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ATIVIDADE 02

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1 Auno do curso de Direito do Instituto Florence. 8º período. Matutino. 
2 Professor de Direito Tributário I do Instituto Florence. 
 
ATIVIDADE 02 - QUESTÕES OBJETIVAS E DISSERTATIVAS 
 
Raimundo Nonato Vieira do Nascimento Neto1 
 Salomão Saraiva De Morais2 
 
 
(Questão 01 – 1,0 ponto) 
A) proibido ao Governo Federal criar imposto que implique distinção ou preferência em 
relação a um Estado, em detrimento de outro, sendo permitido, contudo, dar incentivos 
tributários com a finalidade de promover o equilíbrio do desenvolvimento entre as 
diferentes regiões do País. 
RESPOSTA: Alternativa “a”. 
 
I. DOS FUNDAMENTOS JURIDICOS: 
 
Conforme aduz-se do art. 151, da Carta Magna de 1988: 
 Art. 151: É vedado à União: 
I - Instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que 
implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou 
a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos 
fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento 
socioeconômico entre as diferentes regiões do País. 
Segundo, Paulo de Barros Carvalho (2016, p.180), a vedação do art. 151, I da 
CD/88, cuida-se de vedação que se apresenta como subprincípio tanto do princípio 
federativo como do princípio da isonomia, assegurando que a tributação federal não se 
preste a privilegiar determinados entes federados em detrimento dos demais, só admitindo 
diferenciações que, na forma de incentivos, visem promover o equilíbrio do 
desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões. Assim, ao mesmo tempo 
que concretiza o princípio da isonomia, permite diferenciação com a finalidade extrafiscal 
de reduzir as desigualdades regionais, o que configura objetivo fundamental da República 
Federativa do Brasil, nos termos do art. 3º, III, da CF. 
Assevera Hamilton Dias (1998, p.8/9), que a discriminação autorizada se restringe 
à concessão de incentivos fiscais, pressupondo uma política de fomento. 
https://e.florence.edu.br/user/view.php?id=5383&course=1
 
Misabel Derzi salienta os requisitos indispensáveis para que o tratamento 
diferenciado seja válido: 
a) tratar-se de um incentivo fiscal regional; b) em favor de região ou regiões 
mais pobres e menos desenvolvidas; c) o incentivo, de modo algum, pode 
se converter em privilégio das oligarquias das regiões pobres, mas se 
destina a promover o desenvolvimento socioeconômico daquela região 
mais atrasada (DERZI, 200, p.159 -163) 
 
Não está autorizado o estabelecimento de alíquotas diferenciadas para 
determinados Estados (TRF4, AC 1998.04.01.017397-6), embora o STF venha tolerando 
tal sistemática (STF, RE 344.331). 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 
2016; 
 
DERZI, Misabel. Nota de atualização à obra de Aliomar aleeiro, Direito tributário 
brasileiro. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000; 
 
Souza, Hamilton Dias de. Comentários ao Código Tributário Nacional, v. 1. Ives Gandra 
da Silva Martins (coord.). São Paulo: Saraiva, 1998;

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