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Positivismo Criminológico e Estereótipo do Criminoso

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15/05/2020 Conteúdo Interativo
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Criminologia
Aula 2: Positivismo
Apresentação
Nesta aula conheceremos os protagonistas do positivismo criminológico: Lombroso, Ferri e Garófalo.
A partir de pressupostos do positivistas, embasados por algumas opiniões científicas que legitimavam a punição por aspectos físicos, veremos
como o negro ficou estereotipado como uma raça propensa ao crime.
A partir disso, entenderemos a importância de um Direito penal de fato, de acordo com o Estado democrático de direito, em que a punição se bas
pelo fato praticado e não por características do sujeito que são exteriores ao fato.
Objetivos
Conhecer a primeira escola de criminologia e o momento histórico-científico em que ela se encontra;
Conhecer o método e objeto de estudo da escola positivista: o criminoso;
Conhecer os fundamentos do positivismo de Lombroso, Ferri e Garófalo;
Associar o positivismo com a criação do estereótipo do criminoso.
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Protagonistas do Positivismo
Para começarmos nossa aula, vamos conhecer três personagens muito importantes para o Positivismo e para a Criminologia:
 Cesare Lombroso (Fonte: Wikipédia)
Cesare Lombroso
Lombroso criou a escola positivista criminológica. Ele foi o médico que desenvolveu a teoria do criminoso nato, segundo a qual uma
parte dos criminosos já nascia com uma espécie de disfunção patológica que o levaria, invariavelmente à prática do crime.
Para ele, o criminoso era um subtipo humano, degenerado e atávico. Para Lombroso, esta disfunção se exteriorizava na aparência e no
comportamento do sujeito, que podiam ser estudadas para que se pudesse identificar o criminoso pela sua aparência.
Assim, ele estudou as vísceras dos criminosos, crânio, linguagem, tatuagens, letra, comportamento etc. Para ele, as penas deveriam ser por
tempo indeterminado para os corrigíveis e perpétuas se incorrigíveis.
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 Enrico Ferri (Fonte: Wikipédia)
Enrico Ferri
Ferri foi o advogado e político responsável pelas críticas à escola clássica, expressão criada por ele para denominar aqueles que não eram
adeptos das ideias positivistas.
Ele defendia que outros elementos poderiam determinar a prática do crime, não só o biológico, mas também fatores individuais (raça,
sexo), sociais (família, religião) e físicos (clima, temperatura).
Criou a teoria dos substitutivos penais. Ferri entendia que a ordem social burguesa tinha que ser defendida a todo custo, inclusive com o
sacrifício dos direitos individuais, o que ele chamava de teoria do relógio quebrado.
É a defesa de que crimes leves devem ser severamente punidos para se inibir crimes mais graves.
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 Rafael Garófalo (Fonte: Wikipédia)
Rafael Garófalo
Garófalo era magistrado e criou o conceito de delito natural, sendo o crime uma ofensa feita à parte mais comum do senso moral formada
pelos sentimentos de piedade e probidade (justiça).
Dessa forma, o crime seria condutas nocivas em qualquer sociedade.
Constata-se que o positivismo foi uma teoria extremamente racista que auxiliou a legitimar políticas imperialistas na África, políticas
criminais repressivas, e a solidificação, posteriormente, do próprio nazismo.
Os 3 defendiam a prisão perpétua, Rafael Garófolo e Enrico Ferri, a pena de morte para os irrecuperáveis.
Positivismo no Brasil
Como os estudos positivistas tinham como objeto o criminoso, o melhor e mais seguro local para encontrá-los seria na cadeia.
Mas, lá chegando, que parcela da população era encontrada em maior número? Os negros.
A teoria do positivismo ajudou a concretizar a imagem do negro
como marginal, conferindo o aval da ciência de que a raça negra era
inferior e voltada para o crime, reforçando o estereótipo do
criminoso.
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Vamos conhecer agora os brasileiros que se basearam nas ideias positivistas que envolviam raça e criminalidade
 Euclides da Cunha (Fonte: Wikipédia)
Euclides da Cunha
O escritor Euclides da Cunha, apesar de contrário a Lombroso, defendeu a inferioridade da raça nordestina pelo meio.
 Nina Rodrigues (Fonte: Wikipédia)
Nina Rodrigues
O legista Nina Rodrigues defendeu a responsabilidade diferenciada para cada raça.
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 Viveiros de Castro (Fonte: Wikipédia)
Viveiros de Castro
Viveiros de Castro repelia a existência do livre arbítrio.
 Moniz Sodré (Fonte: Wikipédia)
Moniz Sodré
Sodré negava a igualdade entre os homens e entendia que a pena deveria ser proporcional não ao delito, mas à inadaptação do sujeito à
vida social.
Direito Penal do autor
Com o amparo científico possibilitando a identificação do criminoso pela sua aparência, o Direito Penal se vê legitimado a punir condutas
que exteriorizem esta periculosidade, modelando-se a um Direito Penal do autor. Ou seja, pune-se pelo que o sujeito é, e não pelo que
ele fez, sendo o crime um sintoma de um estado do autor.
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Um exemplo disso é a criminalização da capoeira na primeira República. Tal prática era constituída pela reunião de “negros
vadios que, pela aglomeração, aproveitavam-se para praticar pequenos furtos”.
Ainda presente nos dias de hoje, a análise da personalidade do réu é usada para o cálculo e definição de pena, assim como seus
antecedentes, culpabilidade e sua conduta social (Art. 59 do CP).Isso vai de encontro a um “Direito Penal do fato”, mais
compatível com um Estado democrático de direito, que pune o sujeito pelo fato praticado, e não pelo que ele é.
Fonte: wikipedia
Atividades
1. Correlacione
Lambrose 1   Ferri 2   Euclides da cunha 3   Moniz Sodré 4
a) Escritor brasileiro que acreditava na inferioridade dos nordestinos.
b) Criador da teoria do “crime nato” e fundador da escola positivista criminológica.
c) Negava a igualdade entre os homens e entendia que a pena deveria ser proporcional não ao delito, mas à inadaptação do sujeito à vida social.
d) Criador da teoria do “relógio quebrado”, defendia que crimes leves devem ser severamente punidos para se inibir crimes mais graves.
2. Em que se baseia o Direito penal do autor?
Notas
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Referências
BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica ao direito penal: Introdução à sociologia do direito penal. Rio de Janeiro:
Freitas Bastos, 1999.
MOLINA, Antonio García-Pablos de; GOMES, Luiz Flávio. Criminologia. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia.São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
BRUNO, Aníbal. Direito Penal - Parte Geral. Tomo 1º. Rio de Janeiro: Forense, 1967.
LYRA, Roberto. Direito penal científico (Criminologia). Rio de Janeiro: José Konfino, 1974.
Próxima aula
A Escola de Chicago, criadora da Teoria Ecológica que estudará a cidade e a influência desta sobre as condutas delitivas, bem como a
Teoria da anomia, que analisa o enfraquecimento das normas no meio social.
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