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aula 6 Tipos de Segurados - Empregados e empregados domésticos - teoria aula avançada

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Segurados Obrigatórios
Empregados – (parte 2) e Empregado Doméstico
(Assista à Videoaula avançada 6) 
Prof. Eduardo Tanaka
A seguir, continuar a estudar os tipos de segurados obrigatórios. Estudaremos os empregados (parte 2) e o empregado doméstico.
m) o escrevente e o auxiliar contratados por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdência Social, em conformidade com a Lei no 8.935, de 18 de novembro de 1994;
Esta alínea dispõe sobre os funcionários escreventes e auxiliares que trabalham em cartório. A Lei no 8.935 – Lei dos Cartórios –, publicada no Diário Oficial da União em 21.11.1994, diz que os notários, oficiais de registro, escreventes e auxiliares são vinculados à Previdência Social, de âmbito federal, e têm assegurada a contagem recíproca de tempo de serviço em sistemas diversos. E que ficam assegurados aos notários, oficiais de registro, escreventes e auxiliares os direitos e vantagens previdenciários adquiridos até a data da publicação desta lei. Por isso, todo escrevente e auxiliar contratado por titular de serviços notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994 é considerado empregado vinculado ao RGPS. E àqueles que não eram celetistas, a referida lei permitiu sua opção por esse regime trabalhista.
n) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de Previdência Social;
Mandato eletivo, como diz o próprio nome, é aquele exercido por pessoas eleitas. São os deputados federais, senadores, governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores. Estes estariam vinculados ao RGPS como empregados, desde que não vinculados a regime próprio de Previdência Social.
Por exemplo, um cidadão não filiado a regime próprio, ao se eleger senador, deverá contribuir para o RGPS. Já um Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, como está vinculado a um regime próprio, quando se eleger a senador, não contribuirá para o RGPS.
q) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio de Previdência Social;
Da mesma forma, um empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, como, por exemplo, da Unicef, será vinculado ao RGPS se não for coberto por regime próprio de Previdência Social.
r) o trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da Lei no 5.889, de 8 de junho de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não superior a dois meses dentro do período de um ano.
Trata do trabalhador rural contratado por pequeno prazo, que não pode ser superior a dois meses. Em regra, ele é contratado em época de safra em que gera uma grande demanda por mão de obra.
 Empregados domésticos
Quando se fala de empregado doméstico, lembra-se logo da “doméstica”. 
Entretanto, considera-se empregado aquele que presta serviço de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos, por mais de dois dias por semana.
Pois então, uma cozinheira, um mordomo, um motorista, um caseiro, até um piloto de helicóptero poderiam ser considerados contribuintes obrigatórios do RGPS na qualidade de empregados domésticos? A resposta é sim, desde que se enquadrem em todos os requisitos, quais sejam:
· Pessoa física – o serviço deve ser prestado com pessoalidade, não podendo ser substituído por outra pessoa. E o serviço não pode ser prestado por uma empresa.
· Serviço de natureza contínua – o empregado doméstico cumpre uma carga horária em determinados dias estabelecidos no contrato de trabalho (mesmo que esse contrato seja verbal). A recente Lei Complementar 150/2015 considera empregado doméstico aquele que trabalha por mais de dois dias por semana. Sendo assim, até dois dias por semana pode ser considerado um contribuinte individual (por exemplo, um diarista).
· Mediante remuneração – há o pagamento do salário, não é gratuito.
· A pessoa ou família – há uma relação de trabalho e subordinação do empregado doméstico com uma família ou uma pessoa física. Se a relação de trabalho for com pessoa jurídica, não poderá ser considerado empregado doméstico, mas sim empregado comum.
· No âmbito residencial da família – o serviço não pode ser prestado em estabelecimento de pessoa jurídica. Somente pode ser prestado na residência de família ou de pessoa física. E residência pode ser entendida como sendo tanto a parte interna como a externa (jardim, piscina), e, também, a casa de praia, o sítio etc., desde que não haja fins lucrativos.
· Em atividade sem fins lucrativos – qualquer tipo de atividade lucrativa já descaracteriza a condição de empregado doméstico. Imagine uma dona de casa que resolve fazer bolo para vender com o auxílio da, suposta, “empregada doméstica”. Nesse instante, a empregada doméstica passa a ser empregada e a dona de casa passa a ser contribuinte individual empresária.
· Atividade de empregado doméstico por mais de duas vezes por semana. 
A Lei Complementar 150/2015 veda a contratação de menor de 18 anos para desempenho de trabalho doméstico.
Não será considerado empregado doméstico se este prestar serviço, nas condições acima elencadas, para o próprio cônjuge ou companheiro, para pais ou filhos.

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