Organização Administrativa

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DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
1. CONCEITO 
O estudo da organização administrativa está diretamente ligado à 
análise estrutural do Estado. Estrutura esta que pode ser subdividida 
em: Administração Direta e Administração Indireta. 
 
2. FORMAS DE PRESTAÇÃO DA ATIVIDADE 
ADMINISTRATIVA 
Tradicionalmente, a função administrativa é desempenhada pelos 
próprios entes federados (União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios). Quando isso acontece, dizemos que o serviço público 
está sendo prestado de forma centralizada. Entretanto, com a 
necessidade de buscar maior eficiência e especialidade na 
realização da atividade administrativa, iniciou-se um processo de 
descentralização, pelo qual alguns serviços que antes eram 
desempenhados pela própria Administração Direta passaram a ser 
executados por outras pessoas. 
 
2.1. Concentração – quando um único órgão desempenha 
todas as funções administrativas do ente político, sem 
nenhuma divisão em outros órgãos menores. 
2.2. Desconcentração - É a repartição interna das funções 
administrativas. Aqui teremos uma única pessoa jurídica que 
subdivide suas funções entre órgãos para se adequar, desta 
forma, ao princípio da eficiência. 
ATENÇÃO: A desconcentração de serviços decorre do poder 
hierárquico e não prejudica a unidade do Estado, já que todos os órgãos 
e agentes continuam ligados por um poderoso vínculo, à hierarquia. 
 
 
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Nesse sentido, é relevante, para o estudo dos entes da Administração 
Direta, conhecer os órgãos que compõem sua estrutura. 
 
2.3. Centralização – A pessoa jurídica desempenha suas 
tarefas diretamente por meio de seus órgãos. 
 
2.4. Descentralização – A atividade é prestada por pessoa 
diversa. Ocorre a distribuição de competências de uma para 
outra pessoa. Pressupõe duas pessoas: o ente político e a 
entidade descentralizada. 
 
 
ATENÇÃO: Enquanto na desconcentração temos uma repartição interna 
das funções administrativas, na descentralização teremos um repasse 
externo, ou seja, a atividade administrativa passará de uma pessoa para 
outra pessoa. 
 
ATENÇÃO: A descentralização pode ser por outorga quando o Estado 
cria uma pessoa jurídica que integra a administração indireta. Também, 
pode ser por delegação quando o Estado transfere por contrato de 
concessão ou permissão de serviços públicos a execução de um serviço, 
para que um particular o preste por sua conta em risco. 
 
3. ADMINISTRAÇÃO DIRETA 
É o conjunto de órgãos públicos que integram as pessoas jurídicas 
políticas para a execução de atividades administrativas de forma 
centralizada. 
a) União 
b) Estados 
c) Distrito Federal 
d) Municípios 
 
 
 
 
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4. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
É o conjunto de pessoas jurídicas que executam atividades 
administrativas, de forma descentralizada, permanecendo vinculadas 
à Administração Direta. 
a) Autarquia 
b) Empresas Públicas 
c) Sociedade de Economia Mista 
d) Fundações Públicas 
 
5. ÓRGÃOS PÚBLICOS 
É impossível a realização das atividades administrativas por um só 
centro de poder; a multiplicidade exige a desconcentração. Órgãos 
públicos são, pois, centros de competência, ou unidades de atuação, 
pertencentes a uma entidade estatal, dotados de atribuições próprias, 
porém não dotados de personalidade jurídica própria. 
 
6. CARACTERÍSTICAS 
a) Integram sempre a estrutura de uma pessoa jurídica (ente político 
ou administrativo); 
b) Não possuem personalidade jurídica, portanto não são titulares de 
direitos e obrigações; 
c) Não celebram contratos, exceto contratos de gestão, nos termos 
do art. 37, § 8°, CF/88; 
d) Não possuem capacidade processual 
ATENÇÃO: A característica de não possuir capacidade processual sofre 
exceção em dois casos: Órgãos independentes e autônomos podem 
defender em juízo as suas prerrogativas quando infringidas por outro órgão; 
Órgãos que têm como finalidade essencial demandar em juízo: Ministério 
Público, Procuradorias, AGU, Defensorias Públicas etc. 
 
e) Não possuem patrimônio próprio 
f) São resultado de desconcentração administrativa 
g) São criados e extintos por lei 
 
 
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h) Possuem autonomia gerencial, orçamentária e financeira 
 
7. CLASSIFICAÇÃO 
7.1. Quanto à posição estatal 
a) Independentes – são os originários da Constituição e 
representativos e representativos dos poderes do Estado, sem 
qualquer subordinação hierárquica ou funcional. 
 
b) Autônomos – são localizados imediatamente abaixo dos 
órgãos independentes e diretamente subordinados os seus chefes. 
Tem ampla autonomia administrativa e financeira. 
 
c) Superiores – Detêm poder de direção, controle, decisão e 
comando de assuntos de sua competência, mas sempre sujeitos à 
subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia mais alta. 
Não gozam de autonomia administrativa, nem financeira. Sua 
liberdade funcional restringe-se ao planejamento e soluções 
técnicas dentro da sua área de competência. 
 
d) Subalternos – São todos aqueles que se acham hierarquizados 
a órgãos mais elevados com reduzido poder decisório e 
predominância de atribuições de execução. Destinam-se a 
realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de 
atos administrativos, cumprimento de decisões, etc. 
 
 7.2.Quanto à estrutura 
 a) Simples – São constituídos por um só centro de 
competência. 
 b) Compostos – Reúnem, na sua estrutura, outros órgãos 
menores, com função principal idêntica ou com funções auxiliares 
diversificadas. 
 
7.3. Quanto à atuação funcional 
a) Singulares – Atuam e decidem mediante um único agente, que 
é seu chefe e representante: Presidente da Republica; 
 
 
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Governadores dos Estados; Prefeituras 
b) Colegiados – Atuam e decidem pela manifestação conjunta e 
majoritária da vontade dos membros. Após a votação, os votos 
vencedores da maioria fundem-se, unitariamente, num ato 
simples. (CONASP, CNPCP, CONTRAN) 
 
7.4. Quanto à função que exercem 
a) Ativos - Exercem atividade-fim (Receita Federal, Policia 
Federal) 
 
b) Consultivos – Os de aconselhamento e elucidação (pareceres) 
(AGU) 
 
c) Controle – Fiscalizam e controlam a atividade de outros 
órgãos e agentes. (TCU)