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FACULDADE PITAGORAS 
CAMPUS PARAUAPEBAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Simonia Caetano Batista, 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Qualquer Preço 
(adaptação do livro A Civil Action) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parauapebas-Pará-Brasil 
2020 
 
FACULDADE PITAGORAS 
CAMPUS PARAUAPEBAS 
 
 
 
 
Simonia Caetano Batista, 
 
 
 
 
A Qualquer Preço 
(adaptação do livro A Civil Action) 
 
 
 
 
 
 
Atividade, apresentada à Faculdade 
Pitágoras, como parte das exigências da 
primeira avalição da disciplina de Direito 
Ambiental, do Prof. Reginaldo de Jesus 
Oliveira do Curso de Graduação em 
Direito da Faculdade Pitágoras - turma 
8A. 
 
 
 
Parauapebas 
2020 
 
Em tempos em que o meio ambiente em qualquer parte do mundo enfrenta ameaças, 
e no Brasil não é diferente, tanto para o governo, como para empresários e grande parte da 
população o meio ambiente não tem nenhum significado. O filme A qualquer Preço, lançado 
em 1998, por Jonathan, nos EUA, mantém se fiel à dura realidade que enfrentamos em todos 
os seguimentos, principalmente o governamental, que deliberadamente incita aos mais bárbaros 
crimes ambientais da história nacional. 
O arcabouço jurídico brasileiro é diferente do dos Estados Unidos, mas há 
semelhanças no que se refere aos princípios relacionados ao direito, principalmente à legislação 
ambiental. Podemos evidenciar alguns como a solidariedade na prática de danos provocados 
por pessoas jurídicas ou seja, a responsabilização civil pelo dano ambiental incide sobre todos 
aqueles que direta ou indiretamente causaram uma degradação ambiental e independe de prévio 
ajuste entre os poluidores, podendo-se demandar um, alguns ou todos, o litisconsórcio é 
facultativo, no entanto, esses crimes estão no rol da imprescritibilidade, por versar sobre um 
direito essencial e fundamental que pertence as presentes e futuras gerações, assim determinado 
no art. 225, §1º, IV e V, da Constituição Federal de 1988. 
Outra semelhança com a legislação brasileira é referente as indenizações 
vinculadas, conforme previsto no art. 225, da Constituição Federal de 1988, consolida esse 
princípio do poluidor pagador, conforme o §3º. “As condutas e atividades consideradas lesivas 
ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e 
administrativas, independente da obrigação de reparar os danos causados.” 
Fica evidenciado no enredo as responsabilidades objetivas e subjetivas provocadas por todos 
os envolvidos, sejam funcionários, diretores, administradores, membros de conselho e de órgão 
técnico, auditores, gerentes, prepostos ou mandatários da pessoa jurídica, que, sabendo da 
conduta criminosa poderiam impedir ou evitar sua prática, que na nossa legislação se faz 
presente a comprovação da responsabilidade. 
Também é possível visualizar no desenrolar do enredo a difícil tarefa de chegar a 
um resultado onde se associa o direito à reparação de uma vitima e a quantificação deste por 
quem o provoca, sobretudo, por danos ocasionados ao meio ambiente. Nos grandes desastres 
ambientais provocados pela ação do homem ao meio ambiente, sempre fica um passivo 
incalculável, pois as vidas ceifadas seja de pessoas ou da flora e fauna, jamais serão valoradas, 
pois no meio empresarial onde impera o capitalismo a sociedade e o meio ambiente são os mais 
vulneráveis e não tem nenhum patrono, apesar de estar garantido na Constituição que o Estado 
é o responsável, no filme fica clara essa vulnerabilidade social e quem se arrisca a defender fica 
totalmente desmoralizado e sem um ‘vintém’. 
Segundo a maioria dos doutrinadores o direito a um meio ambiente saudável e 
sustentável é considerado de terceira geração, ou seja, um direito transgeracional, porem 
podemos observar no enredo e na nossa realidade a dificuldade em materializar e quantificar a 
indenização material deste bem, ainda que devidamente tutelado, tendo a peculiaridade por 
vezes de vítimas certas e incertas, diretas e indiretamente atingidas. 
No nosso ordenamento jurídico há a garantia na Carta Magna e nas Leis 6.938, que 
tratam da Política Nacional do Meio Ambiente e na Lei lei 9.605 de 1998 que dispõe sobre as 
sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, 
não são capazes de atender determinadas situações, no filme podemos observar simbolicamente 
que não foi possível um pedido de desculpas no nosso caso, mesmo com aparato legal, os 
acidentes das barragens sob responsabilidade da grande multinacional não foi possível sequer 
reparar o mínimo às famílias enlutadas, muito menos os danos causados ao meio ambiente, as 
ações se arrastam no judiciário. 
Fica claro no roteiro que os operadores do direito mesmo munido de instrumentos 
probatórios, mas, se não estiver com os devidos argumentos para apresentá-los, a ação tornar-
se-á frágil, e do mesmo modo, com forte poder argumentativo construído seja pela segurança, 
experiência ou aptidão dos doutores, sem as provas devidas estes tornam-se inócuos. 
Interessante observar que transcorreu se vinte e dois anos do lançamento do filme 
e observamos que “A Qualquer Preço”, denunciava a situação do socio ambiental, naquela 
época e naquele País, nota se que no Brasil, a realidade de lá para cá só piorou, desde as 
influencias do setor empresarial ao judiciário às ações negativas do Estado, que 
constitucionalmente deveria tutelar e proteger o meio ambiente para os presentes e às futuras 
gerações. 
Contudo, o filme é uma grande obra de arte, no quesito argumentativo e realístico 
que expõe e coloca em jogo todo um referencial jurídico acima mencionados e demostra a 
fragilidade e a contradição que reside na manutenção do ordenamento jurídico vigente aos 
fortes interesses dos grandes grupos econômicos, apesar de no Código de Processo Civil de 
2015 tornar mais céleres econômicos a solução desses conflitos e com o Princípio do Acesso à 
Justiça, consagrado no artigo 5°, LXXIV da Constituição Federal, facilitando para àqueles que 
não tenham condições, poderem ter seus pedidos julgados pelo Estado-Juiz. 
O caso em tela, traz para nossa realidade a possibilidade de discussão dos caminhos 
que estamos tomando, resta nos saber se seremos capazes de entrar em lide onde o primeiro 
momento são os possíveis montantes das indenizações e no meio do processo perceber que são 
vidas que buscam uma reparação da dignidade, da sociedade e do meio ambiente. 
Bibliografia: 
 
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1988/constituicao-1988-5-outubro-1988-322142-
publicacaooriginal-1-pl.html 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm 
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=320 
 
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1988/constituicao-1988-5-outubro-1988-322142-publicacaooriginal-1-pl.html
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/consti/1988/constituicao-1988-5-outubro-1988-322142-publicacaooriginal-1-pl.html
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=320

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