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A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO E A AÇÃO PEDAGÓGICA

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A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO E A AÇÃO PEDAGÓGICA 
 
 
Sabe-se que o desafio que os educadores encontram no contexto escolar é o de 
definir o espaço e a competência de profissionais para realizar e construir os 
objetivos essenciais da Educação. Todos os que participam da vida da escola 
devem saber o que realmente querem. 
Segundo Almeida, 
 
[...] o problema está em como estimular os jovens a buscar novas 
formas de pensar, de procurar e de selecionar informações, de 
construir seu jeito próprio de trabalhar com o conhecimento e de 
reconstruí-lo continuamente, atribuindo-lhe novos significados, ditados 
por seus interesses e necessidades (1998, p. 50). 
 
Partindo desse pressuposto, a escola, juntamente com os educadores, devem 
definir metas, debater e produzir trabalhos, articuladamente, afinados com os 
interesses da população e com as exigências da comunidade, buscando uma 
real participação de todos na solução dos problemas da sociedade, tendo o 
ensino nas salas de informática como um excelente colaborador. Assim, 
Almeida afirma que “não se trata também de ensinar os velhos conteúdos de 
forma eletrônica, por meio das telas iluminadas, animadas e coloridas” (1998, p. 
50), mas ter capacidade de ministrar aulas proveitosas e gratificantes. 
 
A ideia de usar a informática para favorecer os processos 
educacionais, ainda que não seja novidade, continua a encantar e 
desafiar a mente dos professores em geral e dos pesquisadores nas 
áreas de informática, da Psicologia, da Educação e de maneira mais 
enfática da Informática Aplicada à Educação (CEAD, 2011, p. 7). 
 
A integração do ensino da informática ao processo educacional depende da 
atuação do educador, que nada fará se atuar isoladamente. São necessários o 
envolvimento e o apoio de toda a comunidade para que se estabeleça um plano 
comum de trabalho em torno dos objetivos propostos devendo tudo, ser 
elaborado coletivamente e continuamente revisto, atualizado e alterado segundo 
os interesses de todo o grupo. O aluno precisa sentir-se estimulado para um 
envolvimento pleno com o ensino e tudo que ele pode proporcionar-lhe. 
Segundo Almeida, 
 
Como despertar-lhes o prazer e as habilidades da escrita; a 
curiosidade para buscar dados, trocar informações, atiçar-lhes o 
desejo de enriquecer seu diálogo com o conhecimento sobre as outras 
culturas e pessoas, de construir peças gráficas, de visitar museus, de 
olhar o mundo além das paredes de sua escola, de seu bairro ou de 
seu País [...] (1998, p. 50). 
 
Essa perspectiva se revela na definição clara dos objetivos, no estabelecimento 
de um plano de trabalho flexível, na identificação dos recursos necessários para 
programar ações coerentes com o projeto pedagógico da escola, na busca de 
um clima de cooperação, de diálogo, de respeito mútuo, de responsabilidade e 
de liberdade que contribua para a construção de conhecimentos e de valores. 
 
A integração do computador ao processo educacional depende da 
atuação, que nada fará se atuar isoladamente. São necessários o 
envolvimento e o apoio de toda a comunidade para que se estabeleça 
uma perspectiva comum de trabalho em torno dos objetivos 
explicitados no projeto pedagógico da escola, o qual deve ser 
elaborado coletivamente e continuamente revisto, atualizado e alterado 
segundo os interesses emergentes (ALMEIDA, 1998, p. 51). 
 
Um ponto de partida para iniciar a formação de competência para a Informática 
Aplicada à Educação é a busca contínua por construir projetos interdisciplinares 
de trabalho: a criação de espaços nos quais os saberes rompam e alarguem 
suas fronteiras realizando trabalhos coletivos com vistas à participação social. 
 
A cada nova geração de computadores ou de suas tecnologias; novas 
perspectivas se revelam. Isso é sempre motivo para novas 
investigações, novos experimentos que por sua vez originam novas 
formas de uso e sistemas computacionais ligados às práticas 
educacionais (CEAD, 2011, p. 7). 
 
Na área da interdisciplinaridade, os temas transversais apresentados nos 
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), representam um rico espaço para 
construir a competência necessária para se trabalhar todos os conteúdos. Uma 
educação de qualidade pode ser estruturada a partir da realidade de cada 
comunidade escolar e incluindo o ensino de informática nas escolas públicas, 
pode-se promover o resgate da autoestima de muitos alunos das classes menos 
favorecidas que não têm perspectiva alguma. 
Segundo Almeida (1998, p. 50), 
 
Enfrentar essa nova realidade significa ter como perspectiva cidadãos 
abertos e conscientes, que saibam tomar decisões e trabalhar em 
equipe. Cidadãos que tenham capacidade de aprender a aprender e 
de utilizar a tecnologia para a busca, a seleção, a análise e a 
articulação entre informações e, dessa forma, construir e reconstruir 
continuamente os conhecimentos, utilizando-se de todos os meios 
disponíveis, em especial dos recursos do computador. Pessoas que 
atuem em sua realidade tendo em vista a construção de uma 
sociedade mais humana e menos desigual. 
 
 
Nessa perspectiva, o professor cria ambientes de aprendizagem 
interdisciplinares, propõe desafios e explorações que possam conduzir a 
descobertas e promove a construção do conhecimento utilizando o computador 
e seus programas para problematizar e implementar projetos. Diante de uma 
situação-problema o educador auxilia o aluno na identificação dos recursos mais 
adequados para resolvê-la, podendo articular diferentes tecnologias e recursos. 
Esse novo papel exige maior empenho do educador, algo que não é adquirido 
em treinamentos técnicos ou em cursos em que os conceitos educacionais e o 
domínio do computador são trabalhados separadamente, esperando-se que os 
participantes façam a integração entre ambos. 
 
O advento das novas tecnologias digitais nas atividades intelectuais, 
notadamente na aprendizagem, não podem se restringir, tão somente 
ao apoio das abordagens pedagógicas consolidadas, mas espera-se 
que estas contribuam para inovações, para a quebra de barreiras, que 
ajudem a romper com práticas superadas, cujo uso se mantenha pelas 
deficiências das ferramentas atuais, e ajudem-nos a conceber e trilhar 
novos caminhos (CEAD, 2011, p. 8). 
 
É preciso um processo de formação continuada do educador, que se realiza na 
articulação entre a exploração da tecnologia computacional, a ação pedagógica 
com o uso do computador e as teorias educacionais associadas à prática 
profissional. O educador deve ter a oportunidade de discutir o como se aprende 
e o como se ensina. Deve também ter a chance de poder compreender a própria 
prática e transformá-la. 
 
[...] a informática e suas aplicações no dia a dia se fazem não apenas 
necessárias, mas imprescindíveis. Vivemos em uma sociedade 
atrelada à tecnologia e não há caminho de volta. A tecnologia está em 
toda parte, por meio de uma série de recursos e possibilidades para, 
dentre tantas outras coisas, permitir a execução mais rápida de tarefas; 
dar acesso às mais diversas fontes de informações; facilitar à 
comunicação, independente de onde e quando se esteja, [...] (CEAD, 
2011, p. 11). 
 
Ressalta-se que, segundo Caldas (2011, p. 15) o uso de novas tecnologias, 
permite mudanças importantes, viabilizando ações que antes eram de difícil 
realização, inviáveis ou até mesmo, inimagináveis, quebrando barreiras [...]. 
Com o intuito de promover o desenvolvimento e o uso da telemática como 
ferramenta de enriquecimento pedagógico, busca-se a melhoria da qualidade do 
processo ensino-aprendizagem proporcionando uma educação voltada para o 
progresso científico e tecnológico valorizando o educador e incentivando a aluno 
à utilização da tecnologia e a um futuro promissor. Desse modo, “em qualquer 
área do conhecimento, em especial na educação, leva-se um tempo para a 
apropriação e a adequação das tecnologias disponíveis, que criam um novo e 
amplo espaço de possibilidade”(CALDAS, 2011, p. 15). 
Acredita-se que os objetivos propostos para desenvolvimento deste estudo 
podem ser concretizados quando toda a comunidade escolar se propuser a levar 
o aluno a sentir-se estimulado para a interação com o mundo real por meio do 
ensino de informática; promover o desenvolvimento e o uso da telemática como 
ferramenta de enriquecimento pedagógico no contexto escolar; propor uma 
atualização e revisão dos conteúdos, métodos e programas do currículo escolar 
incluindo nele o ensino profissionalizante; desenvolver o processo didático por 
meio de mecanismos tecnológicos modernos incentivando educador/aluno a 
atuarem nesse campo e ainda, proporcionar uma educação tecnológica de 
qualidade para que o aluno possa ingressar em qualquer área de trabalho 
sentindo-se preparado para isso.

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