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– Radiologia Ressonância Nuclear Magnética PRINCÍPIOS FÍSICOS DA FORMAÇÃO DE IMAGEM SEQUÊNCIAS PONDERADAS EM ESPECIAL T1 E T2 ABRANGÊNCIA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NA PRÁTICA MÉDICA Princípios Físicos Princípios Gerais Da Imagem Por RNM IMAGEM POR RNM Interação com o núcleo atômico Sem registro de dano biológico – IMAGEM POR RX COMPRIMENTO DE ONDA 10(-11 a -12) mt FREQUÊNCIA 10(19 a 20) Hertz ENERGIA 60.000 eletron-Volts Interação com a eletrosfera ionizando átomos POSSÍVEL DANO BIOLÓGICO Ressonância Nuclear Magnética Princípios Físicos R = ESSONÂNCIA N = UCLEAR M = AGNÉTICA A ressonância magnética é um exame de diagnóstico por imagem que consegue criar imagens de alta definição dos órgãos internos através da utilização de campo magnético. A agitação das moléculas gerada pelo campo é captada pelo aparelho e transferido para um computador que foi preparado com uma série de fórmulas matemáticas e com isso o resultado dos cálculos é decodificado em imagem em alta definição, de acordo com a potência de até 3 tesla do aparelho de ressonância, sem prejuízo ao paciente. O exame de ressonância magnética não utiliza radiação ionizante, porém uma vez que o aparelho tem um potente campo magnético. Na Ressonância Magnética Nuclear (RMN) são criadas imagens transversais dos órgãos internos. Entretanto, a RM utiliza poderosos ímãs em vez de radiação para formar as imagens. Uma ressonância magnética pode ter cortes transversais que podem ser vistos de vários ângulos, por exemplo, de frente, de lado ou de cima. A ressonância magnética cria imagens de partes moles do corpo, que são difíceis de serem observadas utilizando outros exames de imagem. – Imagem Por Ressonância Nuclear Magnética NÃO UTILIZA RADIAÇÃO IONIZANTE SEM RISCOS CONHECIDOS P/ SAÚDE IMAGENS NÃO DEGRADADAS POR AR, OSSO OU GORDURA CONTRASTE DE PARTES MOLES SUPERIOR A TODOS OS MÉTODOS DE IMAGEM IMAGENS OBTIDAS EM MÚLTIPLOS PLANOS RNM – PRINCÍPIOS FÍSICOS NÚCLEO DO ÁTOMO ÓRBITA propriedades químicas NÚCLEO propriedades físicas PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DO NÚCLEO – Propriedades Magnéticas Do Núcleo CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA 0,5 GAUSS (0,3 A 0,7 G) 1,0 TESLA = 10.000 G Os campos magnéticos usados na prática clínica variam de 0,15 T a 3,0 T (1500 G a 30.000 G). Teoricamente há vários núcleos adequados para IRM (H; Na23; P31;C13) porém a maioria das imagens é realizadas com núcleos de HIDROGÊNIO (Proton único). OS NÚCLEOS DE HIDROGÊNIO DO CORPO ESTÃO ORIENTADOS DE FORMA ALEATÓRIA. QUANDO SÃO SUBMETIDOS A UM CAMPO MAGNÉTICO SOFREM UM ALINHAMENTO PARALELO AO CAMPO. Propriedades Magnéticas Do Núcleo NÚCLEOS DE H CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA – SUBMETIDOS A INTENSO CAMPO MAGNÉTICO PROPRIEDADES MAGNÉTICAS DO NÚCLEO ALINHAMENTO DOS PRÓTONS NUM CAMPO MAGNÉTICO Magneto (Supercondutores) Responsável pela produção do campo magnético estático de intensidade constante, medida em tesla. Um scanner de ressonância magnética é um cilindro ou tubo contendo um poderoso ímã que pesa algumas toneladas. Quando deitado na mesa no interior do tubo, o paciente é envolvido por um poderoso campo magnético. A força magnética faz com que o núcleo dos átomos de hidrogênio de seu corpo fique alinhado em uma direção. – Uma vez que os átomos estejam alinhados, o equipamento emite um feixe de ondas de radiofrequência. Essas ondas fazem com que o núcleo de hidrogênio mude de direção. Quando eles retornam à sua posição original, emitem determinados sinais que são detectados pelo scanner. Os núcleos de hidrogênio dos tecidos do corpo mudam de direção de maneiras diferentes. Um programa de computador capta os sinais dessas alterações, construindo uma imagem em preto e branco. MAGNETO DE CAMPO FECHADO MAGNETO DE CAMPO ABERTO CAMPO MAGNÉTICO E ATENÇÃO AO PACIENTE Figure 1 RESSONÂNCIA DOS PRÓTONS NUM CAMPO MAGNÉTICO – Imagem Por RM UTILIZAM AS ONDAS DE RÁDIO DO ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO. AS ONDAS DE RÁDIO TEM UM COMPRIMENTO LONGO, MEDIDAS EM METROS. DETERMINADOS NÚCLEOS NO CORPO HUMANO QUANDO SOB A INFLUÊNCIA DE UM CAMPO MAGNÉTICO RECEBERÃO E REEMITIRÃO ONDAS DE RÁDIO DE FREQUÊNCIAS ESPECÍFICAS. Na ressonância magnética clínica e de pesquisa, os átomos de hidrogênio são usados com maior frequência para gerar um sinal de radiofrequência detectável que é recebido por antenas próximas da anatomia que está sendo examinada. Os átomos de hidrogênio existem naturalmente em pessoas e outros organismos biológicos em abundância, particularmente em água e gordura. Por este motivo, a maioria das varreduras de ressonância magnética caracteriza essencialmente a localização da água e da gordura no corpo Imagem Por Ressonância Paciente num campo magnético externo (magneto). Os átomos de hidrogênio sofrem um alinhamento paralelo ao campo. Quando submetidos a uma energia de radiofrequência os núcleos de hidrogênio absorvem energia e alteram a sua orientação – IRM Ao cessar o pulso de RF os Protons de hidrogênio liberam a energia absorvida com um sinal de rádio na mesma frequência e retornam ao seu alinhamento num processo chamado de relaxamento Este sinal de RF é produzido e detectado por bobinas de radiofrequência Estes sinais de RF retornados para a bobina são proporcionais à concentração de prótons dos tecidos examinados. O núcleo mais simples é o do hidrogênio, o qual consiste em um único próton. Os prótons e os nêutrons têm uma propriedade chamada spin ou momento angular que nada mais é do que uma rotação similar à rotação da Terra sob o seu próprio eixo. Em adição ao seu spin, o próton tem também um momento magnético, o que significa que ele se comporta como um magneto. As razões pelas quais o próton pode se comportar como pequeníssimo magneto são duas: o próton tem carga elétrica e ele gira sobre o seu próprio eixo num movimento chamado spin. Qualquer objeto carregado eletricamente que se mover circundará a si mesmo com um campo magnético e, quando o movimento é de spin, o objeto é referido como um dipolo magnético. Um próton é, portanto, um dipolo magnético. Um dipolo magnético não somente produz um campo magnético, mas também responde à presença de qualquer campo magnético de outras fontes. O núcleo do hidrogênio consiste em um único próton, portanto possui spin e momento magnético. Como tal é o mais apropriado para obtenção de imagens por RM devido a sua abundância no corpo e à capacidade de produzir o maior rádio sinal de todos os núcleos estáveis. – BOBINA CORPORAL Sequência ponderada em T1 E T2 A RM baseia-se na interação dos átomos de hidrogénio no seio de um potente campo magnético externo, quando submetidos a um pulso de radiofrequência. Os átomos de hidrogénio estão constantemente a rodar sobre um eixo, ou seja, possuem um spin ou precessão. Trata-se de uma carga eléctrica em movimento, que produz um campo magnético. As ponderações T1 e o T2 são sequências de contraste que medem as diferenças dos parâmetros T1 e T2 de cada tecido (que são intrínsecos ao tecido em estudo). O T1 representa as trocas de energia do núcleo de H com o seu meio ambiente e o T2 representa as trocas de energia entre núcleos adjacentes. IMR AS IMAGENS DE RM PODEM SER OBTIDAS EM DIFERENTES PLANOS, SENDO OS MAIS UTILIZADOS O AXIAL, SAGITAL E O CORONAL. O RELAXAMENTO INFLUENCIA A APARÊNCIA DA IMAGEM POR RM E PODE SER DIVIDIDO EM DUAS CATEGORIAS T1 E T2. PONDERAÇÃO EM T1 TEMPO QUE O TECIDO SE MAGNETIZA CAPACIDADE DOS PROTONS TROCAREM ENERGIA COM O AMBIENTE MAGNETIZADO GORDURA BRILHANTE E ÁGUA ESCURA BOA VISIBILIZAÇÃO DA ANATOMIA – PONDERAÇÃO EM T2 TEMPO QUE O TECIDO SE DESMAGNETIZA ÁGUA BRILHANTE E A GORDURA ESCURA BOA VISIBILIZAÇÃODAS PATOLOGIAS SEQÜÊNCIAS PONDERADAS EM T1 e T2 SEQÜÊNCIA PONDERADA EM T2 Na água, as moléculas apresentam grande mobilidade e a interação entre os campos magnéticos geram um T2 longo. Os tecidos patológicos costumam apresentar elevado conteúdo em água livre, como edema, inflamação, necrose, quistos, hemorragia e tumores, apresentando uma frequência natural maior que a frequência de precessão, pelo que o intercâmbio energético é mais ineficaz. Assim nos tecidos ricos em água o T1 é longo o sinal é baixo (hipo-intenso) nas imagens em T1; o T2 também é longo mas com sinal aumentado (hiper-intenso).Tecidos ricos em colagénio, fibras e proteínas mostram hipossinal em T2, sendo baixo a intermédio o sinal em T1. – Contraste Paramagnético (Gadolíneo) SUBSTÂNCIA PARAMAGNÉTICA DO GRUPO DAS TERRAS RARAS ÁCIDO PENTACÉTICO DIETILENOTRIAMINA (DTPA) MARCADO COM GADOLÍNEO EXCREÇÃO RENAL DIMINUI O TEMPO DE RELAXAMENTO EM T1, AUMENTANDO O SEU SINAL E FAZENDO COM QUE PAREÇAM BRILHANTE Contraste Paramagnético Meningioma Com Intenso Realce Pós Contraste DTPA-Gadolíneo É o contraste utilizado na ressonância magnética. A principal substância presente no contraste para RM é o gadolínio, um metal raro. O gadolínio é reconhecido pela eficácia na identificação de lesões e tumores, além da baixa taxa de reações adversas. A RNM também podem ser administrados materiais de contraste intravenosos para melhorar a qualidade da imagem. Uma vez absorvido pelo organismo, estes agentes aceleram a velocidade com que os tecidos respondem às ondas magnéticas e de radiofrequência, como resultado, as imagens obtidas são mais nítidas e claras. IMAGENS PONDERADAS EM T1 – IMAGENS PONDERADAS EM T1 Meningioma cerebelar pré e pós contraste DTPA-Gadolíneo Papiloma O papiloma é um tumor da pele ou da mucosa que geralmente tem a forma de um mamilo. A maioria dos papilomas são benignos, mas alguns se comportam como neoplasmas e podem, ocasionalmente, se tornar displásicos (pré-cancerosos) ou malignos (cancerosos). T1 PRÉ-CONTRASTE. T2 pré-contraste “Edema circundante” T1 PÓS-CONTRASTES GLIOMA DO TRONCO CEREBRA – .Contra Indicações para Realização de RNM Quaisquer pessoas que usem qualquer um dos implantes listados abaixo não devem realizar uma RM, e nem mesmo devem entrar na área de ressonância magnética, salvo se autorizado por um médico radiologista ou técnico. O que inclui: Marca-passo ou desfibrilador implantado. Staples usados em aneurisma cerebral. Implante coclear (ouvido). Espirais metálicas colocadas dentro de vasos sanguíneos. No caso de pacientes que utilizam objetos metálicos permanentes, como grampos cirúrgicos, parafusos, placas ou stents, articulações artificiais, fragmentos metálicos, tatuagens ou maquiagem definitiva, válvulas cardíacas artificiais, port-a- cath para administração de medicamentos e estimuladores de nervos implantados, deve ser informado ao médico ou ao técnico antes da realização do exame. Tipos de Ressonância Magnética Os tipos de ressonância magnética dependem do local afetado, sendo que os mais comuns incluem: Ressonância magnética da pelve, abdômen ou tórax: serve para diagnosticar tumores ou massas em órgãos como útero, intestino, ovários, próstata, bexiga, pâncreas, ou coração, por exemplo; Ressonância magnética do crânio: ajuda a avaliar malformações cerebrais, hemorragia interna, trombose cerebral, tumores cerebrais e outras alterações ou infecções no cérebro ou nas suas veias; Ressonância magnética da coluna: ajuda a diagnosticar problemas na coluna e medula espinhal, como tumores, calcificações ou fragmentos de ossos, após fraturas - Veja como identificar a artrose na coluna, por exemplo; Ressonância magnética de articulações, como ombro, joelho ou tornozelo: serve para avaliar os tecidos moles dentro da articulação, como a bursa, tendões e ligamentos. A ressonância magnética é, portanto, um excelente exame para observar as partes moles do corpo, entretanto, não costuma ser indicado para observar lesões em regiões rígidas, como os ossos, sendo, nestes casos, mais indicado exames como Raio-x ou tomografia computadorizada, por exemplo.
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