Buscar

Diluicao simples e seriada

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

1
CONDUTAS E PROCEDIMENTOS EM LABORATÓRIO PROF. EDUARDO FREIRE	FAM
Diluição Simples e Seriada => Diluição de Soluções
A diluição de soluções ocorre quando acrescentamos solvente (geralmente a água) a alguma solução, com isso o volume da solução aumenta e sua concentração diminui, porém, a massa do soluto permanece inalterada. Isso é feito, por exemplo, quando diluímos um produto de limpeza antes de usá-lo. Uma solução é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias. Como, por exemplo, uma solução de sal (soluto) dissolvida em água (solvente). Principalmente em laboratórios químicos e em indústrias, esse processo é muito importante, porque o químico precisa preparar soluções com concentrações conhecidas. Além disso, em atividades experimentais são utilizadas soluções com concentrações bem baixas, assim, uma amostra da solução concentrada é diluída até a concentração desejada.
No dia a dia, várias vezes, até sem perceber, realizamos o processo de diluição de soluções. Por exemplo, a embalagem de produtos de limpeza e higiene doméstica, como desinfetantes, orienta que eles sejam diluídos antes de sua utilização. Alguns fabricantes sugerem nos rótulos do produto que ele seja diluído em água na proporção de 1 para 3, ou seja, para cada parte do produto, devem-se acrescentar 3 partes de água. Isso é feito, pois o produto é muito concentrado e forte, podendo danificar o local onde será aplicado se não for diluído da maneira certa. Por outro lado, se diluir mais do que deveria, pode-se perder dinheiro, porque o produto não atingirá o resultado desejado.
Outro exemplo é ao fazermos sucos. Os rótulos de muitos sucos concentrados indicam que um copo desse suco deve ser diluído ou misturado a 5 copos de água. Assim, o suco fica “mais fraco”, isto é, menos concentrado.
Em química, a diluição é um processo que reduz a concentração de uma substância em uma solução. Quando feita em série, ela é uma diluição repetida de uma solução que amplia rapidamente o fator de diluição.[1] Geralmente, ela é realizada em experiências que requerem soluções altamente diluídas com grande precisão, como aquelas que envolvem as curvas de concentração em uma escala logarítmica ou para determinar a densidade de bactérias. Além disso, ela é amplamente utilizada em ciências experimentais como bioquímica, microbiologia, farmacologia e física. Os métodos de laboratório nos quais uma quantidade de uma substância é adicionada a outra para reduzir a concentração de uma das substâncias são conhecidos como diluições.
 			 IMPORTANTE: Uma diluição é uma expressão de concentração, não de volume. Expressa de outra forma, uma diluição indica a quantidade relativa de substâncias em uma solução. Quando a palavra diluição é usada, ela deve significar o número de partes que foram diluídas em um número total de partes. Em outras palavras, uma diluição deve significar o volume de concentrado no volume total da solução final. O menor número corresponde ao número de partes da substância que está sendo diluída; o maior número refere-se ao número total de partes da solução final. Considere as seguintes frases:
 • Faça uma diluição 1 para 10 de soro em salina. 
• Faça uma diluição 1 em 10 de soro em salina. 
• Faça uma diluição 1 para 10 de soro com salina. 
• Faça uma diluição 1/10 de soro com salina. 
• Faça uma diluição 1:10 de soro usando salina.
 • Faça uma diluição de 1 parte de soro e 9 partes de salina. 
• Faça uma diluição de 1 parte de soro para 9 partes de salina.
 Qual é a diferença entre essas frases? Nenhuma! Todas significam exatamente a mesma coisa.
 
ENTÃO: Diluir é acrescentar solvente a uma solução mantendo-se inalteradas as quantidades de soluto existentes.
 D= V soluto
 V soluto + V solvente 
1 parte de soro + 9 partes de salina = 10 partes de solução final 
O significado difere quando usamos a palavra razão.
 Os números passam a se referir aos materiais da razão, que podem ser escritos de diversas formas:
 • 1:9
 • 1 para 9 
• 1/9 
Não importa como a razão é escrita, a ordem dos números deve corresponder à ordem das substâncias às quais a razão se refere. Ex: Uma razão de soro para salina 1:9 é igual a uma razão salina para soro 9:1, o que é a mesma coisa que uma diluição de 1:10 de soro com salina. 
TÍTULO 
TÍTULO é a concentração de uma solução determinada por titulação. É a menor quantidade ou concentração que produzia um efeito particular ou produto. O título é a recíproca da diluição. Então, em uma reação de pesquisa de anticorpos positiva na diluição 1/2 e 1/4 e negativa na diluição 1/8 e 1/16, o título é 4.
 DILUIÇÃO SERIADA
 				 Uma série de diluições é um número de soluções feito pela diluição de alguma substância com um solvente, então fazendo uma diluição da solução resultante, e diluindo a segunda solução para fazer uma terceira e assim por diante. A partir da primeira diluição ou da amostra original, as sucessivas diluições são realizadas a partir da última diluição feita e não mais da amostra original.
 Geralmente, mantém-se uma razão constante entre as diluições, o que não é regra, ou seja, depende da necessidade. No laboratório clínico, a diluição seriada mais comumente utilizada tem sido na razão 2. Ocasionalmente a série de diluições pode ser descrita de maneira que cada valor de diluição se refira a uma diluição independente de algum material em algum solvente. O indivíduo deve estar apto a calcular as seguintes variáveis em cada passo em uma série de diluição" concentração de material em cada solução' quantidade real de material em cada solução e volume total de cada solução. 2
Procedimento experimental
1. Faça 25 mL de uma diluição 1:10 de fucsina em H2O.
2. Faça 4 mL de uma diluição 1:8 de fucsina em H2O.
3. Faça 7,5 mL de uma diluição 1:150 de fucsina em H2O.
4. Faça uma diluição seriada partindo de solução padrão fucsina até 1/ 64.
Realização do teste VDRL
Seguir instruções da bula do kit 
Questionário
 1. Quanto de uma amostra de sangue é necessária para se preparar 40 ml de uma diluição 1/10 e quando de diluente você precisaria?
 2. Como você prepararia 20 ml de uma diluição de 1/400 
3. Determine a quantidade de soro em 40 mL de uma diluição 1:5 de soro em salina.
 4. Quanto de uma diluição de 1:32 de urina com água destilada poderia ser feita com 2 mL de urina? 
5. A alíquota de 0,2 mL de soro do paciente é adicionada a 0,8 mL de salina. Transfere- se 0,5 mL para um tubo 2 que possui 0,5 mL de salina. Este procedimento é feito até o tubo 10. As diluições foram utilizadas para testar um anticorpo de um agente infeccioso. Do tubo 1 ao 8, a reação foi positiva para o anticorpo testado. Qual o título que deve ser apresentado ao anticorpo? 
6. Fazer uma diluição seriada de razão 2 a partir de uma solução de azul de metileno em água. Usar uma bateria de 5 tubos. O volume em cada tubo deve ser 4 mL. 
Exame da Sífilis (VDRL)
O exame VDRL, que significa Venereal Disease Research Laboratory, é um exame de sangue que serve para diagnosticar a sífilis, ou lues, que é uma doença sexualmente transmissível. Além disso, este exame também pode ser solicitado para acompanhar a doença em quem já tem sífilis, que é uma doença caracterizada inicialmente pela presença de feridas na região que não dói. 
Em alguns casos o exame da sífilis pode dar um resultado falso positivo, o que pode significar que a pessoa não tem sífilis, mas pode ter outras doenças, como lepra, tuberculose ou hepatite, por exemplo.
O exame VDRL deve ser realizado antes de engravidar e também em cada trimestre de gravidez, pois é uma doença que pode ter graves complicações para saúde.
O exame VDRL é feito através de um exame ao sangue, em que é recolhida uma pequena amostra de sangue que é analisada em laboratório. 
Para realizar o exame não é necessário jejum, apesar de alguns médicos ou laboratórios indicarem a realização de jejum de pelo menos 4 horas para realizar o exame. O resultado do exame é liberado de acordo com o laboratório, podendo ser liberado com 24 horas ou em
7 dias.
O resultado do exame VDRL é dado em títulos: quanto maior o título, mais positivo é o resultado do teste. Basicamente o resultado do exame VDRL pode ser: Positivo ou Reagente ou Negativo ou Não reagente.
Se o resultado for negativo, significa que a pessoa nunca entrou em contato com a bactéria causadora da sífilis ou que está curada. Normalmente se o resultado do VRDL for positivo significa que a pessoa tem sífilis, contudo, a pessoa pode não ter sífilis e ter outras doenças como a brucelose, lepra, hepatite, malária, asma, tuberculose, câncer e doenças autoimunes, originando um resultado falso-positivo. 
O resultado é considerado positivo quando possui título a partir de 1/16. Esse título significa que mesmo diluindo o sangue em 16 vezes ainda é possível identificar anticorpos.
Títulos mais baixos, como 1/1, 1/2, 1/4 e 1/8, indicam que é possível que se tenha sífilis, pois após uma, duas, quatro ou oito diluições ainda foi possível detectar os anticorpos. Como se trata de possibilidade, é importante voltar ao médico para que um exame confirmatório seja solicitado, pois esse título pode ser resultado de uma reação cruzada, ou seja, um falso positivo. Os títulos baixos também são encontrados na sífilis primária, em que os anticorpos circulam no sangue em baixas concentrações. Títulos acima de 1/16 indicam que se tem sífilis e, por isso, deve-se ir ao médico para que seja iniciado rapidamente o tratamento.
A Sífilis, causada pelo Treponema pallidum, é uma das principais infecções sexualmente transmissíveis (IST). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ocorre mais de 1 milhão de IST diariamente. Anualmente, ocorrem 357 milhões de casos de novas infecções, entre clamídia, gonorreia, sífilis e tricomoníase. Dados do Ministério da Saúde mostram que no Brasil há um aumento das notificações de sífilis, com incidência elevando-se de 0,8 casos/100.000 habitantes em 2010 para 4,7/100.000 habitantes em 2015. 
Apesar de ser uma doença antiga, o diagnóstico ainda se baseia na realização de testes em etapas múltiplas, utilizando fluxogramas com realização de testes treponêmicos e não treponêmicos, dependendo da fase evolutiva da doença. 
Os testes não treponêmicos são inespecíficos e detectam a produção de anticorpos IgG e IgM contra a cardiolipína liberada pelos treponemas, conhecidos como reaginas. O exame de VDRL (Ve- nereal Disease Research Laboratory), utilizado por muitos anos como diagnóstico de sífilis, é um teste não treponêmico, que, apesar de ter uma sensibilidade elevada, apresenta uma baixa especificidade, com resultados falso-positivos relacionados a vários interferentes. Além do VDRL, outro teste não treponêmico utilizado é o RPR (teste de reagina plasmática rápido), que utiliza partículas de carvão. Ambos, quando positivos, demonstram atividade de doença, sendo utilizados no diagnóstico inicial e no controle de cura da sífilis, por meio de titulação.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando