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1. Conceito de AI e sua importância A Web atual pode ser considerada como um sistema dinâmico e complexo, pois, as tecnologias de Informação estão transformando os aspectos contemporâneos da informação e as formas de comunicação. Nesse contexto, os usuários passaram a ter dupla participação, ora como geradores e ora como consumidores de informação, com isso é possível perceber mudanças nas formas de interação entre as pessoas, bem como, entre pessoas e máquinas. Com o crescimento do volume de informações depositadas na Web, percebe-se a tendência de ?entregar? as informações em diferentes locais, crescendo assim a preocupação para o desenvolvimento de ferramentas que possibilitem organizar, recuperar e proporcionar acesso rápido. Nesse contexto, a Ciência da Informação (CI), por sua natureza interdisciplinar, dá suporte aos estudos sobre tecnologia da informação. Apontado por Saracevic (1996) a CI é juntamente com muitas outras disciplinas, uma participante ativa e já consolidada na evolução da sociedade da informação. Sendo assim, a atuação do cientista da informação ganha espaço nas mais diferentes áreas ligadas a construção de ambientes informacionais digitais. Ainda no bojo da CI, encontram-se estudos relacionados com Arquitetura da Informação, Experiência de Usuário, Web Semântica, Arquitetura da Informação Pervasiva dentre outros que nascem com a finalidade de auxiliar na estruturação de ambientes digitais enfocando nos processos de organização, recuperação e acesso da informação. Dessa forma, a necessidade de trabalhos interdisciplinares entre as áreas citadas, são de grande relevância para o desenvolvimento de ambientes que ofereçam usabilidade e acessibilidade e as expectativas dos usuários sejam superadas. Com o objetivo de tornar a informação disponível e acessível, um desenvolvedor de Web Site fica responsável por interpretar e aplicar adequadamente os elementos indicados pela Arquitetura da Informação: organização, navegação, rotulagem e sistemas de busca; no contexto da arquitetura da informação os espaços para divulgação da informação ganham novas perspectivas. Com o intuito de atender o usuário, reflete-se sobre novas formas de apresentação da informação. Considerando que os ambientes informacionais podem ser criados para ofertar e gerar informações, para fortalecer uma determinada marca, ou para divulgar produtos e serviços, o projeto de ambientes digitais devem considera as particularidades dos indivíduos como: gênero, grau de instrução, idade e cognição. Assim, conhecer as diretrizes para o desenvolvimento de ambientes informacionais que extrapolem os espaços tradicionais e possam satisfazer as necessidades de informação dos usuários torna-se primordial. O que é AI ? 1- O design estrutural de ambientes de informação compartilhados 2- A combinação dos esquemas de organização, de rotulação e busca e de navegação dentro de websites e intranets e apps. 3- A arte e a ciencia de dar forma a produtos e experiências de informação para suportar a usabilidade e a "encontrabilidade" 4- Uma disciplina emergente e uma comunidade de prática focada em trazer princípios do design e e arquitetura ao espaço digital. Na prática o trabalho do arquiteto da informação é balancear as características e as necessidades dos usuários, do conteúdo e do contexto. Por que AI é importante? 1- A arquitetura da informação afeta diretamente os custos de encontrar uma informação e de não encontrá-la, os custos de construção e manutenção dos websites, os custos dos treinamentos dos funcionários e até a valorização da marca. ( MORVILLE 2004) 2- Cerca de 27% das causas de insucesso das vendas de um website de comércio eletrônico são porque o usuário simplesmente não conseguiu encontrar o 2.Origens da AI - Contexto histórico e definições 1.1. Contexto histórico da AI: Tim Berners-Lee e a www - Saul Wurman e a Arquitetura da Informação Em 1989, Tim Berners-Lee, consultor do CERN (Conseil Européen por la Recherce Nucléaire), onde diversos métodos de plataformas de armazenamento (arquivamento) e recuperação (acesso) de informações eram utilizados: - propõe uma nova dinâmica para desenvolvedores e cientistas compartilharem informações, com uma nova disposição e recuperação de dados, no sistema ENQUIERE (Enquire-within-upon-everything), diferente da web atual, mas cujo projeto trazia as mesmas ideias da web. - com Robert Cailliau, em 1990, desenvolve um navegador-editor e constrói a versão inicial do HTTP (HyperText Transfer Protocol), o Protocolo de Transferência de Hipertexto, o que viabilizou a WWW (World Wide Web). - quando os protocolos e conceitos da www foram disponibilizados ao domínio público, os programadores passaram a desenvolver suas modificações e melhorias. - com a Web (Internet), a explosão de informações adquire proporções enormes, o que faz crescer a preocupação com a sistematização e acesso ao conhecimento, um desafio que tem promovido as principais inovações na área de organização e recuperação de informação. Em 1976, Saul Wurman utiliza pela primeira vez o termo Arquitetura da Informação como: - ?a ciência e a arte de criar instruções para espaços organizados?. - um problema de busca, organização e apresentação da informação como semelhante aos problemas da arquitetura urbana e de construções, já que o arquiteto ?físico? busca soluções para servir às necessidades dos moradores, dentro de um padrão coerente que determine as interações e o uso do ambiente. - assim, o ?arquiteto da informação? deve ser capaz de criar estruturas informacionais que permitam aos usuários encontrar os caminhos para as informações, através de princípios sistêmicos, estruturais, ordenados de forma a funcionar. - uma ocupação do século XXI, voltada para as necessidades de entendimento humano como ciência da organização de informações. Em 1991, Cohill afirma que: - o desenho de sistemas é um processo multidimensional, cujo gerente de projetos deveria ser um arquiteto da informação, com conhecimento para desenvolver estruturas de informação em vários níveis de interação entre homens, máquinas e ambientes. Em 2002, Straioto denomina a AI como: - análise de elementos da estrutura de informações de um site, tais como navegação, rotulagem, busca, conteúdo e usabilidade. - o desenho de informações ? textos, imagens e sons (hipermídia) ? e sua classificação (ontologias) de acordo com os objetivos do site e com as necessidades dos usuários. Como se pode ver, o viés mercadológico da AI, gerou uma tendência a defini-la como limitada a Web, por ser o ambiente informacional principal da atualidade. Aplicação Prática Teórica O professor apresenta o vídeo sugerido e mostra como a Arquitetura da Informação está presente a partir dos desenvolvimentos da segunda metade do século XX e os alunos, em grupos, devem estabelecer 10 pontos de metáfora da 3.Apresentação dos componentes da AI Rosenfeld e Morville 2002 - dividem arquitetura da informação de websites em 4 sistemas independentes São eles: Sistema de organização - determina o agrupamento e a categorização do conteúdo informacional Sistema de navegação - especifica as maneiras de navegar e se mover pelo espaço informacional e hipertextual. Sistema de rotulação - Estabelece as formas de representação de apresentação da informação, definindo signos para cada elemento informativo. Sistema de busca - Determina as perguntas que o usuário pode fazer e o conjunto de respostas que irá obter,. Aplicação Prática Teórica Os alunos, em grupos, devem estabelecer três apli 4. Sistemas de Organização, Sistemas de Navegação, Sistemas de Rotulação e sistemas de buscas ● Sistema de organização - o responsável em organizar todas as informações do website, evitando que o usuário tenha insatisfação por não encontrá-las em suas buscas. O conteúdo é classificado e ordenado (categorização) levando em consideração as características da interface em questão, refletindo as áreas (divisões/conteúdos)principais com sistemas de taxonomia (nomenclaturas, termos adequados, vocabulário controlado), que servem para dar consistência ao vocabulário. É por isso que ao fazer um teste para saber se o usuário identifica as diversas categorias (subdivisão de tarefas) pela taxonomia, descobrimos o modelo mental dele. ● Sistema de Navegação - é a distribuição de conteúdos e funcionalidades nos fluxos interface/ambiente onde se cria um sistema de localização e estabelecem- se pontos de referências para que o usuário não se perca quando está navegando em um website. São criados hipertextos (links) para que seja possível esta navegação e para que o usuário efetue suas atividades no ambiente de forma satisfatória. É a mobilidade do usuário no website, onde ele vê de forma clara e fácil os caminhos para que encontre o seu destino, otimizando seu tempo de acesso. ● Sistema de Rotulação - é a forma como os conteúdos são representados. São definidos através de signos (semiótica). É a comunicação entre usuário e conteúdo de forma efetiva com a representatividade dos signos em relação ao conteúdo de maneira que o usuário compreenda o que está sendo passado (uso da psicologia da gestalt, que se aplica à cognição visual, onde o usuário passa a ter uma percepção aberta quando olhar diferentes situações) em relação à proposta do site. Sistema de Busca - São respostas dadas às dúvidas dos usuários. No caso dos conteúdos em grande quantidade é muito importante existir um sistema de busca, que torna mais ágil a pesquisa quando o usuário tem algum questionamento em um determinado momento na navegação. É a busca das respostas para suas dúvidas naquele momento. ● Sistemas de busca e SEO A prática de otimização de busca mais conhecida como SEO ( Search engine optimization) está relacionada à AI das seguintes maneiras: 1- O buscador Google, valoriza sites bem organizados na sua estrutura e conteúdo para que seja bem posicionado no buscador ( busca orgânica). 2- As práticas de SEO atuais, focam na otimização de resultado, tais resultados de um website são facilitados pela AI e UX. 3- Os buscadores estão focados em apresentar os resultados mais relevantes aos seus usuários e para isso um site precisa de uma ótima estrutura de AI. 4- SEO e AI "andam juntos" no que tange aos resultados esperados de um website 5. Hipertexto, links, janelas e interface 2.2 Hipertexto, links, janelas e interface ● Hipertexto: - texto não linear, em suporte digital, ao qual são agregadas outras formas de comunicação, imagens, sons e outros blocos de texto, cuja conexão se dá, não mais linearmente, mas por associações semânticas, através de referências específicas denominadas hiperlinks ou links; - a ideia de hipertexto origina-se no Memex, de Vannevar Bush (como visto em aulas anteriores); - dentro da internet, no mundo online, o hipertexto é formado por várias conexões que o próprio usuário faz em sua navegação. Os destinos não são aleatórios, mas marcados por vínculos associativos em um ambiente abundante de informações; - tende a fazer crescer a leitura não-linear e renova a importância das palavras e do texto nos projetos de interface ● Link: - elos associativos que permitem a navegação em ambientes digitais; - uma forma de conexão entre as coisas baseada em relações semânticas; - para Steven Johnson (2001), o link deve ser compreendido como um recurso sintético que conecta vários elementos em uma unidade ordenada. - conceito fundamental da AI e junto com o hipertexto, estimula uma forma nova de gramática e de narrativa, de leitura e de escrita. ● Janelas (Windows): - ao longo dos últimos 30 anos, a metáfora da janela tem permanecido a mesma; - para Steven Johnson (2001), a história da interface divide-se entre pré janelas e pós-janelas; - compõem a interface atual dos computadores pessoais e permitem uma melhor interação humano-computador ao tornar seu uso mais fácil do que apenas com links; - seu forte componente espacial facilita a memorização visual e permite alternar comandos; - a interface através de janelas permite uma experiência mais fragmentada e desconexa do mundo e seu modo transparente permite a realização de várias tarefas e escolhas simultaneamente. - presentes desde o início da internet, as janelas definem as formas de busca, acesso e recuperação na web por abrirem espaço para os dados e moldarem a informação de várias maneiras. Assim, modificam as formas de produção, organização, disseminação e uso da informação, com impacto direto nos usuários. ● Interface: - pode ser descrita como o que fica entre dois objetos, dois processos, uma superfície de contato que une e, ao mesmo tempo, separa, dois universos; - uma metáfora da interface no corpo humano são os sentidos. Através do tato, por exemplo, é possível enviar uma informação ao cérebro para que a processe; - nos computadores, a tela, o teclado, o mouse, são consideradas interfaces; - os ícones, as janelas e demais elementos virtuais que aparecem na tela dos computadores são as chamadas interfaces gráficas, que estabelecem códigos para que determinadas tarefas sejam executadas. Assim, ao clicar sobre o ícone de um determinado software ou aplicativo, essa interface digital faz com que aquele software ou aplicativo funcione. Aplicação Prática Teórica Os alunos, em grupos, devem buscar exemplos de interatividade, usabilidade etc
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