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K+ Dentro Fora Ca +2 Na+ Farmacologia Farmacodinâmica Farmacodinâmica: Mecanismos celulares e moleculares; Alvos terapêuticos e farmacodinâmicos: 1. Canais iônicos regulados por voltagem ou ligantes: São os com maior velocidade de ação; São ionotrópicos (ligantes) – abertura ou fechamento de poros; Membrana. 2. Acoplados à proteína G: São metabotrópicos; Membrana. 3. (Tirosina) Quinases: Membrana. 4. Nucleares: Agem dentro da célula, por isso são mais lentos; 5. Enzimas – Livres: 6. Transportadores especializados: Membrana. Canais Iônicos: Moléculas proteicas especializadas para formar poros preenchidos por água que se estendem através das membranas; Regulados por voltagem – Regulados por ligantes: Ex: canais de cálcio operados por reserva de cálcio. + + + + + + + + - - - - - - - - - - - + + + + + + + + - - - - - - - - - - - + + + + + + + + - - - - - - - - - - - + + + + + + + + - - - - - - - - - - - Abertura dos Canais de Sódio Inicialmente o interior da célula é negativo e o exterior, positivo. Com a entrada de Na+, ocorre uma despolarização, uma inversão do potencial de ação; Caráter excitatório; Canais de Potássio Com a saída do K+, ocorre uma repolarização, um retorno ao potencial de ação inicial; Caráter inibitório; Canais de Cálcio Com a entrada do Ca+2, ocorre uma despolarização, uma inversão do potencial de ação inicial; Caráter excitatório; Na+ Fora Dentro Cl- Metabólitos acoplados a proteína G (GPCR): Não são estimulados por voltagem, tem que ter um ligante; Enquanto os canais iônicos apresentam 4 ou 5 segmentos transmembrana, a proteína G apresenta 7 unidades alfa-hélice transmembrana. A proteína G é composta por duas subunidades, alfa e beta gama, onde temos bases nitrogenadas ligadas ao fosfato. Em um primeiro momento ocorre a chegada de um ligante e a ocupação do sítio de ativação do receptor. Imediatamente, ocorre a separação das subunidades alfa e beta gama e a substituição do GTP pelo GDP. As subunidades alfa e beta gama, uma vez que foram separadas podem ir para dois outros tipos de alvo, onde serão desencadeados os eventos celulares. Esses alvos das subunidades são: canais iônicos ou sistemas enzimáticos. Existem 3 tipos de proteínas G, duas que são estimulantes, excitatórias, que propagam o potencial de ação e, uma proteína G inibitória, que não propaga nenhum estímulo. + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - + + + + + + + + Canais de Cloro Com a entrada do Cl-, ocorre uma hiperpolarização, um excesso de carga negativa dentro da célula Caráter inibitório; Canais de Sódio Com a entrada excessiva do Na+, ocorre uma despolarização excessiva, uma hiperpolarização; Caráter inibitório; Tipos de proteínas G: A próxima etapa da ativação dessas proteínas G será a estimulação ou não de uma enzima ou a abertura ou não de um canal iônico. As duas principais enzimas estimuladas pela proteína G são a adenilato ciclase (catalisadora de ATP em AMPc) e a fosfolipases C (Quebra conteúdo da membrana citoplasmática, os fosfolipídios de membrana). ATP AMPc Fosfolipídios de membrana DAG/IP3 A partir dos 2º mensageiros é que uma série de eventos vai se desencadear até a consequência disso, que é o efeito celular. Tanto o AMPc quanto o DAG e o IP3 vão ativar outras enzimas, as proteínoquinases específicas e, a ativação dessas enzimas irá causar efeitos nas células, tecidos, órgãos e sistemas. Alguns desses eventos são: a secreção de alguma substância, a contração e relaxamento de musculatura, diferenciação celular, crescimento etc. Ex: Por que a glicose é utilizada para casos em desintoxicação por álcool? Por que descargas de adrenalina apontam uma melhora súbita nesses casos? Quando reconhecidas pela proteína G, essas moléculas ativam a adenilato ciclase, que convertem ATP em AMPc, o AMPc irá ativar uma série de proteínoquinases que irá desencadear uma série de eventos como o aumento da lipólise, diminuição da produção de glicogênio e a glicólise. Receptores ligados à quinases: São mediadores proteicos, citocinas, fatores de crescimento e diferenciação celular, transcrição gênica, hormônios etc. As quinases são as que causam fosforilação e desencadeiam transcrição e tradução. Por isso esses alvos são mais lentos. Dependendo do receptor da tirosina quinase, se for muito estimulado, ele pode desencadear uma cascata de eventos e dessensibilizar (perda de sensibilização) de um receptor acoplado à proteína G. R R GS GQ GI - + Estimulatórias Inibitória Acoplamento Negativo 2º Mensageiro 2º Mensageiro Receptores Nucleares: Veremos mais para frente; São os receptores dos hormônios esteroides, glicocorticoides. É o único presente no interior da célula. Então o fármaco necessariamente, tem que penetrar na célula para encontrar o seu receptor, o que torna os fármacos para esse tipo de alvo, os mais lentos. “Dedos de Zinco” – São os domínios de ligação do DNA; Farmacodinâmica e o mecanismo de ação dos fármacos: Temos que pensar que existem dois componentes importantes para o reconhecimento do fármaco. O próprio fármaco, que é uma micromolécula e o nosso próprio organismo, que é uma biomacromolécula. Um dos pontos chaves para o efeito do fármaco é que ele seja reconhecido pelo seu alvo. E, cada classe terapêutica tem sua estrutura química comum, o chamado grupo farmacofórico. As estruturas fundamentais de determinado grupo terapêutico, as estruturas que as diferenciam, são o grupo farmacofórico. O fármaco, ao ser reconhecido por seu alvo receptor, pode bloquear o efeito (antagonismo) ou estimular o efeito (mimetismo). Conceitos relacionados as inovações terapêuticas: Break Throught (Inovação/Revolução farmacológica); Me-better; Me- too; Reconhecimento do fármaco pelo organismo depende: Forma e tamanho; Esteroquímica; Distribuição eletrônica; Biomacromolécula; Grupos funcionais; Ressonância e efeitos indutivos; Conformação geométrica; Farmacodinâmica e o mecanismo de ação dos fármacos: Os receptores determinam em grande parte as relações quantitativas entre a dose ou concentração de um fármaco e seu efeito farmacológico; Os receptores são responsáveis pela seletividade e especificidade de um fármaco; Os receptores medeiam as ações tanto dos agonistas quanto dos antagonistas; Como a maioria dos fármacos interagem com proteínas ou centros catalíticos enzimáticos, a sequência de resíduos de aminoácidos, a “fenda” tridimensional, os “microambientes inigualáveis” serão determinantes na interação química junto ao receptor. As interações químicas devem ser fracas e reversíveis: ligação por hidrogênio, iônicas, Van der Waals e hidrofóbicas. O fármaco é pequeno e irá interagir com uma pequena porção do receptor. Estereoquímica e conformação molecular: Isomeria química e isomeria óptica; Ex: Talidomida – Isômero teratogênico; Exs: Ketamina e aspartamo (adoçantes) – também possuem isômeros. Acetilcolina – isômeros, devido a mudança geométrica, mudam a seletividade do fármaco. Receptores nicotínicos – (LI – LH) Presentes nas placas motoras e SNA; Receptor de canal iônico. Receptores muscarínicos – (LI – LH – VW) Presentes no SNA e periférico. Receptor acoplado à proteína G. Indústria farmacêutica: Mudança Quiral – relançamento do fármaco já existentes, porém na forma mais pura. Seu enantiômero mais puro. Ex: Omeprazole e Esomeprazole. Interações fármaco-alvo: Pequenas moléculas capazes de se ligar ao receptor causando ou não a sua ativação fisiológica: o agonismo e o antagonismo. Quando tratamos de alvos fisiológicos e suas funções reguladoras não é proveitoso associar terminologia agonista e antagonista. “Nenhum fármaco é totalmente específico em suas ações. O aumento de sua dose pode afetar alvos diferentes do principal e causar efeitos colaterais.” Relações farmacodinâmicas e as interações fármaco-receptor: Existem duas formas de mensurarmos a afinidade fármaco-receptor e a consequência dessa afinidade. O fármaco não cria nada, ele só altera a condição fisiológica já existente. Essa condição pode ser de bloqueio (antagônica) ou de imitar a fisiologia (agonismo ou mimetismo). Existem dois tipos de agonistas, o agonista total ou pleno (eficácia de 100%) e o agonista parcial (eficácia menor que 100%). Existem duas formas de mensurar essa relação: afinidade (ligação/ concentração, ou seja, quanto de fármaco se liga ao receptor) e a curva dose/efeito, dose/resposta, analisa a consequência do fármaco no alvo. São duas etapas importantes, a primeira é a ligação do fármaco ao receptor, que só ocorre caso haja afinidade e a consequência da ligação, o efeito. Fármacos de eficácia 0 – fármacos de bloqueio, os antagonistas. Agonistas parciais podem exercer função de antagonista se muito aumentado no organismo. Isso ocorre pois ele compete com o agonista total, diminuindo/bloqueando o efeito total. Agonistas e antagonistas: Agonista Total: Resposta de 100% Agonista Parcial: Resposta menor que 100% Antagonista: Resposta = 0, bloqueio. Agonista total na presença de um antagonista: Existem dois tipos de antagonismo: o Antagonista competitivo/reversível: o Antagonista não-competitivo/irreversível: Agonista Total Adiciona um antagonista 100% 100% Dose Resposta Agonista Total + Antagonista Competitivo: Agonista Total + Antagonista Não-Competitivo: Agonista Parcial + Antagonista: Agonista Inverso: 100% 100% Ocorre o deslocamento da curva para a direita, porém sem declínio da curva. Ocorre o deslocamento da curva para a direita com declínio da curva. Ocorre a modificação do receptor, e por isso torna-se impossível voltar aos 100%. O perfil da curva dose x resposta do agonista parcial é semelhante ao da curva agonista total na presença do antagonista não-competitivo. Mas o agonista parcial exibe uma competição com o agonista total pela ocupação do sítio dos receptores.” 100% 0 Droga de efeito negativo; Causam o efeito inverso ao esperado; Ex: Benzodiazepínicos são agonistas parciais enquanto o GABA é um agonista total – modulação alostérica de potencial. Flumazenil é um antagonista, que anula o efeito e o b-carboina é um agonista inverso. Todos atuam no mesmo receptor. Potência é a inclinação da curva, já a eficácia é a capacidade de chegar a 100%. O índice terapêutico é a relação da dose tóxica / dose eficaz. Quanto mais distantes as curvas de toxidade e eficácia, mais seguro é o fármaco.
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