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PLANEJAMENTO AMBIENTAL URBANO Porfª.: Flávia Targa Martins Aluno: Rômulo R. Nascimento Introdução – importância e relevância do trabalho juntamente com o objetivo do trabalho. Atravessando becos estreitos, pequenos prédios, sobrados, barracos e lajes se erguem uns sobre os outros nas encostas e franjas da cidade do Rio de Janeiro. Há pontos nas favelas em que o ar mal circula, o sol não bate, as ruas alagam, e o esgoto corre a céu aberto. Como essas condições de habitação interferem na saúde de seus moradores e favorecem a proliferação do Aedes aegypti? Existe relação entre a oferta deficitária dos serviços de saneamento básico e o alastramento das epidemias de dengue, zika e chikungunya? Com a ameaça, os recursos federais destinados ao combate ao mosquito foram ampliados. Os valores cresceram 39% desde 2010, passando de R$ 924 milhões naquele ano para R$ 1,29 bilhão em 2015, segundo o Ministério da Saúde. Para 2016, o valor chegou a R$ 1,87 bilhão. Entretanto, a falta de saneamento básico aparece, mais uma vez, como complicador para combater o mosquito e penaliza a população que vive em regiões mais pobres e menos atendidas pela rede de esgoto. O saneamento precário cria o ambiente propício a muitas outras doenças além das transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Elas são causadas pela ingestão de água contaminada ou pelo contato da pele ou mucosas com a própria água, lixo ou solo infectados. Medidas de controle - A única medida de controle é a eliminação do mosquito transmissor. Para isso fazem-se necessárias ações de saneamento ambiental, educação em saúde para diminuir os criadouros das larvas do Aedes aegypti (vasos de plantas, poças de água, vasilhas, pneus, etc.) e o combate químico, através do uso de inseticidas, nas áreas infestadas. Fonte: Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde e Centro Nacional de Epidemiologia https://uva.instructure.com/courses/11911 Desenvolvimento: I) Saneamento básico no Brasil Em um Brasil em que 2.495 municípios (44,8% dos municípios brasileiros) não têm rede coletora de esgoto e um Rio de Janeiro no qual 30% dos domicílios não estão ligados a um sistema de saneamento formal, resta às comunidades a face mais dura dos déficits infra-estruturais e de serviço: insalubridade e exposição permanente ao risco de contaminação por vetores. Some-se a isso a falta de atenção do poder público a esses espaços e o resultado é explosivo, com reflexos diretos no campo da saúde. Somente em 2007 o Plano Nacional de Saneamento Básico fixou diretrizes, metas e ações para o setor, e, em 2011, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu, entre outros princípios, a regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Ainda recentes, as novas legislações ensaiam uma maior estruturação das políticas setoriais a nível nacional, mas são fragilizadas pelas turbulências políticas que desestabilizam atualmente o Governo Federal. Dessa forma, um modo de abordar as questões de saúde de acordo com a Comissão Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde (2011), está na expressão “determinantes sociais da saúde” que analisa as questões sociais, econômicas, culturais, étnico/raciais, psicológicas e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população, ou seja, a correlação direta do conjunto de condições em que as pessoas nascem, vivem, crescem, trabalham e envelhecem. Nesse contexto, é importante ressaltar que as desigualdades em saúde são observadas considerando a possibilidade de ficar doente, tendo em conta a distribuição desigual dos determinantes em saúde (condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham, cujas características específicas do contexto social afetam a saúde), por um lado, e o acesso aos cuidados de saúde, por outro lado, entendidos, deste modo, como fatores que podem gerar iniquidades em saúde. II) Ecologia do Aedes aegypti (modo de vida, alimentação etc.) Pesquisas realizadas em campo indicam que os grandes reservatórios, como caixas d’água, galões e tonéis (muito utilizados para armazenagem de água para uso doméstico em locais dotados de infraestrutura urbana precária), são os criadouros que mais produzem A. aegypti e, portanto, os mais perigosos. Isso não significa que a população possa descuidar da atenção a pequenos reservatórios, como vasos de plantas, calhas entupidas , garrafas, lixo a céu aberto, bandejas de ar-condicionado, poço de elevador, entre outros. O alerta é para que os cuidados com os reservatórios de maior porte sejam redobrados, pois é neles que o mosquito seguramente encontra melhores condições para se desenvolver de ovo a adulto. Em alguns bairros suburbanos do Estado do Rio de Janeiro, estes grandes criadouros produzem quase 70% do total de mosquitos adultos. Observação: É a fêmea que pica Ao picar uma pessoa infectada com o vírus, a fêmea do mosquito suga o sangue e passa por um período de incubação e, após oito a dez dias, já está apta a transmitir a doença à próxima pessoa que for picada. O desenvolvimento do embrião do mosquito leva cerca de 48 horas e, a partir de então, o ovo torna-se extremamente resistente. Ele pode sobreviver a até um ano sem umidade, eclodindo ao primeiro contato com a água. O ciclo de transformação até a fase adulta acontece em cerca de 10 dias em temperaturas próximas a 30ºC. Em períodos mais frios, o ciclo pode durar três ou quatro vezes mais. Machos e fêmeas do Aedes aegypti alimentam-se de substâncias açucaradas, como néctar e seiva. Somente a fêmea pica o homem para sugar sangue (hematofagia), alimento necessário à maturação dos ovos. Geralmente, a hematofagia é mais voraz a partir do segundo ou terceiro dia depois da emergência da pupa e da cópula com o macho. O mosquito gosta de qualquer tipo de água, suja ou limpa, desde que ela esteja parada e nas condições ideais de temperatura e luminosidade. Por isso, ele pode se proliferar tanto em piscinas (dependendo da quantidade de cloro) e caixas d'água, quanto em pneus velhos e sacos de lixo. O Aedes aegypti vive cerca de 45 dias e costuma ter autonomia de voo de 100 metros. Em torno de 72 horas após a primeira alimentação, já coloca seus primeiros ovos, que podem chegar a 300 ao longo da vida. III) Doenças transmitidas pelo A. aegypti Suspeito: DC: paciente que tenha doença febril aguda com duração máxima de 7 dias, acompanhada de, pelo menos, dois dos seguintes sintomas: cefaléia, dor retroorbital, mialgia, artralgia, prostração, exantema. Além desses sintomas, o paciente deve ter estado, nos últimos quinze dias, em área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Aedes aegypti. DH: paciente que apresenta também manifestações hemorrágicas, variando desde prova do laço positiva até fenômenos mais graves, como hematêmese, melena e outros. A ocorrência de pacientes com manifestações hemorrágicas, acrescidas de sinais e sintomas de choque cardiovascular (pulso arterial fino e rápido ou ausente, diminuição ou ausência de pressão arterial, pele fria e úmida, agitação), leva à suspeita de síndrome de choque (SCD). b) Confirmado: DC: o caso confirmado laboratorialmente. No curso de uma epidemia, a confirmação pode ser feita através de critérios clínico-epidemiológicos, exceto nos primeiros casos da área, que deverão ter confirmação laboratorial. DH: é o caso em que todos os critérios abaixo estão presentes: febre ou história de febre recente de 7 dias ou menos; trombocitopenia (≤100.000/mm3); tendências hemorrágicas evidenciadas por um ou mais dos seguintes sinais: prova do laço positiva, petéquias, equimoses ou púrpuras e sangramentos de mucosas, do trato gastrointestinal e outros; extravasamento de plasma devido ao aumento de permeabilidadecapilar, manifestado por: hematócrito apresentando um aumento de 20% sobre o basal, na admissão; ou queda do hematócrito em 20%, após o tratamento; ou presença de derrame pleural, ascite e hipoproteinemia. SCD: é o caso que apresenta todos os critérios de DH mais evidências de choque. IV) Relação entre saneamento e a proliferação do mosquito A. aegypti (maior peso) Em outubro de 2015 foi observado o aumento abrupto do número de crianças nascidas com microcefalia, meses depois foi comprovada que este agravo era consequência da transmissão autóctone da infecção pelo vírus Zika. Até dezembro de 2016 já haviam sido confirmados 215.319 casos de Zika e 2.366 casos de microcefalia. Devido à alta incidência do vírus na população brasileira e a consequência grave que o mesmo acarreta, visto que a microcefalia é um agravo crônico que interfere na qualidade de vida das crianças acometidas durante a vida inteira, os cientistas de forma geral iniciaram seus estudos afim de incentivar prevenção do vetor desta patologia. O principal responsável pela transmissão do ZIKV é um velho conhecido da sociedade brasileira, desde o início do século XX o mosquito Aedes aegypti já era considerado um problema no território brasileiro, visto que é também responsável pelos surtos, durante a história, de febre amarela, dengue e chikungunya. Essas arboviroses começaram a se propagar em território ocidental devido às condições favoráveis à proliferação do mosquito, que deposita ovos em recipientes de água domésticos e se alimenta de sangue humano, momento que transmite os vírus. A urbanização desorganizada trouxe com ela diversos aspectos que propiciam a proliferação do vetor: a inadequação de infraestrutura agregada ao déficit do saneamento básico; aumento de geração de resíduos de diversa composição; as formas de vida no meio ambiente; a debilidade dos serviços e campanhas de saúde pública; tal como a falta de capacitação dos Agentes de Combate a Endemias e população em geral sobre as patologias causadas pelo vetor. c) Conclusão – considerações finais sobre o trabalho Eu acho que a epidemia trouxe desafios que afetam muito rápida e gravemente a vida da população e nós precisamos ter a mesma rapidez para responder a essas necessidades. Infelizmente, o Brasil ainda não mostrou essa presteza. Assim, pode-se considerar que condições favoráveis de abastecimento de água e saneamento básico são necessárias para prevenção de arboviroses e são sinônimo de menor mortalidade entre a população. É importante salientar que não existe solução única para o enfrentamento desta epidemia, mas deve-se lançar mão de todas as estratégias existentes. Compreende-se, pelos dados a que se tem acesso, que a urbanização está presente atualmente e tende somente a aumentar no futuro, revelando a necessidade de estudar a saúde ambiental e urbana, afim de promover uma melhor qualidade de vida aos indivíduos residentes em cidades e evitar doenças que poderiam ser preveníveis. d) Referência Bibliográfica: • https://www.google.com/search?q=poster+saneamento+basico+aedes+aegypti&rlz=1C1GCEA_enBR871B R871&sxsrf=ALeKk00aF0Xf1_b5tkrZ456rrHNdtTUbPQ:1591721812389&source=lnms&tbm=isch&sa=X&v ed=2ahUKEwiGldXpmfXpAhVmI7kGHXdzD4AQ_AUoAXoECCUQAw&biw=1920&bih=969#imgrc=5PZhJc 7hlfbfxM • https://rededengue.fiocruz.br/noticias/524-habitacao-saneamento-basico-e-a-proliferacao-de-dengue-zika- e-chikungunya-nas-favelas • https://br.pinterest.com/tratabrasil/voc%C3%AA-sabia-que/ • https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-11/epidemia-de-zika-reforcou-combate-ao-aedes-mas- saneamento-ainda-e-problema • http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/saneamento-arboviroses-e-determinantes-ambientais- impactos-na-saude-urbana/17113?id=17113 • https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/GBDIP001_total.pdf • https://ojs.ufpi.br/index.php/rics/article/viewFile/5765/3416 • http://www.araraquara.sp.gov.br/arquivos/dengue/plano-acao-de-combate-a-dengue_compressed.pdf • https://sbmt.org.br/portal/wp-content/uploads/2015/07/Os-resumos-do-MEDTROP-2010.pdf • http://anpur.org.br/xviiienanpur/anaisadmin/capapdf.php?reqid=1279 • https://www.ccs.saude.gov.br/sus/determinantes.php • https://central3.to.gov.br/arquivo/345179/ • https://www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/saneamento-basico/saneamento/os-muitos-males- provocados-pela-falta-de-saneamento • http://www.nepo.unicamp.br/publicacoes/textos_nepo/textos_nepo_72.pdf • https://brasilescola.uol.com.br/animais/ciclo-vida-aedes-aegypti.htm https://www.google.com/search?q=poster+saneamento+basico+aedes+aegypti&rlz=1C1GCEA_enBR871BR871&sxsrf=ALeKk00aF0Xf1_b5tkrZ456rrHNdtTUbPQ:1591721812389&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiGldXpmfXpAhVmI7kGHXdzD4AQ_AUoAXoECCUQAw&biw=1920&bih=969#imgrc=5PZhJc7hlfbfxM https://www.google.com/search?q=poster+saneamento+basico+aedes+aegypti&rlz=1C1GCEA_enBR871BR871&sxsrf=ALeKk00aF0Xf1_b5tkrZ456rrHNdtTUbPQ:1591721812389&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiGldXpmfXpAhVmI7kGHXdzD4AQ_AUoAXoECCUQAw&biw=1920&bih=969#imgrc=5PZhJc7hlfbfxM https://www.google.com/search?q=poster+saneamento+basico+aedes+aegypti&rlz=1C1GCEA_enBR871BR871&sxsrf=ALeKk00aF0Xf1_b5tkrZ456rrHNdtTUbPQ:1591721812389&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiGldXpmfXpAhVmI7kGHXdzD4AQ_AUoAXoECCUQAw&biw=1920&bih=969#imgrc=5PZhJc7hlfbfxM https://www.google.com/search?q=poster+saneamento+basico+aedes+aegypti&rlz=1C1GCEA_enBR871BR871&sxsrf=ALeKk00aF0Xf1_b5tkrZ456rrHNdtTUbPQ:1591721812389&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiGldXpmfXpAhVmI7kGHXdzD4AQ_AUoAXoECCUQAw&biw=1920&bih=969#imgrc=5PZhJc7hlfbfxM https://rededengue.fiocruz.br/noticias/524-habitacao-saneamento-basico-e-a-proliferacao-de-dengue-zika-e-chikungunya-nas-favelas https://rededengue.fiocruz.br/noticias/524-habitacao-saneamento-basico-e-a-proliferacao-de-dengue-zika-e-chikungunya-nas-favelas https://br.pinterest.com/tratabrasil/voc%C3%AA-sabia-que/ https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-11/epidemia-de-zika-reforcou-combate-ao-aedes-mas-saneamento-ainda-e-problema https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-11/epidemia-de-zika-reforcou-combate-ao-aedes-mas-saneamento-ainda-e-problema http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/saneamento-arboviroses-e-determinantes-ambientais-impactos-na-saude-urbana/17113?id=17113 http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/saneamento-arboviroses-e-determinantes-ambientais-impactos-na-saude-urbana/17113?id=17113 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/GBDIP001_total.pdf https://ojs.ufpi.br/index.php/rics/article/viewFile/5765/3416 http://www.araraquara.sp.gov.br/arquivos/dengue/plano-acao-de-combate-a-dengue_compressed.pdf https://sbmt.org.br/portal/wp-content/uploads/2015/07/Os-resumos-do-MEDTROP-2010.pdf http://anpur.org.br/xviiienanpur/anaisadmin/capapdf.php?reqid=1279 https://www.ccs.saude.gov.br/sus/determinantes.php https://central3.to.gov.br/arquivo/345179/ https://www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/saneamento-basico/saneamento/os-muitos-males-provocados-pela-falta-de-saneamento https://www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/saneamento-basico/saneamento/os-muitos-males-provocados-pela-falta-de-saneamento http://www.nepo.unicamp.br/publicacoes/textos_nepo/textos_nepo_72.pdf https://brasilescola.uol.com.br/animais/ciclo-vida-aedes-aegypti.htm
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