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A MEDIDA EM SAÚDE COLETIVA Profa.: Me. Sâmara Fontes UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM DISCIPLINA: Epidemiologia e Enfermagem 2 3 4 De que modo a obtenção de dados contribui para o desenvolvimento de políticas e ações em saúde? 5 MEDIDA DA SAÚDE COLETIVA • Mensurar o estado de saúde e bem-estar de uma determinada população é, portanto, não só uma necessidade para que sejam feitos diagnósticos, realizadas intervenções e avaliados os impactos das mesmas nesta população, como também é uma tarefa complexa, para a qual ainda não dispomos de instrumentos e metodologias que atendam plenamente essas necessidades. (ROUQUAYROL; FILHO, 2003) 6 MEDIDA DA SAÚDE COLETIVA • A análise da situação de saúde das populações encontra espaço privilegiado na Epidemiologia e outras disciplinas afins, contribuindo na definição de políticas públicas e na avaliação do impacto de intervenções. (CASTELLANOS, 1997 apud ROUQUAYROL; FILHO, 2003) 7 MEDIDA DA SAÚDE COLETIVA • A quantificação de variáveis populacionais é, sem dúvida, uma etapa importante e imprescindível como parte desse contexto, procurando, através de metodologia específica, conhecer: • Principais doenças e agravos de saúde • Grupos mais suscetíveis • Faixas etárias mais atingidas • Riscos mais relevantes • Mecanismos efetivos de controle para cada caso (ROUQUAYROL; FILHO, 2003) 8 INDICADORES DE SAÚDE 9 INDICADORES DE SAÚDE 10 INDICADORES DE SAÚDE 11 INDICADORES DE SAÚDE • Surgiu a partir da necessidade de uma medida que pudesse expressar o “padrão de vida” ou o “índice de vida”; • Organização das Nações Unidas (ONU), em 1952, convocou um grupo de trabalho para estudar métodos para definir e avaliar o nível de vida das coletividades humanas. • Foram sugeridos vários componentes de nível de vida: a Saúde foi o primeiro, senão o mais importante. 12 INDICADORES DE SAÚDE 13 • São parâmetros utilizados internacionalmente com o objetivo de avaliar, sob o ponto de vista sanitário, bem como fornecer subsídios aos planejamentos de saúde, permitindo o acompanhamento das flutuações e tendências históricas do padrão sanitário de diferentes coletividades consideradas à mesma época ou da mesma coletividade em diversos períodos de tempo. INDICADORES GLOBAIS • Coeficiente de Mortalidade Geral • Índice de Swaroop e Uemura • Esperança de Vida INDICADORES ESPECÍFICOS • Coeficiente de Mortalidade Infantil • Coeficiente de Mortalidade por Doenças Transmissíveis INDICADORES DE SAÚDE 14 v Os indicadores básicos de desenvolvimento humano assumem importância fundamental em toda a análise da situação em saúde, pois documentam as condições de vida da população e dimensionam o espaço social em que ocorrem as mudanças no estado de saúde (OPAS, p. 10, 1998). v Orientam o planejamento e gestão em saúde; v Subsidiam a construção de Políticas públicas; VALORES EM EPIDEMIOLOGIA • Valores Absolutos • São indicadores de saúde construídos estatisticamente com valores numéricos absolutos. Por exemplo, número de casos de AIDS, número de gestantes, etc. • Os valores absolutos apenas traduzem uma realidade restrita e pontual, não permitindo comparações temporais ou geográficas e por isto também não permitindo avaliar a importância de um determinado fato ou evento. • Estes indicadores são úteis para administrar recursos nos Serviços de Saúde, como por exemplo, número de leitos necessários e quantidade de medicamentos, entre outros. 15 VALORES EM EPIDEMIOLOGIA • Valores Relativos • São indicadores de saúde construídos estatisticamente a partir da relação entre dois fatos ou eventos; • Sua maior importância reside em permitir comparações e levantamento de prioridades; • Para comparar dados de diferentes realidades é preciso existir uma padronização, que no caso dos dados de saúde pode ser de dois tipos: coeficientes ou índices, como veremos no item Indicadores e Saúde. 16 17 Coeficientes Medem o risco ou probabilidade que qualquer pessoa da população tem de vir a adoecer ou morrer, em determinado local e ano. Coeficiente de risco usado para cálculos de estimativas e projeções à compara Índices Não expressam uma probabilidade (ou risco) como os coeficientes, pois se refere a todos os descritores de vida e saúde, trazendo a noção de sua existência e incidentes à Descreve, quantifica e dimensiona VALORES EM EPIDEMIOLOGIA 18 • Índices de natalidadeNASCIMENTO • Índices de morbidadeAGRAVOS • Índices de mortalidadeÓBITOS INDICADORES DE MORBIDADE • Mede o risco de uma pessoa adoecer. • A morbidade expressa a presença de doença ou condição patológica. • É referente a uma população específica; • Avaliação de um nível de saúde e aconselhamento para ações que intervenham na realidade sanitária; • Incidência e prevalência; 19 INDICADORES DE MORBIDADE • A expressão quantitativa da morbidade é dada por diferentes coeficientes de morbidade. Para fins operacionais, estes coeficientes são definidos como quocientes entre número de casos de uma doença e a população. 20 INDICADORES DE MORBIDADE • Dados coletados a partir: ▫ Sistemas de notificação; ▫ Entrevistas; ▫ Registros de serviços de saúde; • Vigilância epidemiológica; 21 INDICADORES DE MORBIDADE • PREVALÊNCIA • A prevalência indica os acontecimentos, a qualidade do que prevalece, o que acontece e permanece existindo num momento considerado; • Portanto, a prevalência é o número total de casos de uma doença (frequência de morbidade), existentes num determinado local e período; • Representa o número de casos presentes (NOVOS + ANTIGOS QUE AINDA EXISTEM) em uma determinada comunidade num período de tempo especificado. 22 INDICADORES DE MORBIDADE • PREVALÊNCIA • Relação entre o número de casos conhecidos de uma dada doença e a população, multiplicando o resultado pela base referencial da população que é potência de 10 (1.000, 10.000 ou 100.000) 23 1000 10.000 100.000 INDICADORES DE MORBIDADE • PREVALÊNCIA • O coeficiente de prevalência é mais utilizado para doenças crônicas de longa duração. Ex: hanseníase, tuberculose, AIDS, tracoma ou diabetes. • Casos prevalentes são os que estão sendo tratados (casos antigos), mais aqueles que foram descobertos ou diagnosticados (casos novos). • A prevalência, como idéia de acúmulo, de estoque, indica a força com que subsiste a doença na população. 24 INDICADORES DE MORBIDADE • PREVALÊNCIA • Realidade sanitária de uma morbidade específica; • Subsidia compra de materiais, medicamentos, exames, consultas, etc; • Permite reconhecer a distribuição dos casos em um território; • Fatores de risco; 25 INDICADORES DE MORBIDADE • PREVALÊNCIA 26 INDICADORES DE MORBIDADE • INCIDÊNCIA • A intensidade com a qual a morbidade incide sobre uma população em um intervalo de tempo; • Intensidade de surgimento de casos NOVOS; • Indica velocidade de crescimento de uma morbidade; • Os dados são coletados através: Sistemas de informação e registros dos serviços de saúde; (ROUQUAYROL; GURGEL, 2013) 27 INDICADORES DE MORBIDADE • INCIDÊNCIA • Razão entre o número de casos novos de uma doença que ocorre em uma comunidade, em um intervalo de tempo determinado, e a população exposta ao risco de adquirir referida doença no mesmo período 28 1000 10.000 100.000 INDICADORES DE MORBIDADE • INCIDÊNCIA 29 1.Permite medir a progressão/regressão de uma doença, através do número de casos novos que surgem a cada momento. 2.mede a frequência ou probabilidade de ocorrência de casos novos de doença na população; 3.Alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer. 4.O coeficiente de incidência, tal como o de prevalência, pode ser calculado em períodos de tempo variáveis (dia, semana, mês, ano). INDICADORES DE MORBIDADE 30 • INCIDÊNCIA INDICADORES DE MORBIDADE 31 • INCIDÊNCIA 32 INDICADORES DE MORTALIDADE • Indica índice de vida; • Busca-se conhecer as principais causas de morte, sua distribuição no tempo e no espaço, e também sobre o comportamento quanto aosatributos sexo, idade, raça, profissão; • Quocientes entre as frequências absolutas de óbitos e o número dos expostos ao risco de morrer. • Indica risco de morrer; • Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM); 33 INDICADORES DE MORTALIDADE • Podem ser categorizados segundo os critérios mais diversos: ▫ Sexo ▫ Idade ▫ Estado civil • Os critérios são definidos de acordo com o objetivo que se quer atingir. • Órgãos relacionados a emissão de Declarações de óbito ▫ ESF; ▫ Hospitais; ▫ ITEP; ▫ SVO; 34 INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Geral • Divide-se o número de total de óbitos concernentes a todas as causas, em um determinado ano, pela população, naquele ano, circunscritos a uma determinada área e multiplicando-se por 1000, base referencial para a população exposta. 35 INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Geral • Usado em associação a outros coeficientes e índices na avaliação de estados sanitários de áreas determinadas. • Expressa a intensidade da ocorrência anual de mortes em determinada população. • É influenciada pela estrutura da população, por sexo e idade, por sua vez, condicionada por fatores socioeconômicos; para se comparar populações, torna-se necessária a padronização das taxas brutas de mortalidade. 36 INDICADORES DE MORTALIDADE 37 Na tabela 1 notamos que o coeficiente geral de mortalidade do Paraná é maior que o do Acre, ainda que, em alguns estratos, os coeficientes específicos por idade sejam menores. Percebemos que, embora à primeira vista, pelo coeficiente geral, a mortalidade é maior no Paraná (o que representaria, portanto, piores condições de vida), isso não é verdadeiro, já que em quase todas as idades, especialmente nos mais jovens, a mortalidade no Acre é maior. O coeficiente geral do Acre é menor porque depende da composição etária da população, que difere bastante entre os estados, com maior proporção de idosos no Paraná e maior proporção de jovens no Acre. (Boing, d’Orsi e Reibnitz Jr.) • Coeficiente de Mortalidade Geral INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Geral 38 (DATASUS, 2019) INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Infantil • Designa todos os óbitos ocorridos em menores de 1 ano de uma determinada população em um período de tempo; • Compreende a soma dos óbitos ocorridos nos períodos neonatal precoce (0-7 dias de vida), neonatal tardio (7-28 dias) e pós-neonatal (28 dias e mais). • As taxas de mortalidade infantil são geralmente classificadas em altas (50 ou mais),médias (20-49) e baixas (menos de 20) 39 INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Infantil • Divide-se o número de óbitos de crianças menores de 1 ano pelos nascidos vivos naquele ano, em uma determinada área, e multiplicando-se por 1000 o valor encontrado. 40 INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Infantil • Sistema de Nascidos Vivos - SINASC • Altas taxas de mortalidade infantil refletem, de maneira geral, baixos níveis de saúde, de desenvolvimento socioeconômico e de condições de vida, dado que a criança com menos de 1 ano é extremamente sensível às condições ambientais. Taxas reduzidas também podem encobrir más condições de vida em segmentos sociais específicos. • O cumprimento das metas acordadas na Cúpula Mundial da Criança para o ano 2000 requeria, no Brasil, a redução da taxa para 30 óbitos por mil nascidos vivos. 41 (DATASUS, 2018) INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Infantil 42 (DATASUS, 2018) INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Infantil • A mortalidade infantil pode ser avaliada não só através dos óbitos de crianças menores de 1 ano; • Mortalidade infantil neonatal → menores de 28 dias de idade (até 27 dias) • Mortalidade pós-natal → do 28º dia até o 12º mês • A subdivisão permite a avaliação do impacto das medidas adotadas no controle da mortalidade infantil. 43 INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Infantil Perinatal • Subsidiar a avaliação da qualidade da assistência prestada à gestação, ao parto e ao recém-nascido. Trata-se de coeficiente muito utilizado por obstetras e neonatologistas, pois refere-se a óbitos ocorridos antes, durante e logo depois do parto. • Contribuir para a análise comparada das condições de saúde e socioeconômicas. • Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas para a atenção materno-infantil. 44 INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Infantil Perinatal • Número de óbitos fetais a partir de 22 semanas completas de gestação (154 dias) acrescido dos óbitos ocorridos até o 7º dia completo de vida, por mil nascimentos totais (óbitos fetais mais nascidos vivos), em determinado período, no espaço geográfico considerado. 45 INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Infantil Perinatal 46 (DATASUS, 2012) INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Infantil Perinatal em < de 5 anos • O indicador mede o número de óbitos de menores de cinco anos de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 47 (DATASUS, 2012) INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Infantil Perinatal em < de 5 anos 48 (DATASUS, 2012) 49 INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Materna • Número de óbitos femininos por causas maternas, por 100 mil nascidos vivos, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. • É a "morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou da localização da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais". 50 (DATASUS, 2012) INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Materna • Usos: ▫ Analisar variações geográficas e temporais da mortalidade materna. ▫ Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas à atenção pré-natal, ao parto e ao puerpério. ▫ Contribuir na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico. ▫ Para comparações internacionais adota-se a definição tradicional de morte materna (ocorridas até 42 dias após o parto). O conceito de mortalidade materna tardia é útil para propósitos analíticos nacionais . 51 (DATASUS, 2012) INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade Materna • Interpretação: ▫ Estima a frequência de óbitos femininos em idade fértil atribuídos a causas ligadas a gravidez, parto e puerpério, em relação ao total de gestações (representado pelo total de nascidos vivos). ▫ Reflete a qualidade da assistência à saúde da mulher. Taxas elevadas de mortalidade materna estão associadas à insatisfatória prestação de serviços de saúde a esse grupo. 52 (DATASUS, 2012) 53 INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade por causas • Total de óbitos por todas as causas no mesmo período, expressos em porcentagem; • Demonstram a contribuição dos óbitos ocorridos por determinada causa no total geral de óbitos na situação estudada; • Estima os ganhos da prevenção nestes casos; • Perfil epidemiológico; • Declarações de óbitos - DO 54 INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade por causas • Causa Básica da Morte na DO: “É a doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte, ou as circunstâncias do acidente ou violência que produziram a lesão fatal.” 55 INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade por causas • É calculada dividindo-se o número de óbitos ocorridos por determinada causa pela população exposta e, a seguir, dividindo-se por 100.000 56 INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade por causas • “O Médico tem responsabilidade ética e jurídica pelo preenchimento e pela assinatura da DO, assim como pelas informações registradas em todos oscampos desse documento. As informações consignadas no documento são utilizadas na produção das estatísticas de mortalidade e concorrem para a identificação do processo mórbido, conduzindo ao conhecimento do perfil saúde-doença. É importante que o responsável pelo preenchimento o faça com respeito aos preceitos legais e epidemiológicos vigentes.” 57 INDICADORES DE MORTALIDADE • Coeficiente de Mortalidade por causas • Erros no preenchimento da DO: (a) Diagnóstico clínico está errado (b) O diagnóstico correto pode ser erroneamente registrado na DO (c) O óbito pode não ser incluído no SIM 58 59 60 61 INDICADORES DE LETALIDADE • Entende-se por Letalidade o poder que tem uma doença em provocar a morte das pessoas que adoeceram por ela; • Varia com a idade, sexo, condições socioeconômicas, estado imunológico, agente etiológico,, eficácia do tratamento etc; • Permite avaliar a gravidade de uma determinada doença; • Raiva à Letalidade de 100%; 62 63 INDICADORES DE LETALIDADE • Relação entre o número de óbitos devidos a determinada causa e o número de pessoas que foram realmente acometidas pela doença, multiplicando o resultado por 100; 64 65 66 ÍNDICES DE MORTALIDADE • Proporção dos que venciam os 50 anos; • Objetivam demonstrar as precárias condições sanitárias em que viviam a população; • Indicadores de transformação; • Já não tem grande aplicação; • Índices: • Índice de Swaroop e Uemura; • Curva de Nelson de Moraes; • Indicador de Guedes; 67 ÍNDICES DE MORTALIDADE Índice de Swaroop e Uemura • Significa a quantidade de pessoas que morreram com 50 anos ou mais em relação ao total de óbitos ocorridos em uma determinada população ou área; • Usa a idade de 50 anos como idade-limite; 68 ÍNDICES DE MORTALIDADE Índice de Swaroop e Uemura (Razão de Mortalidade Proporcional) • Os países desenvolvidos apresentam valores mais altos, enquanto em regiões em desenvolvimento, esse índice pode chegar a 50%. • Quanto mais elevado o índice de Swaroop e Uemura, tanto melhores serão as condições de saúde e outras condições sociais e econômicas da região em estudo. • Vantagens: ▫ Simplicidade de cálculo ▫ Disponibilidade de dados, na maioria dos países ▫ Possibilidade de compatibilidade nacional e internacional ▫ Dispensa dados de população 69 ÍNDICES DE MORTALIDADE Índice de Swaroop e Uemura • Swaroop e Uemura, aplicando seu método em 55 países, classificaram-nos em 4 grupos: 70 ÍNDICES DE MORTALIDADE • Curvas de Mortalidade Proporcional (Curvas de Nelson Moraes) • Curvas de mortalidade proporcional, as quais constituem uma representação gráfica dos vários índices de mortalidade proporcional. • Grupo infantil: (< 1 ano) • Idade pré-escolar: (1-4 anos) • Crianças e adolescentes (5-19 anos) • Adultos jovens (20-49 anos) • Pessoas de meia idade e idosos (50 anos e +) • O critério classificatório é dado de acordo com o tipo de curva. 71 ÍNDICES DE MORTALIDADE • Curvas de Mortalidade Proporcional (Curvas de Nelson Moraes) • Calcula-se o índice de mortalidade; • Representação gráfica; 72 Total de óbitos ocorridos em determinado período x 100 Nº de óbitos para cada grupo etário ÍNDICES DE MORTALIDADE • Curvas de Mortalidade Proporcional (Curvas de Nelson Moraes) • Curva tipo I – N invertido 73 ü Típicas de regiões em desenvolvimento üPredomínio de óbitos de adultos jovens üDoenças transmissíveis endêmicas – malária, cólera, verminoses ü Sub-registro de óbitos; üNível de saúde muito baixo ÍNDICES DE MORTALIDADE • Curvas de Mortalidade Proporcional (Curvas de Nelson Moraes) • Curva tipo II – J invertido 74 üNível baixo de saúde üPredomínio de óbitos na faixa infantil e pré-escolar üDesnutrição e diarreias ÍNDICES DE MORTALIDADE • Curvas de Mortalidade Proporcional (Curvas de Nelson Moraes) • Curva tipo III – U 75 üNível regular de saúde üProporção dos óbitos infantis já está em menor percentagem que no tipo II ÍNDICES DE MORTALIDADE • Curvas de Mortalidade Proporcional (Curvas de Nelson Moraes) • Curva tipo IV – J 76 üMelhor nível de saúde üMenor proporção de óbitos nos grupos infantil, pré-escolar e jovem üPredomínio de óbitos de pessoas idosas ÍNDICES DE MORTALIDADE 77 • Curvas de Mortalidade Proporcional (Curvas de Nelson Moraes) ÍNDICES DE MORTALIDADE • Quantificação de Guedes • Fornece uma tradução numérica para as curvas de mortalidade proporcional de Nelson, ensejando a comparação e a evolução do nível de saúde para diferentes localidades. • São utilizadas para comparação e evolução do nível de saúde de diferentes localidades; • São atribuídos pesos para cada grupo etário. 78 Grupo etário Peso < 1 ano -4 1 – 4 -2 5 – 19 -1 20 – 49 -3 50 e + +5 ÍNDICES DE MORTALIDADE • Quantificação de Guedes • Multiplicam-se, pelos respectivos pesos, as percentagens encontradas em cada grupo etário nas curvas de Nelson; • Procede-se à sua soma algébrica e divide-se por 10. 79 ÍNDICES DE MORTALIDADE 80 Brasil, ano 2000 Quantificação de Guedes ESPERANÇA DE VIDA • Número médio de anos esperados para que um recém nascido viva, em determinado ano. • Quanto maiores os níveis de esperança de vida ao nascer, melhores as condições de vida e de saúde da região. • Não deve ser confundida com Duração Máxima da Vida – limite biológico inerente à espécie – pouco acima dos 100 anos – sem alteração ao longo dos séculos. • A Esperança de Vida está sujeita às influências do meio. 81 Homem pré-histórico – 18 anos Roma antiga – 20 a 30 anos 82 Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/expectativa-de- vida-do-brasileiro-ao-nascer-e-de-758-anos-diz-ibge.ghtml 83 Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/expectativa-de- vida-do-brasileiro-ao-nascer-e-de-758-anos-diz-ibge.ghtml 84 Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/expectativa-de- vida-do-brasileiro-ao-nascer-e-de-758-anos-diz-ibge.ghtml “As mulheres continuam vivendo mais que os homens, embora as expectativas de vida de ambos os gêneros tenham aumento em relação ao ano anterior. A expectativa de vida dos homens aumentou de 71,9 anos em 2015 para 72,2 anos em 2016, enquanto a das mulheres foi de 79,1 para 79,4 anos.” 85 Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/expectativa-de-vida-do-brasileiro-ao-nascer-e-de-758-anos-diz-ibge.ghtml ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDOS • Expressam o efeito das mortes ocorridas precocemente em relação à duração de vida esperada para uma determinada população. • Para cada morte ocorrida se contabiliza a quantidade de APVP subtraindo da idade limite (aqui fixada em 70 anos) a idade em que a morte ocorreu. Assim, uma pessoa que morreu com 30 anos, perdeu 40 Anos Potenciais de Vida. • O total de APVP pode ser calculado por causa, por sexo, por município ou outra variável de interesse. 86 REFERÊNCIA • ROUQYAYROL, M. Z.; SILVA, M. G. C. Epidemiologia e Saúde. 7 ed. Rio de Janeiro: MEDBOOK, 2013. 87
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