisticerco se aloja no seu intestino e aí se desenvolve, dando a origem a uma tênia adulta, fechando o ciclo.
Transmissão: o homem se infecta ingerido as larvas cisticercos ao consumir carne crua ou mal-cozida (vermelha, mesmo que não tenha sangue) de suíno, bovino ou peixe da H2O doce; a larva cisticerco evolui para a forma adulta no intestino do homem; a Cisticercose ocorre quando seres humanos ingerem H2O, terra ou alimentos contaminados com ovos de T. solium presentes em fezes humanas; o hábito de fertilizar o solo com fezes humanas aumenta muito o risco; também pode ocorrer por infecção fecal oral como em determinadas práticas sexuail ou por autoinfecção do mesmo indivíduo; na autoinfecção int. os proglotes grávidos podem alcançar o estômago por retroperistaltismo, liberando grande qntd. de embriões que invadem a c. Sanguínea disseminando-se pelo organismo humano e na auto. ext. o próprio indivíduo ao defecar contamina suas mãos/fômites, que leva à boca, ingerindo os ovos eliminados nas próprias fezes.
Sintomas: é frequentemente assintomática, mas em algumas pessoas pode causar sintomas de reação imunológica como eosinofilia, náuseas, vômitos, diarréia ou obstipação, dor abdominal, sensação de movimento intestinal, sons e alterações do apetite e em indivíduos subnutridos pode agravar a desnutrição; a infecção não dá imunidade a reinfecção; a Cisticercose é devida à ingestão acidental de ovos de tênia em H2O ou comida contaminadas com ovos do parasita: o ser humano é acidentalmente tomado como hosp. interm.
→ os ovos eclodem no lúmen intestinal e as oncosferas invadem a mucosa intestinal, alcançando a corrente circulatória sanguínea → a maioria migra para os músculos, onde se encista, mas algumas podem enquistar-se em órgãos delicados como o olho e o cérebro, causando sintomas como alterações visuais, convulsões epilépticas e outros distúrbios neurológicos. No coração podem agravar insuficiência cardíaca.
Diagnóstico: exame parasitológico de fezes tem uma boa eficácia; geralmente o diagnóstico é feito pelo próprio paciente ao observar a expulsão de proglotes; quando elas saem entre as evacuações e são encontradas nos lençóis ou na roupa íntima, trata-se de T. saginata, pois as de T. solium só saem passivamente, durante as evacuações e em geral formando cadeias entre 3 e 6 segmentos unidos.
Echinococcus granulosus
· A hidatidose é uma doença causada pelo parasita E.g ranulosus que pode ser transmitido para os humanos através de comida ou H2O contaminada com fezes de cachorro; é uma doença mais comum em pessoas que vivem com cachorros que não fazem desparasitação
· Geralmente é assintomática e demore vários anos para provocar complicações, as partes do corpo mais afetadas são o fígado e os pulmões e por isso é freq. que os primeiros sinais estejam relacionados com esses órgãos, como falta de ar, enjôos freq., inchaço da barriga ou cansaço excessivo.
· Existem tratamento com remédios mas em alguns casos precisam ser tratados com cirurgia para retirar os parasitas que estão crescendo no corpo e por isso, a melhor forma de eliminar a doença é prevenir a infecção com medidas simples como desparasitar todos os cachorros domésticos, lavar as mãos antes de comer e preparar os alimentos da forma correta.
Ciclo biológico: o hosp. definitivo é o cachorro (desenvolvimento do verme adulto, cujos ovos são liberados no ambiente através das fezes, contaminando alimentos, mãos de crianças e pastos); os ovos podem permanecer viáveis no solo por vários meses ou anos e são normalmente consumidos por porcos, bois, cabras ou ovelhas, onde acaba havendo desenvolvimento do cisto hidático no fígado e nos pulmões, que podem ser consumidos por cães, principalmente em locais em que os animais são criados para o abate; essa doença é mais freq. em crianças pelo contato direto com os cachorros, pois os ovos podem estar aderidos ao pêlo; além disso, a contaminação pode acontecer por meio do consumo de alimentos e H2O contaminada, permitindo a entrada dos ovos no organismo, transformação em oncosfera no estômago, acometimento da c.sanguínea e linfática e seguida, chegada ao fígado; ao atingir fígado, pulmão, cérebro ou ossos, a oncosfera se transforma de cisto hidático num processo lento que pode durar 6 meses ou mais.
Sintomas: variam de acordo com a localização e também pode haver sintomas + genéricos como coceira no corpo, febre e reações alérgicas que podem evoluir para o choque anafilático
Fígado: má digestão constante, desconforto abdominal e inchaço da barriga
Pulmões: falta de ar, cansaço fácil e tosse com catarro
Cérebro: acontece quando o parasita se desenvolve no cérebro, levando a sintomas mais graves como alterações da vida, febre alta, desmaio ou até coma
Ossos: é uma forma rara da doença que permanece sem sintomas por vários anos, podendo ser percebida quando há alguma fratura sem razão aparente
Diagnóstico: o parasita desenvolve-se lentamente, o que faz com que a doença possa permanecer assintomática por vários anos, dificultando o diagnóstico, mas a presença do parasita pode ser identificada por meio de exames de rotina, como raio-X, tomografias ou ecografias; o diagnóstico é feito a partir dos sintomas, exames de imagem e laboratoriais, sendo a Reação de Casoni o exame laboratorial utilizado para a confirmação do diagnóstico da hidatidose, já que identifica anticorpos específicos no organismo da pessoa
EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES
COLETA DE FEZES A FRESCO: com cuidado p/ ñ haver contaminação com a urina/H2O do vaso
Para a coleta é preciso:
· Evacuar no penico/numa folha de papel branco colocada no chão do banheiro/no vaso sanitário
· Coletar um pouco de fezes com uma pazinha (que vem junto do pote) e coloca-la dentro do frasco identificado
· Pode ser guardado na geladeira por 24h até ser levado para o lab.
MIF (Merthiolate–Iodo–Formol): sigla de determinado tipo de exame de fezes, cuja colheita do material é feita em L conservador (composto de formol, Hg, Cr, glicerina e H2O), o que permite realizar o exame microscópico das fezes alguns dias depois de colhidas, até um mês; caso seja pesquisa de Trofozoítos em fezes fresca diarréica, ou seja, a fresco, o material tem que ser levado ao lab. no máx. em 30 min. após a coleta
Amostras fecais: são examinadas devido à presença de protozoários e larvas de helmintos ou ovos; os estágios de protozoários encontrados em fezes são trofozoítas e cistos e os estágios de helmintos normalmente encontrados em fezes são ovos e larvas, ainda que possam ser vistos vermes adultos ou segmentos de vermes; vermes adultos ou segmentos de tênia são normalmente visíveis a olho nu, mas ovos larvas, trofozoitas, e cistos podem ser vistos somente com microscópio.
Formas evolutivas de helmintos e protozoários eliminadas via anal 
Helmintos: 
Ovos: Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Enterobius vermicularis, Ancylostoma duodenale, Necator americanus, Taenia solium, Taenia saginata, Hymenolepis nana, Schistosoma mansoni
Larvas: Strongyloides stercoralis. Adultos - Ascaris lumbricoides, Taenia spp. (proglotes), Enterobius vermicularis
Protozoários:
Cistos/trofozoítos: Giardia lamblia, Entamoeba histolytica / E. dispar, Entamoeba coli, Endolimax nana, Iodamoeba bütschlii, Chilomastix mesnili, Blastocystis hominis (apenas cisto).
DIAGNÓSTICOS LABORATORIAIS / METODOLOGIAS
São inúmeros os métodos de exames coprológicos descritos na literatura, os quais possuem vários princípios e podem ser quali./quanti. Grande parte das técnicas são modificadas com o tempo para melhorar a identificação dos parasitas e por apresentarem diferentes sensibilidades na detecção de ovos, larvas e cistos, geralmente é necessário o uso de mais de um procedimento durante a análise.
MÉTODO DIRETO: as fezes são examinadas ao microscópio, entre lamina e lamínula, diluídas numa densidade que dá para se ler as letras de um jornal através do preparado; fezes preservadas são úteis para a detenção de cistos de protozoários e de ovos e larvas de helmintos, mas a pesquisa de trofozoítos deve ser feita, pelo método direto, com fezes frescas, não preservadas
MÉTODO PARASITOLÓGICO DE HOFFMAN, PONS E JANER OU LUTZ: o método de sedimentação espontânea é um tipo de exame parasitológico de fezes e urina; consiste basicamente na mistura das fezes com H2O, onde será filtrada por uma gaze cirúrgica e deixado em repouso, formando uma consistente sedimentação dos restos fecais ao fundo do cálice e essa sedimentação é inserida em lâmina, feito um esfregaço e observado em microscópio; este método detecta a presença de ovos nas fezes, e após coloração com lugol (opcional) é possível verificar a presença de cistos de protozoários e larvas de helmintos.
MÉTODO DE GRAHAM (método da fita gomada ou método fita durex transparente): é um exame parasitológico, p/ pesquisa de ovos de Enterobius vermicularis, T. saginata e T. solium; uma fita adesiva é colocada ao fundo de um tubo de ensaio com a parte colante voltada para fora → a prega anal do paciente é então aberta e assim é encostado diversas vezes a parte colante naquela região perianal e então a fita adesiva é colocada em lâmina e observada em microscópio
SWAB ANAL PARA OXIÚROS: usado para detectar a presença de oxiúros (Enterobius vermiculares); os oxiúros são mais comuns em crianças que adultos; se uma criança numa família tem oxiúros, os outros membros da família serão infectados; ovos de oxiúros são normalmente encontrados em dobras da pele ao redor do ânus e eles raramente aparecem nas fezes
MÉTODO DE FAUST: no método de centrífugo-flutuação utilizado para a pesquisa de cistos
de protozoários e ovos de helmintos, as fezes são homogeneizadas, filtradas em gaze e depositadas em tubo cônico com uma sç saturada de sulfato de Zn (33%); após centrifugação, retira-se a película superficial com uma lamínula e esta é depositada em uma lâmina de vidro para observação em microscópio.
MÉTODO DE BAERMANN-MORAES: usada para a detecção de larvas de nematoides em amostras fecais, o método é baseado no termo-hidro-tropismo das larvas, que apresentam tendência à sedimentação; esta técnica consiste em colocar as fezes em contato com H2O morna (40-45º C) durante aproximadamente 1h e as larvas presentes nas fezes migram para o meio L mais quente e assentam no fundo do balão, de onde a amostra é coletada para análise microscópica; a diferenciação entre as larvas de S. stercoralis e Ancilostomídeo é obtida pela análise das características morfológicas, principalmente dos vestíbulos bucais.
MÉTODO DE RUGAI: RUGAI simplificou o método de Baermann-Moraes, utilizando o próprio frasco como receptáculo para as fezes e um cálice de sedimentação, em vez de funil; indicado para a pesquisa de larvas de S. stercorales e de Ancilostomideos.
MÉTODO DE KATO-KATZ: tem provado uma eficiência significante dos diagnósticos de esquistossomoses e helmintos intestinais, não é conveniente para examinar larvas, cistos ou ovos de certos parasitas intestinas; uma técnica de semi-conc. utilizada para a detecção quali. e quanti. de ovos de helmintos; é usado um kit comercial, quando as amostras de fezes são comprimidas em uma malha para concentrar a amostra e separar os detritos → em seguida, as amostras são transferidas para uma lâmina através de uma placa perfurada que define uma quantidade uniforme de fezes → placa perfurada é removida e a amostra de fezes coberta por um papel celofane umedecido em glicerina ou verde malaquita, aplicando-se uma pressão sobre a lâmina → após ≈ 30 min. de repouso o material pode ser analisado em microscópio.
MÉTODO DE WILLIS (ou método da sç saturada de NaCl): fundamenta - se na flutuação de ovos de helmintos e cistos de protozoários em uma sç saturada de NaCl em H2O a 30%, é indicado na pesquisa de ovos de helmintos e cistos de protozoários; é um método ainda usado, mas devido à alta possibilidade de contaminar todo o local de trabalho, deve ser abandonado; deveria ser imediatamente proibido em hospitais, mesmo se forem empregadas fezes preservadas; é substituído em grandes vantagens, pelos outros métodos de rotina (sedimentação e Ritchie).
MÉTODO DE RITCHIE: p/ a pesquisa de cistos de protozoários, as fezes são conservadas com sç de MIF (Mertiolado-Iodo-Formaldeído), filtradas e deixadas em repouso por ≈ 20 min → adiciona-se éter, o tubo é agitado vigorosamente e por fim centrifugado → após a centrifugação, o sobrenadante é desprezado, restando o sedimento para análise em lâmina com lugol.

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