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Revisão
testes e avaliação psicológica
Profª Débora Torres
Marcos históricos
Darwin (1859) 
“As muitas pequenas diferenças que aparecem nos descendentes de um mesmo conjunto de pais podem ser definidas como diferenças individuais [...] Essas diferenças individuais são da maior importância [...] [pois elas] fornecem os materiais sobre os quais age a seleção natural” (p. 125).
   Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a teoria da seleção natural. 
Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente.
Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres, não sendo portanto idênticos entre si.
Galton (1869) 
 No curso de suas tentativas de explorar e quantificar as diferenças individuais entre as pessoas, Galton tornou-se um colaborador influente para o campo da mensuração. Ele aspirava a classificar as pessoas “de acordo com seus dotes naturais” e a determinar seus “desvios a partir de uma média”.
A maioria das características pessoais é herdada – medida de associação: semelhanças e diferenças entre pessoas afins e não-afins. 
visava as aptidões humanas (intelecto) através da medida sensorial. Acreditava que toda informação do homem chegaria pelos sentidos. Considerava importante a capacidade de discriminação sensorial do tato e dos sons. 
Sua principal contribuição diz respeito ao desenvolvimento e simplificação de métodos estatísticos: análise quantitativa dos dados que coletava com seus testes. 
Na Alemanha, Wilhelm Max Wundt –1879 criou o 1º laboratório de psicologia experimental (atenção mais voltada para a uniformidade do que para as diferenças)
 
Ele e seus alunos tentaram formular uma descrição geral das capacidades humanas em relação a variáveis como tempo de reação, percepção e período/intervalo de atenção. Ao contrário de Galton, Wundt se concentrou em como as pessoas eram semelhantes, não diferentes. Na verdade, Wundt via as diferenças individuais como uma fonte frustrante de erro na experimentação, e tentou controlar todas as variáveis estranhas na tentativa de reduzir o erro a um mínimo.
Contribuição: valorizar o controle rigoroso das condições de observação:
condições padronizadas 
método de  medida em psicologia – estatística
Cattell (1890)
Cattel, ex-aluno de Wundt, concluiu seu doutorado e cunhou o termo teste mental em uma publicação de 1890.
Cattell foi importante para a legitimidade de psicologia estabelecida como uma ciência graças ao seu foco em métodos quantitativos.
Primeiro professor de psicologia dos Estados Unidos.
Ajudou a estabelecer a psicologia como uma ciência legítima.
 
Alfred Binet (1905) 
Binet e Simon criaram um teste para ajudar a colocar as crianças das escolas de Paris em classes apropriadas. O teste de Binet teria consequências bem além do distrito escolar de Paris. No período de uma década, uma versão para a língua inglesa do teste de Binet foi preparada para ser usada em escolas nos Estados Unidos. 
Criticaram os testes até então desenvolvidos – elaboraram a escala Binet-Simon em 1905, objetivo de investigar as possíveis causas de reprovação na escola – estudar as diferenças individuais quanto à inteligência.
1905 – Binet e Simon – publicaram o primeiro instrumento de inteligência global (Escala Binet-Simon de 1905).
1908  – a escala foi agrupada por níveis de idade;
1911 -  aperfeiçoamentos na escala, se estendeu até a idade adulta;
Predomina os interesses da avaliação das aptidões humanas – área acadêmica e da saúde.
Em pouco tempo, os testes psicológicos estavam sendo usados com regularidade em contextos tão diversos quanto escolas, hospitais, clínicas, tribunas, reformatórios e prisões.
Spearman (1900) 
Fundamentos da teoria da Psicometria Clássica
Desenvolvimento e aplicação de técnicas de mediação do fenômeno psicológico.
A era de Spearman, embora tenha sido da década de Binet, foi Spearman o precursor desta era, pois foi com ele surgiu a Teoria Psicométrica, com a era dos testes. 
Criou também a teoria da inteligência que enfatizava um fator geral (fator g): Inteligência pode ser compreendida em função de um único fator que é comum à atividade mental e estaria presente em diversos tipos de tarefas de um teste
David Wechsler (1939), 
Em Nova York, introduziu um teste destinado a medir a inteligência adulta.
A necessidade do uso dos testes
Ainda nesse contexto, surgiram os testes de inteligência grupais nos Estados Unidos em resposta à necessidade dos militares de um método eficiente de avaliar a capacidade intelectual de recrutas da Segunda Guerra Mundial. Essa mesma necessidade novamente se tornou urgente quando os Estados Unidos se preparavam para entrar na Segunda Guerra Mundial. Psicólogos voltariam a ser chamados pelo governo para desenvolver testes grupais, administrá-los aos recrutas e interpretar os dados obtidos.
Os testes psicológicos foram sendo usados cada vez mais em diferentes contextos, incluindo grandes corporações e organizações privadas. Novos testes estavam sendo desenvolvidos em ritmo acelerado para medir várias capacidades e interesses, bem como a personalidade.
Essas ocorrências contribuíram significativamente para o estabelecimento da relevância científica da Psicologia como área do conhecimento e do seu compromisso com a sociedade. Fortaleceu-se assim a ideia de que os testes permitiam avaliar aspectos psicológicos de forma comparável ao modelo médico de atendimento, no qual os procedimentos padronizados de diagnóstico (exames), isentos de subjetividade, se constituíam não em um, mas no método preferencial de diagnóstico.
O nascimento da ap
A área de avaliação psicológica tem uma relevância histórica no desenvolvimento da Psicologia como ciência e como profissão, tanto no contexto internacional quanto no nacional. 
No Brasil, essa área foi incluída na própria Lei Federal no 4.119 (1962), que regulamentou a profissão de psicólogo no país e, entre outras coisas, estabelecia apenas uma função como privativa do psicólogo: a utilização de métodos e técnicas psicológicas para fins de diagnóstico psicológico, orientação e seleção profissional, orientação psicopedagógica e solução de problemas de ajustamento.
Os testes, que inicialmente haviam contribuído para o estabelecimento da Psicologia como ciência, em decorrência de seu uso como única fonte de informação para a realização de diagnósticos e de suas deficiências psicométricas, passaram a ser questionados quanto a sua eficácia.
As críticas eram de que os testes serviam mais para rotular e estigmatizar as pessoas do que para ajudá-las a se desenvolver, o que ficou nocivo à própria imagem da Psicologia (Noronha, 2002; Patto, 1997).
A formação em avaliação psicológica foi se reduzindo ao questionamento da eficácia dos testes, à afirmação de seu caráter excludente ou ao ensino dos procedimentos de aplicação, contagem de pontos e interpretação estatística (e não psicológica) do resultado. 
No início dos anos 2000, o CFP instituiu a Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica, com o objetivo de propor políticas que ajudassem a melhorar a qualidade das práticas em avaliação psicológica (Resolução Nº 25, 2001).
A proposta apresentada pelo CFP baseou-se no fortalecimento do compromisso da Psicologia com a sociedade, por meio de um sistema de monitoramento contínuo da qualidade técnica dos instrumentos de avaliação utilizados pelos psicólogos. Assim, foi implantado o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi) (Resolução Nº 25, 2001), que, se constituiu em um dos fatores mais importantes para a retomada do desenvolvimento da área de avaliação psicológica no Brasil. De fato, esse sistema teve grande importância tanto prática, porque estabelecia critérios para o uso de testes, quanto simbólica, pois a principal instituição
à qual os psicólogos estão filiados implementava uma política nacional em relação ao uso de testes.
Testagem x Avaliação psicológica
“Testagem” era o termo usado para referir-se a tudo, da administração de um teste à interpretação de seu escore.
Na Segunda Guerra Mundial uma distinção semântica entre testagem e um termo mais inclusivo, “avaliação”, começou a surgir.
Em comparação com a testagem, a avaliação reconhece que os testes são apenas um tipo de instrumento usado por avaliadores profissionais e que o valor de um teste, ou de qualquer outro instrumento de avaliação, está intimamente ligado ao conhecimento, à habilidade e à experiência do avaliador. Reconhece também, que o resultado do teste, por si só, não é o resultado da avaliação como um todo.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: coleta e integração de dados relacionados à psicologia com a finalidade de fazer uma estimação psicológica, que é realizada por meio de instrumentos como testes, entrevistas, estudos de caso, observação comportamental e aparatos e procedimentos de medida especialmente projetados para este fim (chegar ao objetivo em questão). 
Processo de resolução de problema que pode assumir muitas formas diferentes.
Como ela se processa depende de muitos fatores, especialmente a própria razão da avaliação ser feita, dos objetivos, das pessoas e das circunstâncias particulares dos envolvidos.
TESTAGEM PSICOLÓGICA:  processo de medir variáveis relacionadas à psicologia por meio de instrumentos ou procedimentos projetados para obter uma amostra do comportamento relevantes para o funcionamento cognitivo ou afetivo e para a avaliação destas amostras de acordo com certos padrões.
Envolve administrar, pontuar e interpretar testes psicológicos.
	TESTAGEM	AVALIAÇÃO
	COMPLEXIDADE	
	Mais simples; envolve um procedimento uniforme, frequentemente unidimensional.	Mais complexa; cada avaliação envolve vários procedimentos e dimensões.
 
	TESTAGEM	AVALIAÇÃO
	DURAÇÃO	
	Mais breve, de alguns minutos a algumas horas.	Mais longa, de algumas horas a alguns dias.
 
	TESTAGEM	AVALIAÇÃO
	FONTES DE DADOS	
	Uma pessoa, o testando.	Na maioria das vezes, diversas fontes além do testando.
 
	TESTAGEM	AVALIAÇÃO
	FOCO	
	Como uma pessoa ou grupo se compara com outros (nomotético).	A singularidade de um determinado indivíduo, grupo ou situação (idiográfico).
 
	TESTAGEM	AVALIAÇÃO
	QUALIFICAÇÕES NECESSÁRIAS	
	Conhecimentos sobre testes e procedimentos de testagem.	Conhecimentos de testagem e outros métodos de avaliação, bem como da área avaliada.
 
	TESTAGEM	AVALIAÇÃO
	BASE DE PROCEDIMENTOS	
	É necessária a objetividade; a quantificação é crucial.	É necessária a subjetividade, na forma de julgamento clínico; a quantificação nem sempre é possível e necessária.
 
	TESTAGEM	AVALIAÇÃO
	CUSTO	
	Barata, especialmente quando feita em grupos.	Mais cara, pois exige profissionais altamente qualificados.
 
	TESTAGEM	AVALIAÇÃO
	GRAU DE ESTRUTURAÇÃO	
	Altamente estruturada.	Engloba aspectos estruturados e não estruturados.
 
	TESTAGEM	AVALIAÇÃO
	AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS	
	Investigação relativamente simples da fidedignidade e validade baseada em resultados grupais.	Muito difícil devido à variabilidade de métodos, avaliadores, natureza das questões investigadas, etc.
 
	TESTAGEM	AVALIAÇÃO
	OBJETIVOS	
	Obter alguma medida, em geral de natureza numérica, com relação a uma capacidade ou um atributo, para tomada de decisões.	Responder a uma questão de encaminhamento, resolver um problema ou tomar uma decisão a respeito da questão que originou o encaminhamento.
 
	TESTAGEM	AVALIAÇÃO
	PROCESSO	
	A testagem pode ser de natureza individual ou grupal. Após a administração do teste, o testador normalmente soma o número de respostas corretas ou o número de certos tipos de respostas, com pouca ou nenhuma consideração pelo conteúdo geral.	A avaliação costuma ser individualizada. Em comparação com a testagem, a avaliação em geral se concentra mais em como um indivíduo processa do que simplesmente nos resultados
desse processamento.
 
	TESTAGEM	AVALIAÇÃO
	HABILIDADE DO AVALIADOR 	
	Requer habilidades técnicas em termos de administrar e pontuar um teste, bem como para interpretar o seu resultado.	Requer uma seleção especializada
dos instrumentos de avaliação, habilidade na avaliação e organização e integração criteriosas dos dados.
 
	TESTAGEM	AVALIAÇÃO
	RESULTADOS	
	Produz um escore ou uma série de
escores no teste.	Envolve uma abordagem de resolução
de problemas que mobiliza muitas fontes de dados visando esclarecer o motivo do encaminhamento.
 
Passos no processo de ap
Encaminhamento
levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta;
Objetivos
definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame;
Seleção de instrumentos
planejamento, seleção e utilização de instrumentos de avaliação; 
Avaliação
levantamento quantitativo e qualitativo dos dados;
integração das informações e inferências na formulação do parecer ou laudo;
Relatório devolutivo
entrevista devolutiva, para a comunicação dos resultados; orientação e encerramento do processo; opções de intervenção.
instrumentos da ap
Testes psicológicos
É um procedimento sistemático de medida para a obtenção de amostras de comportamento relevantes para o funcionamento cognitivo ou afetivo.
Apenas os escores (resultado numérico) dos testes não são suficientes para responder as situações mencionadas.
A mesma pontuação pode ter sentidos diferentes dependendo do examinando e do contexto no qual foi obtida.
Também não são capazes de captar todos os aspectos que precisam ser considerados.
Testes são ferramentas.  Meio para alcançar um fim e NUNCA um fim em si mesmo.
Testes psicológicos
	Elemento definidor 	Explicação	Fundamento
	São procedimentos sistemáticos. 	Caracterizam-se por planejamento, uniformidade e meticulosidade. 	Para serem úteis, devem ser objetivos, justos e passíveis de demonstração.
	São amostras de comportamento. 	São pequenos subconjuntos de um todo muito maior. 
	O uso de amostra de comportamento é eficiente porque o tempo disponível é limitado. 
	Os comportamentos avaliados pelos testes são relevantes para o funcionamento cognitivo, afetivo ou ambos. 	As amostras são selecionadas por sua significância psicológica empírica ou prática. 
	Existem por sua utilidade. São ferramentas. 
	Os resultados dos testes são avaliados e recebem escores. 	Algum sistema numérico ou categórico é aplicado aos resultados segundo regras preestabelecidas. 
	Não deve haver dúvidas sobre quais são os resultados de um teste. 
	Para se avaliar resultados de testes, é necessário ter padrões baseados em dados empíricos. 	Deve haver uma forma de aplicar um critério ou padrão de comparação comum aos resultados. 
	Os padrões usados para avaliar os resultados de um teste devem indicar o único sentido dos mesmos.
Entrevistas
método de obter informação por intermédio da comunicação direta envolvendo troca recíproca.
As entrevistas diferem com relação a muitas variáveis: propósito, duração e natureza. Elas podem ser usadas pelos psicólogos em várias áreas de especialidade para ajudar na realização de diagnóstico, tratamento, seleção e em outras decisões.
Atenção para o que é dito e o não dito, a forma como está sendo dito (comportamento verbal e não verbal).
Estruturadas: Possuem um roteiro preciso, com perguntas preestabelecidas. As questões e as perguntas, geralmente, não requerem respostas longas.
Semi-estruturadas: Possuem um roteiro e um conjunto básico de questões; O entrevistador não fica totalmente preso a esse roteiro. De acordo com as respostas, pode conduzir a entrevista para outros rumos para entender melhor o entrevistado.
Informal: Não tem um roteiro preestabelecido, embora, o entrevistador tenha algumas questões que deseja explorar. Ele ouve o entrevistado e, em função de sua fala, faz perguntas ou observações.
Portifólios/documentos: São arquivos de publicações/produções. Amostras da capacidade e das realizações da pessoa. Podem ser utilizados como análise complementar.
Histórias/estudo de caso: Refere-se a gravações, transcrições e outros relatos na forma escrita, pictórica ou outra que preserve informações de arquivo, os relatos oficiais e informais e outros dados e itens relevantes a respeito de um avaliando.
Observação comportamental: Monitoração das ações dos outros por meios visuais e eletrônicos ao mesmo tempo em que se registram as informações quantitativas e/ou qualitativas relativas a essas ações. A observação comportamental é utilizada frequentemente como um auxílio diagnóstico em vários contextos nos quais o comportamento poderia ocorrer (observação naturalista).
Testes psicométricos e projetivos 
Psicométricos		
Teoria da Medida (psicometria)
Fazem uso da estatística – medem 
Padronizados – nas tarefas e interpretações
Escolhas “forçadas” – respostas sem ambiguidade
Objetividade 
Exemplos: testes de inteligência, testes de atitude (concorda ou discorda)
Projetivos 
Descrição linguística
Caracterizam os atributos dos indivíduos 
Não estruturados 
Respostas livres – apuração ambígua com vieses de interpretação
Subjetividade 
Exemplos: figura humana, HTP, borrão de tinta
Os testes segundo a forma de resposta
Verbal 
Motora 
Escrita – maioria, utilizando lápis e papel 
Computador – substitui tanto o material utilizado quanto o próprio aplicador.
Apresentar muito melhor as questões do teste 
Corrigir as respostas com mais rapidez 
Produzir o perfil das respostas e enquadrá-las 
Interpretar o perfil psicológico 
Produzir registros e transmiti-los 
Motivar os testandos
Os testes psicológicos e seus usos
Classificação
colocar uma pessoa dentro de uma categoria de preferência a outra categoria, ou, se houver somente uma categoria, verificar se tal pessoa é apta para entrar nesta categoria. 
Tomada de decisões
envolve julgamentos de valor por parte de uma ou mais pessoas que tomam as decisões e precisam determinar critérios para selecionar, classificar ou conduzir. 
Promoção do autodesenvolvimento
para se conhecer melhor, ver seus pontos fortes e fracos em habilidades ou personalidade. 
Intervenção psicoterápica e psicodiagnósticos
 planejar uma intervenção adequada e eficaz, a fim de remover ou contornar algum problema.
Avaliação de programas
 testes utilizados para avaliar programas e instituições.
Pesquisa científica
Pesquisas científicas: análises de fenômenos psicológicos e diferenças individuais.
Cuidados éticos
De acordo com o Código de Ética Profissional 
Artigo 1º são deveres fundamentais do psicólogo:
prestar serviço utilizando conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentadas na ciência psicológica (alínea c); 
fornecer informações sobre o objetivo do trabalho que será realizado (alínea f); 
fornecer informações, a quem de direito, sobre os resultados de serviço psicológico prestado, transmitindo somente o que for necessário para tomada de decisão que afetem o usuário ou beneficiário (alínea g); 
zelar pela guarda, empréstimo, comercialização, aquisição e doação de material privativo do psicólogo (alínea i). 
Artigo 2º ao psicólogo é vedado 
emitir documento sem qualidade teórica, técnica e científica (alínea g); 
interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas (alínea h); 
ser perito avaliador ou parecerista em situações que há vínculos pessoais ou profissionais (alínea k); 
Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas, grupos ou organizações.(alínea q). 
Por fim, o artigo 18: não divulgar, ensinar, ceder, emprestar ou vender a leigos instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da profissão (Resolução Nº 010/2005).
Na seleção dos instrumentos para avaliação psicológica, a fim de realizar um trabalho dentro de princípios éticos, o psicólogo deve:
investigar na literatura especializada os melhores instrumentos disponíveis para cada objetivo desejado;
avaliar as qualidades psicométricas dos instrumentos;
considerar as variáveis sociodemográficas (idade, sexo, nível de escolaridade, etc.); 
condições físicas gerais e necessidades de equipamentos especiais;
Verificar se os manuais possuem informações necessárias para o processo de testagem
Na administração dos testes escolhidos 
Deve prestar informações aos indivíduos envolvidos quanto à natureza e objetivos da avaliação e dos instrumentos a serem aplicados, obtendo seu consentimento livre e esclarecido por escrito.
Fornecer as condições físicas. 
Organizar o material que será utilizado previamente.
Motivar o indivíduo a realizar a tarefa, sem interferir em seu desempenho.
Atentar para os comportamentos do testando observando a forma de resposta e o envolvimento na situação.
Seguir rigorosamente as instruções e os exemplos contidos no manual – não comprometer a validade do instrumento.
Quanto à administração, é vedado ao psicólogo:
Fotocopiar ou reproduzir qualquer material do teste.
Realizar avaliação psicológica em situações nas quais não ocorram relação interpessoal (a distância).
Efetivar gravações sem o consentimento das pessoas envolvidas.
Realizar qualquer tipo de avaliação que possa interferir no trabalho de outro colega.
Utilizar material informatizado como substituição total da presença do psicólogo.
Após um teste ter sido aplicado, os aplicadores precisam salvaguardar os protocolos do teste a transmitir seus resultados de forma claramente compreensível, relatando, inclusive, qualquer ocasião fora do comum durante a aplicação. 
As pontuação precisam estar de acordo com critérios e diretrizes éticas preestabelecidos.
Durante a correção e interpretação dos instrumentos utilizados
É imprescindível que o psicólogo siga os critérios e as tabelas apropriadas de cada manual.
Avaliar os aspectos qualitativos da aplicação, integrando o quantitativo aos outros dados e observações.
Interpretar os resultados obtidos de forma dinâmica e contextualizada. 
Em relação à elaboração de laudos e entrevistas de devolução
Evitar ser influenciado nas suas conclusões por valores pessoais (religiosos, preconceitos, distinções sociais).
Elaborar seu relatório de maneira clara, abrangendo o indivíduo em todos os seus aspectos.
Utilizar-se de linguagem adequada aos destinatários, de modo a evitar interpretações errôneas das informações.
Respeitar o direito de cada sujeito conhecer os resultados da avaliação ao qual foi submetido.
Guardar sigilo das informações obtidas quando isto não implica risco de vida para o sujeito e garantir seu anonimato quando os resultados forem utilizados para outro fim.

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