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Anatomia - Coluna Vertebral e Parede Torácica

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Anatomia – Coluna Vertebral
Rafael Carnot Genilhú - 2019
· Vértebras + discos intervertebrais = coluna vertebral.
· A coluna vertebral tem como função:
· Proteção da medula espinal e nervos espinais (canal vertebral);
· Sustentação;
· Locomoção;
· Eixo rígido e flexível do corpo.
· A coluna vertebral é composta por 33 vértebras:
· 7 cervicais;
· 12 torácicas;
· 5 lombares;
· 5 sacrais (fundidas nos adultos, formando o sacro);
· 4 coccígeas (fundidas a partir dos 30 anos, formando o cóccix).
· As vértebras vão aumentando de tamanho a medida que caminhamos na direção caudal pois precisam suportar cada vez mais peso, atingindo seu maior tamanho imediatamente acima do sacro.
· Por ser composta de vários ossos pequenos que são separados por discos intervertebrais elásticos, a coluna é flexível.
· As vértebras podem ser típicas (todas a partir da segunda cervical) ou atípicas (as duas primeiras cervicais).
· As vértebras típicas possuem em sua estrutura:
· Corpo vertebral: é a região que aumenta a medida que nos aproximamos do sacro. Responsável pela resistência e sustentação do peso do corpo. É formando por osso esponjoso vascularizado com uma fina camada de osso compacto.
· Arco vertebral: formado por um par de pedículos e um par de lâminas.
· Forame vertebral: é a cavidade central das vértebras e a sequência desses forames forma o canal vertebral. 
· Incisuras vertebrais: formam os forames intervertebrais, por onde passam os nervos espinais.
· Processo espinhoso: fixação muscular.
· Processos transversos (dois): fixação muscular.
· Processos articulares (quatro, dois superiores e dois inferiores): cada um possui uma face articular e promovem a fixação entre vértebras adjacentes, alinhando-as. 
· Vértebras cervicais: 
· As duas primeiras vértebras cervicais são atípicas e são denominadas Atlas e Áxis.
· Atlas: sustenta o peso do crânio.
· Massas laterais;
· Arco anterior;
· Arco posterior;
· Fóvea do dente do Áxis: onde o dente do Áxis se encaixa;
· Faces articulares superiores: onde o crânio se encaixa;
· Face articular inferior;
· Processo transverso com forame transversário.
· Áxis: o Atlas gira sobre essa vértebra.
· Corpo;
· Dente do Áxis: eixo para a rotação da cabeça;
· Faces articulares superiores: o giro do atlas se dá sobre essas faces;
· Faces articulares inferiores;
· Processo transverso com forame transversário.
· As vértebras cervicais típicas possuem, além de todas as características de vértebras típicas, o forame transverso no processo transverso por onde passam artérias. Têm corpo pequeno e forame vertebral grande. Algumas possuem processo espinhoso bífido.
· Vértebras torácicas: possuem, além de todas as características de vértebras típicas, fóveas costais para articulação com as costelas. Possuem pequeno forame vertebral e processo espinhoso longo. As fóveas costais superiores e inferiores ficam no corpo e se articulam com a cabeça da costela e as transversas, nos processos transversos, se articulam com o tubérculo.
· Vértebras lombares: possuem, além das características das vértebras típicas, processo mamilar, acessório e costal (todos com função de fixação muscular, o costal é análogo ao transverso). O corpo é muito desenvolvido e o processo espinhoso é quadrilátero.
· Sacro: formado por cinco vértebras sacrais que são fundidas em adultos. Garante resistência e estabilidade à pelve. Possui as seguintes partes:
· Canal sacral: continuação do canal vertebral no sacro que contém raízes de nervos;
· Base: é a face superior da primeira vértebra sacral;
· Promontório: margem anterior da primeira vértebra sacral. É um ponto de referência para o toque vaginal;
· Processos articulares superiores;
· Forames sacrais pelvinos: ficam na face pélvica/anterior e são maiores. Saída de nervos espinais;
· Forames sacrais dorsais: ficam na face dorsal/posterior e são menores. Saída de nervos espinais;
· Crista sacral mediana: fusão dos processos espinhosos;
· Face lateral/auricular: articulação com o ílio;
· Cornos sacrais: são os processos articulares da última vértebra sacral;
· Hiato sacral: “entrada” do canal sacral.
1. Cóccix: formado pela fusão das quatro vértebras coccígeas.
Movimentos da Coluna Vertebral
1. A coluna vertebral é capaz de realizar os seguintes movimentos: extensão, flexão, extensão lateral, flexão lateral e rotação. Isso ocorre graças à flexibilidade e compressibilidade dos discos intervertebrais.
1. Na flexão, aumenta-se a altura da região posterior dos discos intervertebrais e diminui-se a da região anterior.
1. Na extensão, aumenta-se a altura da região anterior dos discos intervertebrais e diminui-se a da região posterior.
1. A região cervical é a que possui maior amplitude e variedade de movimentos pois possuem discos intervertebrais espessos (todos os movimentos). 
1. A região torácica é a mais estática com movimentos pouco amplos pois possui ligação das costelas com o esterno (movimento de rotação e flexão lateral).
1. A região lombar realiza flexão, extensão, flexão lateral e extensão lateral (só não realiza a rotação).
Curvaturas da Coluna Vertebral
1. Nos adultos existem quatro curvaturas na coluna vertebral.
1. As curvaturas que são côncavas anteriormente são chamadas de cifoses e as que são côncavas posteriormente são denominadas lordoses. Assim temos:
1. Lordose cervical;
1. Cifose torácica;
1. Lordose lombar;
1. Cifose sacral.
1. As cifoses torácica e sacral são curvaturas primárias pois se desenvolvem no embrião e são mantidas devido a diferença de altura da região anterior e posterior das vértebras.
1. As lordoses cervical e lombar são curvaturas secundárias que resultam da extensão da posição fletida do feto e ocorrem devido à diferença de espessura da região anterior e posterior dos discos intervertebrais.
1. A lordose cervical torna-se evidente quando a criança passa a manter a cabeça ereta (+/- 3 meses).
1. A lordose lombar torna-se evidente quando a criança passa a ter postura vertical (+/- 6 meses).
Curvaturas Anormais da Coluna Vertebral
· As curvaturas anormais podem ser consequência de anomalias congênitas ou processos patológicos.
· Hipercifose torácica (corcova de viúva ou corcunda): acentuação anormal da curvatura torácica fazendo com que a coluna vertebral se curve posteriormente. Geralmente decorre da erosão (devido a osteoporose) da parte anterior de uma ou mais vértebras. A cifose excessiva aumenta o diâmetro do tórax  e diminui a capacidade pulmonar.
· Hiperlordose lombar: acentuação anormal da curvatura lombar, promovendo uma inclinação anterior pélvica. É causada pelo enfraquecimento dos músculos do tronco ou aumento de peso na região (gravidez ou obesidade).
· Escoliose: curvatura lateral anormal, acompanhada por rotação das vértebras. Pode ser de quatro tipos:
· Escoliose estrutural: geralmente causados por defeito de alguma vértebra (formação de vértebras pela metade, por exemplo).
· Escoliose miopática: resultante da fraqueza assimétrica dos músculos do dorso.
· Escoliose funcional: diferença na altura dos membros inferiores com inclinação da coluna para compensação.
· Escoliose postural: causado pelo hábito de ficar em posições inadequadas.
Discos Intervertebrais
· Situam-se entre os corpos das vértebras, promovem união, alinhamento e pequena mobilidade entre vértebras vizinhas.
· É dividido em anel fibroso (mais externo) e núcleo pulposo (mais interno).
· Anel ou ânulo fibroso: estabiliza os corpos vertebrais e permite seu movimento.
· Núcleo pulposo: absorção de forças.
· Como o ânulo fibroso mantem o núcleo pulposo no lugar, uma lesão nessa região mais externa pode causar o extravasamento/herniação do núcleo. Essa condição patológica é conhecida como “hérnia de disco”. 
Articulações da Coluna Vertebral
· Entre os corpos vertebrais (discos intervertebrais): articulação cartilagínea sínfise.
· Entre os processos articulares do arco vertebral: sinovial plana (deslizamento).
Ligamentos da Coluna Vertebral
· Ligamentos dos corpos vertebrais: longitudinais posterior e anterior.
· Ligamentos dos arcos vertebrais: ligamento
amarelo ou flavo, interespinal e supraespinal.
Parede Torácica Óssea
· Tórax: parte do tronco situado entre o pescoço e o abdome.
· Caixa torácica = costelas + cartilagens costais + esterno + vértebras torácicas
· A parede torácica tem a função de proteger órgãos internos, proteger contra pressões internas, fixação para membros superiores, sustentação e fixação muscular.
· A parte anterior da parede é composta por esterno e costelas.
· Esterno: é dividido em manúbrio, corpo e processo xifoide.
· Manúbrio: possui as incisuras jugular, claviculares e costais. O manúbrio e o corpo do esterno são divididos pelo ângulo esternal (a importância clínica desse ângulo é que auxilia a contagem das costelas pois ele identifica a segunda).
· Corpo: possui incisuras costais onde se ligam as costelas.
· Processo xifoide.
· Costelas: são ossos planos e curvos que formam a maior parte da parede torácica. Podem ser de três tipos:
· Costela verdadeira: fixam-se ao esterno através de cartilagens costais (são os sete pares superiores).
· Costela falsa: suas cartilagens se unem às cartilagens da costela acima, se ligando indiretamente ao esterno (são os três pares médios).
· Costela flutuante: não há conexão com o esterno (são os dois pares inferiores).
· As regiões das costelas (típicas, todas menos I, II, XI e XII) são:
· Cabeça;
· Corpo: na face interna dessa região existe o sulco costal, onde se alojam nervos e vasos;
· Tubérculo costal: é uma face articular que se articula com o processo transverso da vértebra;
· As cartilagens costais prolongam as costelas e contribuem para a elasticidade da parede torácica.
· Abertura torácica superior;
· Abertura torácica inferior;
· Arco costal: curvatura da costela;
· Ângulo infraesternal;
· Ângulo esternal: separa o manúbrio do esterno do corpo do esterno.

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