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PRINCIPIOS PENAL

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@resumoscompactados 
 1 
DIREITO PENAL 
1. PRINCIPIOS 
1.1. CONCEITO 
São os valores fundamentais que inspiram a criação e a 
manutenção do sistema jurídico. No Direito Penal, os 
princípios têm a função de limitar o poder punitivo estatal 
mediante a imposição de garantias aos cidadãos. (Cleber 
Masson) 
 
1.2. ESPÉCIES 
1.2.1. Reserva legal ou estrita legalidade - Trata-se de cláusula 
pétrea. É basicamente, a exclusividade da lei para a 
criação de delitos e cominação de penas, possuindo 
indiscutível dimensão democrática, pois representa a 
aceitação pelo povo, representado pelo Congresso 
Nacional, da opção legislativa no âmbito criminal. 
 
1.2.1.1. Fundamento jurídico – é a taxatividade, certeza ou 
determinação, pois implica, por parte do legislador, a 
determinação precisa, ainda que mínima, do conteúdo do tipo 
penal e da sanção penal a ser aplicada, bem como, a parte do 
juiz, na máxima vinculação ao mandamento legal, inclusive 
na apreciação de benefícios legais. 
1.2.1.2. Fundamento político – é a proteção do ser humano em 
face do arbítrio do poder de punir do Estado. Enquadra-se, 
destarte, entre os direitos fundamentais de 1° geração. 
 
1.2.2. Anterioridade – O crime e a pena devem estar definidos 
em lei prévia ao fato cuja punição se pretende. A lei penal 
produz efeitos a partir de sua entrada em vigor. Não pode 
retroagir, salvo para beneficiar o réu. 
 
ATENÇÃO:É proibida a aplicação da lei penal inclusive aos fatos 
praticados durante seu período de vacatio. Embora já publicada e 
 
 
@resumoscompactados 
 2 
vigente, a lei ainda não estará em vigor e não alcançará as condutas 
praticadas em tal período. 
 
1.2.3. Insignificância – O Direito Penal não deve se ocupar de 
assuntos irrelevantes, incapazes de lesar o bem jurídico 
legalmente tutelado. Este princípio funciona como causa 
de exclusão da tipicidade, desempenhando uma 
interpretação restritiva do tipo penal. 
 
1.2.3.1. Requisitos de ordem objetiva – mínima ofensividade da 
conduta, a ausência de periculosidade social da ação, o 
reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a 
inexpressividade da lesão jurídica. 
 
ATENÇÃO: Os requisitos de ordem objetiva são considerados 
autorizadores da aplicação do principio da insignificância. 
Entretanto, o reduzido valor patrimonial do objeto material não 
autoriza, por si só, o reconhecimento da criminalidade de bagatela. 
Exigem-se também requisitos subjetivos. 
 
COMPACTANDO 
 
 
 
 
 
@resumoscompactados 
 3 
1.2.4. Individualização da pena – Deve-se distribuir a cada 
indivíduo o que lhe cabe, de acordo com as circunstâncias 
específicas do seu comportamento – o que em matéria 
penal significa a aplicação da pena levando em conta não a 
norma penal em abstrato, mas, especialmente, os aspectos 
subjetivos e objetivos do crime. 
 
1.2.5. Alteridade – Em síntese, ninguém pode ser punido por 
causa mal apenas a si próprio, pois uma das 
características inerente ao Direito Penal moderno repousa 
na necessidade de intersubjetividade nas relações 
penalmente relevantes. 
 
ATENÇÃO: Nesse princípio se fundamenta a impossibilidade de 
punição da autolesão, bem como a atipicidade da conduta de 
consumir drogas, uma vez que o crime tipificado pelo art. 28 da Lei 
11.343/2006 tem a saúde pública como objetividade jurídica. 
 
1.2.6. Confiança – Baseia-se na premissa de que todos devem 
esperar por parte das demais pessoas comportamentos 
responsáveis e em consonância com o ordenamento 
jurídico, almejando evitar danos a terceiros. 
 
1.2.7. Adequação social – De acordo com esse princípio, não 
pode ser considerado criminoso o comportamento humano 
que, embora tipificado em lei, não afrontar o sentimento 
social de justiça. Como por exemplo, os trotes acadêmicos 
moderados. 
 
1.2.8. Intervenção mínima – É utilizado para amparar a corrente 
do direito penal mínimo. Somente deverão ser castigados 
aqueles que não puderem ser contidos por outros ramos do 
Direito. A intervenção penal é a ultima trincheira, sendo 
legitima apenas quando a criminalização de um fato se 
 
 
@resumoscompactados 
 4 
constitui meio indispensável para a proteção de 
determinado bem ou interesse, não podendo ser tutelado 
por outros ramos do ordenamento jurídico. 
 
1.2.9. Fragmentariedade – Estabelece que nem todos os ilícitos 
configuram infrações penais, mas apenas os que atentam 
contra valores fundamentais para a manutenção e o 
progresso do ser humano e da sociedade. Em resumo, 
todo ilícito penal será também ilícito perante os demais 
ramos do Direito, mas a recíproca não é verdadeira. 
 
1.2.10. Subsidiariedade – O Direito Penal funciona como 
um executor de reserva, entrando em cena somente 
quando outros meios estatais de proteção mais brandos, e, 
portanto, menos invasivos da liberdade individual não 
forem suficientes para a proteção do bem jurídico tutelado. 
 
1.2.11. Proporcionalidade - Também conhecido como 
principio da razoabilidade ou da conveniência das 
liberdades públicas, a criação de tipos penais 
incriminadores deve construir-se em atividade vantajosa 
para os membros da sociedade, eis que impõe um ônus a 
todos os cidadãos, decorrente da ameaça de punição que 
eles acarretam. 
 
1.2.12. Humanidade – Decorre da dignidade da pessoa 
humana. Esse principio apregoa a inconstitucionalidade da 
criação de tipos penais ou a cominação de penas que 
violam a incolumidade física ou moral de alguém. 
 
1.2.13. Ofensividade ou Lesividade – Não há infração 
penal quando a conduta não tiver oferecido ao menos 
perigo de lesão ao bem jurídico. Este principio atende a 
 
 
@resumoscompactados 
 5 
manifesta exigência de delimitação do Direito Penal, 
tanto em nível legislativo como no âmbito jurisdicional. 
 
1.2.14. Exclusiva proteção do bem jurídico – A função 
primordial do Direito Penal é a proteção de bens jurídicos 
fundamentais para a preservação e o desenvolvimento do 
individuo e da sociedade, não podendo ser utilizado para 
resguardar questões de ordem moral, ética, ideológica, 
religiosa, política ou semelhantes. 
 
1.2.15. Imputação pessoal - O Direito Penal não pode 
castigar um fato cometido por agente que atue sem 
culpabilidade. Ou seja, não se admite a punição quando se 
tratar de agente inimputável, sem potencial consciência da 
ilicitude ou de quem não se possa exigir conduta diversa. 
 
1.2.16. Responsabilidade pelo fato – Ninguém pode ser 
punido exclusivamente por questões pessoais. Ao contrário, 
a pena se destina ao agente culpável condenado, após o 
devido processo legal, pela pratica de um fato típico e 
ilícito. 
 
ATENÇÃO: Os tipos penais devem definir fatos, associando-lhes as 
penas respectivas, e não estereotipar autores em razão de alguma 
condição especifica. Não se admite um Direito Penal do autor, mas 
somente um Direito Penal do fato. 
 
 
1.2.17. Intranscendência – Ninguém pode ser 
responsabilizado por fato cometido por terceira pessoa. 
Consequentemente, a pena não pode passar da pessoa do 
condenado. 
 
 
 
@resumoscompactados 
 6 
1.2.18. Responsabilidade penal sunjetiva – Nenhum 
resultado penalmente relevante pode ser atribuído a quem 
não o tenha produzido por dolo ou culpa. 
 
1.2.19. Ne bis in idem – Não se admite, em hipótese 
alguma, a dupla punição pelo mesmo fato. A reincidência 
penal não pode ser considerada como circunstancia 
agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. 
 
ATENÇÃO: A existência de duas ou mais ações penais, em searas 
judiciais diversas, pela prática de fatos distintos, nao acarreta 
violação a esse principio. 
 
1.2.20. Isonomia – Consagrou-se o principio da isonomia, 
ou da igualdade, como a obrigação de tratar igualmente aos 
iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas 
desigualdades.

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