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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) FÍSICA DA FORMAÇÃO DA IMAGEM EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Exame de diagnóstico clinico por imagem que tem por finalidade avaliar diferentes partes do corpo humano; A ressonância magnética não usa radiação ionizante, em vez disso usa um campo magnético forte e ondas de rádio (radiofrequência) para produzir imagens digitais detalhadas do interior do corpo. DIFERENÇAS ENTRE TC E RM TC radiação ionizante contraste iodado cortes somente axial RM Uso de magnetos Contraste gadolíneo Cortes nos três planos O fato dos aparelhos de ressonância não usarem radiação ionizante é um conforto para muitos pacientes, assim como o fato dos materiais de contraste terem uma incidência de efeitos colaterais muito pequena. Outra grande vantagem da ressonância magnética é sua capacidade de gerar imagens de qualquer plano. FÍSICA DA FORMAÇÃO DA IMAGEM EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Funciona pela interação do campo magnético produzido pelo magneto com os prótons de hidrogênio do tecido corporal; Com a produção dos pulsos de radiofrequência é produzido um sinal de eco, coletado por uma bobina receptora para ser convertido em sinal digital. VANTAGENS DA RM A RESONANCIA MAGNETICA É IDEAL PARA: * Diagnosticar esclerose múltipla • Diagnosticar tumores na glândula pituitária e no cérebro • Diagnosticar infecções no cérebro, medula espinal ou articulações • Visualizar ligamentos rompidos no pulso, joelho e tornozelo • Visualizar lesões no ombro * Diagnosticar tendinite • Avaliar massas nos tecidos macios do corpo • Avaliar tumores ósseos, cistos e hérnias de disco na coluna • Diagnosticar derrames em seus estágios iniciais HISTÓRICO DA RM Felix Bloch Universidade de Stanford. Edward Purcell Universidade de Harvard. Paul Lanterbur Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia – década de 1970 A Ressonância Magnética Nuclear (RMN) foi descoberta em 1946 por Felix Block e Edward Purcell. A técnica vinha sendo utilizada para a análise in vitro de amostras de substâncias químicas. Sua aplicação predominante era na determinação de estruturas moleculares através do processo de espectroscopia por ressonância magnética nuclear. Na década de 1970 vários pesquisadores, incluindo Lauterbur, desenvolveram sistemas que possibilitaram a aplicação da ressonância magnética nuclear in vivo. Na década de 1980 as imagens obtidas por RM começaram a ter seu potencial diagnóstico reconhecido. As tecnologias empregadas até os dias atuais visam a redução do tempo de exame e no melhoramento na qualidade das imagens obtidas. Física da formação da imagem em RM Os materiais que entram em ressonância magnética devem possuir propriedades magnéticas em seu núcleo, como a presença de pequenos dipolos magnéticos; Essas características magnéticas são individualmente determinadas pela composição de prótons e nêutrons. Prótons e nêutrons se comportam como se rotacionassem (spinning) em torno do seu próprio eixo. INTERAÇÕES MAGNÉTICAS Spin nuclear INTERAÇÕES MAGNÉTICAS Por que a RM utiliza o átomo de hidrogênio ? • Abundância no corpo humano; • Em comparação com todos os outros elementos que compõem o tecido, como sódio, fósforo e potássio, o hidrogênio produz um sinal extremamente forte Estrutura do Hidrogênio. • 1 próton em seu núcleo (+) • Não possui neutrons • 1 elétron em sua elétrosfera(-) Spin nuclear Física da formação da imagem em RM A quantidade de hidrogênio é frequentemente relacionada a densidade de spins e é a principal característica do tecido que determina a intensidade do sinal; A RM ocorre apenas quando os núcleos magnéticos estão inseridos em um campo magnético, tipicamente criados por bobinas elétricas supercondutoras dispostas radialmente ao redor do paciente. Física da formação da imagem em RM MAGNETOS O magneto fornece o campo magnético estático (de força constante) poderoso em torno do qual os núcleos oscilam. Existem três tipos possíveis de magnetos no sistema de RM. Cada um deles tem características únicas. TIPOS DE MAGNETOS SUPERCONDUTORES RESISTIVOS PERMANENTES SUPERCONDUTORES Possuem correntes elétricas de alta intensidade, gerando alto campo magnético; São refrigerados por Hélio liquído; Proporcionam as melhores imagens, porém são os magnétos mais caros; RESISTIVOS Possuem correntes elétricas ambientes; Não necessitam do gás Hélio; Limitação na potência do campo magnético; PERMANENTES Apresentam baixa potência de campo magnético; Melhor utilizado para a realização de exames de extremidade; Baixo custo. ONDA ELETRO-MAGNÉTICA Bobina M Bateria + - i Pulso de RF MOVIMENTO DE PRECESSÃO O movimento de precessão pode ser entendido como uma distorção do spin nuclear em resultado da ação do campo magnético externo (Bo); O núcleo do hidrogênio altera o seu movimento giratório de uma “linha” para um ”cone” sobre o próprio eixo; Esse movimento é denominado precessão, e pode ser comparado ao movimento giratório de um pião no momento em que este começa a perder a sua força (cambaleio). MOVIMENTO DE PRECESSÃO O núcleo do átomo de hidrogênio responde a força magnética externa alinhando- se com o campo magnético. Nessas condições o seu spin nuclear sofre distorção e passa a descrever um movimento rotacional cônico em torno do próprio eixo. NUCLEOS DE HIDROGENIO SEM AÇÃO DO CAMPO B0. NUCLEOS DE HIDROGENIO ALINHADOS AO CAMPO B0. Se aplicarmos um campo externo Bo ao material paramagnético, seus spins se alinham a Bo: –Paralelos: •Menor energia •Maior quantidade (em geral) –Antiparalelos: •Maior energia Quando o campo magnético está desligado ( B0 = 0 ) Quando o campo magnético está ligado B0 Momentos magnéticos orientados aleatoriamente Momentos magnéticos orientados sob ação de B0 Na ausência de um campo magnético aplicado, os momentos magnéticos dos núcleos de hidrogênio tem uma orientação ao acaso. Quando são colocados num forte campo magnético externo (chamado B0), seus momentos magnéticos alinham-se a este campo magnético externo; Alguns dos núcleos de hidrogênio alinham-se em paralelo ao campo magnético, ou seja, (na mesma direção) enquanto uma proporção menor dos núcleos alinham-se em direção oposta ao campo magnético, ou seja, (anti-paralelo). EQUAÇÃO DE LARMOR A frequência com que o próton de hidrogênio precessiona depende: 1. Da razão giromagnética “ʎ” 2. Do campo magnético a que ele é submetido. VL = B0 . ʎ VL = Frequência de precessão: define a quantidade de giros por segundos(precessão). B0= Campo magnético principal: define a intensidade do campo magnético do equipamento. ʎ = Razão giromagnética: constante característica de cada átomo. Para o hidrogênio vale: 42,57 MHz/s. CONSIDERANDO UM EQUIPAMENTO DE 1,5 T (TESLA): VL = B0 (1,5 T) . (42,57 MHz/s) W0 = 63,85 MHz/s 1,5 T-------FP do hidrogênio= 63,85 MHz 1,0 T-------FP do hidrogênio= 42,57 MHz 0,5 T-------FP do hidrogênio= 21,2857 MHz Para geração do sinal é necessário que todos os spins precessem na mesma fase e gerem magnetização no plano transversal; Nesse sentido é necessário a aplicação de um pulso de radiofrequência , na mesma frequência de Larmor para igualar a precessão dos spins e transferir a magnetização do plano longitudinal para o transversal. Ao desligar-se o pulso RF, o núcleo passa novamente a sofrer influência de B0 e tenta realinhar-se com este. Para que isto ocorra, o núcleo tem de perder a energia que lhe foi dada pelo pulso RF. O processo pelo qual o núcleo perde esta energia é denominado relaxamento. Ao ocorrer o relaxamento, o núcleo volta a realinhar-se com B0; O grau de magnetização no plano longitudinal aumenta gradualmente – isto é denominado recuperação; E de modo simultâneo, porém independente o grau de magnetização no plano transverso diminui gradualmente – isto é denominado declínio. RECUPERAÇÃO T1 E DECLINIO T2 A recuperação da magnetização longitudinalé causada por um processo designado como recuperação T1; O declínio da magnetização transversa é causado por um processo designado como declínio T2. FUNDAMENTOS DE UM APARELHO DE RM Campo magnético agindo nas moléculas de água de baixa energia estas se alinharão com o campo PRF de 90 graus deslocamento do plano longitudinal para o tranverso retirada do PRF recuperação do plano longitudinal, declíneo do plano tranverso e sinal na bobina TRF imagem no computador. A aplicação de um pulso de radiofrequência de 90º não é a única forma de se produzir sinal de RM (eco); As diversas composições entre os tipos de orientação e quantidade de pulsos de RF formam as sequências de pulso. SEQUÊNCIA SPIN-ECO • É a sequência mais usada em RM. Esta sequência inicia-se com pulsos de RF de 90° graus (pulso seletivo), seguido de um pulso de 180° graus (pulso de refasamento), seguida da geração de um eco; • Após o pulso de refasamento, observa-se uma recuperação do sinal da RM. SEQUÊNCIAS DE PULSOS COMO SE COMPORTA OS SINAIS DE LIQUOR E DA GORDURA NA PONDERAÇÃO T1 *GORDURA COM SINAL ALTO *H2O COM SINAL BAIXO T1 GORDURA BRILHANTE *GORDURA COM SINAL BAIXO *H2O COM SINAL ALTO T2 LÍQUIDO BRILHANTE COMO SE COMPORTA OS SINAIS DE LIQUOR E DA GORDURA NA PONDERAÇÃO T2 Recuperação Inversa (IR): Inicia-se com um pulso de 180º para inverter o vetor de magnetização e, depois de um período de tempo TI (tempo de inversão), é aplicado um pulso de excitação de 90º, que transfere a magnetização recuperada ao plano transverso; Em seguida, um pulso de refasamento de 180º é aplicado para a produção do eco. Recuperação Inversa (IR): As estruturas anatômicas e patológicas apresentam diferentes sinais para cada ponderação. Por exemplo, o líquor normal apresenta hipossinal na imagem T1 e hipersinal na imagem T2; Desta forma, é necessário entender o comportamento das estruturas (líquido, gordura, músculo, ar, entre outros) nas diversas ponderações.
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