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MANDATO DE SEGURANCAO magnolia

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAICO – ESTADO DO CEARÁ.
Das Partes:
Magnólia, estado civil, profissão, residente, cidade de Caicó - CE, endereço eletrônico, vem mui respeitosamente perante Vossa Excelência, através de seu Advogado que está a subscrever a impetrar.
Mandato de Segurança.
Em face Secretaria de Saúde Estadual, órgão integrante da administração pública estadual, sede na cidade de Fortaleza – CE, pelos fatos e fundamentos seguir expostos.
Dos fatos:
A jovem, juntamente com o defensor público responsável pelo caso, ao tomar conhecimento das informações constantes em seu prontuário médico, as quais lhe foram fornecidas pelo habeas data elaborado pela Defensoria Pública do Estado para garantir o direito à informação pessoal da assistida, verificaram que lhe foi receitado o uso contínuo de um medicamento específico para a sua doença, o que, dada a pouca frequência de diagnósticos semelhantes e a custosa confecção da droga, por si só, já demonstravam que a realidade seria outra vez dura com ela. Ocorre que, como já dito, ela é uma jovem humilde e de escassos recursos financeiros, não tendo como arcar com o pagamento dos medicamentos, os quais custam um valor elevado para a realidade financeira da sua família. Foi orientada a procurar a central de distribuição estadual de medicamentos mais próxima da casa dela, no município de Caicó, para solicitar o medicamento. Entretanto, lá chegando, mais precisamente no dia 10/10/2017, foi informada de que o fornecimento de medicamentos de alto custo, mesmo aqueles constantes nas listas do SUS e do Governo Estadual, estava suspenso por tempo indeterminado por ordem da Secretaria Estadual de Saúde. Preocupada, Magnólia retornou no mesmo dia à Defensoria com a nova informação, procurando assistência jurídica para resolver o problema e garantir o fornecimento do medicamento imprescindível para o seu tratamento. Foi então novamente orientada, onde a defensoria pública fez um requerimento formal à Secretaria de Saúde do Estado, solicitando a compra do medicamento e a disponibilização gratuita do mesmo à assistida. Magnólia, no dia 11/10/2017 protocolou o requerimento junto à Secretaria de Saúde do Estado. No dia 15/10/2017 obteve a resposta formal da Secretaria, informando que a compra de todos os medicamentos estava suspensa por tempo indeterminado. Diante da resposta, Magnólia voltou à Defensoria para procurar assistência judiciária.
Dos direitos:
 
A respeito do artigo;
Art. 6º CF/88 São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 196 CF/88. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado
Pautando no artigo acima, vemos que o estado tem o dever de proteger, dar assistência aos necessitados e desamparados pelas desigualdades sociais, não podendo se eximir de sua responsabilidade perante ao usuário da rede de saúde pública. Como a impetrante e portadora de doença grave, não fazendo uso do medicamento, em consequência poderá resultar a morte da impetrante, este tipo doença, o próprio sistema imunológico ataca a si mesmo, para controlar, deverá fazer uso de medicamentos continuamente. 
 A saúde pública é um direito exigível, pois quando o estado lesa previsão constitucional, o único meio de fazer cumprir, e recorrendo aos poderes judiciais, afim de obrigar o estado a obedecer.
 Nesse sentido, foi a decisão proferida no RE 855178 RG / SE – SERGIPE
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. DIREITO À SAÚDE. TRATAMENTO MÉDICO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS ENTES FEDERADOS. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. REAFIRMAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. O tratamento médico adequado aos necessitados se insere no rol dos deveres do Estado, porquanto responsabilidade solidária dos entes federados. O polo passivo pode ser composto por qualquer um deles, isoladamente ou conjuntamente” (RE 855178 RG/SE – Sergipe. Relator: Min. Luiz Fux. Julgamento: 05/03/2015. DJe – 050 Divulg 13-03-2015 Public 16-03- 2015). 
Contemplando esta decisão, nos deixa claro, que o estado e o único que pode auxiliar o cidadão em situação de desigualdade social, à saúde, não podendo o se eximir de sua responsabilidade elencada em nossa constituição, pois todos os entes federados são solidários entre si para garantir acesso a saúde. A lei 8080/90 que classifica o SUS podemos observar;
 Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS;
{...}
II - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
{...}
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção;
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
I - Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
II - Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
IV - Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;
V - Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
Amparado pela constituinte, a lei que classifica o sistema de saúde reafirma em seu rol, os deveres do estado; em promover assistência à saúde, como assistência farmacêutica, mostrando que assistência à de ser completa, não admitindo obscuridade, e dever de fornecer atendimento médico e também medicamentos, suporte ao usuário da rede pública. 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Assistindo o fato em que a impetrante, teve a negativa que o seu medicamento está suspenso por tempo indeterminado, seu tratamento ficará prejudicado, podendo ter consequências graves, a mesma amparada pelos artigos citados, mostra que o Estado, tem o dever de fornecer o medicamento gratuito através da rede de saúde pública, sendo um direito líquido e certo do usuário que o utiliza. A impetrante vem recorrer as vias judiciais, para ter a garantia de tratamento digno e obter o medicamento, que seja fornecido pelo estado. 
Dos pedidos:
Diante dos fatos expostos requer a Vossa Excelência a determinar.
A) Tutela de urgência: Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo dedano ou o risco ao resultado útil do processo. 
B) O autor requer no molde do art.98 cpc, dos benefícios da gratuidade da justiça, em sua totalidade, por condições financeiras não podendo arca custas e despesas processuais, sem prejuízo alimentar próprio ou de sua família, de acordo parágrafo único do art,2 da lei 1060/50. 
C) Ao final julgue a ação procedente, determinando a parte impetrada a fornecer os medicamentos, desfazendo o ato ilegal do não fornecimento,
D) Segue anexo, protocolo do requerimento, e carta de resposta da secretaria de saúde informando que está suspenso a compra de remédios.
Dá se o valor da causa R$1000,00 (hum mil Reais)
Nestes termos, pede deferimento.
Caicó – CE 17 de agosto de 2017
ADVOGADO ...
OAB ...

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